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Direito Eleitoral - Teoria e Exercícios

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DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS 
AULA 3 
PROFESSOR: RICARDO GOMES 
Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 1
DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS 
AULA 3 
Prof. RICARDO GOMES 
Prezados(as) Alunos(as)! 
Feliz por mais um encontro com todos vocês! 
É muito proveitoso para qualquer Professor este contato com 
tantos concurseiros espalhados por este país maravilhoso! 
E os estudos de Direito Eleitoral a quantas andam? Lembro que 
nossa matéria tem PESO 3 na maioria dos concursos de TREs! Então, Avante! 
Avante! 
A legislação eleitoral, por ser bastante específica, pode parecer de 
difícil assimilação, ou mesmo enfadonha, mas tenhamos fé e força, que tudo 
dará certo! 
Como ensina o Professor Willian Douglas, a “dor é temporária, 
mas o cargo é permanente!” 
Errata: 
Desconsiderar na Aula 2, por erro material, a menção à Composição dos TREs 
com 9 Membros, pois a composição dos TRE é idêntica à do TSE: 7 Membros! 
Caso queiram, podem baixar novo arquivo da aula com a pequena correção. 
Nesta 3ª semana, estudaremos o restante dos tópicos do Código 
Eleitoral: 
QUADRO SINÓPTICO DA AULA: 
1. Introdução ao Código Eleitoral (continuação) 
i. Da Qualificação e Inscrição; 
ii. Do Cancelamento e da exclusão de eleitores; 
iii. Da Representação Proporcional; 
 
 
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iv. Dos Recursos Eleitorais; 
v. Disposições Penais: Disposições 
Preliminares. Dos Crimes Eleitorais; 
vi. Dos Processos das Infrações. 
2.2.6. DA QUALIFICAÇÃO E INSCRIÇÃO 
Alistamento Eleitoral. 
Estudamos anteriormente a previsão constitucional do Alistamento 
Eleitoral, especialmente no art. 14 da CF-88. A partir de agora adentraremos 
no estudo das normas infra-constitucionais. 
A Resolução TSE nº 21.538/2003, a ser estudada na Aula 7, trata, 
entre outras matérias, pormenorizadamente sobre o Alistamento Eleitoral e 
serviços eleitorais mediante processamento eletrônico de dados. 
No Código Eleitoral estão presentes as regras básicas do 
Alistamento, a começar pela Qualificação e Inscrição do eleitor. 
O que é o Alistamento Eleitoral? 
É simples: é o procedimento pelo qual o cidadão ainda não eleitor 
qualifica-se e inscreve-se como eleitor. 
Por meio da qualificação o cidadão comprova perante a Justiça 
Eleitoral possuir os requisitos necessários para ser eleitor. Por sua vez, com a 
inscrição, o cidadão passa a integrar o cadastro geral de eleitores da Justiça 
Eleitoral após a confirmação da qualificação do cidadão e o respectivo 
deferimento do Juiz Eleitoral. 
Por isso: o ALISTAMENTO se faz mediante a QUALIFICAÇÃO e 
INSCRIÇÃO do eleitor. 
Art. 42. O alistamento se faz mediante a qualificação e 
inscrição do eleitor. 
 
 
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Domicílio Eleitoral. 
O Código Civil brasileiro preceitua o conceito de domícilio civil da 
pessoa. No entanto, para fins eleitorais, aplica-se o conceito especial dado pela 
Lei Eleitoral. 
O TSE, inclusive, já decidiu nos Acórdãos TSE nºs 16.397/2000 e 
18.124/2000 que o conceito de domicílio eleitoral NÃO SE CONFUNDE, 
necessariamente, com o de domicílio civil por ser o eleitoral mais flexível e 
elástico, identifica-se com a residência e o lugar onde o interessado tem 
vínculos (políticos, sociais, patrimoniais, negócios). 
Desse modo, aplica-se o conceito previsto no art. 42, parágrafo 
único, do Código: Domicílio Eleitoral – lugar de residência ou moradia do 
requerente. Em caso de mais de uma residência, poderá o eleitor, 
facultativamente, inscrever-se em qualquer delas, sem restrição. 
Domicílio ELEITORAL ≠ Domicílio CIVIL 
Basta o cidadão procurar a Justiça Eleitoral com documentos 
básicos que comprovem sua residência/vinculação com determinada zona 
eleitoral e solicitar o seu alistamento eleitoral. 
Art. 42 
Parágrafo único. Para o efeito da inscrição, é domicílio eleitoral o 
lugar de residência ou moradia do requerente, e, verificado ter 
o alistando mais de uma, considerar-se-á domicílio qualquer delas.
Requerimento de Alistamento Eleitoral. 
Segundo o art. 4-8 da Resolução TSE nº 21.538/2003, para o 
alistamento deve ser utilizado o Requerimento de Alistamento Eleitoral 
(RAE). 
O RAE, que é o documento inicial que agrega os dados do cidadão-
eleitor, será utilizado não só para Alistamento, mas também para: 
a. Transferência; 
b. Revisão; 
c. Segunda Via. 
 
 
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Para alistar-se (qualificação e inscrição), o eleitor deverá 
comparecer ao Cartório Eleitoral e preencher o RAE. O art. 43 do Código previa 
que o requerimento obedeceria a modelo aprovado pelo TSE. Este atual 
modelo é o RAE. 
Art. 43. O alistamento apresentará em cartório ou local 
previamente designado, requerimento em fórmula que obedecerá 
ao modelo aprovado pelo Tribunal Superior. 
O Código previa que o requerimento deveria ser apresentado com 
3 retratos (fotografias). Esta obrigação foi dispensada no alistamento por 
processamento eletrônico pelos arts. 1º, caput, e art. 5º, §4º, da Lei nº 
7.444/85. 
O art. 44 do Código prevê que o cidadão deverá necessariamente 
apresentar pelo menos 1 dos documentos previstos nos seus incisos, que 
comprovam a nacionalidade brasileira do alistando (não é para 
apresentar todos os documentos, basta pelo menos 1 deles). 
São os seguintes os documentos necessários ao alistamento: 
a. carteira de identidade expedida pelo órgão competente; 
Todos os documentos de identificação são aceitos pela Justiça 
Eleitoral, inclusive Carteiras Funcionais e Profissionais emitidas 
por entidades de classe federais, conforme prevê o art. 5º, §2º, 
III, da Lei nº 7.444/85: 
Art. 5 
§ 2o O requerimento de inscrição será instruído com um dos 
seguintes documentos: 
III – carteira emitida pelos órgãos criados por lei federal, 
controladores do exercício profissional; 
O Código prevê “carteira de identidade expedida pelo órgão 
competente do Distrito Federal ou Estados”. Porém esta parte 
foi suprimida pelo art. 5º, §2º, I, da Lei nº 7.444/85. 
b. certificado de quitação do serviço militar; 
Conforme o art. 13, parágrafo único do art. 14 da Resolução 
TSE nº 21.538/2003, a quitação do serviço militar só é exigível 
do alistando do sexo masculino maior de 18 anos. 
 
 
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c. certidão de idade extraída do Registro Civil; 
Estas certidões de idade são as certidões de nascimento e de 
casamento. 
d. instrumento público do qual se infira, por direito ter o 
requerente idade superior a dezoito anos (16 anos) e do 
qual conste, também, os demais elementos necessários à sua 
qualificação; 
É preciso que o cidadão comprove possuir pelo menos 16 anos 
até a data do pleito, idade mínima prevista pela atual CF-88 
para o alistamento eleitoral facultativo, combinado com o 
previsto no art. 14 da Resolução TSE nº 21.538/2003. 
e. documento do qual se infira a nacionalidade brasileira, 
originária ou adquirida, do requerente. 
O TSE já decidiu que, nos casos de dupla nacionalidade, não é 
exigível a prova de opção pela nacionalidade brasileira, pois 
competência
para exame e julgamento das causas referentes à 
nacionalidade é da Justiça Federal (Resolução TSE nº 
21.385/2003. 
Obs: O RAE tem que ser preenchido com os dados exatos 
constantes dos documentos apresentados pelo cidadão. Caso 
não tenha sido preenchido corretamente, será este devolvido ao 
alistando, pois os dados constantes do sistema eleitoral devem 
ser os mais exatos possíveis (art. 44, parágrafo único). 
Art. 44. O requerimento, acompanhado de 3 (três) retratos, será 
instruído com um dos seguintes documentos, que não poderão 
ser supridos mediante justificação: 
I - carteira de identidade expedida pelo órgão competente do 
Distrito Federal ou dos Estados; 
II - certificado de quitação do serviço militar; 
III - certidão de idade extraída do Registro Civil (nascimento 
ou casamento); 
IV - instrumento público do qual se infira, por direito ter o 
 
 
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requerente idade superior a dezoito anos (16 anos) e do qual 
conste, também, os demais elementos necessários à sua 
qualificação; 
V - documento do qual se infira a nacionalidade brasileira, 
originária ou adquirida, do requerente. 
Parágrafo único. Será devolvido o requerimento que não 
contenha os dados constantes do modelo oficial, na mesma 
ordem, e em caracteres inequívocos. 
Resolução nº 21.538/03 
Art. 13. Para o alistamento, o requerente apresentará um dos 
seguintes documentos do qual se infira a nacionalidade brasileira 
(Lei nº 7.444/85, art. 5º, § 2º): 
a) carteira de identidade ou carteira emitida pelos órgãos criados 
por lei federal, controladores do exercício profissional; 
b) certificado de quitação do serviço militar; 
c) certidão de nascimento ou casamento, extraída do Registro Civil; 
d) instrumento público do qual se infira, por direito, ter o 
requerente a idade mínima de 16 anos e do qual constem, 
também, os demais elementos necessários à sua qualificação. 
Parágrafo único. A apresentação do documento a que se 
refere a alínea b é obrigatória para maiores de 18 anos, do 
sexo masculino. 
Art. 14. É facultado o alistamento, no ano em que se 
realizarem eleições, do menor que completar 16 anos até a 
data do pleito, inclusive. 
Lei nº 7.444/85 
Art. 5º 
§ 2o O requerimento de inscrição será instruído com um dos 
seguintes documentos: 
 
 
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I – carteira de identidade, expedida por órgão oficial competente; 
II – certificado de quitação do serviço militar; 
III – carteira emitida pelos órgãos criados por lei federal, 
controladoresdo exercício profissional; 
IV – certidão de idade, extraída do registro civil; 
V – instrumento público do qual se infira, por direito, ter o 
requerente a idade mínima de 18 (dezoito) anos e do qual 
constem, também, os demais elementos necessários à sua 
qualificação; 
VI – documento do qual se infira a nacionalidade brasileira, 
originária ou adquirida, do requerente. 
 
