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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE ENGENHARIA FLORESTAL DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA FLORESTAL ELEMENTOS DE ESTRUTURAS DE MADEIRA NORMAN BARROS LOGSDON CUIABÁ, MT. – 2012 Plano de cargasi y ftmmumnnnnnn yc1 —''' ' yt2 r rx T'\x h\; . NJS? SEÇÃO V b at2,d ,Banzo Superior MontanteDiagonal p=90° y = a P=9O° T'r'XNkNJ X-tf IX |gLV <s> ®Diagonal Banzo Inferior Montante 1 i402 0459 5- Estruturas de Madeira PáginaSumário 1. Madeiras de construção 2 222. Modelo de segurança adotado pela norma brasileira 473. Tração 4. Compressão 58 795. Cisalhamento 6. Torção 80 817. Flexão íProf. Dr. Norman Barros Logsdon í 402 0459 5- Estruturas de Madeira PáginaSumário 1228. Ligações 9. Referências bibliográficas Anexo 1 - Características geométricas de seções planas Anexo 2 - Diagramas e fórmulas para o cálculo de vigas 159 ??? ??? IProf. Dr. Norman Barros Logsdon 2 % 402 0459 5- Estruturas de Madeira 1. Madeiras de construção Cabe ao projetista viabilizar a construção, portanto, verificar no mercado o que poderá usar em termos de dimensões e espécies. a) Tipos e dimensões comerciais / Madeira bruta ou roliça Maciça -> < Madeira falquejada (lavrada) ! Madeira serrada ícolada -/pregada (colada e pregada > Madeiras ->< Madeiralaminada Industrializada -> Madeira compensada Madeira aglomerada Outros produtos derivados íProf. Dr. Norman Barros Logsdon !402 0459 5- Estruturas de Madeira > Madeira bruta ou roliça -> É a madeira empregada na forma de troncos, em geral apenas descascados. A seção variável dessas peças, cuja forma se aproxima a um tronco de cone, dificulta o cálculo estrutural, por isso a NBR 7190, da ABNT (2012), permite a associação destas peças a uma peca cilíndrica. O diâmetro dessa peça cilíndrica, deve ser igual ao diâmetro situado a um terço do comprimento a partir da seção mais delgada da peça de madeira roliça, desde que não superior a 1,5 vezes o menor diâmetro. vdmáx~dmin~ ~ 2 dmáx dmindmin dmáx‘dmin" xZt2 àz L í dm,x-dmindd -dÿ +dd =1,5x1,™Diâmetro de cálculo da peça cilíndricaassociada (usar o menor dos 2) 3 kProf. Dr. Norman Barros Logsdon 3 % 402 0459 5- Estruturas de Madeira > Madeira falquejada (lavrada) -> É a madeira obtida a partir de troncos, cujas faces laterais são aparadas a machado ou enxó, formando seções maciças, quadradas ou retangulares, de grandes dimensões. Para aplicação em estruturas de madeira duas seções têm especial interesse: a seção que fornece máxima área, de interesse nos problemas de tração e compressão; e a seção que fornece máximo momento de inércia, de interesse nos problemas de flexão. Seção de madeira falquejada mais indicada na V4ração ou compressão, , , d.V2b =h=-hd 2 H b '01 / Seção de madeirab =- e h= —— falquejada mais indicada—— na flexão.2Enxó; iProf. Dr. Norman Barros Logsdonb % 402 0459 5- Estruturas de Madeira > Madeira serrada -> É o produto estrutural de madeira mais comum entre nós. O tronco é desdobrado nas serrarias, em dimensões padronizadas para o comércio, passando, em seguida, por um período de secagem. > Melhor aproveitamento da tora > Menos operações na serra de fita > Mais económico > Madeira heterogénea v' > Maiores empenamentos/ÿ Secagem IJ £r3> £r2 3-*-direção tangencial 2ÿdireção radial ,6o a *Desdobro em pranchas paralelas > Melhor a qualidade da madeira aos defeitos de secagem > Praticamente sem empenamentos > Madeira homogénea > Melhor preço no mercado > Menor aproveitamento e economia > Muitas operações na serra de fiteÿ-i > Desdobro lento e oneroso \ 2 4 Secagem3 Desdobro radialÿ) «r,3 > £r,23-*direção tangencial 2-ÿdireção radial Prof. Dr. Norman Barro 4 % 402 0459 5- Estruturas de MadeiraO comprimento das peças é limitado, por problemas de manejo e transporte, em 5,00 m (comercial). Peças especiais com até 6,50 m podem ser obtidas. As dimensões da seção transversal são definidas pela tradição de mercado. Tabela 1- Madeira serrada, dimensões comerciais da seção transversal SEÇÃO EM cm x cm SEÇÃO EM cm x cm NOMENCLATURA UTILIZADA NOMENCLATURA UTILIZADA PRANCHÃO 3,0 x 30,0 4,0 x 20,0 até 4,0 x 40,0 6,0 x 15,0 até 6,0x30,0 9,0 x 30,0 5,0 x 6,0 6,0 x 6,0 8,0 x 8,0 CAIBROS 2,5 x 5,0 (ripâo) 3,0x12,0 3,0 x 16,0 SARRAFOS 5,0 x 16,0 6,0 x 12,0 (vigota) 6,0 x 15,0 6,0 x 16,0 (vigota) 10,0 x 10,0 12,0 x 12,0 15,0 x 15,0 20,0 x 20,0 25,0 x 25,0 25,0 x 30,0 VIGAS 2,5x10,0 até 2,5x30,0 3,0 x 10,0 até 3,0x30,0 TÃBUAS 1,0 x 5,0 1,5 x 5,0 RIPAS Seções encontradas tProf. Dr. Norman Barros Logsdon !402 0459 5- Estruturas de Madeira> Peças de seção composta -> Unindo-se solidariamente duas ou mais peças de madeira (bruta, falquejada, ou serrada) obtém-se uma peça de seção composta. Para as peças compostas por peças de seções retangulares, segundo a NBR 7190 da ABNT (2012), ou por peças de seções circulares, segundo Hellmeister (1978), ligadas por conectores metálicos deve ser feita a correção das características geométricas como se apresenta a seguir, usando os valores de ar apresentados na tabela 2. Área efetiva da seção transversal da peça de seção composta Número de elementos que compõem a seção composta = 2>, i=i Aef Área da seção transversal do elemento “i” Momento de inércia efetivo da peça de seção composta fef = “rha Momento de inércia teórico da peça de seção composta, obtido da teoria apresentada em “Resistência dos materiais”. Fator de redução do momento de inércia, apresentado na tabela 2. iProf. Dr. Norman Barros Logsdon 5 % 402 0459 5- Estruturas de MadeiraPara as peças em seção T, I ou caixão, ligadas rigidamente por pregos, a NBR 7190, da ABNT (1997), também permitia essa correção, entretanto, só se recomenda essa simplificação quando a força cisalhante, absorvida pelos pregos, puder ser desprezada, como nas seções compostas das barras de treliças. Tabela 2 - Fator de redução do momento de inércia (ar) de peças composta Seção utilizada Seção utilizada Seção utilizada Fator de redução,ar Fator de redução,ar Fator de redução,ar JjouG;: 0,80 Seção caixãoSr; 0,85ou 0,85 LU qpH Seção0,60(T) ou , f ) i ; 0,85. II ad0,70ou C3E3 Seção 0,95;•? ' ,ou i (#|Í 0,40 i; •. Prof. Dr. Norman Barros Logsdon 1402 0459 5- Estruturas de MadeiraQuando não se pode desprezar a força cisalhante entre as peças deve-se obter o produto de rigidez efetivo, (EI)ef, considerando-se a rigidez da ligação, como recomenda a NBR 7190 da ABNT (2012). O cálculo, proposto pela NBR 7190 da ABNT (2012), do produto de rigidez efetivo, entre outros, utiliza a notação, a figura e o roteiro apresentados a seguir. Notação: Ai, I; eE; = Área, momento de inércia (Ix_x) e módulo de elasticidade, do elemento “i” (parte da seção composta); S;, Ki eF; = Espaçamento efetivo dos pregos, módulo de deslizamento e força aplicada no conector, do elemento “i” com o “2”; = Largura e altura da seção transversal do elemento “i”; = Distância entre o centro de gravidade do elemento “i” e a linha neutra (eixo x-x); = Posição da linha neutra (de tensões nulas) em relação à base do elemento “2”; CT; e Gÿí = Tensão no centro do elemento “i" (efeito da força normal) e restante desta tensão até seu valor máximo (efeito do momento fletor). b;ehi ai h 6 bi Aj ,h,E1 am,1<*iPTw<H)->«I CTKÿai aia2 ?T, h* X------X, 2'dKm h2a3 a30,5bj h3 h3 FA2 , <2.A3,I3,E3/ fej3 _r,£A-ÿ AÿAA'A+A2(/I.E1.A1+/;£,A;+/3£37\jl b3 b3 ’ \s3, K3, F3(Cg) °m,3 b1 CTm,1 -(Hh CT1Ihi T—L ®ai a2 ai 2'hLxx -x- hh h2X-fB) h2 a2a3 a3+a: h0,5 bÿ Ií?3 a _tâA-(hÿ)-rsEsA(h-y22(ÿ£,A+ÿA+ÿA) b3 am,3 am,1Sj,K1,F1 <V 7hi a_ XAAÁ+M: 2(7,AA+ÿAA) ya1 h2- -X 2 .|phâãPÿ -a; A2 , l2, E2Aj- /"ÿSeçõesÿN _fh, M ÍT I e caixão ) |a* [2 2/ h Distribuição' de tensões>,2jd2b2 !402 0459 5- Estruturas de MadeiraRoteiro - Peças compostas, de seção T, I e caixão, ligadas por pregos. 1-Identificar, adotando se necessário, as dimensões da seção transversal dos elementos (b; e hj), que compõem a peça composta, a rigidez (módulo de elasticidade) da madeira correspondente (E;) e a densidade equivalente da madeira (pk). OBS.: A densidade equivalente da madeira (pk) corresponde à sua densidade aparente a 12% de umidade (em kg/m3) ou, no caso de madeiras diferentes, à média geométrica das densidades aparentes. Ád =ÿPi-p2 Densidade equivalente (kg/m3), entre os elementos “i” e 2 Densidade aparente do elemento 2 Densidade aparente do elemento “i” 2 -Obter as características geométricas (A; e I;) da seção transversal de cada elemento que compõem a peça composta. Área da seção transversal do elemento “i” Largura da seção transversal do elemento “i" =bX.1, Altura da seção transversal do elemento “i"12 tProf. Dr. Norman Barros LogsdonMomento de inércia do elemento “i” 7 % 402 0459 5- Estruturas de Madeira 3 -Identificar, adotando se necessário, o diâmetro do prego (d;) utilizado na ligação de cada elemento “i”, com o elemento 2, e os espaçamentos (s;) correspondentes. OBS.: O espaçamento dos pregos (s;) pode ser uniforme ou variar conforme a força de cisalhamento, entre um valor mínimo (sÿ) e um máximo (smáx), mantendo Nesse último caso usar um valor efetivo, dado por: sef=0,75.smi>+0,25.smáI. 4 -Obter o módulo de deslizamento (Kj), na interface de ligação entre o elemento “i” e o elemento 2. Densidade equivalente (kg/m3), entre os elementos “i” e 2 C/5 05 \ãl sis i« fell! Q_ "O <D \ is5 > Estados Limites de Utilização => K = K = P]á 'd‘- 1 5" 20 Diâmetro dos pregos (mm), entre “i” e 2 Módulo de deslizamento (N/mm), da ligação entre os elementos “i” e 2 último de serviço (utilização)IS| ___ x ‘sj > Estados Limites Últimos => K; =A=|-Kí lProf. Dr. Norman Barros Logsdon % x Em geral, serãonecessários valores últimose de utilização.402 0459 5- Estruturas de Madeira 5 -Obter o fator de redução da inércia de cada elemento (yi). Fator de redução para o elemento 2 Fator de redução para o elemento “i” Módulo de elasticidade (MPa) do elemento T 1 Yi Área (mm2) do elemento “i”/Tÿ.EjAÿi. Para i=1 e 3-Yi =1 e K;.L2 Espaçamento dos pregos (mm), na interface dos elementos “i” e 2 fL=vão, para vigas biapoiadas; i—V L=0,8.vão, para vigas contínuas; (L=2.vão, para vigas em balanço. 6 -Obter a distância (a,) entre os centro de gravidade, da seção de cada elemento “i”, até a linha neutra da peça composta (ver figura com seções). Módulo de deslizamento (N/mm), da ligação entre os elementos “i” e 2 Vão efetivo da viga (mm) _ /i-Ei.Ai.(h2 ±hj) /3.E3.A3.(1i2 ±h3) 2-(/í-Ei-Aj +/2-E2.A2 +/3.e3.a3) Distância do centro de gravidade dos elementos 1, 2 e 3 à linha neutraa2\ Altura dos elementos 1,2 e 3/_fh3+lQ/ -a2 e a3ai +a2 .imitações: 0 < a2 < — . Seção T -> A3=b3=h3=0. 8 % 402 0459 5- Estruturas de Madeira7 -Obter o produto de rigidez efetivo, (El)ef, levando em consideração a rigidez da ligação.(0 Distância do centro de gravidade do elemento “i” à linha neutra (mm).1 3 (ElL = £(£.ÿ!< +r,-E,.A1.aío §Isl O 03- N Área (mm2) do elemento “i”í=I 1>I ® “ 3 Módulo de elasticidade (MPa) do elemento “i” Produto de rigidez efetivo (N.mm2) Momento de inércia (mm4) do elemento “i" Fator de redução para o elemento “i”oo 8 -Obter as tensões normais atuantes nos elementos. Tensão (MPa) no centro do elemento “i” (efeito da normal) o M ci — /i.Ei.ai.ilíf!l i? $ (EI).,- Momento fletor, de cálculo, na seção de Oj (N.mm) Produto de rigidez efetivo (N.mm2) M=0,5.Ei.hi. Fator de redução, módulo de elasticidade (MPa) e distância do CG à linha neutra (mm), do elemento “i”(ElXr\ Restante de o, (MPa) até seu valor máximo (efeito do momento fletor) Altura da seção transversal do elemento “i” 402 0459 5- Estruturas de Madeira Tensão máxima (MPa) no elemento “i" (ver figura com distribuição das tensões)±<Jmf Tensão (MPa) no centro do elemento “i” (efeito da normal) Restante de Oj (MPa) até seu valor máximo (efeito do momento fletor) 9 -Obter a tensão de cisalhamento máxima, que ocorre na linha neutra, a uma distância “h” da base do elemento 2. h, V = {v} ,E3 .AJ ,a3 +0.5.E,.b,.h2)h =~2±a- e b.,(El)„a\ Distância (mm) da base do elemento 2 à linha neutra (ver figura com distribuição das tensões) Tensão de cisalhamento máxima (MPa), no elemento 2 Força cortante (N), de cálculo, na seção de T2.ma> Demais notações apresentadas anteriormente /ÿÿ"Na avaliação deÿ tensões interessam os valores últimos. Prof. Dr. Norman Barros Logsdon 9 !402 0459 5- Estruturas de Madeira 10 -Obter a força aplicada no conector da interface do elemento “i” com o 2. E ' 1.1li® 0 O tz 103 o jfl * v Espaçamento entre conectores (mm),Nv Para e 3 na interface dos elementos “i” e 2.F,=/,.E,.Ai.a,.s,. (EI)rf\cod) Força cortante máxima (N), de cálculoForça aplicada (N), no conector da interface do elemento “i” com o 2 1 o TO Demais notações apresentadas anteriormente > Peças compostas com alma treliçada ou de madeira compensada -> As peças compostas com alma em treliça, formada por tábuas diagonais, e as peças compostas com alma formada por chapa de madeira compensada devem ser dimensionadas à flexão simples ou composta, considerando exclusivamente as peças dos banzos, sem redução de suas dimensões. A alma dessas vigas e suas ligações, com os respectivos banzos devem ser dimensionadas a cisalhamento como se a viga fosse de seção maciça. Prof. Dr. Norman Barros Logsdon Treliçado de Town U '& o,ft \ \\ I.- A3 Alma y ;Peça composta com " alma em treliça, formada por \ tábuas diagonais Banzos 10 % 402 0459 5- Estruturas de Madeira > Madeira laminada colada (MLC) -> A madeira laminada colada é o produto estrutural de madeira mais importante nos países industrializados. A madeira é selecionada e cortada na forma de tábuas com espessura de 1,5 cm ou mais, que são coladas sob pressão, formando grandes vigas de madeira, em geral de seção retangular. Pressão i Não há limitação para dimensões e formas das vigas de MLC Linha de cola Tábua A NBR 7190, da ABNT (2012), em seu item 5.7, apresenta todos os dados para fabricação, comercialização e utilização das vigas de MLC. íProf. Dr. Norman Barros Logsdon 4 Segundo a NBR 7190,da ABNT (2012) Distribuição das lâminas -> As tábuas, que comporão a MLC, devem ser classificadas pelo módulo de elasticidade e as de menor rigidez utilizadas nas lâminas da metade central. Rigidez à flexão do elemento estrutural -> Para as vigas de MLC, de lâminas classificadas como na figura ao lado, à rigidez a flexão deve ser obtida por: 402 0459 5- Estruturas de Madeira EM.S (1/4) h t Xh X (1/2) h C- Produto de rigidez do elemento estruturalEI— [2.EMs.I(1M) +EMj.I(1 2)EM.í | Módulo de elasticidade médio | das lâminas de maior rigidez Momento de inércia, da “metade” central em relação ao eixo x-x. (1/4) h EM.S Momento de inércia, de cada “quarto” afastado em relação ao eixo x-x. Módulo de elasticidade médio das lâminas de menor rigidez b lâminas mais resistentes são utilizadas nos “quartos” externos. í-""'Lâminas de maior"módulo de elasticidade Prof. Dr. Norman Barros Logsdon 11 f Segundo a NBR 7190,da ABNT (2012)402 0459 5- Estruturas de Madeira ! : Note que o cálculo do produto de :_| rigidez corresponde à obtenção do momento de inérciada seção x + X.ÿMÿX composta multiplicado pelo módulo de elasticidade de cada elemento. t=l i=l . +Ay -A(1 4) )+ (l(1 2) +0 .A(1.2)) Ay X + XT Ay Ay = 0 EM,S + Ay-.A(14))+(l 0 2),.(14), fl 4)x I I Id 4) (1/4) (1/2) Madeira -> Deve-se evitar a composição da MLC com espécies diferentes, pois os diferentes coeficientes de retração podem causar delaminação ao longo do tempo. Empregar, preferencialmente, madeiras de densidade aparente no intervalo 0,40 g/cm3 < pap 12% < 0,75 g/cm3. Dimensões das lâminas -> Espessura e largura máximas, respectivamente, de 5 e 20 cm. Qualidade da cola -> A cola deve ter resistência suficiente para que o cisalhamento ocorra na madeira e nunca na linha de cola. tProf. Dr. Norman Barros Logsdon % Segundo a NBR 7190,da ABNT (2012) Teor de umidade das lâminas -> As lâminas, para eficiência da colagem, deverão estar secas e com no máximo 18% de teor de umidade. União longitudinal das lâminas -> A emenda entre peças para compor uma lâmina deve ser feita por colagem de entalhes múltiplos (“finger joints”) usinados nas extremidades de tábuas consecutivas. Outros tipos de união devem ser evitados e, se utilizados, ter eficiência comprovada por laboratório idóneo. 402 0459 5- Estruturas de Madeira imendas longitudinais com “finger joints”Usinagem horizontal Usinagem vertical Distância mínima entre emendas -> Nas lâminas da metade central as uniões devem estar afastadas de no mínimo 50 cm, já nas lâminas mais resistentes, dos “quartos” externos, de no mínimo 80 cm. A distância mínima entre emendas de lâminas adjacentes deve ser de 20 cm. Largura mínima da seção transversal -> Nas vigas de MLC, de seção constante, a largura deve ser de pelo menos 1/7 da altura da seção transversal. SProf. Dr. Norman Barros Logsdon 12 % 402 0459 5- Estruturas de Madeira Madeira laminada colada, com emendas de topo > Utilização -> Embora a NBR 7190, da ABNT (2012), não recomende a utilização de emendas de topo, elas costumam ser utilizadas, principalmente na falta de indústria apropriada. Nestes casos, recomenda-se ainda: Tábua extraEmenda de topo t af2 o)B >-O w Distância entre emendas Existência -> Quando pjga > = 5,00 m C Uma emenda por seção ->< Distância > altura da viga I Se tábuas adjacentes > 25.t porrigir deficiência -> tábua extra (emenda de topo) Prof. Dr. Norman Barros Logsdon Desencontrar emendas> Emendas longitudinais -> 5 402 0459 5- Estruturas de Madeira PregoLinha de cola > Madeira laminada colada e pregada -> A falta de industria, para produzir madeira laminada colada, deu origem à madeira laminada colada e pregada. Nestas peças a pressão é substituída por ligações pregadas. Tábua Prego Madeira laminada pregada -> Alternativa menos eficiente, onde as tábuas são apenas pregadas entre si. A madeira laminada pregada só deve ser usada em estruturas provisórias, pois pode ocorrer um fenômeno conhecido por “stress nail” e, com o tempo, os pregos soltarem-se. Prof. Dr. Norman Barros Logsdon > Tábua i 13 % 402 0459 5- Estruturas de Madeira Madeira compensada -> A madeira compensada é formada pela colagem sob pressão, em indústrias, de três ou mais laminas de espessura entre 1 e 5 mm, alternando-se a direção das fibras em ângulo reto. É utilizada em portas, armários, divisórias etc.. No Brasil, os compensados não são fabricados para uso estrutural, portanto recomenda-se avaliação laboratorial da qualidade estrutural, do material adquirido, caso se pretenda utilizá-lo em estruturas. Madeira aglomerada -> A madeira aglomerada é formada pela colagem sob pressão, em indústrias, de pequenos pedaços de madeira (cavacos). É utilizada em portas, armários, divisórias etc. Os aglomerados não têm qualidade estrutural, portanto não devem ser utilizados em estruturas. Outros produtos derivados de madeira -> Variações da madeira compensada ou aglomerada, como LVL (laminated veneer lumber), MDP (medium density particleboard), MDF (medium density fibers) e OSB (oriented strand boards), no Brasil, não são fabricadas para uso estrutural. Assim, sua aplicação deve prever ensaios laboratoriais de resistência e durabilidade. > > > iProf. Dr. Norman Barros Logsdon % 402 0459 5- Estruturas de Madeira b) Exemplos de aplicação > Exemplo de aplicação 01 -> Seja uma peça de madeira bruta com 4,00 m de comprimento, 30 cm de diâmetro na base e 25 cm de diâmetro no topo. Para o cálculo de uma viga fletida, a que peça se deve associar a peça de madeira bruta descrita acima? Solução: Uma peça de madeira bruta deve ser associada, em cálculo, à uma peça cilíndrica (de seção circular), de diâmetro de cálculo (dd) dado por: í dd=1.5,dm minDiâmetro de cálculo da peça cilíndricaassociada (usar o menor dos 2) { dmax dmin , 30-25 _ d, = 25+- =>d 3 dd =1,5.25 => dd = 37,5 cm dd = 26,6 cmdd - dmin + 3 => dd = 26,6 cmE, portanto, usa-se o menor dos dois -¥ íProf. Dr. Norman Barros Logsdon 14 % 402 0459 5- Estruturas de Madeira > Exemplo de aplicação 02 -> Qual a seção mais adequada de uma peça de madeira falquejada, extraída de um toro de 4,00 m de comprimento e 30 cm de diâmetro mínimo, para ser utilizada em uma viga fletida? Solução: A seção, de madeira falquejada, para ser utilizada em vigas submetidas à flexão é a seção retangular de lados: m Seção de madeirafalquejada mais indicada. na flexão.b = 4 e :: b b-í 2 , <W3 .,h=-=>h= 30 => b =15 cm=> b 2 E, portanto, a seção de lados -> 30.V3 => h= 26 cm 2 2 Prof. Dr. Norman Barros Logsdon !402 0459 5- Estruturas de Madeira 2,5 6 2,5 > Exemplo de aplicação 03 -> Obter o produto de rigidez efetivo, (El)ef (em torno do eixo horizontal), da seção caixão esquematizada na figura ao lado, de uma viga fletida biapoiada, com 4,00 m de vão, composta por peças de madeira serrada solidarizadas por pregos, com o objetivo de determinar a flecha máxima, portanto em um Estado Limite de Serviço (utilização). A madeira é de uma folhosa da Classe D40, que tem densidade aparente de Pap,i2% = 950 kg/m3 e módulo de elasticidade de Eÿf = 10920 MPa. Os pregos utilizados são comerciais, n° 19 X 33, possuem diâmetro de 3,9 mm e estão espaçados, longitudinalmente, entre si de 20cm. Solução: 3-IJ£ u 3H 11 cm Em geral, além do momento fletor, as vigas fletidas também são submetidas à força cortante, que produz tensões de cisalhamento. Não sendo possível desprezar as tensões de cisalhamento, o cálculo de peças compostas, de seção T, I e caixão (caso em pauta), ligadas por pregos, segue roteiro descrito na NBR 7190, da ABNT (2012). Aplicando- se esse roteiro, obtém-se: *Prof. Dr. Norman Barros Logsdon 15 % Ver roteiro(página 6)402 0459 5- Estruturas de Madeira 1 - Identificar, adotando se necessário, as dimensões da seção transversal dos elementos (b; e h;), que compõem a peça composta, a rigidez (módulo de elasticidade) da madeira correspondente (E;) e a densidade equivalente da madeira (pk). Dimensões da seção: [bÿ6 | b,=2x2,5 Características da madeira: Interface 1 2,5 6 2,5 Elemento 1 [Kl6 | h2 =30 cm= 300mm [KK6 cm=60 mm cm=60 mmH E cm=50 mmu o Cl cm=60 mm cm=60 mm 11 Cl Elemento 31Elemento 2 Interface 3 Ad =Pt3 = 950 kg/m3 ; E3 = E: = E3 = 10920 MPa 2 -Obter as características geométricas (A; e I;) da seção transversal de cada elemento que compõem a peça composta. b,.h; iA. = b,.h, e I,= Prof. Dr. Norman Barros Logsdon12 % Ver roteiro(página 6)402 0459 5- Estruturas de Madeira Aj = 3600 mm2A, =bj.hj A, =60.60=> =>: l b,.h; 60.603 It = 1080000 mm4:It = I,==>12 12 A2 =15000 mm2A2 = b2.h2 A2 = 50.300 50.3003 => b2.h2 I2 =112500000 mm4h= h=12 12 A3 = 3600 nmrA, = b3.h3 A, =60.60=>3 3 b3*h3 60.603 L =1080000 mm4I|= li —> 312 12 3 - Identificar, adotando se necessário,o diâmetro do prego (dj) utilizado na ligação de cada elemento “i”, com o elemento 2, e os espaçamentos (sj correspondentes. Dados no enunciado => dj=d3=3,9 Sj = s3 = 20 cm = 200 mmmm e tProf. Dr. Norman Barros Logsdon 16 1 Ver roteiro(página 6)402 0459 5- Estruturas de Madeira 4 -Obter o módulo de deslizamento (K;), na interface de ligação entre o elemento “i” e o elemento 2. O objetivo desse problema é o cálculo de flechas, cuja verificação é para Estado Limite de Serviço (utilização), portanto devem ser obtidos valores de serviço (utilização). _ Pu A 950u3,9 K( =5709,8 N/mmKt=Kser => K-! =20 20 20 _ PÍ3 4 950 3,9 = 5709,8 N/mme K3 =20 20 5 -Obter o fator de redução da inércia de cada elemento (yj). 1 L=vão, para vigas biapoiadas; , i=1 e 3, e onde: í L=0,8.vão, para vigas contínuas; L=2.vão, para vigas em balanço. n= r2=1 e i+ K,L2 J tProf. Dr. Norman Barros Logsdon ! Ver roteiro(página 6)402 0459 5- Estruturas de Madeira 1 1 => yl = 0,5407/i = n2.10920.3600.2001+1+ K,.L2 5709.8.40002 r2=loo> Viga biapoiada => L = vão => L = 4,00 m = 4000 mm De forma análoga à y-,, obtém-se; 73 = 0,5407 6 -Obter a distância entre os centro de gravidade (a|), da seção de cada elemento “i”, até a linha neutra da peça composta (ver figura das seções). _ /j.EpA).(h; ±h1)-/3.E3.A3.(h2 +h3) 2-Oÿi-Ej.Aj +/2.E2.A2 +/3.E3.A3) a -fh2±hta2 -a, e a3 -a.2 0,5407.10920.3600.(300- 60) -0.5407.10920.3600.(300 -60) a2 = 0 mma2 = 2.(0,5407.10920.3600+1,00.10920.15000+ 0,5407.10920.3600) 300-60 300-60-0 => Sj =120 mm +0 => a3 =120 mm3i = e a3 =2 2 tProf. Dr. Norman Barros Logsdon 17 % Ver roteiro(página 6)402 0459 5- Estruturas de Madeira 7 -Obter o produto de rigidez efetivo, (El)ef, levando em consideração a rigidez da ligação. 3 (EI)rf = Z(E1.Il+r,-E1.Ai.a,2) i-1 (EI)ef =(E1.I1+71.E1.A1.a[)+(E2.I2+/2.E2.A2.aÿ)+(E3.l3+/3.E3.A3.a;) => (El)ef =2.(l0920.1080000 +0,5407.10920.3600.1202 ) +(10920.112500000 +1,00.10920.15000.02 ) CParaEstados limites de Serviço (utilização)ÿ) (El)ef = 1864259953920 N.mnr - => Sendo E-, = E2 = E3 = Ec0ef = 10920 MPa, pode-se dizer ainda: (El)ef 1864259953 920 Irf =170719776 mm4Ief = 4= =>Ec0,ef 10920 íProf. Dr. Norman Barros Logsdon % 402 0459 5- Estruturas de Madeira > Exemplo de aplicação 04 -> As lâminas mais resistentes, de uma viga de madeira laminada colada de Marupá, apresentaram módulo de elasticidade de EMs = 12000 MPa e foram colocadas nos “quartos” externos da seção da referida viga, as lâminas menos resistentes, de EMj = 9000 MPa, foram aplicadas na “metade” central. Conhecidas as dimensões da seção transversal dessa viga, esquematizada abaixo, que produto de rigidez (E.l) deve ser utilizado no cálculo? i2cmLâminas mais resistentes (maior módulo de elasticidade) 6 cm 12 cm 24 cm 6 cm Lâminas menos resistentes (menor módulo de elasticidade)10 cm Solução: Nos casos de MLC com classificação das lâminas pelo módulo de elasticidade, deve-se considerar a seção transformada e obter o produto de rigidez por: íProf. Dr. Norman Barros Logsdon 18 % 402 0459 5- Estruturas de Madeira E.I - [2.Eÿs.I|j 4) +EMj.I(1 2) Ao se decompor a seção composta, obtém-se: Ek :y :yr—r-- T X-L.i.j.x O :‘Ti 3 = "fl't* 3 6 cm 12 cm E CM -X Õ c5 + AyJ CN,--rSI<°1 1 y 10 cm 6 cm ...L—r±r ;y Ay = o:y 10 cm10 cm10 cm Ay = — - — =y 2 2 9 cm Com as dimensões em “mm", obtém-se: b,.h; 100.603 - !ix.x + AYI-AI => I(,,4) = 90:.(l00.60)+ Ayÿ.(b1.h1) =>II :(14) (14) 1212 I,! 4) = 50400000 nun4=> tProf. Dr. Norman Barros Logsdon % 402 0459 5- Estruturas de Madeira 100.1203 T _b2.h3 (12)~ 12 I =I I(12) 12=>=>(i 1 2) I(1 2) = 14400000 nun4=> Finalmente, obtém-se: E.I = [2.EMS.I(1 4)+EM,.I(1,2)] E.I = [2.1200Q50400000f 9000.1440000(j E.I =1339200000000 N.mnr=> > Exemplo de aplicação 05 -> Durante 0 cálculo de uma viga fletida de madeira laminada (com emendas de topo), com 7,00 m de comprimento e composta por tábuas de seção 2,5 cm x 20 cm, se obteve uma altura necessária de 51 cm (com 20 cm de largura). Com que altura mínima deve ser construída esta viga? Apresente uma solução para a disposição das emendas longitudinais (se existirem). íProf. Dr. Norman Barros Logsdon 19 !402 0459 5- Estruturas de Madeira Solução: Inicialmente deve-se lembrar, que a altura de uma viga de madeira laminada é um múltiplo da espessura das tábuas que a compõem. hviga tábua K«tábuas'®tábua ecessanantábuas _ «tábuas * =>® tábua 51 ntabuas = 21 tábuas«tábuas *TT => «tábuas * 20,4 =>2,5 Se as tábuas fossem inteiras, com 21 linhas de tábuas poder-se-ia construir a viga, mas não é o caso, pois a viga tem 7 m e as tábuas comerciais 5 m. Assim serão necessária emendas longitudinais. Existência -> Quando £ÿQa > 4sbua = 5,00 m C Uma emenda por seção ->< Distância > altura da viga ISe tábuas adjacentes > 25.t Corrigir deficiência -> tábua extrá> (emenda de topo) Desencontrar emendas> Emendas longitudinais -> iProf. Dr. Norman Barros Logsdon % 402 0459 5- Estruturas de Madeira A colocação da tábua extra aumenta o número de tábuas e, em consequência, a altura da viga. «final = «tábuas +1 «final =21+1 «finai = 22 tábuas=> Afinal «final -etábua Afinalhgnaj =22.2,5 =55 cm=> Uma solução para montagem da viga seria a apresentada a seguir. Zona comprimida (emendas transmitem esforços) 55 cm{ 40 1 55"55" 55 5555 55 55 55 55 55 55 55 700 cm Zona tracionada (desencontrar emendas) Prof. Dr. Norman Barros Logsdon 20 1402 0459 5- Estruturas de Madeira c) Exercícios propostos > Exercício proposto 01 -> Seja uma peça de madeira bruta com 7,00 m de comprimento, 50 cm de diâmetro na base e 35 cm de diâmetro no topo. Para o cálculo de uma viga fletida, a que peça se deve associar a peça de madeira bruta descrita acima? > Exercício proposto 02 -> Qual o momento de inércia efetivo de uma viga composta por dois postes, com 25 cm de diâmetro médio (central), ii& -EU-EU-E U•E U I I A<l Seção Central A-A porca e arruela- parafuso. 25 cm anel metálico 25 cm íporca e arruela— Prof. Dr. Norman Barros Logsdon 1402 0459 5- Estruturas de Madeira Exercício proposto 03 -> Qual a seção mais adequada de uma peça de madeira falquejada, extraída de um toro de 4,00 m de comprimento e 25 cm de diâmetro mínimo, para ser utilizada em um pilar comprimida? Exercício proposto 04 -> Qual a seção mais adequada de uma peça de madeira falquejada, extraída de um toro de 7,00 m de comprimento e 40 cm de diâmetro mínimo, para ser utilizada em uma viga fletida? Exercício proposto 05 -> Qual o momento de inércia efetivo de uma viga composta por duas peças de madeira serrada, de seção 20 cm x 20 cm, solidarizadas por anéis metálicos? > > > Seção A-AAoA A —porca e arruelaA rjn JÒL r "parafuso metálico porca e arruela €3-E3-E3-E3-+-E3-E3-E3-E 3- 8II V V J TA<l - 20 cm tProf. Dr. Norman Barros Logsdon 21 Exercício proposto 06 -> Sendo possível desprezar as forças de cisalhamento nas ligações das seções esquematizadas na figura abaixo, que características geométricas (área e momento de inércia efetivos) deveriam ser utilizadas no cálculo destas vigas compostas solidarizadas rigidamente por pregos? 