Baixe o app para aproveitar ainda mais
Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 3 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 1 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 3 Prof. RICARDO GOMES Prezados(as) Alunos(as)! Feliz por mais um encontro com todos vocês! É muito proveitoso para qualquer Professor este contato com tantos concurseiros espalhados por este país maravilhoso! E os estudos de Direito Eleitoral a quantas andam? Lembro que nossa matéria tem PESO 3 na maioria dos concursos de TREs! Então, Avante! Avante! A legislação eleitoral, por ser bastante específica, pode parecer de difícil assimilação, ou mesmo enfadonha, mas tenhamos fé e força, que tudo dará certo! Como ensina o Professor Willian Douglas, a “dor é temporária, mas o cargo é permanente!” Errata: Desconsiderar na Aula 2, por erro material, a menção à Composição dos TREs com 9 Membros, pois a composição dos TRE é idêntica à do TSE: 7 Membros! Caso queiram, podem baixar novo arquivo da aula com a pequena correção. Nesta 3ª semana, estudaremos o restante dos tópicos do Código Eleitoral: QUADRO SINÓPTICO DA AULA: 1. Introdução ao Código Eleitoral (continuação) i. Da Qualificação e Inscrição; ii. Do Cancelamento e da exclusão de eleitores; iii. Da Representação Proporcional; DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 3 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 2 iv. Dos Recursos Eleitorais; v. Disposições Penais: Disposições Preliminares. Dos Crimes Eleitorais; vi. Dos Processos das Infrações. 2.2.6. DA QUALIFICAÇÃO E INSCRIÇÃO Alistamento Eleitoral. Estudamos anteriormente a previsão constitucional do Alistamento Eleitoral, especialmente no art. 14 da CF-88. A partir de agora adentraremos no estudo das normas infra-constitucionais. A Resolução TSE nº 21.538/2003, a ser estudada na Aula 7, trata, entre outras matérias, pormenorizadamente sobre o Alistamento Eleitoral e serviços eleitorais mediante processamento eletrônico de dados. No Código Eleitoral estão presentes as regras básicas do Alistamento, a começar pela Qualificação e Inscrição do eleitor. O que é o Alistamento Eleitoral? É simples: é o procedimento pelo qual o cidadão ainda não eleitor qualifica-se e inscreve-se como eleitor. Por meio da qualificação o cidadão comprova perante a Justiça Eleitoral possuir os requisitos necessários para ser eleitor. Por sua vez, com a inscrição, o cidadão passa a integrar o cadastro geral de eleitores da Justiça Eleitoral após a confirmação da qualificação do cidadão e o respectivo deferimento do Juiz Eleitoral. Por isso: o ALISTAMENTO se faz mediante a QUALIFICAÇÃO e INSCRIÇÃO do eleitor. Art. 42. O alistamento se faz mediante a qualificação e inscrição do eleitor. DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 3 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 3 Domicílio Eleitoral. O Código Civil brasileiro preceitua o conceito de domícilio civil da pessoa. No entanto, para fins eleitorais, aplica-se o conceito especial dado pela Lei Eleitoral. O TSE, inclusive, já decidiu nos Acórdãos TSE nºs 16.397/2000 e 18.124/2000 que o conceito de domicílio eleitoral NÃO SE CONFUNDE, necessariamente, com o de domicílio civil por ser o eleitoral mais flexível e elástico, identifica-se com a residência e o lugar onde o interessado tem vínculos (políticos, sociais, patrimoniais, negócios). Desse modo, aplica-se o conceito previsto no art. 42, parágrafo único, do Código: Domicílio Eleitoral – lugar de residência ou moradia do requerente. Em caso de mais de uma residência, poderá o eleitor, facultativamente, inscrever-se em qualquer delas, sem restrição. Domicílio ELEITORAL ≠ Domicílio CIVIL Basta o cidadão procurar a Justiça Eleitoral com documentos básicos que comprovem sua residência/vinculação com determinada zona eleitoral e solicitar o seu alistamento eleitoral. Art. 42 Parágrafo único. Para o efeito da inscrição, é domicílio eleitoral o lugar de residência ou moradia do requerente, e, verificado ter o alistando mais de uma, considerar-se-á domicílio qualquer delas. Requerimento de Alistamento Eleitoral. Segundo o art. 4-8 da Resolução TSE nº 21.538/2003, para o alistamento deve ser utilizado o Requerimento de Alistamento Eleitoral (RAE). O RAE, que é o documento inicial que agrega os dados do cidadão- eleitor, será utilizado não só para Alistamento, mas também para: a. Transferência; b. Revisão; c. Segunda Via. DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 3 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 4 Para alistar-se (qualificação e inscrição), o eleitor deverá comparecer ao Cartório Eleitoral e preencher o RAE. O art. 43 do Código previa que o requerimento obedeceria a modelo aprovado pelo TSE. Este atual modelo é o RAE. Art. 43. O alistamento apresentará em cartório ou local previamente designado, requerimento em fórmula que obedecerá ao modelo aprovado pelo Tribunal Superior. O Código previa que o requerimento deveria ser apresentado com 3 retratos (fotografias). Esta obrigação foi dispensada no alistamento por processamento eletrônico pelos arts. 1º, caput, e art. 5º, §4º, da Lei nº 7.444/85. O art. 44 do Código prevê que o cidadão deverá necessariamente apresentar pelo menos 1 dos documentos previstos nos seus incisos, que comprovam a nacionalidade brasileira do alistando (não é para apresentar todos os documentos, basta pelo menos 1 deles). São os seguintes os documentos necessários ao alistamento: a. carteira de identidade expedida pelo órgão competente; Todos os documentos de identificação são aceitos pela Justiça Eleitoral, inclusive Carteiras Funcionais e Profissionais emitidas por entidades de classe federais, conforme prevê o art. 5º, §2º, III, da Lei nº 7.444/85: Art. 5 § 2o O requerimento de inscrição será instruído com um dos seguintes documentos: III – carteira emitida pelos órgãos criados por lei federal, controladores do exercício profissional; O Código prevê “carteira de identidade expedida pelo órgão competente do Distrito Federal ou Estados”. Porém esta parte foi suprimida pelo art. 5º, §2º, I, da Lei nº 7.444/85. b. certificado de quitação do serviço militar; Conforme o art. 13, parágrafo único do art. 14 da Resolução TSE nº 21.538/2003, a quitação do serviço militar só é exigível do alistando do sexo masculino maior de 18 anos. DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 3 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 5 c. certidão de idade extraída do Registro Civil; Estas certidões de idade são as certidões de nascimento e de casamento. d. instrumento público do qual se infira, por direito ter o requerente idade superior a dezoito anos (16 anos) e do qual conste, também, os demais elementos necessários à sua qualificação; É preciso que o cidadão comprove possuir pelo menos 16 anos até a data do pleito, idade mínima prevista pela atual CF-88 para o alistamento eleitoral facultativo, combinado com o previsto no art. 14 da Resolução TSE nº 21.538/2003. e. documento do qual se infira a nacionalidade brasileira, originária ou adquirida, do requerente. O TSE já decidiu que, nos casos de dupla nacionalidade, não é exigível a prova de opção pela nacionalidade brasileira, pois competência para exame e julgamento das causas referentes à nacionalidade é da Justiça Federal (Resolução TSE nº 21.385/2003. Obs: O RAE tem que ser preenchido com os dados exatos constantes dos documentos apresentados pelo cidadão. Caso não tenha sido preenchido corretamente, será este devolvido ao alistando, pois os dados constantes do sistema eleitoral devem ser os mais exatos possíveis (art. 44, parágrafo único). Art. 44. O requerimento, acompanhado de 3 (três) retratos, será instruído com um dos seguintes documentos, que não poderão ser supridos mediante justificação: I - carteira de identidade expedida pelo órgão competente do Distrito Federal ou dos Estados; II - certificado de quitação do serviço militar; III - certidão de idade extraída do Registro Civil (nascimento ou casamento); IV - instrumento público do qual se infira, por direito ter o DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 3 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 6 requerente idade superior a dezoito anos (16 anos) e do qual conste, também, os demais elementos necessários à sua qualificação; V - documento do qual se infira a nacionalidade brasileira, originária ou adquirida, do requerente. Parágrafo único. Será devolvido o requerimento que não contenha os dados constantes do modelo oficial, na mesma ordem, e em caracteres inequívocos. Resolução nº 21.538/03 Art. 13. Para o alistamento, o requerente apresentará um dos seguintes documentos do qual se infira a nacionalidade brasileira (Lei nº 7.444/85, art. 5º, § 2º): a) carteira de identidade ou carteira emitida pelos órgãos criados por lei federal, controladores do exercício profissional; b) certificado de quitação do serviço militar; c) certidão