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Resumo 4 Legislação Tributária 2014-2 Guilhon

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FAP – Faculdade do Pará
Prof. Mauro Marques Guilhon 
Disciplina: Legislação Trabalhista e Previdenciária
RESUMO DE AULA 4
UNIDADE 3 – TEORIA GERAL DO DIREITO TRIBUTÁRIO (1ª PARTE)
3.1. OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA: CONCEITO E ELEMENTOS DA OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA; 3.2. RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA: CONCEITO, ESPÉCIES E EFEITOS; 3.3. CRÉDITO TRIBUTÁRIO: CONCEITO E LANÇAMENTO.
OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA: CONCEITO E ELEMENTOS DA OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA.
Conceito de Obrigação: “A obrigação é a relação jurídica, de caráter transitório, estabelecida entre devedor e credor, e cujo objeto consiste na prestação pessoal econômica, positiva ou negativa, devida pelo primeiro ao segundo, garantindo-lhe o adimplemento através de seu patrimônio” (Washington de Barros Monteiro, Curso de Direito Civil – Direito das Obrigações, 30ª Ed., São Paulo: Saraiva, 1999, v.4, p.8).
{Obrigações positivas: dar / fazer}
{Obrigações negativas: não fazer}
Conceito de Obrigação Tributária: Vínculo jurídico através do qual o Estado, com base exclusivamente na lei, pode exigir do sujeito passivo (contribuinte ou responsável) um tributo. A obrigação tributária (art. 113 CTN) é a relação jurídica abstrata, de caráter temporário, que vincula o sujeito ativo (Estado) ao sujeito passivo (contribuinte).
Principal: que surge com a ocorrência do fato gerador, tem por objeto o pagamento do tributo ou penalidade pecuniária e extingue-se juntamente com o crédito dela decorrente. Ex. pagamento do imposto.
Acessória: a que decorre da legislação tributária tem por objeto as prestações positivas nela previstas no interesse da arrecadação, e converte-se em principal pelo simples fato da sua inobservância, relativamente à penalidade pecuniária. Ex. escrituração de livros, entrega de declaração, etc. 
Vide art. 113 do CTN:
“Art. 113. A obrigação tributária é principal ou acessória.
§ 1º A obrigação principal surge com a ocorrência do fato gerador, tem por objeto o pagamento de tributo ou penalidade pecuniária e extingue-se juntamente com o crédito dela decorrente.
§ 2º A obrigação acessória decorre da legislação tributária e tem por objeto as prestações, positivas ou negativas, nela previstas no interesse da arrecadação ou da fiscalização dos tributos.
§ 3º A obrigação acessória, pelo simples fato da sua inobservância, converte-se em obrigação principal relativamente à penalidade pecuniária.”.
OBS: Conforme vimos no conceito de Tributo (art. 3º do CTN), a multa não é tributo, por expressa definição do art. 3º do CTN. Ocorre que, também por expressa definição legal (art. 113, § 1º do CTN), a obrigação de pagá-la tem natureza tributária.
OBS2: Ao afirmar que a obrigação tributária principal tem por objeto o pagamento de tributo ou penalidade pecuniária (art. 113, § 1º) o CTN acabou por definir que tal obrigação é sempre de dar (dinheiro), jamais de fazer ou deixar de fazer algo.
OBS3: A obrigação acessória independe da principal para existir = em direito tributário, o acessório não segue o principal.
Ex: uma empresa que, ao fim do ano, teve prejuízo, não precisará pagar o imposto de renda pessoa jurídica, mas deve apresentar a declaração de IR de qualquer forma.
- Exemplo de prestação positiva: emitir nota fiscal.
- Exemplo de prestação negativa: não criar dificuldades à fiscalização.
Os elementos da obrigação tributária são os seguintes:
a) sujeito ativo é a pessoa jurídica de direito público ou privado competente para exigir tributos, como será melhor explicado mais adiante;
b) sujeito passivo é a pessoa física ou jurídica obrigada por lei ao cumprimento da prestação tributária, denominada contribuinte ou responsável (CTN, art. 121);
c) objeto é o cumprimento de uma prestação positiva ou negativa determinada por lei;
d) causa é a lei, em razão do princípio da legalidade tributária, pelo que a vontade jurídica dos indivíduos é inapta para criá-la;
e) fato gerador é a causa das obrigações tributárias.
Elementos Subjetivos da Obrigação Tributária:
 	1.3.1 Sujeito Ativo: 
Com competência tributária: podem criar, fiscalizar e arrecadar tributos. União, Estados, D.F. e Municípios.