2,5 6 2,5 m m in CN ciCN H-H 10 cmHWmH 2,5 cm 12 cm £ mE oo oo coEB”l" ffl«I 1 2 6 27,5 cm11 cm c) Seção "T"a) Seção caixão Exercício proposto 07 -> Obter o produto de rigidez efetivo, (El)ef (em torno do eixo horizontal), das seções “I” e “T” esquematizadas na figura acima, considerando que as vigas são fletidas, biapoiadas, com 4,00 m e 3,00 m de vão, respectivamente, composta por peças de madeira serrada b) Seção T > iProf. Dr. Norman Barros Logsdon !402 0459 5- Estruturasde Madeirasolidarizadas por pregos, com o objetivo de determinar a flecha máxima, portanto em um Estado Limite de Serviço (utilização). A madeira é de uma folhosa da classe de resistência D40, que tem densidade aparente Pap.12% = 950 kg/m3 e módulo de elasticidade Eÿ = 10920 MPa. Os pregos utilizados são comerciais, n° 19 X 33, possuem diâmetro de 3,9 mm e estão espaçados, longitudinalmente, entre si de 20 cm. Exercício proposto 08 -> Se o objetivo do I exemplo de aplicação 03 fosse a obtenção das tensões atuantes máximas, que produto i de rigidez efetivo deveria ser usado? Exercício proposto 09 -> A figura ao lado representa a seção de uma viga fletida de MLC, que produto de rigidez (E.l) deve ser utilizado no cálculo de flechas? EMs= 10500 MPa f JVEM- WOO MPa FR T7.5 cm 15 cm 30 cm > > =!= 7,5 cm <y\ i—'—« EM s» 10500 MPa 10 cm Exercício proposto 10 -> Durante o cálculo de uma viga fletida de madeira laminada, com 5,00 m de comprimento e composta por tábuas de seção 2,5 cm x 20 cm, se obteve uma altura necessária de 42 cm (com 20 cm de largura). Com que altura mínima deve ser construída esta viga? Apresente uma solução para a disposição das emendas longitudinais (se existirem). Prof Norman Barros Logsdon J* > 22 % 402 0459 5- Estruturas de Madeira 2. Modelo de segurança adotado pela norma brasileira A norma brasileira para o “Projeto de estruturas de madeira”, NBR 7190 da ABNT (2012), adota o “Método dos Estados Limites”, descrito na norma de “Ações e segurança nas estruturas”, NBR 8681 da ABNT (2004). Estas normas, permitem o calculo em diversas situações de projeto, que, por sua vez, definem os carregamentos e as verificações a serem utilizados. Assim, tornam-se necessárias algumas definições iniciais para entender e aplicar o método. a) Definições iniciais > Estados limites -> São os estados a partir dos quais a estrutura apresenta desempenhos inadequados às finalidades da construção. Os estados limites podem ser: n Estados Limites Últimos -> São os estados que caracterizam a paralisação, no todo ou em parte, do uso da construção (ruptura, ruína ou perda de instabilidade). n Estados Limites de Serviço (Utilização) -> São os estados que não respeitam as condições especificadas para o uso normal da construção (deformações ou vibrações excessivas). Prof. Dr. Norman Barros Logsdoní % 402 0459 5- Estruturas de Madeira > Condição de segurança -> A segurança em relação a possíveis estados limites pode ser expressa por: Solicitação de cálculo sd -?-dt Resistência de cálculo > Tipos de ações -> As ações, definidas como as causas que provocam esforços ou deformações nas estruturas, podem ser: n Permanentes -> Ações que apresentam pequena variação durante praticamente toda a vida da construção. n Variáveis -> Ações que apresentam variação significativa durante a vida da construção. n Excepcionais -> Ações de duração extremamente curta, e com baixa probabilidade de ocorrência, durante a vida da construção. Durante o cálculo de estruturas as ações devem ser combinadas, levando-se em conta a probabilidade de ocorrência simultânea, de modo a representar as situações mais críticas para a estrutura. Prof. Dr. Norman Barros Logsdon 23 % 402 0459 5- Estruturas de Madeira > Classes de carregamentos -> Um carregamento é especificado pelo conjunto de ações que tem probabilidade não desprezível de atuação simultânea. Conforme a duração da atuação simultânea das ações pode-se definir uma classe para o carregamento As classes de carregamento, de qualquer combinação de ações, é definida pela duração acumulada da ação variável, tomada como principal na combinação, e são definidas na tabela 3. Tabela 3 - Classes de carregamento AÇÃO VARIÁVEL PRINCIPAL DA COMBINAÇÃO CLASSE DE CARREGAMENTO Duração acumulada Ordem de grandeza da duração acumulada da ação característica vida útil da construção mais de 6 meses 1 semana a 6 meses menos de 1 semana muito curta Permanente [~>Longa duração Média duração Curta duração Duração instantânea Permanente Longa duração Média duração Curta duração Duração instantânea 1Fonte: NBR 7190 da ABNT (2012) Prof. Dr. Norman Barros Logsdon % 402 0459 5- Estruturas de Madeira > Tipos de carregamentos -> Conforme o tipo de ações envolvidas no carregamento são definidos os seguintes carregamentos: Carregamento normal -> Um carregamento normal inclui apenas as ações decorrentes do uso previsto para a construção, é considerado de longa duração e deve ser verificado nos estados limites último e de serviço (utilização). n n Carregamento especial -> Um carregamento especial inclui as ações variáveis de natureza ou intensidade especiais, cujos efeitos superem em intensidade os efeitos produzidos pelas ações consideradas no carregamento normal. n Carregamento excepcional -> Na existência de ações com efeitos catastróficos, o carregamento é definido como excepcional, e corresponde à classe de carregamento de duração instantânea. n Carregamento de construção -> Um carregamento de construção é transitório e deve ser definido em cada situação particular onde exista risco de ocorrência de estados limites últimos durante a construção. tProf. Dr. Norman Barros Logsdon 24 % 402 0459 5- Estruturas de Madeira > Situações de projeto -> A norma brasileira, NBR 7190 da ABNT (2012), considera as seguintes situações de projeto: Situações duradouras -> Nas situações duradouras, que podem ter duração igual ao período de referência da estrutura, devem ser verificados os estados limites últimos e de serviço (utilização) e devem ser consideradas em todos os projetos. Nas verificações de segurança a estados limites últimos consideram-se combinações últimas normais, enquanto que nas de estados limites de serviço (utilização) consideram-se combinações quase permanentes de serviço. tt n Situações transitórias -> Quando a duração for muito menor que a vida útil da construção tem-se uma situação transitória, que só será considerada se existir um carregamento especial, explicitamente especificado, e na maioria dos casos verifica-se apenas estados limites últimos, considerando-se combinações últimas especiais ou de construção. Se necessária a verificação dos estados limites de serviço (utilização), deve-se considerar combinações frequentes de serviço ou raras. íProf. Dr. Norman Barros Logsdon !402 0459 5- Estruturas de Madeira n Situações excepcionais -> As situações com duração extremamente curta são consideradas excepcionais e verificadas apenas quanto aos estados limites últimos, considerando-se combinações últimas excepcionais. As situações excepcionais devem ser explicitamente especificadas, sempre que houver necessidade dessa consideração no projeto. b) Combinações de ações em estados limites últimos Combinações últimas normais -> São utilizadas para verificação de estados limites últimos causados por um carregamento normal. As ações variáveis são divididas em dois grupos, as principais (/ÿqi iç) e as secundárias (Fqjik). Para as ações permanentes (Fgjk), devem ser feitas duas verificações: a favorável, na qual as cargas permanentes aliviam o efeito da atuação simultânea das ações; e a desfavorável, na qual as cargas permanentes aumentam o efeito da atuação simultânea das ações. Assim, para este caso, a ação, ou solicitação, de cálculo (Fd) é obtida utilizando-se a expressão apresentada a seguir, na qual os coeficientes yg, yq e entre outros, são apresentados nas tabelas 4, 5, 6, 7 e 8. > kProf. Dr. Norman Barros Logsdon 25 i402 0459 5- Estruturas de Madeira Se puderromper -> N, V, Mete.iCombinações ultimas normais Coeficientes de ponderação Tabelas 4 a 7, páginas 26 e 27 Se carga rápida, Fq é multi¬ plicado por 0,75 (página 25)Mesmo sinal° do "5 3>' í z - 'V Desfavorável \ d “ VIi=l j=2 \Madeira isoladamente: Desfavorável -> 1,3 Favorável -> 1,0 Valor característico da carga permanente Valor característico da variável secundária Valor característico da variável principal Fator de combinação Tabela 8, página 28 Cargas variáveis Só entram as com sinal de Fd Efeitos dinâmicos página 25 para madeira permanentes pagina 25 Entram sempre iProf. Dr. Norman Barros Logsdon % 402 0459 5- Estruturas de Madeiran Coeficientes de ponderação para ações permanentes -> Os coeficientes de ponderação e os fatores de combinação e de utilização utilizados nas combinações de ações, estão definidos na NBR 8681, da ABNT (2004). Para os elementos estruturais de madeira, no caso de ações permanentes diretas consideradas separadamente, são recomendados, pela NBR 7190 da ABNT (2012), os seguintes coeficientes de ponderação: [ Se desfavoráveTÿ> Elementos de madeira em geral -> yg- 1,3Elementos de madeira industrializados -> yg = 1,2 | Se favoráveÍÿ> Valor usual da NBR 8681NBR 7190 é omissa.Elementos de madeira -> yg- 1,0 a Fatores de redução de cargas rápidas -> Os efeitos dinâmicos de pontes (impacto vertical, força centrífuga, força longitudinal e impacto lateral) e o vento, quando variável principal, segundo a NBR 7190 da ABNT (2012), em combinações últimas, devem ser reduzidas na verificação dos elementos estruturais de madeira, multiplicando-as por 0,75. *-----.n Efeitos dinâmicos em pontes -> Segundo a NBR 7190 da ABNT (2012), a força vertical (carga móvel, Fqm) e seus efeitos dinâmicos (impacto vertical, Fqj), devem ser utilizados como variável principal (Fq1k=Fqm+0,75.Fqi) na combinação de esforços. Apenas na verificação dos elementos estruturais de madeira. 26 Tabela 4-Coeficientes de ponderação yQ, para ações permanentes diretas consideradas separadamente Efeito Combinação Tipo de ação Desfa¬ vorável Favo¬ rável Peso próprio de estruturas metálicas Peso próprio de estruturas pré-moldadas Peso próprio de estruturas moldadas no local Elementos construtivos industrializados W Elementos construtivos industrializados com adições in loco Elementos construtivos em geral e equipamentos _ 1,25 1.0 1,30 1.0 1,35 1,0Normal /—i 1,35 1.0 1,40 1.0 1,50 1.0 Peso próprio de estruturas metálicas Peso próprio de estruturas pré-moldadas Peso próprio de estruturas moldadas no local Elementos construtivos industrializados <1> Elementos construtivos industrializados com adições in loco Elementos construtivos em geral e equipamentos (*>_ 1.15 1,0 1,20 1.0 Especial ou de construção 1,25 1,0 1,25 1,0 1,30 1,0 1,40 1.0 Peso próprio de estruturas metálicas Peso próprio de estruturas pré-moldadas Peso próprio de estruturas moldadas no local Elementos construtivos industrializados Elementos construtivos industrializados com adições in loco Elementos construtivos em geral e equipamentos (2)_ 1,10 1,0 1,15 1.0 1,15 1.0Excepcional 1,15 1,0 1,20 1,0 1,30 1,0 (1) Por exemplo: paredes e fachadas pré-moldadas, gesso acartonado. (2) Por exemplo: paredes de alvenaria e seus revestimentos, contrapisos. Fonte: NBR 8681, da ABNT (2004) % 402 0459 5- Estruturas de Madeira Tabela 5 -Coeficientes de ponderação yg , para ações permanentes diretas agrupadas (consideradas em conjunto) Efeito Combinação Tipo de estrutura Desfavorável Favorável Grandes pontes Edificações tipo 1 e pontes em geral (2> Edificação tipo 2 1,30 1,0 <=ÿNormal 1,35 1,0 1,40 1,0 Grandes pontes <1> Edificações tipo 1 e pontes em geral <2> Edificação tipo 2 <3> 1,20 1,0Especial ou de construção 1,25 1,01,30 1,0 Grandes pontes <1> Edificações tipo 1 e pontes em geral <2> Edificação tipo 2 <3> 1,10 1,0 Excepcional 1,15 1,0 1,20 1,0 <1> Pontes em que o peso próprio da estrutura supera 75% da totalidade das ações permanentes. ® Edificações tipo 1 são aquelas onde as cargas acidentais superam 5 kN/m2. <3> Edificações tipo 2 são aquelas onde as cargas acidentais não superam 5 kN/m2. Fonte: NBR 8681, da ABNT (2004)Cargas permanentes consideradas em conjunto, ou sejaÿXg-Fp.k =——I___i-i i«i %Prof. Dr. Norman Barros Logsdon 27 t 402 0459 5- Estruturas de Madeira Tabela 6 - Coeficientes de ponderação yq, para ações variáveis consideradas separadamente Coeficiente de ponderação Combinação Tipo de ação Ações truncadas <1> Efeito de temperatura Ação do vento Ações variáveis em geral 1,2 1,2Normal <£ÿ 1,4 1,5 Ações truncadas d) Efeito de temperatura Ação do vento Ações variáveis em geral 1,1 Especial ou de construção 1,0 1,2 1,3 Excepcional Ações variáveis em geral 1,0 0) Ações truncadas são consideradas ações variáveis cuja distribuição de máximos é truncada por um dispositivo físico de modo que o valor dessa ação não pode superar o limite correspondente. O coeficiente de ponderação apresentado nesta tabela se aplica a esse valor limite. Fonte: NBR 8681, da ABNT (2004) íProf. Dr. Norman Barros Logsdon !402 0459 5- Estruturas de MadeiraTabela 7 - Coeficientes de ponderação rq, para ações variáveis _ consideradas em conjunto *_ Coeficiente de ponderaçãoCombinação Tipo de estrutura Pontes e edificações tipo 1 (1> IANormal l Edificações tipo 2 1,4 Pontes e edificações tipo 1Especial ou de construção IA Edificações tipo 2 <2> 1,2 Excepcional Estruturas em geral 1,0 0) Edificações tipo 1 são aquelas onde as cargas acidentais superam 5 kN/m2. ® Edificações tipo 2 são aquelas onde as cargas acidentais não superam 5 kN/m2. * Para ações variáveis consideradas conjuntamente, o coeficiente de ponderação, apresentado nessa tabela, se aplica a todas as ações, devendo-se considerar também conjuntamente as ações permanentes diretas. Nesse caso permite-se considerar separadamente as ações indiretas como recalque de apoio e retração dos materiais e o efeito de temperatura. Fonte: NBR 8681, da ABNT (2004)—•— Ações variaveisconsideradas em conjunto, ou seja: /W+É = Yv FqIi+X V'oj-Fqj* íJ=- Prof. Dr. Norman Barros Logsdon 28 % 402 0459 5- Estruturas de MadeiraTabela 8 - Fatores de combinação e de redução t//0, V'I e W2 AÇÕES EM ESTRUTURAS CORRENTES 2 0,6 0,5 0,3• Variações uniformes de temperatura em relação à média anual local • Pressão dinâmica do vento nas estruturas em geral_ 0,6 0,3 0 CARGAS ACIDENTAIS DOS EDIFÍCIOS • Locais em que não há predominância de pesos de equipamentos fixos, nem de elevadas concentrações de pessoas <1) • Locais onde há predominância de pesos de equipamentos que permanecem fixos por longos períodos de tempo, ou de elevadas concentrações de pessoas (2) • Bibliotecas, arquivos, oficinas e garagens_ 0,5 0,30,4 0,7 0,6 0,4 0,8 0,7 0,6 CARGAS MÓVEIS E SEUS EFEITOS DINÂMICOS Vo • Passarelas de pedestres • Pontes rodoviárias • Pontes ferroviárias não especializadas • Pontes ferroviárias especializadas • Vigas de rolamentos de pontes rolantes 0,6 0,4 0,3 0,7 0,5 0,3 0,8 0,7 0,5 1,0 1.0 0,6 1,0 0,8 0,5 ,1) Edificações residenciais de acesso restrito; (2) Edificações comerciais, de escritórios e de acesso público; (3) Para combinações excepcionais onde a ação principal for sismo, admite-se adotar zero para v|/2; (4> Para combinações excepcionais onde a ação principal for 0 fogo, y2 pode ser reduzido, multiplicando-o por 0,70. Fonte: NBR 8681, da ABNT (2004) !402 0459 5- Estruturas de Madeira > Combinações últimas especiais ou de construção -> Para verificação de estados limites últimos causados por um carregamento especial ou de construção, a combinação é a mesma utilizada para o carregamento normal, com = iÿ0j, salvo quando ação variável principal Fq1 tenha um tempo de atuação muito pequeno, neste caso i//0jef = i//2j, portanto: Fd “ +?q|ÿql,k +X > Combinações últimas excepcionais -> Para verificação de estados limites últimoscausados por um carregamento excepcional, não se aplica o coeficiente de ponderação yq à ação excepcional e se mantém o coeficiente definido para as combinações especiais ou de construção, portanto: m Ygiÿgi,k Fq.exc Y VÿOj.efÿqj.k i=l j=l tProf. Dr. Norman Barros Logsdon 29 % Se entortar ->u (flecha) etc.402 0459 5- Estruturas de Madeira c) Combinações de ações em estados limites de serviço (utilização) Combinações quase permanentes (de serviço) -> No controle usual de deformações das estruturas são consideradas as combinações quase permanentes. Nestas combinações, definidas pela expressão abaixo, todas as ações variáveis atuam com seus valores quase permanentes (y/2-Fq,k)- > iCombinações quase permanentes (de serviço) Valor característico da carga variável™ _2L_ 2j'=i.k +F =xd?uti qjfk H VIi=l Valor de serviço (utilização) F-> u, vibração etc. Valor característico Fator de redução da carga permanente Tabela 8, página 28 Permanentes Cargas variáveis Entram sempre Só entram as com sinal de Fdutj Prof. Dr. Norman Barros Logsdoní !402 0459 5- Estruturas de Madeira > Combinações frequentes (de serviço) -> Utiliza-se esta combinação no caso de existirem materiais frágeis, não estruturais, ligados à estrutura. Nestas condições a ação variável principal atua com seu valor frequente (ÿ.Fq1k) e as demais com seus valores quase permanentes (t//2.Fqk). Fd,uti - XFeU+ +X > Combinações raras de serviço -> São utilizadas quando for importante impedir defeitos decorrentes das deformações da estrutura. Neste caso a ação variável principal atua com seu valor característico (Fp1k) e as demais com seus valores frequentes (V'l-Fqj.k)- Fd,utí =ZFgi,k+Fqi,k+ZÿiJFqj,k tProf. Dr. Norman Barros Logsdon 30 % 402 0459 5- Estruturas de Madeira d) Exemplos de aplicação (combinação de ações) > Exemplo de aplicação 06 -> Uma determinada barra de uma tesoura, de um telhado convencional de madeira, apresenta os esforços característicos listados a seguir. Considerando que o telhado pode ser considerado como uma edificação do tipo 2, pois seu carregamento é inferior a 5 kN/m2, e sabendo-se que o carregamento é de longa duração e, em princípio, não se sabe qual a ação variável principal, pede-se: a) O esforço de cálculo máximo de compressão na barra; b) O esforço de cálculo máximo de tração na barra. Esforços normais nas barras (valores negativos indicam compressão, positivos tração), devidos a: •Peso próprio (telha, madeiramento e elementos de ligação) ->Ng •Peso de água absorvida pelas telhas •Vento de pressão •Vento de sucção =-16400 N ->Nqa = -2100 N -»Nq’vp=-14900 N VS= 900 N íNote que o carregamento deveser considerado em conjunto. Prof. Dr. Norman Barros Logsdon % C. Última Normal(página 25)402 0459 5- Estruturas de MadeiraSolução: Os esforços solicitantes são as causas das rupturas nas seções das estruturas, portanto produzem Estados Limites Últimos. Para verificação destes estados são utilizadas combinações últimas, no caso de carregamento de longa duração usa-se a Combinação Última Normal. Na existência de mais de um carregamento variável, em princípio não se sabe qual a variável a ser tomada como principal. Nestes casos, deve-se obter os esforços de cálculo nas diversas hipótese possíveis (em cada hipótese, adota- se um dos carregamentos como variável principal) e, entre os esforços de cálculo obtidos, escolher o mais prejudicial estrutura. a) Nd de compressão (-) N -> Esforço solicitante pode causar ruptura -> Estado limite último => Combinação Última Normal (situação duradoura de projeto, para uso) Nd(-) => Entram -> Ng (sempre); Nq a e Nq Vp (mesmo sinal de Nd) => por existirem duas ações variáveis, usam-se duas hipóteses para Fq1k Hipótese 1) Água é a variável principal (Fq1 k = Nqa) Mesmo sinal | Nd = l,40.Ng +l,40.[Nqa +0,6.NqVP] o o i \|/Q <- vento co CB Fd = +Yv FqU+ÉÿOj-Fqj.fc i«l j=2 \O) cu O => 31 1 C. Última Normal(página 25)402 0459 5- Estruturas de Madeira Nd =lJ40.Ng+l,40.[Nqa+0,6.NqVP] =1,40.(-16400)+1,40.[(- 2100)+0,6.(-14900)] <Se água for a variável principa Nd= -38416 N Hipótese 2) Vento de pressão é a variável principal (Fq1 k = NqVP) Carga rápida [ —-- => Nd =1.40.Ng +1.40.[o,75.Nq w+0,5.Nqa \|fo local da águaMesmo sinal Fd = r,-êF«Uc +;/q| _ w _V H_y1 Nd =l,40.Ng +l,40.[o,75.NqVP +0,5.NqJ=>Nd =l,40.(-16400)+l,40.[0,75.(-14900)+0,5.(-2100)] vento de pressão for a variável principal => Nd =-40075 N Finalmente, conclui-se sobre a variável a ser considerada principal e sobre o esforço de cálculo (o maior, em valor absoluto, deles). Compressão => Nd Nionsidera-se o vento de pressãi -ÿ_como variável principai_ÿ tProf. Dr. Norman Barros Logsdon % 402 0459 5- Estruturas de Madeira C. Última Normal(página 25) b) Nd de tração (+) N -> Esforço solicitante => pode causar ruptura -> Estado limite último => Combinação Última Normal (situação duradoura de projeto, para uso) Nd(+) => Entram -> Ng (sempre) e Nq Vs (mesmo sinal de Nd) => só existe uma ação variável, portanto, Fq1k= NqVs Carga rápidaSinais diferentes Fd =re-fyÿ+r<l. Fqlsk +Xv/oj-Fq]*k j |favorável |=> Nd =l,0.Ng+l,40.[o,75.Nqvs]N Nd =1,0.Ng + l,40.[o,75.NqVS] => Nd =1,0.(-16400)+1,40.[0,75.(900)] => Nd =-15455 NCompressão O máximo esforço de tração obtido, ainda é de compressão, portanto, não ocorrerá esforço de tração na barra. íProf. Dr. Norman Barros Logsdon 32 1402 0459 5- Estruturas de Madeira > Exemplo de aplicação 07 -> Uma tesoura, de um telhado convencional de madeira, apresenta os deslocamentos verticais (flechas), no centro da tesoura, listados a seguir. Considerando que o telhado pode ser considerado como uma edificação do tipo 2, pois seu carregamento é inferior a 5 kN/m2, e sabendo-se que o carregamento é de longa duração e, em princípio, não se sabe qual a ação variável principal, pede-se: a) O deslocamento vertical de serviço, para baixo, máximo na tesoura; b) O deslocamento vertical de serviço, para cima, máximo na tesoura. Deslocamentos verticais no centro da tesoura (valores positivos indicam deslocamentos verticais para baixo, negativos para cima), devidos a: •Peso próprio (telha, madeiramento e elementos de ligação) ->Ug =4,8 mm ->uqa = 0,6 mm vp= 3,7 mm -0,3 mm •Peso de água absorvida pelas telhas •Vento de pressão •Vento de sucção Note que o carregamento deve ser considerado em conjunto. íProf. Dr. Norman Barros Logsdon !402 0459 5- Estruturas de Madeira C. Quase Permanente(página 29) Solução: a) uef ou Ujj uti para baixo (+) u -> deslocamento =x> pode causar deformação -> Estado limite de serviço (utilização) =x> Combinação quase permanente (de serviço), usual em situação duradoura de projeto (uso previsto da edificação) Ud,uti(+) => Entram -> ug (sempre); uq a e uq Vp (mesmo sinal de ud]Uti) \\f2 <r local da água \\i2 4- vento Fd,uti - +ÿ,//2j-Fqj.k => Ud,uti = ug +0,3.uqa +0,0.uq vp Ud.ud =ug +0,3-Uqa+0,0.uqVP +0,3.0,6+0,03,7=> Ud,ud >4ÿ98 mmPara baixo tProf. Dr. Norman Barros Logsdon 33 % 402 0459 5- Estruturas de Madeira C, Quase Permanente(página 29) b) uef ou uduti para cima (-) u -> deslocamento => pode causar deformação -> Estado limite de serviço (utilização) => Combinação quase permanente (de serviço), usual em situação duradoura de projeto (uso previsto da edificação) Ud,uti(-) => Entram -> ug (sempre) e uq Vs (mesmo sinal de udiUtj) \|/2 vento m Fd,uti - +ÿV/2j-Fqj,k uduti = 4,8+0,0.(- 0,3)ud,utí=ug+0;0.uqVS máxima flecha negativa (para cima) obtida, ainda é positiva (para baixo), portanto, flecha para cima. ud uti = 4,8 mm=> / I Para baixo I tProf. Dr. Norman Barros Logsdon % 402 0459 5- Estruturas de Madeira > Exemplo de aplicação 08 ->Na figura, a seguir, estão representados os carregamentos típicos de uma ponte rodoviária de madeira, sem revestimento, aplicados em uma das vigas principais. Considerando um produto de rigidez efetivo de Ec0rf.Irf =1,25.1013 N.mrrr, um carregamento normal (para o uso previsto da construção), e que, em princípio, não se sabe qual a ação variável principal, pede-se: a) Os valores característicos do momento fletor, da força cortante e do deslocamento vertical máximo (flecha) para cada um dos carregamentos; b) O momento fletor e a força cortante de cálculo; c) O deslocamento vertical (flecha) efetivo. Note que o carregamento pode ser considerado separadamente. tProf. Dr. Norman Barros Logsdon 34 % 402 0459 5- Estruturas de Madeira 12 KN 12 kN12 kN Impacto vertical Carregamento > variável Carga móvel (trem-tipo)50 kN 50 kN 50 kN !3,00 N/mm Peso próprio daestrutura de madeira CarregamentopermanenteAUm uinnnuTTT Note que as cargas podem ser consideradas separadamente. Recomenda-se utilizar, sempre que possível, as cargas separadamente, pois se tem melhor controle do carregamento e os esforços de cálculo resultam menores. ,0,50, 1,50 1,50 0,5ÿ 4,00 mh > Solução a) Valores característicos A obtenção dos valores característicos é a resolução do problema de “Resistência dos Materiais” e/ou “Estática das Estruturas” envolvido. íProf. Dr. Norman Barros Logsdon 402 0459 5- Estruturas de Madeira a.1) Carga permanente O esquema estático, correspondente a carga permanente, é usual e está tabelado, portanto: .3,00 N/mm ... . . p1 3.40001111111/iiiiiiiiirrm v!(„oaPo,o) = v=T= — 1500 ,500ÿ MS(n° Centl'°)=Mmãx = £V- ug(no centro) =vmáx = a.2) Carga móvel (trem-tipo) O esquema estático, correspondente a carga móvel, pode ser decomposto em dois problemas tabelados (alíneas b e g), J portanto, pode-se utilizar a superposição de efeitos: 50000 N Diagramas de E. S. (Anexo 2) Vg = 6000 N=> pi2 3.400tf_A_ =6.000.000 N.mm;,500, 1500 8 8! 4000 mm 5.p.r _ 5.3.4000i 384.E.I 384.(1.25.1013) r H => us = 0,80 mm Diagramas de E. S. (Anexo 2) 50000 N 50000 N 50000 N 50000 N 50000 N -A- Zk. ,500, 1500 1500 ,500, 2000 2000 3000 404+ 4000 mm 4000 mm 4000 mmr H Carga móvel Alínea b Alínea g 35 % 402 0459 5- Estruturas de MadeiraAplicando-se a superposição de efeitos obtém-se: -+P= 50000 Vqm = 75.000 NVqm(n° apoio) = V +V*~g=2 +50000 =>alínea b 2 p, 50000.4000+50000.500 =i> Mqm=75.000.000 N.mm 4 Pa ,(3.í2-4.a!) 3 Mqm(nocentro)=M +M =—+P.a=aaneaV ‘alíneag Pi3uqra(no centro) = ua]ineab +uaHnea g 48.E.I 24.E.I 50000.40003 50000.500 48.(l,25.1013) 24.(l,25.1013) (3.4000:-4.500:) uqm =9,25 mmuqm(no centro) = => a.3) Impacto vertical O carregamento, correspondente ao impacto vertical, é proporcional ao da carga móvel, portanto, pode-se utilizar a superposição de efeitos: Vqj(no apoio) = = 1500 ,500, Mÿno centro)= =ÿ.75000000 =18.000.000 N.mm 1 12 12u0.(no centro) = —.uom = —.9.25qiV 50 qm 5Q 12 kN 12 kN 12 kNl tt Vqi =18.000 N ,500, 1500 4000 mm uqi = 2,22 mm=> !402 0459 5- Estruturas de Madeira b) Valores de cálculo para Estados Limites Últimos (Vd e Md) Os esforços solicitantes são as causas das rupturas nas seções das estruturas, portanto produzem Estados Limites Últimos. Para verificação destes estados são utilizadas combinações últimas, no caso do carregamento normal usa-se a Combinação Última Normal. Na existência de mais de um carregamento variável, em principio não se sabe qual a variável a ser tomada como principal. Nestes casos, deve-se obter os esforços de cálculo nas diversas hipótese possíveis (em cada hipótese, adota-se um dos carregamentos como variável principal) e, entre os esforços de cálculo obtidos, escolher o mais prejudicial à estrutura. No caso de exemplo isso não será necessário, pois o impacto vertical (efeito dinâmico da carga móvel) só poderá existir na presença da carga móvel, portanto, a carga móvel deveria ser tomada como variável principal. Por outro lado, a NBR 7190 da ABNT (2012) recomenda utilizar a carga móvel e seu efeito dinâmico (impacto vertical), em conjunto, como variável principal. iProf. Dr. Norman Barros Logsdon 36 % 402 0459 5- Estruturas de Madeira Apenas madeira Carga rápidab.1) Momento fletor de cálculo (Md) Todos os momentos característicos encontrados produzem tração embaixo, com valor máximo no centro. Assim, só faz sentido procurar Md no centro e produzindo tração embaixo, Aplicando-se a Combinação Última Normal, obtém-se:ÿ?ÿ C. Última Normal (página 25) m Fd - + <yql-ÿql,k + Xÿqj'ÿOj'ÿqj.k i=l V—yW j-2 => Md =1.3.Mg +L5.(\lqm +Mq,.0.75) => Md =1.3.6000000+1.5.(75000000+18000000.0.75) => Md =140.550.000 N.mm b.2) Força cortante de cálculo (Vd) No apoio esquerdo (direito), todas as forças cortantes características encontradas são positivas (negativas). Assim, só faz sentido procurar Vd positiva (negativa) no apoio esquerdo (direito). Aplicando-se a Combinação Última Normal, obtém-se: Carga rápida Vd=l,3.Vg+l,5.(Vqm+Vqi.0,75)ic 1cFd = 2>Ak + rqi-Fql,k + Xÿ-V'oj-Fqj-.k i=l j=2 => Vd =1,3.6000+1,5.