de nascimento ou casamento, extraída do Registro Civil; d) instrumento público do qual se infira, por direito, ter o requerente a idade mínima de 16 anos e do qual constem, também, os demais elementos necessários à sua qualificação. Parágrafo único. A apresentação do documento a que se refere a alínea b é obrigatória para maiores de 18 anos, do sexo masculino. Art. 14. É facultado o alistamento, no ano em que se realizarem eleições, do menor que completar 16 anos até a data do pleito, inclusive. Lei nº 7.444/85 Art. 5º § 2o O requerimento de inscrição será instruído com um dos seguintes documentos: DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 3 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 7 I – carteira de identidade, expedida por órgão oficial competente; II – certificado de quitação do serviço militar; III – carteira emitida pelos órgãos criados por lei federal, controladoresdo exercício profissional; IV – certidão de idade, extraída do registro civil; V – instrumento público do qual se infira, por direito, ter o requerente a idade mínima de 18 (dezoito) anos e do qual constem, também, os demais elementos necessários à sua qualificação; VI – documento do qual se infira a nacionalidade brasileira, originária ou adquirida, do requerente. Procedimentos do Alistamento Eleitoral. Os procedimentos de qualificação e inscrição do eleitor foram detalhados no art. 45 do Código. Para dar eficácia ao estudo, destaco os pontos mais importantes: 1) Os analfabetos apenas aporão as suas impressões digitais do polegar direito, não sendo obrigados a assinarem, consoante previsto no caput do art. 45; 2) O requerimento (RAE) de inscrição deverá ser submetido ao Juiz Eleitoral em até 48 horas; 3) Em caso de dúvida quanto à identidade da pessoa, poderá o Juiz Eleitoral solicitar que esclareça a dúvida ou complemente nova documentação; 4) Com o deferimento judicial, no prazo de até 5 dias, o título será entregue ao eleitor, mediante recibo; 5) Caso não anexe o recibo ao processo eleitoral aberto para o eleitor, incorrerá em multa o Juiz e os servidores da Justiça Eleitoral; (cuidado hen! Servidores do TRE! Rsrs); esta multa NÃO PODE MAIS SER COM BASE NO SALÁRIO-MÍNIMO; 6) É preciso que o Juiz Eleitoral primeiro despache o pedido de alistamento (RAE) para devolução de qualquer documento ao DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 3 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 8 eleitor; 7) Em caso de indeferimento, cabe recurso do alistando no prazo de 5 dias ao TRE; em caso de deferimento, cabe recurso de delegado de partido ao TRE no prazo de 10 dias (Art. 17, §1º, da Resolução Tse nº 21.538/2003). Indeferimento – Recurso do Alistando – 5 dias Deferimento – Recurso de Delegado de Partido – 10 dias. 8) Deve ser remetida a ficha do eleitor ao TRE após a expedição do título. Listas de Eleitores e Título Eleitoral. As antigas “folhas individuais de votação”, previstas nos arts. 45, 46 e em outros dispositivos do Códito Eleitoral foram subsitituídas por Listas de eleitores emitidas por computador no processo eletrônico de dados. Destaco os seguintes aspectos constantes do art. 46 do Código: 1) As listas de eleitores e os títulos serão confeccionados com base em modelos previsto na Resolução Tse nº 21.538/2003; 2) Na lista do eleitor e do título consta a seção a que está inscrito o eleitor (localizada o mais próximo possível de sua residência, dentro do distrito eleitoral); 3) As formalidades previstas no §2º do art. 46 foram superadas com a implantação do processamento eletrônico de dados; 4) A regra é que o eleitor fique vinculado à seção eleitoral indicada no seu título, salvo nas seguintes hipóteses legais: a. em caso de transferência de Zona ou Município; b. se, em até 100 dias antes da eleição, provar que mudou de domicílio dentro do mesmo Município, de um distrito para outro ou para lugar muito distante da seção em que se acha inscrito. Obs: o art. 91 da Lei nº 9504/97 fixa o prazo de 150 dias. No entanto, como veremos, apesar de na prática ser DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 3 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 9 aplicado, é ainda polêmico na doutrina e jurisprudência. 5) O eleitor poderá sempre requerer ao Juiz Eleitoral a retificação dos seus dados (no título ou lista); 6) O título faz prova de inscrição na seção e de votação, caso assinado e datado pelo presidente da mesa receptora. Este comprovante é antigo. Hoje as Certidões Eleitorais são emitidas eletronicamente, mas como está previsto no Código Eleitoral, temos que decorar! Certidões de nascimento ou casamento gratuitas. O Código prevê gratuidade no fornecimento de certidões de nascimento ou casamento aos alistandos quando destinadas ao alistamento eleitoral, segundo a ordem de pedidos apresentados em cartório de registro civil. O escrivão do registro civil deverá conceder a certidão ou justificar- se pela não concessão ao Juiz Eleitoral no prazo de 15 dias, sob pena de incorrer no crime eleitoral de perturbar ou impedir de qualquer forma o alistamento (art. 293 do Código). Art. 47. As certidões de nascimento ou casamento, quando destinadas ao alistamento eleitoral, serão fornecidas gratuitamente, segundo a ordem dos pedidos apresentados em cartório pelos alistandos ou delegados de partido. §1º Os cartórios de Registro Civil farão, ainda, gratuitamente, o registro de nascimento visando ao fornecimento de certidão aos alistandos, desde que provem carência de recursos, ou aos Delegados de Partido, para fins eleitorais. § 2º Em cada Cartório de Registro Civil haverá um livro especial aberto e rubricado pelo Juiz Eleitoral, onde o cidadão ou o delegado de partido deixará expresso o pedido de certidão para fins eleitorais, datando-o. § 3º O escrivão, dentro de quinze dias da data do pedido, concederá a certidão, ou justificará, perante o Juiz Eleitoral por que deixa de fazê-lo. DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 3 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 10 § 4º A infração ao disposto neste artigo sujeitará o escrivão às penas do Art. 293. Dispensa de Empregado Celetista. Os empregados contratados sob o regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), podem faltar ao serviço por até 2 dias para alistarem-se ou solicitarem transferência. Destaco 2 pontos: a) lembrem que não é apenas para o alistamento! Para pedirem transferência de domicílio eleitoral também podem gozar desses 2 dias! b) O Código previu apenas “empregado”, não abarcando os servidores públicos. Para estes, os seus estatutos devem assegurar tal prerrogativa para que também gozem do mesmo direito. Para os servidores públicos da União (caso de vocês), a Lei nº 8.112/90, no art. 97, II, dispõe que o servidor poderá afastar-se também por 2 dias para se alistar como eleitor (nesse termo incluído o alistamento propriamente dito e a transferência). Art. 48. O empregado mediante comunicação com 48 (quarenta e oito) horas de antecedência, poderá deixar de comparecer ao serviço, sem prejuízo do salário e por tempo não excedente a 2 (dois) dias, para o fim de se alistar eleitor ou requerer transferência. Alistamento dos Cegos. Aqueles cegos alfabetizados no sistema Braille e que possuírem os requisitos básicos para o alistamento, poderão normalmente requererem a sua inscrição eleitoral, preenchendo o servidor da Justiça Eleitoral o seu RAE. Atenção! A Lei prevê que apenas os cegos alfabetizados no sistema braille é que poderão inscrever-se como eleitores! Os cegos não alfabetizados DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 3 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 11 no braille, em tese, estão alijados da participação política. Isso porque, para votarem, precisam conhecer o braille, insculpido nas teclas das Urnas Eleitorais e nas folhas de votação. Vocês cumprirão uma função social belíssima, não é verdade? O alistamento deverá ser feito na presença de funcionários de estabelecimento especializado de amparo e proteção aos cegos, conhecedor do sistema Braille, que atestarão a validade do documento juntamente com o servidor (vocês). O Juiz Eleitoral deverá providenciar que o alistamento dos cegos seja realizado no próprio estabelecimento de proteção aos deficientes visuais, para que apenas neste local, naquela Zona Eleitoral, sejam inscritos todos os cegos do município. Estes eleitores deverão fazer parte da mesma seção ou zona. Art. 49. Os cegos alfabetizados pelo sistema "Braille", que reunirem as demais condições de alistamento, podem qualificar-se mediante o preenchimento da fórmula impressa e a aposição do nome com as letras do referido alfabeto. § 1º De forma idêntica serão assinadas a folha individual de votação e as vias do título. § 2º Esses atos serão feitos na presença também de funcionários de estabelecimento especializado de amparo e proteção de cegos, conhecedor do sistema "Braille", que