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Direito Eleitoral - Lei nº 9.504/97

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DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS 
AULA 4 
PROFESSOR: RICARDO GOMES 
Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 1
DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS 
AULA 4 
Prof. RICARDO GOMES 
 
Prezados(as) Alunos(as)! 
Bom estar com todos nesta 4ª semana! 
Constantemente afirmo aos alunos uma situação que tenho 
presenciado na vida dos concurseiros e que, inclusive, vivi: a de que concurso 
é uma fila, que anda cada vez que sai uma prova e que os melhores são 
aprovados, abrindo espaço para os que estão atrás, se preparando 
adequadamente. É só ficar na fila, ou seja, fazer o que tem de ser feito 
(estudar, dedicar-se), que sua hora chega. 
Nessa linha de raciocínio, em concurso: “Não existe quem não 
passe, existe apenas quem desiste!” 
Nunca desista, por pior que seja sua atuação situação! Acredite 
que vencerá! 
Agora adentraremos em outro assunto de Direito Eleitoral. 
Iniciaremos nosso estudo da Lei Eleitoral (Lei nº 9.504/97)! 
QUADRO SINÓPTICO DA AULA: 
Lei das Eleições – Lei nº 9.504/97 (Parte 1): 
a) Disposições gerais; 
b) Das coligações; 
c) Das convenções para a escolha de candidatos; 
d) Do registro de candidatos; 
e) Da arrecadação e da aplicação de recursos nas 
campanhas eleitorais; 
f) Da prestação de contas; 
 
 
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1. LEI DAS ELEIÇÕES (LEI Nº 9.504/97) 
1.1. Disposições Gerais. 
Data e simultaneidade das eleições. 
A Lei Eleitoral preleciona que as Eleições para todos os cargos 
eletivos – Chefes do Poder Executivo e membros das Casas Legislativas 
(Presidente e Vice-Presidente da República, Governador e Vice-Governador de 
Estado e do Distrito Federal, Prefeito e Vice-Prefeito, Senador, Deputado 
Federal, Deputado Estadual, Deputado Distrital e Vereador) ocorrerão no 1º 
DOMINGO DE OUTUBRO do ano respectivo. 
Art 1º As eleições para Presidente e Vice-Presidente da República, 
Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal, 
Prefeito e Vice-Prefeito, Senador, Deputado Federal, Deputado 
Estadual, Deputado Distrital e Vereador dar-se-ão, em todo o País, 
no primeiro domingo de outubro do ano respectivo. 
A CF-88, em dispositivos diversos para cada Chefe do Poder 
Executivo, também dispõe sobre as respectivas datadas das eleições. Decorem 
estes normativos constitucionais, pois caem com a mesma frequência que os 
da Lei nº 9.504/97: 
CF-88 
Art. 77. A eleição do Presidente e do Vice-Presidente da 
República realizar-se-á, simultaneamente, no primeiro domingo 
de outubro, em primeiro turno, e no último domingo de 
outubro, em segundo turno, se houver, do ano anterior ao do 
término do mandato presidencial vigente. 
§ 1º - A eleição do Presidente da República importará a do Vice-
Presidente com ele registrado. 
§ 2º - Será considerado eleito Presidente o candidato que, 
registrado por partido político, obtiver a maioria absoluta de votos, 
não computados os em branco e os nulos. 
 
 
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§ 3º - Se nenhum candidato alcançar maioria absoluta na primeira 
votação, far-se-á nova eleição em até vinte dias após a 
proclamação do resultado, concorrendo os dois candidatos mais 
votados e considerando-se eleito aquele que obtiver a maioria dos 
votos válidos. 
§ 4º - Se, antes de realizado o segundo turno, ocorrer morte, 
desistência ou impedimento legal de candidato, convocar-se-á, 
dentre os remanescentes, o de maior votação. 
§ 5º - Se, na hipótese dos parágrafos anteriores, remanescer, em 
segundo lugar, mais de um candidato com a mesma votação, 
qualificar-se-á o mais idoso. 
Art. 28. A eleição do Governador e do Vice-Governador de 
Estado, para mandato de quatro anos, realizar-se-á no primeiro 
domingo de outubro, em primeiro turno, e no último domingo 
de outubro, em segundo turno, se houver, do ano anterior ao 
do término do mandato de seus antecessores, e a posse ocorrerá 
em primeiro de janeiro do ano subseqüente, observado, quanto ao 
mais, o disposto no art. 77. 
Art. 29. O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois 
turnos, com o interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois 
terços dos membros da Câmara Municipal, que a promulgará, 
atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição, na 
Constituição do respectivo Estado e os seguintes preceitos: 
I - eleição do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Vereadores, 
para mandato de quatro anos, mediante pleito direto e 
simultâneo realizado em todo o País; 
II - eleição do Prefeito e do Vice-Prefeito realizada no 
primeiro domingo de outubro do ano anterior ao término do 
mandato dos que devam suceder, aplicadas as regras do art. 77, 
no caso de Municípios com mais de duzentos mil ELEITORES; 
DICA: 
As Eleições ocorrem em períodos diferentes para apenas os 
CARGOS MUNICIPAIS: Prefeito, Vice-Prefeito e Vereadores. 
 
 
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As eleições são simultâneas para os seguintes cargos: 
CARGOS FEDERAIS E ESTADUAIS CARGOS MUNICIPAIS 
Presidente e Vice-Presidente da 
República, 
Governador e Vice-Governador de 
Estado e do Distrito Federal, 
Senador, 
Deputado Federal, 
Deputado Estadual e Distrital 
Prefeito, Vice-Prefeito e Vereador 
Art. 1 
Parágrafo único. Serão realizadas simultaneamente as eleições: 
I - para Presidente e Vice-Presidente da República, 
Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito 
Federal, Senador, Deputado Federal, Deputado Estadual e 
Deputado Distrital; 
II - para Prefeito, Vice-Prefeito e Vereador. 
 