Sem competência tributária, mas com capacidade tributária: não podem criar tributos, apenas fiscalizar e arrecadar.
 
OBS: Conforme já exposto, não podemos confundir a atribuição constitucional de competência para instituir o tributo (competência tributária) com a possibilidade de figurar no polo ativo da relação jurídico-tributária (capacidade ativa). A primeira é indelegável, a segunda é passível de delegação de uma pessoa jurídica de direito público a outra.
Vide arts. 119 e 120 do CTN:
“Art. 119. Sujeito ativo da obrigação é a pessoa jurídica de direito público, titular da competência para exigir o seu cumprimento.”
 “Art. 120. Salvo disposição de lei em contrário, a pessoa jurídica de direito público, que se constituir pelo desmembramento territorial de outra, sub-roga-se nos direitos desta, cuja legislação tributária aplicará até que entre em vigor a sua própria.”
1.3.2 Sujeito Passivo: Aquele que deve pagar o tributo. É aquele que tem relação direta com o fato gerador: contribuinte ou responsável.
Na obrigação tributária principal, o sujeito passivo será a pessoa obrigada a pagar o tributo ou a penalidade tributária (art. 121 do CTN).
Na obrigação tributária acessória, o sujeito passivo é a pessoa obrigada às prestações que constituem seu objeto (art. 122 do CTN); ou seja: as obrigações de fazer ou deixar de fazer. 
1.3.2.1 Diferenças entre contribuinte e responsável:
Contribuinte: devedor direto, artigo 121, I CTN. Ex: o empregado.
Responsável: sem ser contribuinte, sua obrigação vem expressa em lei; artigo 121, II CTN. Ex: o empregador. IR retido na fonte.
 
1.3.2.2 Diferenças entre contribuinte de fato e de direito
Contribuinte de fato: aquele que sofre a incidência econômica do tributo, mesmo que formalmente não integre a relação jurídico-tributária (Como exemplo, o consumidor, no caso do ICMS).
Contribuinte de direito: aquele que ocupa o polo passivo da relação jurídico-tributária (Como exemplo, o comerciante, no caso do ICMS).
1.3.3 A questão da validade dos contratos entre particulares (art. 123 do CTN): 
 “Art. 123. Salvo disposições de lei em contrário, as convenções particulares, relativas à responsabilidade pelo pagamento de tributos, não podem ser opostas à Fazenda Pública, para modificar a definição legal do sujeito passivo das obrigações tributárias correspondentes.”
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA: CONCEITO, ESPÉCIES E EFEITOS.
A responsabilidade tributária é a obrigação legal assumida pelo sujeito passivo da relação jurídico-tributária, não diretamente beneficiada pelo ato praticado perante o fisco de pagar o tributo ou a penalidade pecuniária.
Com efeito, denomina-se responsável o sujeito passivo da obrigação tributária que, sem revestir a condição de contribuinte, vale dizer, sem ter relação pessoal e direta com o fato gerador respectivo, tem seu vínculo com a obrigação decorrente de dispositivo expresso em lei.
A lei pode, ao atribuir a alguém a responsabilidade tributária, liberar o contribuinte; mas pode também atribuir apenas supletiva, isto é, sem liberar o contribuinte; e tanto pode ser total, como poder ser apenas parcial (CTN, art. 128).
Frise-se que o objetivo do legislador ao instituir a responsabilidade tributária, foi assegurar à Fazenda Pública o efetivo recebimento dos créditos devidos, em situações que o contribuinte se tornar pouco acessível à cobrança, ou o tributo não puder ser normalmente pago.
Segundo lição de Eduardo Sabagg: “em princípio, o tributo deve ser cobrado da pessoa que pratica o fato gerador. Nessas condições, surge o sujeito passivo direto (contribuinte). Em certos casos, no entanto, o Estado pode ter necessidade de cobrar o tributo de uma terceira pessoa, que não o contribuinte, que será o sujeito passivo indireto (responsável tributário)”. (SABBAG, Eduardo. Manual de Direito Tributário. 1ª ed. São Paulo: Saraiva, 2009)
Oresponsável pode assumir essa condição perante o fisco por substituição ou por transferência. Conceitua-se responsabilidade por substituição aquela em que lei tributária atribui o dever jurídico de pagar o tributo a pessoa diversa daquela que dá origem ao fato gerador, mas que com ela possui relação jurídica, assumindo o lugar do contribuinte. Exemplo era o que sucedia com a CPMF em que o contribuinte era o correntista, malgrado o dever de recolher o tributo junto ao Fisco Federal é da instituição bancária, a responsável tributária.
