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Anexo Legislação Federal EVOLUÇÃO

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GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO 
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO 
CHEFIA DE GABINETE 
GRUPO DE LEGISLAÇÃO EDUCACIONAL 
Praça da República, 53 – sala 238 - CEP 01045-903 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LEGISLAÇÃO BÁSICA PARA O CONCURSO 
DE PEB I E PEB II - 2018 
 
PROMOÇÃO POR MÉRITO 
 
 
 
 
Compilação e organização: 
Leslie M.J.S. Rama 
 
 
Revisão: 
Aparecida Manharelo Gimenez 
Maria Rita Ribeiro Erbetta 
Nereide Manginelli Lamas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
São Paulo 
2018 
 
 
 
 
 
 
 
 
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO 
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO 
CHEFIA DE GABINETE 
GRUPO DE LEGISLAÇÃO EDUCACIONAL 
Praça da República, 53 – sala 238 - CEP 01045-903 
 
 
 
APRESENTAÇÃO 
 
 
Neste fascículo reuniram-se textos legais e normativos 
indicados para o concurso de PEB I e PEB II, conforme Resolução SE nº 
49, de 3 de agosto de 2018. 
 
Procurou-se apresentá-los na sua forma atual, com as 
alterações já embutidas no seu bojo. 
 
Em que pese à pretensão de disponibilizá-los aos 
concursantes didática e sistematizadamente organizados, lembre-se 
que, de forma alguma, substituem os oficialmente publicados. 
 
Espera-se que o acervo aqui amealhado atenda ao objetivo 
que norteou sua organização, ou seja, auxiliar os educadores que dele 
se valerem a concretizarem sua pretensão. 
 
São Paulo, agosto de 2018. 
 
 
 
 
Leslie M.J.S. Rama 
Diretora do Grupo de Legislação Educacional – GLED 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 
 
CONCURSO DE PEB I E PEB II - 2018 
 
REFERENCIAIS BIBLIOGRÁFICOS E LEGISLAÇÃO, QUE FUNDAMENTAM O PROCESSO DE 
AVALIAÇÃO NO SISTEMA DE PROMOÇÃO DOS DOCENTES INTEGRANTES DO QUADRO DO 
MAGISTÉRIO 
 
 
TEXTOS LEGAIS E NORMATIVOS 
 
 
I – FEDERAL 
 
1. CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL 
 Artigos 5º, 6º, 20, 22, 49, 109, 129, 176, 205 a 214, 215 e 231............................ 
 (Com as alterações introduzidas pelas Emendas Constitucionais nºs 6/95, 
11/96, 14/96, 19/98, 45/04, 46/05, 48/05, 53/06, 59/09, 59/09, 64/10, 
69/12, 80/14 e 90/15) 
 
2. LEI Nº 8.069, DE 13 DE JULHO DE 1990 
Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências 
Artigos 15 a 18-B e 53 a 59 .................................................................................................. 
(Com as alterações introduzidas pelas Leis nºs 13.010/14 e 13.306/16) 
 
3. LEI Nº 9.394, DE 20 DE DEZEMBRO DE 1996 
Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional .............................................. 
(Com as alterações introduzidas pelas Leis nºs 9.475/97; 10.287/01; 
10.328/01; 10.639/03; 10.709/03; 10.793/03; 11.114/05; 11.183/05; 
11.274/06; 11.301/06; 11.330/06; 11.331/06; 11.525/07; 11.632/07; 
11.645/08; 11.684/08; 11.700/08; 11.741/08; 11.769/08; 11.788/08; 
12.013/09; 12.014/09; 12.020/09; 12.056/09; 12.061/09; 12.287/10; 
12.416/11 e 12.472/11; 12.603/12; 12.608/12; 12.796/13; 12.960/14; 
13.006/14; 13.010/14; 13.168/15; 13.174/15 e 13.184/15; 13.234/15; 
13.278/16; 13.415/17; 13.478/17; 13.490/17; 13.632/18; 13.663/18; 
13.666/18.) 
 
4. DECRETO Nº 5.051, DE 19 DE ABRIL DE 2004 
Promulga a Convenção no 169 da Organização Internacional do Trabalho - OIT 
sobre Povos Indígenas e Tribais .......................................................................................... 
(Artigos 26 a 31) 
 
5. DECRETO Nº 6.861, DE 27 DE MAIO DE 2009 
Dispõe sobre a Educação Escolar Indígena, define sua organização em 
territórios etnoeducacionais, e dá outras providências ............................................. 
 
6. DECRETO Nº 6.949, 25 DE AGOSTO DE 2009 
Promulga a Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com 
Deficiência e seu Protocolo Facultativo, assinados em Nova York, em 30 de 
março de 2007.................................................................................................... ......................... 
 
7. RESOLUÇÃO CNE/CEB Nº 3, DE 10 DE NOVEMBRO DE 1999 
Fixa Diretrizes Nacionais para o funcionamento das Escolas Indígenas e dá 
outras providências.............................................................................................................. 
(Anexo o Parecer CNE/CEB nº 14/99) 
 
 
003 
 
 
 
 
 
 
017 
 
 
 
020 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
049 
 
 
 
 
052 
 
 
 
 
056 
 
 
 
082 
 
 
2 
 
 
 
8. PARECER CNE/CEB Nº 14/99 – Aprovado em 14.9.99 e homologado em 
18.10.99 
Diretrizes Nacionais para o funcionamento das Escolas Indígenas ....................... 
 
9. RESOLUÇÃO CNE/CP Nº 1, DE 17 DE JUNHO DE 2004 
Institui Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações 
Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana 
(Anexo o Parecer CNE/CP nº 3/04) 
 
10. PARECER CNE/CP Nº 3/04 - Aprovado em 10.3.04 e homologado em 18.5.04 
Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica ......................... 
 
11. RESOLUÇÃO CNE/CEB Nº 4/10, DE 13 DE JULHO DE 2010 
Define Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica ............ 
(Anexo o Parecer CNE/CEB nº 7/10) 
 
12. PARECER CNE/CEB Nº 7/10 - Aprovado em 7.4.10 e homologado em 8.7.10 
Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica .......................... 
 
13. RESOLUÇÃO CNE/CP Nº 1, DE 30 DE MAIO DE 2012 
Estabelece Diretrizes Nacionais para a educação em Direitos Humanos ............. 
(Anexo o Parecer CNE/CP nº 8/12) 
 
14. PARECER CNE/CP Nº 8/12 – Aprovado em 6.3.12 e homologado em 29.5.12 
Diretrizes Nacionais para a educação em Direitos Humanos ................................... 
 
15. RESOLUÇÃO CNE/CEB Nº 5, DE 22 DE JUNHO DE 2012 
Define Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Escolar Indígena na 
Educação Básica ..................................................................................................................... 
(Anexo o Parecer CNE/CEB nº 13/12) 
 
16. PARECER CNE/CEB Nº 13/12 – Aprovado em 10.5.12 e homologado em 
14.6.12 
Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Escolar Indígena na 
Educação Básica ....................................................................................................................... 
 
 
 
 
085 
 
 
 
103 
 
 
 
105 
 
 
120 
 
 
 
137 
 
 
195 
 
 
 
197 
 
 
 
214 
 
 
 
 
 
226 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
 
 
 
 
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL 
................................................................................................................................... 
 
TÍTULO II 
DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS 
CAPÍTULO I 
DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS 
 