(75000+18000.0.75) Vd =140.550 N 1402 0459 5- Estruturas de Madeira c) Valor efetivo (de cálculo) para o Estado Limite de Serviço (uduti) Deslocamentos em uma viga não causam rupturas, mas podem produzir Estados Limites de Serviço (utilização) fazendo a estrutura perder funcionalidade. Para verificação destes estados são utilizadas combinações de utilização, no caso do carregamento normal usa-se a Combinação Quase Permanente (de Serviço). Todas flechas características encontradas são para baixo, com valor máximo no centro. Assim, só faz sentido procurar udutl no centro e para baixo. Aplicando-se a Combinação Quase Permanente (de Serviço), obtém-se: m Fd,un - XFg*.k + Xÿ-Jÿqi.k 1=1 j=2 uef = ud ud = 0.80+0.3.9,25+ 0.3.2.22 => urf = ud,ud = 4ÿ24 mm Uef = Ud,ut. = Ug +°:3uqm + 0,3-Uqi=> =>C. Quase Permanente (página 29) Prof. Dr. Norman Barros Logsdon 37 % 402 0459 5- Estruturas de Madeira e) Outras definições encontradas na NBR 7190 da ABNT (2012) No cálculo de uma estrutura de madeira podem ser utilizados valores de resistências: obtidos em ensaios, realizados em laboratório, para caracterização de espécies; fornecidos pela norma brasileira para o projeto de estruturas de madeira, que apresenta o resultado de ensaios de caracterização de diversas espécies; ou valores definidos pela norma brasileira de acordo com a classe de resistência que a espécie pertence. Estes valores de resistência deverão ser corrigidos para a situação de utilização da estrutura. Para isto é necessário compreender alguns conceitos definidos na NBR 7190 da ABNT (2012). > Resistência -> A resistência é a aptidão da matéria suportar tensões. Os valores de resistência, obtidos em ensaios, são determinados convencionalmente pela máxima tensão que pode ser aplicada a corpos-de-prova normalizados e isentos de defeitos até o aparecimento de fenômenos particulares de comportamento que restrinjam o emprego do material em elementos estruturais. > Rigidez -> A rigidez é definida pelo módulo de elasticidade da madeira, o qual determina o seu comportamento na fase elástico- linear. iProf. Dr. Norman Barros Logsdon % 402 0459 5- Estruturas de Madeira > Classes de umidade -> As propriedades de resistência e de rigidez da madeira precisam ser ajustadas em função das condições ambientais onde permanecerão as estruturas. Este ajuste é feito em função das classes de umidade apresentadas na tabela 9. Tabela 9 - Classes de umidade UMIDADE DE EQUILÍBRIO DA MADEIRA, Ueq CLASSES DE UMIDADE UMIDADE RELATIVA DO AMBIENTE, Uamb 1 < 65% 12% 2 15%65% < Uamb 75% 3 18%75% < U-upb < 85% 4 > 25%Uamb > 85% durante longos períodos Fonte: NBR7190, da ABNT (2012) > Tipos de caracterização da madeira -> Para a caracterização de um lote de madeira, para utilização estrutural, podem ser utilizados três procedimentos distintos para a caracterizar as propriedades de resistência e dois para as propriedades de elasticidade. Prof. Dr. Norman Barros Logsdon 38 1402 0459 5- Estruturas de MadeiralCaracterização da madeira Completa -> Todos ensaios, direções paralela e normal > Resistência -> < Mínima -> Ensaios na direção paralela -> (Formulário VSimplificada -> Ensaio de compressão paralèta í"co,k /fIOJE _ 0>77 /ÿcO,k _ w/w = °.25 /ÿtO.k - Cansaio de flexãoÿ Completa -> Ensaios de compressão paralela e normal(> Rigidez -> 1Simplificada -> Ensaio de compressão paralela -> Ec90 = —.Ec020 Para verificação de estabilidade -> E -E0 05 - 0,7.Ec0mc0,k 1Notação utilizada Tipo de valor -> k = característico; ef = efetivo; d = cálculo, ou X m = médio Propriedade -> f = resistência; E = módulo de elasticidade Solicitação -> c = compressão; t = tração; v = cisalhamento e e = embutimento / Direção das fibras (0o, 90°, a etc.) íyn,z Prof. Dr. Norman Barros Logsdont % 402 0459 5- Estruturas de Madeira > Classes de resistência -> Visando padronizar as propriedades da madeira, a norma adota 0 conceito de classes de resistência (definidas na tabela 10), propiciando, assim, a utilização de várias espécies com propriedades similares em um mesmo projeto. _Tabela 10-Classes de resistência_ Classes de Resistência (Valores na condição-padrão de referência U = 12 %)-o srEc0,m (MPa) fc0,k (MPa) fv0,k (MPa) Eco,k=Eo,o5* (MPa) Paparentes Classes 5(kg/m3)(ti m Cid) w C20 20 3500 2450 5004 l-2 z â coC25 25 5 8500 5950 550co <§E roC30 30 6 14500 10150 600o O O2 D20 20 4 9500 6650 650«T CDCL CO 8 (0 CD S.S D30 30 5 14500 10150 800 cn O II tf) CQ8 D40 40 6 19500 13650 950 z a) £ 1D50 50 7 22000 15400 970 5. oD60 60 8 24500 17150 1000 U. 39 % 402 0459 5- Estruturas de Madeira f) Valores de cálculo das resistências e das rigidezes Obtidos os valores característicos das propriedades da madeira pode-se obter valores de cálculo por: Valor de cálculo -> Valor característico -> f = resistência ou E = módulo de elasticidadef = resistência ou E = módulo de elasticidade Resultados de ensaios Xk Classes de resistênciaTabela 10, página 38Xd=kmod /w Coef. de minoração Tabela 15, página 41] Coeficiente E — V V Vinod mod,l' inod.2 ' *mocl,3de modificação (situação de uso) Duração da carga Tabela 11, página 39 Qualidade da madeira Tabelas 13 e 14, páginas 40 e 41 Para MLC -> consultar norma =k Fmod cO.mEcO.ef E_ cO.ef c9°,ef 20~G., =E Umidade da madeira (Classe)Tabela 9, página 37 Valores de kmod 2Tabela 12, página 40C=>ef % 402 0459 5- Estruturas de Madeira Tabela 11- Valores de kmod •, (considera a classe de carregamento e o tipo de material empregado)_ Ação variável principal da combinação Tipos de madeira Classes de carregamento Madeira serrada Madeira roliça Madeira laminada colada Madeira compensada Ordem de grandeza da duração acumulada da ação caracteristica Madeira recomposta Duração acumulada Vida útil da construçãoPermanente Permanente 0,60 0.30 Mais de seis meses czr> (JT70 )Longa duração Longa duração 0.45 Média duração Média duração 0.80 0.65Uma semana a seis meses Curta duração Curta duração Menos de uma semana 0,90 0.90 Instantânea Instantânea Muito curta 1.10 1.10 Fonte: NBR 7190, da ABNT (2012) t iProf. Dr. Norman Barros Logsdon 40 % 402 0459 5- Estruturas de Madeira Tabela 12 - Valores de kmod2 (considera a classe de umidade e o tipo de material empregado ) Madeira serrada Madeira roliça Madeira laminada colada Madeira compensada Classes de umidade Madeira recomposta 1.00<=t> d) 1,00 (2) 0.90 0,95 (3) 0.80 0,93 0,90(4) 0,70 tfFonte: NBR 7190,da ABNT (2012) OBS.: Para madeiras submersas,admite-se kmod2=0,65 1Prof. Dr. Norman Barros Logsdon % 402 0459 5- Estruturas de Madeira Segundo a atual NBR 7190, da ABNT (2012), a qualidade da madeira é definida após classificação, no mínimo por método visual, definindo um dos seguintes níveis: Tabela 13 - Valores de kmod3 para folhosas (madeira classificada ) Tipo de classificação 5 Classe h-Apenas visual Visual e mecânica zco< SE - Classe Estrutural Especial; S1 - Classe Estrutural N° 1; S2 - Classe Estrutural N° 2; S3 - Classe Estrutural N° 3. SE 0,90 1,00 o CDS1 0,85 0,95 £ S2 0,80 0,90 coz VDefinida a classe da madeira, o coeficiente kmod3 é fornecido nas Tabelas 13 e 14. S3 0,75 0,85 o OBS.: Madeira de folhosa não classificada, admite-se: kmod3=0,70 íProf. Dr. Norman Barros Logsdon 41 !402 0459 5- Estruturas de Madeira Tabela 14 - Valores de kmod3 para coníferas (madeira classificada ) Tipo de classificação As coníferas também são classificadas pela classe de densidade. Classificação Classe Apenas visual Visual e mecânica SE-D 0,70 0,90 S1-D 0.800,60Densas cT (D) 5S2-D 0,50 0,70 Cl S3-D 0,40 0,60 CD< ANBR7190, -o da ABNT (2012), § I não permite o IC l uso de madeira de conífera nãa z \classificada. SE-ND 0,60 0,80 S1-ND 0,50 0.70Não-Densas (ND) S2-ND 0,40 0,60 V cS3-ND 0,30 0,50 o tProf. Dr. Norman Barros Logsdon % 402 0459 5- Estruturas de Madeira Tabela 15 -Coeficientes de minoração, yw COEFICIENTE DE MINORAÇÃO ywSITUAÇÃO PARA ESTADOS LIMITES ÚLTIMOS • Compressão • Tração • Cisalhamento Ywc - Ywt = !>8 Ywv = PARA ESTADOS LIMITES DE UTILIZAÇÃO • Adota-se o valor básico Yw =1>° íProf. Dr. Norman Barros Logsdon 42 1402 0459 5- Estruturas de Madeirag) Exemplo de aplicação (valores de cálculo de resistências e rigidezes) > Exemplo de aplicação 09 -> Que valores de cálculo usar no projeto de uma estrutura construída em Cuiabá, utilizando madeira serrada de uma dicotiledônea, adquirida no comércio local, da classe de resistência D60? Estes dados, e os conceitos e definições vistos, permitem obter os valores de cálculo como segue: 1 - Valores característicos previamente conhecidos W=60 MPa fy,k = 8 MPa Classes de resistência Tabela 10, página 38 Ec0m = 24500 MPa>Dicotiledônea D60 Ec0 k =17150 MPa 1000 kg/m3Paparente lProf. Dr. Norman Barros Logsdon % 402 0459 5- Estruturas de Madeira Ver formulário(página 38) 2 - Outros valores característicos Madeira usual (comercializada) -> Formulário para caracterização simplificada _ fço.k 0,77 60ftO.k ~f«/f« =0.77 ftO.k ft0k = 77,92 MPa=>0,77 WfcO,k=0-25 ~ 0?25.fc0k fc9o,t _ 0,25.60 => fc90 fc — 15 MPa feO,k/fcO,k=1’00 W = 60 MPa W/fc0,k=O>25 few.k = 0-25.fc0k => fe90,k= 0,25.60 => fe = 15 MPa90,k Wfto,k = 0’05 = 0,05.ft0k => ft90 k = 0,05 .77,92 => ft90k = 3,90 MPa90,k 1 24500Ec90,m 20 Ecso.m = 1225 MPa=>c0,m tProf. Dr. Norman Barros Logsdon 43 % 402 0459 5- Estruturas de Madeira 3 - Coeficiente de modificação (considerar situação de uso) Carregamento normal (uso) -> longa duração Duração da carga Tabela 11, página 39 -> kmo41=0,70 Classe de Umidade Tabela 9, página 37 k =1,00Cuiabá, Uamb < 65% Classe de umidade 1 mod,2 Valores de kmod 2 Tabela 12, página 40 Cuiabá, comércio não classifica madeira -> k 0,70Qualidade da madeiraTabela 13*, página 40-> mod,3 = V V V''mod ''‘modi' mod.2' mod,3 0,70.1,00.0,70 => kmod = 0,49=> kmod 4 - Coeficientes de minoração das resistências Compressão (embutimento) -> Xwc ~ 7™ ~ 1,4íCoef. de minoraçãoTabela 15, página 41 -> 7*t = fwv = L8Tração e cisalhamento -> t* Tabela 14, página 41, quando conífera Prof. Dr. Norman Barros Logsdon % 402 0459 5- Estruturas de MadeiraXk5 - Valores de cálculo ( Xd = kmod ! kmod'ÿcO.m 6 — IçQ.k 60_ kmod fco,d - 0,49.=> fc0 d = 21,00 MPa1,4 fç90,k 15lc90,d — k =>fc9o,d =0,49.— fc90,d = 5,25 MPamc d 1,4 77,92ko.d _ kmcd fto,d _ 0,49. => ft0,d = 21-21 MPa= fc0d => ft0,d = 21,00 MPa1,8 3,90ft90,d kmod =>f*u=0,49. ft90.d = l.°6 MPa1,8 fv,k 8fv.d = k = 0,49.— => fvd = 2,18 MPamod 1,8 IgQ.k 7we 60fe0.d=k l"e0.d _ 0,49 • => fe0 d= 21,00 MPamod 1,4 IProf. Dr. Norman Barros Logsdon 44 % 402 0459 5- Estruturas de Madeirafe90,k 15l'e90,d - “ 0,49. _ . => fe90 d=5,25 MPa1,4Ywe 17150 E =>ECM=0,49. —S Ec0d = 6003 MPacO,d 1,4K c Ec0.ef _ Emod.E =>Ec0ef = 0,49.24500=> 12005 Ec0 ef = 12005 MPacO:m •ÿcO;ef Gef — Ec90,ef — Gef Ec90.ef =>20 Gef - Ec90ef _ 600 MPa Gef — Ec90 ef - kmod.Ec90iin =>Gef - Ec90ef -0,49 .1225 => h) Tabela dos valores de cálculo das resistências e da rigidezes De forma análoga, ao exemplo apresentado, podem ser obtidos os valores de cálculo para todas as classes de resistências das folhosas, apresentados na Tabela 16. Estes valores são validos na região Centro Oeste do Brasil (classe de umidade 1), para madeira não classificada, sempre que o carregamento for de longa duração (carregamento normal). Prof. Dr. Norman Barros Logsdon % 402 0459 5- Estruturas de Madeira Tabela 16 - Valores de cálculo para madeira não classificada de folhosas Valores de cálculo para as classes de resistência das folhosas (Valores na condição padrão de referência U = 12%) fcO.d (MPa) fc90,d (MPa) ftO.d ft90,d (MPa) fv0,d (MPa) feO.d (MPa) fe90,d (MPa) Eco.d* (MPa) EcO.ef (MPa) GefClasse Pap,12% (kg/m3)(MPa) (MPa) D20 7,00 1,75 7,00 0,35 1,09 7,00 1,75 2328 4655 233 650 D30 10,50 2,63 10,50 0,53 1,36 10,50 2,63 3553 7105 355 800 D40 14,00 3,50 14,00 0,71 1,63 14,00 3,50 4778 9555 478 950 D50 17,50 4,38 17,50 0,88 1,91 17,50 4,38 5390 10780 539 970 D60 21,00 5,25 21,00 1,06 2,18 21,00 5,25 6003 12005 600 1000 Os valores de cálculo acima consideram: carregamento de longa duração; classe de umidade 1; madeiras não classificadas, que possam ser enquadradas nas classes de resistência e caracterizadas de maneira simplificada em acordo com a NBR 7190 da ABNT (2012). * Utilizar apenas para verificação de estabilidade Ver notação (página 38) Prof. Dr. Norman Barros Logsdon 45 1402 0459 5- Estruturas de MadeiraExercícios propostos Exercício proposto 11 -> Uma determinada barra de uma tesoura, de um telhado convencional de madeira, apresenta os esforços característicos listados a seguir. Considerando que o telhado pode ser considerado como uma edificação do tipo 2, pois seu carregamento é inferior a 5 kN/m2, e sabendo-se que o carregamento é de longa duração e, em princípio, não se sabe qual a ação variável principal, pede-se: a) O esforço de cálculo máximo de compressão na barra; b) O esforço de cálculo máximo de tração na barra. Esforços normais nas barras (valores negativos indicam compressão, positivos tração), devidos a: •Peso próprio (telha, madeiramento e elementos de ligação) -> Ng •Peso de água absorvida pelas telhas •Vento de pressão (vento à barlavento) •Vento de pressão (vento à sotavento) •Vento de sucção (vento à barlavento) •Vento de sucção (vento à sotavento) = -48601 N -> Nqa = -6327 N -> Nq Vpb = -30873 N Nq VPs = -22514 NNq'vsb = 17243 N Nq'vss = 21795 N ÍNota: Não é possível a ação simultânea deduas direções, ou sentidos, de vento. Prof. Dr. Norman Barros Logsdon % 402 0459 5- Estruturas de Madeira > Exercício proposto 12 -> Uma determinada barra de uma tesoura, de um telhado convencional de madeira, apresenta os esforços característicos listados a seguir. Considerando que o telhado pode ser considerado como uma edificação do tipo 2, pois seu carregamento é inferior a 5 kN/m2, e sabendo-se que o carregamento é de longa duração e, em princípio, não se sabe qual a ação variável principal, pede-se: a) O esforço de cálculo máximo de compressão na barra; b) O esforço de cálculo máximo de tração na barra. Esforços normais nas barras (valores negativos indicam compressão, positivos tração), devidos a: •Peso próprio (telha, madeiramento e elementos de ligação) -> Ng •Peso de água absorvida pelas telhas •Vento de pressão (vento à barlavento) •Vento de pressão (vento à sotavento) •Vento de sucção (vento à barlavento) •Vento de sucção (vento à sotavento) = 45630 N 5940 NNq,a = 31480 N NqVPs = 20778 N Nq'vsb = -34036 N NqVSs= -19863 N tNota: Não é possível a ação simultânea deduas direções, ou sentidos, de vento. Prof. Dr. Norman Barros Logsdon 46 5 402 0459 5- Estruturas de Madeira> Exercício proposto 13 -> Uma tesoura, de um telhado convencional de madeira, apresenta os deslocamentos verticais (flechas), no centro da tesoura, listados a seguir. Considerando que o telhado pode ser considerado como uma edificação do tipo 2, pois seu carregamento é inferior a 5 kN/m2, e sabendo-se que o carregamento é de longa duração e, em princípio, não se sabe qual a ação variável principal, pede-se: a) O deslocamento vertical de serviço, para baixo, máximo na tesoura; b) O deslocamento vertical de serviço, para cima, máximo na tesoura. Deslocamentos verticais no centro da tesoura (valores positivos indicam deslocamentos verticais para baixo, negativos para cima), devidos a: •Peso próprio (telha, madeiramento e elementos de ligação) -> ug = 12.455 mm -> Ugiig = 56,683 mm -> ugcf = -30,000 mm ” uq,a uq,VP = -> uq vs = -4,886 mm •Deformação das ligações (permanente) •Contraflecha (permanente) •Peso de água absorvida pelas telhas •Vento de pressão •Vento de sucção 1,621 mm 7,112 mm Nota: Aplicar contraflecha é construir a estrutura já deformada em sentido contrário à flecha esperada. i402 0459 5- Estruturas de Madeira > Exercício proposto 14 -> Que valores de cálculo usar no projeto de uma estrutura construída em Manaus (classe de umidade 3), utilizando madeira serrada de uma dicotiledônea, adquirida no comércio local, da classe de resistência D40? Exercício proposto 15 -> Que valores de cálculo deveriam ser usados no projeto de uma estrutura de madeira pré-fabricada, cuja indústria classificou visual e mecanicamente a madeira como sendo SE-ND de uma conífera da classe de resistência C30, se a referida estrutura fosse em Cuiabá? > Exercício proposto 16 -> Como deveriam ser corrigidos os valores fornecidos na Tabela 16, para estruturas construídas em Manaus (classe de umidade 3)? * Exercício proposto 17 -> É possível preparar uma tabela equivalente a Tabela 16 para as coníferas? Monte a tabela, em caso afirmativo, ou justifique, em caso negativo. iProf. Dr. Norman Barros Logsdon 47 ? 402 0459 5- Estruturas de Madeira 3. Tração Conforme a direção de aplicação do esforço de tração, em relação às fibras da madeira, pode-se ter a madeira submetida à tração paralela ou à tração normal. A resistência da madeira a esforços de tração paralela às fibras é muito alta, enquanto que a resistência à tração normal às fibras é muito baixa e frequentemente desprezada. A resistência da madeira a um esforço de tração aplicado em uma direção inclinada, em relação às fibras, apresenta um valor intermediário entre as observadas na tração paralela e normal. 0ICÍ? 40 Tração paralela v. às fibras Tração normal às fibras íProf. Dr. Norman Barros Logsdon % 402 0459 5- Estruturas de Madeira a) Tração paralela às fibras Segundo a NBR 7190, da ABNT (2012), os esforços resistentes das peças estruturais de madeira devem ser determinados com a hipótese de comportamento elastofrágil do material, isto é, com um diagrama “tensão X deformação” linear até a ruptura tanto na compressão quanto na tração. Assim, o Estado Limite (Último) de peças submetidas à tração paralela às fibras é o de ruptura, na seção menos resistente, por tensões de tração e as bases para o dimensionamento são asestudadas em “Resistência dos Materiais” /"Tensões normais uniformemente distribuídas NÿForça normal Área da seção transversal normal (“sigma”) a f Efeito da I- Força \ <j= Normal (N) %aNmax N> Segurança à ruptura Zÿ> Resistência do material — (à tração ou compressão) atenalA s íProf. Dr. Norman Barros Logsdon 48 !402 0459 5- Estruturas de Madeira A descontinuidade do material, causada por furos ou cortes para entalhes, impedirá a transmissão do esforço de tração, portanto, a área da seção transversal a ser considerada deve ser a área efetiva (descontados os furos e entalhes). Assim, o dimensionamento de peças estruturais de madeira submetidas à tração paralela às fibras pode ser feita aplicando-se o seguinte roteiro. > Roteiro - Tração paralela às fibras 1 -Obter a força normal de cálculo (Nd), se necessário, traçando o(s) diagrama(s) de força(s) normal(is). 2 -Obter a área da seção transversal da barra (A). 3 -Obter a área efetiva (Agf) de madeira, da seção transversal. a) Se conhecida a ligação. A = A — A enfraquecimentos Na qual, em geral: A = A + Afaros entalhes iProf. Dr. Norman Barros Logsdon !402 0459 5- Estruturas de Madeira n Furos para colocação de pregos e parafusos. SEÇÃO A- AA< Afeo = b.0I*o A furoA<l n Entalhes para colocação de dentes. SEÇÃO A- A A<l b > A = b.eei: ill, Aentalhe A<l b) Se desconhecida a ligação. Aef = 0,70.A íProf. Dr. Norman Barros Logsdon 49 % 402 0459 5- Estruturas de Madeira 4 -Obter a tensão atuante, de cálculo, máxima (otd). NdCTtd = Aef 5 -Verificar e concluir sobre a seção. = , opcionalmente: = N? Aef-Itoj <1 Aef V Resistência à tração paralela às fibras H Se CTW« Vd (CTtdIfffl.d« folga ao esforço, pode-se diminuir a seção. n Se cytd>ftod (atd/ft0d> 1) => a madeira não resiste ao esforço, é necessário aumentar a seção. 1) => a madeira resiste com n Se crld=ft0 d(atd/ft0d=1), mas ainda menor => a madeira resiste, praticamente no limite, ao esforço, é a seção ideal. íProf. Dr. Norman Barros Logsdon !402 0459 5- Estruturas de Madeira > Exemplo de aplicação 10 -> Obter a seção da barra 1-3, da tesoura esquematizada abaixo, construída com madeira de uma folhosa da classe D30. Sabe-se que para facilidade na montagem das ligações, a barra deve ter largura de 6,00 cm e que os esforços característicos na barra (obtidos em Planos Cremona) são os listados abaixo (positivos se de tração, negativos se de compressão). Considere: edificação do tipo 2 (cargas acidentais inferiores a 5 kN/m2), classe de umidade 1, carregamento de longa duração e que, em princípio, não se sabe qual a ação variável principal. Peso próprio (telhas, madeiramento e ligações)-> 17000 N Peso de água absorvida pelas telhas Vento de pressão Vento de sucção 4 -> 2500 N -> 15000 N -1000 N Note que o carregamento deve ser considerado em conjunto.1,20 m ,8 1,50 5 1,50 7 1ÿ50 ._6,00 m_ Prof. Dr. Norman Barros Logsdon 50 % 402 0459 5- Estruturas de Madeira Ver roteiro(página 48)Solução: Acompanhando o roteiro apresentado, obtém-se: 1 -Obter a força normal de cálculo (Nd), se necessário, traçando o diagrama de força normal. Os esforços característicos podem ser classificados como: Permanente -> Peso próprio í Água Variáveis -> \ Vento de pressão Vento de sucção Ng=17000 N -» Nq a = 2500 N Nq VP = 15000 N Nq vs = -1000 N Esforços solicitantes, como a forca normal, podem causar ruptura de seções, portanto, causar um Estado Limite Últimos. Estes estados são verificados com combinações últimas, para o carregamento de longa duração (carregamento normal) usa-se a Combinação Última Normal. íProf. Dr. Norman Barros Logsdon !402 0459 5- Estruturas de Madeira Da existência de três carregamentos variáveis, um caracterizando esforço de compressão e dois esforços de tração, percebe-se, ao observar a expressão de Combinação Última Normal, a possibilidade de três diferentes combinações: 1) Ng e Nq Vs possibilitando Nd de compressão; 2) Ng, Nq a (como variável principal) e Nq Vp, fornecendo Nd de tração; 3) Ng, Nqa e NqVp (como variável principal), fornecendo outro Nd de tração. C. Última Normal (Página 25) Assim, devem ser obtidos esses três valores de Nd, identificando a hipótese adotada, e: 1) se existir Nd de compressão, com ele verificar a barra à compressão; 2) com o maior valor obtido para Nd de tração, identificar a variável principal assumida e verificar a barra à tração. Como a direção das fibras da barra 1-3 (ao longo do comprimento) é a mesma dos esforços Nd (nos três casos), as duas verificações descritas acima devem ser feitas na direção paralela às fibras. íProf. Dr. Norman Barros Logsdon 51 % 402 0459 5- Estruturas de Madeira 4- Procurando valores de compressão para Nd (-) Nesta situação devem ser consideradas todas as cargas permanentes (entram sempre) e apenas as cargas variáveis com mesmo sinal de Nd (portanto, de compressão). Assim, aplicando-se a combinação obtém-se: C. Última Normal (Página 25) Não existe compressão na barra 1-3/N«-,=1,0.NIW+1,4.(N1.VS<_).0,75) => 1,00.17000 +1,4.[(-1000)0,75] => N '+15950 NN d(-)d(-) 4- Procurando valores de tração para Nd (+) Nesta situação devem ser consideradas todas as cargas permanentes (entram sempre) e apenas as cargas variáveis com mesmo sinal de Nd (portanto, de tração). Assim, existem duas possíveis variáveis principais. Adotam-se, por hipótese, as duas possibilidades e o maior valor de Nd será utilizado no cálculo. íProf. Dr. Norman Barros Logsdon % 402 0459 5- Estruturas de Madeira Hipótese 1 -> Assumindo a água como variável principal: C. Última Normal (Página 25) 1.4-(N„W+0,6.N = 1,4.17000 +1,4.(2500+0,6.15000) => Nd(+) = 37800 N )N1(., = 1,4.N +g(-) q,VP(-) Nd(-) Hipótese 2 -> Assumindo o vento de pressão como variável principal: .0,75 +0,5.Nqa(+)) Nd(_} =1,4.17000+1,4.(150000,75+0,5.2500) => NdW= 41300N 1,4. NNd(+) =1,4.N +g(-) Portanto, deve-se assumir o vento de pressão como variável principal e utilizar para dimensionamento da barra uma força normal de cálculo, Nd = 41300 N, de tração. íProf. Dr. Norman Barros Logsdon 52 % 402 0459 5- Estruturas de Madeira Ver roteiro(página 48) 2 -Obter a área da seção transversal da barra (A). C. Geométricas (Anexo 1) h (mm) A = 60.h mm"A = b.h => 6 cm = 60 mm 3 -Obter a área efetiva (Aef) de madeira, da seção transversal. Para ligação desconhecida. Aef = 42.h mnrAef = 0,70.A => Aef = 0,70.(60.h) 4 -Obter a tensão atuante, de cálculo, máxima (atd). 41300 983,33Nd MPa=> <?« = => == Tÿ 42.h hAef tProf. Dr. Norman Barros Logsdon % 402 0459 5- Estruturas de Madeira Ver roteiro(página 48) 5 -Verificar e concluir sobre a seção. Nd DICA -> Quando se carrega incógnita pode-se impor a solução ideal. = - ft0,d Aef Para as condições especificadas no enunciado, a resistência da madeira esta tabelada, portanto: Folhosa classe D30 -> C. da madeira (Página 44) ft0d = 10,50 MPa Assim: 983,33Nd — < 10.50 => h> h A solução ideal para o problema é a seção comerciai de largura 6 cm (dada no enunciado) e altura imediatamente superior a 93,65 mm = 9,4 cm. Das seções encontradas no comércio, recomenda-se: =Tÿfto,d => h> 93,65 mm10,50Aef Seções comerciais (Tabela 1, página 4) cQtíjjzãra seção comercial 6cm x 12crn(vigota)I> iProf. Dr. Norman Barros Logsdon 53 1402 0459 5- Estruturas de Madeira > Exemplo de aplicação 11 -> Qual a máxima força normal de cálculo, de tração, a que pode resistir uma peça de madeira classe D60 (dicotiledônea), de seção 6,00 cm x 12,00 cm, sendo que 3,00 cm de sua altura são utilizados em entalhes e colocação de parafusos (figura abaixo)?. Considere: edificação dotipo 2 (cargas acidentais inferiores a 5 kN/m2), classe de umidade 1, carregamento de longa duração e que, em princípio, não se sabe qual a ação variável principal. 3 6 cm 3 SEÇÃO A- A 6 cm 1—1yA entalhe -d TESíI1,8 cm 12 cm jgxl,2 cm A furo 6 -*-1,8 cm x1,2 cm12 cm o o <JA íProf. Dr. Norman Barros Logsdon 1402 0459 5- Estruturas de Madeira Ver roteiro(página 48)Solução: Procura-se uma força de tração, a direção do esforço normal é a mesma da barra da treliça, que é disposta ao longo do comprimento (direção das fibras). Assim, o problema é de tração paralela as fibras, portanto, pode-se acompanhar o roteiro correspondente. 1 -Obter a força normal de cálculo (Nd), se necessário, traçando o diagrama de força normal. É a incógnita do problema => Nd = Nd N 2 -Obter a área da seção transversal da barra (A). C. Geométricas (Anexo 1) 12 cm = --- 120 mm A =b.h => A = 60.120 => A = 7200 mm2 6 cm = 60 mm íProf. Dr. Norman Barros Logsdon 54 402 0459 5- Estruturas de Madeira Ver roteiro (página 48) 3 -Obter a área efetiva (Aef) de madeira, da seção transversal. Para ligação conhecida. A = A — An , com A - Afiÿ +Aenfraquecmentos entalhes No caso, observando-se a figura dada, tem-se: Aíúro = 720 mm2=> Afro =6.1,2 = 7,2 cm2 = 6.1,8 =10,8 cm2 => Aÿo = b.0 => + Açntalhe =1080 IM112Aentalhe = b-e => Aentalhe = 6.(12+1.8) =1&0 cmW Aenfraq =1800 mm2=b.(0+e) =>AAenfraq enfraq Xi Altura utilizada Aef = A-Aenfrsquecinentos Aef = 7200-1800 => Aef = 5400 mm2 iProf. Dr. Norman Barros Logsdon 402 0459 5- Estruturas de Madeira Ver roteiro (página 48) 4 -Obter a tensão atuante, de cálculo, máxima (ctd). Nd Nd MPa=> ==-7ÿ 5400Aef 5 -Verificar e concluir sobre a seção. Nd DICA -> Quando se carrega incógnita pode-se impor a solução ideal.. — I'tO.dAef Para as condições especificadas no enunciado, a resistência da madeira esta tabelada, portanto: Dicotiledônea classe D60 -> C. da madeira (Página 44) ft0d =21,00 MPa Assim: Nd NdCTtd , — ItO.d < 21,00 =>Nd <21,00.5400=>Nd <113.400 NAef 5400 A máxima força normal de cálculo de tração, que poderá ser usada, é Nd = 113.400 N. Prof. Dr. Norman Barros Logsdon 55 % 402 0459 5- Estruturas de Madeira b) Tração normal às fibras Quando as tensões de tração normal às fibras puderem atingir valores significativos, deverão ser empregados dispositivos que impeçam a ruptura decorrente dessas tensões. A segurança das peças estruturais de madeira, em relação a estados limites últimos, não deve depender diretamente da resistência à tração normal às fibras do material (NBR 7190, da ABNT (2012)). Quando não for possível atender essa recomendação, a verificação de peças fracionadas na direção normal às fibras pode ser feita de maneira semelhante a apresentada para tração paralela, utilizando- se a resistência de cálculo à tração normal às fibras (f®ÿ)- c) Tração inclinada às fibras Sempre que o ângulo entre o esforço aplicado e a direção das fibras for superior a 6o, segundo a NBR 7190 da ABNT (2012), deve-se considerar a correspondente redução de resistência. iProf. Dr. Norman Barros Logsdon % 402 0459 5- Estruturas de Madeira A NBR 7190, da ABNT (2012), recomenda a utilização da expressão de Hankinson, apresentada a seguir, para obter a resistência à tração inclinada às fibras. J Resistência à tração inclinada ft0,d-ft90,d'ft“’d ftod.sen2or + ft90 d.cos2 a — Resistência à tração paralela / Resistência à tração normalÂngulo entre o esforço aplicado e a direção das fibras. Assim, a verificação de peças tracionadas em uma direção inclinada às fibras pode ser feita de maneira semelhante a apresentada para tração paralela, utilizando-se a resistência de cálculo à tração inclinada às fibras (ftad). íProf. Dr. Norman Barros Logsdon 56 % 402 0459 5- Estruturas de Madeira > Exercício proposto 19 -> Obter a seção de uma barra da tesoura de um telhado, construída com madeira de uma folhosa da classe D60. Sabe-se que para facilidade na montagem das ligações, a barra é composta por duas tábuas (ou sarrafos) de espessura 2,50 cm e afastados entre si de 6 cm, que os esforços característicos na barra (obtidos em Planos Cremona) são os listados abaixo (positivos se de tração, negativos se de compressão). Considere: edificação do tipo 2 (cargas acidentais inferiores a 5 kN/m2), classe de umidade 1, carregamento de longa duração e que, em princípio, não se sabe qual a ação variável principal. Peso próprio (telhas, madeiramento e ligações)-> 5577 N Peso de água absorvida pelas telhas Vento de pressão à barlavento Vento de pressão à sotavento Vento de sucção à barlavento Vento de sucção à sotavento 726 N 4946 N 2003 N -> -1740 N -3342 N Note que o carregamento deve ser considerado em conjunto. tProf. Dr. Norman Barros Logsdon 1402 0459 5- Estruturas de Madeira> Exercício proposto 18 -> Obter a seção da barra 1-2 da treliça, esquematizada na figura abaixo, construída com uma folhosa da classe D30. Sabe-se que para facilidade na montagem das ligações, a barra é formada por duas tábuas com 2,5 cm de espessura cada. Considere: edificação do tipo 2 (cargas acidentais inferiores a 5 kN/m2), classe de umidade 1 e carregamento de longa duração. 5,00 m 412 5,00 4 5,00 6 5,00»Carga permanente 10 kN Carga variável (talha) 30 kN 15,00 m > Exercício proposto 19 -> Obter a seção da barra 5-7 da treliça esquematizada na figura acima, construída com uma folhosa da classe D30. Sabe-se que para facilidade na montagem das ligações, a largura da barra é de 6,00 cm. Considere: edificação do tipo 2 (cargas acidentais inferiores a 5 kN/m2), classe de umidade 1 e carregamento de longa duração. íProf. Dr. Norman Barros Logsdon 57 1402 0459 5- Estruturas de Madeira> Exercício proposto 18 -> Obter a seção da barra 1-2 da treliça, esquematizada na figura abaixo, construída com uma folhosa da classe D30. Sabe-se que para facilidade na montagem das ligações, a barra é formada por duas tábuas com 2,5 cm de espessura cada. Considere: edificação do tipo 2 (cargas acidentais inferiores a 5 kN/m2), classe de umidade 1 e carregamento de longa duração. 7-A 5,00 m 4-L2 5,00 * 5,00 Ç 5,00 *Carga permanente10 kN Carga variável (talha) 30 kN 15,00 m > Exercício proposto 19 -> Obter a seção da barra 5-7 da treliça esquematizada na figura acima, construída com uma folhosa da classe D30. Sabe-se que para facilidade na montagem das ligações, a largura da barra é de 6,00 cm. Considere: edificação do tipo 2 (cargas acidentais inferiores a 5 kN/m2), classe de umidade 1 e carregamento de longa duração. £Prof. Dr. Norman Barros Logsdon % 402 0459 5- Estruturas de Madeira> Exercício proposto 20 -> Um carpinteiro (inexperiente) utilizou dois pedaços de tábua, de seção 2,5 cm x 30 cm, com 12 cm cada, como cobrejuntas na emenda (figura abaixo) de uma barra tracionada com 62000 N (valor de cálculo). Sabendo-se que: a madeira é uma folhosa classe D40, a edificação é do tipo 2 (cargas acidentais inferiores a 5 kN/m2), o carregamento é de longa duração e a classe de umidade 1. A emenda resistirá ao esforço? -Cobrejunta Nd = 62000 N 412 O- Parafuso de 1/2" (12,7 mm) Nd = 62000 N30 cm 2,5 Direção das fibras > Exercício proposto 21 -> Na construção de um telhado, percebeu- se que a madeira de uma das barras tinha 10° de inclinação das fibras (defeito). Considerando os dados do “exercício proposto 19”, será necessário substituirá barra? 