Por sua vez, a responsabilidade por transferência ocorre quando a lei estipula que a obrigação constitui-se inicialmente em relação ao contribuinte, comunicando-se depois, porém, para o responsável. Exemplo ocorre na cobrança do IPTU, quando o contribuinte transfere o bem de que é proprietário com dívidas do referido tributo em relação a anos anteriores. Nesta hipótese, o adquirente tornar-se-á responsável tributário por tais débitos. 
No que concerne à responsabilidade por substituição, esta pode ocorrer de duas formas: "pra frente" ou "pra trás".
Responsabilidade por antecipação ou “para frente” é a hipótese na qual a lei impõe a responsabilidade de pagar antes mesmo do fato gerador ocorrer, daí ser denominada para frente. A lei, portanto, determina a sujeição passiva (dever de pagar) com relação a um fato gerador ainda não ocorrido, mas que, ao que tudo indica, ocorrerá em momento breve (fato gerador presumido). Ex.: utilizada nas cadeias de produção-circulação em que há grande capilaridade na ponta final. Torna eficiente o controle da produção e distribuição de bebida feito nos fabricantes e engarrafadores do que nos bares onde a bebida é vendida no varejo. 
Por sua vez, na substituição tributária antecedente ou “para trás” ocorre, nas palavras, de Eduardo Sabbag, “a postergação ou o adiamento do recolhimento do tributo com relação ao momento pretérito em que ocorre o fato gerador”. Ex.: obrigação instituída pela lei 9.826/99 que instituiu como substitutivos tributários do IPI as montadoras de automóveis, relativamente aos alienantes (substituídos) de partes, peças e componentes de veículos. Há um adiamento do pagamento do imposto, uma vez que na saída dos produtos dos estabelecimentos fabricantes de autopeças não ocorrerá recolhimento do IPI, o qual só será recolhido na saída futura, das montadoras. Estas recolherão o valor relativo a sua operação e à operação anterior (pois não há crédito relativo à operação anterior).
Outra classificação no tocante ao tema de responsabilidade tributária é quanto à intensidade da vinculação do responsável à respectiva dívida. Destarte, temos a responsabilidade solidária “versus” responsabilidade subsidiária (ou supletiva).
A solidariedade tributária ocorre quando duas ou mais pessoas físicas ou jurídicas estiverem no mesmo polo da obrigação perante o fisco. A solidariedade tributária abrange, além do débito referente à obrigação principal, também os deveres relativos às obrigações acessórias. 
Assim, diferentemente do que ocorre no Direito Civil, no qual há dois tipos de solidariedade, somente existe solidariedade passiva, em matéria tributária. Neste diapasão, a solidariedade tributária passiva se consubstancia na situação em que duas ou mais pessoas se encontram, simultaneamente, obrigadas perante o fisco. Nesse caso, o fisco poderá eleger qualquer dos sujeitos passivos para proceder à arrecadação do tributo, sem beneficio de ordem. Pode ser natural ou legal (art. 124, I e II do CTN). Natural é aquela em que os sujeitos passivos assumem simultaneamente, interesse comum na situação que dá origem ao fato gerador da obrigação principal, respondendo, cada um deles, pela totalidade da dívida. Ex.: vários irmãos, proprietários de um imóvel, são devedores solidários do IPTU. Legal é aquela em que os sujeitos passivos assumem simultaneamente, por imposição de lei, determinada obrigação tributária. Ex.: os sócios, pelo pagamento de tributos de uma sociedade de pessoas, no caso de encerramento de atividades.
Por sua vez, a responsabilidade é subsidiária ou supletiva quando a exigência deve ser feita prioritariamente sobre o contribuinte, sendo possível exigir-se do responsável apenas na hipótese de a execução sobre o primeiro restar frustrada pela insuficiência de patrimônio. Estabelece-se, pois, uma ordem de exigência: primeiro, cobra-se do contribuinte, somente depois cobra-se do responsável. É o caso do CTN, art. 133, II, que estipula que na hipótese de alienação de fundo de comercio ou estabelecimento comercial ou industrial ou profissional, em que o alienante não cessa suas atividades empresariais ou, cessando, voltar a exercê-las dentro de um período de seis meses a contar da alienação. Nesse caso, responde o alienante, eis que, presumidamente, a cobrança sobre ele será factível, já que continua a operar, reservando-se à Fazenda o direito de pleitear a execução contra o adquirente (responsável) caso se torne impossível a cobrança sobre o alienante (contribuinte). 
Por fim, é preciso diferençar a responsabilidade dos sucessores (ou Por Sucessão) “versus” responsabilidade de terceiros.