Artigo 5º - Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer 
natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a 
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos 
termos seguintes: 
I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta 
Constituição; 
II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em 
virtude de lei; 
III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou 
degradante; 
IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato; 
V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da 
indenização por dano material, moral ou à imagem; 
VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o 
livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de 
culto e a suas liturgias; 
VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosanas 
entidades civis e militares de internação coletiva; 
VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de 
convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos 
imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei; 
IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de 
comunicação, independentemente de censura ou licença; 
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das 
pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua 
violação; 
XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar 
sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para 
prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial; 
XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, 
de dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas 
hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução 
processual penal; 
XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas 
as qualificações profissionais que a lei estabelecer; 
XIV - é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da 
fonte, quando necessário ao exercício profissional; 
XV - é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo 
qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens; 
XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao 
público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião 
4 
 
anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à 
autoridade competente; 
XVII - é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter 
paramilitar; 
XVIII - a criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas 
independem de autorização, sendo vedada a interferência estatal em seu funcionamento; 
XIX - as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter 
suas atividades suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em 
julgado; 
XX - ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer 
associado; 
XXI - as entidades associativas, quando expressamente autorizadas, têm 
legitimidade para representar seus filiados judicial ou extrajudicialmente; 
XXII - é garantido o direito de propriedade; 
XXIII - a propriedade atenderá a sua função social; 
XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por 
necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, mediante justa e prévia 
indenização em dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta Constituição; 
XXV - no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá 
usar de propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver 
dano; 
XXVI - a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que 
trabalhada pela família, não será objeto de penhora para pagamento de débitos decorrentes 
de sua atividade produtiva, dispondo a lei sobre os meios de financiar o seu 
desenvolvimento; 
XXVII - aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, publicação ou 
reprodução de suas obras, transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar; 
XXVIII - são assegurados, nos termos da lei: 
a) a proteção às participações individuais em obras coletivas e à reprodução 
da imagem e voz humanas, inclusive nas atividades desportivas; 
b) o direito de fiscalização do aproveitamento econômico das obras que 
criarem ou de que participarem aos criadores, aos intérpretes e às respectivas 
representações sindicais e associativas; 
XXIX - a lei assegurará aos autores de inventos industriais privilégio 
temporário para sua utilização, bem como proteção às criações industriais, à propriedade 
das marcas, aos nomes de empresas e a outros signos distintivos, tendo em vista o interesse 
social e o desenvolvimento tecnológico e econômico do País; 
XXX - é garantido o direito de herança; 
XXXI - a sucessão de bens de estrangeiros situados no País será regulada pela 
lei brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, sempre que não lhes seja 
mais favorável a lei pessoal do "de cujus"; 
XXXII - o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor; 
XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu 
interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, 
sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à 
segurança da sociedade e do Estado; 
XXXIV - são a todos assegurados, independentemente do pagamento de 
taxas: 
a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra 
ilegalidade ou abuso de poder; 
b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos 
e esclarecimento de situações de interesse pessoal; 
XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça 
a direito; 
5 
 
XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a 
coisa julgada; 
XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de exceção; 
XXXVIII - é reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe der 
a lei, assegurados: 
a) a plenitude de defesa; 
b) o sigilo das votações; 
c) a soberania dos veredictos; 
d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida; 
XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia 
cominação legal; 
XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu; 
XLI - a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos direitos e 
liberdades fundamentais; 
XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, 
sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei; 
XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou 
anistia a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e 
os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e 
os que, podendo evitá-los, se omitirem; 
XLIV - constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos 
armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático; 
XLV - nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação 
de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas 
aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido; 
XLVI - a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as 
seguintes: 
a) privação ou restrição da liberdade; 
b) perda de bens; 
c) multa; 
d) prestação social alternativa; 
e) suspensão ou interdição de direitos; 
XLVII - não haverá penas: 
a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX; 
b) de caráter perpétuo; 
c) de trabalhos forçados; 
d) de banimento; 
e) cruéis; 
XLVIII - a pena será cumprida em estabelecimentos distintos, de acordo com 
a natureza do delito, a idade e o sexo do apenado; 
XLIX - é assegurado aos presos o respeito à integridade física e moral; 
L - às presidiárias serão asseguradas condições para que possam 
permanecer com seus filhos durante o período de amamentação; 
LI - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de 
crime comum, praticado antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico 
ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei; 
LII - não será concedida extradição de estrangeiro por crime político ou de 
opinião; 
LIII - ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade 
competente;LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido 
processo legal; 
6 
 
LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados 
em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela 
inerentes; 
LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos; 
LVII - ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de 
sentença penal condenatória; 
LVIII - o civilmente identificado não será submetido a identificação criminal, 
salvo nas hipóteses previstas em lei; 
LIX - será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for 
intentada no prazo legal; 
LX - a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a 
defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem; 
LXI - ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e 
fundamentada de autoridade judiciária competente, salvo nos casos de transgressão militar 
ou crime propriamente militar, definidos em lei; 
LXII - a prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão 
comunicados imediatamente ao juiz competente e à família do preso ou à pessoa por ele 
indicada; 
LXIII - o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de 
permanecer calado, sendo-lhe assegurada a assistência da família e de advogado; 
LXIV - o preso tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão ou 
por seu interrogatório policial; 
LXV - a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela autoridade judiciária; 
LXVI - ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir a 
liberdade provisória, com ou sem fiança; 
LXVII - não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo 
inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação alimentícia e a do depositário infiel; 
LXVIII - conceder-se-á "habeas-corpus" sempre que alguém sofrer ou se 
achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por 
ilegalidade ou abuso de poder; 
LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e 
certo, não amparado por "habeas-corpus" ou "habeas-data", quando o responsável pela 
ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no 
exercício de atribuições do Poder Público; 
LXX - o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por: 
a) partido político com representação no Congresso Nacional; 
b) organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente 
constituída e em funcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus 
membros ou associados; 
LXXI - conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma 
regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das 
prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania; 
LXXII - conceder-se-á "habeas-data": 
a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do 
impetrante, constantes de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de 
caráter público; 
b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo 
sigiloso, judicial ou administrativo; 
LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise 
a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à 
moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando 
o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência; 
LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que 
comprovarem insuficiência de recursos; 
7 
 
LXXV - o Estado indenizará o condenado por erro judiciário, assim como o 
que ficar preso além do tempo fixado na sentença; 
LXXVI - são gratuitos para os reconhecidamente pobres, na forma da lei: 
a) o registro civil de nascimento; 
b) a certidão de óbito; 
LXXVII - são gratuitas as ações de "habeas-corpus" e "habeas-data", e, na 
forma da lei, os atos necessários ao exercício da cidadania. 
(1) LXXVIII - a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a 
razoável duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação. 
§ 1º - As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm 
aplicação imediata. 
§ 2º - Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem 
outros decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados 
internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte. 
§ 3º Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem 
aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos 
dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais. 
§ 4º O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal Penal Internacional a cuja 
criação tenha manifestado adesão. 
....................................................................................................................................................................................... 
 
CAPÍTULO II 
DOS DIREITOS SOCIAIS 
 
(2) Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, 
a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade 
e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição. 
 
 
TÍTULO III 
Da Organização do Estado 
.............................................................................................................................................................. 
CAPÍTULO II 
DA UNIÃO 
 
Art. 20. São bens da União: 
I - os que atualmente lhe pertencem e os que lhe vierem a ser atribuídos; 
II - as terras devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras, das 
fortificações e construções militares, das vias federais de comunicação e à preservação 
ambiental, definidas em lei; 
III - os lagos, rios e quaisquer correntes de água em terrenos de seu domínio, 
ou que banhem mais de um Estado, sirvam de limites com outros países, ou se estendam a 
território estrangeiro ou dele provenham, bem como os terrenos marginais e as praias 
fluviais; 
(3) IV as ilhas fluviais e lacustres nas zonas limítrofes com outros países; as 
praias marítimas; as ilhas oceânicas e as costeiras, excluídas, destas, as que contenham a sede 
de Municípios, exceto aquelas áreas afetadas ao serviço público e a unidade ambiental federal, 
e as referidas no art. 26, II; 
V - os recursos naturais da plataforma continental e da zona econômica 
exclusiva; 
 
(1) O inciso LXXVIII e os §§ 3º e 4º foram acrescentados ao art. 5º pela E.C. nº 45/04. 
(2) Com a redação dada pela E.C. nº 90/15. 
(3) Com a redação dada pela E.C. nº 46/05. 
 
8 
 
VI - o mar territorial; 
VII - os terrenos de marinha e seus acrescidos; 
VIII - os potenciais de energia hidráulica; 
IX - os recursos minerais, inclusive os do subsolo; 
X - as cavidades naturais subterrâneas e os sítios arqueológicos e pré-
históricos; 
XI - as terras tradicionalmente ocupadas pelos índios. 
§ 1º É assegurada, nos termos da lei, aos Estados, ao Distrito Federal e aos 
Municípios, bem como a órgãos da administração direta da União, participação no resultado 
da exploração de petróleo ou gás natural, de recursos hídricos para fins de geração de 
energia elétrica e de outros recursos minerais no respectivo território, plataforma 
continental, mar territorial ou zona econômica exclusiva, ou compensação financeira por 
essa exploração. 
§ 2º A faixa de até cento e cinqüenta quilômetros de largura, ao longo das 
fronteiras terrestres, designada como faixa de fronteira, é considerada fundamental para 
defesa do território nacional, e sua ocupação e utilização serão reguladas emlei. 
............................................................................................................................................................................................ 
 
Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre: 
I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, 
aeronáutico, espacial e do trabalho; 
II - desapropriação; 
III - requisições civis e militares, em caso de iminente perigo e em tempo de 
guerra; 
IV - águas, energia, informática, telecomunicações e radiodifusão; 
V - serviço postal; 
VI - sistema monetário e de medidas, títulos e garantias dos metais; 
VII - política de crédito, câmbio, seguros e transferência de valores; 
VIII - comércio exterior e interestadual; 
IX - diretrizes da política nacional de transportes; 
X - regime dos portos, navegação lacustre, fluvial, marítima, aérea e 
aeroespacial; 
XI - trânsito e transporte; 
XII - jazidas, minas, outros recursos minerais e metalurgia; 
XIII - nacionalidade, cidadania e naturalização; 
XIV - populações indígenas; 
XV - emigração e imigração, entrada, extradição e expulsão de estrangeiros; 
XVI - organização do sistema nacional de emprego e condições para o 
exercício de profissões; 
(4) XVII - organização judiciária, do Ministério Público do Distrito Federal e 
dos Territórios e da Defensoria Pública dos Territórios, bem como organização administrativa 
destes; 
XVIII - sistema estatístico, sistema cartográfico e de geologia nacionais; 
XIX - sistemas de poupança, captação e garantia da poupança popular; 
XX - sistemas de consórcios e sorteios; 
XXI - normas gerais de organização, efetivos, material bélico, garantias, 
convocação e mobilização das polícias militares e corpos de bombeiros militares; 
XXII - competência da polícia federal e das polícias rodoviária e ferroviária 
federais; 
XXIII - seguridade social; 
XXIV - diretrizes e bases da educação nacional; 
 
(4) Com a redação dada pela E.C. nº 69/12. 
 
9 
 
XXV - registros públicos; 
XXVI - atividades nucleares de qualquer natureza; 
(5) XXVII – normas gerais de licitação e contratação, em todas as modalidades, 
para as administrações públicas diretas, autárquicas e fundacionais da União, Estados, 
Distrito Federal e Municípios, obedecido o disposto no art. 37, XXI, e para as empresas 
públicas e sociedades de economia mista, nos termos do art. 173, § 1°, III; 
XXVIII - defesa territorial, defesa aeroespacial, defesa marítima, defesa civil 
e mobilização nacional; 
XXIX - propaganda comercial. 
Parágrafo único. Lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar 
sobre questões específicas das matérias relacionadas neste artigo. 
..................................................................................................................................................................... 
 
TÍTULO IV 
DA ORGANIZAÇÃO DOS PODERES 
CAPÍTULO I 
DO PODER LEGISLATIVO 
.................................................................................................................................................................. 
 
Seção II 
DAS ATRIBUIÇÕES DO CONGRESSO NACIONAL 
.......................................................................................................................................................................................... 
Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional: 
I - resolver definitivamente sobre tratados, acordos ou atos internacionais 
que acarretem encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional; 
II - autorizar o Presidente da República a declarar guerra, a celebrar a paz, a 
permitir que forças estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele permaneçam 
temporariamente, ressalvados os casos previstos em lei complementar; 
III - autorizar o Presidente e o Vice-Presidente da República a se ausentarem 
do País, quando a ausência exceder a quinze dias; 
IV - aprovar o estado de defesa e a intervenção federal, autorizar o estado de 
sítio, ou suspender qualquer uma dessas medidas; 
V - sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder 
regulamentar ou dos limites de delegação legislativa; 
VI - mudar temporariamente sua sede; 
(6) VII - fixar idêntico subsídio para os Deputados Federais e os Senadores, 
observado o que dispõem os arts. 37, XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I; 
(7) VIII - fixar os subsídios do Presidente e do Vice-Presidente da República e 
dos Ministros de Estado, observado o que dispõem os arts. 37, XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, 
§ 2º, I; 
IX - julgar anualmente as contas prestadas pelo Presidente da República e 
apreciar os relatórios sobre a execução dos planos de governo; 
X - fiscalizar e controlar, diretamente, ou por qualquer de suas Casas, os atos 
do Poder Executivo, incluídos os da administração indireta; 
XI - zelar pela preservação de sua competência legislativa em face da 
atribuição normativa dos outros Poderes; 
XII - apreciar os atos de concessão e renovação de concessão de emissoras 
de rádio e televisão; 
XIII - escolher dois terços dos membros do Tribunal de Contas da União; 
 
(5) Com a redação dada pela E.C. nº 19/98. 
(6) Com a redação dada pela E.C. nº 19/98. 
(7) Com a redação dada pela E.C. nº 19/98. 
10 
 
XIV - aprovar iniciativas do Poder Executivo referentes a atividades 
nucleares; 
XV - autorizar referendo e convocar plebiscito; 
XVI - autorizar, em terras indígenas, a exploração e o aproveitamento de 
recursos hídricos e a pesquisa e lavra de riquezas minerais; 
XVII - aprovar, previamente, a alienação ou concessão de terras públicas com 
área superior a dois mil e quinhentos hectares. 
 
............................................................................................................................................................................................ 
Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar: 
I - as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa pública federal 
forem interessadas na condição de autoras, rés, assistentes ou oponentes, exceto as de 
falência, as de acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho; 
II - as causas entre Estado estrangeiro ou organismo internacional e 
Município ou pessoa domiciliada ou residente no País; 
III - as causas fundadas em tratado ou contrato da União com Estado 
estrangeiro ou organismo internacional; 
IV - os crimes políticos e as infrações penais praticadas em detrimento de 
bens, serviços ou interesse da União ou de suas entidades autárquicas ou empresas públicas, 
excluídas as contravenções e ressalvada a competência da Justiça Militar e da Justiça 
Eleitoral; 
V - os crimes previstos em tratado ou convenção internacional, quando, 
iniciada a execução no País, o resultado tenha ou devesse ter ocorrido no estrangeiro, ou 
reciprocamente; 
(8) V-A as causas relativas a direitos humanos a que se refere o § 5º deste 
artigo; 
VI - os crimes contra a organização do trabalho e, nos casos determinados 
por lei, contra o sistema financeiro e a ordem econômico-financeira; 
VII - os habeas corpus, em matéria criminal de sua competência ou quando o 
constrangimento provier de autoridade cujos atos não estejam diretamente sujeitos a outra 
jurisdição; 
VIII - os mandados de segurança e os habeas data contra ato de autoridade 
federal, excetuados os casos de competência dos tribunais federais; 
IX - os crimes cometidos a bordo de navios ou aeronaves, ressalvada a 
competência da Justiça Militar; 
X - os crimes de ingresso ou permanência irregular de estrangeiro, a 
execução de carta rogatória, após o "exequatur", e de sentença estrangeira, após ahomologação, as causas referentes à nacionalidade, inclusive a respectiva opção, e à 
naturalização; 
XI - a disputa sobre direitos indígenas. 
§ 1º As causas em que a União for autora serão aforadas na seção judiciária 
onde tiver domicílio a outra parte. 
§ 2º As causas intentadas contra a União poderão ser aforadas na seção 
judiciária em que for domiciliado o autor, naquela onde houver ocorrido o ato ou fato que 
deu origem à demanda ou onde esteja situada a coisa, ou, ainda, no Distrito Federal. 
§ 3º Serão processadas e julgadas na justiça estadual, no foro do domicílio 
dos segurados ou beneficiários, as causas em que forem parte instituição de previdência 
social e segurado, sempre que a comarca não seja sede de vara do juízo federal, e, se 
verificada essa condição, a lei poderá permitir que outras causas sejam também 
processadas e julgadas pela justiça estadual. 
§ 4º Na hipótese do parágrafo anterior, o recurso cabível será sempre para o 
Tribunal Regional Federal na área de jurisdição do juiz de primeiro grau. 
 
(8) Acrescentado pela E.C. nº 45/04. 
11 
 
(9) § 5º Nas hipóteses de grave violação de direitos humanos, o Procurador-
Geral da República, com a finalidade de assegurar o cumprimento de obrigações 
decorrentes de tratados internacionais de direitos humanos dos quais o Brasil seja parte, 
poderá suscitar, perante o Superior Tribunal de Justiça, em qualquer fase do inquérito ou 
processo, incidente de deslocamento de competência para a Justiça Federal. 
 