Votação para o candidato considerar-se eleito. 
O art. 2º da Lei Eleitoral também repete alguns dispositivos 
constitucionais. 
Para os cargos de Presidente, Governador e Prefeitos Municipais, 
considerar-se-á eleito o candidato que obtiver a MAIORIA ABSOLUTA DE 
VOTOS, não computados os em branco e os nulos. 
O que é mesmo Maioria Absoluta de votos? É o primeiro nº 
inteiro acima da metade dos votos. 
Se nenhum candidato alcançar esta maioria absoluta, deverá ser 
realizada nova eleição (2º TURNO) no último domingo de outubro, salvo 
nos Municípios com menos de 200 Mil Eleitores, que não têm 2º turno. 
Cuidado que o art. 29, II, da CF-88, e o art. 3º, §2º, da Lei Eleitoral prevê que 
são 200 Mil ELEITORES e não habitantes! Nas questões trocam os termos 
para “pegar” os candidatos! 
 
 
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Nos Municípios com 200 Mil eleitores, o Prefeito com a maioria 
simples de votos será considerado eleito, não sendo realizado 2º turno. 
O 2º TURNO, realizado para os cargos de Presidente, Governador 
e Prefeitos nos Municípios com + 200 Mil Eleitores, será entre os 2 
candidatos mais votados. 
Obs: Não existe 2º turno com 3 ou mais candidatos! E não existe 
previsão de 2º turno para a eleição de SENADOR e para todas as eleições 
proporcionais (Deputados Federal e Estadual, Vereador). 2º turno é somente 
previsto para as eleições majoritárias dos Chefes do Poder Executivo. 
A eleição do Chefe do Poder Executivo (Presidente, Governador e 
Prefeitos) importa na do VICE. Óbvio, não é verdade! Mas, às vezes, na hora 
da prova não é que confundimos as coisas! Rsrs. 
Caso ocorra morte, desistência ou impedimento legal de algum 
candidato antes do 2º turno, convocar-se-á, dentre os remanescentes, o demaior votação. Ex: se o 1º ou o 2º colocado desista, o 3º colocado será 
convocado. 
Se no 2º lugar empatarem mais de 1 candidato (votação 
idêntica), o MAIS IDOSO prevalece, será o qualificado! 
Art. 2º Será considerado eleito o candidato a Presidente ou a 
Governador que obtiver a MAIORIA ABSOLUTA de votos, não 
computados os em branco e os nulos. 
§ 1º Se nenhum candidato alcançar maioria absoluta na primeira 
votação, far-se-á nova eleição (2º TURNO) no último domingo 
de outubro, concorrendo os dois candidatos mais votados, e 
considerando-se eleito o que obtiver a maioria dos votos válidos. 
§ 2º Se, antes de realizado o segundo turno, ocorrer morte, 
desistência ou impedimento legal de candidato, convocar-se-á, 
dentre os remanescentes, o de maior votação. 
§ 3º Se, na hipótese dos parágrafos anteriores, remanescer em 
segundo lugar mais de um candidato com a mesma votação, 
qualificar-se-á o mais idoso. 
§ 4º A eleição do Presidente importará a do candidato a 
Vice-Presidente com ele registrado, o mesmo se aplicando à 
 
 
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eleição de Governador. 
Art. 3º Será considerado eleito Prefeito o candidato que obtiver a 
maioria dos votos, não computados os em branco e os nulos. 
§ 1º A eleição do Prefeito importará a do candidato a Vice-
Prefeito com ele registrado. 
§ 2º Nos Municípios com mais de duzentos mil ELEITORES, 
aplicar-se-ão as regras estabelecidas nos §§ 1º a 3º do artigo 
anterior. 
Partidos Políticos e requisitos para participarem das 
eleições. 
O art. 4º da Lei Eleitoral elenca 2 requisitos essenciais para que os 
Partidos Políticos possam participar regularmente das eleições. Segundo a Lei 
Eleitoral, somente poderão participar das eleições os Partidos Políticos que: 
1. tenham registrado seus ESTATUTOS no TSE até 1 ano 
antes do pleito/das eleições; 
2. tenham constituído ÓRGÃO DE DIREÇÃO na circunscrição 
eleitoral até a data da CONVENÇÃO, conforme seu 
estatuto. 
Cuidado! 
O REGISTRO dos Estatutos é até 1 ANO do Pleito/Eleições! 
A Constituição de ÓRGÃO DE DIREÇÃO na circunscrição é até a 
data da CONVENÇÃO! 
Maiores aprofundamentos, veremos no estudo da Lei dos Partidos 
Políticos. 
Art 4º Poderá participar das eleições o partido que, até um 
ano antes do pleito, tenha registrado seu estatuto no 
Tribunal Superior Eleitoral, conforme o disposto em lei, e tenha, 
até a data da convenção, órgão de direção constituído na 
circunscrição, de acordo com o respectivo estatuto. 
CF-88 
 
 
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Art. 17 
§ 2º - Os partidos políticos, após adquirirem personalidade jurídica, 
na forma da lei civil, registrarão seus estatutos no Tribunal 
Superior Eleitoral. 
Votos Válidos. 
Nas ELEIÇÕES PROPORCIONAIS, são contados como VOTOS 
VÁLIDOS apenas os votos dados aos candidatos regulamente inscritos e 
às legendas partidárias (votos destinados aos Partidos e Coligações e não a 
um candidato específico). 
Por isso, os votos em branco não interferem mais no quociente 
eleitoral e partidário, como estudamos na Aula 3. 
Art. 5º Nas eleições proporcionais, contam-se como válidos 
apenas os votos dados a candidatos regularmente inscritos e às 
legendas partidárias. 
EXERCÍCIOS: 
QUESTÃO 97: TRE-PI - Analista Judiciário – Judiciária [FCC] - 
12/05/2009. 
Poderá concorrer com candidato próprio ao cargo de Presidente da República 
nas eleições de 2002 o partido que 
a) consiga a regularização legal do registro de seu estatuto até a data limite 
das convenções. 
b) tenha registrado seu estatuto no Tribunal Superior Eleitoral até um ano 
antes do pleito. 
c) esteja registrado dentro de seis meses do pleito e tenha representação no 
Congresso Nacional, ainda que baseada em filiações recentes. 
d) providencie o registro de seu estatuto até a data em que o Tribunal Superior 
Eleitoral deferir o pedido de registro da candidatura. 
e) haja obtido registro de seu estatuto nos órgãos competentes no mínimo há 
 