A responsabilidade dos sucessores (art. 129 e 133 do CTN) se verifica quando há transferência, por ato negocial ou por força de lei, de direitos e obrigações, do campo tributário, a terceiros não originalmente sujeitos a determinada relação jurídica com o fisco, mas de alguma forma vinculados a seu antecessor. A sucessão tributária pode ser causa mortis, comercial, falimentar ou imobiliária. Assim, se alguém vende um terreno e estava a dever o IPTU referente ao imóvel, o adquirente fica obrigado ao respectivo pagamento, salvo se da escritura de compra e venda constar a certidão, do sujeito ativo do tributo, de que o mesmo havia sido pago
A responsabilidade de terceiros, prevista nos arts. 134 e 135 do CTN. O primeiro cuida de responsabilidade por transferência que ocorre nos casos de impossibilidade do cumprimento da obrigação principal pelo contribuinte, pelo que passam a responder, de forma subsidiária, os responsáveis. Exemplo: os pais, tutores e curadores respondem de forma subsidiária, respectivamente, com seus filhos, tutelados ou curatelados, nos atos em que intervierem, ou pelas omissões pelas quais forem responsáveis. Já no segundo dispositivo, há responsabilidade por substituição em que são pessoalmente responsáveis os terceiros que atuam com excesso de poder ou infração de lei, contrato ou estatuto como quando diretor de empresa adquire bem imóvel em nome da empresa sem ter poderes para tanto, sendo, portanto, pessoalmente responsável pelo pagamento do ITBI.
FATO GERADOR DA OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA
Conceito: Fato que cria uma obrigação tributária
Concepção Abstrata (hipótese de incidência): Descrição, em lei, de fato ou situação que vai gerar uma obrigação tributária. Ex: na ocorrência de um fato X, ocorrerá a obrigação Y.
Concepção Concreta (fato imponível): Existente no mundo real. Ex: o fato X ocorreu. Por estar previsto na Lei Tributária, gerou a obrigação Y.
 
Hipótese de Incidência + Fato Gerador = Obrigação Tributária
Obrigação principal: situação definida em lei como necessária e suficiente à sua ocorrência (art. 114 CTN). Fonte da obrigação principal: lei
Obrigação acessória: qualquer situação que, na forma da legislação aplicável impõe à prática ou abstenção de ato que não configura obrigação principal (art. 115 CTN). Fonte da obrigação acessória: Legislação Tributária (que engloba, além da lei em sentido estrito, decretos, portarias, etc.)
Fato Gerador e Princípio da Legalidade: A definição legal que constitui o fato gerador da obrigação principal deveser feita necessariamente por lei ou ato de igual hierarquia (MP). Já a definição legal que constitui o fato gerador da obrigação acessória pode ser feita pela legislação tributária (regulamentos, decretos, etc.)
3.3 O momento da ocorrência do fato gerador: O CTN divide os fatos geradores, sob o aspecto temporal da obrigação tributária, em dois grupos:
FG’s definidos com base em situações de fato (art. 116, I, do CTN).
FG’s definidos com base em situações de direito.(art. 116, II, do CTN)
Vide art. 116 do CTN:
“Art. 116. Salvo disposição de lei em contrário, considera-se ocorrido o fato gerador e existentes os seus efeitos:
I - tratando-se de situação de fato, desde o momento em que o se verifiquem as circunstâncias materiais necessárias a que produza os efeitos que normalmente lhe são próprios;
II - tratando-se de situação jurídica, desde o momento em que esteja definitivamente constituída, nos termos de direito aplicável.
Parágrafo único. A autoridade administrativa poderá desconsiderar atos ou negócios jurídicos praticados com a finalidade de dissimular a ocorrência do fato gerador do tributo ou a natureza dos elementos constitutivos da obrigação tributária, observados os procedimentos a serem estabelecidos em lei ordinária.”
FG’s definidos com base em situações de direito condicionadas (art. 117, do CTN).
“Art. 117. Para os efeitos do inciso II do artigo anterior e salvo disposição de lei em contrário, os atos ou negócios jurídicos condicionais reputam-se perfeitos e acabados:
 I - sendo suspensiva a condição, desde o momento de seu implemento;
II - sendo resolutória a condição, desde o momento da prática do ato ou da celebração do negócio.”
Condição, segundo o art. 121 do CC é a cláusula que, derivando exclusivamente da vontade das partes, subordina o efeito do negócio jurídico a evento futuro e incerto. Dividem-se em suspensivas e resolutivas.
# As condições suspensivas são aquelas que suspendem a eficácia do negócio jurídico a que foram opostas, de forma que a eficácia somente surgirá com o implemento da condição.