SEÇÃO I 
DO MINISTÉRIO PÚBLICO 
........................................................................................................................................................................................... 
Art. 129. São funções institucionais do Ministério Público: 
I - promover, privativamente, a ação penal pública, na forma da lei; 
II - zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de 
relevância pública aos direitos assegurados nesta Constituição, promovendo as medidas 
necessárias a sua garantia; 
III - promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do 
patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos; 
IV - promover a ação de inconstitucionalidade ou representação para fins de 
intervenção da União e dos Estados, nos casos previstos nesta Constituição; 
V - defender judicialmente os direitos e interesses das populações indígenas; 
VI - expedir notificações nos procedimentos administrativos de sua 
competência, requisitando informações e documentos para instruí-los, na forma da lei 
complementar respectiva; 
VII - exercer o controle externo da atividade policial, na forma da lei 
complementar mencionada no artigo anterior; 
VIII - requisitar diligências investigatórias e a instauração de inquérito 
policial, indicados os fundamentos jurídicos de suas manifestações processuais; 
IX - exercer outras funções que lhe forem conferidas, desde que compatíveis 
com sua finalidade, sendo-lhe vedada a representação judicial e a consultoria jurídica de 
entidades públicas. 
§ 1º A legitimação do Ministério Público para as ações civis previstas neste 
artigo não impede a de terceiros, nas mesmas hipóteses, segundo o disposto nesta 
Constituição e na lei. 
(10) § 2º As funções do Ministério Público só podem ser exercidas por 
integrantes da carreira, que deverão residir na comarca da respectiva lotação, salvo 
autorização do chefe da instituição. 
(11) § 3º O ingresso na carreira do Ministério Público far-se-á mediante 
concurso público de provas e títulos, assegurada a participação da Ordem dos Advogados do 
Brasil em sua realização, exigindo-se do bacharel em direito, no mínimo, três anos de atividade 
jurídica e observando-se, nas nomeações, a ordem de classificação. 
§ 4º Aplica-se ao Ministério Público, no que couber, o disposto no art. 93. 
§ 5º A distribuição de processos no Ministério Público será imediata. 
............................................................................................................................................................................................ 
 
TÍTULO VII 
Da Ordem Econômica e Financeira 
CAPÍTULO I 
DOS PRINCÍPIOS GERAIS DA ATIVIDADE ECONÔMICA 
 
Art. 176. As jazidas, em lavra ou não, e demais recursos minerais e os 
potenciais de energia hidráulica constituem propriedade distinta da do solo, para efeito de 
 
(9) Acrescentado pela E.C. nº 45/04. 
(10) Com a redação dada pela E.C. nº 45/04. 
(11) Com a redação dada pela E.C. nº 45/04. 
12 
 
exploração ou aproveitamento, e pertencem à União, garantida ao concessionário a 
propriedade do produto da lavra. 
(12) § 1º A pesquisa e a lavra de recursos minerais e o aproveitamento dos 
potenciais a que se refere o "caput" deste artigo somente poderão ser efetuados mediante 
autorização ou concessão da União, no interesse nacional, por brasileiros ou empresa 
constituída sob as leis brasileiras e que tenha sua sede e administração no País, na forma da 
lei, que estabelecerá as condições específicas quando essas atividades se desenvolverem em 
faixa de fronteira ou terras indígenas. 
§ 2º - É assegurada participação ao proprietário do solo nos resultados da 
lavra, na forma e no valor que dispuser a lei. 
§ 3º A autorização de pesquisa será sempre por prazo determinado, e as 
autorizações e concessões previstas neste artigo não poderão ser cedidas ou transferidas, 
total ou parcialmente, sem prévia anuência do poder concedente. 
§ 4º Não dependerá de autorização ou concessão o aproveitamento do 
potencial de energia renovável de capacidade reduzida. 
 
........................................................................................................................................................................................... 
 
TÍTULO VIII 
DA ORDEM SOCIAL 
.................................................................................................................................................................... 
 
CAPÍTULO III 
DA EDUCAÇÃO, DA CULTURA E DO DESPORTO 
SEÇÃO I 
DA EDUCAÇÃO 
 
Artigo 205 – A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será 
promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno 
desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação 
para o trabalho. 
 
(13) Artigo 206 – O ensino será ministrado com base nos seguintes 
princípios: 
I – igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; 
II – liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a 
arte e o saber; 
III – pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas, e coexistência de 
instituições públicas e privadas de ensino; 
IV – gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais; 
V – valorização dos profissionais da educação escolar, garantidos, na forma da 
lei, planos de carreira, com ingresso exclusivamente por concurso público de provas e títulos, 
aos das redes públicas; 
VI – gestão democrática do ensino público, na forma da lei; 
VII – garantia de padrão de qualidade. 
VIII – piso salarial profissional nacional para os profissionais da educação 
escolar pública, nos termos de lei federal. 
Parágrafo único - A lei disporá sobre as categorias de trabalhadores 
considerados profissionais da educação básica e sobre a fixação de prazo para a elaboração 
 
(12) Com a redação dada pela E.C. nº 6/95. 
(13) O inciso V do art. 206 está com a redação dada pela E.C. nº 53/06, que também acrescentou a esse 
artigo o inciso VIII e o parágrafo único. 
13 
 
ou adequação de seus planos de carreira, no âmbitoda União, dos Estados, do Distrito Federal 
e dos Municípios. 
 
(14) Artigo 207 – As universidades gozam de autonomia didático-científica, 
administrativa e de gestão financeira e patrimonial, e obedecerão ao princípio de 
indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão. 
§ 1º - É facultado às universidades admitir professores, técnicos e cientistas 
estrangeiros, na forma da lei. 
§ 2º - O disposto neste artigo aplica-se às instituições de pesquisa científica e 
tecnológica. 
 
(15) Artigo 208 – O dever do Estado com a educação será efetivado mediante 
a garantia de: 
I – educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) 
anos de idade, assegurada inclusive sua oferta gratuita para todos os que a ela não tiveram 
acesso na idade própria; 
II – progressiva universalização do ensino médio gratuito; 
III – atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, 
preferencialmente na rede regular de ensino; 
IV – educação infantil, em creche e pré-escola, às crianças até 5 (cinco) anos 
de idade; 
V – acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação 
artística, segundo a capacidade de cada um; 
VI – oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do educando; 
VII – atendimento ao educando, em todas as etapas da educação básica, por 
meio de programas suplementares de material didático-escolar, transporte, alimentação e 
assistência à saúde. 
§ 1º - O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público subjetivo. 
§ 2º - O não-oferecimento do ensino obrigatório pelo Poder Público, ou sua 
oferta irregular, importa responsabilidade da autoridade competente. 
§ 3º - Compete ao Poder Público recensear os educandos no ensino 
fundamental, fazer-lhes a chamada e zelar, junto aos pais ou responsáveis, pela 
f13requência à escola. 
 
Artigo 209 – O ensino é livre à iniciativa privada, atendidas as seguintes 
condições: 
I – cumprimento das normas gerais da educação nacional; 
II – autorização e avaliação de qualidade pelo Poder Público. 
 
Artigo 210 – Serão fixados conteúdos mínimos para o ensino fundamental, 
de maneira a assegurar formação básica comum e respeito aos valores culturais e artísticos, 
nacionais e regionais. 
§ 1º - O ensino religioso, de matrícula facultativa, constituirá disciplina dos 
horários normais das escolas públicas de ensino fundamental. 
§ 2º - O ensino fundamental regular será ministrado em língua portuguesa, 
assegurada às comunidades indígenas também a utilização de suas línguas maternas e 
processos próprios de aprendizagem. 
 
 
(14) Os §§ 1º e 2º do artigo 207 foram acrescentados pela E.C. nº 11/96. 
(15) O inciso I do art. 208 está com a redação dada pela E.C. nº 59/09 e o inciso II, desse mesmo artigo 
está com a redação dada pela E.C. nº 14/96. O inciso IV está com a redação dada pela E.C. nº 53/06 e o 
inciso VII está com a redação dada pela E.C. nº 59/09. 
14 
 
(16) Artigo 211 – A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios 
organizarão em regime de colaboração seus sistemas de ensino. 
§ 1º - A União organizará o sistema federal de ensino e o dos Territórios, 
financiará as instituições de ensino públicas federais e exercerá, em matéria educacional, 
função redistributiva e supletiva, de forma a garantir equalização de oportunidades 
educacionais e padrão mínimo de qualidade do ensino mediante assistência técnica e 
financeira aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios. 
§ 2º - Os Municípios atuarão prioritariamente no ensino fundamental e na 
educação infantil. 
§ 3º - Os Estados e o Distrito Federal atuarão prioritariamente no ensino 
fundamental e médio. 
§ 4º - Na organização de seus sistemas de ensino, a União, os Estados, o Distrito 
Federal e os Municípios definirão formas de colaboração, de modo a assegurar a 
universalização do ensino obrigatório. 
§ 5º - A educação básica pública atenderá prioritariamente ao ensino regular. 
 