Procedimentos do Alistamento Eleitoral. 
Os procedimentos de qualificação e inscrição do eleitor foram 
detalhados no art. 45 do Código. Para dar eficácia ao estudo, destaco os 
pontos mais importantes: 
1) Os analfabetos apenas aporão as suas impressões digitais do 
polegar direito, não sendo obrigados a assinarem, consoante 
previsto no caput do art. 45; 
2) O requerimento (RAE) de inscrição deverá ser submetido ao 
Juiz Eleitoral em até 48 horas; 
3) Em caso de dúvida quanto à identidade da pessoa, poderá o 
Juiz Eleitoral solicitar que esclareça a dúvida ou complemente 
nova documentação; 
4) Com o deferimento judicial, no prazo de até 5 dias, o título 
será entregue ao eleitor, mediante recibo; 
5) Caso não anexe o recibo ao processo eleitoral aberto para o 
eleitor, incorrerá em multa o Juiz e os servidores da Justiça 
Eleitoral; (cuidado hen! Servidores do TRE! Rsrs); esta multa 
NÃO PODE MAIS SER COM BASE NO SALÁRIO-MÍNIMO; 
6) É preciso que o Juiz Eleitoral primeiro despache o pedido de 
alistamento (RAE) para devolução de qualquer documento ao 
 
 
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eleitor; 
7) Em caso de indeferimento, cabe recurso do alistando no 
prazo de 5 dias ao TRE; em caso de deferimento, cabe 
recurso de delegado de partido ao TRE no prazo de 10 
dias (Art. 17, §1º, da Resolução Tse nº 21.538/2003). 
Indeferimento – Recurso do Alistando – 5 dias 
Deferimento – Recurso de Delegado de Partido – 10 dias. 
8) Deve ser remetida a ficha do eleitor ao TRE após a expedição 
do título. 
Listas de Eleitores e Título Eleitoral. 
As antigas “folhas individuais de votação”, previstas nos arts. 45, 
46 e em outros dispositivos do Códito Eleitoral foram subsitituídas por Listas 
de eleitores emitidas por computador no processo eletrônico de dados. 
Destaco os seguintes aspectos constantes do art. 46 do Código: 
1) As listas de eleitores e os títulos serão confeccionados com 
base em modelos previsto na Resolução Tse nº 21.538/2003; 
2) Na lista do eleitor e do título consta a seção a que está 
inscrito o eleitor (localizada o mais próximo possível de sua 
residência, dentro do distrito eleitoral); 
3) As formalidades previstas no §2º do art. 46 foram superadas 
com a implantação do processamento eletrônico de dados; 
4) A regra é que o eleitor fique vinculado à seção eleitoral 
indicada no seu título, salvo nas seguintes hipóteses legais: 
a. em caso de transferência de Zona ou Município; 
b. se, em até 100 dias antes da eleição, provar que 
mudou de domicílio dentro do mesmo Município, de um 
distrito para outro ou para lugar muito distante da 
seção em que se acha inscrito. 
Obs: o art. 91 da Lei nº 9504/97 fixa o prazo de 150 
dias. No entanto, como veremos, apesar de na prática ser 
 
 
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aplicado, é ainda polêmico na doutrina e jurisprudência. 
5) O eleitor poderá sempre requerer ao Juiz Eleitoral a 
retificação dos seus dados (no título ou lista); 
6) O título faz prova de inscrição na seção e de votação, caso 
assinado e datado pelo presidente da mesa receptora. 
Este comprovante é antigo. Hoje as Certidões Eleitorais são 
emitidas eletronicamente, mas como está previsto no Código 
Eleitoral, temos que decorar! 
Certidões de nascimento ou casamento gratuitas. 
O Código prevê gratuidade no fornecimento de certidões de 
nascimento ou casamento aos alistandos quando destinadas ao alistamento 
eleitoral, segundo a ordem de pedidos apresentados em cartório de registro 
civil. 
O escrivão do registro civil deverá conceder a certidão ou justificar-
se pela não concessão ao Juiz Eleitoral no prazo de 15 dias, sob pena de 
incorrer no crime eleitoral de perturbar ou impedir de qualquer forma o 
alistamento (art. 293 do Código). 
Art. 47. As certidões de nascimento ou casamento, quando 
destinadas ao alistamento eleitoral, serão fornecidas 
gratuitamente, segundo a ordem dos pedidos apresentados em 
cartório pelos alistandos ou delegados de partido. 
§1º Os cartórios de Registro Civil farão, ainda, gratuitamente, o 
registro de nascimento visando ao fornecimento de certidão aos 
alistandos, desde que provem carência de recursos, ou aos
Delegados de Partido, para fins eleitorais. 
§ 2º Em cada Cartório de Registro Civil haverá um livro especial 
aberto e rubricado pelo Juiz Eleitoral, onde o cidadão ou o delegado 
de partido deixará expresso o pedido de certidão para fins 
eleitorais, datando-o. 
§ 3º O escrivão, dentro de quinze dias da data do pedido, 
concederá a certidão, ou justificará, perante o Juiz Eleitoral por que 
deixa de fazê-lo. 
 
 
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§ 4º A infração ao disposto neste artigo sujeitará o escrivão às 
penas do Art. 293. 
Dispensa de Empregado Celetista. 
Os empregados contratados sob o regime da Consolidação das Leis 
do Trabalho (CLT), podem faltar ao serviço por até 2 dias para alistarem-se 
ou solicitarem transferência. 
Destaco 2 pontos: 
a) lembrem que não é apenas para o alistamento! Para 
pedirem transferência de domicílio eleitoral também podem 
gozar desses 2 dias! 
b) O Código previu apenas “empregado”, não abarcando os 
servidores públicos. 
Para estes, os seus estatutos devem assegurar tal prerrogativa 
para que também gozem do mesmo direito. Para os servidores 
públicos da União (caso de vocês), a Lei nº 8.112/90, no art. 
97, II, dispõe que o servidor poderá afastar-se também por 2 
dias para se alistar como eleitor (nesse termo incluído o 
alistamento propriamente dito e a transferência). 
Art. 48. O empregado mediante comunicação com 48 (quarenta e 
oito) horas de antecedência, poderá deixar de comparecer ao 
serviço, sem prejuízo do salário e por tempo não excedente a 2 
(dois) dias, para o fim de se alistar eleitor ou requerer 
transferência. 
Alistamento dos Cegos. 
Aqueles cegos alfabetizados no sistema Braille e que possuírem os 
requisitos básicos para o alistamento, poderão normalmente requererem a sua 
inscrição eleitoral, preenchendo o servidor da Justiça Eleitoral o seu RAE. 
Atenção! 
A Lei prevê que apenas os cegos alfabetizados no sistema 
braille é que poderão inscrever-se como eleitores! Os cegos não alfabetizados 
 
 
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no braille, em tese, estão alijados da participação política. Isso porque, para 
votarem, precisam conhecer o braille, insculpido nas teclas das Urnas Eleitorais 
e nas folhas de votação. 
Vocês cumprirão uma função social belíssima, não é verdade? 
O alistamento deverá ser feito na presença de funcionários de 
estabelecimento especializado de amparo e proteção aos cegos, conhecedor do 
sistema Braille, que atestarão a validade do documento juntamente com o 
servidor (vocês). 
O Juiz Eleitoral deverá providenciar que o alistamento dos cegos 
seja realizado no próprio estabelecimento de proteção aos deficientes visuais, 
para que apenas neste local, naquela Zona Eleitoral, sejam inscritos todos os 
cegos do município. Estes eleitores deverão fazer parte da mesma seção ou 
zona. 
Art. 49. Os cegos alfabetizados pelo sistema "Braille", que reunirem 
as demais condições de alistamento, podem qualificar-se mediante 
o preenchimento da fórmula impressa e a aposição do nome com 
as letras do referido alfabeto. 
§ 1º De forma idêntica serão assinadas a folha individual de 
votação e as vias do título. 
§ 2º Esses atos serão feitos na presença também de funcionários 
de estabelecimento especializado de amparo e proteção de cegos, 
conhecedor do sistema "Braille", que subscreverá, com o Escrivão 
ou funcionário designado, o seguinte declaração a ser lançada no 
modelo de requerimento; "Atestamos que a presente fórmula bem 
como a folha individual de votação e vias do título foram subscritas 
pelo próprio, em nossa presença". 
Art. 50. O juiz eleitoral providenciará para que se proceda ao 
alistamento nas próprias sedes dos estabelecimentos de proteção 
aos cegos, marcando previamente, dia e hora para tal fim, 
podendo se inscrever na zona eleitoral correspondente todos os 
cegos do município. 
§ 1º Os eleitores inscritos em tais condições deverão ser 
localizados em uma mesma seção da respectiva zona. 
§ 2º Se no alistamento realizado pela forma prevista nos artigos 
 