 
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dois anos. 
COMENTÁRIOS: 
Apesar desta questão tocar conhecimentos pertinentes à Lei dos Partidos 
Políticos, caso o candidato soubesse o disposto nas disposições iniciais da Lei 
Eleitoral, acertaria facilmente esta questão. 
Vimos que os REQUISITOS BÁSICOS para os Partidos Políticos participarem 
das eleições são: 
1. tenham registrado seus ESTATUTOS no TSE até 1 ano 
antes do pleito/das eleições; 
2. tenham constituído ÓRGÃO DE DIREÇÃO na circunscrição 
eleitoral até a data da CONVENÇÃO, conforme seu 
estatuto. 
Qualquer partido que deseje registar candidato a qualquer pleito, inclusive 
para Presidente da República, deverá ter registrado seu estatuto no TSE até 1 
ANO antes do pleito. 
RESPOSTA CERTA: LETRA B 
QUESTÃO 98: TRE-AP - Analista Judiciário – Judiciária [FCC] - 
15/01/2006. 
Em eleições municipais para 
a) Vereadores poderá ser realizado, excepcionalmente, o segundo turno a 
critério dos Tribunais Regionais Eleitorais. 
b) Prefeito e Vice-Prefeito o segundo turno será realizado apenas nas Capitais 
dos Estados. 
c) Prefeito, Vice-Prefeito e Vereadores o segundo turno será realizado se o 
Estado tiver mais de 500.000 eleitores. 
d) Vereadores, não poderá, em qualquer hipótese, haver o segundo turno. 
e) Prefeito, o segundo turno será realizado se requerido pela maioria dos 
partidos políticos. 
 
 
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COMENTÁRIOS: 
Por ordem constitucional e legal, o 2º turno somente ocorrerá nas eleições 
municipais majoritárias (eleição para PREFEITO, exclusive para as eleições de 
Vereadores) e nos municípios com mais de 200 Mil ELEITORES. 
RESPOSTA CERTA: LETRA D 
1.2. DAS COLIGAÇÕES. 
As Coligações fazem às vezes de Partidos Políticos temporários 
que surgem da união de mais de 2 ou mais Partidos para atuação conjunta na 
campanha eleitoral, numa mesma circunscrição eleitoral. 
Conforme a Lei Eleitoral, a Coligação funciona como um só 
partido (unidade partidária) no relacionamento com a Justiça Eleitoral e no 
trato dos interesses interpartidários. 
A Coligação poderá ser constituída nas eleições Presidenciais 
(Coligação Nacional); nas eleições para Governador, Senador, Deputado 
Federal e Estadual (Coligação Estadual) e nas eleições para Prefeito e Vereador 
(Coligação Municipal). 
Ademais, as Coligações podem ser formadas para ambos os 
sistemas eleitorais: eleições MAJORITÁRIAS e PROPORCIONAIS 
(Deputados Federais e Estaduais e Vereadores). 
Poderão ser, inclusive, formadas mais de uma Coligação para 
eleições proporcionais dentre os partidos que integram a coligação para as 
eleições majoritárias. Ex: concorrem numa determinada circunscrição os 
Partidos K, L, X, Y, Z e W; neste caso X, Y, Z e W poderão formar uma 
coligação para eleições majoritárias e mais de uma coligação para as eleições 
proporcionais. Nestas proporcionais poderão, unir os Partidos X e Y em uma 
coligação e Z e W em outra, a despeito de estarem totalmente unidos nas 
 
 
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eleições proporcionais. Observo que na majoritária somente poderá fazer 1 
única coligação entre os partidos participantes.Com a coligação nas eleições majoritárias não poderão os partidos 
nela agrupados celebrarem novas coligações com partidos estranhos ao grupo 
das majoritárias. No exemplo dado, os partidos X e Y não poderão coligar-se 
com os partidos K e L nas eleições proporcionais. 
Obs: Daqui para frente indicarei em AMARELO os dispositivos 
incluídos ou alterados pela recente reforma eleitoral da Lei nº 12.034/09, 
fortes candidatos a serem cobrados em provas! 
Denominação e Responsabilidades das Coligações. 
As coligações poderão ter denominações variadas. A denominação 
da coligação poderá ser formada pela junção de todas as siglas dos partidos 
políticos que a integram ou por nome próprio, facultativamente escolhido. 
DICA (ALTERAÇÃO RECENTE!): A denominação da coligação 
NÃO poderá coincidir, incluir ou fazer referência a NOME ou NÚMERO DE 
CANDIDATO, nem conter PEDIDO DE VOTO PARA PARTIDO. 
Na propaganda eleitoral deverá ser identificada a coligação, pois 
as Coligações são equiparadas aos Partidos Políticos, seguindo as seguintes 
regras: 
1. na propaganda para ELEIÇÃO MAJORITÁRIA, a coligação 
usará, obrigatoriamente, além de eventual nome próprio, 
as legendas de todos os partidos que a integram 
(deverá indicar todos os partidos políticos que a formam); 
2. na propaganda para ELEIÇÃO PROPORCIONAL, cada 
partido usará apenas sua legenda sob o nome da 
coligação (cada partido usará apenas sua sigla juntamente 
com o nome da coligação). 
Obs: estudamos na AULA 3 os Sistemas Eleitorais: Majoritário e 
Proporcional. 
Friso que cada Coligação funcionará como Partido único, sendo 
atribuídos a ela todos os direitos e deveres dos partidos políticos. 
 