(17) Artigo 212 – A União aplicará, anualmente, nunca menos de dezoito, e os 
Estados, o Distrito Federal e os Municípios vinte e cinco por cento, no mínimo, da receita 
resultante de impostos, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e 
desenvolvimento do ensino. 
§ 1º - A parcela da arrecadação de impostos transferida pela União aos 
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, ou pelos Estados aos respectivos Municípios, 
não é considerada, para efeito do cálculo previsto neste artigo, receita do governo que a 
transferir. 
§ 2º - Para efeito do cumprimento do disposto no “caput” deste artigo, serão 
considerados os sistemas de ensino federal, estadual e municipal e os recursos aplicados na 
forma do artigo 213. 
§ 3º - A distribuição dos recursos públicos assegurará prioridade ao 
atendimento das necessidades do ensino obrigatório, no que se refere à universalização, 
garantia de padrão de qualidade e equidade, nos termos do plano nacional de educação. 
§ 4º - Os programas suplementares de alimentação e assistência à saúde 
previstos no artigo 208, VII, serão financiados com recursos provenientes de contribuições 
sociais e outros recursos orçamentários. 
§ 5º - A educação básica pública terá como fonte adicional de financiamento a 
contribuição social do salário-educação, recolhida pelas empresas na forma da lei. 
§ 6º - As cotas estaduais e municipais da arrecadação da contribuição social 
do salário-educação serão distribuídas proporcionalmente ao número de alunos matriculados 
na educação básica nas respectivas redes públicas de ensino. 
 
(18) Artigo 213 – Os recursos públicos serão destinados às escolas públicas, 
podendo ser dirigidos a escolas comunitárias, confessionais ou filantrópicas, definidas em 
lei, que: 
I – comprovem finalidade não lucrativa e apliquem seus excedentes 
financeiros em educação; 
II – assegurem a destinação de seu patrimônio a outra escola comunitária, 
filantrópica ou confessional, ou ao Poder Público, no caso de encerramento de suas 
atividades. 
 
(16) Os §§ 1º e 2º, do artigo 211, estão com a redação dada pela E.C. nº 14/96 que acrescentou a esse 
artigo os §§ 3º e 4º, este (§4º) com a redação dada pela E.C. nº 59/09. O § 5º do art. 211 foi acrescentado 
pela E.C. nº 53/06. 
(17) O § 3º do artigo 212 está com a redação dada pela E.C. nº 59/09. O § 5º do artigo 212 está com a 
redação dada pela E.C. nº 53/06, que também acrescentou a esse artigo o § 6º. 
(18) O § 2º do art. 213 está com a redação dada pela EC nº 85/15. 
15 
 
§ 1º - Os recursos de que trata este artigo poderão ser destinados a bolsas 
de estudo para o ensino fundamental e médio, na forma da lei, para os que demonstrarem 
insuficiência de recursos, quando houver falta de vagas e cursos regulares da rede pública 
na localidade da residência do educando, ficando o Poder Público obrigado a investir 
prioritariamente na expansão de sua rede na localidade. 
(19) § 2º - As atividades de pesquisa, de extensão e de estímulo e fomento à 
inovação, realizadas por universidades e/ou institutos de educação profissional e tecnológica, 
poderão receber apoio financeiro do Poder Público. 
 
(20) Artigo 214 – A lei estabelecerá o plano nacional de educação, de duração 
decenal, com o objetivo de articular o sistema nacional de educação em regime de colaboração 
e definir diretrizes, objetivos, metas e estratégias de implementação para assegurar a 
manutenção e desenvolvimento do ensino em seus diversos níveis, etapas e modalidades, por 
meio de ações integradas dos poderes públicos das diferentes esferas federativas que 
conduzam a: 
I – erradicação do analfabetismo; 
II – universalização do atendimento escolar; 
III – melhoria da qualidade do ensino; 
IV – formação para o trabalho;V – promoção humanística, científica e tecnológica do País; 
VI – estabelecimento de meta de aplicação de recursos públicos em educação 
como proporção do produto interno bruto. 
 
............................................................................................................................................................................................ 
CAPÍTULO III 
DA EDUCAÇÃO, DA CULTURA E DO DESPORTO 
 
...................................................................................................................................................................... 
Seção II 
DA CULTURA 
 
Art. 215. O Estado garantirá a todos o pleno exercício dos direitos culturais 
e acesso às fontes da cultura nacional, e apoiará e incentivará a valorização e a difusão das 
manifestações culturais. 
§ 1º O Estado protegerá as manifestações das culturas populares, indígenas 
e afro-brasileiras, e das de outros grupos participantes do processo civilizatório nacional. 
 2º A lei disporá sobre a fixação de datas comemorativas de alta significação 
para os diferentes segmentos étnicos nacionais. 
(21) 3º A lei estabelecerá o Plano Nacional de Cultura, de duração plurianual, 
visando ao desenvolvimento cultural do País e à integração das ações do poder público que 
conduzem à: 
I defesa e valorização do patrimônio cultural brasileiro; 
II produção, promoção e difusão de bens culturais; 
III formação de pessoal qualificado para a gestão da cultura em suas múltiplas 
dimensões; 
IV democratização do acesso aos bens de cultura; 
V valorização da diversidade étnica e regional. 
 
CAPÍTULO VIII 
DOS ÍNDIOS 
 
(19) Com a redação dada pela E.C. nº 85/15. 
(20) O caput do artigo 214 está com a redação dada pela E.C. nº 59/09 que, também, acrescentou-lhe o 
inciso VI. 
(21) Acrescentado pela E.C. nº 48/05. 
16 
 
 
Art. 231. São reconhecidos aos índios sua organização social, costumes, 
línguas, crenças e tradições, e os direitos originários sobre as terras que tradicionalmente 
ocupam, competindo à União demarcá-las, proteger e fazer respeitar todos os seus bens. 
§ 1º São terras tradicionalmente ocupadas pelos índios as por eles habitadas 
em caráter permanente, as utilizadas para suas atividades produtivas, as imprescindíveis à 
preservação dos recursos ambientais necessários a seu bem-estar e as necessárias a sua 
reprodução física e cultural, segundo seus usos, costumes e tradições. 
§ 2º As terras tradicionalmente ocupadas pelos índios destinam-se a sua 
posse permanente, cabendo-lhes o usufruto exclusivo das riquezas do solo, dos rios e dos 
lagos nelas existentes. 
§ 3º O aproveitamento dos recursos hídricos, incluídos os potenciais 
energéticos, a pesquisa e a lavra das riquezas minerais em terras indígenas só podem ser 
efetivados com autorização do Congresso Nacional, ouvidas as comunidades afetadas, 
ficando-lhes assegurada participação nos resultados da lavra, na forma da lei. 
§ 4º As terras de que trata este artigo são inalienáveis e indisponíveis, e os 
direitos sobre elas, imprescritíveis. 
§ 5º É vedada a remoção dos grupos indígenas de suas terras, salvo, "ad 
referendum" do Congresso Nacional, em caso de catástrofe ou epidemia que ponha em risco 
sua população, ou no interesse da soberania do País, após deliberação do Congresso 
Nacional, garantido, em qualquer hipótese, o retorno imediato logo que cesse o risco. 
§ 6º São nulos e extintos, não produzindo efeitos jurídicos, os atos que 
tenham por objeto a ocupação, o domínio e a posse das terras a que se refere este artigo, ou 
a exploração das riquezas naturais do solo, dos rios e dos lagos nelas existentes, ressalvado 
relevante interesse público da União, segundo o que dispuser lei complementar, não 
gerando a nulidade e a extinção direito a indenização ou a ações contra a União, salvo, na 
forma da lei, quanto às benfeitorias derivadas da ocupação de boa-fé. 
§ 7º Não se aplica às terras indígenas o disposto no art. 174, § 3º e § 4º. 
 
 
_____________________________________________ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
 
 
 
LEI Nº 8.069, DE 13 DE JULHO DE 1990 
Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências 
 
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA: Faço saber que o Congresso Nacional 
decreta e eu sanciono a seguinte Lei: 
 
Título I 
Das Disposições Preliminares 
............................................................................................................................................................................................ 
 
Capítulo II 
Do Direito à Liberdade, ao Respeito e à Dignidade 
 
Art. 15. A criança e o adolescente têm direito à liberdade, ao respeito e à 
dignidade como pessoas humanas em processo de desenvolvimento e como sujeitos de 
direitos civis, humanos e sociais garantidos na Constituição e nas leis. 
 