 
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anteriores, o número de eleitores não alcançar o mínimo exigido, 
este se completará com a inclusão de outros ainda que não sejam 
cegos. 
EXERCÍCIOS: 
QUESTÃO 65: TRE-PB - Analista Judiciário - Judiciária - Direito 
[FCC] - 15/04/2007. 
A respeito do alistamento eleitoral é INCORRETO afirmar que 
a) as certidões de nascimento ou casamento, quando destinadas ao 
alistamento eleitoral, serão fornecidas gratuitamente, segundo a ordem dos 
pedidos apresentados em cartório pelos alistandos ou delegados de partido. 
b) o alistamento de cegos somente poderá ser feito na presença do Juiz 
Eleitoral, que verificará se o eleitor é cego e se conhece o "Sistema Braille", 
sendo que atestará que a folha individual de votação e vias do título foram 
subscritas pelo próprio. 
c) o empregado, mediante comunicação de 48 (quarenta e oito) horas de 
antecedência, poderá deixar de comparecer ao serviço sem prejuízo do salário 
e por tempo não excedente a 2 (dois) dias, afim de alistar-se eleitor ou 
requerer transferência. 
d) os cegos alfabetizados pelo "Sistema Braille" que reunirem as demais 
condições de alistamento, podem qualificar-se mediante o preenchimento da 
fórmula impressa e a aposição do nome com as letras do referido alfabeto. 
e) se, no alistamento realizado através do "Sistema Braille", o número de 
eleitores não alcançar o mínimo exigido, este se completará com a inclusão de 
outros, ainda que não sejam cegos. 
COMENTÁRIOS: 
Item A – correto. O Código prevê gratuidade no fornecimento de certidões de 
nascimento ou casamento aos alistandos quando destinadas ao alistamento 
eleitoral, segundo a ordem de pedidos apresentados em cartório de registro 
 
 
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civil. 
Art. 47. As certidões de nascimento ou casamento, quando 
destinadas ao alistamento eleitoral, serão fornecidas 
gratuitamente, segundo a ordem dos pedidos apresentados em 
cartório pelos alistandos ou delegados de partido. 
Item B – incorreto e Item D - correto. 
O alistamento deverá ser feito na presença de funcionários de estabelecimento 
especializado de amparo e proteção aos cegos, conhecedor do sistema Braille, 
que atestarão a validade do documento juntamente com o servidor e não 
somente na presença do Juiz Eleitoral. 
Art. 49. Os cegos alfabetizados pelo sistema "Braille", que reunirem 
as demais condições de alistamento, podem qualificar-se mediante 
o preenchimento da fórmula impressa e a aposição do nome com 
as letras do referido alfabeto. 
§ 2º Esses atos serão feitos na presença também de funcionários 
de estabelecimento especializado de amparo e proteção de cegos, 
conhecedor do sistema "Braille", que subscreverá, com o Escrivão 
ou funcionário designado, o seguinte declaração a ser lançada no 
modelo de requerimento; "Atestamos que a presente fórmula bem 
como a folha individual de votação e vias do título foram subscritas 
pelo próprio, em nossa presença". 
Item C – correto. 
Os empregados contratados sob o regime da Consolidação das Leis 
do Trabalho (CLT),
podem faltar ao serviço por até 2 dias para alistarem-se 
ou solicitarem transferência. 
Art. 48. O empregado mediante comunicação com 48 (quarenta e 
oito) horas de antecedência, poderá deixar de comparecer ao 
serviço, sem prejuízo do salário e por tempo não excedente a 2 
(dois) dias, para o fim de se alistar eleitor ou requerer 
transferência. 
Item E – correto. Conforme art. 50, §2º. 
Art. 50. 
§ 2º Se no alistamento realizado pela forma prevista nos artigos 
 
 
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anteriores, o número de eleitores não alcançar o mínimo exigido, 
este se completará com a inclusão de outros ainda que não sejam 
cegos. 
RESPOSTA CERTA: LETRA B 
QUESTÃO 66: TRE [FCC] - 25/03/2007 (ADAPTADA) 
A respeito do alistamento eleitoral, é correto afirmar que 
a) o eleitor poderá alterar livremente a sua seção eleitoral. 
b). a certidão de idade, extraída do Registro Civil, não é documento hábil para 
o alistamento. 
c) a prova da nacionalidade brasileira só pode ser feita por certidão de 
nascimento ou casamento, extraída do Registro Civil. 
d) a apresentação de certificado de quitação do serviço militar é obrigatória 
para maiores de 18 anos, do sexo masculino. 
COMENTÁRIOS: 
Item A – errado. Segundo o art. 46, §3º, a regra é que o eleitor fique 
vinculado à seção eleitoral indicada no seu título, salvo nas seguintes hipóteses 
legais: em caso de transferência de Zona ou Município; se, em até 100 
dias antes da eleição, provar que mudou de domicílio dentro do mesmo 
Município, de um distrito para outro ou para lugar muito distante da seção em 
que se acha inscrito. 
Item B e C – errados. As certidões de idade são documentos hábeis para o 
alistamento, mas não são os únicos. 
Art. 44. O requerimento, acompanhado de 3 (três) retratos, será 
instruído com um dos seguintes documentos, que não poderão 
ser supridos mediante justificação: 
I - carteira de identidade expedida pelo órgão competente do 
Distrito Federal ou dos Estados; 
II - certificado de quitação do serviço militar; 
 
 
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III - certidão de idade extraída do Registro Civil (nascimento 
ou casamento); 
IV - instrumento público do qual se infirá, por direito ter o 
requerente idade superior a dezoito anos (16 anos) e do qual 
conste, também, os demais elementos necessários à sua 
qualificação; 
V - documento do qual se infira a nacionalidade brasileira, 
originária ou adquirida, do requerente. 
Item D – correto. Os certificados de quitação do serviço militar só são exigíveis 
dos alistandos do sexo masculino maiores de 18 anos. 
RESPOSTA CERTA: LETRA D 
QUESTÃO 67: TRE (ADAPTADA). 
A respeito do alistamento eleitoral é INCORRETO afirmar que 
a) os cegos alfabetizados pelo sistema Braille, que reunirem as demais 
condições de alistamento, podem qualificar-se mediante o preenchimento da 
fórmula impressa e a aposição do nome com as letras do referido alfabeto. 
b) o empregado, mediante comunicação com 48 horas de antecedência, 
poderá deixar de comparecer ao serviço, sem prejuízo do salário e por tempo 
não superior a 2 dias, para o fim de alistar-se eleitor. 
c) o pedido de inscrição eleitoral só será admitido se o requerimento estiver 
instruído com carteira de identidade ou certidão de idade extraída do registro 
civil. 
d) no caso de indeferimento do pedido de alistamento eleitoral, o Cartório 
devolverá ao requerente, mediante recibo, as fotografias e o documento com o 
qual houver instruído o seu requerimento. 
COMENTÁRIOS: 
Item A – correto. Art. 49, caput. 
 
 
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Art. 49. Os cegos alfabetizados pelo sistema "Braille", que reunirem 
as demais condições de alistamento, podem qualificar-se mediante 
o preenchimento da fórmula impressa e a aposição do nome com 
as letras do referido alfabeto. 
Item B – correto. Art. 48. 
Art. 48. O empregado mediante comunicação com 48 (quarenta e 
oito) horas de antecedência, poderá deixar de comparecer ao 
serviço, sem prejuízo do salário e por tempo não excedente a 2 
(dois) dias, para o fim de se alistar eleitor ou requerer 
transferência. 
Item C – incorreto. O art. 44 do Código prevê que o cidadão deverá 
necessariamente apresentar pelo menos 1 dos documentos previstos nos seus 
incisos, que comprovam a nacionalidade brasileira do alistando. Não é apenas 
carteira de identidade ou certidão de idade. 
art. 44 
I - carteira de identidade expedida pelo órgão competente do 
Distrito Federal ou dos Estados; 
II - certificado de quitação do serviço militar; 
III - certidão de idade extraída do Registro Civil (nascimento 
ou casamento); 
IV - instrumento público do qual se infirá, por direito ter o 
requerente idade superior a dezoito anos (16 anos) e do qual 
conste, também, os demais elementos necessários à sua 
qualificação; 
V - documento do qual se infira a nacionalidade brasileira, 
originária ou adquirida, do requerente. 
Item D – correto. Art. 45, §10º. 
Art. 45 
§ 10. No caso de indeferimento do pedido, o Cartório devolverá ao 
requerente, mediante recibo, as fotografias e o documento com 
que houver instruído o seu requerimento. 
 