subscreverá, com o Escrivão ou funcionário designado, o seguinte declaração a ser lançada no modelo de requerimento; "Atestamos que a presente fórmula bem como a folha individual de votação e vias do título foram subscritas pelo próprio, em nossa presença". Art. 50. O juiz eleitoral providenciará para que se proceda ao alistamento nas próprias sedes dos estabelecimentos de proteção aos cegos, marcando previamente, dia e hora para tal fim, podendo se inscrever na zona eleitoral correspondente todos os cegos do município. § 1º Os eleitores inscritos em tais condições deverão ser localizados em uma mesma seção da respectiva zona. § 2º Se no alistamento realizado pela forma prevista nos artigos DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 3 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 12 anteriores, o número de eleitores não alcançar o mínimo exigido, este se completará com a inclusão de outros ainda que não sejam cegos. EXERCÍCIOS: QUESTÃO 65: TRE-PB - Analista Judiciário - Judiciária - Direito [FCC] - 15/04/2007. A respeito do alistamento eleitoral é INCORRETO afirmar que a) as certidões de nascimento ou casamento, quando destinadas ao alistamento eleitoral, serão fornecidas gratuitamente, segundo a ordem dos pedidos apresentados em cartório pelos alistandos ou delegados de partido. b) o alistamento de cegos somente poderá ser feito na presença do Juiz Eleitoral, que verificará se o eleitor é cego e se conhece o "Sistema Braille", sendo que atestará que a folha individual de votação e vias do título foram subscritas pelo próprio. c) o empregado, mediante comunicação de 48 (quarenta e oito) horas de antecedência, poderá deixar de comparecer ao serviço sem prejuízo do salário e por tempo não excedente a 2 (dois) dias, afim de alistar-se eleitor ou requerer transferência. d) os cegos alfabetizados pelo "Sistema Braille" que reunirem as demais condições de alistamento, podem qualificar-se mediante o preenchimento da fórmula impressa e a aposição do nome com as letras do referido alfabeto. e) se, no alistamento realizado através do "Sistema Braille", o número de eleitores não alcançar o mínimo exigido, este se completará com a inclusão de outros, ainda que não sejam cegos. COMENTÁRIOS: Item A – correto. O Código prevê gratuidade no fornecimento de certidões de nascimento ou casamento aos alistandos quando destinadas ao alistamento eleitoral, segundo a ordem de pedidos apresentados em cartório de registro DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 3 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 13 civil. Art. 47. As certidões de nascimento ou casamento, quando destinadas ao alistamento eleitoral, serão fornecidas gratuitamente, segundo a ordem dos pedidos apresentados em cartório pelos alistandos ou delegados de partido. Item B – incorreto e Item D - correto. O alistamento deverá ser feito na presença de funcionários de estabelecimento especializado de amparo e proteção aos cegos, conhecedor do sistema Braille, que atestarão a validade do documento juntamente com o servidor e não somente na presença do Juiz Eleitoral. Art. 49. Os cegos alfabetizados pelo sistema "Braille", que reunirem as demais condições de alistamento, podem qualificar-se mediante o preenchimento da fórmula impressa e a aposição do nome com as letras do referido alfabeto. § 2º Esses atos serão feitos na presença também de funcionários de estabelecimento especializado de amparo e proteção de cegos, conhecedor do sistema "Braille", que subscreverá, com o Escrivão ou funcionário designado, o seguinte declaração a ser lançada no modelo de requerimento; "Atestamos que a presente fórmula bem como a folha individual de votação e vias do título foram subscritas pelo próprio, em nossa presença". Item C – correto. Os empregados contratados sob o regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), podem faltar ao serviço por até 2 dias para alistarem-se ou solicitarem transferência. Art. 48. O empregado mediante comunicação com 48 (quarenta e oito) horas de antecedência, poderá deixar de comparecer ao serviço, sem prejuízo do salário e por tempo não excedente a 2 (dois) dias, para o fim de se alistar eleitor ou requerer transferência. Item E – correto. Conforme art. 50, §2º. Art. 50. § 2º Se no alistamento realizado pela forma prevista nos artigos DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 3 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 14 anteriores, o número de eleitores não alcançar o mínimo exigido, este se completará com a inclusão de outros ainda que não sejam cegos. RESPOSTA CERTA: LETRA B QUESTÃO 66: TRE [FCC] - 25/03/2007 (ADAPTADA) A respeito do alistamento eleitoral, é correto afirmar que a) o eleitor poderá alterar livremente a sua seção eleitoral. b). a certidão de idade, extraída do Registro Civil, não é documento hábil para o alistamento. c) a prova da nacionalidade brasileira só pode ser feita por certidão de nascimento ou casamento, extraída do Registro Civil. d) a apresentação de certificado de quitação do serviço militar é obrigatória para maiores de 18 anos, do sexo masculino. COMENTÁRIOS: Item A – errado. Segundo o art. 46, §3º, a regra é que o eleitor fique vinculado à seção eleitoral indicada no seu título, salvo nas seguintes hipóteses legais: em caso de transferência de Zona ou Município; se, em até 100 dias antes da eleição, provar que mudou de domicílio dentro do mesmo Município, de um distrito para outro ou para lugar muito distante da seção em que se acha inscrito. Item B e C – errados. As certidões de idade são documentos hábeis para o alistamento, mas não são os únicos. Art. 44. O requerimento, acompanhado de 3 (três) retratos, será instruído com um dos seguintes documentos, que não poderão ser supridos mediante justificação: I - carteira de identidade expedida pelo órgão competente do Distrito Federal ou dos Estados; II - certificado de quitação do serviço militar; DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 3 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 15 III - certidão de idade extraída do Registro Civil (nascimento ou casamento); IV - instrumento público do qual se infirá, por direito ter o requerente idade superior a dezoito anos (16 anos) e do qual conste, também, os demais elementos necessários à sua qualificação; V - documento do qual se infira a nacionalidade brasileira, originária ou adquirida, do requerente. Item D – correto. Os certificados de quitação do serviço militar só são exigíveis dos alistandos do sexo masculino maiores de 18 anos. RESPOSTA CERTA: LETRA D QUESTÃO 67: TRE (ADAPTADA). A respeito do alistamento eleitoral é INCORRETO afirmar que a) os cegos alfabetizados pelo sistema Braille, que reunirem as demais condições de alistamento, podem qualificar-se mediante o preenchimento da fórmula impressa e a aposição do nome com as letras do referido alfabeto. b) o empregado, mediante comunicação com 48 horas de antecedência, poderá deixar de comparecer ao serviço, sem prejuízo do salário e por tempo não superior a 2 dias, para o fim de alistar-se eleitor. c) o pedido de inscrição eleitoral só será admitido se o requerimento estiver instruído com carteira de identidade ou certidão de idade extraída do registro civil. d) no caso de indeferimento do pedido de alistamento eleitoral, o Cartório devolverá ao requerente, mediante recibo, as fotografias e o documento com o qual houver instruído o seu requerimento. COMENTÁRIOS: Item A – correto. Art. 49, caput. DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 3 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 16 Art. 49. Os cegos alfabetizados pelo sistema "Braille", que reunirem as demais condições de alistamento, podem qualificar-se mediante o preenchimento da fórmula impressa e a aposição do nome com as letras do referido alfabeto. Item B – correto. Art. 48. Art. 48. O empregado mediante comunicação com 48 (quarenta e oito) horas de antecedência, poderá deixar de comparecer ao serviço, sem prejuízo do salário e por tempo não excedente a 2 (dois) dias, para o fim de se alistar eleitor ou requerer transferência. Item C – incorreto. O art. 44 do Código prevê que o cidadão deverá necessariamente apresentar pelo menos 1 dos documentos previstos nos seus incisos, que comprovam a nacionalidade brasileira do alistando. Não é apenas carteira de identidade ou certidão de idade. art. 44 I - carteira de identidade expedida pelo órgão competente do Distrito Federal ou dos Estados; II - certificado de quitação do serviço militar; III - certidão de idade extraída do Registro Civil (nascimento ou casamento); IV - instrumento público do qual se infirá, por direito ter o requerente idade superior a dezoito anos (16 anos) e do qual conste, também, os demais elementos necessários à sua qualificação; V - documento do qual se infira a nacionalidade brasileira, originária ou adquirida, do requerente. Item D – correto. Art. 