Art. 16. O direito à liberdade compreende os seguintes aspectos: 
I - ir, vir e estar nos logradouros públicos e espaços comunitários, 
ressalvadas as restrições legais; 
II - opinião e expressão; 
III - crença e culto religioso; 
IV - brincar, praticar esportes e divertir-se; 
V - participar da vida familiar e comunitária, sem discriminação; 
VI - participar da vida política, na forma da lei; 
VII - buscar refúgio, auxílio e orientação. 
 
Art. 17. O direito ao respeito consiste na inviolabilidade da integridade física, 
psíquica e moral da criança e do adolescente, abrangendo a preservação da imagem, da 
identidade, da autonomia, dos valores, ideias e crenças, dos espaços e objetos pessoais. 
 
Art. 18. É dever de todos velar pela dignidade da criança e do adolescente, 
pondo-os a salvo de qualquer tratamento desumano, violento, aterrorizante, vexatório ou 
constrangedor. 
 
(1) Art. 18-A. A criança e o adolescente têm o direito de ser educados e cuidados 
sem o uso de castigo físico ou de tratamento cruel ou degradante, como formas de correção, 
disciplina, educação ou qualquer outro pretexto, pelos pais, pelos integrantes da família 
ampliada, pelos responsáveis, pelos agentes públicos executores de medidas socioeducativas 
ou por qualquer pessoa encarregada de cuidar deles, tratá-los, educá-los ou protegê-los. 
Parágrafo único. Para os fins desta Lei, considera-se: 
I - castigo físico: ação de natureza disciplinar ou punitiva aplicada com o uso 
da força física sobre a criança ou o adolescente que resulte em: 
a) sofrimento físico; ou 
b) lesão; 
II - tratamento cruel ou degradante: conduta ou forma cruel de tratamento em 
relação à criança ou ao adolescente que: 
a) humilhe; ou 
b) ameace gravemente; ou 
c) ridicularize. 
 
(1) O art. 18-A foi acrescentado pela Lei nº 13.010/14. 
18 
 
 
(2) Art. 18-B. Os pais, os integrantes da família ampliada, os responsáveis, os 
agentes públicos executores de medidas socioeducativas ou qualquer pessoa encarregada de 
cuidar de crianças e de adolescentes, tratá-los, educá-los ou protegê-los que utilizarem castigo 
físico ou tratamento cruel ou degradante como formas de correção, disciplina, educação ou 
qualquer outro pretexto estarão sujeitos, sem prejuízo de outras sanções cabíveis, às seguintes 
medidas, que serão aplicadas de acordo com a gravidade do caso: 
I - encaminhamento a programa oficial ou comunitário de proteção à família; 
II - encaminhamento a tratamento psicológico ou psiquiátrico; 
III - encaminhamento a cursos ou programas de orientação; 
IV - obrigação de encaminhar a criança a tratamento especializado; 
V - advertência. 
Parágrafo único. As medidas previstas neste artigo serão aplicadas pelo 
Conselho Tutelar, sem prejuízo de outras providências legais. 
.....................................................................................................................................................................Capítulo IV 
Do Direito à Educação, à Cultura, ao Esporte e ao Lazer 
 
Art. 53. A criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno 
desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o 
trabalho, assegurando-se-lhes: 
I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; 
II - direito de ser respeitado por seus educadores; 
III - direito de contestar critérios avaliativos, podendo recorrer às instâncias 
escolares superiores; 
IV - direito de organização e participação em entidades estudantis; 
V - acesso à escola pública e gratuita próxima de sua residência. 
Parágrafo único. É direito dos pais ou responsáveis ter ciência do processo 
pedagógico, bem como participar da definição das propostas educacionais. 
 
(3) Art. 54. É dever do Estado assegurar à criança e ao adolescente: 
I - ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para os que a ele não 
tiveram acesso na idade própria; 
II - progressiva extensão da obrigatoriedade e gratuidade ao ensino médio; 
III - atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, 
preferencialmente na rede regular de ensino; 
IV - atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero a cinco anos de 
idade; 
V - acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação 
artística, segundo a capacidade de cada um; 
VI - oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do adolescente 
trabalhador; 
VII - atendimento no ensino fundamental, através de programas 
suplementares de material didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde. 
§ 1º O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público subjetivo. 
§ 2º O não oferecimento do ensino obrigatório pelo poder público ou sua 
oferta irregular importa responsabilidade da autoridade competente. 
§ 3º Compete ao poder público recensear os educandos no ensino 
fundamental, fazer-lhes a chamada e zelar, junto aos pais ou responsável, pela frequência à 
escola. 
 
(2) O art. 18-B foi acrescentado pela Lei nº 13.010/14. 
(3) O inciso IV do art. 54 está com a redação dada pela Lei nº 13.306/16. 
19 
 
 
Art. 55. Os pais ou responsável têm a obrigação de matricular seus filhos ou 
pupilos na rede regular de ensino. 
 
Art. 56. Os dirigentes de estabelecimentos de ensino fundamental 
comunicarão ao Conselho Tutelar os casos de: 
I - maus-tratos envolvendo seus alunos; 
II - reiteração de faltas injustificadas e de evasão escolar, esgotados os 
recursos escolares; 
III - elevados níveis de repetência. 
 
Art. 57. O poder público estimulará pesquisas, experiências e novas 
propostas relativas a calendário, seriação, currículo, metodologia, didática e avaliação, com 
vistas à inserção de crianças e adolescentes excluídos do ensino fundamental obrigatório. 
 
Art. 58. No processo educacional respeitar-se-ão os valores culturais, 
artísticos e históricos próprios do contexto social da criança e do adolescente, garantindo-
se a estes a liberdade da criação e o acesso às fontes de cultura. 
 
Art. 59. Os municípios, com apoio dos estados e da União, estimularão e 
facilitarão a destinação de recursos e espaços para programações culturais, esportivas e de 
lazer voltadas para a infância e a juventude. 
.................................................................................................................................................................. 
 
Brasília, 13 de julho de 1990; 169º da Independência e 102º da República. 
 
FERNANDO COLLOR 
 
Bernardo Cabral 
Carlos Chiarelli 
Antônio Magri 
Margarida Procópio 
 
 
__________________________________ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
20 
 
 
(•) LEI Nº 9.394, DE 20 DE DEZEMBRO DE 1996 
Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional 
 
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA 
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: 
 
 
TÍTULO I 
DA EDUCAÇÃO 
 
Artigo 1º - A educação abrange os processos formativos que se desenvolvem 
na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, 
nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais. 
§ 1º - Esta Lei disciplina a educação escolar, que se desenvolve, 
predominantemente, por meio do ensino, em instituições próprias. 
§ 2º - A educação escolar deverá vincular-se ao mundo do trabalho e à 
prática social. 
 
 
TÍTULO II 
DOS PRINCÍPIOS E FINS DA EDUCAÇÃO NACIONAL 
 
Artigo 2º - A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios 
de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno 
desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação 
para o trabalho. 
 
(1) Artigo 3º - O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: 
I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; 
II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o 
pensamento, a arte e o saber; 
III - pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas; 
IV - respeito à liberdade e apreço à tolerância; 
V - coexistência de instituições públicas e privadas de ensino; 
VI - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais; 
VII - valorização do profissional da educação escolar; 
VIII - gestão democrática do ensino público, na forma desta lei e da 
legislação dos sistemas de ensino; 
IX - garantia de padrão de qualidade; 
X - valorização da experiência extra-escolar; 
XI - vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais; 
XII – consideração com a diversidade étnico-racial. 
XIII - garantia do direito à educação e à aprendizagem ao longo da vida 
 
(•) Texto organizado e disponibilizado pelo Grupo de Legislação Educacional – GLED. Revisão feita em 
17.5.2018. 
Com as alterações introduzidas pelas Leis nºs 9.475/97; 10.287/01; 10.328/01; 10.639/03; 10.709/03; 
10.793/03; 11.114/05; 11.183/05; 11.274/06; 11.301/06; 11.330/06; 11.331/06; 11.525/07; 
11.632/07; 11.645/08; 11.684/08; 11.700/08; 11.741/08; 11.769/08; 11.788/08; 12.013/09; 
12.014/09; 12.020/09; 12.056/09; 12.061/09; 12.287/10; 12.416/11 e 12.472/11; 12.603/12; 
12.608/12; 12.796/13; 12.960/14; 13.006/14; 13.010/14; 13.168/15; 13.174/15 e 13.184/15; 
13.234/15; 13.278/16; 13.415/17; 13.478/17; 13.490/17; 13.632/18; 13.663/18; 13.666/18. 
(1) O inciso XII foi acrescentado ao art. 3º pela Lei nº 12.796/13. O inciso XIII foi acrescentado ao art. 3º 
pela Lei nº 13.632/18. 
21 
 