Ex: Doação condicional ao casal, feita pelo pai de um dos noivos, que se implementará quando e se os noivos casarem.
# As condições resolutivas ou resolutórias são aquelas cujo implemento da condição resolve (desmancha, desfaz, dissolve) o negócio jurídico realizado.
Ex: Doação condicional ao casal, feita pelo pai de um dos noivos, cuja cláusula condicional determina que, quando e se houver a separação dos cônjuges, o imóvel doado ao casal retorne ao patrimônio do doador.
SOLIDARIEDADE: Segundo o art. 264 do Código Civil, há solidariedade quando na mesma obrigação concorre mais de um credor, ou mais de um devedor, cada um com direito, ou obrigado, à dívida toda.
Em direito tributário, somente a lei é fonte de solidariedade (diferente do direito privado, onde ela pode derivar da vontade das partes, segundo o art. 264 do CC).
Solidariedade tributária não se presume (igualmente no direito privado). Deve obrigatoriamente estar prevista na Lei tributária.
Não solidariedade não há benefício de ordem, ou seja: a obrigação pode ser exigida de qualquer dos coobrigados a um só tempo.
Na solidariedade tributária inexiste a figura da solidariedade ativa (somente passiva), ante a rígida repartição da competência tributária.
São solidárias, segundo o art. 124 do CTN: 
As pessoas que tenham interesse comum na situação que constitua o fato gerador da obrigação principal. (solidariedade de fato).
Ex: imóvel comprado em condomínio em relação ao IPTU;
As pessoas expressamente designadas por lei (solidariedade de direito).
Efeitos da Solidariedade Tributária (art. 125 do CTN):
“Art. 125. Salvo disposição de lei em contrário, são os seguintes os efeitos da solidariedade:
I – o pagamento efetuado por um dos obrigados aproveita aos demais;
II – a isenção ou remissão de crédito exonera todos os obrigados, salvo se outorgada pessoalmente a um deles, subsistindo, nesse caso, a solidariedade quanto aos demais pelo saldo;
III – a interrupção da prescrição, em favor ou contra um dos obrigados, favorece ou prejudica aos demais.”
Isenção é a dispensa legal ao pagamento do tributo. Ex: consórcio de empresas, em que somente uma localiza-se em zona de incentivo fiscal, somente ela terá isenção.
Remissão é o perdão concedido de maneira objetiva (real) ou subjetiva (pessoal), conforme será estudado nas próximas aulas. 
CAPACIDADE TRIBUTÁRIA PASSIVA (ART. 126 DO CTN): É a aptidão para ser sujeito passivo da relação jurídico-tributária.
    		“Art. 126. A capacidade tributária passiva independe:
        		I - da capacidade civil das pessoas naturais;
II - de achar-se a pessoa natural sujeita a medidas que importem privação ou limitação do exercício de atividades civis, comerciais ou profissionais, ou da administração direta de seus bens ou negócios;
III - de estar a pessoa jurídica regularmente constituída, bastando que configure uma unidade econômica ou profissional.”
Assim, a capacidade tributária passiva NÃO depende:
Da capacidade civil das pessoas naturais. Incapacidade absoluta (menores de 16 anos, os que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o necessário discernimento para a prática de atos civis, e os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua vontade.). Incapacidade relativa (menores entre 16 e 21 anos, os excepcionais sem desenvolvimento mental completo, os pródigos, os ébrios habituais, os viciados em tóxicos, e os que, por deficiência mental, tenham o discernimento reduzido);
Do fato da pessoa natural ter sofrido privação ou limitação do exercício de atividades civis, comerciais ou profissionais ou da administração direta dos seus negócios. Ex. falido, interditado, etc.;
Da pessoa jurídica não estar regularmente registrada, bastando que configure uma imunidade econômica ou profissional.
 
DOMICÍLIO TRIBUTÁRIO (ART. 127 DO CTN)
“Art. 127. Na falta de eleição, pelo contribuinte ou responsável, de domicílio tributário, na forma da legislação aplicável, considera-se como tal:
I - quanto às pessoas naturais, a sua residência habitual, ou, sendo esta incerta ou desconhecida, o centro habitual de sua atividade;
II - quanto às pessoas jurídicas de direito privado ou às firmas individuais, o lugar da sua sede, ou, em relação aos atos ou fatos que derem origem à obrigação, o de cada estabelecimento;
III - quanto às pessoas jurídicas de direito público, qualquer de suas repartições no território da entidade tributante.
§ 1º Quando não couber a aplicação das regras fixadas em qualquer dos incisos deste artigo, considerar-se-á como domicílio tributário do contribuinte ou responsável o lugar da situação dos bens ou da ocorrência dos atos ou fatos que deram origem à obrigação.