 
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RESPOSTA CERTA: LETRA C 
QUESTÃO 68: TRE-CE - Técnico Judiciário [FCC] - 01/11/2002. 
Do despacho proferido em processo de alistamento caberá recurso 
a) de ofício, ao Tribunal Regional Eleitoral competente. 
b) interposto por qualquer eleitor, em se tratando de decisão de deferimento 
do pedido de inscrição eleitoral. 
c) do alistando, quando a decisão indeferir a expedição do título de eleitor. 
d) interposto por partido político, na hipótese de indeferimento de pedido de 
inscrição eleitoral ou de transferência, apresentado por filiado. 
e) interposto por preparador ou funcionário da Junta Eleitoral, se identificado 
erro material na decisão exarada pelo Juiz. 
COMENTÁRIOS: 
Como estudamos, em caso de indeferimento, cabe recurso do alistando no 
prazo de 5 dias ao TRE; em caso de deferimento, cabe recurso de delegado 
de partido ao TRE no prazo de 10 dias (Art. 17, §1º, da Resolução Tse nº 
21.538/2003). 
Indeferimento – Recurso do Alistando – 5 dias 
Deferimento – Recurso de Delegado de Partido – 10 dias. 
Art. 45 
§ 7º Do despacho que indeferir o requerimento de inscrição 
caberá recurso interposto pelo alistando, e do que o deferir 
poderá recorrer qualquer delegado de partido. 
Desse modo, o item certo é o C. 
RESPOSTA CERTA: LETRA C 
 
 
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2.2.7. DO CANCELAMENTO E DA EXCLUSÃO DE 
ELEITORES. 
Para fins eminetemente acadêmico, a doutrina diferencia 
Cancelamento de Exclusão. Para o nosso estudo, porém, importa apenas 
saber que a Legislação Eleitoral não faz não faz qualquer distinção prática. 
Causas do Cancelamento da inscrição. 
O art. 71 do Código prevê as hipóteses de cancelamento da 
inscrição eleitoral. Vejamos cada uma delas:
1) a infração dos artigos. 5º e 42; 
• Art. 5º - previsão legal dos INALISTÁVEIS – caso o 
inalistável venha a alistar-se, terá sua inscrição 
cancelada! Deve-se verificar o conceito de inalistável 
de forma atualizada com a CF-88 : estrangeiros e 
conscritos; Código Eleitoral: os que não sabem 
exprimir-se na língua nacional; os privados dos 
seus direitos políticos, temporária ou 
definitivamente; 
Da mesma forma, os Militares alistáveis devem 
obedecer às exigências previstas no parágrafo único do 
art. 5º, sob pena de cancelamento de sua inscrição: os 
militares são alistáveis, desde que oficiais, aspirantes a 
oficiais, guardas-marinha, subtenentes ou suboficiais, 
sargentos ou alunos das escolas militares de ensino 
superior para formação de oficiais. 
Ademais, os Militares deve atender às condições previstas 
no art. 14, §8º, da CF-88. 
Art. 5º Não podem alistar-se eleitores: 
II - os que não saibam exprimir-se na língua nacional; 
III - os que estejam privados, temporária ou definitivamente dos 
direitos políticos. 
 
 
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Parágrafo único - Os militares são alistáveis, desde que oficiais, 
aspirantes a oficiais, guardas-marinha, subtenentes ou suboficiais, 
sargentos ou alunos das escolas militares de ensino superior para 
formação de oficiais. 
• Art. 42 – Alistamento de eleitor feito em zona eleitoral 
diferente de seu domicílio – causa de cancelamento 
de sua inscrição. Esta é uma hipótese de fraude ao 
processo de qualificação e inscrição, quando o eleitor 
inscreve-se em zona eleitoral na qual não possui 
residência. 
Art. 42. O alistamento se faz mediante a qualificação e inscrição do 
eleitor. 
Parágrafo único. Para o efeito da inscrição, é domicílio eleitoral o 
lugar de residência ou moradia do requerente, e, verificado ter o 
alistando mais de uma, considerar-se-á domicílio qualquer delas. 
2) a suspensão ou perda dos direitos políticos; 
Na ocorrência dos casos de suspensão ou perda dos direitos 
políticos estudados na Aula 2, será operado o cancelamento da 
inscrição do eleitor. 
Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou 
suspensão só se dará nos casos de: 
I - cancelamento da naturalização por sentença transitada em 
julgado; 
II - incapacidade civil absoluta; 
III - condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem 
seus efeitos; 
IV - recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação 
alternativa, nos termos do art. 5º, VIII; 
V - improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º. 
 
 
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3) a pluralidade de inscrição; 
Quando o eleitor inscrever-se em mais de um Juízo Eleitoral, 
para que não exista dupla, tripla..., inscrição eleitoral para um 
mesmo eleitor, deverá cancelada aquela(s) inscrição(ões) 
irregulares. Comentaremos melhor sobre a 
exclusão/cancelamento por pluralidade de inscrições logo à 
frente. 
4) o falecimento do eleitor; 
Quando ocorre o falecimento do eleitor, este fato deve ser 
comunicado aos Juízes Eleitorais para que este determine o 
cancelamento de sua inscrição. 
5) deixar de votar em 3 (três) eleições consecutivas. 
Como estudamos anteriormente, segundo o §3º do art. 7º, o 
eleitor SOMENTE TERÁ sua inscrição cancelada caso não vote 
por 3 eleições seguidas, ou não pague a multa ou não 
justifique o voto no prazo de 6 meses a contar da última 
eleição (3ª eleição consecutiva) a que deveria ter comparecido. 
Art. 7º 
§ 3º Realizado o alistamento eleitoral pelo processo eletrônico 
de dados, será CANCELADA A INSCRIÇÃO do eleitor que não 
votar em 3 (três) eleições consecutivas, não pagar a multa 
ou não se justificar no prazo de 6 (seis) meses, a contar da 
data da última eleição a que deveria ter comparecido. 
Assiná-lo que se a questão afirmar que é caso de cancelamento 
“deixar de votar em 3 (três) eleições consecutivas”, o item 
estará CORRETO, pois é o que afirma o art. 71. No entanto, 
precisamos ter em mente que para efetivar o cancelamento não 
basta o fato de deixar de votar em 3 eleiçoes consecutivas, é 
preciso que não pague a multa e não justifique a ausência às 
urnas. 
Observo que para o TSE, este prazo dos 6 meses para 
 
 
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justificação teria sido alterado para apenas 60 dias (Resolução 
TSE nº 21.538/03). 
Cancelamento de inscrições de forma generalizada. 
O art. 71, §4º, do Código Eleitoral prevê o cancelamento de 
ofício das inscrições eleitorais caso não sejam apresentados os títulos 
eleitorais correspondentes em procedimento de revisão de eleitorado. Tal 
procedimento é deflagrado quando da ocorrênica de fraude no alistamento em 
determinada zona ou mesmo no Município. 
Art. 71 
§ 4º Quando houver denúncia fundamentada de fraude no 
alistamento de uma zona ou município, o Tribunal Regional poderá 
determinar a realização de correição e, provada a fraude em 
proporção comprometedora, ordenará a revisão do eleitorado 
obedecidas as Instruções do Tribunal Superior e as recomendações 
que, subsidiariamente, baixar, com o cancelamento de ofício 
das inscrições correspondentes aos títulos que não forem 
apresentados à revisão. 
Cancelamento por perda da nacionalidade. 
Assiná-lo que perdida a nacionalidade por aquisição de outra 
nacionalidade de forma voluntária ou por cancelamento da sua 
naturalização por sentença em virtude de atividade nociva ao interesse 
nacional (art. 12, §4º, I e II), procede-se ao cancelamento da inscrição do 
eleitor e a perda dos seus direitos políticos. 
CF-88 
Art. 12 
§ 4º - Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro 
que: 
I - tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em 
virtude de atividade nociva ao interesse nacional; 
II - adquirir outra nacionalidade por naturalização voluntária. 
 
 
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II - adquirir outra nacionalidade, salvo no casos: (Redação dada 
pela Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 1994) 
a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei 
estrangeira; 
b) de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao 
brasileiro residente em estado estrangeiro, como condição para 
permanência em seu território ou para o exercício de direitos civis; 
Resumo das Hipóteses de Cancelamento das Inscrições: 
a) a infração dos artigos. 5º (INALISTÁVEIS) e 42 (Alistamento de 
eleitor feito em zona eleitoral diferente de seu domicílio);
b) a suspensão ou perda dos direitos políticos; 
c) a pluralidade de inscrição; 
d) o falecimento do eleitor; 
e) deixar de votar em 3 (três) eleições consecutivas. 
f) cancelamento de ofício dos títulos eleitorais não apresentados em 
procedimento de revisão de eleitorado. 
g) por perda da nacionalidade (art. 12, §4º, da CF-88). 
Legitimados para propor o cancelamento. 
Configurada qualquer hipótese prevista acima, são os seguintes os 
legitimados para propor o cancelamento de inscrição eleitoral: 
1. Ex ofício – isto é, o próprio Juiz Eleitoral procede no 
cancelamento sempre que tiver conhecimento de algumas 
das causas; 
2. Delegado de Partido Político – este faz um requerimento
formal solicitando o cancelamento de determinada(s) 
inscrição(ões). 
3. Qualquer Eleitor – qualquer cidadão poderá pleitear o 
cancelamento de inscrição eleitoral. 
Art. 71 
§ 1º A ocorrência de qualquer das causas enumeradas neste artigo 
 
 
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acarretará a exclusão do eleitor, que poderá ser promovida ex 
officio, a requerimento de delegado de partido ou de 
qualquer eleitor. 
Art. 74. A exclusão será mandada processar "ex officio" pelo juiz 
eleitoral, sempre que tiver conhecimento de alguma das causas do 
cancelamento. 
Dever de comunicar os óbitos. 
Até o dia 15 de cada mês os Oficiais de registro civil devem 
comunicar ao Juiz Eleitoral da Zona Eleitoral os óbitos dos cidadãos alistáveis 
ocorridos no mês anterior. 
Art. 71 
§ 3º Os oficiais de Registro Civil, sob as penas do Art. 293, 
enviarão, até o dia 15 (quinze) de cada mês, ao juiz eleitoral da 
zona em que oficiarem, comunicação dos óbitos de cidadãos 
alistáveis, ocorridos no mês anterior, para cancelamento das 
inscrições. 
 