 
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Art. 6º É facultado aos partidos políticos, dentro da mesma 
circunscrição, celebrar coligações para eleição majoritária, 
proporcional, ou para ambas, podendo, neste último caso, 
formar-se mais de uma coligação para a eleição proporcional 
dentre os partidos que integram a coligação para o pleito 
majoritário. 
§ 1º A coligação terá denominação própria, que poderá ser a 
junção de todas as siglas dos partidos que a integram, sendo 
a ela atribuídas as prerrogativas e obrigações de partido político no 
que se refere ao processo eleitoral, e devendo funcionar como 
um só partido no relacionamento com a Justiça Eleitoral e 
no trato dos interesses interpartidários. 
§ 1o-A. A denominação da coligação não poderá coincidir, 
incluir ou fazer referência a nome ou número de candidato, 
nem conter pedido de voto para partido político. (Incluído pela 
Lei nº 12.034, de 2009) 
§ 2º Na propaganda para eleição majoritária, a coligação usará, 
obrigatoriamente, sob sua denominação, as legendas de todos os 
partidos que a integram; na propaganda para eleição proporcional, 
cada partido usará apenas sua legenda sob o nome da coligação. 
Regras básicas para a Formação e Representação das 
Coligações. 
Deste ponto, destaco os seguintes aspectos: 
1. Não existe vinculação para inscrição de candidatura a 
candidatos de determinados partidos (é livre a inscrição de 
candidatos dentro dos partidos coligados) - na chapa das 
coligações, poderão inscrever-se candidatos filiados a 
qualquer partido político dela integrante; 
2. Para que seja demonstrada a decisão de toda a Coligação, o 
pedido de registro dos candidatos deve ser subscrito pelos 
presidentes dos partidos coligados, por seus 
delegados, pela maioria dos membros dos respectivos 
órgão executivos ou por representante da coligação. 
 
 
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3. Deve ser designado um REPRESENTANTE da Coligação, 
que terá as mesmas atribuições de presidente de partido, ou 
devem ser designados DELEGADOS indicados pelos partidos 
que a compõem, nos seguintes números: 
a. 3 Delegados perante o Juiz Eleitoral; 
b. 4 Delegados perante o TRE; 
c. 5 Delegados perante o TSE. 
4. DICA (ALTERAÇÃO RECENTE!): Atuação isolada de 
partido Coligado – Condições: somente poderá atuar partido 
isolado quando ele fizer um questionamento da validade 
da própria coligação, durante o período compreendido 
entre a DATA DA CONVENÇÃO e o TERMO FINAL DO 
PRAZO para impugnação do registro de candidatos. 
Art. 6 
§ 3º Na formação de coligações, devem ser observadas, ainda, as 
seguintes normas: 
I - na chapa da coligação, podem inscrever-se candidatos 
filiados a qualquer partido político dela integrante; 
II - o pedido de registro dos candidatos deve ser subscrito pelos 
presidentes dos partidos coligados, por seus delegados, pela 
maioria dos membros dos respectivos órgãos executivos de direção 
ou por representante da coligação, na forma do inciso III; 
III - os partidos integrantes da coligação devem designar um 
representante, que terá atribuições equivalentes às de presidente 
de partido político, no trato dos interesses e na representação da 
coligação, no que se refere ao processo eleitoral; 
IV - a coligação será representada perante a Justiça Eleitoral pela 
pessoa designada na forma do inciso III (Representante) ou por 
delegados indicados pelos partidos que a compõem, podendo 
nomear até: 
 a) três delegados perante o Juízo Eleitoral; 
 b) quatro delegados perante o Tribunal Regional 
Eleitoral; 
 
 
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 c) cinco delegados perante o Tribunal Superior 
Eleitoral. 
§ 4o O partido político coligado somente possui legitimidade para 
atuar de forma isolada no processo eleitoral quando questionar a 
validade da própria coligação, durante o período compreendido 
entre a data da convenção e o termo final do prazo para a 
impugnação do registro de candidatos. (Incluído pela Lei nº 12.034, 
de 2009) 
EXERCÍCIOS: 
QUESTÃO 99: TRE - AM – Administrativa [FCC] - 31/01/2010. 
A respeito das coligações, é INCORRETO afirmar: 
a) A coligação funciona como um só partido no relacionamento com a Justiça 
Eleitoral e no trato dos interesses interpartidários. 
b) A coligação poderá nomear até cinco delegados perante do Tribunal 
Superior Eleitoral. 
c) Na chapa da coligação podem inscrever-se candidatos filiados a qualquer 
partido político dela integrante. 
d) Na propaganda para eleição proporcional, a coligação usará, 
obrigatoriamente, sob sua denominação, as legendas de todos os partidos que 
a integram. 
e) A coligação terá denominação própria, que poderá ser a junção de todas as 
siglas dos partidos que a compõem. 
 
COMENTÁRIOS: 
Item A – correto – é o que preleciona o art. 6º, §1º, da Lei Eleitoral: 
Art. 6 
§ 1º A coligação terá denominação própria, que poderá ser a 
junção de todas as siglas dos partidos que a integram, sendo 
a ela atribuídas as prerrogativas e obrigações de partido político no 
 
 
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que se refere ao processo eleitoral, e devendo funcionar como 
um só partido no relacionamento com a Justiça Eleitoral e 
no trato dos interesses interpartidários . 
Item B – correto. Perante o TSE são 5 o nº de delegados a serem nomeados 
pelas coligações. São os seguintes os nºs de delegados dos partidos a serem 
nomeados: 
a. 3 Delegados perante o Juiz Eleitoral; 
b. 4 Delegados perante o TRE; 
c. 5 Delegados perante o TSE. 
Item C – correto. 
Art. 6 
§ 3º Na formação de coligações, devem ser observadas, ainda,as 
seguintes normas: 
I - na chapa da coligação, podem inscrever-se candidatos filiados 
a qualquer partido político dela integrante; 
Item D – incorreto – Acima, destacamos o seguinte: Na propaganda 
eleitoral deverá ser identificada a coligação, pois as Coligações são 
equiparadas aos Partidos Políticos, seguindo as seguintes regras: 
1. na propaganda para ELEIÇÃO MAJORITÁRIA, a coligação 
usará, obrigatoriamente, além de eventual nome próprio, as 
legendas de todos os partidos que a integram (deverá 
indicar todos os partidos políticos que a formam); 
2. na propaganda para ELEIÇÃO PROPORCIONAL, cada 
partido usará apenas sua legenda sob o nome da 
coligação (cada partido usará apenas sua sigla juntamente 
com o nome da coligação). 
Art. 6 
§ 2º Na propaganda para eleição majoritária, a coligação usará, 
obrigatoriamente, sob sua denominação, as legendas de todos os 
partidos que a integram; na propaganda para eleição proporcional, 
cada partido usará apenas sua legenda sob o nome da coligação. 
Item E – correto. Art. 6, §1º: 
 