§ 2º A autoridade administrativa pode recusar o domicílio eleito, quando impossibilite ou dificulte a arrecadação ou a fiscalização do tributo, aplicando-se então a regra do parágrafo anterior.”
A territorialidade é a regra quanto à vigência espacial da legislação tributária e a eleição do domicílio tributário pelo sujeito passivo é a regra básica aplicável para determinação deste.
Não sendo feita a eleição do domicílio pelo sujeito passivo, aplicam-se as disposições contidas nos incisos do artigo em comento.
CRÉDITO TRIBUTÁRIO: CONCEITO E LANÇAMENTO.
Conceito: 
Segundo a lógica adotada pelo CTN, a obrigação tributária surge sempre, automaticamente, no exato momento em que ocorre, no mundo fenomênico, o fato gerador.
O mesmo CTN estabeleceu, como regra geral, a necessidade de ocorrer ainda um segundo momento em que se faz imprescindível a atuação da Administração tributária com o fim de tornar exigível aquela obrigação surgida com a ocorrência do fato gerador: o Lançamento desta obrigação tributária.
Antes do lançamento, a obrigação tributária ainda não se revestiu de certeza e liquidez, para poder ser exigida pelo Fisco.
A obrigação tributária tornada líquida e certa pelo ato administrativo do lançamento passaa ser chamada crédito tributário.
Crédito tributário, portanto, é a própria obrigação tributária em um segundo momento. É a obrigação tributária tornada líquida e certa, portanto exigível, como decorrência do lançamento.
Lançamento do Crédito Tributário:
Conceito (art. 142 do CTN):
“Art. 142. Compete privativamente à autoridade administrativa constituir o crédito tributário pelo lançamento, assim entendido o procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente, determinar a matéria tributável, calcular o montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo caso, propor a aplicação da penalidade cabível.
Parágrafo único. A atividade administrativa de lançamento é vinculada e obrigatória, sob pena de responsabilidade funcional.”
O lançamento tem natureza constitutiva do crédito e declaratória da obrigação (porque a obrigação existe antes do lançamento e independe dele). É o lançamento o ato que dá certeza e liquidez à obrigação tributária, tornando-a exigível, momento a partir do qual passa a existir o crédito tributário.
O Código enumera como funções do lançamento:
Identificar o sujeito passivo;
Verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação (ou seja, declarar a existência da obrigação, tornando-a certa);
Determinar a matéria tributável (a base de cálculo);
Calcular o montante do tributo devido (ou seja, tornar líquida a obrigação preexistente);
Aplicar a penalidade (multa), se for o caso.
Além disso, o CTN afirma – o que não poderia ser diferente, em razão do princípio da indisponibilidade do interesse público – que o lançamento é ato vinculado, ou seja, não admite considerações de oportunidade e conveniência acerca de sua efetivação.
O Código não explicitou, mas deverá constar também do lançamento o prazo para pagamento ou impugnação, esta no caso de o sujeito passivo não concordar com o crédito exigido e pretender discuti-lo na esfera administrativa.
O art. 143 do CTN é autoexplicativo. Quando o valor tributário estiver expresso em moeda estrangeira far-se-á a conversão pelo câmbio do dia da ocorrência do fato gerador. Deve-se atentar que o preceito não é imperativo, pois dele consta a fórmula “salvo disposição de lei em contrário”.
A lei aplicável ao lançamento é a lei que estava vigente na data da ocorrência do fato gerador (CTN, art. 144). Portanto, se eu realizei um serviço em janeiro, quando a alíquota de ISS era de 5%, em fevereiro foi publicada lei municipal reduzindo a alíquota para 3%, e em março é efetuado um lançamento relativo àquele serviço, a alíquota de ISS utilizada no lançamento para cálculo do tributo será de 5%.
O fato de ser a lei aplicável ao lançamento aquela em vigor na data do fato gerador, mesmo que já revogada na data do lançamento, é denominado princípio da ultratividade da lei tributária. Dizer que uma lei é ultrativa significa exatamente isso: ela é a lei que rege os fatos geradores ocorridos durante sua vigência e será ela a lei aplicada, mesmo que, no momento de sua aplicação, não mais esteja mais vigendo.
 “Art. 144. O lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador da obrigação e rege-se pela lei então vigente, ainda que posteriormente modificada ou revogada.