45, §10º. Art. 45 § 10. No caso de indeferimento do pedido, o Cartório devolverá ao requerente, mediante recibo, as fotografias e o documento com que houver instruído o seu requerimento. DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 3 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 17 RESPOSTA CERTA: LETRA C QUESTÃO 68: TRE-CE - Técnico Judiciário [FCC] - 01/11/2002. Do despacho proferido em processo de alistamento caberá recurso a) de ofício, ao Tribunal Regional Eleitoral competente. b) interposto por qualquer eleitor, em se tratando de decisão de deferimento do pedido de inscrição eleitoral. c) do alistando, quando a decisão indeferir a expedição do título de eleitor. d) interposto por partido político, na hipótese de indeferimento de pedido de inscrição eleitoral ou de transferência, apresentado por filiado. e) interposto por preparador ou funcionário da Junta Eleitoral, se identificado erro material na decisão exarada pelo Juiz. COMENTÁRIOS: Como estudamos, em caso de indeferimento, cabe recurso do alistando no prazo de 5 dias ao TRE; em caso de deferimento, cabe recurso de delegado de partido ao TRE no prazo de 10 dias (Art. 17, §1º, da Resolução Tse nº 21.538/2003). Indeferimento – Recurso do Alistando – 5 dias Deferimento – Recurso de Delegado de Partido – 10 dias. Art. 45 § 7º Do despacho que indeferir o requerimento de inscrição caberá recurso interposto pelo alistando, e do que o deferir poderá recorrer qualquer delegado de partido. Desse modo, o item certo é o C. RESPOSTA CERTA: LETRA C DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 3 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 18 2.2.7. DO CANCELAMENTO E DA EXCLUSÃO DE ELEITORES. Para fins eminetemente acadêmico, a doutrina diferencia Cancelamento de Exclusão. Para o nosso estudo, porém, importa apenas saber que a Legislação Eleitoral não faz não faz qualquer distinção prática. Causas do Cancelamento da inscrição. O art. 71 do Código prevê as hipóteses de cancelamento da inscrição eleitoral. Vejamos cada uma delas: 1) a infração dos artigos. 5º e 42; • Art. 5º - previsão legal dos INALISTÁVEIS – caso o inalistável venha a alistar-se, terá sua inscrição cancelada! Deve-se verificar o conceito de inalistável de forma atualizada com a CF-88 : estrangeiros e conscritos; Código Eleitoral: os que não sabem exprimir-se na língua nacional; os privados dos seus direitos políticos, temporária ou definitivamente; Da mesma forma, os Militares alistáveis devem obedecer às exigências previstas no parágrafo único do art. 5º, sob pena de cancelamento de sua inscrição: os militares são alistáveis, desde que oficiais, aspirantes a oficiais, guardas-marinha, subtenentes ou suboficiais, sargentos ou alunos das escolas militares de ensino superior para formação de oficiais. Ademais, os Militares deve atender às condições previstas no art. 14, §8º, da CF-88. Art. 5º Não podem alistar-se eleitores: II - os que não saibam exprimir-se na língua nacional; III - os que estejam privados, temporária ou definitivamente dos direitos políticos. DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 3 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 19 Parágrafo único - Os militares são alistáveis, desde que oficiais, aspirantes a oficiais, guardas-marinha, subtenentes ou suboficiais, sargentos ou alunos das escolas militares de ensino superior para formação de oficiais. • Art. 42 – Alistamento de eleitor feito em zona eleitoral diferente de seu domicílio – causa de cancelamento de sua inscrição. Esta é uma hipótese de fraude ao processo de qualificação e inscrição, quando o eleitor inscreve-se em zona eleitoral na qual não possui residência. Art. 42. O alistamento se faz mediante a qualificação e inscrição do eleitor. Parágrafo único. Para o efeito da inscrição, é domicílio eleitoral o lugar de residência ou moradia do requerente, e, verificado ter o alistando mais de uma, considerar-se-á domicílio qualquer delas. 2) a suspensão ou perda dos direitos políticos; Na ocorrência dos casos de suspensão ou perda dos direitos políticos estudados na Aula 2, será operado o cancelamento da inscrição do eleitor. Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos casos de: I - cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado; II - incapacidade civil absoluta; III - condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos; IV - recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, nos termos do art. 5º, VIII; V - improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º. DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 3 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 20 3) a pluralidade de inscrição; Quando o eleitor inscrever-se em mais de um Juízo Eleitoral, para que não exista dupla, tripla..., inscrição eleitoral para um mesmo eleitor, deverá cancelada aquela(s) inscrição(ões) irregulares. Comentaremos melhor sobre a exclusão/cancelamento por pluralidade de inscrições logo à frente. 4) o falecimento do eleitor; Quando ocorre o falecimento do eleitor, este fato deve ser comunicado aos Juízes Eleitorais para que este determine o cancelamento de sua inscrição. 5) deixar de votar em 3 (três) eleições consecutivas. Como estudamos anteriormente, segundo o §3º do art. 7º, o eleitor SOMENTE TERÁ sua inscrição cancelada caso não vote por 3 eleições seguidas, ou não pague a multa ou não justifique o voto no prazo de 6 meses a contar da última eleição (3ª eleição consecutiva) a que deveria ter comparecido. Art. 7º § 3º Realizado o alistamento eleitoral pelo processo eletrônico de dados, será CANCELADA A INSCRIÇÃO do eleitor que não votar em 3 (três) eleições consecutivas, não pagar a multa ou não se justificar no prazo de 6 (seis) meses, a contar da data da última eleição a que deveria ter comparecido. Assiná-lo que se a questão afirmar que é caso de cancelamento “deixar de votar em 3 (três) eleições consecutivas”, o item estará CORRETO, pois é o que afirma o art. 71. No entanto, precisamos ter em mente que para efetivar o cancelamento não basta o fato de deixar de votar em 3 eleiçoes consecutivas, é preciso que não pague a multa e não justifique a ausência às urnas. Observo que para o TSE, este prazo dos 6 meses para DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 3 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 21 justificação teria sido alterado para apenas 60 dias (Resolução TSE nº 21.538/03). Cancelamento de inscrições de forma generalizada. O art. 71, §4º, do Código Eleitoral prevê o cancelamento de ofício das inscrições eleitorais caso não sejam apresentados os títulos eleitorais correspondentes em procedimento de revisão de eleitorado. Tal procedimento é deflagrado quando da ocorrênica de fraude no alistamento em determinada zona ou mesmo no Município. Art. 71 § 4º Quando houver denúncia fundamentada de fraude no alistamento de uma zona ou município, o Tribunal Regional poderá determinar a realização de correição e, provada a fraude em proporção comprometedora, ordenará a revisão do eleitorado obedecidas as Instruções do Tribunal Superior e as recomendações que, subsidiariamente, baixar, com o cancelamento de ofício das inscrições correspondentes aos títulos que não forem apresentados à revisão. Cancelamento por perda da nacionalidade. Assiná-lo que perdida a nacionalidade por aquisição de outra nacionalidade de forma voluntária ou por cancelamento da sua naturalização por sentença em virtude de atividade nociva ao interesse nacional (art. 12, §4º, I e II), procede-se ao cancelamento da inscrição do eleitor e a perda dos seus direitos políticos. CF-88 Art. 12 § 4º - Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que: I - tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de atividade nociva ao interesse nacional; II - adquirir outra nacionalidade por naturalização voluntária. DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 3 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 22 II - adquirir outra nacionalidade, salvo no casos: (Redação dada pela Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 1994) a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira; b) de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente em estado estrangeiro, como condição para permanência em seu território ou para o exercício de direitos civis; Resumo das Hipóteses de Cancelamento das Inscrições: a) a infração dos artigos. 5º (INALISTÁVEIS) e 42 (Alistamento de eleitor feito em zona eleitoral diferente de seu domicílio); b) a suspensão ou perda dos direitos políticos; c) a pluralidade de inscrição; d) o falecimento do eleitor; e) deixar de votar em 3 (três) eleições consecutivas. f) cancelamento de ofício dos títulos eleitorais não apresentados em procedimento de revisão de eleitorado. g) por perda da nacionalidade (art. 12, §4º, da CF-88). Legitimados para propor o cancelamento. Configurada qualquer hipótese prevista acima, são os seguintes os legitimados para propor o cancelamento de inscrição eleitoral: 1. Ex ofício – isto é, o próprio Juiz Eleitoral procede no cancelamento sempre que tiver conhecimento de algumas das causas; 2. Delegado de Partido Político – este faz um requerimento formal solicitando o cancelamento de determinada(s) inscrição(ões). 