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aula petição inicial

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Petição Inicial
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De Plácido e Silva: “o primeiro requerimento dirigido pela pessoa à autoridade judiciária, para que, segundo os preceitos legais, se inicie o processo ou se comece a demanda”.
 
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Dinamarco: “é a peça escrita em que o demandante formula a demanda a ser objeto de apreciação do juiz e requer a realização do processo até final provimento que lhe conceda a tutela jurisdicional”.
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a petição inicial mantém certas regularidades e recorrências tanto em relação ao formato quanto em relação às organizações retórico-discursivas, formas de textualização e de seus dispositivos e recursos lingüísticos 
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A petição inicial dá início à ação e provoca o litígio. 
É o primeiro documento com que a pessoa provoca a autoridade judiciária para que ela inicie o processo com base nos preceitos legais.
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Artigo 2º do Código de Processo Civil
“Nenhum juiz prestará a tutela jurisdicional senão quando a parte ou o interessado a requerer, nos casos e formas legais”
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Portanto, desde que um fato se apresente ofensivo a um direito pessoal ou aos interesses coletivos, qualquer pessoa, por intermédio de um advogado, pode dirigir-se às autoridades públicas para formular reclamações ou fazer pedidos.
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Pela petição inicial a pessoa manifesta seu desejo de fazer valer seu direito ou prevenir a integridade dele, quando o vê ameaçado ou disputado por outra pessoa.
É esta peça a garantia de que a ação foi proposta ou ajuizada.
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A petição inicial tem uma forma e deve ser redigida obedecendo aos requisitos essenciais prescritos no artigo 282 do CPC:
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Art. 282 do CPC
A petição inicial indicará:
I- o juiz ou tribunal, a que é dirigida
II- os nomes, prenomes, estado civil, profissão, domicílio e residência do autor e do réu
III- o fato e os fundamentos jurídicos do pedido
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IV- o pedido, com suas especificações
V- o valor da causa
VI- as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados
VII- o requerimento para a citação do réu.
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A petição inicial conduz o pedido, que forma o objeto da causa, isto é, a indicação da relação jurídica violada, que deve ser garantida, ou a ameaça que pesa sobre um direito, que deve ser protegido, com os necessários esclarecimentos que o fundamentam e as razões jurídicas em que se baseia. 
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Por meio dela, o profissional do Direito se dirige ao Judiciário para informar, pedir, explicar, argumentar, convencer e para recorrer, quando necessário. 
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Narração dos Fatos
Tem fundamental importância, uma vez que a conclusão, o pedido, deve decorrer dessa narração, conforme o artigo 295 do CPC, em seu parágrafo único, II, o qual prescreve que se considera inepta a petição quando “da narração dos fatos não decorrer logicamente a conclusão”, dentre outras exigências. 
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Deve obedecer a uma ordem cronológica, evitando-se frases longas e muitas informações em um mesmo parágrafo.
Deve-se, também, dar preferência à ordem direta, procurando desenvolver o raciocínio lógico, de modo que o raciocínio jurídico deve obedecer à estrutura fato, Direito, pedido 
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Linguagem da Petição Inicial
Deve ser clara, concisa e precisa, com atenção aos vocábulos empregados, exposição objetiva dos fatos, indicação dos fundamentos legais e formulação inteligível do pedido.
Deve ser formal, com obediência às normas da língua-padrão, coesão e coerência. 
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Artigo 156, do CPC
“Em todos os atos e termos do processo é obrigatório o uso do vernáculo”.
Portanto, deve-se evitar o uso tanto do latim como de outras línguas estrangeiras.
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Na petição inicial
A narração dos fatos tem fundamental importância, sobretudo porque a conclusão, o pedido, deve decorrer dessa narração, conforme o artigo 295 do CPC, em seu parágrafo único, II, o qual prescreve que se considera inepta a petição quando “da narração dos fatos não decorrer logicamente a conclusão”, dentre outras exigências.
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Petição inepta
“é aquela que não se mostra formulada segundo as regras instituídas na lei processual. É a petição que não atendeu à forma legal, quando a lei estabelece a forma ou impõe requisitos para sua elaboração”. 
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é também inepta a “petição confusa, incongruente, que expõe desordenadamente, não conduz a conclusões positivas por onde se determinam as razões do pedido, ou pede o que não é justo ou legal ”.
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Emenda da inicial
O art. 284 CPC trata da emenda da inicial e ocorre quando a petição inicial não possui todos os requisitos exigidos nos arts. 282 e 283 do CPC ou apresenta defeitos e irregularidades que dificultem a resolução do mérito, o juiz deverá determinar que o autor emende ou a complete, no prazo de dez (10) dias. Quando a petição inicial pode ser emendada, é proibido ao juiz indeferi-la sem dar ao autor o direito a emendá-la.
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Emenda da inicial
O defeito pode ser intrínseco pelo descumprimento do art. 282 CPC, ou extrínseco pela violação do art. 283 CPC.
O art. 295 CPC enumera as causas para o indeferimento da petição inicial e as causas principais são a inépcia, a falta de uma das condições da ação ou de um pressuposto processual e o reconhecimento da prescrição e decadência “ab initio”.

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