§ 1º Aplica-se ao lançamento a legislação que, posteriormente à ocorrência do fato gerador da obrigação, tenha instituído novos critérios de apuração ou processos de fiscalização, ampliado os poderes de investigação das autoridades administrativas, ou outorgado ao crédito maiores garantias ou privilégios, exceto, neste último caso, para o efeito de atribuir responsabilidade tributária a terceiros.
§ 2º O disposto neste artigo não se aplica aos impostos lançados por períodos certos de tempo, desde que a respectiva lei fixe expressamente a data em que o fato gerador se considera ocorrido.”
O § 1º do art. 144 do CTN estabelece uma exceção à regra de ultratividade da lei tributária. Trata este de hipóteses em que será aplicada ao lançamento uma lei que não estava ainda vigente na data da ocorrência do fato gerador. Nesses casos, a lei retroagirá para alcançar fatos geradores ocorridos antes do início de sua vigência. 
Esse dispositivo traz para o âmbito do Direito Tributário a regra geral segundo a qual as leis processuais (nesse ramo do Direito, o mais correto é falar em leis procedimentais) têm aplicação imediata.
Logo, o montante de tributo a ser pago será calculado com base na lei vigente na época de ocorrência do fato gerador. Entretanto, eventuais inovações procedimentais relativas aos critérios (fáticos) de apuração, processos de fiscalização, poderes de investigação do fisco, introduzidas após a ocorrência do fato gerador, mas antes da conclusão do lançamento, aplicam-se a esse mesmo lançamento (tenha ou não ele já sido iniciado). O mesmo vale para a legislação que tenha concedido maiores garantias ou privilégios ao crédito, exceto, nesse caso, para o efeito de atribuir responsabilidade tributária a terceiros (uma vez que a lei que atribua responsabilidade é lei tributária material, e não procedimental).
O CTN autoriza a utilização, no lançamento, de lei posterior à ocorrência do fato gerador que tenha alterado critérios de apuração (por exemplo, um determinado parâmetro de amostragem ou um método de arbitramento, enfim, procedimentos relacionados à matéria de fato). 
Diferentemente, o Código, no seu art. 146, proíbe que uma alteração critérios jurídicos (critérios de interpretação da legislação tributária) seja aplicada a fatos geradores ocorridos anteriormente à introdução dessa alteração.
Alteração do Lançamento Regularmente Notificado (art. 145 do CTN):
O art. 145 do CTN estabelece a regra segundo a qual o lançamento regularmente notificado ao sujeito passivo é, em princípio, inalterável, exceto nas hipóteses previstas em seus incisos. São as seguintes:
“Art. 145. O lançamento regularmente notificado ao sujeito passivo só pode ser alterado em virtude de:
I - impugnação do sujeito passivo;
II - recurso de ofício;
III - iniciativa de ofício da autoridade administrativa, nos casos previstos no artigo 149.”
Modalidades de Lançamento: A doutrina, com base nas disposições do CTN, ou na terminologia por ele expressamente utilizada, denomina as modalidades de lançamento, em ordem crescente da participação do sujeito passivo:
- de ofício ou direto;
- por declaração ou misto;
- por homologação.
Lançamento de Ofício:
As hipóteses em que o lançamento deve ser efetuado ou revisto de ofício estão previstas no art. 149 do CTN. A revisão pressupõe existência de um lançamento anterior, sob qualquer modalidade, e deve ser realizada dentro do prazo de decadência do direito de constituir o crédito (art. 149, parágrafo único).
Exemplos (a Lei assim o determina): IPTU, IPVA, Taxas, Contribuição de Melhoria, Contribuições Corporativas (conselhos profissionais), COSIP.
“Art. 149. O lançamento é efetuado e revisto de ofício pela autoridade administrativa nos seguintes casos:
 I - quando a lei assim o determine;
 II - quando a declaração não seja prestada, por quem de direito, no prazo e na forma da legislação tributária;
III - quando a pessoa legalmente obrigada, embora tenha prestado declaração nos termos do inciso anterior, deixe de atender, no prazo e na forma da legislação tributária, a pedido de esclarecimento formulado pela autoridade administrativa, recuse-se a prestá-lo ou não o preste satisfatoriamente, a juízo daquela autoridade;
IV - quando se comprove falsidade, erro ou omissão quanto a qualquer elemento definido na legislação tributária como sendo de declaração obrigatória;
V - quando se comprove omissão ou inexatidão, por parte da pessoa legalmente obrigada, no exercício da atividade a que se refere o artigo seguinte;
VI - quando se comprove ação ou omissão do sujeito passivo, ou de terceiro legalmente obrigado, que dê lugar à aplicação de penalidade pecuniária;
VII - quando se comprove que o sujeito passivo, ou terceiro em benefício daquele,agiu com dolo, fraude ou simulação;
VIII - quando deva ser apreciado fato não conhecido ou não provado por ocasião do lançamento anterior;
IX - quando se comprove que, no lançamento anterior, ocorreu fraude ou falta funcional da autoridade que o efetuou, ou omissão, pela mesma autoridade, de ato ou formalidade especial.