58 !402 0459 5- Estruturas de Madeira 4. Compressão Devido a anisotropia do material, a madeira tem comportamento distinto quando submetida a compressão em diferentes direções, em relação às suas fibras, assim deve-se estudar o fenômeno, em cada direção, separadamente. Na figura abaixosão apresentadas peças de madeira submetidas a compressão em diferentes direções. Compressão iaralela às fibra: ''''Compressão" normal às fibras /ÿõmpressãoÿx (inclinada às fibras íProf. Dr. Norman Barros Logsdon !402 0459 5- Estruturas de Madeiraa) Compressão paralela às fibras Considerando que a NBR 7190, da ABNT (2012), admite um comportamento elastofrágil do material, ou seja, um diagrama “tensão X deformação” linear até a ruptura, tanto na compressão quanto na tração, dois estados limites devem ser considerados: > Ruptura, na seção menos resistente, por tensões normais de compressão (ponto A, no diagrama “o x s”), de peças curtas; Af B Fr Carga de ruptura8 Diagrama “<r x s” /ÿRupturaÿv por compressão paralela às fibras For / /flICarga crítica i! > Flambagem elástica (ponto B, no diagrama “a x s”), de peças esbeltas; Ui Flambagem elástica tff Prof. Dr. Norman Barros LogsdonFC; 59 % 402 0459 5- Estruturas de MadeiraAs bases para o dimensionamento são as estudadas em “Resistência dos Materiais” 'Tensões normais uniformemente distribuídas NÿForça normal Área da seção transversal •Tensão normal (“sigma”) Efeito da Força Normal (N) o A-t N> Segurança à rupturacz£> crmáx = — Resistência do material- (à tração ou compressão) > Para evitar a flambagem Tensão crítica de Euler- máx ~ Nmáxcr A s A tensão crítica de Euler, por sua vez, é obtida a partir da carga crítica de Euler. tProf. Dr. Norman Barros Logsdon !402 0459 5- Estruturas de Madeira Tensão crítica de Euler Módulo de elasticidade Carga crítica de Euler Momento de inércia ' r.E.f TI2.RI \;r2.E.i2FE = °cr = CTcr =TC.E/l Z.E4 4-A 4CTcr Á2 =ÍE I Ii2=-ÿÿ>i=CTcr A r íA VAZ índice deesbeltezÁrea da seção transversal Comprimento de flambagem Raio de giração Os autores da NBR 7190 da ABNT (2012) não deixam claro qual o módulo de elasticidade a ser utilizado no cálculo de <xcr Considerando que: a flambagem corresponde a um Estado Limite Último; a expressão geral de verificação (Sd < Rd), nesse caso, envolve valores de cálculo; a resistência de cálculo (Xd=Kmod.Xk/yw) é corrigida por um coeficiente de modificação e um de minoração, tem-se: tProf. Dr. Norman Barros Logsdon 60 % 402 0459 5- Estruturas de Madeira Módulo de elasticidade caracterlstico _ Kmodÿr:.E V /t 7T /wc c0,k Tzr.d ,2 ÍÿNnod'=> A2Kc Módulo de elasticidade de cálculoCoeficiente de modificação Coeficiente de minoração 7T .EValor de cálculo da Tensão crítica de Euler ~~*crCr,d = c0,dValor caracterlstico da Tensão crítica de Euler % índice de esbeltez A NBR 7190, da ABNT (2012), recomenda o dimensionamento à flexocompressão de toda peça (comprimida) cujas imperfeições, avaliadas pelo desvio do alinhamento na metade da distância entre os “apoios” (f), supere: -> Peças de madeira serrada ou roliça;í> 300 i ->Peças de madeira laminada colada ou para escoramento de fôrmas de madeira. > 500 íDistância entre “apoios” Prof. Dr. Norman Barros Logsdon % 402 0459 5- Estruturas de Madeira Os furos, para colocação de pregos ou parafusos, e os entalhes são preenchidos por material tão resistente quanto a madeira, portanto, transmitem o esforço de compressão e pode-se considerar a totalidade da área da seção transversal (HELLMEISTER, 1977). Assim, o dimensionamento de peças estruturais de madeira submetidas à compressão paralela às fibras pode ser feito aplicando- se o seguinte roteiro. > Roteiro - Compressão paralela às fibras 1 -Obter a força normal de cálculo (Nd), se necessário, traçando o(s) diagrama(s) de força(s) normal(is). 2 -Obter as características geométricas da seção de interesse do problema, que são: a área da seção transversal da barra (A) e o raio de giração mínimo (imin). 3 -Obter o comprimento de flambagem (L0) e o índice de esbeltez máximo (A). tProf. Dr. Norman Barros Logsdon 61 !402 0459 5- Estruturas de Madeira Comprimento de flambagem/ À = Raio de giração mínimoL; = KE.L eLembrete: imm índice de esbeltezA.< 140 Coeficiente apresentado na Tabela 17 (página 62) Distância entre “apoios” OBS.: A NBR 7190, da ABNT (2012), proíbe o uso de peças comprimidas, ou flexocomprimidas, com índice de esbeltez superior a 140. 4 -Obter as características da madeira: resistência de cálculo à compressão paralela às fibras (fcod); módulo de elasticidade longitudinal de cálculo (Eco,d); e a tensão crítica de Euler, de cálculo (crcrd). Módulo de elasticidade de cálculon'Ec : .d<Jcr,d = índice de esbeltez Tensão crítica de Euler, de cálculo íProf. Dr. Norman Barros Logsdon !402 0459 5- Estruturas de MadeiraTabela 17 - Valores do coeficiente KE I I Il I*4T1 V77Á o Modos de flambagem 1Ã. Valores de projeto para KE 0.65 0,80 1.20 1,00 2,10 2.40 Código das condições de extremidade Rotação livre e translações impedidasRotação e translação lateral impedidas. translação vertical livre Rotação impedida e translações livres Rotação e translação vertical livres, translação lateral impedida~4I Rotação e translações livres? íProf. Dr. Norman Barros Logsdon 62 1402 0459 5- Estruturas de Madeira5 -Obter a tensão atuante, de cálculo, máxima (acd). = NaCTcd A 6 -Verificar e concluir sobre a seção. a) Verificação da resistência Resistência à compressão paralela às fibras = = A J-cO.d AJ-cO,d <1CTcd Tensão crítica de Euler, de cálculob) Verificação da estabilidade NJ cr. N. = —2-<cr , , opcionalmente: —— =-—- A CT-d A.£7a <1CTcd b) Conclusão « Se acd«fc0|d e « acrd (crcd / fc0 d«1 e acd / acrd « 1) => a madeira resiste com folga ao esforço, pode-se diminuirá seção. H Se acd>fcod ou acd>crcrd (acd / fÿ d>1 ou acd/cjcrd> 1) => a madeira não resiste ao esforço, é necessário aumentar a seção. 1402 0459 5- Estruturas de Madeira H Se acd fco,d e acd= ocrd ou ocd = fc0,d e ccd < acrd (acd/fco,d< 1 e CTcd!cÿcr.d=1 ou tfaj/fco.d =1 e CTcd / < 1), mas ainda menor => a madeira resiste, no limite, ao esforço, é a seção ideal. > Exemplo de aplicação 13 -> Verificar a seção de um pilar, de madeira maciça da classe de resistência D60 (folhosa), utilizado em uma ponte em viga contínua, de madeira laminada colada. Sabe-se que o pilar tem 5 m de altura, seção 20 cm x 20 cm, é engastado na base e articulado na viga contínua. As cargas aplicadas pela viga aos pilares (reações), que causam compressão no pilar, são fornecidas abaixo. Considere: a ponte construída de madeira laminada colada, sem revestimento, e o pilar de madeira maciça não classificada, classe de umidade 1 e carregamento de longa duração. Reação devido ao peso próprio (madeira) -> Rg = 34500 N Rqm= 210000 N-» Rqi = 95000 N Rq,i Rq.m Rg E E o s Reação devida à carga móvel Reação devido ao impacto vertical Note que o carregamento pode ser considerado separadamente.J200 mm Prof. Dr. Norman Barros Logsdon200 63 % 402 0459 5- Estruturas de Madeira Ver roteiro(página 60) Solução: As cargas aplicadas são de compressão e, construtivamente, a direção do esforço normal coincide com a direção das fibras da madeira (ao longo do comprimento). Portanto, o problema em pauta é de compressão paralela às fibras. 1 -Obter a força normal de cálculo (Nd), se necessário, traçando o(s) diagrama(s) de força(s) normal(is). Força normal, como qualquer esforço solicitante, pode levar à ruptura, portanto, um Estado limite Último. Para verificação desses estados são utilizadas Combinações Últimas. No caso de carregamento de longa duração (situação duradoura de projeto) utiliza-se a Combinação Última Normal. Nd =l,30.Rg+l,50.[Rqm+0,75.Rj =>Nd =1,30.(34500)+1,50.[210000+0,75.95000] => C. Última Normal (Página 25) \ Nd = 466725 NSó ocorre se existir Rq m => é variável secundária íProf.Dr. Norman Barros Logsdon ! Ver roteiro(página 60)402 0459 5- Estruturas de Madeira 2 -Obter as características geométricas da seção de interesse do problema, que são: a área da seção transversal da barra (A) e o raio de giração mínimo (imin). A = 40000 mm2E A = a2 => A = 2002 =>C. geométricas (Anexo 1) Eo CM 200a =57,74 mm=> =>W“VT2 VÍ2 200 3 -Obter o comprimento de flambagem (L0) e o índice de esbeltez máximo (X). L0 = 4000 mmL0 = Ke.L => L0 = 0,80.5000 —STabela 17 (KE) (Página 61) 4000 à = 1=69,3=> =>i 57,74min íProf. Dr. Norman Barros Logsdon 64 % Ver roteiro(página 60)402 0459 5- Estruturas de Madeira 4 -Obter as características da madeira: resistência de cálculo à compressão paralela às fibras (fc0d); módulo de elasticidade longitudinal, de cálculo (Ec0d); e a tensão crítica de Euler, de cálculo (ocrd). C. da madeira (Página 45) Folhosa, classe D60 -> fc0,d = 21.00 MPa e E = 6003 MPac0,d ;T2.6003n2.Ec0:d _ (Jcrd =12.34 MPa= —> =>69,32Á2 5 -Obter a tensão atuante, de cálculo, máxima (acd). Nd 466725 <7cd =11,67 MPaCJcd=ÿ => CTcd = —>40000A tProf. Dr. Norman Barros Logsdon % 402 0459 5- Estruturas de Madeira Ver roteiro(página 60) 6 -Verificar e concluir sobre a seção. a) Verificação da resistência Nd°"cd =~- fcOd -> <rcd =11,67 MPa < fc0 d =21,00 MPa ... OK!A b) Verificação da estabilidade Nd crcd =11,67 MPa < aai = 12,34 MPa ... OK!_ A - =>A c) Conclusão A seção adotada para o pilar, por satisfazer as duas verificações, resiste aos esforços e pode ser utilizada.Tabela 1(Página 4) Deve-se notar que a seção adotada (20 cm x 20 cm) já é a ideal, pois a seção comercial imediatamente inferior (15 cm x 15 cm) é insuficiente, como se mostra a seguir. ;r.E /T2.6003466725Nd 0ÿ =c0,dCTcd=-rÿC7cr.d = = 150" 2Á2A 0.8.5000 150/VÍ2íjcd = 20,74 MPa > <rai = 6,94 MPa ... Não OK! 65 % 402 0459 5- Estruturas de Madeira > Exemplo de aplicação 14 -> Obter a seção da barra de uma tesoura, construída com madeira de uma folhosa da classe D50 e com 1,60 m de comprimento (entre os centros dos nós). Sabe-se que para facilidade na montagem das ligações, a barra deve ter largura de 6,00 cm e que os esforços característicos na barra (obtidos em Planos Cremona) são os listados abaixo (positivos se de tração, negativos se de compressão). Considere: edificação do tipo 2 (cargas acidentais inferiores a 5 kN/m2), classe de umidade 1, carregamento de longa duração e que, em princípio, não se sabe qual a ação variável principal. Peso próprio (telhas, madeiramento e ligações)->Ng Peso de água absorvida pelas telhas Vento de pressão à barlavento Vento de pressão à sotavento Vento de sucção à barlavento Vento de sucção à sotavento = -25546 N ->Nq a = -3515 N-*Nq’vPb = -16256 N ->Nq VPs = -16593 N-»Nq’VSb= 12102 N -ÿNq VSs = 11918 N Note que o carregamento deve ser considerado em conjunto. tProf. Dr. Norman Barros Logsdon !402 0459 5- Estruturas de Madeira Ver roteiro(página 60) Solução: As barras de treliças podem ser tracionadas ou comprimidas e, construtivamente, a direção do esforço normal coincide com a direção das fibras da madeira (ao longo do comprimento). Portanto, o problema em pauta é de tração ou compressão paralela às fibras, dependendo do sinal de Nd obtido no primeiro passo dos dois roteiros correspondentes. Existe ainda a possibilidade da ocorrência dos dois problemas, conforme a combinação de carregamentos utilizada. 1 -Obter a força normal de cálculo (Nd), se necessário, traçando o(s) diagrama(s) de força(s) normal(is). Força normal, como qualquer esforço solicitante, pode levar à ruptura, portanto, um Estado limite Último. Para verificação desses estados são utilizadas Combinações Últimas. No caso de carregamento de longa duração (situação duradoura de projeto) utiliza-se a Combinação Última Normal. íProf. Dr. Norman Barros Logsdon 66 % 402 0459 5- Estruturas de MadeiraA existência de diversas cargas variáveis, de diferentes sentidos (sinais), permitem combinação de esforços sob diferentes hipóteses. a) Força normal, de cálculo, de tração -> Nd(+) Constarão da combinação -> Ng (entra sempre) e NqVsb (mesmo sinal de Nd). Note que o outro esforço variável com mesmo simultaneamente com N de maior valor absoluto. .0.75 X> NdM = L00.(- 25546)+ l,40.(l2102)0,75 Não existe tração na barra sinal de Nd, NqVSs, não pode ocorrer portanto, aplica-se apenas oC. Última Normal(Página 25) q.VSbi Nd(+) = 1,00.N +1.40.Nq.VSb(-) Nd(+) s -12839 N b) Força normal, de cálculo, de compressão -> Nd(_) Duas cargas variáveis, de mesmo sinal de Nd, podem atuar simultaneamente (água e vento de pressão). Portanto, deve-se avaliar as hipóteses de cada uma delas ser a variável principal (Fq1k). IProf. Dr. Norman Barros Logsdon 402 0459 5- Estruturas de Madeira Constarão da combinação -> Ng (entra sempre), Nqa e Nqvps (mesmo sinal de Nd). Note que o outro esforço variável com mesmo sinal de Nd, NqVPb, não pode ocorrer simultaneamente com NqVPs, portanto, aplica-se apenas o de maior valor absoluto. Hipótese 1 -> Água é a variável principal, Fq1 k = Nqa Nd(_, =1.40.N (_j +1,40.[n (_} +0.60.N C. Última Normal (Página 25) q.VPs(-) J Nd(_> = 1.40.(- 25546)+1.40.[(- 3515)+0,60.(-l6593)] Hipótese 2 -> Vento de pressão (a sotavento) é a variável principal, Fq1k= NqVPs .0,75+0,50.Nq>1(_j] Nd(_, s -50424 N = l,40.Ng(_) +1,40.[n =1,40.(- 25546)+1,40.[(-16593)0,75+0,50.(-3515)] Nd(_} = -55648 N —sNd(-) q.'Ts(-) Nd(-) Portanto, deve-se assumir o vento de pressão como variável principal e utilizar para dimensionamento da barra uma força normal de cálculo, Nd = 55648 N, de compressão. Prof. Dr. Norman Barros Logsdon 67 % Ver roteiro(página 60)402 0459 5- Estruturas de Madeira 2 -Obter as características geométricas da seção de interesse do problema, que são: a área da seção transversal da barra (A) e o raio de giração mínimo (imin). A =b.h A = 60.h mm2—sC. geométricas (Anexo 1) > Se h > 60 mm =>E £ 60lram"VT2ÿ imm =17,32 mm.c menorlargura \ 4u > Se h < 60 mm h r. => i60 =0,289.h mm*min minVl2 3 -Obter o comprimento de flambagem (L0) e o índice de esbeltez máximo (A.). L0 = KE.L L0 =1600 mm—> L0 =1,00.1600 —>Tabela 17 - KE (Página 61) OBS.: A barra da treliça é considerada com duas articulações, seus nós permitem rotações e impedem translações. A rigidez da treliça impede as translações em seu plano e os contraventamentos as demais. £Prof. Dr. Norman Barros Logsdon Ver roteiro (página 60) 402 0459 5- Estruturas de Madeira 1600> Se h >60 mm => 1ÿ =17,32 mm => A = à = 92,4=> = u 17,32 —% 1600 5536,3i = 0,289.h mm => =min => Â> Se h < 60 mm => imin 0,289.h 4 -Obter as características da madeira: resistência de cálculo à compressão paralela às fibras (fc0d); módulo de elasticidade longitudinal de cálculo (Ec0d); e a tensão crítica de Euler, de cálculo (acrd). Folhosa, classe D50 -> fc0d =17,50 MPa e EcOd=5390 MPa h C. da madeira (Página 45) ,T2.5390> Se h > 60 mm => À = 92,4 “ 92,42 (Jcr d = 6,23 MPa ,T2.EcO.d —, TT.5390O'er,d = 5536,3À2 > Se h < 60 mm =x> = — -(55363/hfh h2 MPa— 576.17 68 % Ver roteiro(página 60)402 0459 5- Estruturas de Madeira5 -Obter a tensão atuante, de cálculo, máxima (ocd). 55648Nd 927,47MPaCTcd=-fL —S CTcd = 60.hA 6 -Verificar e concluir sobre a seção. a) Verificação da resistência — 17,50 =>h>N„ 927,47 => h>53,0 mm=“T fc0,dA 17,50 b) Verificação da estabilidade 927,47 h => h>> Se h > 60 mm => =>6,23 h> 148,9 mmNdCTcd=-TLÿCrcr => 927,47 h2 h - 576,17 h> 3/534380,39 => h>81,l mm A => h3 >927,47.576,17 =>> Se h < 60 mm => 1 ''Fere a hipótese =A solução inadequada Prof. Dr. Norman Barros Logsdon % 402 0459 5- Estruturas de Madeira Ver roteiro(página 60) c)Conclusão Verificações Resistência 53,0 mm O 148,9 mm:Se h > 60 mmSe h < 60 mm O81,1 mmEstabilidade Xpere hipótese 148,9 mm O Solução O A solução mais adequada para o problema é uma peça de seção comercial de altura imediatamente superior a 148,9 mm e largura de 60 mm. Ou seja: Tabela 1 (Página 4) Adota-se a seção 6 cm x 15 cm > Exemplo de aplicação 15 -> Definir o valor do índice de esbeltez, arredondado para a dezena inferior, para o qual a madeira não classificada, de qualquer classe de resistência das folhosas (dicotiledôneas), quando submetida à compressão paralela às fibras chegue a rupturasem flambar. tProf. Dr. Norman Barros Logsdon 69 % 402 0459 5- Estruturas de Madeira Solução: Observando-se as expressões para verificação, dos problemas de compressão paralela às fibras, percebe-se que as peças sofrerão ruptura, sem flambar, sempre que fc0 d < acrd. Por exemplo, para uma folhosa da classe D20, obtém-se: C. da madeira (Página 45) Folhosa, classe D20 -> fc0-d = 7,00 MPa e Ec0 d = 2328 MPa ff2.En1.E/T:.E d => cO.dC04 Á<fc0,d - - =>=> fc0,dA2 V.2328 => ÂZ57,3À< 7,00 De maneira análoga obtêm-se os resultados apresentados na Tabela 18, para as demais classes de folhosas. tProf. Dr. Norman Barros Logsdon !402 0459 5- Estruturas de MadeiraTabela 18 - Valores do índice de esbeltez (Xcr) abaixo do qual as peças comprimidas, de folhosas, chegam a ruptura sem flambar fcO.d (MPa) EcO.d (MPa) Classe de resistência D20 7,00 2328 57,3 D30 10,50 3553 57,8 D40 14,00 4778 58,0 D50 17,50 5390 55,1 D60 21,00 6003 53,1 Os valores de cálculo acima consideram: carregamento de longa duração; classe de umidade 1; madeiras não classificadas, que possam ser enquadradas nas classes de resistência e caracterizadas de maneira simplificada em acordo com a NBR 7190 da ABNT (2011). A partir dos valores apresentados na Tabela 18, pode-se concluir que as peças comprimidas de folhosas serão rompidas, sem flambagem, sempre que o índice de esbeltez não superar o valor crítico de A,cr = 50. OBS.: As versões anteriores da NBR 7190 da ABNT (2012) (NB 11, de 1951; NBR 7190, de 1982; e NBR 7190, de 1997) consideravam para peças curtas o valor limite de A.cr= 40. 70 !402 0459 5- Estruturas de Madeira b) Compressão normal às fibras Os esforços resistentes correspondentes à compressão normal às fibras, segundo a atual norma brasileira NBR 7190, da ABNT(2012), devem considerar a extensão do carregamento, medida paralelamente à direção das fibras (“a”, na figura abaixo). Além disso, deve-se garantir que a configuração de equilíbrio não seja alterada durante o carregamento. Por isso, recomenda-se uma distância mínima, de 7,5 cm, da placa de distribuição às extremidades da peça (“c”, na figura abaixo). “c” suficiente Placa de distribuição “c” insuficienteF F F Adjst (contato) v c b 7 \ai C 'ossíveis configurações' ~-ÿ_de equilíbrio a c i Prof. Dr. Norman Barros Logsdonc > 7,5 cm !402 0459 5- Estruturas de MadeiraO dimensionamento de peças estruturais de madeira submetidas à compressão normal às fibras pode ser feita aplicando-se o seguinte roteiro. > Roteiro - Compressão normal às fibras 1 -Obter o esforço de cálculo, Fd. 2 -Determinar os valores de "a", "b" e "c" (definidos na figura anterior). Aproveitar para verificar, e corrigir, a distância construtiva “c”. 3 -Calcular a área de distribuição (Aÿ). A<Hst =Acortato=a.b 4 -Obter a tensão atuante, de cálculo, à compressão normal (°c90,d)- = A_ A&t íProf. Dr. Norman Barros Logsdon 71 % 402 0459 5- Estruturas de Madeira5 -Obter o fator de correção (an), a resistência à compressão normal (fc90d), e fazer a verificação. /Extensão do\ carregamento, medida na direção das fibras — Tabela 19 - Fatores de correção, an va (cm) 1 2 3 4 5 7,5 10 a 15cm 2,00 1,70 1,55 1,40 1,30 1,15 1,10 1,00an OBS.: Para valores intermediários pode-se fazer uma interpolação linear. Na prática, a favor da segurança, costuma-se utilizar o valor de “an” correspondente a extensão imediatamente superior. 6 -Conclusão. n Se crc90d «an.fc9o.d => a madeira resiste com folga ao esforço, pode-se diminuirá área de distribuição. n Se crc90d>an.fc90d=> a madeira não resiste ao esforço, é necessário aumentara área de distribuição. n Se ac90d = an.fc90d, mas ainda menor => a madeira resiste, praticamente no limite, ao esforço, é a área de distribuição ideal. % 402 0459 5- Estruturas de Madeira > Exemplo de aplicação 16 -> Quais as dimensões do travesseiro (b e t na figura do detalhe de um dos apoios da viga) para que não ocorra esmagamento por compressão normal no apoio da viga esquematizada abaixo? Considere que a madeira do travesseiro, de espessura 6 cm, seja uma dicotiledônea da classe D30. Considere ainda: classe de umidade 1 e carregamento de longa duração. 8800 N - Carga variável devido a uma talha Detalhe do apoio e do travesseiro 0,85 N/mm - Carga permanente (peso próprio) VIGA— _yiGAj XSEÇÃO TRAVESSEIROJ_I6 cm6 cml 4, TRAVESSEIROí300 Y 1=7b=7 A, PILAR PILARH2000 20001 1 100 mm 4000 mmh i Detalhe de um dos apoios da viga Esquema estático e seção da viga íProf. Dr. Norman Barros Logsdon 72 % 402 0459 5- Estruturas de Madeira Ver roteiro(página 70) Solução: O enunciado explicita tratar-se de um problema de compressão normal às fibras. Acompanhando o roteiro correspondente obtém-se: 1 -Obter o esforço de cálculo, Fd. A compressão normal no travesseiro é causada pelas reações da viga, portanto: =2ÿ =>RS =2 - Variável (talha) -> Rq = => Rq = Esforço de cálculo -> Fd =Rd =l,3.Rg+1,5.Rq 0.85.4000=>R2 =1700 NPermanentes -> R2 2Diagramas de E. S. (Anexo 2). => Rq = 4400N C. Última Normal (Página 25) Fd = Rd =1,3.1700+1.5.4400 Fd=Rd =8810 N=> tProf. Dr. Norman Barros Logsdon % Ver roteiro(página 70)402 0459 5- Estruturas de Madeira 2 -Determinar os valores de "a", "b" e "c“. Aproveitar para verificar, e corrigir, a distância construtiva “c”. Observando o detalhe do apoio, obtém-se: extensão do carregamento na direção das fibras extensão do carregamento normalmente às fibras 100 mm E = 100 mmyiGA—— VIHAJ E = bmm6 cmj 16 cmTRAVESSEIRO b=? distância construtiva, do C = contato à borda, adotou-se =75 mm o limite mínimo (... OK!) _ h 1/=? PILAR PILAR 3 -Calculara área de distribuição (Adjst). A<fet=A = lOO.b mm2= a.bcontato 4 -Obter a tensão atuante, de cálculo, à compressão normal (CTc90,d)- - 88.10 => CTc90,d —= A_ Adist 8810 MPa lOO.b Prof. Dr. Norman Barros Logsdon 73 1 Ver roteiro(página 70)402 0459 5- Estruturas de Madeira5 -Obter o fator de correção (an), a resistência à compressão normal (fcgo,d). e fazer a verificação. — Tabela 19 - an (Página 71) Consultando as tabelas 19 (a = 10 cm) e 14 (dicotiledônea D30), obtém-se: crn = 1,10 C. da madeira (Página 45) fc90,d = 2-63 MPa Da expressão de verificação, obtém-se: . 88,10 <CCn.tc9Qà =>=JL <1,10.2,63 => b> 30,45 mm 6 -Conclusão. O valor “b” corresponde a uma das dimensões da seção transversal do travesseiro, portanto deve-se escolher “b”, imediatamente superior a 30,45 mm, a partir das seções comerciais. Assim: Tabela 1 (Página 4) b = 5 cm = 50 mmSeção comercial 5 cm x 6 cm -> íProf. Dr. Norman Barros Logsdon 1402 0459 5- Estruturas de MadeiraPor outro lado, adotado o valor de “c = 7,5cm” o calculo de “£” é imediato: £ = a+2.c => £ = 10+2.7,5 => £ = 25 cm= 250 mm > Exemplo de aplicação 17 -> Indicar madeira (classe) conveniente para resistir a compressão normal sob a placa de apoio (placa de distribuição) de um trilho. O dormente tem seção 18 cm x 22 cm; a placa de distribuição tem 17 cm x 37 cm e seu centro dista 50 cm da extremidade do dormente; a roda maispesada, suposta agindo sobre meio dormente, aplica a carga de 160 kN. Considere, também: carregamento de longa duração; madeira não classificada; classe de umidade 1; e desprezíveis as cargas permanentes. IF = 160000 N 4F = 160000 N BOLETO H ALMA.y>J MESA PLACA DE DISTRIBUIÇÃO Esquema de apoio dos trilhos dm18 cm 17 cm i—i 22 cm í37 cm 1 Prof. Dr. Norman Barros Logsdon50 cm 1 74 % Ver roteiro(página 70)402 0459 5- Estruturas de MadeiraSolução: O enunciado explicita tratar-se de um problema de compressão normal às fibras e solicita a madeira (classe de resistência) a ser usada. Acompanhando o roteiro correspondente obtém-se: 1 -Obter o esforço de cálculo, Fd. Permanentes -> Fg=0N (são desprezíveis) Variável (roda) -> Fq=160000N Esforço de cálculo -> Fd = l,35.Fg+l,50.Fq C. Última Normal (Página 25) Fd =1,35.0+1,50.160000 Fd = 240000N OBS.: Considerou-se Edificações Tipo 1 (carga acidental superior a 5 kN/m2) íProf. Dr. Norman Barros Logsdon % Ver roteiro(página 70)402 0459 5- Estruturas de Madeira 2 -Determinar os valores de "a", "b" e "c“. Aproveitar para verificar, e corrigir, a distância construtiva “c”. Observando o detalhe do contato madeira-placa, obtém-se: extensão do carregamento na direção das fibras extensão do carregamento normalmente às fibras= 37 cm b = = 17 cm distância construtiva, do_ contato à borda 50- (37/2) = 31,5 cm > 7,5 cm ... OK!c = 3 -Calculara área de distribuição (Aÿ). A<fct = Acontato = a.b => A*. =370.170 Adist = 62900 mm2 4 -Obter a tensão atuante, de cálculo, à compressão normal (aÿd). = Jd_ A-dist 240000 £7c90 d = 3,82 MPa=> ac90,d ~ac9<í,d =>62900 íProf. Dr. Norman Barros Logsdon 75 % Ver roteiro(página 70)402 0459 5- Estruturas de Madeira5 -Obter o fator de correção (an), a resistência à compressão normal (fc9o,d). e fazer a verificação. Fd *aJc90,dAdist Consultando a tabela 19, página 72, para a = 37cm -> Da expressão de verificação, obtém-se: = Jd_ -A-dist Tabela 19 - an (Página 71) «n = l;00 <Qrn.fc90 d 3,82 < l,OO.fc90 d => fc9o,d - 3,82 MPaCTc90,d 6 -Conclusão. A madeira adequada, para o dormente em questão, deve possuir resistência de cálculo à compressão normal às fibras, não inferior a 3,82 MPa. Consultando a tabela 16, da página 45, obtém-se: Folhosas das classes D50 ou D60 C. da madeira (Página 45) <=> OBS.: Não é permitida a utilização de coníferas não classificadas. tProf. Dr. Norman Barros Logsdon !402 0459 5- Estruturas de Madeira c) Compressão inclinada às fibras Os esforços resistentes correspondentes à compressão inclinada às fibras, segundo a atual norma brasileira NBR 7190, da ABNT (2012), podem ser obtidos a partir da expressão de Hankinson, apresentada a seguir: Resistência à compressão inclinada i f<:0.d-fc90,d — Resistência à compressão paralelac= fco,d-sen2Qr + fc90d.cos2ar Resistência à compressão normal Ângulo entre o esforço aplicado e a direção das fibras. A compressão inclinada tem interesse no cálculo de ligações por meio de dentes e entalhes, que será apresentada adiante. tProf. Dr. Norman Barros Logsdon 76 % 402 0459 5- Estruturas de Madeirad) Exercícios propostos > Exercício proposto 22 -> Obter a seção da barra 1-2, da tesoura esquematizada na figura abaixo, construída com madeira de uma folhosa da classe de resistência D40. Os esforços característicos na barra, obtidos em Planos Cremona, são os listados a seguir (positivos se de tração, negativos se de compressão). Sabe-se que: a largura da barra deve ser de 6,00 cm, para conveniência das ligações; o carregamento é de longa duração; a madeira é usual, não classificada e de classe de umidade 1; e, em princípio, não se sabe qual a ação variável principal. Considere: edificação do tipo 2 (cargas acidentais inferiores a 5 kN/m2). Peso próprio (telhas, madeiramento e ligações) ->N Peso de água absorvida pelas telhas Vento de pressão Vento de sucção = -17000 N ->Nq a = -2500 N = -15000 N 900 N s “ÿNqvp Nq,VS = 4 \ Note que o carregamento deve ser considerado em conjunto. \ 2 6 1,20 m ? 