Processo de cancelamento e efeitos eleitorais. 
Enquanto encontra-se pendente o processo de cancelamento, o 
eleitor poderá votar normalmente. 
Acaso a inscrição de eleitor tenha sido impugnada mediante 
recurso ao TRE respectivo, o voto deste eleitor é plenamente válido, salvo se 
for se for suficiente para alterar representação partidária ou classificação de 
candidato eleito pelo princípio majoritário. 
A DEFESA em caso de cancelamento/exclusão de inscrição eleitoral 
poderá ser feita não apenas pelo próprio eleitor, mas também por outro 
eleitor ou por delegado de partido político. 
Art. 72. Durante o processo e até a exclusão pode o eleitor votar 
validamente. 
Parágrafo único. Tratando-se de inscrições contra as quais hajam 
sido interpostos recursos das decisões que as deferiram, desde que 
 
 
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tais recursos venham a ser providos pelo Tribunal Regional ou 
Tribunal Superior, serão nulos os votos se o seu número fôr 
suficiente para alterar qualquer representação partidária ou 
classificação de candidato eleito pelo princípio maioritário. 
Art. 73. No caso de exclusão, a defesa pode ser feita pelo 
interessado, por outro eleitor ou por delegado de partido. 
Batimento de dados e cancelamento por pluralidade de 
inscrições. 
O art. 75 do Código prevê que os TREs, tomando conhecimento da 
inscrição do mesmo eleitor em mais de uma Zona sob sua jurisdição, 
comunicará o fato ao Juiz Eleitoral competente para que proceda ao 
cancelamento. 
No entanto, hoje, no plano prático, o batimento ou cruzamento de 
informações é centralizado no TSE, que o faz por meio eletrônico, com base 
no art. 33 e 40 da Resolução TSE nº 21. 538/03. 
Segundo o art. 75 do Código, o cancelamento da inscrição irregular 
deverá preferencialmente se dar na seguinte ordem: 
1. na inscrição que não corresponda ao domicílio eleitoral; 
2. naquela cujo título não haja sido entregue ao eleitor; 
3. naquela cujo título não haja sido utilizado para o 
exercício do voto na última eleição; 
4. na mais antiga. 
O art. 40 da Resolução nº 21.538 prevê apenas uma única 
alteração na ordem: colocou como a 1ª a ser cancelada a inscrição mais 
recente, efetuada contrariamente às instruções em vigor. 
Art. 75. O Tribunal Regional, tomando conhecimento através de 
seu fichário, da inscrição do mesmo eleitor em mais de uma zona 
sob sua jurisdição, comunicará o fato ao juiz competente para o 
cancelamento, que de preferência deverá recair: 
I - na inscrição que não corresponda ao domicílio eleitoral; 
II - naquela cujo título não haja sido entregue ao eleitor; 
 
 
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III - naquela cujo título não haja sido utilizado para o exercício do 
voto na última eleição; 
IV - na mais antiga. 
Resolução TSE nº 21.538/03 
Art. 40. Identificada situação em que um mesmo eleitor possua 
duas ou mais inscrições liberadas ou regulares, agrupadas ou não 
pelo batimento, o cancelamento de uma ou mais delas deverá, 
preferencialmente, recair: 
I - na inscrição mais recente, efetuada contrariamente às 
instruções em vigor; 
II - na inscrição que não corresponda ao domicílio eleitoral do 
eleitor; 
III - naquela cujo título não haja sido entregue ao eleitor; 
IV - naquela cujo título não haja sido utilizado para o exercício do 
voto na última eleição; 
V - na mais antiga. 
Destaco os seguintes pontos sobre cancelamento e exclusão: 
1. qualquer interessado poderá comunicar por escrito ao 
Juiz Eleitoral a respeito de alguma irregularidade, que 
processará a exclusão/cancelamento na forma do art. 77 do 
Código Eleitoral; 
2. da decisão judical caberá RECURSO no prazo de 3 DIAS
para o TRE, interposto pelo excludente (eleitor excluído) ou 
por delegado de partido; 
3. O interessado poderá requerer novo alistamento após a 
cessão da causa de cancelamento – o eleitor não precisa ficar 
ad eternum com sua inscrição cancelada! 
Art. 76. Qualquer irregularidade determinante de exclusão será 
 
 
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comunicada por escrito e por iniciativa de qualquer interessado ao 
juiz eleitoral, que observará o processo estabelecido no artigo 
seguinte. 
Art. 77. O juiz eleitoral processará a exclusão pela forma seguinte: 
I - mandará autuar a petição ou representação com os documentos 
que a instruírem: 
II - fará publicar edital com prazo de 10 (dez) dias para ciência dos 
interessados, que poderão contestar dentro de 5 (cinco) dias; 
III - concederá dilação probatória de 5 (cinco) a 10 (dez) dias, se 
requerida; 
IV - decidirá no prazo de 5 (cinco) dias. 
Art. 78. Determinado, por sentença, o cancelamento, o cartório 
tomará as seguintes providências: 
I - retirará, da respectiva pasta, a fôlha de votação, registrará a 
ocorrência no local próprio para "Anotações"e juntá-la-á ao 
processo de cancelamento; 
II - registrará a ocorrência na coluna de "observações" do livro de 
inscrição; 
III - excluirá dos fichários as respectivas fichas, colecionando-as à 
parte; 
IV - anotará, de forma sistemática, os claros abertos na pasta de 
votação para o oportuno preenchimento dos mesmos; 
V - comunicará o cancelamento ao Tribunal Regional para anotação 
no seu fichário. 
Art. 79. No caso de exclusão por falecimento, tratando-se de caso 
notório, serão dispensadas as formalidades previstas nos nºs. II e 
III do artigo 77. 
Art. 80. Da decisão do juiz eleitoral caberá recurso no prazo de 3 
(três) dias, para o Tribunal Regional, interposto pelo excluendo ou 
por delegado de partido. 
Art. 81. Cessada a causa do cancelamento, poderá o interessado 
requerer novamente a sua qualificação e inscrição. 
 
 
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EXERCÍCIOS: 
QUESTÃO 69: TRE - AM – Administrativa [FCC] - 31/01/2010. 
Identificada situação em que um mesmo eleitor possua duas ou mais 
inscrições liberadas ou regulares,
agrupadas ou não pelo batimento, o 
cancelamento de uma ou mais delas deverá, preferencialmente, recair 
a) na inscrição mais recente, efetuada contrariamente às instruções em vigor. 
b) na inscrição que não corresponda ao domicílio eleitoral do eleitor. 
c) naquela cujo título não haja sido entregue ao eleitor. 
d) naquela cujo título não haja sido utilizado para o exercício do voto na última 
eleição. 
e) na mais antiga. 
 
COMENTÁRIOS: 
Analisamos que, segundo o art. 75 do Código, o cancelamento da inscrição 
irregular deverá preferencialmente se dar na seguinte ordem: 
1. na inscrição que não corresponda ao domicílio eleitoral; 
2. naquela cujo título não haja sido entregue ao eleitor; 
3. naquela cujo título não haja sido utilizado para o 
exercício do voto na última eleição; 
4. na mais antiga. 
No entanto, o art. 40 da Resolução nº 21.538 prevê apenas uma única 
alteração na ordem: colocou como a 1ª a ser cancelada a inscrição mais 
recente, efetuada contrariamente às instruções em vigor. 
Art. 40. Identificada situação em que um mesmo eleitor possua 
duas ou mais inscrições liberadas ou regulares, agrupadas ou não 
pelo batimento, o cancelamento de uma ou mais delas deverá, 
preferencialmente, recair: 
 
 
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I - na inscrição mais recente, efetuada contrariamente às 
instruções em vigor; 
Assim, o item correto é o A. 
RESPOSTA CERTA: LETRA A 
QUESTÃO 70: TRE - AM – Administrativa [FCC] - 31/01/2010. 
NÃO é causa de cancelamento de inscrição 
a) deixar o eleitor de votar em três eleições consecutivas. 
b) a suspensão dos direitos políticos. 
c) a perda dos direitos políticos. 
d) o falecimento do eleitor. 
e) a mudança de residência do eleitor para o exterior. 
 