Parágrafo único. A revisão do lançamento só pode ser iniciada enquanto não extinto o direito da Fazenda Pública.”
Da leitura do art. 149 do CTN acima transcrito, podemos afirmar que o lançamento de ofício será utilizado quando a Lei assim o determinar (inciso I) OU nas hipóteses de revisão de ofício (demais incisos do artigo). Portanto, todos os tributos podem vir a ser objeto de lançamento de ofício, quer porque a Lei assim o determina, quer porque se há de suprir alguma omissão ou incorreção.
7.1.3.2 Lançamento por Declaração (art. 147 do CTN):
“Art. 147. O lançamento é efetuado com base na declaração do sujeito passivo ou de terceiro, quando um ou outro, na forma da legislação tributária, presta à autoridade administrativa informações sobre matéria de fato, indispensáveis à sua efetivação.
§ 1º A retificação da declaração por iniciativa do próprio declarante, quando vise a reduzir ou a excluir tributo, só é admissível mediante comprovação do erro em que se funde, e antes de notificado o lançamento.
§ 2º Os erros contidos na declaração e apuráveis pelo seu exame serão retificados de ofício pela autoridade administrativa a que competir a revisão daquela.”
A principal característica do lançamento por declaração – que o distingue do lançamento por homologação – é o fato de não ser possível haver pagamento pelo sujeito passivo antes de a fazenda calcular o tributo e notificá-lo para pagar (ou impugnar).
A declaração é uma obrigação acessória em que o sujeito passivo presta informações relativas a matéria de fato (a matéria de direito deve ser conhecida pela autoridade lançadora, à qual cabe determinar o dispositivo legal aplicável ao lançamento do tributo e calcular o montante devido).
O lançamento propriamente dito é efetivado pela autoridade administrativa, que calcula o montante do crédito tributário e notifica o sujeito passivo para que ele pague o montante exigido ou impugne o lançamento.
Portanto, o lançamento não estará concluído enquanto não ocorrer a notificação ao sujeito passivo, feita pela autoridade administrativa. Por esse motivo, a retificação da declaração – que não é revisão do lançamento –, prevista no § 1º do art. 147, é possível somente antes de notificado o lançamento. Depois de notificado o lançamento, não é cabível cogitar de retificação para reduzir ou excluir tributo, porque a retificação da declaração não é hipótese de alteração do lançamento, e as únicas hipóteses admitidas de modificação do lançamento regularmente notificado ao sujeito passivo são as enumeradas no art. 145 do CTN.
Exemplos: ITBI, Imposto de Importação e Imposto de Exportação.
Lançamento por Homologação (art. 150 do CTN):
        “Art. 150. O lançamento por homologação, que ocorre quanto aos tributos cuja legislação atribua ao sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa, opera-se pelo ato em que a referida autoridade, tomando conhecimento da atividade assim exercida pelo obrigado, expressamente a homologa.”
Exemplos: IPI, ICMS, IR, ISS, PIS, COFINS, ITR, ITCMD e Empréstimos Compulsórios.
O § 4º do mesmo artigo trata da homologação tácita. Embora o CTN tenha estabelecido como regra que o lançamento por homologação ocorrerá com o ato mediante o qual a autoridade administrativa, verificando que o pagamento efetuado pelo sujeito passivo está correto, expressamente o homologa, o próprio Código previu a possibilidade, nem um pouco rara, de a fazenda não se manifestar em um prazo razoável ao pagamento efetuado antecipadamente pelo sujeito passivo. 
Como ele, evidentemente, não poderia permanecer indefinidamente à mercê da potencial manifestação fisco, o § 4º do art. 150 estabelece que, salvo prazo diverso previsto em lei, considera-se feita a homologação e definitivamente extinto o crédito em cinco anos, contados do fato gerador. Essa extinção do crédito pela inércia da fazenda é denominada homologação tácita e sua principal consequência é impossibilitar à fazenda lançar de ofício quaisquer diferenças relativas ao pagamento feito pelo sujeito passivo.
A parte final do § 4º do art. 150 excetua da regra de homologação tácita os casos de dolo, fraude ou simulação. Como o dispositivo não diz a regra aplicável a esses casos, a doutrina costuma entender que se aplicariam os prazos decadenciais previstos no art. 173 do Código.
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