1,50 *1,50 \ 1,50 8 1y Prof. Dr. Norman Barros Logsdon6,00 my % 402 0459 5- Estruturas de Madeira > Exercício proposto 23 -> Obter as seções das barras 1-2 e 6-8, da treliça esquematizada na figura abaixo. A madeira utilizada é uma dicotiledônea classe D30. Os esforços nestas barras podem ser obtidos pelo método de Ritter. Sabe-se que: a largura da barra deve ser de 6,00 cm, para conveniência das ligações; o carregamento é de longa duração; a madeira é usual, não classificada e de classe de umidade 1. Carga permanente (peso próprio) 1000 N1000 N Carga variável (vento) 2000 N 2 C 4 3 Eo o Tt-6 5 o 7*"_8 íProf. Dr. Norman Barros Logsdon1,50 m 77 % 402 0459 5- Estruturas de Madeira > Exercício proposto 24 -> Qual a seção, de madeira falquejada, mais adequada, para se extrair de uma tora com diâmetro mínimo de 22 cm, para utilizar como um pilar, biarticulado, comprimido?. Nesta situação, sendo a madeira uma folhosa da classe de resistência D40, e a altura do pilar de 2,50 m, qual a máxima carga de compressão, de cálculo, que o pilar pode resistir? Considere: carregamento de longa duração; madeira é usual, não classificada; e classe de umidade 1. > Exercício proposto 25 -> Qual a máxima carga comprimida de cálculo em uma coluna, de madeira bruta, simplesmente engastada, construída com uma dicotiledônea da classe de resistência D50, com 5,00 m de altura e diâmetros no topo de 33,5 cm e na base de 40,5 cm? Considere: carregamento de longa duração; madeira é usual, não classificada; e classe de umidade 1. > Exercício proposto 26 -> Estabeleça as dimensões do travesseiro de apoio de uma tesoura, cuja reação vertical é de 15 kN, devido ao carregamento permanente, e de 8 kN, devido ao carregamento íProf. Dr. Norman Barros Logsdon % 402 0459 5- Estruturas de Madeira variável correspondente ao vento de pressão. Sabe-se que: não é utilizada placa de distribuição; as espessuras, do banzo inferior da tesoura e do travesseiro, são de 6 cm; a madeira utilizada é uma folhosa da classe de resistência D30; o carregamento é considerado de longa duração; a madeira é usual, não classificada, de classe de umidade 1. Considere: edificação do tipo 2 (cargas acidentais inferiores a 5 kN/m2). > Exercício proposto 27 -> Em uma ferrovia, para trens cuja roda mais pesada aplica 85 kN, não foram colocadas as placas de apoio, ficando os trilhos diretamente apoiados nos dormentes, a 50 cm de sua extremidade. Sabe-se que: os dormentes eram de uma folhosa da classe de resistência D60, de seção 22 cm x 22 cm; a mesa (ou aba) dos trilhos tinha 7,5 cm de largura. Considere que: a edificação é do tipo 1 (cargas acidentais superam 5 kN/m2); o carregamento é de longa duração; a madeira é usual, não classificada, de classe de umidade 1; e as cargas permanentes são desprezíveis. Isto posto, pergunta-se: "A falta das placas de apoio trouxe prejuízo à ferrovia, devido ao esmagamento dos dormentes?". Justifique. íProf. Dr. Norman Barros Logsdon 78 % 402 0459 5- Estruturas de Madeira > Exercício proposto 28 -> Verificar se é possível a utilização de um travesseiro de apoio, construído com uma folhosa da classe de resistência D30, para uma tesoura, cuja reação vertical é de 12000 N, devido ao peso próprio, e de 4000 N, devido a ação de um vento de pressão. As dimensões do travesseiro são apresentadas na figura abaixo. Considere: edificação do tipo 2 (cargas acidentais inferiores a 5 kN/m2); carregamento de longa duração; classe de umidade 1; madeira usual e não classificada. Vento de pressão (carga variável) 4000 N Peso próprio (carga permanente) 12000 N i 1 -fr 6 cml i I T 6 cm ///////////////////////////c > 7,5 cm c > 7,5 cm 77ÿ77777777777 12 cm TRAVESSEIRO N 6 cm H PERSPECTIVA VISTA FRONTALVISTA LATERAL % 402 0459 5- Estruturas de Madeira > Exercício proposto 29 -> Se a madeira do nó de apoio de uma tesoura, esquematizado abaixo, for uma folhosa da classe de resistência D60, qual a resistência às tensões normais para absorver o esforço de compressão aplicado pela barra do banzo superior ao inferior? Considere: carregamento é de longa duração; madeira usual, não classificada; e classe de umidade 1. Banzo superior 90° S 20°& *vs/SSS/ÿs. Banzo inferior////// > Exercício proposto 30 -> Se a inclinação da tesoura, do exercício proposto 29, fosse 18° e madeira uma folhosa da classe de resistência D50, qual seria a resistência às tensões normais para absorver o esforço de compressão aplicado pela barra do banzo superior ao inferior? íProf. Dr. Norman Barros Logsdon 79 1402 0459 5- Estruturas de Madeira 5. Cisalhamento O cisalhamento nas peças de madeira pode ocorrer na direção paralela às fibras ou perpendicularmente a elas. O caso mais comum é o cisalhamento paralelo às fibras. O cisalhamento vertical só acontece em casos especiais, em geral fruto de falha no dimensionamento, pois outras falhas ocorrerão antes dele. O cisalhamento perpendicular, conhecido intemacionalmente por “rolling shear", é evitado pela prática construtiva, que utiliza a madeira disposta longitudinalmente. t—*. m my * 5?? Ú3ECisalhamento •aralelo às fibra: :isaihamenti vertical ,Cisalhamentò\ perpendicular: (“rolling shear”) íProf. Dr. Norman Barros Logsdon 1402 0459 5- Estruturas de Madeira Estados limites oriundos de tensões de cisalhamento, na direção paralela às fibras, podem ocorrer em ligações por meio de dentes e entalhes ou em vigas fletidas com elevados esforços cortantes. A verificação destes estados limites será apresentada posteriormente no estudo da flexão e das ligações. Cisalhamento nas ligações isalhamentò Na flexão Estados limites devidos ao cisalhamento perpendicular (“rolling shear”), não são encontrados em estruturas de madeira, uma vez que construtivamente a madeira é disposta longitudinalmente e, nesta situação, as tensões de cisalhamento ocorrem predominantemente na direção paralela às fibras. íProf. Dr. Norman Barros Logsdon 80 % 402 0459 5- Estruturas de Madeira Estados limites devidos ao cisalhamento vertical, em conjunto com forte compressão normal, pode ser observado nos travesseiros de vigas contínuas sobre os pilares. Este fenômeno é mais comum em vigas de pontes e pode ser evitado com o aumento da espessura do travesseiro e o alargamento do topo do pilar. •jfiSS fill|llllil Cisalhamentoverticalt tProf. Dr. Norman Barros Logsdon % 402 0459 5- Estruturas de Madeira 6. Torção A torção se caracteriza pela ação de um momento torçor e é pouco conhecida em peças de madeira. A norma brasileira recomenda evitar, construtivamente, a ocorrência de torção em peças de madeira, em virtude do risco de ruptura por tração normal às fibras. Torção na madeira Quando o equilíbrio do sistema estrutural depender diretamente dos esforços de torção deve-se respeitar a condição: Tensão de cisalhamento, de cálculo, devida a ação do momento torçor, calculada segundo a Teoria da ElasticidaderT,d — fyO.d Resistência, de cálculo, ao cisalhamento paralelo às fibras íProf. Dr. Norman Barros Logsdon 81 % 402 0459 5- Estruturas de Madeira7. Flexão A flexão é caracterizada pela ação de momento fletor sobre a peça. A existência de outros esforços solicitantes subdivide o estudo da flexão conforme o esquema apresentado a seguir. Flexão simples reta M, Veu LEGENDA: M = Momento fletor; N = Força normal; V = Força cortante; u = Flecha;_ Flexão simples (@) Flexão simples oblíquaCMx, My, vx, vy ux , e uy 'Flexocompressão reta N, M, V e u Flexocompressão oblíqua N, Mx, My, Vx, Vy, ux e Uy (Flexotracão reta | N, M, Veu) i Flexotracão oblíqua { N, Mx, My, VX) Vy, ux e uy Flexocompressão (@) Flexão i (ExistejÃ) Flexão composta (NÍO) Flexotracão (N>0) tOBS.: Os índices x e y indicam flexão emtorno dos eixos x-x e y-y, respectivamente. Prof. Dr. Norman Barros Logsdon % 402 0459 5- Estruturas de Madeira a) Flexão simples reta A flexão simples reta se caracteriza pela ação de momento fletor em torno de apenas um dos eixos principais de inércia, sem a presença de esforço normal. Cargas verticais, perpendiculares ao eixo da estrutura, produzem momentos fletores, forças cortantes e deformação no material, o que causa deslocamentos dos pontos da estrutura (flechas). Assim, a flexão simples reta pode apresentar os seguintes estados limites: Esmagamento da madeira na borda comprimida.(/> Compressãoã ll Ruptura, na transição compressão/tração, por cisalhamento. Cisalhamento. & (D Ruptura por tração na borda tracionada. LU Tração $DeslocamentoEstado Limite de Serviço (utilização) -> Flecha excessiva. tProf. Dr. Norman Barros Logsdon 82 * 402 0459 5- Estruturas de MadeiraAs bases para o dimensionamento são as estudadas em “Resistência dosMateriais”{Tensões normais linearmente distribuídasÿMomento fletora= — -Y— Distância do ponto considerado à linha neutra (CG) Momento de inércia -Tensão normal (“sigma”) Efeito do Momento Fletor (M) a M 0Resultantedas tensões G M M> Segurança à ruptura EZÿ> Resistência do material- (à tração ou compressão) máxcrmix materialI /ÿ> Equação da Linha Elástica v .Equação das flechas Equação das > Segurança à deformaçãoc) EJ.ÿ=-M vmàx = fÿcarreÿmerto) Flecha limite- (definida em normas) Módulo de elasticidade momentos 1Prof. Dr. Norman Barros Logsdon % 402 0459 5- Estruturas de Madeira Tensões tangenciais parabolicamente distribuídas cortante _ V.S-—Momento estático (no corte) b j.-ÿMomento de inércia Largura da seção (no corte) Tensão de cisalhamento (“tau”) aEfeito daForça cortante (V) tiii! vt T Resultante das tensões T Momento estático máximo (corte no CG -meia seção) Tensão de cisalhamento máxima (ocorre no Centro de Gravidade - CG) > Segurança à ruptura Resistência do material- (à tração ou compressão) > Segurança à deformação Usualmente desprezada / " <fmaterialb.I 7ÿ tProf. Dr. Norman Barros Logsdon 83 402 0459 5- Estruturas de Madeira Os estados limites últimos de esmagamento por compressão normal, na região dos apoios, e de perda de estabilidade, na zona comprimida, serão tratados oportunamente. Com estas omissões, pode-se utilizar para a flexão simples reta o roteiro a seguir. > Roteiro - Flexão simples reta 1-Determinar: o momento estático (S), de meia seção, e o momento de inércia (I), ambos em relação ao eixo central de inércia perpendicular ao plano de ação do momento fletor (ver figura abaixo). Obter, também, a largura da seção transversal (b), no centro de gravidade, e as distâncias deste às bordas comprimida (yc1) e tracionada (yÿ). Eixo perpendicular ao plano de cargas, no CG => eixo em torno do qual ocorre a flexão Plano de cargasBorda comprimida ®cl,dy yt2 7l77ÿ7 z'_aw ma/ nNÍJ S=SX.X e l=lx.x X ti \ Notação utilizadaBorda tracionada b x°t2,dSEÇÃO y 1402 0459 5- Estruturas de Madeira2 -Determinar: a resistência à compressão paralela às fibras, fÿ; a resistência à tração paralela às fibras, fBid; a resistência ao cisalhamento paralelo às fibras, fÿ e o módulo de elasticidade efetivo à compressão paralela às fibras, Eÿgf. Em geral, para madeira de folhosas, basta consultar a tabela de valores de cálculo (Tabela 16, página 44). 3 -Obter os esforços de cálculo (Vd e Md) e a flecha de serviço t = u \ (Ud,uti)> apenas para ações de longa duração, considerando como (flecha imediata)) vão teórico omenor dos seguintes valores: a) Distância entre eixos dos apoios; b) O vão livre mais a altura da viga, se menor que 10 cm. 4 -Verificação da Tensão normal_ _ Md za) Na Borda comprimida -> ‘Tu -—-Yd VdEm vigas deseção retangular ,estas expressões Vÿão idênticaÿ/ b) Na Borda tracionada -> I Md I fv0.d'fv90,dOBS.: Nas peças com fibras inclinadas de a > 6o, fc0C| e fto.d devem ser substituídos por fcad e ftad, aplicando: fwa,d - fw0d-sen2«+ Wd-cos2«(w~= c ouT) 84 % 402 0459 5- Estruturas de Madeira regiloÿÿ. dos apoios (zá2.h), para considerar o efeito da (compressão normal, pode-se reduzir o efeito da força cortante multiplicando-a por “z/2.h”. 5 -Verificação da tensão de cisalhamento a) Na Prática r = < f b.I 6 -Verificação da Flecha Flecha limite Flecha efetiva ( ume =ug+ç/2.uq =udutt ( uc = =Uef =ftme+"e=(l+ (S>Uitmet Flecha imediata Coeficiente de fluência (Tabela 20, página 84)Flecha devida à fluênciaAs flechas / permanentes (ug) \ podem ser reduzidas \ com o uso de contraflecha (u0), mas não se pode considerar redução \ maior que 2/3.ug /\ (ABNT, 2012).y Nos vãos de vigas: u £ A.uta = h300 Em geral (uso da construção) Nos balanços: ti u150 f 1 % 402 0459 5- Estruturas de MadeiraTabela 20 - Coeficientes de fluência, $ Classes de umidade Classes de carregamento (1) e (2) (3) e (4) <0,80Permanente ou de longa duração 2,00 Média duração 0,30 1,00 Curta duração 0,10 0,50 TI7 -Conclusão M Se aci d<fc0(1, crt2d<ft0d , td<fv0,d , uef<U|im e pelo menos uma delas muito próxima do correspondente valor limite => tem-se a seção ideal. n Se ac1,d«fc0,d e ot2>d«ft0,d e td«fv0d e uef«uljm => a madeira resiste com folga, pode-se diminuirá seção. n Se ac1d>fc0d ou ot2id>fWid ou td>fv0d ou uef>u„m seção não resiste aos esforços, deve-se aumentar a seção. => a íProf. Dr. Norman Barros Logsdon 85 % 402 0459 5- Estruturas de Madeira > Exemplo de aplicação 18 -> Qual a seção necessária a uma viga de madeira falquejada, com 10 cm de largura, para resistir ao carregamento indicado na figura abaixo? Considere: edificação do tipo 2 (cargas acidentais inferiores a 5 kN/m2); madeira de uma folhosa (dicotiledônea) usual, não classificada, da classe de resistência D60; carregamento de longa duração e classe de umidade 1. 5000 N (Variável - talha) 5 N/mm (Permanente) SEÇÃO mh = ?A 100 mm2,00 , 2,00 4,00 m tProf. Dr. Norman Barros Logsdon % 402 0459 5- Estruturas de Madeira Ver roteiro(página 83)Solução: 1-Determinar: o momento estático (S), de meia seção, e o momento de inércia (I), ambos em relação ao eixo central de inércia perpendicular ao plano de ação do momento fletor (ver figura abaixo). Obter, também, a largura da seção transversal (b), no centro de gravidade, e as distâncias deste às bordas comprimida (yc1) e tracionada (yÿ). C. geométricas (Anexo 1) Borda comprimida b.h2 lOO.h2s=sx_x = =>S=5000 N (Variável - talha) \ 5 N/mm (Permanente) Plano de cargas 8 8 S=12,5.h2 mm31 1 y yci *uim Mim : lOO.h3b.h= ?yt2 I=I =>i=12 12Eixo emtorno doqual ocorrea flexão2,00/ 2,00 b -100 mmSEÇÃO I= 8,33.h3 mm4Hh /4,00 mh 1Z b=100 mm Borda tracionada Yà =y*2 =°>5h 01111 tProf. Dr. Norman Barros Logsdon 86 1402 0459 5- Estruturas de Madeira Ver roteiro(página 83) 2 -Determinar: a resistência à compressão paralela às fibras, fc0d; a resistência à tração paralela às fibras, ft0d; a resistência ao cisalhamento paralelo às fibras, fv0d e o módulo de elasticidade efetivo à compressão paralela às fibras, Ec0,ef. C. da madeira (Página 44) fc0 d =21,00 MPa ft0 d = 21,00 MPa Dicotiledônea, classe D60 -> fv0d= 2.18 MPa |Ec0ef =12005 MPa 3 -Obter os esforços de cálculo (Vd e Md) e a flecha de serviço (*ime — a) Valores característicos íProf. Dr. Norman Barros Logsdon í 402 0459 5- Estruturas de Madeira > Carga permanente V?(no apoie)= 5 N/mm 5.4000í V = V =10000N=>; 2 A pi: 5.40002000 , 2000 "T (nocentre) = Mg =10.000.000 N.mm=>Mg8 84000 mmh 1 5.5.400d >Ug ~ 384.12005.(8,33.h3) u* = _ 5.pi4 ~ 384.E.I 166663.916ug(nocentre) mmDiagramas de E. S. (Anexo 2) h3 > Carga variável (talha) p V (no apoie)= — Mq(no centre)=— =>Mq = 5000 N I 5000V ==> V =2500N=>2 5000.4000£ => Mq =5.000.000 N.mm2000 ’T2000 + 4 4000 mmh 5000 .40003 _48 .12005 .(S,33.1i3 ) Uq Pi3 66.665.566uq(nocentre) = tnirh348.E.I tProf. Dr. Norman Barros Logsdon 87 402 0459 5- Estruturas de Madeira b) Valores de cálculo > Estados Limites Últimos (Md e Vd) Esforços solicitantes, como a momento fletor e força cortante, podem causar a ruptura de seções e, portanto, estados limites últimos. Estes estados são verificados com combinações últimas. Nos carregamentos de longa duração usa-se a Combinação Última Normal, aplicando-a obtém-se: n Momento fletor (Md) Md =l,4.Mg +l,4.Mq=>Md =1,4.10000000 +1,4.5000000=> Md = 21.000.000 N.mm n Força cortante (Vd) Vd =1,4.10000+1,4.2500 > Estados Limites de serviço (udjUti) C. Última Normal (Página 25) Vd =17500 NVd = l,4.Vg+l,4.Vq Deslocamentos (flechas) excessivos podem causar a perda de funcionalidade da construção, portanto, estados limites de serviço (utilização). iProf. Dr. Norman Barros Logsdon % Ver roteiro(página 83)402 0459 5- Estruturas de MadeiraEstados limites de serviço (utilização) são verificados com combinações de serviço. Nos carregamentos de longa c. Quase Permanente duração usa-se a Combinação Quase Permanente (de serviço), aplicando-a obtém-se:(página 29) Talha é equipamento típico de “oficina mecânica”n Flecha (uime = udutl) , 206663.255 í?- h! 166663.916 66.665.566+0,6. mm=>Uime = h3 4 -Verificação da Tensão normal a) Na Borda comprimida 21000000 (8,33.h3) b) Na Borda tracionada 21000000 (8,33.h3) ' Md fcrcu=-r-ycIÿfco,d => 21000000.0,5.(0,5.h)<21,00 =>h> h> 245,0 mmI 8,33.2L00 Md(Jt2:d=-rÁ-yt2ÿft04 =5. 21000000.0,5(0,5.h)<21,00=>h> h>245,0 mmI 8,33.2100 tProf. Dr. Norman Barros Logsdon 88 1402 0459 5- Estruturas de Madeira Ver roteiro(página 83)5 -Verificação da tensão de cisalhamento a) Na Prática 17500.(12,5.h2) 17500.12,5 r _vd-s‘d ~ < 2,18 => h> => h > 120,5 mmb.i £f- " 100.(8.33.h3) 100.8,33.2,18 Tabela 20 - <(> (Página 84) 6 -Verificação da Flecha Vãos de vigas uHm = £/300 (1+0,80)206663255.300206663255 4000 => h*luef =(1+ < life,=>(1+0,80). < 4000h3 300 => h> 303,3 mm 7 -Conclusão Para satisfazer simultaneamente todas as verificações: Tensão normal_ . .. 245i0mmB. comprimida-o-—-?-_ . . 245j0 mmB. tracionada-o-|- Tensão de cisalhamento —c> 2—5 mm— Flecha - Solução r h>303,3 mm Adotar seção de largura 10 cm (dado) e altura superior a 30,3 cm, portanto: !303,3 Q 303,3 mm mm Seção escolhida: 10 cm x 31 cm % 402 0459 5- Estruturas de Madeira b) Flexão simples oblíqua A flexão simples oblíqua se caracteriza pela ação de momento fletor em torno de um eixo qualquer, sem a presença de esforço normal. Nestes casos é usual decompor o carregamento nos dois eixos principais de inércia, assim, existirão dois planos de flexão. Os estados limites são os mesmos observados na flexão simples reta. Os estados limites últimos são: esmagamento por compressão na zona comprimida (no caso, inicia-se em um ponto); ruptura por tração na zona tracionada (no caso, inicia-se em um ponto); ruptura por cisalhamento na transição compressão/tração (no caso, inicia- se em um ponto). Ocorre também um estado limite de serviço (utilização), o de deslocamento excessivo. As bases para o dimensionamento são as estudadas em “Resistência dos Materiais”. íProf. Dr. Norman Barros Logsdon 89 I402 0459 5- Estruturas de Madeira Borda comprimida <ÿBorda fracionadaÿ»CTX £ -aD Mx Mx•Yc*ÿ"x,A_yc --X Xy« --E£HyEfeito dos Momentos Fletores 1 "V M My•m My CTV,A =T—XC Av—y V <Tyfi =T~XirV Ivy-v X X EP- y. h- H Xt Xc > Segurança à ruptura i N cr, Resistência do material- (à tração ou compressão) <?x +CJy , opcionalmente:aterialmãx 5: <1 t 402 0459 5- Estruturas de Madeira No centro de gravidade Efeito conjuntoI &Vx &y Vx-Sx_x Tx T rx =#ÿ> b-Ix-x TV ' y 1Efeito das Forças cortantes 1f Tx Vv.S> Ty y—yr>‘ h.Iy y-y -> b > Segurança à ruptura U = +r; < 7Resistência do material (ao cisalhamento) tProf. Dr. Norman Barros Logsdon 90 4 402 0459 5- Estruturas de Madeira Mesmo vão nas xÿVãos diferentesÿX vÿduas direções Vtjasduas direçõe§x -0. & Px Px Deslocamentos produzidos pelos Momentos Fletores 0{ vNw uh\\Y* \ pM V 'Vt «s •—X Py Py% Deslocamento conjunto não fica claro, melhor: ux ux Hm e uy < uy h(n > Segurança à deformação u= +uj; ou<ulmi lProf. Dr. Norman Barros Logsdon 4 402 0459 5- Estruturas de MadeiraAssim, o dimensionamento à flexão simples oblíqua é semelhante ao de flexão simples reta, entretanto será necessário obter as características geométricas da seção e os esforços solicitantes de cálculo em torno dos dois eixos de flexão. Em seguidas, as verificações podem ser feitas como segue: > Verificação da Tensão normal a) Na Borda comprimida -> Usar a mais rigorosa das condições: °My,d °My,d fc0,d fcO.d +kM- •d <1 kM- <1 , onde:eX"Áumento dà\ resistência devido Vàplastificação/’ fcO fC0,d H {kM = 0,7 em seção retangular;kM = 1,0 nas demais seções. b) Na Borda tracionada -> Usar a mais rigorosa das condições: y,d •Yd , °My,d “ •Xcl e°Mx,d ly-Vu / Em vigas de seção retangular iasta verificar um« das bordas / kM fto,d ftM +kM- <1 , onde:eítO.d ftO.d kM = 0,7 em seção retangular; kM = 1,0 nas demais seções.•Yt2 , °My,d - •xt2 e°Mx,d _ u iProf. Dr. Norman Barros Logsdon 91 % 402 0459 5- Estruturas de Madeira OBS.: Nas peças com fibras inclinadas de a i 6o, fc0,d e froci devem ser d) fwa,d = substituídos por fcad e ftad, aplicando: fw0,d-fw90,d f,wsen2a+fw9oj-cos2« (VV = C OlTT) > Verificação da tensão de cisalhamento A NBR 7190, da ABNT (2012), é omissa a respeito da verificação da tensão de cisalhamento em vigas solicitadas a flexão simples oblíqua. Souza (2009) conclui ser apropriado usar: r =%Ayd iiiTi = +ry,d . onde: rxd = e ->ÿy-y > Verificação da flecha Segundo a NBR 7190, da ABNT (2012), a verificação da flecha pode ser feita isoladamente para cada um dos planos de flexão. Quando o vão for o mesmo, nas duas direções, Souza (2009) recomenda utilizar: _ ('Em x e y Uef - Vux,ef +uy,ef uHm , lembrando que: uef = ume +uc =(l+0)ume Flecha devida à fluência Coeficiente de fluência (Tabela 20, página 84) 402 0459 5- Estruturas de Madeira crObservações interessantes fO comportamento elastofrágil da madeira, admitido pela NBR 7190, da ABNT (2012), não é compatível com a aplicação de “kM”, nas equações apresentadas para verificação da tensão normal nos problemas de flexão oblíqua. Os autores da NBR 7190, da ABNT (2012), mantiveram as expressões preconizadas pela NBR 7190, da ABNT (1997), que admitia um comportamento elastoplástico da madeira. Ou seja, Seção Tensões Um diagrama “tensão x deformação” linear até atingir o limite de _____ resistência, onde o material plastifica redistribuindo tensões para fibras que ainda não atingiram esse limite. xlÿãtêriiTx elastofrágila f c '"'MateriâT' ilastoplástici 8 1 pH A redistribuição das tensões, após plastificação de algumasCTiim \ fibras, aumenta a resistência da seção (denominador nas referidas expressões). O coeficiente “kM” considera esse acréscimo de resistência. Seções retangulares, completamente Seção Tensões plastificadas, apresentam o dobro da resistência (kM =1/2 = 0,5). CTlim Plastificação total Os autores da plastificação parcial das seções retangulares (kM = 0,7). Prof. Dr. Norman Barros Logsdon NBR 7190, da ABNT (2012), consideraram z íyT " " "CTiim Plastificação parcial 92 % 402 0459 5- Estruturas de Madeira> Exemplo de aplicação 19 -> Qual o máximo vão que pode ter uma terça, de seção 6 cm x 16 cm, para um telhado com inclinação de 16°, construído com madeira de uma folhosa da classe de resistência D40 e telhas cerâmicas do tipo Romana. Sabe-se que a carga permanente corresponde a uma carga uniformemente distribuída de 1245 N/m e o vento de pressão a uma de 1040 N/m. Considere: edificação do tipo 2 (cargas acidentais inferiores a 5 kN/m2); madeira usual, não classificada; carregamento de longa duração e classe de umidade 1. 1040 N/m\16°, 1040 N/mV"~11245 N/m Vento depressão16 cm x\ 1245 N/m Carga permanente XX\A ••V Seção 6 cm /////////Região comprimida £ = ? \> Posição deslocadaRegião tracionada íProf. Dr. Norman Barros Logsdon % 402 0459 5- Estruturas de Madeira Ver roteiro(página 83)Solução: Dada a semelhança, pode-se adaptar o roteiro de flexão simples reta para usar nos problemas de flexão simples oblíqua, apenas é necessário obter as características geométricas da seção e os esforços solicitantes de cálculo em torno dos dois eixos de flexão. Finalmente, as verificações são feitas como apresentadas neste item. 1 -Determinar: os momentos estáticos (Sx_x e Sy_y), de meia seção, e os momentos de inércia (lx.x e ly_y). Obter as dimensões da seção transversal (b e h), no centro de gravidade, e as distâncias deste às bordas comprimida (xc1 e yc1) e tracionada (xG e yÿ). 60.1602 C. geométricas (Anexo 1) b.h2b = 60 mm Sx_x =192000 mm3Sx-x = => Sx-x = =>8 8y h.b2 160.602 S = 72000 mnfE Sv =i> S =>E y-yv-y y-y8 8Yci§ X -x : b.h3 60.1603 => Ix_x =20480000mm4Yt2 Ix-xII 12 12 T _ — T _ 1606°3 y-y" 12 => y-y- lib3V Iy_x = 2880000mm4—*ÿ: \*t X{2 -*l h— Xci Yd = Yty = 80 mmb =60 mm h=160 mm xcl -xt: -30 mm 93 % 402 0459 5- Estruturas de Madeira Ver roteiro(página 83) 2 -Determinar: a resistência à compressão paralela às fibras, fc0d; a resistência à tração paralela às fibras, ft0d; a resistência ao cisalhamento paralelo às fibras, fÿ e o módulo de elasticidade efetivo à compressão paralela às fibras, Ec0ef. C. da madeira (Página 44) fc0 d =14,00 MPa ft0d =14,00 MPa Dicotiledônea, classe D40 -> fv0 d =1.63 MPa Ec0,ef = 9555 MPa 3 -Obter os esforços de cálculo (Vx d, Vyd, Mx d e Myd) e as flechas de serviço (uxjme e uyime, que correspondem a uxduti ® *-*y,d,uti)- Inicialmente é necessário decompor o carregamento nos dois planos de flexão. íProf. Dr. Norman Barros Logsdon % 402 0459 5- Estruturas de Madeira > Flexão em torno do eixo x-x gx = g.cosa => gx = 1245.cosl6°=> gx =1197 N/m => Vento de pressão 1040 N/m Carga permanente 1245 N/m gx =1,197 N/mm \16°l qx = 1.040 N/mmqx = q => qx = 1040 N/m =>16 cm > Flexão em torno do eixo y-y gy = g.sencr gy = 1245.senl6° => gy=343 N/m =>16° 'vi Seção 6 cm gy = 0,343 N/mm Não há carregamento variável neste plano de flexão. a) Valores característicos íProf. Dr. Norman Barros Logsdon 94 % 402 0459 5- Estruturas de Madeira Diagramas deE. S. (Anexo 2)4- Flexão em torno do eixo x-x > Carga permanente 1.197JP*1,197 N/mm Vÿg =0,599i (N)Vÿ(noapoie)=ÿ A/nocentre)=ÿ- => Mxg = 2 Pi2 1,197/A A* =0,1A2 (N.mni).£ (mm) S 8 5.p/ 5.1,197/uÿ/no centre)= (mn)=> A = => A =L2555.1CP384.Ec0cfJ 384.9555.20480000x-x > Carga variável (vento de pressão) 1,040 N/mm v (no apoie)=— minimum *q 2 Aq(nocentra= => v =1ÿx,q 2 1,040/ \q=0,52£(N) pi2A A,q =0,13/ (N.mni)8 8£ (mm) i.p/ 5.1,040/ /uxq(no centre) = (mn)=>A = => A=1,445LId3384 -EcOef-Ix-j 384 .9555.20480000 tProf. Dr. Norman Barros Logsdon 402 0459 5- Estruturas de Madeira Diagramas de E. S. (Anexo 2)4.Flexão em torno do eixo y-y > Carga permanente Vvg(no apoie)=ÿ 0343ÿ0,343 N/mm V = Vvg =0.1715/: (N)y.«11111iiiiiiim 2 Pi2 0,343/A =0,043/ (N.mrq)Ag(nocentre) =>MyJ!=£ = ? 8 8 5.p/ 5.0,343£tUy_g(no centre)= (mn)=> A = => A=6J.616.1(J2384.Ec0_efJ 384.9555.2880000y-y b) Valores de cálculo 4- Flexão em torno do eixo x-x > Estados Limites Últimos (Mxd e Vxd) Esforços solicitantes, como a momento fletor e força cortante, podem causar a ruptura de seções e, portanto, estados limites últimos. Estes estados, nos carregamentos de longa duração, são verificados com a Combinação Última Normal, aplicando-a obtém-se: iProf. Dr. Norman Barros Logsdon 95 % 402 0459 5- Estruturas de Madeira C. Última Normal(Página 25) tt Momento fletor (Mx d) M*d =1,4-Mÿ +l,4.Mxq.0,75=>Mxd = l,4.(o,15i2)+l,4.(o,13.£2)o,75ÿ|Mxd =0,347i2 N.mm n Força cortante (Vxd) Vxd =1,4.VX g +1,4.VX q.0,75 => Vxd = l,4.(0,599i)+l,4.(0,52.ÿ)0,75 => Vx d =1,3851N > Estados Limites de serviço (uxd Deslocamentos (flechas) excessivos podem causar a perda de funcionalidade da construção, portanto, estados limites de serviço (utilização). Estados limites de serviço (utilização) são verificados com combinações de serviço. Nos carregamentos de longa duração usa-se a Combinação Quase Permanente (de serviço), aplicando-a obtém-se: íProf. Dr. Norman Barros Logsdon 1402 0459 5- Estruturas de Madeira C. Quase Permanente(página 29) n Flecha (uxime = uxdutj) t+0,0.=> Ux,ine =uX!Íme =ux,4uti =uxg+ÿ2.uxq 1,2555.1o13 1,4451.1013 t\|>2 para o vento mmUx.in, ='1.2555.1013 4 Flexão em torno do eixo y-y > Estados Limites Últimos (Myd e Vyd) Esforços solicitantes, como a momento fletor e força cortante, podem causar a ruptura de seções e, portanto, estados limites últimos. Estes estados, nos carregamentos de longa duração, são verificados com a Combinação Última Normal, aplicando-a obtém-se: n Momento fletor (Myd) Myj =l,4.Hg + l,4.M> q.0,75 =>Myd = l,4.(o,043i2)+l,4.0.0,75=> |Myd =0,0602i2 N.mm C. Última Normal (Página 25) íSem carregamento variável neste plano de flexão Prof. Dr. Norman Barros Logsdon 96 ? 402 0459 5- Estruturas de Madeira C. Última Normal(Página 25) n Força cortante (Vyd) Vy d = l,4.Vy +1,4.V .0,75 => V d =1,4.(0,1715.ÿ)+1,4.0.0,75 Vyd =0,2401.£ N Sem carregamento variável neste plano de flexão > Estados Limites de serviço (uy>diUtí) Deslocamentos (flechas) excessivos podem causar a perda de funcionalidade da construção, portanto, estados limites de serviço (utilização). Estados limites de serviço (utilização) são verificados com combinações de serviço. Nos carregamentos de longa duração usa-se a Combinação Quase Permanente (de serviço), aplicando-a obtém-se: n Flecha (Uyÿ — uydljtj) C. Quase Permanente (página 29) tUyine=Uy,g+M\ine=UyAuti=Uy,g+V'2-Uy,q Uy,ime mm6,1616.1012 Sem carregamento variável neste plano de flexão iProf. Dr. Norman Barros Logsdon 402 0459 5- Estruturas de Madeira Ver roteiro (página 83) 4 -Verificação da Tensão normal X a) Na Borda comprimida -> Usar a mais rigorosa das condições: Lembrete: Sãá diferentes as verificações na flexão oblíqua/ °My,d f"cO:d *cOj <1 K <1 , onde:ei- i-fC0,d {kM = 0,7 em seção retangular;kM = 1,0 nas demais seções.°Mx,d -Xcl eaMy,iU Iv-v Portanto: 0,347i2 20480000 0.0602Í2 2880000' eMx,d 80 => MPa=> °Mx,d - °Mx,d-°MM _ 737752Ix-x eMy.d 30 => MPa°My,d - “°My,d ~ •xcl 1594684ly—y •£2/737752 i2jl594684‘Vd v +M fcO,d few <1=> í <3214 mm+0,7.+kM. <1 14,00 14,00fc0,d £2/737752 f/1594684 <!=>£< 2980 mm+ 14,00 14,00 97 % Ver roteiro(página 83)402 0459 5- Estruturas de Madeira Deve-se admitir a mais rigorosa das condições, portanto: t < 2980 mm b) Na Borda tracionada -> Usar a mais rigorosa das condições: °My,d ftO.d ft0,d +kM- kM-<1 <1 , onde:ef,0,d Mv,d e{kM = 0,7 em seção retangular;kM = 1,0 nas demais seções.•y,2 ’ •X,2IvIx-x y-y Em vigas de seção retangular basta verificar uma das bordas í < 2980 mm 5 -Verificação da tensão de cisalhamento _Vy,d-S_ Yi,d'Sx-x e b-Ix-x >-y- onde: rxdrd = ry.d,d •o,d h-Iv. Portanto: Prof. Dr. Norman Barros Logsdon % Ver roteiro(página 83)402 0459 5- Estruturas de Madeira (1.384.Q.192000 60.20480000 (0,2401.C).72000 _ X,d-SX-x Wx-x V,d-Sv í MPa=> =>rx,d rx,d = rx.d =4624 í MPa—y => =>ry,d = xy,d -rv.d = 160.2880000 26656hiy-y 2 2í í rd - -\jrx,d + — < 1,63 => í < 7426 mm+4624 26656, 6 -Verificação da Flecha :m x e y Uef = VUx,ef +u; -lV , lembrando que: uef = ume + uc = (1+<p\uy.ef ime Flecha devida à fluência Coeficiente de fluência (Tabela 20, Página 84) Portanto: e Ux,ef = tt + </>U => Ux,ef = (1+0,80) mmx.'.me 1,2555.1013 6,975.1012 IA Uy ef = (1+ 0,80).uy ef = (1+0).u => => Uy,ef = mmy,ime 64616.1012 3,423.101; 98 1 Ver roteiro(página 83)402 0459 5- Estruturas de Madeira 2t t t Uef = VUx,ef +u; — Ulim <+y.ef 6.975.1012 3,243.1012 300 t t 2.9407.1012 t < 2140 mm2,9407.10a < 300 => í<\=> 300 7 -Conclusão Tensão normal B. comprimida/ B. tracionada L Tensão de cisalhamento Flecha\- Soluçãó. / 2980 mm—I-o 2980 mm—I-o O vão livre daterça deve ser no máximo de v 2,14 m.y 7426 mm <>ÿ 2140 mní 0 2140 mm ó OBS.: Este exemplo foi resolvido imaginando-se carregamento apoiado nas terças sem qualquer ligação ou atrito. Na prática não é o que acontece. As ripas são pregadas aos caibros e estes às terças, o que confere uma enorme rigidez à flexão em torno do eixo y-y, de forma a se ter flexão quase que exclusivamente em torno do eixo x-x. Este fato permite a utilização de vão muito superior ao obtido (aMxd < fc0d => (. < 3213 mm e uxe( < JT/300 =>í < 3267 mm). i402 0459 5- Estruturas de Madeirac) Flexotração simples ou oblíqua A presença de um esforço normal de tração em um problema de flexão, caracteriza a flexotração. As bases para o dimensionamento são as estudadas em “Resistência dos Materiais”. y x My N By y y! Bxjt] x °N I Ny <%=— l:xlr CTMy'Mx MvMxy °k=YJ--yt x7xc > Segurança à ruptura - + a\ix + , opcionalmente: Resistência do material- (à tração) na região comprimida são aliviadas tensão _ &X _j_ <1- Prof. Dr. Norman Barros Logsdon 99 % 402 0459 5- Estruturas de Madeira O problema é semelhante aos demais problemas de flexão, embora, em geral, seja dispensável a verificação na borda comprimida e a verificação de tensão normal na tracionada seja ligeiramente diferente. > Verificação da Tensão normal Na Borda tracionada -> Usar a mais rigorosa das condições: [ °~Mx.d ftO.d ftO.d , onde: ft0,d & d V kM = 0,7 em seção retangular; kM = 1,0 nas demais seções. Só na Flexotração oblíqua dsiN resistência devido plastificaçãoÿx Nd Mx,d Aef e o-M,d = .xt2•y.2 VyU OBS.: Nas peças com fibras inclinadas de a. > 6o, f® d deve ser LZ) ftad = —-;---2— substituído por f,a d, aplicando: Wsen a+ft9o,d-cos" a ft0,d-ft90,d tProf. Dr. Norman Barros Logsdon % 402 0459 5- Estruturas de Madeira > Exemplo de aplicação 20 -> O proprietário de uma oficina mecânica resolveu instalar uma talha na barra 5-7 da tesoura de seu telhado. Para o carregamento dado na figura a seguir, que forneceu os valores de cálculo na referida barra, apresentados abaixo, verifique se a madeira (classe de resistência D50) e a seção (6 cm x 16 cm) utilizadas são suficientes. Considere: edificação do tipo 2 (cargas acidentais inferiores a 5 kN/m2); madeira usual, não classificada; carregamento de longa duração e classe de umidade 1. •Força normal de cálculo -> Nd = 62435 N (de tração) •Força cortante de cálculo -> Vd = 7000 N (no apoio) •Momento fletor de cálculo -> Md = 5250000 N.mm (no centro) OBS.: Os esforços na barra 5-7 foram obtidos, de maneira simplificada, associando-se à barra uma vigasimplesmente apoiada nos nós 5 e 7. O esforço normal é obtido aplicando-se à treliça as reações da viga. IProf. Dr. Norman Barros Logsdon 100 1402 0459 5- Estruturas de Madeira1500 N 600 N V3000 N 1200 N\ /3000 N 1200 N\ /2500 N 1000 N\ 450 N /450 N450 N Vento de pressao11 I450 N 450 N 400 N Àgua absorvida pelasI telhas Cargas permanentes i 1400 N 3700 NI I3700 N 3700 N3700 N 3700 N<63000 N 3000 NT:.4 I 1 1,65 m<Q><3> <S>' 5000 N,, 1,50. 