3. Qualquer Eleitor – qualquer cidadão poderá pleitear o cancelamento de inscrição eleitoral. Art. 71 § 1º A ocorrência de qualquer das causas enumeradas neste artigo DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 3 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 23 acarretará a exclusão do eleitor, que poderá ser promovida ex officio, a requerimento de delegado de partido ou de qualquer eleitor. Art. 74. A exclusão será mandada processar "ex officio" pelo juiz eleitoral, sempre que tiver conhecimento de alguma das causas do cancelamento. Dever de comunicar os óbitos. Até o dia 15 de cada mês os Oficiais de registro civil devem comunicar ao Juiz Eleitoral da Zona Eleitoral os óbitos dos cidadãos alistáveis ocorridos no mês anterior. Art. 71 § 3º Os oficiais de Registro Civil, sob as penas do Art. 293, enviarão, até o dia 15 (quinze) de cada mês, ao juiz eleitoral da zona em que oficiarem, comunicação dos óbitos de cidadãos alistáveis, ocorridos no mês anterior, para cancelamento das inscrições. Processo de cancelamento e efeitos eleitorais. Enquanto encontra-se pendente o processo de cancelamento, o eleitor poderá votar normalmente. Acaso a inscrição de eleitor tenha sido impugnada mediante recurso ao TRE respectivo, o voto deste eleitor é plenamente válido, salvo se for se for suficiente para alterar representação partidária ou classificação de candidato eleito pelo princípio majoritário. A DEFESA em caso de cancelamento/exclusão de inscrição eleitoral poderá ser feita não apenas pelo próprio eleitor, mas também por outro eleitor ou por delegado de partido político. Art. 72. Durante o processo e até a exclusão pode o eleitor votar validamente. Parágrafo único. Tratando-se de inscrições contra as quais hajam sido interpostos recursos das decisões que as deferiram, desde que DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 3 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 24 tais recursos venham a ser providos pelo Tribunal Regional ou Tribunal Superior, serão nulos os votos se o seu número fôr suficiente para alterar qualquer representação partidária ou classificação de candidato eleito pelo princípio maioritário. Art. 73. No caso de exclusão, a defesa pode ser feita pelo interessado, por outro eleitor ou por delegado de partido. Batimento de dados e cancelamento por pluralidade de inscrições. O art. 75 do Código prevê que os TREs, tomando conhecimento da inscrição do mesmo eleitor em mais de uma Zona sob sua jurisdição, comunicará o fato ao Juiz Eleitoral competente para que proceda ao cancelamento. No entanto, hoje, no plano prático, o batimento ou cruzamento de informações é centralizado no TSE, que o faz por meio eletrônico, com base no art. 33 e 40 da Resolução TSE nº 21. 538/03. Segundo o art. 75 do Código, o cancelamento da inscrição irregular deverá preferencialmente se dar na seguinte ordem: 1. na inscrição que não corresponda ao domicílio eleitoral; 2. naquela cujo título não haja sido entregue ao eleitor; 3. naquela cujo título não haja sido utilizado para o exercício do voto na última eleição; 4. na mais antiga. O art. 40 da Resolução nº 21.538 prevê apenas uma única alteração na ordem: colocou como a 1ª a ser cancelada a inscrição mais recente, efetuada contrariamente às instruções em vigor. Art. 75. O Tribunal Regional, tomando conhecimento através de seu fichário, da inscrição do mesmo eleitor em mais de uma zona sob sua jurisdição, comunicará o fato ao juiz competente para o cancelamento, que de preferência deverá recair: I - na inscrição que não corresponda ao domicílio eleitoral; II - naquela cujo título não haja sido entregue ao eleitor; DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 3 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 25 III - naquela cujo título não haja sido utilizado para o exercício do voto na última eleição; IV - na mais antiga. Resolução TSE nº 21.538/03 Art. 40. Identificada situação em que um mesmo eleitor possua duas ou mais inscrições liberadas ou regulares, agrupadas ou não pelo batimento, o cancelamento de uma ou mais delas deverá, preferencialmente, recair: I - na inscrição mais recente, efetuada contrariamente às instruções em vigor; II - na inscrição que não corresponda ao domicílio eleitoral do eleitor; III - naquela cujo título não haja sido entregue ao eleitor; IV - naquela cujo título não haja sido utilizado para o exercício do voto na última eleição; V - na mais antiga. Destaco os seguintes pontos sobre cancelamento e exclusão: 1. qualquer interessado poderá comunicar por escrito ao Juiz Eleitoral a respeito de alguma irregularidade, que processará a exclusão/cancelamento na forma do art. 77 do Código Eleitoral; 2. da decisão judical caberá RECURSO no prazo de 3 DIAS para o TRE, interposto pelo excludente (eleitor excluído) ou por delegado de partido; 3. O interessado poderá requerer novo alistamento após a cessão da causa de cancelamento – o eleitor não precisa ficar ad eternum com sua inscrição cancelada! Art. 76. Qualquer irregularidade determinante de exclusão será DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 3 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 26 comunicada por escrito e por iniciativa de qualquer interessado ao juiz eleitoral, que observará o processo estabelecido no artigo seguinte. Art. 77. O juiz eleitoral processará a exclusão pela forma seguinte: I - mandará autuar a petição ou representação com os documentos que a instruírem: II - fará publicar edital com prazo de 10 (dez) dias para ciência dos interessados, que poderão contestar dentro de 5 (cinco) dias; III - concederá dilação probatória de 5 (cinco) a 10 (dez) dias, se requerida; IV - decidirá no prazo de 5 (cinco) dias. Art. 78. Determinado, por sentença, o cancelamento, o cartório tomará as seguintes providências: I - retirará, da respectiva pasta, a fôlha de votação, registrará a ocorrência no local próprio para "Anotações"e juntá-la-á ao processo de cancelamento; II - registrará a ocorrência na coluna de "observações" do livro de inscrição; III - excluirá dos fichários as respectivas fichas, colecionando-as à parte; IV - anotará, de forma sistemática, os claros abertos na pasta de votação para o oportuno preenchimento dos mesmos; V - comunicará o cancelamento ao Tribunal Regional para anotação no seu fichário. Art. 79. No caso de exclusão por falecimento, tratando-se de caso notório, serão dispensadas as formalidades previstas nos nºs. II e III do artigo 77. Art. 80. Da decisão do juiz eleitoral caberá recurso no prazo de 3 (três) dias, para o Tribunal Regional, interposto pelo excluendo ou por delegado de partido. Art. 81. Cessada a causa do cancelamento, poderá o interessado requerer novamente a sua qualificação e inscrição. DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 3 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 27 EXERCÍCIOS: QUESTÃO 69: TRE - AM – Administrativa [FCC] - 31/01/2010. Identificada situação em que um mesmo eleitor possua duas ou mais inscrições liberadas ou regulares, agrupadas ou não pelo batimento, o cancelamento de uma ou mais delas deverá, preferencialmente, recair a) na inscrição mais recente, efetuada contrariamente às instruções em vigor. b) na inscrição que não corresponda ao domicílio eleitoral do eleitor. c) naquela cujo título não haja sido entregue ao eleitor. d) naquela cujo título não haja sido utilizado para o exercício do voto na última eleição. e) na mais antiga. COMENTÁRIOS: Analisamos que, segundo o art. 75 do Código, o cancelamento da inscrição irregular deverá preferencialmente se dar na seguinte ordem: 1. na inscrição que não corresponda ao domicílio eleitoral; 2. naquela cujo título não haja sido entregue ao eleitor; 3. naquela cujo título não haja sido utilizado para o exercício do voto na última eleição; 4. na mais antiga. No entanto, o art. 40 da Resolução nº 21.538 prevê apenas uma única alteração na ordem: colocou como a 1ª a ser cancelada a inscrição mais recente, efetuada contrariamente às instruções em vigor. Art. 40. Identificada situação em que um mesmo eleitor possua duas ou mais inscrições liberadas ou regulares, agrupadas ou não pelo batimento, o cancelamento de uma ou mais delas deverá, preferencialmente, recair: DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 3 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 28 I - na inscrição mais recente, efetuada contrariamente às instruções em vigor; Assim, o item correto é o A. RESPOSTA CERTA: LETRA A QUESTÃO 70: TRE - AM – Administrativa [FCC] - 31/01/2010. NÃO é causa de cancelamento de inscrição a) deixar o eleitor de votar em três eleições consecutivas. b) a suspensão dos direitos políticos. c) a perda dos direitos políticos. d) o falecimento do eleitor. e) a mudança de residência do eleitor para o exterior. COMENTÁRIOS: Trazendo o resumo das Hipóteses de Cancelamento das Inscrições: h) a infração dos artigos. 