COMENTÁRIOS: 
Trazendo o resumo das Hipóteses de Cancelamento das Inscrições: 
h) a infração dos artigos. 5º (INALISTÁVEIS) e 42 (Alistamento de 
eleitor feito em zona eleitoral diferente de seu domicílio);
i) a suspensão ou perda dos direitos políticos; 
j) a pluralidade de inscrição; 
k) o falecimento do eleitor; 
l) deixar de votar em 3 (três) eleições consecutivas. 
m) cancelamento de ofício dos títulos eleitorais não apresentados em 
procedimento de revisão de eleitorado. 
n) por perda da nacionalidade (art. 12, §4º, da CF-88). 
Apenas a mudança de residência do eleitor para o exterior não é causa de 
cancelamento de sua inscrição. 
RESPOSTA CERTA: LETRA E 
 
 
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QUESTÃO 71: TRE-SP - Técnico Judiciário - Administrativa 
 [FCC] - 22/10/2006. 
NÃO é causa de cancelamento e de exclusão de eleitor 
a) a perda dos direitos políticos. 
b) a pluralidade de inscrições. 
c) deixar de votar, sem justificativa, em três eleições consecutivas. 
d) a suspensão dos direitos políticos. 
e) a condição de analfabeto, descoberta após o alistamento. 
COMENTÁRIOS: 
Conforme resumo anterior, apenas o item E não é causa de cancelamento de 
eleitor. 
RESPOSTA CERTA: LETRA E 
QUESTÃO 72: TRE-AP - Analista Judiciário - Administrativa 
[FCC] - 15/01/2007. 
São causas de cancelamento da condição de eleitor: 
I. Suspensão dos direitos políticos. 
II. Deixar de votar em 2 eleições consecutivas. 
III. Enfermidade grave e incurável. 
IV. Mudança de domicílio há dois meses. 
Está correto o que se afirma APENAS em 
a) I. 
b) I e III. 
c) II. 
d) II e IV. 
e) II, III e IV. 
 
 
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COMENTÁRIOS: 
Conforme resumo acima, apenas o item I (suspensão dos direitos políticos) é 
causa de cancelamento. 
 
RESPOSTA CERTA: LETRA A 
QUESTÃO 73: TRE-PI - Analista Judiciário – Judiciária [FCC] - 
12/05/2009. 
Quanto às causas que determinam a exclusão eleitoral, é INCORRETO afirmar 
que o cancelamento ocorrerá por motivo de 
a) ausência do exercício do voto em, no mínimo, cinco eleições sucessivas. 
b) suspensão dos direitos políticos. 
c) de o eleitor não saber exprimir-se em língua nacional. 
d) estar o eleitor inscrito fora de seu domicílio eleitoral. 
e) pluralidade de inscrições eleitorais. 
COMENTÁRIOS: 
Apenas o item A está incorreto (são 3 eleições consecutivas e não 5). 
O item C está correto, pois é inalistável quem não sabe exprimir-se em língua 
nacional, o que gera a exclusão de eleitor nestas condições. 
RESPOSTA CERTA: LETRA A 
 
 
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2.2.7. DA REPRESENTAÇÃO PROPORCIONAL. 
Antes de adentrarmos na parte específica sobre Representação 
Proporcional, faremos breve digressão aos conceitos básicos dos Sistemas 
Eleitorais. 
São 2 os Sistemas Eleitorais no Brasil para distribuição das 
representações, que estabelecem os procedimentos necessários para 
realização das eleições: 
1. SISTEMA MAJORITÁRIO – por este sistema, para ser 
eleito, o candidato deve obter a maioria dos votos de uma 
circunscrição eleitoral. 
Segundo a CF-88, são os seguintes os cargos eleitos pelo 
Sistema Majoritário: 
a. Presidente e Vice da República; 
b. Senadores; 
c. Governador e Vice; 
d. Prefeito e Vice. 
Observem que são eleitos pelo Sistema Majoritário os 
Chefes do Poder Executivo + SENADORES. 
Esta maioria de votos pode ser absoluta ou relativa. 
ABSOLUTA – a maioria significa + 50% dos votos, 
computados os recebidos por todos os candidatos. 
Para os cargos de Presidente, Governador e Prefeito 
(Município com + 200 Mil eleitores), poderão ser realizados 
2 turnos, no 1º a maioria será entre todos os candidatos, e no 
2º será apenas entre os 2 candidatos mais votados. 
Obs: Nos Municípios com menos de 200 Mil eleitores, as eleições 
são em apenas 1 único turno. 
Cuidado! Quanto aos Municípios, as questões costumam colocar 
mais ou menos de 200 mil habitantes! O que é errado! São 200 
mil eleitores! 
RELATIVA – é a maioria simples dos votos dos presentes 
 
 
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na votação. Será eleito o candidato que obtiver a maioria dos 
votos, independentemente se alcançou ou não + de 50% dos 
votos totais. Ex: votos por candidato: candidato A – 35%; 
candidato B – 25%, candidato C – 40%. É eleito neste caso o 
candidato C, por ter obtido a maioria relativa dos votos. 
Para cargo de SENADOR adota-se o sistema majoritário, mas 
é utilizada a maioria simples. 
CF-88 
Art. 77. A eleição do Presidente e do Vice-Presidente da República 
realizar-se-á, simultaneamente, no primeiro domingo de outubro, 
em primeiro turno, e no último domingo de outubro, em segundo 
turno, se houver, do ano anterior ao do término do mandato 
presidencial vigente. 
§ 1º - A eleição do Presidente da República importará a do Vice-
Presidente com ele registrado. 
§ 2º - Será considerado eleito Presidente o candidato que, 
registrado por partido político, obtiver a maioria absoluta de 
votos, não computados os em branco e os nulos. 
§ 3º - Se nenhum candidato alcançar
maioria absoluta na primeira 
votação, far-se-á nova eleição em até vinte dias após a 
proclamação do resultado, concorrendo os dois candidatos mais 
votados e considerando-se eleito aquele que obtiver a maioria dos 
votos válidos. 
Art. 46. O Senado Federal compõe-se de representantes dos 
Estados e do Distrito Federal, eleitos segundo o princípio 
majoritário. 
Art. 29. O Município reger-se-á por lei orgânica, (...) e os seguintes 
preceitos: 
II - eleição do Prefeito e do Vice-Prefeito realizada no primeiro 
domingo de outubro do ano anterior ao término do mandato dos 
que devam suceder, aplicadas as regras do art. 77, no caso de 
Municípios com mais de duzentos mil eleitores; 
 
 
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2. SISTEMA PROPORCIONAL – pelo sistema proporcional, 
são distribuídos aos Partidos Políticos e Coligações os 
cargos eletivos do Poder Legislativo (Deputados Federais, 
Estaduais e Vereadores), salvo os cargos de Senadores, 
com base na votação obtida. 
Por este sistema proporcional são definidas as quantidades de 
vagas de cada partido político e quais são os candidatos eleitos 
de cada agremiação política. 
Segundo Jairo Gomes, tal sistema “visa distribuir entre as 
múltiplas entidades políticas as vagas existentes nas Casas 
Legislativas, tornando equânime a disputa pelo poder e, 
principalmente, ensejando a representação de grupos 
minoritários”. 
Nesse caso, o voto tem caráter duplo: votar no candidato 
significa votar também no Partido (voto de legenda), que terá 
representação na Casa Legislativa. Por este mecanismo, é 
assegurada a representação pelo maior número possível de 
grupos e correntes ideológicas de eleitores/partidos. 
O número de vagas obtidas pelo partido ou coligação de 
partidos dependerá diretamente do número de votos obtidos 
pelo partido ou coligação! 
Art. 45. A Câmara dos Deputados compõe-se de representantes 
do povo, eleitos, pelo sistema proporcional, em cada Estado, em 
cada Território e no Distrito Federal. 
Aplicam-se as mesmas regras da proporcionalidade aos cargos 
de Deputado Estadual e Vereador. 
Veremos logo à frente como se dá a distribuição dos votos e dos 
cargos por cada partido ou coligação. 
Coligação de Partidos. 
Segundo o art. 105 do Código, faculta-se a 2 ou mais partidos 
COLIGAREM-SE para registro de candidatos comuns para os cargos de 
Deputado Federal, Estadual e Vereador. 
 
 
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A Coligação é esta união de partidos visando elegerem candidato(s) 
comum(ns). Ex: PT e PSDB unirem-se para eleger Fernando Collor de Melo 
para Presidente da República novamente. Rsrs. É possível? Pelo menos em 
tese sim! 
A base constitucional para coligação de partidos está prevista no 
art. 17, §1º, da CF-88: 
Art. 17 
§ 1º É assegurada aos partidos políticos autonomia para definir 
sua estrutura interna, organização e funcionamento e para adotar 
os critérios de escolha e o regime de suas coligações 
eleitorais, sem obrigatoriedade de vinculação entre as 
candidaturas em âmbito nacional, estadual, distrital ou municipal, 
devendo seus estatutos estabelecer normas de disciplina e 
fidelidade partidária. 
O art. 105 previu apenas coligações para eleições proporcionais, no 
entanto, o art. 6º da Lei nº 9.504/97 dispõe modernamente sobre a 
possibilidade coligações para eleições proporcionais e majoritárias. 
Código Eleitoral 
Art. 105 - Fica facultado a 2 (dois) ou mais Partidos coligarem-se 
para o registro de candidatos comuns a deputado federal, deputado 
estadual e vereador. 
Lei 9.504/97 
Art. 6º É facultado aos partidos políticos, dentro da mesma 
circunscrição, celebrar coligações para eleição majoritária, 
proporcional, ou para ambas, podendo, neste último caso, 
formar-se mais de uma coligação para a eleição proporcional 
dentre os partidos que integram a coligação para o pleito 
majoritário. 
O Código Eleitoral também dispõe que a decisão para a formação 
ou não de Coligações caberá à Convenção Regional de cada partido para 
eleições de cargos da Câmara dos Deputados e Assembléias Legislativas. 
Por sua vez, a decisão para cargos da Câmara de Vereadores caberá à 
Convenção Municipal. 
 