1,50, 1,50. 1,50, 1,50,1,50 <z> <D © 5000 NReações da viga associada Carga da talha (na treliça) -h t i 9,00 mh 1 10000 N 0,75 Carga da talha (na viga associada) Borda tracionada Íi Prof. Dr. Norman Barros Logsdon1.50 402 0459 5- Estruturas de Madeira Ver roteiro (página 83) Solução: Dada a semelhança, pode-se adaptar o roteiro de flexão simples reta (ou oblíqua) para usar nos problemas de flexãotração. No caso em questão, a flexão ocorre apenas em torno de um eixo, portanto, um caso de flexotração simples. 1 -Determinar: a área da seção transversal (A), o momento estático (S), de meia seção, e o momento de inércia (I), ambos em torno do eixo de flexão. Obter a largura da seção transversal (b) no centro de gravidade, e a distância deste à borda tracionada (yÿ). C. geométricas (Anexo 1) Plano de A = 9600 mm2A =b.h => A = 60.160cargas b.h2 60.16tf S =192000 mm3s=sx_x S= Sx_x => S8 8£ £ yci b.h3 60.1603s x -X [ T _ T _ T _ T _ yj2 — — — I= 20480000 mm4=>I= 12ii sz' yt, =80 mmb= 60 mm b = 60 mm Prof. Dr. Norman Barros Logsdon 101 1 Ver roteiro(página 83)402 0459 5- Estruturas de Madeira2 -Determinar: a resistência à compressão paralela às fibras, fco.d (se necessário verificar a borda comprimida); a resistência à tração paralela às fibras, ft0d; a resistência ao cisalhamento paralelo às fibras, fv0d e o módulo de elasticidade efetivo à compressão paralela às fibras, (se necessário verificar flecha). C. da madeira (Página 44) fc0d = 17.50 MPa ft0 d =17.50 MPa Dicotiledônea, classe D50 -> fv0d=1,91 MPa Ec0ef =10780 MPa 3 Obter os esforços de cálculo (Nd, Vd e Md) e a flecha de serviço (uime= uduti) Foram dados -> Nd =62435 N , Vd = 7000 N e Md = 5250000 N.mm íProf. Dr. Norman Barros Logsdon Ver roteiro (página 83) 402 0459 5- Estruturas de Madeira Flecha excessiva não é indicativo de ruptura e, no caso em questão, não há interesse na flecha da “viga associada” (entre os nós da tesoura), mas sim na flecha da tesoura. Os dados são insuficientes para obter essa flecha. Por outro lado, o interesse do proprietário é apenas verificar se não ocorrerá ruptura ao utilizar a talha, portanto não será necessário verificar a flecha. 4 -Verificação da Tensão normal Na Borda tracionada -> Usar a mais rigorosa das condições: Lembrete: São diferentes as verificações na flexotração. °Xtd °Mx,d f-tO.d ftO.d °Mx,d\e <1 , onde:1*' w ftO.d Ço.d kM = 0,7 em seção retangular; kM = 1,0 nas demais seções. Só na Flexotração oblíquaVerificações na Flexotração H.=MÿNd á-Xt2ec’kd - . Aef ~•yt2 iy. Note que, nas seções retangulares, não é necessário verificar a borda comprimida, pois Nd (de tração) alivia a tensão._ Prof. Dr. Norman Barros Logsdon 102 % 402 0459 5- Estruturas de Madeira Portanto, no caso em questão (flexotração simples), tem-se: NdNd 62435 => crNtd = 9.29 MPa°Nt,d - _°Ntd _Tração paralela (ligação desconhecida) (0.70.A) (0,70.9600) 5250000Md 80 £TMd =20,52 MPa_°1M4 = -r--yt2 =>=> 20480000I 9,29 20,52 17,50 17,50 °kd | °M,d ftO.d f"tO,d <1 => 1,70>1 ... NãoOK!<1 A tensão normal na borda tracionada não é verificada. Portanto, a talha não deve ser instalada em uma barra da tesoura. OBS.: Note que a força normal utilizaria 53% da resistência total, enquanto que o momento fletor necessitaria 117% da resistência total. Esse fato ratifica a idéia de que, em treliças, as cargas devem ser aplicadas aos nós. A aplicação de cargas fora dos nós conduz a dimensionamentos antieconômicos. íProf. Dr. Norman Barros Logsdon 402 0459 5- Estruturas de Madeira d) Flexocompressão simples ou oblíqua A presença de um esforço normal de compressão em um problema de flexão, caracteriza a flexocompressão. As bases para o dimensionamento são as estudadas em “Resistência dos Materiais”. yX Myit _J i ' nNA # BHy4::x+++y, BT MX MxN =7-xc=7ÿ-yc y°X=TB y XXA MH Ly—yX, xc > Segurança à ruptura czj> - as + +°My -4ÿ opcionalmente: Resistência do material- (à compressão) na região tracionada são aliviadas -\Dela tensão _ <1- Prof. Dr. Norman Barros Logsdon k 103 402 0459 5- Estruturas de Madeira Embora, em geral, seja dispensável a verificação na borda fracionada, além das verificações comuns aos problemas de flexão, nos problemas de flexocompressão também é necessária a verificação de estabilidade. Os problemas de estabilidade são indeterminados na teoria linear de primeira ordem, por isso os autores de NBR 7190, da ABNT (2012), estabeleceram um roteiro para essa verificação. Assim, pode-se aplicar o roteiro, apresentado a seguir, para verificação de madeira à flexocomprressão. > Roteiro - Flexocompressão (simples ou oblíqua) 1 -Determinar: a área da seção transversal (A); os momentos estáticos (Sx.x e Sy.y), de meia seção; os momentos de inércia (lx.x e ly.y); e os raios de giração (ix.x e iy.y). Obter, também, as dimensões da seção transversal (b e h), no centro de gravidade, e as distâncias deste às bordas comprimida (xc1 e yc1) e fracionada (xQ e yÿ). 2 -Determinar: a resistência à compressão paralela às fibras, fc0 d; a resistência à tração paralela às fibras, fÿ (se necessário verificar a borda fracionada); a resistência ao cisalhamento paralelo às fibras, fvod; os módulos de elasticidades efetivo, Eÿef, e de cálculo, Eÿ, ambos à compressão paralela às fibras. íProf. Dr. Norman Barros Logsdon % 402 0459 5- Estruturas de Madeira3-Obter os esforços de cálculo (Nd, Vxd, Vyd, Mxd e Myd) e as flechas de serviço (ux ime e uyiime, que correspondem a uxduti e uyiduti). 4 -Verificação da estabilidade (roteiro da NBR 7190, da ABNT (2012)). a) Determinar comprimentos de flambagem (L0x e L0y) e índices de esbeltezes (Aÿ e Ay). Lo, Lp,yTabela 17 -KE (página 61) L0.X =KE.LX Lo.y -KE.Ly . 4=t- e*x-x OBS.: Existindo, em determinada direção, valores diferentes de vão (Lx ou Ly), deve-se usar o mais desfavorável. b) Obter as esbeltezes relativas (Are| X e Arei y). Á E7 , Noteque:'ijjr VÿcoVÿcO k d_K_ . W71 ) kAel.x Aee i.y n OBS.: para A.reijX < 0,3 e A,re|iV < 0,3, não ocorrerá instabilidade, mas deve-se verificar a resistência (ir para o passo 5). Prof. Dr. Norman Barros Logsdon 104 % 402 0459 5- Estruturas de Madeira c) Obter os coeficientes kx e ky. k,=0,5[l+AI-k«,,-0.3)+(ÿij] e k,=o4+A-(ÿJ.-0,3)+&U»)!] Para madeira maciça serrada e peças roliças -> [A =°>2| Para madeira laminada colada e microlaminada (LVL) -> \PC = 04| para peças de madeira serrada ou roliças ÍI500 para peças de madeira laminada colada Consultar norma específica para escoramentos e fôrmas de madeira Pcÿ> Se limitados os alinhamentos -> no centro do vão d) Obter os coeficientes kcx e kÿ. 1 kcv =_ 1ky+A/(kJ-Ure,JK +faJ e Prof. Dr. Norman Barros Logsdon % 402 0459 5- Estruturas de Madeira e) Verificar a estabilidade -> Usar a mais rigorosa das condições: fcO:dv °Kçd | °Mx,d X*"íçOd °Nc.d A Mo.d V'W WK í <1 , onde:e kM = 0,7 em seção retangular; kM = 1,0 nas demais seções. Só na Flexocompressão oblíqua daN resistência devido 'vàplastificaçãoÿ MNd y.d•Yd e = •Xci°N<;d -T ly-yIx-xA Observações interessantes OBS.: Nas peças com fibras inclinadas de a > 6o, fc0 d deve ser fca>d = substituído por fcad, aplicando: fc0,d-fc90,d fcod-senÿ +fÿod-cos2» íProf.Dr. Norman Barros Logsdon 105 402 0459 5- Estruturas de Madeira 5 -Verificação da Tensão normal Na Borda comprimida -> Usar a mais rigorosa das condições: °My,d°k<;d °Mx,d °N<;d V *w , onde:1 e+ fcO,fC0.d fC0,d fcO,d LkM = 0,7 em seção retangular; kM = 1,0 nas demais seções. Só na Flexocompressão oblíqua NddaX resistência devido sÿplastificaçãoÿ •Yd e •xci°N<;d- 7A OBS.: Nas peças com fibras inclinadas de a > 6o, fc0 d deve ser fcad = substituído por fcad, aplicando: fç0,d-fc90.d fc0,d-Sen2«+fc90,d-COs2a 6 -Verificação da tensão de cisalhamento r _%4-Sy-y h.1 _Vx,d-Sx-x rd - VrM+Ty,d - fvo.d , onde: rx,d eb-Ix-x Prof. Dr. Norman Barros Logsdon % 402 0459 5- Estruturas de Madeira 7 -Verificação da Flecha Uef - +uy,ef - uHm , lembrando que: Uef =Ume+UC =(1+/)U,ime Existindo vãos diferentes, melhor: Ox,ef — 0X| |ím ® Oyef Uy |jm Flecha devida à fluência Coeficiente de fluência (Tabela 20, Página 84) 8 -Conclusão n Se todas as verificações forem satisfeitas e pelo menos uma delas se encontrar muito próxima do correspondente valor limite => tem-se a seção ideal. n Se todas as verificações forem satisfeitas, mas se encontrarem muito distantes do correspondente valor limite => a madeira resiste com folga e pode-se diminuir a seção. n Se pelo menos uma das verificações não for satisfeitas => a seção não resiste aos esforços e deve-se aumentar a seção. íProf. Dr. Norman Barros Logsdon 106 1402 0459 5- Estruturas de Madeira> Exemplo de aplicação 21 -> Um galpão foi construído tendo tesouras simplesmente apoiadas sobre pilares. As paredes eram formadas por tábuas pregadas a estes pilares. Verificar se para os pilares pode ser utilizada madeira de uma folhosa, da classe de resistência D50, e seção 20 cm x 20 cm, sabendo-se que os T esquemas estáticos admitidos, o esquema de fixação das paredes e os carregamentos, aplicados pela parede e pelas reações da tesoura, são apresentados nas figuras a seguir. Considere: edificação do tipo 2 (cargas acidentais inferiores a 5 kN/m2); madeira usual, não classificada; carregamento de longa duração e classe de umidade 1. 3,00 m m Pilar Tábuas da parede £ E Eo o co coEsquema: estáticos Prof. Dr. Norman Barros Logsdon i Esquema construtivo íI 1402 0459 5- Estruturas de Madeira Ver roteiro(página 103) Solução: Observando-se os carregamentos, na figura ao lado, percebe-se que as cargas verticais causam compressão no pilar e a carga horizontal flexão. Portanto, o dimensionamento do pilar deve ser feito à flexocompressão. 15950 N 7950 N 2100 N E E :E E E8\ E -oO o 8 8.2 1 -Determinar: a área da seção transversal (A); os momentos estáticos (Sx_x e Sy_y), de meia seção; os momentos de inércia (lx.x e ly_y); e os raios de giração (ix_x e iy_y). Obter, também, as dimensões da seção transversal (b e h), no centro de gravidade, e as distâncias deste às bordas comprimida (xc1 e yc1) e tracionada (x,2 e ye). 8 i= C0 J/ss/s c //£// CDSeção ~]]200 mm Seção ]j200mm 200 200 a) Carga permanente b) Vento de pressão íProf. Dr. Norman Barros Logsdon 107 1402 0459 5- Estruturas de Madeira C. geométricas(Anexo 1) Ver roteiro(página 103)y E E Observa-se, também, que a flexão ocorrerá apenas em torno do eixo y-y, ou seja, o problema é de flexocompressão simples. § CNCD 7D <S> O §> ro ro K ° ii V ro A= a2 A = 20tf A = 40000 mnrX(2 Xd => 200 mm a3 2003 Sx_x =Sy_y =1000000min3sx-x = s s =sx-x =>y-y y-y8 8 a4 200* IX_X=IV_V =133333333mm4x-x y-y 2 2 => Ix-x=I =>y-y 12 200i =i =—X-x S-v rr b-x íy-y ix_x =iv-y =57,74 mm=> =>Vl2 Ju b=h= 200 mmb=h=a b=h= 200=> => xci =xt2 =ycl =yt2 =100 mm=>Xcl = Xt2 = Ycl = Yt2 = 2 Prof. Dr. Norman Barros Logsdon % 402 0459 5- Estruturas de Madeira C. da madeira(Página 44) 2 -Determinar: a resistência à compressão paralela às fibras, fc0 d; a resistência à tração paralela às fibras, ft0d (se necessário verificar a borda fracionada); a resistência ao cisalhamento paralelo às fibras, fvod; os módulos de elasticidades efetivo, Ec0ef, e de cálculo, Ec0d, ambos à compressão paralela às fibras. fc0d =17,50 MPa ft0d =17,50 MPa Dicotiledônea, classe D50 -> ( fv0d =1,91MPa Ec0.ef =10780 MPa Ec0d =5390MPa íProf. Dr. Norman Barros Logsdon 108 1 Ver roteiro(página 103)402 0459 5- Estruturas de Madeira 3 -Obter os esforços de cálculo (Nd, Vxd, Vyd, Mxd e Myd) e as flechas de serviço (uxime e uwme, que correspondem a uxd utl e uyAuti). a) Valores característicos > Carga permanenteI15950 N Ng =18150NV-1 g $i 15950 N V (N) M (N.mm)N (N) SE 1-1 TM VM =X,=°N<J>COE E15950 N ~ E5>{o 'E O Mj. g =My g = 0 N.mm£ ooz COEO OSN E O TO u*lg =Uy.g = 0 mm8 E 2LU ////// VÍ2 15950+0,90.3000 = 18150 Sem flexão => sem flechas (Eld2v/dx2=-M) %M Prof. Dr. Norman Barros Logsdon 1402 0459 5- Estruturas de Madeira Diagramas deE. S. (Anexo 2)> Vento de pressão l7950 N2100 N Nq =7950 No 7950 N N (N) V (N) M (N.mm)2100 N +1 S O Yi,q =0 NCT>M s E7950 N E Vyq=2100 N© ©2100 N oo on o q = 0 N.mmEE TO O .2Es LU ////// My. q = 6300000N.mm•y 2100.3000 = 6300000.2 *0*VL3 ux q =0 mm-y Flexão apenas em torno do eixo y-y PI3 2100.3000’ u = 13.15 mmUy,q => lVq = =>3.10780.133333333 íProf. Dr. Norman Barros Logsdon 109 C. Última Normal (Página 25) 402 0459 5- Estruturas de Madeira b) Valores de cálculo 4- Compressão > Estados Limites Últimos (Nd) Esforços solicitantes, como a força normal, podem causar a ruptura de seções e, portanto, estados limites últimos. Estes estados, nos carregamentos de longa duração, são verificados com a Combinação Última Normal, aplicando-a obtém-se: Nd =l,4.Ng +l,4.Nq.0,75 =>Nd =1,4.18150+1,4.79500,75 => Nd=33758N \ Carregamento considerado em conjunto (carga permanente = telhas e madeira) lFlexão em torno do eixo x-x No caso só existe flexão em torno do eixo y-y, portanto: > Estados Limites Últimos (Mxd e Vxd) VXsd =0 N M* d =0 N.mrne íProf. Dr. Norman Barros Logsdon C. Última Normal (Página 25) 402 0459 5- Estruturas de Madeira > Estados Limites de serviço (uxdjUtj) Ux,diUtí = 0 mm Ujjne =0 mmou lFlexão em torno do eixo y-y > Estados Limites Últimos (Myd e Vyd) Esforços solicitantes, como a momento fletor e força cortante, podem causar a ruptura de seções e, portanto, estados limites últimos. Estes estados, nos carregamentos de longa duração, são verificados com a Combinação Última Normal, aplicando-a obtém-se: Myj =1,4-My g +l,4.Myq.0,75 =>Myid =1,4.0+1,4.63000000,75=» =6615000N.mm Vy d =1,4.Vyg+1,4.Vyq.0,75 => Vy d =1,4.0+1,4.2100.0,75 Vy d =2205 N > Estados Limites de serviço (uyd Lítj) Deslocamentos (flechas) excessivos podem causar a perda de funcionalidade da construção, portanto, estados limites de serviço (utilização). _ - - ~—---;---(—Prof. Dr. Norman Barros Logsdon 110 % C. Quase Permanente(página 29) Ver roteiro(página 103)402 0459 5- Estruturas de MadeiraEstados limites de serviço (utilização) são verificados com combinações de serviço. Nos carregamentos de longa duração usa-se a Combinação Quase Permanente (de serviço), aplicando-a obtém-se: = 0 mmli,.*,* =0+0.13,15 =>UyÀuti =Uy,g +V/2-Uy,q Uy,d,uti uv ime =0 mmou 4 -Verificação da estabilidade (roteiro da NBR 7190, da ABNT (2012)). a) Determinar comprimentos de flambagem (L0x e L0y) e índices de esbeltezes (A* e Ay). L0x =KE,LX => L0 x = 2,10.3000 => L0 x = 6300 mmTabela 17 -KE (página 61) L0y =KE.Ly => L0y = 2,10.3000 => |L0 y = 63OO mm 6300 \ = A =109,1=>57,74*x-x Lo 6300JL =- 57.74 Prof. Dr. Norman Barros Logsdon K =109,1=> 1Y-Y í 402 0459 5- Estruturas de Madeira Ver roteiro (página 103) b) Obter as esbeltezes relativas (A,re!x e A,reiy). 109,1 17,50\ í I => Aeu = l,98=> 4el,x =K.x ~ _ "ÿtel,x _ • 539071 V Ec0,k * V Ec0.d n _ j W — ÒL I 109,1 17,50 => Vyÿ1’98Vy- —Ael => KL,y y 5390LcO,k 7171 Note que: fc0,k/Ec0,k = fcoVÿco.d c) Obter os coeficientes kx e ky. kx = 0,5.[l+A-fôeu-0,3)+{Kj.Y] => kx=0,5.[l+0,2.(1,98-0,3)+(l,98)2]=> |kx =2,63 ky =0,5.[l+Pc(K,y ~0,3)+(Vj] => ky = 0,5.[l+0,2.(l,98-0,3)+(l,98)2]=> |ky =2,63 A = °,2=>Madeira serrada, limitando 0 alinhamento no centro do vão em tProf. Dr. Norman Barros Logsdon 111 % 402 0459 5- Estruturas de Madeira Ver roteiro(página 103) d) Obter os coeficientes kcx e kcy. kcx = 1 1 => kcx = 0.23=* kcx = K +faJ 2.63 + - (l.98)2 1 1 => kcy = 0.23kcy = 2.63 + A/(2;63f — (1.98 y2 e) Verificar a estabilidade -> Usar a mais rigorosa das condições: ky + V(ky f ~ Urel.y)2 °Ncd | QNM ,L kcx-fcO.d kcyfc0,d V írO fcO,dI<1 <1 , onde:e kM = 0,7 em seção retangular; kM = 1,0 nas demais seções. Só na Flexocompressão oblíqua Nd e O'My.d°Mx,d°Ncd . IV_yA No caso, flexocompressão simples em torno do eixo y-y, a mais rigorosa das condições será: iProf. Dr. Norman Barros Logsdon 402 0459 5- Estruturas de Madeira 3Nd| kcyfc0,d í:0,d <1 , onde: -•XC1, e ly—yA Portanto: 33758Nd o-y-cd =a85 MPa°Nç,d°Nc,d A => =>40000A M 6615000 CTMvd ~ 133333333 y,d 100 o-Mvd = 4.96 MPa— =>Iy-y 0.85 496 0,23.17.50 17,50 <1==“ 0,21+0,28<1 H0-49ÿ1- 0K!<1 =»kyyÿcO.d fc0,d O pilar não perde estabilidade íProf. Dr. Norman Barros Logsdon 112 % 402 0459 5- Estruturas de Madeira Ver roteiro(página 103 5 -Verificação da Tensão normal Na Borda comprimida -> Usar a mais rigorosa das condições: ,2 °k<;d °Mx,d aMx,d\ , °My,d , onde:I<1 e+ v ' A. -'fc,í:0,d fc0,d fcO.d 7 kM = 0,7 em seção retangular; kM = 1,0 nas demais seções. Só na Flexocompressão oblíqua M,Nd y.de = •Xci°ÍM- .A No caso, flexocompressão simples em torno do eixo y-y, a mais rigorosa das condições será: M..2 Nd y,d0My,d°N<;d Ç:0,d °My,d -Xcl, onde: °Nc,d ~ e<1+ ly-:Aí:0,d Portanto: iProf. Dr. Norman Barros Logsdon % Ver roteiro(página 103)402 0459 5- Estruturas de Madeira Nd 33758 =0,85 MPa_ A => _A 40000 6615000My,d crMyd=4,96 MPa100=* ‘V.d = =>~ 133333333Iy-y ,2 20.85 4,96aN<;d -1=> 0,0023+0,2834<1=* |0,286<l| ... OKI<1 =>|+ 17,50, 17,50fC0,d OBS.: As expressões para verificação de estabilidade são mais rigorosas que as de verificação de resistência. Assim, só faz sentido verificar a resistência se Xre)>x<0,3 e Arely<0,3 (não ocorrerá instabilidade), ou se for necessário verificar a borda tracionada (xc1 * xÿ ou yc1 * yÿ). 6 -Verificação da tensão de cisalhamento VM-S,-» e r -Ai'S® 14 “ h.1n=TÍAÃJ £ fv»,d .°nde: y-yTi,d b.Ix-x y-y íProf. Dr. Norman Barros Logsdon 113 1402 0459 5- Estruturas de Madeira Ver roteiro(página 103) Portanto: Yc,d-Sx-x 0.1000000 rx d =0 MParx,d = => =>rx.d =bIX-X 100.133333333 V H.Sy.d ?-y 2205.1000000 ry d =0.17 MPaV=ry,d = => =>100.133333333h.Ivy—y Vpid + — fv0,d rd = ry d < fv0 d => 017 MPa < 1,91 MPa ... OK!*"d 0 7 -Verificação da Flecha Coeficiente de fluência (Tabela 20, Página 84) ud uti \ Uef - Vux,ef +uy,ef - llKm , lembrando que: Uef =Uime+Uc=(l+»Uime Em x e y Portanto: íProf. Dr. Norman Barros Logsdon 402 0459 5- Estruturas de Madeira Tabela 20 - <(> (Página 84) Ver roteiro (Página 84) (página 103) U|im Ux.ef = (1+m uxef = (1+0,8).0 Ux,ef = 0 mm=> =>xjme Uy,ef =0+0K,im< uy ef = (1+ 0.8 ).0 uyef = 0 mm=> i 3000Nos balanços -> uto = —L UHm = 20 mmuta ==> =>150 150 0 mm<20 mm ... OK!Uef = 0=>Uef 0 0 8 -Conclusão Todas as verificações foram satisfeitas, portanto, o pilar pode ter seção 20 cm x 20 cm e ser construído com——__rnadeira da classe de resistência D50.__—— íProf. Dr. Norman Barros Logsdon 114 1402 0459 5- Estruturas de Madeira e) Estabilidade lateral de vigas A zona comprimida de uma viga fletida pode sofrer um fenômeno parecido com a flambagem, ou seja, se a tensão atuante na borda comprimida for elevada, a viga pode perder estabilidade lateral. Movimento da seção V // Deslocamento da zona comprimida poi perda de estabilidade \.lateral da vigaÿ/fjrfrrn A verificação, quanto a estabilidade lateral, deve fazer parte de todo problema de flexão, a exceção dos que garantem a estabilidade lateral de maneira construtiva. íProf. Dr. Norman Barros Logsdon 1402 0459 5- Estruturas de Madeira Os problemas de estabilidade são indeterminados na teoria linear de primeira ordem, por isso os autores de NBR 7190, da ABNT (2012), estabeleceram um roteiro para verificação da estabilidade lateral, que admite uma viga cujas extremidades tem a rotação impedida e com travamentos de distancia não maior queÿ-,. Rotação das extremidades impedidas pelos apoios 3SET Í2<kDimensões da seção a jâ kk Ê3 h A 'r Maior distancia entre travamentos h Í2<k i b Notação utilizada -htiProf. Dr. Norman Barros Logsdon 115 402 0459 5- Estruturas de Madeira > Roteiro - Estabilidade lateral de vigas 1-Obter as dimensões da seção transversal (b e h) e o maior espaçamento entre as barras de travamento (£-,). 2 -Determinar as propriedades de cálculo da madeira utilizada, no caso: o módulo de elasticidade efetivo (Eÿf) e a resistência à compressão paralela às fibras (fco.d)- 3 -Obter o coeficiente (3M, função da relação h/b, dado a seguir. Tabela 21 -Coeficiente de correção, pM h/b 1 82 3 4 5 6 7 9 10 PM 6,0 8,8 12,3 15,9 19,5 23,1 26,7 30,3 34,0 37,6 h/b 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 PM 41,2 44,8 48,5 52,1 55,8 59,4 63,0 66,7 70,3 74,0 OBS.: Valores intermediários podem ser obtidos por interpolação linear. Na prática, utiliza-se o valor tabelado (de pM) imediatamente superior, trabalhando-se a favor da segurança . íProf. Dr. Norman Barros Logsdon % 402 0459 5- Estruturas de Madeira 4 -Verificar a estabilidade lateral da viga. íi< Ecoef b Pu fcO.d então: a viga não perde estabilidade laterala) Se Eçp.ef b Pu-fc0,d> e a tensão normal foi verificada, então:b) Se b.1) Recupere (e verifique) o valor da tensão normal máxima na borda comprimida. crcl d = .ycl < fc0 d (do problema de flexão)I b.2) Obtenha o valor limite dessa tensão para que não ocorra perda de estabilidade lateral: EçO.ef= ViA. íProf. Dr. Norman Barros Logsdon 116 « 402 0459 5- Estruturas de Madeirab.3) Verifique a estabilidade lateral EçO.ef A viga não perde estabilidade lateralentão:— °limn Se f A viga perde estabilidade lateral deve-se aumentar a seção da viga (b), ou aumentar o número de pontos contraventados, diminuindo o valor de Neste caso o problema precisará ser refeito. então:H Se <Tcl.d > _ f > Dica -> Para definir a necessidade de contraventamentos laterais é usual avaliar, sucessivamente, as seguintes hipóteses: 1) Não é necessário contraventar 2) Um contraventamento no centro (ÿ1=ÿ/2); 3) Um contraventamento a cada terço da viga (£\=ÍIZ) etc.. íProf. Dr. Norman Barros Logsdon « 402 0459 5- Estruturas de Madeira > Exemplo de aplicação 22 -> Seja a viga: simplesmente apoiada, com 4,00 m de vão; seção 6 cm x 16 cm; um carregamento permanente, uniformemente distribuído em toda a extensão da viga, de 400 N/m; e um carregamento acidental móvel (variável), concentrado, de 1000 N (homem caminhando). Onde devem ser colocados contraventamentos laterais, para evitar a perda de estabilidade lateral dessa viga? Considere: edificação do tipo 2 (cargas acidentais inferiores a 5 kN/m2); madeira é uma folhosa, usual e não classificada, da classe de resistência D30; carregamento de longa duração e classe de umidade 1. 1000N (variável - homem caminhando) 0,40N/mm (permanente)var. 4000mm 160mm Esquema estático do problema de-— flexãom Seção Prof. Dr. Norman BarrosLogsdon 117 % 402 0459 5- Estruturas de Madeira Ver roteiro(página 115)Solução: Sendo o interesse obter a posição dos contraventamentos laterais, deve-se avaliar, sucessivamente, as hipóteses: 1) Sem contraventamento {£\=£)\ 2) Um contraventamento no centro {£ÿ<=£12); 3) Um contraventamento a cada terço da viga {£<=£IZ) etc.. n Hipótese 1 - Sem contraventamento 1 -Obter as dimensões da seção transversal (b e h) e o maior espaçamento entre as barras de travamento {£<). Hipótese £, =£ => £.= 4000 mmb =60mm, h=160mm e í 2 -Determinar as propriedades de cálculo da madeira utilizada, no caso: o módulo de elasticidade efetivo (Ec0ef) e a resistência à compressão paralela às fibras (fc0d).C. da madeira (Página 44) Ec0ef = 7105 MPa Dicotiledônea, classe D30 -> fc0d= 10,50 MPa iProf. Dr. Norman Barros Logsdon 402 0459 5- Estruturas de Madeira Ver roteiro (página 115) 3 -Obter o coeficiente (3M, função da relação h/b, dado a seguir. h _ 160 b “ 60 4 -Verificar a estabilidade lateral da viga. L 4000 ¥““60“ Eco,ef A4,,d 123.10,50 b A1-fcO.d Tabela 21 - pM Página 115 — = 2.67 => Da tabela 21ÿb A, =123 = 66.67b e > Eco,ef b Al-IcO.d í21 Ecoef =55,01 Al-lcO.d 7105 => L deve-se retornar ao problema de flexãoComo b.1) Recupere (e verifique) o valor da tensão normal máxima na borda comprimida. A partir do problema de flexão simples reta, obtém-se: iProf. Dr. Norman Barros Logsdon 118 í 402 0459 5- Estruturas de Madeira b.h3Seção 60.1603 1= 20.480.000 mm4i=u= =>=> i=12 12x x 160mm h 160 ycl =80 mm=>Yci = 2;ym p.f; 0,40.400tf => Mg = 800.000 N.mmCarga permanente 0,40N/mm Mg = => Mg =8 8 PX 1000.4000 => Mq =1.000.000 N.mmM = —q 4 =» M = 4JF 1 4000mm Md =l,4.Mg +l,4.Mq => Md =1,4.800000+1,4.1000000 =>d Carga variável Posição crítica da carga móvel (homem caminhando) 1000N Md = 2.660.000 N.mm 2660000 80 => =10-39 MPaCTcLd =—T’-Ycl =* CTcl,d = 20480000I I Verifica a tensão de flexãoJF =3. C7dd =10,39 MPa<fc0d =10,50 MPa => 2000 2000 Prof. Dr. Norman Barros Logsdon+ d 4000mm H « 402 0459 5- Estruturas de Madeira Ver roteiro(página 115) b.2) Obtenha o valor limite dessa tensão (C|im) para que não ocorra perda de estabilidade lateral: cO.ef 7105 akn ~ 0jfcn = 8,66 MPa66.67.12,3 >1 b.3) Verifique a estabilidade lateral ><Tcl d = 10.39 MPae <7ÿ = 8,66 MPa A viga perde estabilidade lateral deve-se aumentar a seção da viga (b), ou aumentar o número de pontos diminuindo o valor de e refazer o problema. então:Sendo > °Km contraventados, íProf. Dr. Norman Barros Logsdon 119 « 402 0459 5- Estruturas de Madeira n Hipótese 2 - Um contraventamento no centro Essa nova hipótese altera somente o valor de £•, (íÿ=í!2). Esta alteração muda a resolução anterior no passo 1 (valor de £:) e depois, já nas verificações, no passo 4 (valores de tÿb e CTHm). Assim, o cálculo fica reduzido a: Hipótese i,=en l, - 2000 mm=> A =4000/2 =>í lx _ 2000 ¥"60 e Eço.ef _ A¥c A Eco,ef— = 33.33 , comob 55,01 k AffcO.d0,d ]<PA viga, sob essa hipótese, não perde estabilidade lateral H Conclusão Para evitar a perda de estabilidade lateral, da viga em questão, deve-se colocar -*----ip travamento lateral no centr<ÿ_____—----- %Prof. Dr. Norman Barros Logsdon 402 0459 5- Estruturas de Madeira Finalizar f) Exercícios propostos > Exercício proposto 31 -> Calcular a carga nominal permanente máxima (pgk), uniformemente distribuída, que poderá ser aplicada a uma viga caixão, simplesmente apoiada, com solidarizada por pregos comerciais, n° 21 X 33, que possuem diâmetro de 4,9 mm e estão espaçados, longitudinalmente, entre si de 20 cm. Sabe-se que não existe carga variável e que a seção da viga é a esquematizada na figura ao lado. Considere: edificação do tipo 2 (cargas acidentais inferiores a 5 kN/m2); madeira de uma folhosa, usual e não classificada, da classe de resistência D30; carregamento de longa duração e classe de umidade 1. > Exercício proposto 32 -> Se a viga, do exercício proposto 31, tiver uma carga permanente de 3 N/mm, uniformemente distribuída, qual a máxima carga variável, oriunda de uma talha, concentrada e aplicada no meio do vão, que pode ocorrer? ®I J4,00 m de vão, E o T°«í II -r-:' 11 cm h H íProf. Dr. Norman Barros Logsdon 120 402 0459 5- Estruturas de Madeira > Exercício proposto 33 -> Verificar se uma viga, simplesmente apoiada, de seção 6 cm x 16 cm, e 4,00 m de vão, é suficiente para resistir a um carregamento permanente, uniformemente distribuído em toda a extensão da viga, de 450 N/m e um carregamento acidental móvel (variável), concentrado, de 1000 N (homem caminhando). Considere: edificação do tipo 2 (cargas acidentais inferiores a 5 kN/m2); madeira de uma folhosa, usual e não classificada, da classe de resistência D40; carregamento de longa duração e classe de umidade 1. y Exercício proposto 34 -> Em uma viga simplesmente apoiada, de seção 6 cm x 16 cm, com 2,00 m de vão, é aplicado um carregamento uniformemente distribuído, vertical, de 5000 N/m e uma carga concentrada axial, de compressão, no apoio móvel, passando pelo centro de gravidade da viga, de 10000 N. Sabendo-se que o carregamento é considerado permanente (não existe carga variável), a viga suporta o carregamento?. Considere: edificação do tipo 2 (cargas acidentais inferiores a 5 kN/m2); madeira de folhosa, usual e não classificada, da classe de resistência D60; carregamento de longa duração e classe de umidade 1. íProf. Dr. Norman Barros Logsdon 402 0459 5- Estruturas de Madeira > Exercício proposto 35 -> Qual a melhor seção, retangular, comercial, de largura 6 cm, para solução do exercício proposto 33? y Exercício proposto 36 -> Qual a melhor seção, retangular, comercial, de largura 6 cm, para solução do exercício proposto 34? > Exercício proposto 37 -> Em uma viga simplesmente apoiada, de seção 6 cm x 16 cm e 2,00 m de vão, é aplicado um carregamento uniformemente distribuído, vertical, de 5000 N/m e uma carga concentrada axial, de compressão, no apoio móvel, passando pelo centro de gravidade da viga, de 10000 N. Sabendo-se que o carregamento é considerado permanente (não existe carga variável), a viga suporta o carregamento? Considere: edificação do tipo 2 (cargas acidentais inferiores a 5 kN/m2); madeira de uma folhosa, usual e não classificada, da classe de resistência D50; carregamento de longa duração e classe de umidade 1. y Exercício proposto 38 -> Qual a melhor seção, retangular, comercial, de largura 6 cm, para solução do exercício proposto 37? íProf. Dr. Norman Barros Logsdon 121 1402 0459 5- Estruturas de Madeira > Exercício proposto 39 -> Uma viga simplesmente apoiada, de seção 6 cm x 16 cm e 1,50 m de vão, tem dois furos na seção central, com 1,50 cm de diâmetro cada. Esta viga foi submetida a um carregamento composto por uma carga concentrada, vertical, aplicada no centro do vão, de 1500 N e uma carga concentrada, axial, de tração, aplicada no apoio móvel e passando pelo centro de gravidade da seção, de 35000 N. Sabendo-se que o carregamento é considerado permanente (não existe carga variável), a viga suportará o carregamento? Considere: edificação do tipo 2 (cargas acidentais inferiores a 5 kN/m2); madeira de uma folhosa, usual e não classificada, da classe de resistência D60; carregamento de longa duração e classe de umidade 1. > Exercício proposto 40 -> Qual a melhor seção, retangular, comercial, de largura 6 cm, para solução do exercício proposto 39? íProf. Dr. Norman Barros Logsdon í 402 0459 5- Estruturas de Madeira > Exercício proposto 41 -> Verificar se a viga simplesmente engastada, de seção 10 cm x 30 cm e 1,50 m de vão, com o carregamento indicado na figura abaixo, perde estabilidade lateral. Casoafirmativo, onde deve(m) ser colocado(s) contraventamento(s)? Considere: edificação do tipo 2 (cargas acidentais inferiores a 5 kN/m2); madeira de uma folhosa, usual e não classificada, da classe de resistência D40; carregamento de longa duração e classe de umidade 1. Seção5 N/mm - Carga