5º (INALISTÁVEIS) e 42 (Alistamento de eleitor feito em zona eleitoral diferente de seu domicílio); i) a suspensão ou perda dos direitos políticos; j) a pluralidade de inscrição; k) o falecimento do eleitor; l) deixar de votar em 3 (três) eleições consecutivas. m) cancelamento de ofício dos títulos eleitorais não apresentados em procedimento de revisão de eleitorado. n) por perda da nacionalidade (art. 12, §4º, da CF-88). Apenas a mudança de residência do eleitor para o exterior não é causa de cancelamento de sua inscrição. RESPOSTA CERTA: LETRA E DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 3 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 29 QUESTÃO 71: TRE-SP - Técnico Judiciário - Administrativa [FCC] - 22/10/2006. NÃO é causa de cancelamento e de exclusão de eleitor a) a perda dos direitos políticos. b) a pluralidade de inscrições. c) deixar de votar, sem justificativa, em três eleições consecutivas. d) a suspensão dos direitos políticos. e) a condição de analfabeto, descoberta após o alistamento. COMENTÁRIOS: Conforme resumo anterior, apenas o item E não é causa de cancelamento de eleitor. RESPOSTA CERTA: LETRA E QUESTÃO 72: TRE-AP - Analista Judiciário - Administrativa [FCC] - 15/01/2007. São causas de cancelamento da condição de eleitor: I. Suspensão dos direitos políticos. II. Deixar de votar em 2 eleições consecutivas. III. Enfermidade grave e incurável. IV. Mudança de domicílio há dois meses. Está correto o que se afirma APENAS em a) I. b) I e III. c) II. d) II e IV. e) II, III e IV. DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 3 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 30 COMENTÁRIOS: Conforme resumo acima, apenas o item I (suspensão dos direitos políticos) é causa de cancelamento. RESPOSTA CERTA: LETRA A QUESTÃO 73: TRE-PI - Analista Judiciário – Judiciária [FCC] - 12/05/2009. Quanto às causas que determinam a exclusão eleitoral, é INCORRETO afirmar que o cancelamento ocorrerá por motivo de a) ausência do exercício do voto em, no mínimo, cinco eleições sucessivas. b) suspensão dos direitos políticos. c) de o eleitor não saber exprimir-se em língua nacional. d) estar o eleitor inscrito fora de seu domicílio eleitoral. e) pluralidade de inscrições eleitorais. COMENTÁRIOS: Apenas o item A está incorreto (são 3 eleições consecutivas e não 5). O item C está correto, pois é inalistável quem não sabe exprimir-se em língua nacional, o que gera a exclusão de eleitor nestas condições. RESPOSTA CERTA: LETRA A DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 3 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 31 2.2.7. DA REPRESENTAÇÃO PROPORCIONAL. Antes de adentrarmos na parte específica sobre Representação Proporcional, faremos breve digressão aos conceitos básicos dos Sistemas Eleitorais. São 2 os Sistemas Eleitorais no Brasil para distribuição das representações, que estabelecem os procedimentos necessários para realização das eleições: 1. SISTEMA MAJORITÁRIO – por este sistema, para ser eleito, o candidato deve obter a maioria dos votos de uma circunscrição eleitoral. Segundo a CF-88, são os seguintes os cargos eleitos pelo Sistema Majoritário: a. Presidente e Vice da República; b. Senadores; c. Governador e Vice; d. Prefeito e Vice. Observem que são eleitos pelo Sistema Majoritário os Chefes do Poder Executivo + SENADORES. Esta maioria de votos pode ser absoluta ou relativa. ABSOLUTA – a maioria significa + 50% dos votos, computados os recebidos por todos os candidatos. Para os cargos de Presidente, Governador e Prefeito (Município com + 200 Mil eleitores), poderão ser realizados 2 turnos, no 1º a maioria será entre todos os candidatos, e no 2º será apenas entre os 2 candidatos mais votados. Obs: Nos Municípios com menos de 200 Mil eleitores, as eleições são em apenas 1 único turno. Cuidado! Quanto aos Municípios, as questões costumam colocar mais ou menos de 200 mil habitantes! O que é errado! São 200 mil eleitores! RELATIVA – é a maioria simples dos votos dos presentes DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 3 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 32 na votação. Será eleito o candidato que obtiver a maioria dos votos, independentemente se alcançou ou não + de 50% dos votos totais. Ex: votos por candidato: candidato A – 35%; candidato B – 25%, candidato C – 40%. É eleito neste caso o candidato C, por ter obtido a maioria relativa dos votos. Para cargo de SENADOR adota-se o sistema majoritário, mas é utilizada a maioria simples. CF-88 Art. 77. A eleição do Presidente e do Vice-Presidente da República realizar-se-á, simultaneamente, no primeiro domingo de outubro, em primeiro turno, e no último domingo de outubro, em segundo turno, se houver, do ano anterior ao do término do mandato presidencial vigente. § 1º - A eleição do Presidente da República importará a do Vice- Presidente com ele registrado. § 2º - Será considerado eleito Presidente o candidato que, registrado por partido político, obtiver a maioria absoluta de votos, não computados os em branco e os nulos. § 3º - Se nenhum candidato alcançar maioria absoluta na primeira votação, far-se-á nova eleição em até vinte dias após a proclamação do resultado, concorrendo os dois candidatos mais votados e considerando-se eleito aquele que obtiver a maioria dos votos válidos. Art. 46. O Senado Federal compõe-se de representantes dos Estados e do Distrito Federal, eleitos segundo o princípio majoritário. Art. 29. O Município reger-se-á por lei orgânica, (...) e os seguintes preceitos: II - eleição do Prefeito e do Vice-Prefeito realizada no primeiro domingo de outubro do ano anterior ao término do mandato dos que devam suceder, aplicadas as regras do art. 77, no caso de Municípios com mais de duzentos mil eleitores; DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 3 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 33 2. SISTEMA PROPORCIONAL – pelo sistema proporcional, são distribuídos aos Partidos Políticos e Coligações os cargos eletivos do Poder Legislativo (Deputados Federais, Estaduais e Vereadores), salvo os cargos de Senadores, com base na votação obtida. Por este sistema proporcional são definidas as quantidades de vagas de cada partido político e quais são os candidatos eleitos de cada agremiação política. Segundo Jairo Gomes, tal sistema “visa distribuir entre as múltiplas entidades políticas as vagas existentes nas Casas Legislativas, tornando equânime a disputa pelo poder e, principalmente, ensejando a representação de grupos minoritários”. Nesse caso, o voto tem caráter duplo: votar no candidato significa votar também no Partido (voto de legenda), que terá representação na Casa Legislativa. Por este mecanismo, é assegurada a representação pelo maior número possível de grupos e correntes ideológicas de eleitores/partidos. O número de vagas obtidas pelo partido ou coligação de partidos dependerá diretamente do número de votos obtidos pelo partido ou coligação! Art. 45. A Câmara dos Deputados compõe-se de representantes do povo, eleitos, pelo sistema proporcional, em cada Estado, em cada Território e no Distrito Federal. Aplicam-se as mesmas regras da proporcionalidade aos cargos de Deputado Estadual e Vereador. Veremos logo à frente como se dá a distribuição dos votos e dos cargos por cada partido ou coligação. Coligação de Partidos. Segundo o art. 105 do Código, faculta-se a 2 ou mais partidos COLIGAREM-SE para registro de candidatos comuns para os cargos de Deputado Federal, Estadual e Vereador. DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 3 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 34 A Coligação é esta união de partidos visando elegerem candidato(s) comum(ns). Ex: PT e PSDB unirem-se para eleger Fernando Collor de Melo para Presidente da República novamente. Rsrs. É possível? Pelo menos em tese sim! A base constitucional para coligação de partidos está prevista no art. 17, §1º, da CF-88: Art. 17 § 1º É assegurada aos partidos políticos autonomia para definir sua estrutura interna, organização e funcionamento e para adotar os critérios de escolha e o regime de suas coligações eleitorais, sem obrigatoriedade de vinculação entre as candidaturas em âmbito nacional, estadual, distrital ou municipal, devendo seus estatutos estabelecer normas de disciplina e fidelidade partidária. O art. 105 previu apenas coligações para eleições proporcionais, no entanto, o art. 6º da Lei nº 9.504/97 dispõe modernamente sobre a possibilidade coligações para eleições proporcionais e majoritárias. Código Eleitoral Art. 105 - Fica facultado a 2 (dois) ou mais