 
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Art. 6 
§ 1º A coligação terá denominação própria, que poderá ser a 
junção de todas as siglas dos partidos que a integram, sendo 
a ela atribuídas as prerrogativas e obrigações de partido político no 
que se refere ao processo eleitoral, e devendo funcionar como 
um só partido no relacionamento com a Justiça Eleitoral e 
no trato dos interesses interpartidários. 
RESPOSTA CERTA: LETRA D 
QUESTÃO 100: TRE - PI - Analista Judiciário – Judiciária [FCC] - 
02/08/2009. 
A coligação 
a) não implicará em unidade partidária, conservando, cada partido dela 
integrante, sua autonomia no relacionamento com a Justiça Eleitoral e no trato 
dos interesses partidários. 
b) usará, obrigatoriamente, na propaganda para a eleição proporcional, sob a 
sua denominação, as legendas de todos os partidos que a integram. 
c) formará chapa na qual poderão inscrever-se candidatos filiados a qualquer 
partido político dela integrante. 
d) terá denominação própria, que não poderá ser a junção de todas as siglas 
dos partidos que a integram. 
e) poderá ser formada para a eleição majoritária ou para a proporcional, 
jamais para ambas, ainda que em circunscrições eleitorais diferentes. 
COMENTÁRIOS: 
Item A – errado. A colição IMPLICARÁ em unidade partidária! O restante do 
item está correto. 
Art. 6 
§ 1º A coligação terá denominação própria, que poderá ser a 
junção de todas as siglas dos partidos que a integram, sendo 
 
 
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a ela atribuídas as prerrogativas e obrigações de partido político no 
que se refere ao processo eleitoral, e devendo funcionar como 
um só partido no relacionamento com a Justiça Eleitoral e 
no trato dos interesses interpartidários. 
Item B – errado. Na propaganda para ELEIÇÃO PROPORCIONAL, cada 
partido usará apenas sua legenda sob o nome da coligação (cada partido 
usará apenas sua sigla juntamente com o nome da coligação). É na 
propaganda para ELEIÇÃO MAJORITÁRIA que a coligação usará, 
obrigatoriamente, além de eventual nome próprio, as legendas de todos os 
partidos que a integram (deverá indicar todos os partidos políticos que a 
formam); 
Art. 6 
§ 2º Na propaganda para eleição majoritária, a coligação usará, 
obrigatoriamente, sob sua denominação, as legendas de todos os 
partidos que a integram; na propaganda para eleição proporcional, 
cada partido usará apenas sua legenda sob o nome da coligação. 
Item C – correto. Não existe vinculação para inscrição de candidatura a 
candidatos de determinados partidos (é livre a inscrição de candidatos dentro 
dos partidos coligados) - na chapa das coligações, poderão inscrever-se 
candidatos filiados a qualquer partido político dela integrante. 
Art. 6 
§ 3º Na formação de coligações, devem ser observadas, ainda, as 
seguintes normas: 
I - na chapa da coligação, podem inscrever-se candidatos 
filiados a qualquer partido político dela integrante; 
Item D – errado. Art. 6, §1º, da Lei Eleitoral: 
Art. 6 
§ 1º A coligação terá denominação própria, que PODERÁ ser a 
junção de todas as siglas dos partidos que a integram (...) 
Item E – errado. As Coligações podem ser formadas para ambos os sistemas 
eleitorais: eleições MAJORITÁRIAS e PROPORCIONAIS (Deputados 
Federais e Estaduais e Vereadores). 
 
 
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Art. 6º É facultado aos partidos políticos, dentro da mesma 
circunscrição, celebrar coligações para eleição majoritária, 
proporcional, ou para ambas, podendo, neste último caso, 
formar-se mais de uma coligação para a eleição proporcional 
dentre os partidos que integram a coligação para o pleito 
majoritário. 
RESPOSTA CERTA: LETRA C 
QUESTÃO 101: TRE-MS - Analista Judiciário – Administrativa [FCC] - 
25/03/2007. 
Em relação à coligação, é correto afirmar que 
a) cada partido integrante da coligação será representado perante o Tribunal 
Regional Eleitoral por um único delegado por ele nomeado. 
b) na chapa da coligação não poderão inscrever-se candidatos filiados a 
qualquer partido político dela integrante. 
c) a coligação não funciona como partido político no relacionamento com a 
Justiça Eleitoral e no trato dos interesses interpartidários. 
d) na propaganda para eleição majoritária, cada partido usará, 
obrigatoriamente, sob sua denominação, as legendas de todos os partidos que 
a integram. 
e) na propaganda para eleição proporcional, é obrigatória a utilização das 
legendas de todos os partidos que integram a coligação. 
COMENTÁRIOS: 
Item A – errado. Perante o TRE são 4 DELEGADOS. 
Item B – errado. Como já vimos, poderão inscrever-se candidatos filiados a 
qualquer partido político dela integrante. 
Item C – errado. Também, a coligação funciona como partido único 
(unidade partidária). 
 