permanente E o s 10000 N - Carga variável (talha[ para erguer motores) 10 cm1,50 m íProf. Dr. Norman Barros Logsdon 122 1402 0459 5- Estruturas de Madeira 8. Ligações Em geral os pontos mais fracos de uma estrutura de madeira são suas ligações. Assim é muito importante o conhecimento adequado do cálculo e dos esquemas construtivos utilizados nas ligações. Para se evitar a introdução de esforços secundários, a ligação deve ser Isimétrica] em relação ao plano médio da estrutura e, se possível, a disposição dos elementos de ligação deve ser|centrada| a) Tipos de ligações Cola P PParafusos P1 Pregos Força de compressão p IP $ P &QIUUi P.cos XL \®\®*Dentes e entalhes 'R Área p coladaPI2\ |P/2 I j !P/2 ]p P/2Í ÍP/2 |p ' Ligações por penetração Resultante .igações por contato P/2 .igações por aderência 1402 0459 5- Estruturas de Madeirab) Ligações práticas (sem modelo de cálculo) Algumas ligações utilizadas em estruturas de madeira não têm modelo de cálculo definido, entretanto têm sido utilizadas por carpinteiros sem apresentarem problemas para as estruturas e por isso tiveram sua aplicação difundida. \Terça Terça : Prego Parafuso com porcas e arruelas TesouraTesoura Tesoura Modelo 1 Modelo 2 Modelo 3 Apoio para a Terça Terça CobrejuntaCobrejunta Terça Prego. -h-O / O 1— o o ? TerçaApoio para a Terça ¥ Ti Prego I I V U Cobrejunta lesoura Recorte na cobrejunta Tesoura / Prego Tesoura Vista lateral Vista frontal Vista superior íModelo 4Ligações típicas paraemenda de terças Prof. Dr. Norman Barros Logsdon 123 % 402 0459 5- Estruturas de Madeiramodelo de cálculo, da ligação apresentada abaixo, não é definido para vigas fletidas, embora para as peças tracionadas, segundo a NBR 7190, da ABNT (1997), pode-se admitir 85% da resistência da peça maciça. A atual NBR 7190, da ABNT (2012), é omissa a respeito. OBS.: As vezes a inclinação da cunha é proibitiva. b L 1 <3> 10.b Ligação colada em viga maciça fletida ou tracionada Embora a atual NBR 7190, da ABNT (2012), seja omissa a respeito, a emenda de uma das lâminas (tábua) de uma peça de MLC, pode ser feita de três diferentes maneiras e, segundo a NBR 7190, da ABNT (1997), pode-se admitir uma redução da seção resistente da lâmina, em função do tipo de emenda, dada por: {Emenda por entalhes múltiplos ("finger joints") ar= 0,90Emendas em cunha (inclinação 1:10)Emendas de topoAied=arAef curvaturaar= 0,85-> ar= 0,00 \ => Kmod3jÿ.Ce Ce CtOBS.: O calculo da MLC é igual ao da madeira maciça, mas a atual NBR 7190, da ABNT(2012), altera sua resistência, conforme as características da peça, por meio do ]_ entalhe temperatura !402 0459 5- Estruturas de Madeira Emenda por entalhesmúltiplos / (“fingerjoints”) Cola /Ferramenta/ para execução dos entalhesy múltiplosEmenda em cunha/(inclinação >1:10) Cola *>10.t Emenda de topo Cola Ligação entre as tábuas de uma peça de madeira laminada fletida ou/ \ÿtracionada íTábua extra para compensara emenda longitudinal Prof. Dr. Norman Barros Logsdon 124 1402 0459 5- Estruturas de Madeirac) Ligações pregadas De maneira geral, o cálculo de uma ligação pregada, segundo a NBR 7190 da ABNT (2012), pode ser feito segundo o seguinte roteiro: > Roteiro - Ligações pregadas 1 - Identificar, adotando se necessário, as espessuras das peças da ligação e através delas a espessura convencional “t” (ver figura abaixo). Identificar, ou escolher, o prego a ser utilizado (ver tabela 22, a seguir) e em consequência o diâmetro do prego “d” (para uso estrutural 3 mm < d < t / 5). OBS.: Deve existir pré-furação (dfuro < d). A penetração mínima do prego deve ser 12.d, desde que inferior a espessura da peça. 1(t4<t3)ÿ(t4< t2) % (t4=t2) 'Ih (U - t3)\J|ÿ-r-'U 'V-I- Vr-Corte simples -V-V Í4I,d L lit *2 . Lft•Vh*1 *4 h. l2íilJi*v (t4 =t3) t é o menor l_*2 valor entre t,e U (t4>12.d) t é o menor valor entre ti e t2 t é o menor valor entre U e t2/2 t é o menor valor entre t2/2 e t4 (t4>12.d) |Kt é o menor ’I valor entre ti,t2/2et3 fir% Espessura convencional “t” % 402 0459 5- Estruturas de Madeira Tabela 22 - Pregos comerciais Características do prego Pregos Por pacote de 1kg Características do prego Pregos por pacote de 1kg Número Comercial Diâmetro d (mm) Comprimento í (mm) Número Comercial Diâmetro d (mm) Comprimento i(mm) 1,6*12 x 12 22 1970 20x30 20x36 20x42 4,4 69 99 2,0*13x15 28 83 911430 4,4 2,2*14x 18 36 895 96 764.4 2,4*15x18 36 685 21 x 33 21 x36 21 x45 4,9 76 80 2,7*16 x 18 36 520 4,9 83 70 17x21 17x24 17x27 3,0 48 305 4,9 103 56 3,0 55 285 22x36 22x42 5,4 83 63 3,0 62 226 5,4 96 51 18x24 18x27 18x30 3,4 55 211 22x45 22x48 22 x 54 5,4 103 49 5,4 453,4 62 187 110 3,4 69 175 5,4 124 34 11019x27 19x30 19x33 19x36 3,9 62 152 24x48 24 x 60 6,4 34 3,9 69 133 6,4 138 27 3,9 76 122 25 x 60 25x72 7,6 138 24 3,9 83 109 7,6 165 16 * Não são utilizados em estruturas de madeira 26x84 7,8 190 14 125 1402 0459 5- Estruturas de Madeira 2 -Obter a resistência de cálculo de embutimento (fÿd), da madeira utilizada, na direção definida pelo ângulo a, entre a direção do esforço e das fibras da madeira. Tabela 23, abaixo ’ fe90,d'ÿe ® 'ÿe90:d Redefinido em relação ao fe90d apresentado na tabela 16 (página 44) fen.d _ feod-seiror + fj cos a90,d‘ Tabela 23 - Valores do coeficiente ae para pinos (pregos, parafusos etc.) Diâmetro P°l- do pino 1/4” 3/8” 1/2" 5/8” 3/4" 7/8” 1” VÁ” VÁ” 13/4” 2” 3” 0,95 1,27 1,59 1,91 2,22 2,54 3,18 3,81 4,45 5,08á0,64* £7,62cm 2,50 1,95 1,68 1,52 1,41 1,33 1,27 1,19 1,14 1,10 1,07 1,00Coeficiente ae * Só é válido para pregos OBS.: Para valores intermediários recomenda-se utilizar, a favor da segurança, o valor tabelado imediatamente inferior. iProf. Dr. Norman Barros Logsdon % 402 0459 5- Estruturas de Madeira 3 -Obter o valor de cálculo da resistência de um prego a corte simples, segundo o seguinte roteiro: a) Obter o parâmetro,p , e seu valor limite, /3|lm , dados por: fydt qual: fyd 600 MPae A.=U5, , na fea.d Para pregos b) Obter o valor de cálculo da resistência de um prego a corte simples (Rvd1), por: E o estado limite último será o embutimento na madeira,/ n Se RV(U=0,50.t.d.fead d2 E o estado•fyd limite último será a lexão do prego n Se P>pÿ=> Rvdsl = 0,625 . Am fvd > 600 MPa íProf. Dr. Norman Barros Logsdon 126 % 402 0459 5- Estruturas de Madeira 4 -Obter o valor de cálculo da resistência total de um prego (Rvd), pela soma da resistência nos diversos cortes simples (Rÿ 1) em que o prego atua. - Número de cortes simples em um pregoR,d = n„.R i=l Rvd vd I-d,li 5 -Obter o número de pregos necessários na ligação (np). Id Valor de cálculo do esforço aser transmitido pela ligaçãonpÿ Rvd OBS.: 1) Emendas são consideradas duas ligações; 2) Usar no mínimo 2 pregos por ligação; 3) Usar no máximo 8 pregos por linha. 6 -Obter o número de pregos em cada face da ligação (npface). np Hp.face — n Número de faces da ligaçãofaces íProf. Dr. Norman Barros Logsdon % 402 0459 5- Estruturas de Madeira7 -Desenhar a ligação, garantindo os espaçamentos mínimos (figura abaixo), com todos os detalhes necessários à sua compreensão (detalhamento). I / /z./ ~f~1.5.d~T~1.5.d~t~T T~l =1=1,5.d n.dn.d =Jn.d|n.d 1 4.d 4.d4.d 3.dj1,S.d 1,5.dUii -T t 3.d 1,5.d/t1,5.d in.din.di 7.d Hl, 4.d Pregos,cavilhas e parafusos ajustados n= 6 Parafusos n = 4 n.d4.d 1,5.dX 7/7ÿn.d;i,5.d 7.d 1,5.di i3.d 1,S.d ispaçamentos mínimos de pinos(pregos, parafusos etc.)c Prof. Dr. Norman Barros Logsdon 127 1402 0459 5- Estruturas de Madeira > Exemplo de aplicação 23 -> Dimensionar uma emenda pregada, em uma barra de seção 6 cm x 12 cm. A barra é submetida a um esforço de cálculo de 11200 N de tração (figura abaixo). Considere: edificação do tipo 2 (cargas acidentais inferiores a 5 kN/m2); madeira é uma folhosa, usual e não classificada, da classe de resistência D40; carregamento de longa duração e classe de umidade 1. Face \ \ ENd= 11.200 N Nd= 11.200 N ol CNU v 6 Face Nd= 11.200 N Nd= 11.200 N* IFace íProf. Dr. Norman Barros Logsdon % 402 0459 5- Estruturas de Madeira Ver roteiro(página 124) Solução: 1 - Identificar, adotando se necessário, as espessuras das peças da ligação e através delas a espessura convencional “t” . Identificar, ou escolher, o prego a ser utilizado e em consequência o diâmetro do prego “d”. Escolha det -> As 2 cobrejuntas devem transmitir a carga total => Devem ter a área total pelo menos igual a da peça central => Adotam-se 2 peças de seção 3 cm x 12 cm.Definição de t Página 124 dprego — 3 mm Largura da cobrejunta ou metade da largura da barra Penetração* do prego na peça central Escolha do prego -> Devem ser escolhidos o comprimento (£) e o diâmetro do prego (d) Se a corte simples ->£ = tcobrejunta+penetração* => C> 30+36=> t > 66 mm Se a corte duploÿí > 2.tcobrejunta+bpeça centrai =>c* 2.30+60ÿ £ >120 mm -> t = 3 cm = 30 mm t = menor entre => t = 30 mm -> Mínimo = 12.d > 36 mm iProf. Dr. Norman Barros Logsdon* Penetração mínima de 12.d 128 1 Ver roteiro(página 124)402 0459 5- Estruturas de Madeira Adotando ligação à corte simples (prego não “vara" a peça central), tem-se: í > 66 mm e 3 mm< d< — =>3 mm< d< — (.> 30+12.d => 3 mm < d< 6 mm 55 T. de Pregos (página 124) Assim, adota-se o Prego n° 20 x 36 => d - 4.4 mm e t = 83 mm 2 -Obter a resistência de cálculo de embutimento (fÿ), da madeira utilizada, na direção definida pelo ângulo a, entre a direção do esforço e das fibras da madeira. Dicotiledônea classe C 40 -> fe0 d =14,00 MPa e fe90 d = 3,50 MPa C. da madeira (página 44) Tabela 23 - ae (página 126) fe9o,d = fe9o,d => Cd= 3,50.2,50 fe*90d = 8.75 MPa=> Observa-se, do esquema da ligação, que esforço é aplicado paralelamente as fibras, portanto, a = 0o. Portanto: feO.d'C 14,00.8,7590,dfea.d - =>feo.d-sen'a+ f* 14,00.sen:0 +8,75.cos2 0cos' a90,d' ífea,d=feO,d=14ÿ0 Prof. Dr. Norman Barros Logsdon Ver roteiro (página 124) 402 0459 5- Estruturas de Madeira 3 -Obter o valor de cálculo da resistência de um prego a corte simples, segundo o seguinte roteiro: a) Obter o parâmetro,p, e seu valor limite, pm , dados por: 30t P= 6,82 /L =1,25. =>4,4 A. J- 600 An =8,!8f, 14,00a.à Pr egos -> fyd > 600 MPa b) Obter o valor de cálculo da resistência de um prego a corte simples (Rvd.i), por: f E o estado \ limite último será o embutimento na madeira,/ Rvd,i =0,50.t.d.feadn Como p<pÿ Rvd,i = 0,50.t.d.fead => Rvdl =0,50.30.4,4.14,00 => Rvdl=924 N Prof. Dr. Norman Barros Logsdon k 129 % Ver roteiro(página 124)402 0459 5- Estruturas de Madeira 4 -Obter o valor de cálculo da resistência total de um prego (Rvd), pela soma da resistência nos diversos cortes simples (Rvd1) em que o prego atua. Foi adotado corte simples do prego (passo 1) :=> ncs =1 Rvd = 924 NRvd _ncs-Rvd,l => Rvd =1-924 => 5 -Obter o número de pregos necessários na ligação (np). 11200 '*-924- np = 14 pregos=> np > 12,12 =>nPÿRyd OBS.: 1) Lembrar que uma emenda são duas ligações; 2) Para garantir simetria da ligação é usual “arredondar” np para um múltiplo do número de faces. 6 -Obter o número de pregos em cada face da ligação (npface). "P 14 np,face=7 Pre§osrÿp.face * —Hfaces np,face — 2 =>=> iProf. Dr. Norman Barros Logsdon 1 Ver roteiro(página 124)402 0459 5- Estruturas de Madeira7 -Desenhar a ligação, garantindo os espaçamentos mínimos (figura abaixo), com todos os detalhes necessários à sua compreensão (detalhamento). Na direção normal às fibras Das arestas -> 1,5.d = 1,5.4,4 = 6,6 mm => pode-se adotar 10 mm = 1 cm Entre pregos -> 3.d = 3.4,4 = 13,2 mm Na direção paralela às fibras Da aresta interrompida -> 7.d = 7.4,4 = 30,8 mm => adota-se 40 mm = 4 cm Entre pregos -> 6.d = 6.4,4 EE 26,4 mm Assim, a emenda pode ser detalhada como se apresenta na figura abaixo: .4,3. 3. 4. 4.3. 3. 4. Espaçamentos (página 126) => pode-se adotar 50 mm = 5 cm => pode-se adotar 30 mm = 3 cm l JNd= 11.200 N £Nd= 11.200 N 6 o rg6 1 \ 363Prego n°20 x 36 28 cm Nd= 11.200 N Nd= 11.200 N i 130 % 402 0459 5- Estruturas de Madeira d) Ligações parafusadas Segundo a NBR 7190, da ABNT (2012), o cálculo de uma ligação parafusada pode ser feito usando o seguinte roteiro: > Roteiro - Ligações parafusadas 1 -Identificar, adotando se necessário, as espessuras das peças da ligação e através delas a espessura convencional “f” (ver figura abaixo). Identificar, ou escolher, o parafuso (ver tabela 24) e em consequência o diâmetro do parafuso “d” (para uso estrutural 9,5 mm <d <t/2). >J[ÿ | Corte simples 1 £ É ]3 /Espessura convencionalE *3*2hM—Lt—1 “t”té o menor .. valor entre if t-|, t2/2 e tj t é o menor valor entre ti et2 % tProf. Dr. Norman Barros Logsdon % 402 0459 5- Estruturas de Madeira Tabela 24 - Diâmetros de parafusos comerciais, d 1/4”*Pol. 3/8” 1/2" 5/8” 3/4" 7/8” 1” 11/2” 0,64 0,95 1,27 1,59 1,91 2,22 2,54 3,18d cm 6,4 9,5 12,7 15,9 19,1 22,2 25,4 31,8mm * Não devem ser utilizados em estruturas de madeira. 2 -Obter a resistência de cálculo de embutimento (fÿd), da madeira utilizada, na direção definida pelo ângulo a, entre a direção do esforço e das fibras da madeira. - Tabela 23, página 125 CM Co,d ~ ÊCd = Cd - => Redefinido em relação ao fe90d apresentado na Tabela 16 (página 44)Cd'Co.dCd - Cdsen2or + fCd- cos2 a Prof. Dr. Norman Barros Logsdon 131 % 402 0459 5- Estruturas de Madeira 3 -Obter o valor de cálculo da resistência de um parafuso a corte simples, segundo o roteiro: a) Obter o parâmetro,p, e seu valor limite, , dados por: fvdt , na qual: fyd MPae /L=1,25,M fea.d Para parafusos b) Obter o valor de cálculo da resistência de um parafuso a corte simples (Rvd1), por: E o estado ' \ limite último será o embutimento na madeira. Rvd,i =0,50.t.d.feadH Se p<pÿ E o estado limite último será o de flexão do parafuso d2 •fvdRvd.i = 0,625 .H Se p>PbD => Am / fvd > 250 MPa lProf. Dr. Norman Barros Logsdon 1402 0459 5- Estruturas de Madeira 4 -Obter o valor de cálculo da resistência total de um parafuso (Rÿ,), pela soma da resistência nos diversos cortes simples (Rvdj) em que o parafuso atua. N° de cortes simples em um parafusonc n,RXR i=l RvdRvd => vd.lvd.li 5 -Obter o número de parafusos necessários na ligação (np). Valor de cálculo do esforço a ser transmitido pela ligação Rvd OBS.: 1) Emendas são consideradas duas ligações; 2) Usar no mínimo 2 parafusos por ligação; 3) Usar no máximo 8 parafusos por linha. 6 -Desenhar a ligação, garantindo os espaçamentos mínimos (figura da página 126), com todos os compreensão (detalhamento). detalhes necessários à sua íProf. Dr. Norman Barros Logsdon 132 % 402 0459 5- Estruturas de Madeira> Exemplo de aplicação 24 -> O nó de uma tesoura (tipo Pratt), apresentado na figura abaixo, tem sua diagonal ligada ao banzo inferior por meio de parafusos. A diagonal é tracionada com uma carga de cálculo de 16800 N. Considerando as dimensõesapresentadas na figura abaixo, detalhar a ligação. Considere: edificação do tipo 2 (cargas acidentais inferiores a 5 kN/m2); madeira é uma folhosa, usual e não classificada, da classe de resistência D60; carregamento de longa duração e classe de umidade 1. Montante 12 cm é? ?>16 Ar TV Plano de corte do parafuso Plano de corte do_ parafuso bX40°51— igação de um nc de tesoura Pratt 16 cm Banzo Inferior íProf. Dr. Norman Barros Logsdon í 402 0459 5- Estruturas de Madeira Ver roteiro(página 130) Solução: 1-Identificar, adotando se necessário, as espessuras das peças da ligação e através delas a espessura convencional “t” (figura da página 130). Identificar, ou escolher, o parafuso (tabela 24, página 130) e em consequência o diâmetro do parafuso “d” (para uso estrutural 9,5 mm <d <t / 2). Definição de t (página 130) T. parafusos (página 130) Espessura das peças da diagonal Metade da largura da peça do banzo inferior-ÿ b/2=6/2 = 3 cm = 30 mm 9,5mm<d<ÿ => 9,5mm<d<ÿ => 9,5mm<d<15mm => d = 12,7 mm -> t = 3 cm = 30 mm t = menor => t = 30 mm 2 -Obter a resistência de cálculo de embutimento (fea,d). da madeira utilizada, na direção definida pelo ângulo a, entre a direção do esforço e das fibras da madeira. íProf. Dr. Norman Barros Logsdon 133 1402 0459 5- Estruturas de Madeira Ver roteiro(página 130) fe0 d =21.00 MPa efeC. da madeira Folhosa da classe D60 -> (página 44) = 5,25 MPa90,d Tabela 23 - ae (página 125) fj => 4,= 5,25.1,68 => K = 8,82 MPa90,d 90,d Observa-se, do esquema da ligação, que esforço é aplicado pela diagonal, a 40° com a direção das fibras, portanto, a = 40°. Portanto: fe0,d-fe90,d 21,00.8,82— => fe*,d4d“ =>fe0d.seiror+f* 21,00.sen240 + 8,82.cos2 40.cos a90,d 4,=13,37 MPa 3 -Obter o valor de cálculo da resistência de um parafuso a corte simples, segundo o roteiro: a) Obter o parâmetro, p, e seu valor limite, , dados por: 30t P= p = 2,36=>12,7 íProf. Dr. Norman Barros Logsdon 402 0459 5- Estruturas de Madeira Ver roteiro (página 130) fvd 250/L =U5J-r => A. =U25. An =5,41=>lea.d 13,37 Paraíltsos —> fyd > 250 MPa b) Obter o valor de cálculo da resistência de um parafuso a corte simples (Rvd1), por: E o estado limite último será o embutimento na madeiraÿ Rvd4 = 0,50.t.d.feadn Como p< /4 = 0,50.t.d.fead =>RvdI =0,50.30.12,7.13,37 => Rvd,t = 2547 NRvd.l iV 4 -Obter o valor de cálculo da resistência total de um parafuso (Rvd), pela soma da resistência nos diversos cortes simples (Rvd-1) em que o parafuso atua. Observa-se do esquema da ligação (ao lado), que cada parafuso atua em 2 cortes simples. ncs = 2=> %Prof. Dr. Norman Barros LogsdonCortes simples 134 % 402 0459 5- Estruturas de Madeira Rvd = 2.2547 => Rvd = 5094 NRvd = ncs.RvdI => 5 -Obter o número de parafusos necessários na ligação (np). 16800 => np > 3,30 => np = 4 parafusosnp> 6 -Desenhar a ligação, garantindo os espaçamentos mínimos, com todos os detalhes necessários à sua compreensão (detalhamento). 5094Rvd Espaçamentos (página 126) Na direção normal às fibras Das arestas 1,5.d = 1,5.12,7=19,05 mm Entre parafusos -> 3.d = 3.12,7= 38,1 mm Na direção paralela às fibras Da aresta interrompida -> 7.d = 7.12,7 = 88,9mm Da aresta interna -> 4.d = 4.12,7= 50,8 mm => pode-se adotar 20 mm = 2 cm => pode-se adotar 40 mm = 4 cm adota-se 90 mm = 9 cm =>pode-se adotar 51 mm =5 cm Entre parafusos n.d = 4.d = 4.12,7 = 50,8 mm => pode-se adotar 51 mm =5 cm íProf. Dr. Norman Barros Logsdon í 402 0459 5- Estruturas de Madeira Assim, a ligação pode ser detalhada como se apresenta na figura abaixo: & W12 cm16 & Ar 6 6v 40° ’Wÿ±4.d = 50 mm - -ÿL--9ÿ\-r1,5.d = 20 mm 16 cm Parafuso passante d = Vi” = 12,7 mm1,5.d =20 mm 7.d =90 mm íProf. Dr. Norman Barros Logsdon 135 1402 0459 5- Estruturas de Madeira JJ. e) Ligações cavilhadas Cavilhas são pinos torneados de madeira resistente. As cavilhas, segundo a NBR 7190 da ABNT (2012), devem ser feitas com madeiras de folhosas da classe D60, ou com madeiras moles impregnadas com resinas de modo a possuírem resistências compatíveis com a classe D60. A NBR 7190, da ABNT (2012), admite o uso de cavilhas estruturais com os diâmetros de 16 mm, 18 mm e 20 mm. O diâmetro dos furos, para instalação, deve ser o mesmo da cavilha. Segundo a NBR 7190, da ABNT (2012), o cálculo de uma ligação cavilhada pode ser feito usando o seguinte roteiro: > Roteiro - Ligações cavilhadas 1 - Identificar, adotando se necessário, as espessuras das peças da ligação e através delas a espessura convencional “f”(ver figura a seguir). Identificar, ou escolher, o diâmetro da cavilha “d” (para uso estrutural 16 mm, 18 mm e 20 mm). Prof. Dr. Norman Barros Logsdon Cola ú t i402 0459 5- Estruturas de Madeira | Corte simplêT í I 5 tiJl *2*2 t é o menor valor entre_ t-j, t2/2 e tj /Espessura convencional t é o menor valor entre et2 11 OBS.: Segundo a NBR 7190, da ABNT (2012), cavilhas submetidas a um único corte simples só devem ser utilizadas em ligações secundárias. 2 -Obter as resistência de cálculo da madeira utilizada nas cavilhas à compressão, nas direções paralela (fcod.cav) e normal (fC90d,cav) às fibras. OBS.: As cavilhas, segundo a NBR 7190 da ABNT (2012), devem ser feitas com madeiras de folhosas da classe D60, ou com madeiras moles impregnadas com resinas de modo a possuírem resistências compatíveis com a classe D60. tProf. Dr. Norman Barros Logsdon 136 1402 0459 5- Estruturas de Madeira 3 -Obter o valor de cálculo da resistência de uma cavilha a corte simples, segundo o roteiro: a) Obter o parâmetro,p, e seu valor limite, pm , dados por: fc0d,cavt e Am = fc90d,cav b) Obter o valor de cálculo da resistência de uma cavilha a corte simples (Rvd1), por: E o estado x, limite último será o esmagamento \da cavilhaÿ/ Ryd.l 0,50.t.dfc9odiCavn Se p<p,m => /Sc. o estado limite último será o de flexão da \ÿcavilha.ÿ/ d2Rvd,i=°>50.« Se P>(\n Od:cavAm tProf. Dr. Norman Barros Logsdon 402 0459 5- Estruturas de Madeira 4 -Obter o valor de cálculo da resistência total de uma cavilha (Rvd), pela soma da resistência nos diversos cortes simples (Rvd1) em que a cavilha atua. N° de cortes simples em uma cavilha“o Rvd -R vd,1XR i=l Rvd vd.li 5 -Obter o número de cavilhas necessárias na ligação (ncav). Fd Valor de cálculo do esforço a ser transmitido pela ligaçãoncav Rvd OBS.: 1) Emendas são consideradas duas ligações; 2) Usar no mínimo 2 cavilhas por ligação; 3) Usar no máximo 8 cavilhas por linha. 6 -Desenhar a ligação, garantindo os espaçamentos mínimos (figura da página 126), com todos os detalhes necessários à sua compreensão (detalhamento). íProf. Dr. Norman Barros Logsdon 137 % 402 0459 5- Estruturas de Madeira > Exemplo de aplicação 25 -> Dimensionar uma emenda cavilhada, em uma barra de seção 6 cm x 12 cm. A barra é submetida a um esforço de cálculo de 11200 N de tração (figura abaixo). Considere: edificação do tipo 2 (cargas acidentais inferiores a 5 kN/m2); madeira é uma folhosa, usual e não classificada, da classe de resistência D40; carregamento de longa duração e classe de umidade 1. Face \ \ ENd= 11.200 N Nd= 11.200 N ol CNU v 6 Face Nd= 11.200 N Nd= 11.200 N* IFace íProf. Dr. Norman Barros Logsdon % 402 0459 5- Estruturas de Madeira Ver roteiro(página 135) Solução: 1 - Identificar, adotando se necessário, as espessuras das peças da ligação e através delas a espessura convencional “t”. Identificar, ou escolher, o diâmetro da cavilha “d" (para uso estrutural d = 16 mm, 18 mm ou 20 mm). Escolha det -> As 2 cobrejuntas devem transmitir a carga total => Devem _ ter a área total pelo menos igual a da peça central => Definição de t Adotam-se2 peças de seção 3 cm x 12 cm. (página 135) Espessura da cobrejunta-> t = 3 cm = 30 mm t = menor entre / Metade da espessura Ida peça central => t = 30 mm -> t = 6/2 = 3 cm = 30 mm d= 20 mmEscolha da cavilha -> Escolher o diâmetro da cavilha (d) -> 2 -Obter as resistência de cálculo da madeira utilizada nas cavilhas à compressão, nas direções paralela (fcodxav) e normal (fC90d,cav) às fibras. As cavilhas devem ser de folhosas da classe D60, ou ter resistência compatível com esta classe. íProf. Dr. Norman Barros Logsdon 138 i Ver roteiro(página 135)402 0459 5- Estruturas de Madeira C. da madeira Folhosa da classe D60 -> fc0d = 21,00 MPa e fc90 d = 5.25 MPa => (página 44) -- --- fc0d>cav = 21,00 MPa e lc90d,cav — 5,25 MPa 3 -Obter o valor de cálculo da resistência de uma cavilha a corte simples, segundo o roteiro: a) Obter o parâmetro,p , e seu valor limite, pm , dados por: 30t P= 1,50=> 20 fc '21,000d,cavAm ~ Am = Am =2,00fc 5,2590d,cav b) Obter o valor de cálculo da resistência de uma cavilha a corte simples (Rvd1), por: O estado limite último será o de esmagamento _da cavilha. i Prof. Dr. Norman Barros Logsdon 1 Rvdl = 0,50.t.d.fc9Odcavn Como p<pÿ I Ver roteiro(página 135)402 0459 5- Estruturas de Madeira = 0.50.30.20.5,25 => Rvdl=1575 NRvd,, = 0,50.t.d.fc90d vd,l,cav 4 -Obter o valor de cálculo da resistência total de uma cavilha (Rvd), pela £ soma da resistência nos diversos cortes simples (Rvd1) em que a o cavilha atua. Observa-se do esquema da ligação (ao lado), que cada cavilha atua em 2 cortes simples. Rvd = ncs-Rvd,l n CN ncs = 2=> Rvd =2.1575 Rvd = 3150 N=> =>Cortes simples 5 -Obter o número de cavilhas necessárias na ligação (ncav). li 11200 ncav = 4 caviUias=> ncav — 2,56 =>=> ncav —ncav 3150Rvd OBS.: 1) Lembrar que uma emenda são duas ligações. 6 -Desenhar a ligação, garantindo os espaçamentos mínimos (figura da página 126), com todos os detalhes necessários à sua compreensão (detalhamento). íProf. Dr. Norman Barros Logsdon 139 1 Espaçamentos(página 126)402 0459 5- Estruturas de Madeira Na direção normal às fibras Das arestas -> 1,5.d = 1,5.20 s 30 mm Entre cavilhas -> 3.d = 3.20 = 60 mm Na direção paralela às fibras Da aresta interrompida -> 7.d = 7.20 = 140 mm => adota-se 140 mm = 14 cm Entre cavilhas -> 6.d = 6.20 = 120 mm => pode-se adotar 120 mm = 12 cm => pode-se adotar 30 mm = 3 cm => pode-se adotar 60 mm = 6 cm Assim, a emenda pode ser detalhada como se apresenta na figura abaixo: 3 314 12 . 14 14 12 . 14 H H p=qT ENd= 11.200 N Nd= 11.200 No o i o o n6 iQ O i o o3L tnd i—i Cavilha (£ = 12 cm e d = 2 cm) 40 cm 6 hNd= 11.200 N Nd= 11.200 N4 * íProf. Dr. Norman Barros Logsdon % 402 0459 5- Estruturas de Madeira f) Ligações com anéis metálicos Anéis metálicos são peças cilíndricas, ocas, de diâmetro relativamente grande. A NBR 7190, da ABNT (2012), admite o uso de anéis metálicos estruturais com diâmetros internos (d) de 64 mm e 102 mm e paredes de espessura (e) não menor que — T 4 mm e 5 mm, respectivamente, sempre acompanhados por h parafusos de diâmetros de 12 mm e 19 mm, respectivamente. — A transmissão de esforços através de um anel metálico envolve compressão na parede lateral do anel e cisalhamento na madeira interna a ele. Corte para facilitar instalação e d Para instalar anéis metálicos é necessária uma ferramenta especial, apresentada na figura a seguir, que faz os sulcos onde são encaixados os anéis metálicos na madeira. m£ í= ‘t ==A h23 :—» ransmissão de esforços jDor um anel metálico , Prof. Dr. Norman Barros Logsdon Anel 7deParafuso demontagem 140 1402 0459 5- Estruturas de Madeira Pino para fixação no mandril Segundo a NBR 7190, da ABNT (2012), o cálculo de uma ligação com anéis metálicos pode ser feito usando o seguinte roteiro: > Roteiro - Ligações com anéis metálicos 1 - Obter a inclinação entre o esforço aplicado e a direção das fibras (a). Determinar a resistência de cálculo da madeira ao cisalhamento (fÿ), a compressão paralela (fco,d)< a compressão normal (fcgo,d) © a compressão inclinada (fcotd). o eo 6 fçQ,d-fc90,dfca.d - Facas que fazem os sulcos fc0:d-sen2«+ fc cos2 a Pino guia (diâmetro do parafuso) \JJ90.d" 2- Escolher as dimensões do anel a ser utilizado, diâmetro interno (d), espessura da parede (e), profundidade de penetração na madeira (t) e altura total (h). Ferramenta para preparar os sulcos de scolocação dos anéis/ í 402 0459 5- Estruturas de Madeira Lembrando que: d -> deve ser 64 mm ou 102 mm; e -> deve ser > 4 mm (se d = 64 mm) ou > 5 mm (se d = 102 mm); parafuso -> de diâmetro 12 mm (se d = 64 mm) ou 19 mm (se d = 102 mm). Sugere-se adotar: j> fvo,d di ed d4 fca,d Um it h1=ÿVd2-d2he ;t|h> 2.t + Ã] d2 V':Acréscimo de altura devido a irregularidades [ÃTõ] A = tProf. Dr. Norman Barros Logsdon 141 % 402 0459 5- Estruturas de Madeira- Obter o valor de cálculo da resistência de um anel a corte simples, dado pelo menor dos seguintes valores: - Resistência à compressão na parede do anel7T.