 
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Por outro lado, o art. 7º da Lei nº 9.504/97 prevê que outras 
normas para formação de coligações serão estabelecidas no ESTATUTO DO 
PARTIDO. 
A aprovação da deliberação sobre a formação de coligação deverá 
ser pela maioria dos partidos, presentes pelo menos 2/3 das agremiações. 
Art. 105 
§ 1º - A deliberação sobre coligação caberá à Convenção 
Regional de cada Partido, quando se tratar de eleição para a 
Câmara dos Deputados e Assembléias Legislativas, e à 
Convenção Municipal, quando se tratar de eleição para a 
Câmara de Vereadores, e será aprovada mediante a votação 
favorável da maioria, presentes 2/3 (dois terços) dos 
convencionais, estabelecendo-se, na mesma oportunidade, o 
número de candidatos que caberá a cada Partido. (Incluído pela Lei 
nº 7.454, de 30.12.1985) 
§ 2º - Cada Partido indicará em Convenção os seus candidatos e o 
registro será promovido em conjunto pela Coligação. (Incluído pela 
Lei nº 7.454, de 30.12.1985) 
Lei nº 9.504/97 
Art. 7º As normas para a escolha e substituição dos candidatos e 
para a formação de coligações serão estabelecidas no estatuto do 
partido, observadas as disposições desta Lei. 
Maiores aprofundamentos sobre coligações serão realizados na 
Aula 4, quando estudaremos sobre as normas de coligações previstas na Lei nº 
9.504/97. 
Quociente Eleitoral. 
Vimos que para o Sistema Majoritário, a maioria dos votos 
(absoluta ou relativa), a depender do cargo eleitivo, é que definirá o candidato 
eleito. 
Aqui no Sistema Proporcional, para que seja definida a 
quantidade de cargos por partido/coligação e para que seja definido o 
candidato, é preciso que se faça um cálculo um pouco mais complexo. Tentarei 
 
 
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simplificar o entendimento desse ponto. 
Friso que o Sistema Proporcional é somente aplicável às eleições 
para Deputados Federais, Estaduais e Vereadores (NÃO SENADORES!). 
Para que seja definida a quantidade de vagas por 
partido/coligação, deverá ser previamente definido o QUOCIENTE 
ELEITORAL. 
Professor, o que é este tal Quociente Eleitoral? 
É o número mínimo de votos que cada agremiação deverá 
conquistar para que tenha pelo menos 1 vaga na Casa Legislativa. 
Como é feito este cálculo? 
Segundo o art. 106 do Código, para se chegar ao quociente 
eleitoral, divide-se o nº de votos válido (tanto dos candidatos quanto dos 
partidos/coligações) pelo nº de lugares a preencher na circunscrição eleitoral. 
Ex: se em uma determinada eleição Municipal foram apurados 30.000 votos 
válidos e são 6 vagas a serem preenchidas na Câmara de Vereadores, o cálculo 
do quociente eleitoral deve ser feito assim: 30.000 (votos válidos)/6 
(cargos) = 5.000 (QUOCIENTE ELEITORAL). 
Art. 106. Determina-se o quociente eleitoral dividindo-se o 
número de votos válidos apurados pelo de lugares a preencher 
em cada circunscrição eleitoral, desprezada a fração se igual ou 
inferior a meio,
equivalente a um, se superior. 
Consideram-se votos VÁLIDOS apenas aqueles dirigidos aos 
candidatos e/ou às legendas partidárias (aos partidos), não sendo 
computados os votos em branco e os nulos (não válidos). 
Caso um determinado partido não alcance o quociente eleitoral, 
não terá ele direito a sequer um único cargo, pois não alcançou o mínimo de 
votos necessários para que pudesse eleger representante na Casa Legislativa. 
O quociente eleitoral funciona, de fato, como a chamada Cláusula 
de Barreira, por ser uma cláusula limitadora das vagas ao determinar que o 
partido e coligações só concorrerão aos cargos caso alcancem o mínimo de 
votos. 
No cálculo, deve-se desprezar a fração igual ou inferior a meio 
(0,5) e deve ser arredonda para 1 (um) a fração superior a meio (0,5). 
 
 
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Fração = ou < 0,5 – deve ser desprezada 
Fração > 0,5 – deve ser arredondada para 1 (um) 
Mas Professor, isto quer dizer o que? 
Esta fração apenas refere-se ao valor encontrado no Quociente 
Eleitoral. Ex: caso o Quociente eleitoral apurado seja 542,333, deve-se 
desprezar essa dízima “0,333”, sobrando apenas como quociente eleitoral 
542; se o QE for 765,8, deve-se arredondar este número para 766!
Exemplifiquemos novamente a apuração do Quociente Eleitoral: 
Caso numa eleição tenham 23.639 votos válidos para 5 cargos eletivos para a 
Casa Legislativa, o quociente eleitoral será quanto? Será 23.639/5 = 
4.727,8. Como a regra é arredondar o Quociente eleitoral quando a fração for 
maior que 0,5, o valor correto é 4.728! Concorreram à eleição os seguintes 
partidos com os respectivos votos: partido A – 10.050 votos; partido B – 6100 
votos; partido C – 5100 votos e partido D – 2350 votos. 
PARTIDOS VOTOS VÁLIDOS 
ALCANCE DO 
QUOCIENTE ELEITORAL
PARTIDO A 10.050 SIM 
PARTIDO B 6100 SIM 
PARTIDO C 5100 SIM 
PARTIDO D 2350 NÃO 
Neste caso, apenas os partidos A, B e C alcançaram o quociente eleitoral (nº 
mínimo de votos). Assim, apenas estes 3 partidos terão direito a preencher as 
as vagas disponíveis. O partido D não terá representante na Casa Legislativa. 
Para que calculemos o número inicial de vagas que cada partido 
e/ou coligação terão na Casa Legislativa, deverá ser finalmente apurado o 
QUOCIENTE PARTIDÁRIO! 
Quociente Partidário. 
O quociente eleitoral vai, portanto, definir o nº inicial de cargos
 
 
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por cada partido já “aprovado” por ter alcançado o quociente eleitoral. 
Para apurar o Quociente Partidário para cada Partido ou 
Coligação deve-se realizar a divisão do nº de votos válidos recebidos por 
Partido ou coligação pelo quociente eleitoral inicialmente calculado, 
desprezando-se qualquer fração. 
CÁLCULO do Quociente Partidário: 
nº de votos válidos por partido-coligação/quociente eleitoral 
Vamos calcular o quociente partidário do exemplo dado acima: 
PARTIDOS CÁLCULO 
QUOCIENTE 
PARTIDÁRIO 
PARTIDO A 10.050/4728=2,12 2 
PARTIDO B 6100/4728=1,29 1 
PARTIDO C 5100/4728=1,07 1 
Temos que destacar 2 pontos relevantes: 
1. No cálculo do Quociente PARTIDÁRIO deve-se 
DESPREZAR as FRAÇÕES! Diferentemente do Quociente 
eleitoral, que deve ser feita uma análise sobre a fração, no 
quociente partidário não se computa qualquer fração! 
Quociente Eleitoral – despreza-se a fração igual ou inferior a meio (0,5) e 
deve ser arredonda para 1 (um) a fração superior a meio (0,5). 
Quociente Partidário – despreza-se toda e qualquer fração! 
2. Mas não eram 5 vagas a serem preenchidas, Profess-
or? Foram somente preenchidas apenas 4 vagas pelo 
Quociente 
Partidário! Como fica a única vaga que sobrou? 
Para que seja distribuída esta vaga remanescente, deve-se 
 
 
 
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Distribuição das vagas remanescentes e cálculo da média 
mais elevada. 
Calculado o quociente partidário, serão definidas as vagas por cada 
partido/coligação. Caso venha a sobrar 1 ou mais vagas, deve-se realizar a 
seguinte operação: divide-se o nº de votos válidos de cada Partido/coligação
pelo nº de cargos por ele obtido + 1 (um). 
Vamos então resolver a sobra do exemplo estudado: 
Calculo das sobras: 
PARTIDOS CÁLCULO MÉDIA 
PARTIDO A 10.050/(2 + 1) = 3350 
PARTIDO B 6100/(1 + 1) = 3050 
PARTIDO C 5100/(1 + 1) = 2550 
Por este cálculo, qual foi o Partido que alcançou a maior média? 
PARTIDO A! Portanto, é este que assumirá a 5ª vaga 
remanescente! 
Assim, o Partido A terá 3 vagas, e os Partidos B e C ficarão com 
apenas 1 vaga para cada. 
Caso sobrem mais de 1 vaga, deve-se repetir o cálculo 
considerando as vagas já conquistadas por cada partido. Ex: Neste caso 
dado, se fossem 6 vagas ao invés de 5, deveria-se sopesar o fato do Partido A 
ter conseguido 3 vagas no cálculo, e não apenas 2 pelo quociente partidário. 
Sobre Representação Proporcional, ressalto ainda os seguintes 
pontos: 
a) O efetivo preenchimento dos lugares com que cada partido 
ou coligação for contemplado far-se-á segundo a ordem de 
votação recebida pelos seus candidatos. No exemplo 
dado, os 3 candidatos mais votados no Partido A, e os 
primeiros candidatos mais votados tanto no Partido B quanto 
no C serão os que ocuparão as vagas; 
 