Partidos coligarem-se para o registro de candidatos comuns a deputado federal, deputado estadual e vereador. Lei 9.504/97 Art. 6º É facultado aos partidos políticos, dentro da mesma circunscrição, celebrar coligações para eleição majoritária, proporcional, ou para ambas, podendo, neste último caso, formar-se mais de uma coligação para a eleição proporcional dentre os partidos que integram a coligação para o pleito majoritário. O Código Eleitoral também dispõe que a decisão para a formação ou não de Coligações caberá à Convenção Regional de cada partido para eleições de cargos da Câmara dos Deputados e Assembléias Legislativas. Por sua vez, a decisão para cargos da Câmara de Vereadores caberá à Convenção Municipal. DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 3 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 35 Por outro lado, o art. 7º da Lei nº 9.504/97 prevê que outras normas para formação de coligações serão estabelecidas no ESTATUTO DO PARTIDO. A aprovação da deliberação sobre a formação de coligação deverá ser pela maioria dos partidos, presentes pelo menos 2/3 das agremiações. Art. 105 § 1º - A deliberação sobre coligação caberá à Convenção Regional de cada Partido, quando se tratar de eleição para a Câmara dos Deputados e Assembléias Legislativas, e à Convenção Municipal, quando se tratar de eleição para a Câmara de Vereadores, e será aprovada mediante a votação favorável da maioria, presentes 2/3 (dois terços) dos convencionais, estabelecendo-se, na mesma oportunidade, o número de candidatos que caberá a cada Partido. (Incluído pela Lei nº 7.454, de 30.12.1985) § 2º - Cada Partido indicará em Convenção os seus candidatos e o registro será promovido em conjunto pela Coligação. (Incluído pela Lei nº 7.454, de 30.12.1985) Lei nº 9.504/97 Art. 7º As normas para a escolha e substituição dos candidatos e para a formação de coligações serão estabelecidas no estatuto do partido, observadas as disposições desta Lei. Maiores aprofundamentos sobre coligações serão realizados na Aula 4, quando estudaremos sobre as normas de coligações previstas na Lei nº 9.504/97. Quociente Eleitoral. Vimos que para o Sistema Majoritário, a maioria dos votos (absoluta ou relativa), a depender do cargo eleitivo, é que definirá o candidato eleito. Aqui no Sistema Proporcional, para que seja definida a quantidade de cargos por partido/coligação e para que seja definido o candidato, é preciso que se faça um cálculo um pouco mais complexo. Tentarei DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 3 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 36 simplificar o entendimento desse ponto. Friso que o Sistema Proporcional é somente aplicável às eleições para Deputados Federais, Estaduais e Vereadores (NÃO SENADORES!). Para que seja definida a quantidade de vagas por partido/coligação, deverá ser previamente definido o QUOCIENTE ELEITORAL. Professor, o que é este tal Quociente Eleitoral? É o número mínimo de votos que cada agremiação deverá conquistar para que tenha pelo menos 1 vaga na Casa Legislativa. Como é feito este cálculo? Segundo o art. 106 do Código, para se chegar ao quociente eleitoral, divide-se o nº de votos válido (tanto dos candidatos quanto dos partidos/coligações) pelo nº de lugares a preencher na circunscrição eleitoral. Ex: se em uma determinada eleição Municipal foram apurados 30.000 votos válidos e são 6 vagas a serem preenchidas na Câmara de Vereadores, o cálculo do quociente eleitoral deve ser feito assim: 30.000 (votos válidos)/6 (cargos) = 5.000 (QUOCIENTE ELEITORAL). Art. 106. Determina-se o quociente eleitoral dividindo-se o número de votos válidos apurados pelo de lugares a preencher em cada circunscrição eleitoral, desprezada a fração se igual ou inferior a meio, equivalente a um, se superior. Consideram-se votos VÁLIDOS apenas aqueles dirigidos aos candidatos e/ou às legendas partidárias (aos partidos), não sendo computados os votos em branco e os nulos (não válidos). Caso um determinado partido não alcance o quociente eleitoral, não terá ele direito a sequer um único cargo, pois não alcançou o mínimo de votos necessários para que pudesse eleger representante na Casa Legislativa. O quociente eleitoral funciona, de fato, como a chamada Cláusula de Barreira, por ser uma cláusula limitadora das vagas ao determinar que o partido e coligações só concorrerão aos cargos caso alcancem o mínimo de votos. No cálculo, deve-se desprezar a fração igual ou inferior a meio (0,5) e deve ser arredonda para 1 (um) a fração superior a meio (0,5). DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 3 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 37 Fração = ou < 0,5 – deve ser desprezada Fração > 0,5 – deve ser arredondada para 1 (um) Mas Professor, isto quer dizer o que? Esta fração apenas refere-se ao valor encontrado no Quociente Eleitoral. Ex: caso o Quociente eleitoral apurado seja 542,333, deve-se desprezar essa dízima “0,333”, sobrando apenas como quociente eleitoral 542; se o QE for 765,8, deve-se arredondar este número para 766! Exemplifiquemos novamente a apuração do Quociente Eleitoral: Caso numa eleição tenham 23.639 votos válidos para 5 cargos eletivos para a Casa Legislativa, o quociente eleitoral será quanto? Será 23.639/5 = 4.727,8. Como a regra é arredondar o Quociente eleitoral quando a fração for maior que 0,5, o valor correto é 4.728! Concorreram à eleição os seguintes partidos com os respectivos votos: partido A – 10.050 votos; partido B – 6100 votos; partido C – 5100 votos e partido D – 2350 votos. PARTIDOS VOTOS VÁLIDOS ALCANCE DO QUOCIENTE ELEITORAL PARTIDO A 10.050 SIM PARTIDO B 6100 SIM PARTIDO C 5100 SIM PARTIDO D 2350 NÃO Neste caso, apenas os partidos A, B e C alcançaram o quociente eleitoral (nº mínimo de votos). Assim, apenas estes 3 partidos terão direito a preencher as as vagas disponíveis. O partido D não terá representante na Casa Legislativa. Para que calculemos o número inicial de vagas que cada partido e/ou coligação terão na Casa Legislativa, deverá ser finalmente apurado o QUOCIENTE PARTIDÁRIO! Quociente Partidário. O quociente eleitoral vai, portanto, definir o nº inicial de cargos DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 3 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 38 por cada partido já “aprovado” por ter alcançado o quociente eleitoral. Para apurar o Quociente Partidário para cada Partido ou Coligação deve-se realizar a divisão do nº de votos válidos recebidos por Partido ou coligação pelo quociente eleitoral inicialmente calculado, desprezando-se qualquer fração. CÁLCULO do Quociente Partidário: nº de votos válidos por partido-coligação/quociente eleitoral Vamos calcular o quociente partidário do exemplo dado acima: PARTIDOS CÁLCULO QUOCIENTE PARTIDÁRIO PARTIDO A 10.050/4728=2,12 2 PARTIDO B 6100/4728=1,29 1 PARTIDO C 5100/4728=1,07 1 Temos que destacar 2 pontos relevantes: 1. No cálculo do Quociente PARTIDÁRIO deve-se DESPREZAR as FRAÇÕES! Diferentemente do Quociente eleitoral, que deve ser feita uma análise sobre a fração, no quociente partidário não se computa qualquer fração! Quociente Eleitoral – despreza-se a fração igual ou inferior a meio (0,5) e deve ser arredonda para 1 (um) a fração superior a meio (0,5). Quociente Partidário – despreza-se toda e qualquer fração! 2. Mas não eram 5 vagas a serem preenchidas, Profess- or? Foram somente preenchidas apenas 4 vagas pelo Quociente Partidário! Como fica a única vaga que sobrou? Para que seja distribuída esta vaga remanescente, deve-se DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 3 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 39 Distribuição das vagas remanescentes e cálculo da média mais elevada. Calculado o quociente partidário, serão definidas as vagas por cada partido/coligação. Caso venha a sobrar 1 ou mais vagas, deve-se realizar a seguinte operação: divide-se o nº de votos válidos de cada Partido/coligação pelo nº de cargos por ele obtido + 1 (um). Vamos então resolver a sobra do exemplo estudado: Calculo das sobras: PARTIDOS CÁLCULO MÉDIA PARTIDO A 10.050/(2 + 1) = 3350 PARTIDO B 6100/(1 + 1) = 3050 PARTIDO C 5100/(1 + 1) = 2550 Por este cálculo, qual foi o Partido que alcançou a maior média? PARTIDO A! Portanto, é este que assumirá a 5ª vaga remanescente! Assim, o Partido A terá 3 vagas, e os Partidos B e C ficarão com apenas 1 vaga para cada. Caso sobrem mais de 1 vaga, deve-se repetir o cálculo considerando as vagas já conquistadas por cada partido. Ex: Neste caso dado, se fossem 6 vagas ao invés de 5, deveria-se sopesar o fato do Partido A ter conseguido 3 vagas no cálculo, e não apenas 2 pelo quociente partidário. Sobre Representação Proporcional, ressalto ainda os seguintes pontos: a) O efetivo preenchimento dos lugares com que cada partido ou coligação for contemplado far-se-á segundo a ordem de votação recebida pelos seus candidatos. No exemplo dado, os 3 