 
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Item D – correto e Item E errado. De fato, na propaganda para ELEIÇÃO 
MAJORITÁRIA, a coligação usará, obrigatoriamente, além de eventual nome 
próprio, as legendas de todos os partidos que a integram (deverá indicar 
todos os partidos políticos que a formam). Já na propaganda para ELEIÇÃO 
PROPORCIONAL, cada partido usará apenas sua legenda sob o nome da 
coligação (cada partido usará apenas sua sigla juntamente com o nome da 
coligação). 
RESPOSTA CERTA: LETRA D 
QUESTÃO 102: TRE-SP - Analista Judiciário – Administrativa [FCC] - 
10/05/2006. 
As coligações 
a) usarão, na propaganda para as eleições proporcionais, obrigatoriamente, as 
legendas de todos os partidos que a integram. 
b) não poderão nomear delegados perante o Juiz Eleitoral, nem perante o 
Tribunal Regional Eleitoral. 
c) devem funcionar como um só partido no relacionamento com a Justiça 
Eleitoral e no trato dos interesses intrapartidários. 
d) terão denominação própria que não poderá consistir na junção de todas as 
siglas dos partidos que a integram. 
e) usarão, na propaganda para eleição majoritária, apenas a sua denominação, 
vedada a indicação das legendas dos partidos que a integram. 
COMENTÁRIOS: 
Item A – errado. Vide questões anteriores. 
Item B – errado. Poderão nomear delegados peranto o Juiz Eleitoral (3), TRE 
(4) e TSE (5). 
Item C – correto. UNIDADE PARTIDÁRIA! 
Item D – errado. Art.6, §1º: 
Art. 6 
 
 
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§ 1º A coligação terá denominação própria, que poderá ser a 
junção de todas as siglas dos partidos que a integram, 
Item E – errado. Conforme art. 6, §2º. 
Art. 6 
§ 2º Na propaganda para eleição majoritária, a coligação usará, 
obrigatoriamente, sob sua denominação, as legendas de todos os 
partidos que a integram; na propaganda para eleição proporcional, 
cada partido usará apenas sua legenda sob o nome da coligação. 
RESPOSTA CERTA: LETRA C 
1.3. DAS CONVENÇÕES PARA ESCOLHA DE 
CANDIDATOS. 
Como decorrência da automia partidária prevista no art. 17, §1º, 
da CF-88, o art. 7, §1º, da Lei Eleitoral prevê que as normas para escolha e 
substituição dos candidatos e para formação das coligações serão 
estabelecidas pelos ESTATUTOS dos PARTIDOS, em consonância às regras 
previstas na própria Lei Eleitoral. 
CF-88 
Art. 17 
§ 1º É assegurada aos partidos políticos autonomia para definir 
sua estrutura interna, organização e funcionamento e para adotar 
os critérios de escolha e o regime de suas coligações 
eleitorais, sem obrigatoriedade de vinculação entre as 
candidaturas em âmbito nacional, estadual, distrital ou municipal, 
devendo seus estatutos estabelecer normas de disciplina e 
fidelidade partidária. (Redação dada pela Emenda Constitucional 
nº 52, de 2006) 
 
 
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A Lei dispõe que, caso o estatuto não preveja tais normas, caberá 
ao ÓRGÃO DE DIREÇÃO NACIONAL do partido estabelecê-las, publicando-
se até 180 DIAS antes das Eleições! 
Resumindo: 
As regras para escolha e substituição dos candidatos e para formação das 
coligações deverão ser estabelecidas pelos ESTATUTOS dos PARTIDOS 
políticos; 
caso omissos, o ÓRGÃO DE DIREÇÃO NACIONAL do partido deverá 
estabelecê-las, publicando-se até 180 DIAS antes das Eleições 
Art. 7º As normas para a escolha e substituição dos candidatos 
e para a formação de coligações serão estabelecidas no 
estatuto do partido, observadas as disposições desta Lei. 
§ 1º Em caso de omissão do estatuto, caberá ao órgão de 
direção nacional do partido estabelecer as normas a que se 
refere este artigo, publicando-as no Diário Oficial da União até 
cento e oitenta dias antes das eleições. 
Prevalência hierárquica dos órgãos de direção nacional. 
Como manifestação da prevalência hierárquica das decisões dos 
órgão de direção nacional dos Partidos Políticos, o art. 7º, §2º, da Lei Eleitoral 
dispõe o seguinte: as deliberações das convenções partidárias inferiores e os 
atos delas decorrentes sobre coligações, dissonantes das diretrizes 
estabelecidas pelos órgãos nacionais, poderão ser ANULADOS por estes 
órgãos superiores (nacionais)! 
Estas anulações deverão ser comunicadas à Justiça Eleitoral no 
prazo de 30 DIAS após a data limite para o REGISTRO DE CANDIDATOS. 
DICA (ALTERAÇÃO RECENTE!): No entanto, caso da anulação 
decorra a necessidade de escolha de novos candidatos (pela urgência da 
situação), o pedido de registro dos novos candidatos deverá ser apresentado à 
Justiça Eleitoral nos 10 DIAS seguintes à deliberação de anulação. 
Art. 7 
§ 2o Se a convenção partidária de nível inferior (Estaduais e 
 
 
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Municipais) se opuser, na deliberação sobre coligações, às 
diretrizes legitimamente estabelecidas pelo órgão de direção 
nacional, nos termos do respectivo estatuto, poderá esse órgão 
ANULAR a deliberação e os atos dela decorrentes. (Redação dada 
pela Lei nº 12.034, de 2009) 
§ 3o As anulações de deliberações dos atos decorrentes de 
convenção partidária, na condição acima estabelecida, deverão ser 
comunicadas à Justiça Eleitoral no prazo de 30 (trinta) dias 
após a data limite para o registro de candidatos. (Redação dada pela 
Lei nº 12.034, de 2009) 
§ 4o Se, da anulação, decorrer a necessidade de escolha de 
novos candidatos, o pedido de registro deverá ser apresentado à 
Justiça Eleitoral nos 10 (dez) dias seguintes à deliberação, 
observado o disposto no art. 13. (Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009) 
Prazo de escolha dos candidatos e de deliberação das 
coligações. 
A escolha dos candidatos e a deliberação sobre as coligações 
devem ser realizadas pelos partidos no período de 10 a 30 JUNHO do ano em 
que serão realizadas as eleições. Esta escolha é feita em CONVENÇÃO dos 
Partidos. 
Então, são somente 21 DIAS para os partidos escolherem seus 
candidatos e decidirem sobre as coligações! Que, por sinal, para este ano, 
acabou de expirar! 
Art. 8º A escolha dos candidatos pelos partidos e a deliberação 
sobre coligações deverão ser feitas no período de 10 a 30 de 
junho do ano em que se realizarem as eleições, lavrando-se a 
respectiva ATA em livro aberto e rubricado pela Justiça Eleitoral. 
Atenção! O art. 8, §1º, da Lei nº 9.504/97 teve sua eficácia 
suspensa por decisão do STF na ADIN 2.530-9. Este dispositivo tratava da 
candidatura nata, garantindo a todos os que estivessem no exercício de 
mandato de Deputado Federal, Estadual ou Distrital, ou de Vereador, ou 
mesmo que tivesse exercido, por qualquer período, esses mandatos na 
legislatura em curso, teriam asseguradas as vagas para candidatura, no 
 