 
 
TÍTULO III 
DO DIREITO À EDUCAÇÃO E DO DEVER DE EDUCAR 
 
(2) Artigo 4º - O dever do Estado com educação escolar pública será 
efetivado mediante a garantia de: 
I - educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) 
anos de idade, organizada da seguinte forma: 
a) pré-escola; 
b) ensino fundamental; 
c) ensino médio; 
II - educação infantil gratuita às crianças de até 5 (cinco) anos de idade; 
III - atendimento educacional especializado gratuito aos educandos com 
deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, 
transversal a todos os níveis, etapas e modalidades, preferencialmente na rede regular de 
ensino; 
IV - acesso público e gratuito aos ensinos fundamental e médio para todos os 
que não os concluíram na idade própria; 
V - acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação 
artística, segundo a capacidade de cada um; 
VI - oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do educando; 
VII - oferta de educação escolar regular para jovens e adultos, com 
características e modalidades adequadas às suas necessidades e disponibilidades, 
garantindo-seaos que forem trabalhadores as condições de acesso e permanência na 
escola; 
VIII - atendimento ao educando, em todas as etapas da educação básica, por 
meio de programas suplementares de material didático-escolar, transporte, alimentação e 
assistência à saúde; 
IX - padrões mínimos de qualidade de ensino, definidos como a variedade e 
quantidade mínimas, por aluno, de insumos indispensáveis ao desenvolvimento do 
processo de ensino-aprendizagem; 
X – vaga na escola pública de educação infantil ou de ensino fundamental mais 
próxima de sua residência a toda criança a partir do dia em que completar 4 (quatro) anos 
de idade. 
 
(3) Artigo 5º - O acesso à educação básica obrigatória é direito público 
subjetivo, podendo qualquer cidadão, grupo de cidadãos, associação comunitária, 
organização sindical, entidade de classe ou outra legalmente constituída e, ainda, o Ministério 
Público, acionar o poder público para exigi-lo. 
§ 1º - O poder público, na esfera de sua competência federativa, deverá: 
I - recensear anualmente as crianças e adolescentes em idade escolar, bem 
como os jovens e adultos que não concluíram a educação básica; 
 II - fazer-lhes a chamada pública; 
III - zelar, junto aos pais ou responsáveis, pela frequência à escola. 
§ 2º - Em todas as esferas administrativas, o Poder Público assegurará em 
primeiro lugar o acesso ao ensino obrigatório, nos termos deste artigo, contemplando em 
seguida os demais níveis e modalidades de ensino, conforme as prioridades constitucionais 
e legais. 
 
(2) Os incisos I, II, III, IV e VIII do art. 4º estão com a redação dada pela Lei nº 12.796/13. O inciso X foi 
acrescentado ao art. 4º pela Lei nº 11.700/08. 
(3) O caput, o § 1º e seu inciso I, do art. 5º, estão com a redação dada pela Lei nº 12.796/13. 
22 
 
§ 3º - Qualquer das partes mencionadas no caput deste artigo tem 
legitimidade para peticionar no Poder Judiciário, na hipótese do § 2º do art. 208 da 
Constituição Federal, sendo gratuita e de rito sumário a ação judicial correspondente. 
§ 4º - Comprovada a negligência da autoridade competente para garantir o 
oferecimento do ensino obrigatório, poderá ela ser imputada por crime de 
responsabilidade. 
§ 5º - Para garantir o cumprimento da obrigatoriedade de ensino, o Poder 
Público criará formas alternativas de acesso aos diferentes níveis de ensino, 
independentemente da escolarização anterior. 
 
(4) Artigo 6º - É dever dos pais ou responsáveis efetuar a matrícula das 
crianças na educação básica a partir dos 4 (quatro) anos de idade. 
 
Artigo 7º - O ensino é livre à iniciativa privada, atendidas as seguintes 
condições: 
I - cumprimento das normas gerais da educação nacional e do respectivo 
sistema de ensino; 
II - autorização de funcionamento e avaliação de qualidade pelo Poder 
Público; 
III - capacidade de autofinanciamento, ressalvado o previsto no art. 213 da 
Constituição Federal. 
 
TÍTULO IV 
DA ORGANIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO NACIONAL 
 
Artigo 8º - A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios 
organizarão, em regime de colaboração, os respectivos sistemas de ensino. 
§ 1º - Caberá à União a coordenação da política nacional de educação, 
articulando os diferentes níveis e sistemas e exercendo função normativa, redistributiva e 
supletiva em relação às demais instâncias educacionais. 
§ 2º - Os sistemas de ensino terão liberdade de organização nos termos 
desta Lei. 
 
(5) Artigo 9º - A União incumbir-se-á de: 
I - elaborar o Plano Nacional de Educação, em colaboração com os Estados, 
o Distrito Federal e os Municípios; 
II - organizar, manter e desenvolver os órgãos e instituições oficiais do 
sistema federal de ensino e o dos Territórios; 
III - prestar assistência técnica e financeira aos Estados, ao Distrito Federal 
e aos Municípios para o desenvolvimento de seus sistemas de ensino e o atendimento 
prioritário à escolaridade obrigatória, exercendo sua função redistributiva e supletiva; 
IV - estabelecer, em colaboração com os Estados, o Distrito Federal e os 
Municípios, competências e diretrizes para a educação infantil, o ensino fundamental e o 
ensino médio, que nortearão os currículos e seus conteúdos mínimos, de modo a assegurar 
formação básica comum; 
IV-A - estabelecer, em colaboração com os Estados, o Distrito Federal e os 
Municípios, diretrizes e procedimentos para identificação, cadastramento e atendimento, na 
educação básica e na educação superior, de alunos com altas habilidades ou superdotação; 
V - coletar, analisar e disseminar informações sobre a educação; 
 
(4) O art. 6º está com a redação dada pela Lei nº 12.796/13. 
(5) O inciso IV A foi acrescentado ao art. 9º pela Lei nº 13.234/15. 
23 
 
VI - assegurar processo nacional de avaliação do rendimento escolar no 
ensino fundamental, médio e superior, em colaboração com os sistemas de ensino, 
objetivando a definição de prioridades e a melhoria da qualidade do ensino; 
VII - baixar normas gerais sobre cursos de graduação e pós-graduação; 
VIII - assegurar processo nacional de avaliação das instituições de educação 
superior, com a cooperação dos sistemas que tiverem responsabilidade sobre este nível de 
ensino; 
IX - autorizar, reconhecer, credenciar, supervisionar e avaliar, 
respectivamente, os cursos das instituições de educação superior e os estabelecimentos do 
seu sistema de ensino. 
§ 1º - Na estrutura educacional, haverá um Conselho Nacional de Educação, 
com funções normativas e de supervisão e atividade permanente, criado por lei. 
§ 2º - Para o cumprimento do disposto nos incisos V a IX, a União terá acesso 
a todos os dados e informações necessários de todos os estabelecimentos e órgãos 
educacionais. 
§ 3º - As atribuições constantes do inciso IX poderão ser delegadas aos 
Estados e ao Distrito Federal, desde que mantenham instituições de educação superior. 
 
(6) Artigo 10 - Os Estados incumbir-se-ão de: 
I - organizar, manter e desenvolver os órgãos e instituições oficiais dos seus 
sistemas de ensino; 
II - definir, com os Municípios, formas de colaboração na oferta do ensino 
fundamental, as quais devem assegurar a distribuição proporcional das responsabilidades, 
de acordo com a população a ser atendida e os recursos financeiros disponíveis em cada 
uma dessas esferas do Poder Público; 
III - elaborar e executar políticas e planos educacionais, em consonância 
com as diretrizes e planos nacionais de educação, integrando e coordenando as suas ações 
e as dos seus Municípios; 
IV - autorizar, reconhecer, credenciar, supervisionar e avaliar, 
respectivamente, os cursos das instituições de educação superior e os estabelecimentos do 
seu sistema de ensino; 
V - baixar normas complementares para o seu sistema de ensino; 
VI - assegurar o ensino fundamental e oferecer, com prioridade, o ensino médio 
a todos que o demandarem, respeitado o disposto no art. 38 desta Lei; 
VII - assumir o transporte escolar dos alunos da rede estadual. 
Parágrafo único - Ao Distrito Federal aplicar-se-ão as competências 
referentes aos Estados e aos Municípios. 
 