candidatos mais votados no Partido A, e os primeiros candidatos mais votados tanto no Partido B quanto no C serão os que ocuparão as vagas; DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 3 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 40 b) Em caso de empate de votação, resolve-se em favor do candidato mais idoso (mais antigo); c) Todos os outros candidatos não eleitos na respectiva eleição passam à condição de suplentes, distribuídos pela ordem decrescente de votação. Ex: o candidato do partido A em 4º lugar de votação pelo partido, será o imediato suplente dos 3 primeiros colocados. Em caso de vaga ou impedimento, o 4º colocado assumirá. Isto evita nova eleição. Somente se não houver suplente é que deverá ser realizada nova eleição, salvo se faltarem menos de 15 meses para findar o período de mandato. Art. 107 - Determina-se para cada Partido ou coligação o quociente partidário, dividindo-se pelo quociente eleitoral o número de votos válidos dados sob a mesma legenda ou coligação de legendas, desprezada a fração. Art. 108 - Estarão eleitos tantos candidatos registrados por um Partido ou coligação quantos o respectivo quociente partidário indicar, na ordem da votação nominal que cada um tenha recebido. Art. 109 - Os lugares não preenchidos com a aplicação dos quocientes partidários serão distribuídos mediante observância das seguintes regras: I - dividir-se-á o número de votos válidos atribuídos a cada Partido ou coligação de Partidos pelo número de lugares por ele obtido, mais um, cabendo ao Partido ou coligação que apresentar a maior média um dos lugares a preencher; II - repetir-se-á a operação para a distribuição de cada um dos lugares. § 1º - O preenchimento dos Iugares com que cada Partido ou coligação for contemplado far-se-á segundo a ordem de votação recebida pelos seus candidatos. § 2º - Só poderão concorrer à distribuição dos lugares os Partidos e coligações que tiverem obtido quociente eleitoral. Art. 110. Em caso de empate, haver-se-á por eleito o candidato mais idoso. DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 3 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 41 Art. 111 - Se nenhum Partido ou coligação alcançar o quociente eleitoral, considerar-se-ão eleitos, até serem preenchidos todos os lugares, os candidatos mais votados. Art.112. Considerar-se-ão suplentes da representação partidária: I - os mais votados sob a mesma legenda e não eleitos efetivos das listas dos respectivos partidos; II - em caso de empate na votação, na ordem decrescente da idade. Art. 113. Na ocorrência de vaga, não havendo suplente para preenchê-la, far-se-á eleição, salvo se faltarem menos de nove meses (15 meses) para findar o período de mandato. EXERCÍCIOS: QUESTÃO 74: TRE - AM - Téc. Administrativa [FCC] - 31/01/2010. O sistema da representação proporcional é o adotado no Brasil nas eleições para a) Governador e Vice-Governador de Estado. b) o Senado Federal, e a Câmara dos Deputados. c) a Câmara dos Deputados, Assembleias Legislativas e Câmaras Municipais. d) Presidente e Vice-Presidente da República. e) Prefeito Municipal e para as Câmaras Municipais. COMENTÁRIOS: Estudamos que pelo sistema proporcional, são distribuídos aos Partidos Políticos e Coligações os cargos eletivos do Poder Legislativo (Deputados Federais, Estaduais e Vereadores), salvo os cargos de Senadores, com base na votação obtida. DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 3 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 42 Assim, não cabe para cargos do Executivo e nem para o Senado. RESPOSTA CERTA: LETRA C QUESTÃO 75: [FCC] - 02/08/2009. Considere as eleições para I. Presidente e Vice-Presidente da República. II. o Senado Federal. III. a Câmara dos Deputados. IV. Governador e Vice-Governador do Estado. V. as Assembléias Legislativas. VI. Prefeito e Vice-Prefeito. VII. as Câmaras Municipais. A circunscrição será o Estado e será adotado o princípio da representação proporcional nas eleições indicadas APENAS em a) I e IV. b) I, VI e VII. c) II, III e V. d) II, IV e V. e) III e V. COMENTÁRIOS: O Sistema Majoritário é adotado para os seguintes cargos: a. Presidente e Vice da República; b. Senadores; c. Governador e Vice; d. Prefeito e Vice. São eleitos pelo Sistema Majoritário os Chefes do Poder Executivo + SENADORES. DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 3 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 43 Pelo sistema proporcional, são distribuídos aos Partidos Políticos e Coligações os cargos eletivos do Poder Legislativo (Deputados Federais, Estaduais e Vereadores), salvo os cargos de Senadores, com base na votação obtida. Apenas as eleições da Câmara dos Deputados, das Assembléias Legislativas e das Câmaras Municipais adotam o sistema proporcional. No entanto, como a questão disse que a circunscrição será o Estado, exclui-se as Câmaras Municipais, restando os itens III e V (Câmara dos Deputados e das Assembléias Legislativas) RESPOSTA CERTA: LETRA E QUESTÃO 76: TRE-PB - Analista Judiciário – Administrativa [FCC] - 15/04/2007. Considere: I. Presidente da República. II. Vice-Presidente da República III. Senador. IV. Deputado Federal V. Governador. VI. Vice-Governador. VII. Deputado Estadual VIII. Prefeito Municipal. IX. Vice-Prefeito Municipal. X. Vereador. Adotar-se-á o princípio majoritário nas eleições SOMENTE em a) I, II, III e IV. b) IV, VII e X. c) III, IV, VII e X. d) I, II, V, VI, VIII e IX. DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 3 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 44 e) I, II, III, V, VI, VIII e IX. COMENTÁRIOS: Seguindo o comentado na questão anterior, o Princípio Majoritário é adotado nos cargos previstos nos itens I, II, III, V, VI, VIII, IX. RESPOSTA CERTA: LETRA E QUESTÃO 77: TRE-MS - Técnico Judiciário - Administrativa [FCC] - 25/03/2007. É certo que as eleições para o Senado Federal, para as Assembléias Legislativas e para as Câmaras Municipais obedecerão a) o princípio da representação proporcional, majoritário e da representação proporcional, respectivamente. b) o princípio majoritário, da representação proporcional e da representação proporcional, respectivamente. c) o princípio da representação proporcional, da representação proporcional e majoritário, respectivamente. d) o princípio majoritário. e) o princípio da representação proporcional. COMENTÁRIOS: Senado – majoritário; Assembléias Legislativas e Câmaras Municipais –proporcional. RESPOSTA CERTA: LETRA B QUESTÃO 78: TRE - AM – Administrativa [FCC] - 31/01/2010. No sistema da representação proporcional, considera-se quociente partidário para cada partido ou coligação DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 3 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 45 a) a soma dos votos válidos a candidatos de cada partido ou coligação, mais os votos da respectiva legenda. b) a divisão do número total de votos válidos pelo número de lugares na Câmara dos Deputados, Assembleias Legislativas ou Câmaras Municipais. c) a divisão pelo quociente eleitoral do número de votos válidos alcançados pela legenda ou coligação de legendas, desprezada a fração. d) a divisão do número total de votos, incluindo os votos em branco, pelo número de lugares na Câmara dos Deputados, Assembleias Legislativas ou Câmaras Municipais. e) a divisão do número total de votos, incluindo os votos em branco e os votos nulos, pelo número de lugares na Câmara dos Deputados, Assembleias Legislativas ou Câmaras Municipais. COMENTÁRIOS: Vimos que para apurar o Quociente Partidário de cada Partido/Coligação/Legenda deve-se realizar a divisão do nº de votos válidos recebidos por Partido ou coligação pelo quociente eleitoral inicialmente calculado, desprezando-se qualquer fração. CÁLCULO do Quociente Partidário: nº de votos válidos por partido-coligação/quociente eleitoral Assim, apenas o item C está correto. RESPOSTA CERTA: LETRA C QUESTÃO 79: TRE - PI - Analista Judiciário - Judiciária [FCC] - 02/08/2002. A respeito da representação proporcional, considere: I. Determina-se o quociente eleitoral dividindo-se o número de eleitores pelo de lugares a preencher em cada circunscrição eleitoral, desprezada a fração se igual ou inferior a meio, e equivalente a um, se superior. II. Determina-se para cada partido ou coligação o quociente partidário, DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 3 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 46 dividindo-se pelo quociente eleitoral o número de votos válidos dados sob a mesma legenda ou coligação de legendas, desprezada a fração. III. Se nenhum partido ou coligação alcançar o quociente eleitoral, considerar- se-ão eleitos, até serem preenchidos todos os lugares, os candidatos mais votados. Está correto o que se afirma APENAS em a) I. b) I e II. c) I e III. d) II. e) II e III. COMENTÁRIOS: Segundo o art. 106 do Código, para se chegar ao quociente eleitoral,
Compartilhar