 
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mesmo cargo, pelo partido a que tivessem coligação. Hoje, enquanto suspensa 
a eficácia do dispositivo, qualquer destes, para candidatarem-se, devem 
submeter suas candidaturas à Convenção Partidária. 
SUSPENSO pelo STF! 
Art. 8 
§ 1º Aos detentores de mandato de Deputado Federal, Estadual ou 
Distrital, ou de Vereador, e aos que tenham exercido esses cargos 
em qualquer período da legislatura que estiver em curso, é 
assegurado o registro de candidatura para o mesmo cargo pelo 
partido a que estejam filiados. 
A Lei Eleitoral assegura a possibilidade dos partidos políticos 
utilizarem prédios públicos para realização de suas convenções, 
responsabilizando-se por eventuais prejuízos causados. Desse modo, a lei 
faculta a requisição de prédios públicos, de forma gratuita, para que os 
Partidos façam suas convenções. 
Art. 8 
§ 2º Para a realização das convenções de escolha de candidatos, os 
partidos políticos poderão usar gratuitamente prédios públicos, 
responsabilizando-se por danos causados com a realização do 
evento. 
Condições para candidato concorrer à eleição da Lei 
Eleitoral. 
Conforme estudamos, o art. 14, §3º, da CF-88 prevê que, entre as 
condições de elegibilidade está o domicílio eleitoral do candidato. 
Por seu turno, a Lei Eleitoral, regulamentando tal preceito 
constitucional, dispõe sobre 2 requisitos para que o candidato possa 
concorrer às eleições, 1 deles sobre o prazo mínimo de domícilio eleitoral: 
1. possuir domicílio eleitoral na respectiva circunscrição pelo 
prazo mínimo de 1 (um) ANO antes do pleito; 
2. estar com a filiação deferida pelo partido no mesmo prazo 
de 1 ANO. 
 
 
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Ex: se um eleitor do Estado do Ceará for concorrer ao cargo de 
Governador do Estado de São Paulo, caso do Ciro Gomes, que pensava 
anteriormente, entre outras alternativas, ser Presidente da República ou 
Governador de São Paulo,o candidato deve ter domicílio eleitoral no Estado 
que quer candidatar-se pelo menos 1 ano antes das eleições. No caso de Ciro, 
ele teve que transferir seu domicílio eleitoral do Ceará para o de São Paulo 1 
ano antes das eleições para que pudesse concorrer ao cargo de Governador de 
São Paulo. Ele não candidatou-se, mas preencheu os requisitos legais para 
tanto. 
O deferimento da filiação partidária se dá, conforme o art. 17 da 
Lei dos Partidos Políticos (Lei nº 9.096/95), com o atendimento das regras 
estatutárias do partido. Importa saber que este deferimento tem que ser 
realizado também em até 1 ANO antes das eleições. 
Permite-se o aproveitamento do tempo de filiação do candidato nos 
casos de fusão ou incorporação de partidos políticos dentro do prazo de até 
1 ano antes das eleições. Assim, em caso de fusão ou incorporação de partidos 
não terá o candidato que filiar-se novamente. Se já estiver filiado 
anteriormente em qualquer partido fundido ou incorporado não precisará fazê-
lo novamente, pois a lei considera a data de filiação ao partido de origem. 
Art. 9º Para concorrer às eleições, o candidato deverá possuir 
domicílio eleitoral na respectiva circunscrição pelo prazo de, 
pelo menos, um ano antes do pleito e estar com a filiação 
deferida pelo partido no mesmo prazo. 
Parágrafo único. Havendo fusão ou incorporação de partidos após o 
prazo estipulado no caput, será considerada, para efeito de filiação 
partidária, a data de filiação do candidato ao partido de origem. 
EXERCÍCIOS: 
QUESTÃO 103: TRE-AP - Técnico Judiciário – Administrativa [FCC] - 
15/01/2006. 
A respeito das convenções para escolha de candidatos, é certo que 
a) os órgãos superiores do partido não poderão anular, nos termos do 
 
 
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respectivo estatuto, a deliberação e os atos de convenção partidária de nível 
inferior que se opuser às diretrizes estabelecidas pela convenção nacional. 
b) a escolha dos candidatos pelos partidos e a deliberação sobre coligações 
deverão ser feitas no prazo de 10 a 30 de junho do ano em que se realizarem 
as eleições. 
c) para a realização das convenções de escolha de candidatos, os partidos 
políticos não poderão usar gratuitamente prédios públicos, devendo 
obrigatoriamente fazê-lo em prédios de propriedade de particulares. 
d) para concorrer às eleições, o candidato deverá possuir domicílio eleitoral na 
respectiva circunscrição pelo prazo de, pelo menos, 6 meses antes do pleito. 
e) havendo fusão ou incorporação de partidos políticos, o prazo de domicílio 
eleitoral do candidato na respectiva circunscrição será considerado a partir da 
data da fusão ou incorporação. 
COMENTÁRIOS: 
Item A – errado. As deliberações das convenções partidárias inferiores e os 
atos delas decorrentes sobre coligações, dissonantes das diretrizes 
estabelecidas pelos órgãos nacionais, poderão ser ANULADOS por estes 
órgãos superiores (nacionais). 
Art. 7 
§ 2o Se a convenção partidária de nível inferior (Estaduais e 
Municipais) se opuser, na deliberação sobre coligações, às 
diretrizes legitimamente estabelecidas pelo órgão de direção 
nacional, nos termos do respectivo estatuto, poderá esse órgão 
ANULAR a deliberação e os atos dela decorrentes. 
Item B – correto. De fato, o prazo para os partidos escolherem os candidatos e 
deliberarem sobre as coligações é entre 10 a 30 JUNHO do ano em que serão 
realizadas as eleições. 
Art. 8º A escolha dos candidatos pelos partidos e a deliberação 
sobre coligações deverão ser feitas no período de 10 a 30 de 
junho do ano em que se realizarem as eleições, lavrando-se a 
respectiva ATA em livro aberto e rubricado pela Justiça Eleitoral. 
Item C – errado. A Lei Eleitoral assegura a utilização gratuita de prédios 
 