 
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b) Em caso de empate de votação, resolve-se em favor do 
candidato mais idoso (mais antigo); 
c) Todos os outros candidatos não eleitos na respectiva eleição 
passam à condição de suplentes, distribuídos pela ordem 
decrescente de votação. Ex: o candidato do partido A em 4º 
lugar de votação pelo partido, será o imediato suplente dos 3 
primeiros colocados. Em caso de vaga ou impedimento, o 4º 
colocado assumirá. Isto evita nova eleição. Somente se não 
houver suplente é que deverá ser realizada nova eleição, 
salvo se faltarem menos de 15 meses para findar o período 
de mandato. 
Art. 107 - Determina-se para cada Partido ou coligação o 
quociente partidário, dividindo-se pelo quociente eleitoral o número 
de votos válidos dados sob a mesma legenda ou coligação de 
legendas, desprezada a fração. 
Art. 108 - Estarão eleitos tantos candidatos registrados por um 
Partido ou coligação quantos o respectivo quociente partidário 
indicar, na ordem da votação nominal que cada um tenha recebido. 
Art. 109 - Os lugares não preenchidos com a aplicação dos 
quocientes partidários serão distribuídos mediante observância das 
seguintes regras: 
I - dividir-se-á o número de votos válidos atribuídos a cada Partido 
ou coligação de Partidos pelo número de lugares por ele obtido, 
mais um, cabendo ao Partido ou coligação que apresentar a maior 
média um dos lugares a preencher; 
II - repetir-se-á a operação para a distribuição de cada um dos 
lugares. 
§ 1º - O preenchimento dos Iugares com que cada Partido ou 
coligação for contemplado far-se-á segundo a ordem de votação 
recebida pelos seus candidatos. 
§ 2º - Só poderão concorrer à distribuição dos lugares os Partidos e 
coligações que tiverem obtido quociente eleitoral. 
Art. 110. Em caso de empate, haver-se-á por eleito o candidato 
mais idoso.
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Art. 111 - Se nenhum Partido ou coligação alcançar o 
quociente eleitoral, considerar-se-ão eleitos, até serem 
preenchidos todos os lugares, os candidatos mais votados. 
Art.112. Considerar-se-ão suplentes da representação partidária: 
I - os mais votados sob a mesma legenda e não eleitos efetivos das 
listas dos respectivos partidos; 
II - em caso de empate na votação, na ordem decrescente da 
idade. 
Art. 113. Na ocorrência de vaga, não havendo suplente para 
preenchê-la, far-se-á eleição, salvo se faltarem menos de nove 
meses (15 meses) para findar o período de mandato. 
EXERCÍCIOS: 
QUESTÃO 74: TRE - AM - Téc. Administrativa [FCC] - 31/01/2010. 
O sistema da representação proporcional é o adotado no Brasil nas eleições 
para 
a) Governador e Vice-Governador de Estado. 
b) o Senado Federal, e a Câmara dos Deputados. 
c) a Câmara dos Deputados, Assembleias Legislativas e Câmaras Municipais. 
d) Presidente e Vice-Presidente da República. 
e) Prefeito Municipal e para as Câmaras Municipais. 
 
COMENTÁRIOS: 
Estudamos que pelo sistema proporcional, são distribuídos aos Partidos 
Políticos e Coligações os cargos eletivos do Poder Legislativo (Deputados 
Federais, Estaduais e Vereadores), salvo os cargos de Senadores, com 
base na votação obtida. 
 
 
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Assim, não cabe para cargos do Executivo e nem para o Senado. 
RESPOSTA CERTA: LETRA C 
QUESTÃO 75: [FCC] - 02/08/2009. 
Considere as eleições para 
 I. Presidente e Vice-Presidente da República. 
II. o Senado Federal. 
III. a Câmara dos Deputados. 
IV. Governador e Vice-Governador do Estado. 
V. as Assembléias Legislativas. 
VI. Prefeito e Vice-Prefeito. 
VII. as Câmaras Municipais. 
A circunscrição será o Estado e será adotado o princípio da representação 
proporcional nas eleições indicadas APENAS em 
 a) I e IV. 
b) I, VI e VII. 
c) II, III e V. 
d) II, IV e V. 
e) III e V. 
COMENTÁRIOS: 
O Sistema Majoritário é adotado para os seguintes cargos: 
a. Presidente e Vice da República; 
b. Senadores; 
c. Governador e Vice; 
d. Prefeito e Vice. 
São eleitos pelo Sistema Majoritário os 
Chefes do Poder Executivo + SENADORES. 
 
 
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Pelo sistema proporcional, são distribuídos aos Partidos Políticos e 
Coligações os cargos eletivos do Poder Legislativo (Deputados Federais, 
Estaduais e Vereadores), salvo os cargos de Senadores, com base na 
votação obtida. 
Apenas as eleições da Câmara dos Deputados, das Assembléias Legislativas e 
das Câmaras Municipais adotam o sistema proporcional. No entanto, como a 
questão disse que a circunscrição será o Estado, exclui-se as Câmaras 
Municipais, restando os itens III e V (Câmara dos Deputados e das 
Assembléias Legislativas) 
RESPOSTA CERTA: LETRA E 
QUESTÃO 76: TRE-PB - Analista Judiciário – Administrativa [FCC] - 
15/04/2007. 
Considere: 
I. Presidente da República. 
II. Vice-Presidente da República 
III. Senador. 
IV. Deputado Federal 
V. Governador. 
VI. Vice-Governador. 
VII. Deputado Estadual 
VIII. Prefeito Municipal. 
IX. Vice-Prefeito Municipal. 
X. Vereador. 
Adotar-se-á o princípio majoritário nas eleições SOMENTE em 
a) I, II, III e IV. 
b) IV, VII e X. 
c) III, IV, VII e X. 
d) I, II, V, VI, VIII e IX. 
 
 
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e) I, II, III, V, VI, VIII e IX. 
COMENTÁRIOS: 
Seguindo o comentado na questão anterior, o Princípio Majoritário é adotado 
nos cargos previstos nos itens I, II, III, V, VI, VIII, IX. 
RESPOSTA CERTA: LETRA E 
QUESTÃO 77: TRE-MS - Técnico Judiciário - Administrativa 
[FCC] - 25/03/2007. 
É certo que as eleições para o Senado Federal, para as Assembléias 
Legislativas e para as Câmaras Municipais obedecerão 
a) o princípio da representação proporcional, majoritário e da representação 
proporcional, respectivamente. 
b) o princípio majoritário, da representação proporcional e da representação 
proporcional, respectivamente. 
c) o princípio da representação proporcional, da representação proporcional e 
majoritário, respectivamente. 
d) o princípio majoritário. 
e) o princípio da representação proporcional. 
COMENTÁRIOS: 
Senado – majoritário; 
Assembléias Legislativas e Câmaras Municipais –proporcional. 
RESPOSTA CERTA: LETRA B 
QUESTÃO 78: TRE - AM – Administrativa [FCC] - 31/01/2010. 
No sistema da representação proporcional, considera-se quociente partidário 
para cada partido ou coligação 
 
 
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 a) a soma dos votos válidos a candidatos de cada partido ou coligação, mais 
os votos da respectiva legenda. 
b) a divisão do número total de votos válidos pelo número de lugares na 
Câmara dos Deputados, Assembleias Legislativas ou Câmaras Municipais. 
c) a divisão pelo quociente eleitoral do número de votos válidos alcançados 
pela legenda ou coligação de legendas, desprezada a fração. 
d) a divisão do número total de votos, incluindo os votos em branco, pelo 
número de lugares na Câmara dos Deputados, Assembleias Legislativas ou 
Câmaras Municipais. 
e) a divisão do número total de votos, incluindo os votos em branco e os votos 
nulos, pelo número de lugares na Câmara dos Deputados, Assembleias 
Legislativas ou Câmaras Municipais. 
 
COMENTÁRIOS: 
Vimos que para apurar o Quociente Partidário de cada 
Partido/Coligação/Legenda deve-se realizar a divisão do nº de votos válidos
recebidos por Partido ou coligação pelo quociente eleitoral inicialmente 
calculado, desprezando-se qualquer fração. 
CÁLCULO do Quociente Partidário: 
nº de votos válidos por partido-coligação/quociente eleitoral 
Assim, apenas o item C está correto. 
RESPOSTA CERTA: LETRA C 
QUESTÃO 79: TRE - PI - Analista Judiciário - Judiciária 
[FCC] - 02/08/2002. 
A respeito da representação proporcional, considere: 
 I. Determina-se o quociente eleitoral dividindo-se o número de eleitores pelo 
de lugares a preencher em cada circunscrição eleitoral, desprezada a fração se 
igual ou inferior a meio, e equivalente a um, se superior. 
II. Determina-se para cada partido ou coligação o quociente partidário, 
 
 
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dividindo-se pelo quociente eleitoral o número de votos válidos dados sob a 
mesma legenda ou coligação de legendas, desprezada a fração. 
III. Se nenhum partido ou coligação alcançar o quociente eleitoral, considerar-
se-ão eleitos, até serem preenchidos todos os lugares, os candidatos mais 
votados. 
Está correto o que se afirma APENAS em 
a) I. 
b) I e II. 
c) I e III. 
d) II. 
e) II e III. 
COMENTÁRIOS: 
Segundo o art. 106 do Código, para se chegar ao quociente eleitoral,

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