(7) Artigo 11 - Os Municípios incumbir-se-ão de: 
I - organizar, manter e desenvolver os órgãos e instituições oficiais dos seus 
sistemas de ensino, integrando-os às políticas e planos educacionais da União e dos 
Estados; 
II - exercer ação redistributiva em relação às suas escolas; 
III - baixar normas complementares para o seu sistema de ensino; 
IV - autorizar, credenciar e supervisionar os estabelecimentos do seu 
sistema de ensino; 
V - oferecer a educação infantil em creches e pré-escolas, e, com prioridade, 
o ensino fundamental, permitida a atuação em outros níveis de ensino somente quando 
estiverem atendidas plenamenteas necessidades de sua área de competência e com 
 
(6) O inciso VI do art. 10 está com a redação dada pela Lei nº 12.061/09. O inciso VII foi-lhe acrescentado 
pela Lei nº 10.709/03. 
(7) O inciso VI foi acrescentado ao art. 11 pela Lei nº 10.709/2003. 
24 
 
recursos acima dos percentuais mínimos vinculados pela Constituição Federal à 
manutenção e desenvolvimento do ensino; 
VI - assumir o transporte escolar dos alunos da rede municipal. 
Parágrafo único - Os Municípios poderão optar, ainda, por se integrar ao 
sistema estadual de ensino ou compor com ele um sistema único de educação básica. 
 
(8) Artigo 12 - Os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas 
comuns e as do seu sistema de ensino, terão a incumbência de: 
I - elaborar e executar sua proposta pedagógica; 
II - administrar seu pessoal e seus recursos materiais e financeiros; 
III - assegurar o cumprimento dos dias letivos e horas-aula estabelecidas; 
IV - velar pelo cumprimento do plano de trabalho de cada docente; 
V - prover meios para a recuperação dos alunos de menor rendimento; 
VI - articular-se com as famílias e a comunidade, criando processos de 
integração da sociedade com a escola; 
VII – informar pai e mãe, conviventes ou não com seus filhos, e, se for o caso, os 
responsáveis legais, sobre a frequência e rendimento dos alunos, bem como sobre a execução 
da proposta pedagógica da escola; 
VIII – notificar ao Conselho Tutelar do Município, ao Juiz competente da 
Comarca e ao respectivo representante do Ministério Público a relação dos alunos que 
apresentem quantidade de faltas acima de 50% do percentual permitido em lei. 
IX - promover medidas de conscientização, de prevenção e de combate a todos 
os tipos de violência, especialmente a intimidação sistemática (bullying), no âmbito das 
escolas; 
X - estabelecer ações destinadas a promover a cultura de paz nas escolas. 
 
Artigo 13 - Os docentes incumbir-se-ão de: 
I - participar da elaboração da proposta pedagógica do estabelecimento de 
ensino; 
II - elaborar e cumprir plano de trabalho, segundo a proposta pedagógica do 
estabelecimento de ensino; 
III - zelar pela aprendizagem dos alunos; 
IV - estabelecer estratégias de recuperação para os alunos de menor 
rendimento; 
V - ministrar os dias letivos e horas-aula estabelecidos, além de participar 
integralmente dos períodos dedicados ao planejamento, à avaliação e ao desenvolvimento 
profissional; 
VI - colaborar com as atividades de articulação da escola com as famílias e a 
comunidade. 
 
Artigo 14 - Os sistemas de ensino definirão as normas da gestão democrática 
do ensino público na educação básica, de acordo com as suas peculiaridades e conforme os 
seguintes princípios: 
I - participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto 
pedagógico da escola; 
II - participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou 
equivalentes. 
 
Artigo 15 - Os sistemas de ensino assegurarão às unidades escolares 
públicas de educação básica que os integram progressivos graus de autonomia pedagógica 
 
(8) O inciso VII do art. 12 está com a redação dada pela Lei nº 12.013/2009; o inciso VIII foi-lhe 
acrescentado pela Lei nº 10.287/01 e os incisos IX e X foram-lhe acrescentados pela Lei nº 13.663/18. 
25 
 
e administrativa e de gestão financeira, observadas as normas gerais de direito financeiro 
público. 
 
Artigo 16 - O sistema federal de ensino compreende: 
I - as instituições de ensino mantidas pela União; 
II - as instituições de educação superior criadas e mantidas pela iniciativa 
privada; 
III - os órgãos federais de educação. 
 
Artigo 17 - Os sistemas de ensino dos Estados e do Distrito Federal 
compreendem: 
I - as instituições de ensino mantidas, respectivamente, pelo Poder Público 
estadual e pelo Distrito Federal; 
II - as instituições de educação superior mantidas pelo Poder Público 
municipal; 
III - as instituições de ensino fundamental e médio criadas e mantidas pela 
iniciativa privada; 
IV - os órgãos de educação estaduais e do Distrito Federal, respectivamente. 
Parágrafo único - No Distrito Federal, as instituições de educação infantil, 
criadas e mantidas pela iniciativa privada, integram seu sistema de ensino. 
 
Artigo 18 - Os sistemas municipais de ensino compreendem: 
I - as instituições do ensino fundamental, médio e de educação infantil 
mantidas pelo Poder Público municipal; 
II - as instituições de educação infantil criadas e mantidas pela iniciativa 
privada; 
III - os órgãos municipais de educação. 
 
Artigo 19 - As instituições de ensino dos diferentes níveis classificam-se nas 
seguintes categorias administrativas: 
I - públicas, assim entendidas as criadas ou incorporadas, mantidas e 
administradas pelo Poder Público; 
II - privadas, assim entendidas as mantidas e administradas por pessoas 
físicas ou jurídicas de direito privado. 
 
(9) Artigo 20 - As instituições privadas de ensino se enquadrarão nas 
seguintes categorias: 
I - particulares em sentido estrito, assim entendidas as que são instituídas e 
mantidas por uma ou mais pessoas físicas ou jurídicas de direito privado que não 
apresentem as características dos incisos abaixo; 
II - comunitárias, assim entendidas as que são instituídas por grupos de 
pessoas físicas ou por uma ou mais pessoas jurídicas, inclusive cooperativas educacionais, sem 
fins lucrativos, que incluam na sua entidade mantenedora representantes da comunidade; 
III - confessionais, assim entendidas as que são instituídas por grupos de 
pessoas físicas ou por uma ou mais pessoas jurídicas que atendem a orientação 
confessional e ideologia específicas e ao disposto no inciso anterior; 
IV - filantrópicas, na forma da lei. 
 
 
 
 
 
 
(9) O inciso II do art. 20 está com a redação dada pela Lei nº 12.020/09. 
26 
 
 
TÍTULO V 
DOS NÍVEIS E DAS MODALIDADES DE EDUCAÇÃO E ENSINO 
CAPÍTULO I 
DA COMPOSIÇÃO DOS NÍVEIS ESCOLARES 
 
Artigo 21 - A educação escolar compõe-se de: 
I - educação básica, formada pela educação infantil, ensino fundamental e 
ensino médio; 
II - educação superior. 
 
CAPÍTULO II 
DA EDUCAÇÃO BÁSICA 
SEÇÃO I 
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS 
 
Artigo 22 - A educação básica tem por finalidades desenvolver o educando, 
assegurar-lhe a formação comum indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-
lhe meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores. 
 
Artigo 23 - A educação básica poderá organizar-se em séries anuais, 
períodos semestrais, ciclos, alternância regular de períodos de estudos, grupos não-
seriados, com base na idade, na competência e em outros critérios, ou por forma diversa de 
organização, sempre que o interesse do processo de aprendizagem assim o recomendar. 
§ 1º - A escola poderá reclassificar os alunos, inclusive quando se tratar de 
transferências entre estabelecimentos situados no País e no exterior, tendo como base as 
normas curriculares gerais. 
§ 2º - O calendário escolar deverá adequar-se às peculiaridades locais, 
inclusive climáticas e econômicas, a critério do respectivo sistema de ensino, sem com isso 
reduzir o número de horas letivas previsto nesta Lei. 
 
(10) Artigo 24 - A educação básica, nos níveis fundamental e médio, será 
organizada de acordo com as seguintes regras comuns: 
I - a carga horária mínima anual será de oitocentas horas para o ensino 
fundamental e para o ensino médio, distribuídas por um mínimo de duzentos dias de efetivo 
trabalho escolar, excluído o tempo reservado aos exames finais, quando houver; 
II - a classificação em qualquer série ou etapa, exceto na primeira do ensino 
fundamental, pode

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