à ,—-I.M t.d.fCQ:dR-anel e Resistência ao cisalhamento da área interna do anel 4 -Obter o número de anéis necessários na ligação (nanéjs). R n . > —-aneis -pj•ÿanel Valor de cálculo do esforço a ser transmitido pela ligação OBS.: 1) Emendas são consideradas duas ligações; 2) Para solidarização de uma viga de seção composta, Fd corresponde a força cisalhante que os anéis devem absorver. Momento estático Número de anéis na seção Momento de inércia ©*->} aneis anelFd = rd-Aÿ Fd =Fd - Hjnns-R vd.s — aneis — naneis-F- anel => aneis —I yds/anel / Espaçamento entre anéis Força cortante no trecho % 402 0459 5- Estruturas de Madeira5 -Desenhar a ligação, garantindo os espaçamentos mínimos (figura abaixo), com todos os detalhes necessários à sua compreensão (detalhamento). Posição relativa do corte, no anel, para facilitar montagem e o esforço aplicado /"Vt 7//0,75.d 0,75.d 0,75.d |0,75.dk©-©- e,V 1,0.d 1,0.d' b+ "V °'fs 0,75.d 0,75.d- /d = diâmetro interno do anel v7/V 0,75.d 1,0.d/1,0.d ©./-•0,75.d [0,75.d0,75.d br <3pi5.d_|_1,5.d_| TV 0,75.dl 0,75.d-- 142 i402 0459 5- Estruturas de Madeira> Exemplo de aplicação 26 -> O nó de uma tesoura (tipo Pratt) é apresentado na figura abaixo. Verificar se é possível fazer a ligação da diagonal ao banzo inferior usando anéis metálicos. Se possível, como seria essa ligação? A diagonal é tracionada com uma carga de cálculo de 12000 N. Considere: as dimensões apresentadas na figura abaixo; edificação do tipo 2 (cargas acidentais inferiores a 5 kN/m2); madeira de folhosa, usual e não classificada, da classe de resistência D50; carregamento de longa duração e classe de umidade 1. fi33®x12 cm ,12 cm B I He Nd = 12000 NITVAr 2 Diagonal .igação de um nc de tesoura Pratt Banzo inferior prof. Qr Norman Barros Logsdon 16 cm 1402 0459 5- Estruturas de Madeira Espaçamentos(página 141) /Solução: A atual norma brasileira permite o uso estrutural de dois anéis (diâmetros internos de 64 mm ou 102 mm). Além disso os anéis devem ter seu centro afastado das bordas como indica a figura ao lado. Portanto, para o caso em questão, pode-se usar anéis metálicos se: /7/ 1,0.d/ 0,75.d <07 •<y 160 16 cm >1,0.d+ 0,75.d => 160mm>lJ5.d => d <- => d< 91,4 mm 1,75e 120 d < 80 mm12 cm >0,75.d+0,75.d 120mm>l,5.d => d< =>1,5 Assim, os anéis de d = 64 mm podem ser utilizados nesta ligação, se a resistência o permitir. Aplicando-se o roteiro correspondente, obtém-se: Prof. Dr. Norman Barros Logsdon 143 % 402 0459 5- Estruturas de Madeira C. da madeira(página 44) Ver roteiro(página 140) 1 - Obter a inclinação entre o esforço aplicadoe a direção das fibras (a). Determinar a resistência de cálculo da madeira ao cisalhamento (fv0d), a compressão paralela (fc0d), a compressão normal (fcg0 d) e a compressão inclinada (fcctd). Ângulo entre a diagonal (esforço) e o banzo inferior (fibras) -> Folhosa da classe D50 a = 40° =>fv0d =1,91 MPa , fc0d =17,50 MPa e fc90d =4,38 MPa íçO.dÿcM.d 17,50.4,38fc«,d = fcOA ~ fca,d =7,82 MPafc0d.serítf+fcMd.cosJtf 17,5O.seif 40+4,38.cos 40 2 - Escolher as dimensões do anel a ser utilizado, diâmetro interno (d), espessura da parede (e), profundidade de penetração na madeira (t) e altura total (h). Adota-se, para este caso, anéis com: diâmetro interno, d = 64 mm; espessura, e >4 mm; e acompanhados por parafusos de 12 mm de diâmetro. íProf. Dr. Norman Barros Logsdon !402 0459 5- Estruturas de Madeira Ver roteiro(página 140) TV Para profundidade de penetração (t) e altura do anel, recomendam-se: t > ÍIM ;r.64 1,91 4 ‘7,82 t > 12,3 mm => t =1,5 cm =15 mm=>t> 4 fca,d A = 0 h= 3,0 cin= 30 mmh > 2.t + A => h>2.15+0 => 3 - Obter o valor de cálculo da resistência de um anel a corte simples, dado pelo menor dos seguintes valores: . •ÿ’ÿvO.d _ Ranel = t.d.fcají => R ;r.64: ,——•1,91 => R4 = 15.64.7,82 => R !Ranel 61II Nand => Raad = 6144 N= 7507 Nand anel 4 -Obter o número de anéis necessários na ligação (nanéls). > 12000 “ 6144 => nan«s L95 => =2 anéis=> naneisRanel Prof. Dr. Norman Barros Logsdon 144 1 Espaçamentos(página 141) Ver roteiro(página 140)402 0459 5- Estruturas de Madeira5 -Desenhar a ligação, garantindo os espaçamentos mínimos (figura abaixo), com todos os detalhes necessários à sua compreensão (detalhamento). Na direção normal às fibras Da aresta não solicitada -> 0,75.d = 0,75.64 = 48 mm => pode-se adotar 60 mm = 6 cm Da aresta solicitada -> 1,0.d = 1,0.64 = 64 mm => pode-se adotar 100 mm = 10 cm fi3 12 cm h 6 TV ,12 cm-iV Na direção paralela às fibras Da aresta interrompida -> 1,5.d = 1,5.64 = 96 mm => adota-se 100 mm = 10 cm Parafuso passante (d = 1,2cm) 6 ,'6 iLi L 16 cm[ 4 t-H*-1,5 Anéis metálicos (d = 6,4 cm e h = 3,0 cm) Prof. Dr. Norman Barros Logsdon1,5-H* 3,0 cm 1402 0459 5- Estruturas de Madeira> Exemplo de aplicação 27 -> Uma viga bicircular, submetida a um carregamento móvel, foi solidarizada por anéis metálicos de diâmetro interno 102 mm e espessura 6 mm. As peças roliças, que deram origem à viga, possuíam diâmetro máximo (na base) de dmáx = 405 mm e mínimo (no topo) de dmin= 355 mm. Conhecido o envoltório de forças cortantes (em valores de cálculo), apresentado na figura abaixo, as características geométricas da seção (em valor efetivo), S = 21548184 mm3 e I = 8188309924 mm4, e sabendo que a madeira é de uma folhosa, usual e não classificada, da ciasse de resistência D60, definir a altura e a distribuição dos anéis ao longo da r . viga. Considere carregamento de longa duração e classe de umidade 1.z o 2 ©z00CM O z z§ CM0000 00 Envoltório de máximos valores de cálculo da força cortante §© 00uo CM O) CO co z zz CM § z§ OBS.: O envoltório de um esforço solicitante registra seu máximo valor em cada seção da estrutura. O oo> CD oo CD CM s z•o-co CO 00 o 00 CM•o- í0,80 0,80 0,80 0,80 0,80 Prof. Dr. Norman Barros Logsdon4,00 m 145 % 402 0459 5- Estruturas de Madeira C. da madeira(página 44) Ver roteiro(página 140) Solução: 1 - Obter a inclinação entre o esforço aplicado e a direção das fibras (a). Determinar a resistência de cálculo da madeira ao cisalhamento (fv0d), a compressão paralela (fc0d), a compressão normal (fc90,d) e a compressão inclinada (fcad). Ângulo entre o esforço cisalhante (axial) e a direção das fibras -> \a = 0° Folhosa da classe D60 -> fv0d =2,18 MPa, fc0d= 21,00 MPa e fc90d = 5.25 MPa 2 - Escolher as dimensões do anel a ser utilizado, diâmetro interno (d), espessura da parede (e), profundidade de penetração na madeira (t) e altura total (h). Os anéis têm: diâmetro interno, d = 102 mm; espessura, e = 6 mm (e > 5 mm); e serão acompanhados por parafusos com diâmetro de 19 mm. íProf. Dr. Norman Barros Logsdon 1 Ver roteiro(página 140)402 0459 5- Estruturas de Madeira Para profundidade de penetração (t) e altura do anel, recomendam-se: 102 2,18 -. —:— => t>8,3 mm =>4 21,00 j > K-d fyO.d => t>di 4 fca.de t =1,0 cm =10 mmt4- A h h>2.t+ A, sendo: "t i-h.Vi-h,hi = --Vdi “d2 h: = y Vd2 - d2 A =d2 2 2 No caso existem duas posições limites: nas extremidades da viga, d1 = 405 mm e d2 = 355 mm; e no centro, d1 = d2 = dméd = 380 mm. Deve-se utilizar o anel, cuja altura satisfaça as duas posições (maior A), portanto: 1 .V4052 — 102 2 =196,0 mm h, =-.V3552 -1022 =170.0 2 J +í ] =14,0 mm h, =i Extremidades da viga mm 405 A = tProf. Dr. Norman Barros Logsdon 146 1402 0459 5- Estruturas de Madeira Ver roteiro(página 140) h, =h, = -A/3802 -1022 =183.0 mm Maior dos dois Centro da viga ÍHO_183,OUM-183,O} 14,0 mm ... As14,0 mmA = h= 4,0 cm = 40 mmh> 2.t + A => h> 2.10+14,0 => h>34,0 => 3 - Obter o valor de cálculo da resistência de um anel a corte simples, dado pelo menor dos seguintes valores: ;r.l022 „,0-.2,18 => R4 = 10.102.21,00 => R Ranel _ . fvO.d Ranel Ranel = td-fca.d => R = 17813 Nanel Riffle! =17813 N = 21420 Nanel 4 -Obter o número de anéis necessários na ligação (nanéjs). No caso, será usado um anel em cada seção (nanéls = 1) e deve-se obter o espaçamento entre anéis ao longo da viga. íProf. Dr. Norman Barros Logsdon Ver roteiro (página 140) 402 0459 5- Estruturas de Madeira <• aneis ,Ranelaneis —O espaçamento entre anéis (4néis) em umtrecho de força cortante (Vd) constante será: Admitindo-se um envoltório (superestimado) para força cortante (Vd), como o representado abaixo, pode-se obter o espaçamento entre anéis para cada trecho da viga, fazendo: l-> vd.s 1©z 17813 N-7naneisO z •RanelOCO í aneis -O |Z1CM z V+So oco Oco CNCO © /CO CD05CO r*rqCD 21548184 mm3 8188309924 mm4CN CO Z ZZ O o zo CM CO 0CDof OO)CD CO ZCD00 ooCM Envoltório de máximos valores de cálculo da força cortante oh CO oX co CO CM 0,80 0,80 0,80 0,80 0,80 4,00 m íProf. Dr. Norman Barros Logsdon 147 % Ver roteiro(página 140)402 0459 5- Estruturas de Madeira-Espaçamento entre anéis para cada trecho da viga 1, 4néis(2)Vd 4néisTrecho (mm) (cm) 0,00 m < x < 0,80 m 42300 160,0 16 0,80 m < x < 1,60 m 33840 200,0 20 253801,60 m < x < 2,40 m 266,7 27 2,40 m < x < 3,20 m 33840 200,0 20 3,20 m < x < 4,00 m 42300 160,0 16 <2) Valores adotados<1) Valores calculados 5 -Desenhar a ligação, garantindo os espaçamentos mínimos (1,5.d = 15,3 cm entre anéis), com todos os detalhes necessários à sua compreensão. Assimetria (simetria de posição com giro vertical) iE o Parafuso passante (d = 1,9 cm) Anéis metálicos (d = 10,2 cm e h = 4 cm) iin oo I 15,1616,16,16,16,20,20,20,20, 27 ,1ÿ.5 4080 80 200 cm í 402 0459 5- Estruturas de Madeirag) Ligações por meio de dentes e entalhes Uma ligação tipica por meio de dentes e entalhes é o nó de apoio de uma tesoura, onde o banzo superior (comprimido) se liga ao banzo inferior (tracionado). Nesta ligação, apresentada em sua forma geral na figura abaixo (à esquerda), o esforço de compressão Nd, do banzo superior, transmite-se ao banzo inferior através das componentes P1 e P2. Geralmente o ângulo entre as barras (y) é pequeno e “P2" não tem valor elevado, entretanto é comum se fazer, construtivamente, p=0°, como na figura abaixo (à direita), e então: y = a, P2 = 0 e P1 = Nd. Á2Nd bNd yHí-b heirrXheIfTT? Nd.cosl£HlII \hNd.cosYÿ *Mr I er 0=90°, =a,I rra P1 = Nde P2=0t Caso geral, /?/90° Caso mais comum, /?=9Õ0 tProf. Dr. Norman Barros Logsdon 148 % 402 0459 5- Estruturas de MadeiraDois estados limites devem ser verificados: 1) O esmagamento por compressão inclinada às fibras, na “cabeça do dente” ou na área de contato do dente com o banzo inferior, que definirá um limite para a altura do dente “he”; 2) A ruptura por cisalhamento (ver figura abaixo) e o consequente “escorregamento" da madeira do banzo inferior, a frente do dente, que definirá um limite para a folga ue Folga suficienteFolga insuficiente Ruptura por cisalhamento íProf. Dr. Norman Barros Logsdon í 402 0459 5- Estruturas de Madeira Estudando o caso mais frequente (figura ao lado), obtém-se; * fca,d N- =>ÉS bNd y A AB.bhe dente hjjTB Nd.cos‘)ÿ Nd Nd.coserCTco,i - í:a.dhe h.fca,db{1= 90°, 7=a, PrNdeP2 = 0 <£isomais comum, (3=90° tf Lcoser fc«,d =Onde: fc0d.sen2or + fc90d.cos2ír _ _ Nd.cosy A~ A cisalhante Nd.cosxNd.cosy - fyO.d í>- fcct.d =>=> bfy0.dLb Para o caso geral (figura ao lado), o cálculo de t não se altera, mas é provocada por P (em vez de Nd), assim: \\ p Ahei Pi Nd.cos(/- a),coser--- 4 J 11 Pj =Nd.cos(/-er) e he >Nd.cosY_ bfCa,d Prof. Dr. Norman Barros LogsdonCaso geral, (3/90°'IaL 149 % 402 0459 5- Estruturas de Madeira A altura do dente “he” é limitada, pois diminui a área efetiva do banzo inferior (tracionado). Usualmente limita-se he a 25% de h, ou seja, he < h/4 (h = altura da seção do banzo inferior). Por outro lado, o carregamento pode exigir he maior que este limite, causando a necessidade de estudar dois novos problemas, apresentados nas figuras abaixo. NdPreqo Cobrejunta l\ >U2 Nd/ feir~2 L VISTA LATERALt2>t O uso de dois dentei . (h/4<he<h/2) .. */tjuso de dois dentè$\e ligação complementarV__(he> h/2) VISTA SUPERIOR Prof. Dr. Norman Barros Logsdon % 402 0459 5- Estruturas de Madeira O cálculo de uma ligação por meio de dentes e entalhes, com todas as variações possíveis, pode ser feito segundo o seguinte roteiro: > Roteiro - Ligações por meio de dentes e entalhes 1-Cálculo da altura do entalhe (dente) he e definição do problema. a) Altura do dente he n Se y*a, caso geral, então: Nd.cos(/- cr) coser fç0,d-fc90,dK* na qual: ícaA = fd>,d-sen2ar+fc90d.cos2 ab.fcaid n Se p=90°, o que é usual (caso mais frequente), então: y=a e, fçQ,d-fc90,dNd.coser na qual: fcad = fc0d.sen2tf + fc90d.cos2orb-fc«.d b) Definição do problema n Se h < .«Jjtfljzshse um dente de alturahg. 4 Prof. Dr. Norman Barros Logsdon 150 1402 0459 5- Estruturas de Madeira h , utilizam-se dois dentes de altura ~ cada.-<h,<- 4 e 2 n Se h utilizam-se dois dentes de altura ? .4 — da carga é absorvido por uma ligação pregada ou parafusada. cada e o restante Neste caso a carga absorvida pelos dentes, Rcd=2.Rcd1, será utilizada para definir a folga ao cisalhamento t, e o restante da carga, Fdcj=Nd-Rcd=Nd-2.Rcd1, será absorvida pelas cobrejuntas de uma ligação pregada ou parafusada. cosa OC e F'd.q — Nd Rcd -Nd 2.RC(URcd = 2.Rcd:l OBS.: Expressões válidas se p = 90° (caso mais frequente). No caso geral altera-se a expressão de Rcd (basta trocar cosa por cos(y-a).cosa, na expressão de Rcd>. íProf. Dr. Norman Barros Logsdon 402 0459 5- Estruturas de Madeira 2 -Cálculo da folga necessária ao cisalhamento t. , esta folga será: b-fvo*d /''ResistênciaX ao cisalhamentoÿ . paralelo às J fibras H Se — < h < — , utilizam-se dois dentes de altura 4 e - 9 ’ 2 —> folga necessária ao cisalhamento é marcada a partir do segundo dente, sendo que deve-se garantir ao menos metade dela do primeiro dente. Os valores destas folgas serão: n Se cada e a Nd.cosf> a partir do segundo dente -> i í> b-fv0,d > a partir do primeiro dente -> tx > h-fvo.d 2 %Prof. Dr. Norman Barros Logsdon 151 % 402 0459 5- Estruturas de Madeira h, h > 2 H Se , utilizam-se dois dentes de altura — cada e o restante 4da carga é absorvido por uma ligação pregada ou parafusada. Neste caso a carga absorvida pelos dentes, Rcd= 2.Rcd1, será utilizada para definir a folga ao cisalhamento í, e o restante da carga, Fd cj=Nd-Rcd=Nd-2.Rcd1, será absorvida pelas cobrejuntas de uma ligação pregada ou parafusada. Assim, os valores das folgas serão: > a partir do segundo dente -> Rcd-cos/k-fyO.da> a partir do primeiro dente ->Nas quais: e Fd,çj - Nd Rcd -Nd 2.Rcd [Red _ 2-Rcd,l cosor OBS.: Expressões válidas se p = 90° (caso mais frequente). No caso geral altera-se a expressão de Rcd (basta trocar cosa por cos(y-a).cosa, na expressão de Rcd). 1402 0459 5- Estruturas de Madeira 3 -Cálculo da ligação pregada ou parafusada, se necessário. Utilizar o roteiro específico, apresentado anteriormente. 4 -Desenha-se a ligação, com todos os detalhes necessários à sua compreensão, permitindo sua construção (detalhamento). > Outras aplicações As ligações por meio de dentes e entalhes, também são utilizadas em outras ligações de treliças. Em alguns casos, existe continuidade da peça que recebe a ligação. Nestes casos o cálculo da folga necessária ao cisalhamento é dispensado. Apresentam-se, nas figuras seguintes, alguns nós típicos de treliças, nos quais são aplicadas ligações por meio de dentes e entalhes, com o objetivo de identificar os parâmetros utilizados no cálculo. íProf. Dr. Norman Barros Logsdon 152 % 402 0459 5- Estruturas de Madeira p*90° 'V' Nd K1 0,Banzo Superior Banzo Superior Banzo SuperiorP=90° Montantey = a h. Nd' â ""Detalhes de alguns nós de umatesoura, identificando os parâmetros: Nd, y, a e he V Diagonal Montante Montante MontanteDiagonal Diagonal Pÿ90‘y=a D-ppi Zríhe Banzo Inferior Banzo Inferior íProf. Dr. Norman Barros Logsdon í 402 0459 5- Estruturas de Madeira > Exemplo de aplicação 28 -> Dimensionar e detalhar a ligação do nó de apoio de uma tesoura, sabendo-se que a inclinação do telhado é de 17°, que a peça do banzo superior tem seção de 6 cm x 16 cm e uma carga atuante, de cálculo, de 68000 N de compressão, e que a seção da peça do banzo inferior é de 6 cm x 16 cm (ver figura abaixo). Considere: edificação do tipo 2 (cargas acidentais inferiores a 5 kN/m2); madeira é uma folhosa, usual e não classificada, da classe de resistência D50; carregamento de longa duração e classe de umidade 1. A6CíCV Nd= 68000 N 7=17° • 6 16 cm íProf. Dr. Norman Barros Logsdon 153 1402 0459 5- Estruturas de Madeira Ver roteiro(página 149)Solução: 1 -Cálculo da altura do entalhe (dente) he e definição do problema. a) Altura do dente he n Adotando-se p=90° (caso mais frequente), então: y = a = 17° e, fç0,d-Íc90,dNd.coser . na qual: fcad = fco,d-sen2tf + fC9o,d- cos2 ab-fca,d C. da madeira (página 44) Folhosa D50 -> fc0.d = 17>50 MPa fc9o,d = 4.38 MPae 17,50.4,38fca,d _ _fco,d-seifa+fC9od•coÿ cr 17,50.serrl7° +4,38.cos 17° f« 13,90 MPa=> a.â — 68000.cosl7°Nd.cosa he >77,8 he = 80 mm=> he >he> b.fca!d 60.13,90 Prof. Dr. Norman Barros Logsdon I402 0459 5- Estruturas de Madeira Ver roteiro(página 149) b) Definição do problema n Comparando-se he com h/4 e h/2 (onde h é a altura da barra que recebe a ligação, no caso a do Banzo Inferior): h 160 -= 40 mm -= 40 mm<h =80 mm<-=80 mm4 e 2 4 4 => h 160 -= 80 mm 2 2 D. Neste caso (h/4 < he< h/2), utilizam-se dois dentes de altura he/2 cada. Portanto: he 80— = — = 40 mm=4.0 cm 2 2 Adotam-se 2 dentes de altura Prof. Dr. Norman Barros Logsdon 154 % 402 0459 5- Estruturas de Madeira Ver roteiro(página 149) 2 -Cálculo da folga necessária ao cisalhamento t. H Para — <h < — , utilizam-se dois dentes de altura 4 e 2 folga necessária ao cisalhamento é marcada a partir do segundo dente, sendo que deve-se garantir ao menos metade dela do primeiro dente. Os valores destas folgas serão: he cada e a Nd.cos/> a partir do segundo dente -> £2-ÿ h-fyO.d fvM= l,91 MPaC. da madeira(página 44) Folhosa D50 -> 68000.cosi7o t1-í>567,4 mm=> t2 =í = 57 cm£2=£> 60.1,91 £ 57 > a partir do primeiro dente -> A - => A - f-\ ~ cm tProf. Dr. Norman Barros Logsdon % 402 0459 5- Estruturas de Madeira Ver roteiro(página 149) 3 -Cálculo da ligação pregada ou parafusada, se necessário. Neste caso (h/4< he <h/2), não é necessária ligação complementar. 4 -Desenha-se a ligação, com todos os detalhes necessários à sua compreensão, permitindo sua construção (detalhamento). «4v: ,16 cm 6y = 17°i4,0 cml — 16 cm JL: 28,5 cm 57 cm <- Cotas desnecessárias ? (£2 57 cm) Prof. Dr. Norman Barros Logsdon 155 % 402 0459 5- Estruturas de Madeirah) Exercícios propostos > Exercício proposto 42 -> Dimensionar e detalhar a ligação do nó 1 da Tesoura Howe, ambos esquematizados na figura abaixo, de um telhado. Considere: as seções e forças apresentadas na figura abaixo; edificação do tipo 2 (cargas acidentais inferiores a 5 kN/m2); madeira de uma folhosa, usual e não classificada, da classe de resistência D50; carreaamento de lonaa duração e classe de umidade 1. 6 8 Dimensões 6 em cm<a co W'2 " Banzosuperior1,50 3 1,50 - 1,501 7 1.50 9 1,50111 _9,00 m_ \nNd = 58384 N y= 20° g Banzo H inferior 7 \I« Banzo inferior > Exercício proposto 43 -> O que resultaria se a madeira do exercício proposto 42 fosse da classe D20? iProf. Dr. Norman Barros Logsdon !402 0459 5- Estruturas de Madeira> Exercício proposto 44 -> Dimensionar e detalhar a ligação do nó 4 da Tesoura Howe de um telhado. Utilizar, na diagonal, ligação por dentes e entalhes e, no montante, ligação parafusada. Considere: as seções e forças apresentadas na figura abaixo; edificação do tipo 2 (cargas acidentais inferiores a 5 kN/m2); madeira de folhosa, usual e não classificada, da classe de resistência D50; carregamento de longa duração e classe de umidade 1. c Pi. Terça $6_A Terça / •I líII II 6 v-' i 56°i$-í s4 v% f .6 oc(!) o 6 //E S >12 IO CD Nd = 4528 N®p ,5cíÿ1,50ÿ;1,50-1,S0Ífi,5Cf11i1,50 0j 9,00 m 1 Diagonal x2,5 Dimensões em cmx2,5 tProf. Dr. Norman Barros Logsdon 156 1 402 0459 5- Estruturas de Madeira> Exercício proposto 45 -> Dimensionar e detalhar a ligação do nó 5 da Tesoura Howe de um telhado. Utilizar, na diagonal, ligação por dentes e entalhes e, no montante, ligação parafusada. Considere: as seções e forças apresentadas na figura abaixo; edificação do tipo 2 (cargas acidentais inferiores a 5 kN/m2); madeira de uma folhosa, usual e não classificada, da classe de resistência D50; carregamento de longa duração e classe de umidade 1. (6) 4 8 £x2,5Dimensões em cm IOCD61 121X2,5 Íÿ,5ÿ,5(ÿ,5(ÿ,5(@1,50A 9,00 m .Zà. 1,5015<o Nd = 4528 N'ÿ'o Diagonal6 r VH " 0)c *°'*o c 6 •Jco H2 -«10 0I«+’ o H Banzo inferior 6 Prof. Dr. Norman Barros Logsdon % 402 0459 5- Estruturas de Madeira Exercício proposto 46 -> O que resultaria se a madeira do exercício proposto 44 fosse da classe D20 e a ligação do montante pregada? Seria necessário aumentar a largura das peças do montante? > Exercício proposto 47 -> O que resultaria se a ligação do montante do exercício proposto 44 fosse cavilhada? Seria necessário aumentar a largura das peças do montante? > Exercício proposto 48 -> O que resultaria se a madeira do exercício proposto 45 fosse da classe D20 e a ligação do montante fosse cavilhada? Seria necessário aumentar a largura das peças do montante? > Exercício proposto 49 -> O que resultaria se a ligação do montante do exercício proposto 45 fosse por anéis metálicos? Que dimensões os anéis deveriam ter? > tProf. Dr. Norman Barros Logsdon 157 % 402 0459 5- Estruturas de Madeira> Exercício proposto 50 -> Dimensionar e detalhar a ligação do nó 6 da Tesoura Howe de um telhado. Verificar a altura do dente no banzo superior e calcular uma ligação parafusada para o montante. Considere: as seções e forças apresentadas na figura abaixo; edificação do tipo 2 (cargas acidentais inferiores a 5 kN/m2); madeira de uma folhosa, usual e não classificada, da classe de resistência D50; carregamento de longa duração e classe de umidade 1. MlI . / 6 Terça& 40°| 'T-- a> \Is\OJ § V/l60o\c o 2cSt O :o° nTO Nd = 16098 N x2,5 x2,5 Diagonal©© E©. #161 Dimensões em cm© 1,5C@1,5(01,5cí7i1,50Í"9Í,5001,50.A. 15 í9,00 m Prof. Dr. Norman Barros Logsdon ? 402 0459 5- Estruturas de Madeira> Exercício proposto 51 -> Dimensionar e detalhar a ligação do nó 7 da Tesoura Howe de um telhado. Utilizar, nas diagonais, ligações por dentes e entalhes e, no montante, ligação parafusada. Considere: as seções e forças apresentadas na figura abaixo; edificação do tipo 2 (cargas acidentais inferiores a 5 kN/m2); madeira de uma folhosa, usual e não classificada, da classe de resistência D50; carregamento de longa duração e classe de umidade 1. ©.15 ©. © Ex2,5 *2,5 Nd = 16098 N © 0 COCDDimensões 61 em cm 12 ®-© AA 1,50 3 1,50 5 lA7J,50 91,5(01,50 6 9,00 m \ V2V6* o // Diagonalc At#,hà A& ** 636°j 36°/'ij R Montante- -«10 ! 0I« H Banzo inferior Banzo inferior 6 Prof. Dr. Norman Barros Logsdon 158 402 0459 5- Estruturas de Madeira > Exercício proposto 52 -> O que resultaria se a madeira do exercício proposto 50 fosse da classe D20 e a ligação do montante pregada? Seria necessário aumentar a largura das peças do montante? > Exercício proposto 53 -> O que resultaria se a madeira do exercício proposto 51 fosse da classe D20 e a ligação do montante cavilhada? Seria necessário aumentar a largura das peças do montante? > Exercício proposto 54 -> O que resultaria se a ligação do montante do exercício proposto 51 fosse por anéis metálicos? Que dimensões os anéis deveriam ter? > Exercício proposto 55 -> Dimensionar e detalhar uma emenda parafusada na barra 5-7 da Tesoura Howe de um telhado. Considere: as seções e forças apresentadas na figura abaixo; edificação do tipo 2 (cargas acidentais inferiores a 5 kN/m2); madeira de uma folhosa, usual e não classificada, da classe de resistência D50; carregamento de longa duração e classe de umidade 1. 6Banzo inferior© H 8 DI«E0 Nÿ= 43723 N /(D, Nd = 43723t\«TA,5d'?1,5ÿ1,«SYsA,50A Prof. Dr. Norman Barros Logsdon9,00 m 1402 0459 5- Estruturas de Madeira> Exercício proposto 56 -> Como ficaria a emenda do exercício proposto 55 se fosse cavilhada? > Exercício proposto 57 -> Como ficaria a emenda do exercício proposto 55 se fosse por anéis metálicos? > Exercício proposto 58 -> Uma viga de uma ponte, com a seção composta da figura abaixo, foi solidarizada por anéis metálicos de diâmetro interno 102 mm e espessura 6 mm. Conhecido o envoltório de forças cortantes em valores de cálculo (figura abaixo), definir a altura e a distribuição dos anéis ao longo da viga. Considere: madeira de folhosa, não classificada, da classe de resistência D60; o carregamento de longa duração e classe de umidade 1.rÿi—i—i . m_, _ _ _ IO©i cg2 2 2 ZO O o" o E©COO)04 <N co 0$' CO ir> o04 CMa» co IOz |S o oo o o o <o O) IOcg /ÿEnvoltório da forçaTx cortante de cálculo <£>CO -O) 04 25 25 Seção da viga H 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 50 cm H5,00 m 159 1402 0459 5- Estruturas de Madeira 9. Referências bibliográficas ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (1951). NB 11 - Cálculo e execução de estruturas de madeira. Rio de Janeiro. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (1982). NBR 7190 - Cálculo e execução de estruturas de madeira. Rio de Janeiro. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (1997). NBR 7190 - Projeto de estruturas de madeira. Rio de Janeiro. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (2012). NBR 7190 - Projeto de estruturas de madeira. Rio de Janeiro. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (2004). NBR 8681 - Açõese segurança nas estruturas - Procedimentos. Rio de Janeiro. HELLMEISTER, J. C. (1977). Estruturas de Madeira. Engenharia de São Carlos - Universidade de São Paulo. 2ed. rev. São Carlos, SP. 1977. (Notas de Aula). Escola de íProf. Dr. Norman Barros Logsdon 402 0459 5- Estruturas de Madeira HELLMEISTER, J. C. (1978). Pontes de Eucalipto Citriodora. São Carlos. 1978. Tese (Professor Livre Docente). Escola de Engenharia de São Carlos - Universidade de São Paulo. SOUZA, R. P. de (2009). Sobre a Flexão Simples Oblíqua em elementos estruturais de madeira. Orientador: Prof. Dr Norman Barros Logsdon. Universidade Federal de Mato Grosso - Faculdade de Arquitetura, Engenharia e Tecnologia, Cuiabá, fevereiro de 2009. 115f. (Monografia - Engenheiro Civil) íProf. Dr. Norman Barros Logsdon 160 402 0459 5- Estruturas de Madeira ANEXO 1 - Características geométricas de seções planas a) Seção retangular A = b.hiy 4- h.b2b.h2i Si y-y 8x-x 8X...|CG.Xh h.blb.h3i //i v-.v 12X -X 12 bhy ii y-y VÍ2A - Abh 1 menor / argura i-min - VT2 tProf. Dr. Norman Barros Logsdon 402 0459 5- Estruturas de Madeira b) Seção quadrada A =a2 iy 3a*x-x =SI y-y 8'CGx Xa a4i Ix-x =/I >->• 12+ y <2 I x'mina x-xh 1 Prof. Dr. Norman Barros Logsdon 161 % 402 0459 5- Estruturas de Madeira c) Seçào circular 7T.d~ A =iy 4 i i dli Sx-x =Sy-y 12CGX Xd — + - - i 7T.dAI h-x =Iy-yi 64i y d *x—x *mind tProf. Dr. Norman Barros Logsdon % 402 0459 5- Estruturas de Madeira d) Seção triangular b.hy A = — 2 i h.b24i Sx r - — .b.h 2X—X sI y-y81 24hi 'CGX X h.b3b.h3 /h /i y-y.r-.x 48363 i t V64l.hy b= 0,236.h ii y-y 12x-.tb 6\ hum = merior entre i e ix-.x y-y %Prof. Dr. Norman Barros Logsdon 162 % 402 0459 5- Estruturas de Madeira e) Seção semicírculo TT.d ~ A = 8.y dli Sx_x = 0,0085adl sI >’->• 24CGX X 4.rIi 3.71 = *./*48 /ni — r41 y-y 8x-xy 8 9.7T d=2.r = 0,2643./*ft-.t )->• 4 tProf. Dr. Norman Barros Logsdon 1402 0459 5- Estruturas de Madeira f) Seção setor circular y K) tr 29 Sé?// A = —.ri c =— ./*. 23'CG 9X X XwX a I« 4a -—.[w+ Sé?//(iv)j2 3= — ./* .Sé?//(/<) /s Cl—ClI 8Cl — Cl 3y OBS.: w em radianos 48 r4 —.— .Sé?// 9 w -— \w — senMl2 /W,Ix-x =I y-y9o—o 8 tProf. Dr. Norman Barros Logsdon 163 I402 0459 5- Estruturas de MadeiraSeção composta Identificar os elementos, que compõem a seção composta, e obter, para cada elemento, A;, 1;ÿ e I* 2 Adotar um sistema de eixos auxiliar OXY,identificar, neste sistema de eixos, a posição do centro de gravidade de cada elemento (x, e y) e obter o centro de gravidade da seção composta por: Z**A* SA. i=i IA< i=l Q Em relação aos eixos x-x e y-y, que passam pelo centro de gravidade da seção composta, calcular suas características geométricas por: A=SAi Sx-x = y*. -A; (meia seção) Sy_y = Ax;A; (meia seção) i=l i=l i=i Ix-x =Z +ZAy'Ai Vy =ZVv +Z*** Ai=l i=l i=l i=l ix-x = 1 =menor entre ix_x e i Sempre que existir ao menos um eixo de simetriamin y-y 164 402 0459 5- Estruturas de Madeira ANEXO 2 - Diagramas e fórmulas para o cálculo de vigas a) Viga simplesmente apoiada - Carga uniformemente distribuída. I—-—*ÿ yp = cte.imuuufumuuui _ piR = V 2 A v-=p{rx)fa1R Normal = £áí*a Mmàx(no centro) 8 Cortante v4Tm$rrrÿ 5.piAvmáx(no centro) = Momento 384.£.7 — if3 -2.Í.X2 +x3) 24.£.7 V ’vx = i\parábola Prof. Dr. Norman Barros LogsdonMmáx 402 0459 5- Estruturas de Madeira b) Viga simplesmente apoiada - Carga concentrada no centro. P PR = V = — 2X PiMmáx(no centro)=- w , ( v P.xMx(para x<—)= — Mx(para x'Zÿ)= £12£12 R R1 Normal *a 3Cortante VH 1 1 1 leiTTTT Pivmwc(no centro) = 48.£.7 I I I 101 I I I 1 t P.x 4<2-4.X2)vx(para x<-)= vx(para x >-)= P ~* hi2 -4.(l-x)2 ]* 2 48.£.7 1 J Momento 48.£.7 Mmáx Prof. Dr. Norman Barros Logsdon 165 1402 0459 5- Estruturas de Madeira c) Viga simplesmente apoiada - Carga concentrada em qualquer ponto. P.b Rx-Vx(máximo se a <b) = —P X P.a R2 = V2(máximo se a>b)-—j- .... . P.a.bMmáx(sob a carga)- —— A ba C+Ri R21 P.b.x Mx(para x < a) = —- Normal _ Ja.(a+ 2.b) se a>b)~vmáx(ern xCortante 0 _ P.a.b.(a+2.b}-)]3.a.(a+ 2.b) 21.E.I.L1 1 1 1 1 1 1 lei 1 1 m-v2Momento P.a2.b2va(sob a carga)= 3.E.I.Í .(e2-b2-x2)P.b.xvx(para x<a)= 6.E.I.Í \,x.(para x>aj= .(2.í_x-x2 -a2 )1 6.E.I1 * ’ Mmáx 1402 0459 5- Estruturas de Madeira d) Viga simplesmente apoiada - Carga uniforme parcialmente distribuída. Rx = Vxímáximo se a <c)= .(2.c +b)Zíx p = cte.I R2 =V2(máximo se a>c)= ri-MR2 ZCR't= b1 Vx(para a < x <(a +b)j = Rx- p.(x -a) Normal *iMmáx(ern x = a+—)=R\. o+-2.pCortante P i ; .V Mx(para x < a)= Rvx Momento Ri Mx(para a <x< (a+b)j = Mx(para x > (a+b)j= R2.(í -x) a+—P AI 'reta parábola 'Mmáx 166 5 402 0459 5- Estruturas de Madeirae) Viga simplesmente apoiada - Carga unilòrme parcialmente distribuída em um extremo. Rl = Fj(máximo)-1—.(2i-a )21 p = cte. R.-V 21J.V RIH- JR2 Vx(para x<a)= Rx -p.x \r / iMrnm(em -V =—;=T!- P 2-P x2Mx(para x < a)= Rx.x-p.— Mx(para x > a)= R2 -x) L Normal Cortante Xl I I I I I !<=>! I I I I I I kVo Momento Rj/P vx(para x < a) = t .[a*.(21-a f -2.a.x\(K -a)+ (.a' ] PÿU-x) [) 24E.I1 “ P-x 24.E.I1 reta lx2-a2}parábola Mmáx vx(para x>a)= xl- % 402 0459 5- Estruturas de Madeiraf) Viga simplesmente apoiada - Carga uniforme parcialmente distribuída nos dois extremos. P\.a.(2.í-a)+ p2.c~R,=VX = P2= cte. 21X->P1= cte.h xra _ pva~muni R2=V2 V*=Vx(para a< x<(a+b)j= J?, - p1.a Vz(para x<a)=R1- p1.x Vx (para x > (a+b)) = -R2 +p2-(í -x) 2CA jR2b , cRi ' 9 1 Normal R{*1Mmáx(em x = — se R-L<pi.a) = ——Cortante ~P\P\ RxR2M„m(em x-í--- se R-< < p->.c)= ——2 P2PiMomento Ri'p. Mx(para x<a) = Rx.x- * \lx(para a<x<(a+b)) =R\.x- .(2x-a) Pi-U-xf parábola Mx(para x >[a+b))= R2{í -x)- 2 167 5 402 0459 5- Estruturas de Madeira g) Viga simplesmente apoiada - Duas cargas concentradas iguais e simetricamente localizadas. R = V =PP P x Mmáx(entre as c argas) = P.a Mx(para x< a) =P.xb 4- a - ‘R a R l Mx(para x>í-a)=P.(í- x) Normal Mx(entre as c argas)= constante = P.a Cortante P.a .(3.ÿ2 -4x2: ) .(3.Í.0 -3.a~ — x~ ) vmàx(no centro)= 24.E.7VI P.xMomento vx(para x < a) = 6.E.I vxfpara a<x<(í-a))= .(3i.x- 3.x2 -cr I6P.IMmáx íProf. Dr. Norman Barros Logsdon % 402 0459 5- Estruturas de Madeira h) Viga simplesmente apoiada - Duas cargas concentradas iguais em qualquer posição. PRi = Vx(máximo se a<b)= —.((—a+b)P P í I-*- PR2 =Vj(máximo se a >b)= — .((.-b+a \ V1=Rl-P = A A b——1Rt R:l Normal *0 A/j(máximo se a<b) = Rx.a Cortante MS /V2 M2(máximo se a> b) = R2.b[ffiTn Momento Mx(para x < a) = i?,.x Mx(para a<x<(f. -b))= Rx.x -P.(x -a)M1 M2 íProf. Dr. Norman Barros Logsdon 168 % 402 0459 5- Estruturas de Madeira i) Viga engastada - Carga uniformemente distribuída. R = V= p.C h-*, — ,p = cte. iinninmiinnuiii H= 0 (zero) t) Vx--p.x ÍR' M1 _ p.f.2M=Mmca (no extremo fixo) 2Normal -*2. p.x~Cortante 2 parábola p.(f vmàx(no extremo livre)=Momento 8.EJ xWlmáx — .(x4 -4ÿ3jc+3í4) 24.E.I v 'v, = tProf. Dr. Norman Barros Logsdon 402 0459 5- Estruturas de Madeira j) Viga engastada - Carga concentrada no extremo livre. R = V =P x H — 0 (zero)P H Vx = cons tan te = -P 1h M =Mmáx (no extiemo fixo) = p.£ Normal Mx =-p.xCortante V P.f.3 vmáx(no extremo livre)=- 3.E.IMomento / Mmáx —.Í2.í3-3.f2.x+x3) 6.E.I ’Vx = Prof. Dr. Norman Barros Logsdon 169 1402 0459 5- Estruturas de Madeirak) Viga engastada - Carga concentradaem qualquer ponto. R = V =P H= 0 (zero) Vx(para x < at = 0 (zero) Vx(para x>a)=-P M M= Mmco,{no extremo fixo) =Pb Mx(para x <a) =0 (zero) Mx(para x> a) = -P.(x - a ) P X H }Rbay t 1y Normal Cortante Pb2 .(3.f.-b)vmáx(no extremo livre)-I i.E.IV py Momento vjsob a carga)= 3E.I x Mmáx P.b2 .(3.Í-3..X -b)vx(para x<a)= 6.E.I _P.((-x)2 ,(3.b - (. + x)vx(para x>a) 6E.I % 402 0459 5- Estruturas de Madeira1) Viga simplesmente apoiada com una balanço - Carga concentrada no extremo do balanço. í R2 =Vl+V2 = —.{£+a)P2<1 'I—— y v2 =p Mmáxiem x= xl = 0) =Pa . . . P.a.xMx(entre os apoios)=---— Mxfno balanço )=-P.[a -Xj) VmiJentre os apoios em x=—r Rtf ÍRÿL a Normal P.at? Cortante s' 9-43.EJV2. 0 P.al2Vvi 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 g 1 1 1 1 M 1 1 r = 0,06415 Momento E.IMmáx PJCT vmàíno balanço em xi =a) = ——{i+a\3.Elk P.a.xv/entre os apoios) = 6.EI.Í vXi fno balanço) =~~{zai+3.axi-.xf )