 
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públicos, na forma de requisição: 
Art. 8 
§ 2º Para a realização das convenções de escolha de candidatos, os 
partidos políticos poderão usar gratuitamente prédios públicos, 
responsabilizando-se por danos causados com a realização do 
evento. 
Item D – errado. O candidato deve possuir domicílio eleitoral há pelo menos 1 
ANO antes das eleições! 
Item E – errado. Havendo fusão ou incorporação de partidos políticos, o prazo 
de domicílio eleitoral do candidato na respectiva circunscrição será considerado 
A DATA DE FILIAÇÃO DO CANDIDATO AO PARTIDO DE ORIGEM. 
Art. 9 
Parágrafo único. Havendo fusão ou incorporação de partidos após o 
prazo estipulado no caput, será considerada, para efeito de filiação 
partidária, a data de filiação do candidato ao partido de origem. 
RESPOSTA CERTA: LETRA B 
QUESTÃO 104: TRE-AM - Analista Judiciário – Administrativa [FCC] - 
23/11/2003. 
As convenções para escolha de candidatos 
a) serão presididas pelo Juiz Eleitoral da circunscrição. 
b) terão suas datas e horários designados pela Justiça Eleitoral. 
c) deverão ter lugar no mês de agosto do ano das eleições. 
d) poderão ser realizadas gratuitamente em prédios públicos. 
e) utilizarão, obrigatoriamente, processo eletrônico de votação. 
COMENTÁRIOS: 
Item D – correto. 
Art. 8 
 
 
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§ 2º Para a realização das convenções de escolha de candidatos, os 
partidos políticos poderão usar gratuitamente prédios públicos, 
responsabilizando-se por danos causados com a realização do 
evento. 
RESPOSTA CERTA: LETRA D 
QUESTÃO 105: TRE-MS - Técnico Judiciário - Operação de 
Computadores [FCC] - 25/03/2007. 
Para concorrer às eleições, o candidato deverá possuir domicílio eleitoral na 
respectiva circunscrição pelo prazo de, pelo menos, um ano antes do pleito e 
estar com filiação deferida pelo partido no mesmo prazo. Havendo 
incorporação de partidos após o referido prazo, será considerada, para efeito 
de filiação partidária, a data 
a) da incorporação. 
b) de filiação do candidato ao partido de origem. 
c) do registro da incorporação na Justiça Eleitoral. 
d) da inscrição no partido incorporador. 
e) do deferimento da inscrição no partido incorporador. 
COMENTÁRIOS: 
No mesmo sentido do item E da questão 103. 
RESPOSTA CERTA: LETRA B 
 
 
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1.4. DO REGISTRO DE CANDIDATOS. 
Número de candidatos a serem registrados nas ELEIÇÕES 
PROPORCIONAIS. 
Nas Eleições Proporcionais (cargos da Câmara dos Deputados, 
Assembléias/Câmaras Legislativas e Câmaras Municipais – Deputados 
Federais, Estaduais e Vereadores), cada Partido Político poderá registrar 
até 150% dos lugares a serem preenchidos na eleição. Ex: se são 30 
lugares vagos para Deputado Federal no respectivo Estado, cada partido 
poderá registrar até 45 candidatos (150% de 30 lugares). 
Se houver COLIGAÇÃO de Partidos, independentemente da 
quantidade de partidos que a integrem, poderão ser registrados até o DOBRO 
(2 vezes) a quantidade de lugares a preencher. Assim, se houverem 4 
partidos na Coligação, a quantidade de candidatos a serem registrados não 
será 4 X 150%, mas apenas o DOBRO do número de vagas a ocupar. 
Cuidado! Nas Coligações não é o dobro de 150%; é o DOBRO dos 
lugares vagos (200% dos lugares)! 
RESSALVA: Nos Estados em que o número de lugares a preencher 
na Câmara dos Deputados não exceder a 20 LUGARES, cada partido poderá 
registrar candidatosa Deputado Federal e Estadual/Distrital até o DOBRO das 
vagas existentes, e não apenas 150%! Se houver COLIGAÇÃO, será acrescido 
em mais 50% do DOBRO (300% das vagas)! Exemplo: Estado com 18 
Deputados Federais e com novas 18 vagas a serem preenchidas na Câmara 
dos Deputados; cada partido poderá registrar até o DOBRO do nº de vagas: 
2X18=36 registros de candidatos; se for coligação, poderão ser registrados 
o DOBRO (2X) + 50% = 300% Æ 54 candidatos. 
Obs: segundo o TSE, e por não prevê a Lei, esta regra não se 
aplica aos Municípios, mas apenas aos Estados. 
Vamos resumir – Nº de candidatos a serem registrados nas 
 
 
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Eleições Proporcionais: 
1. REGRA: Cada Partido – registro de até 150% do nº de 
vagas; 
2. Caso seja COLIGAÇÃO: não importa o nº de partidos, será 
sempre o DOBRO do nº de vagas (200% dos lugares). 
3. Estados com até 20 vagas para Deputado Federal: neste 
caso, cada Partido poderá registrar candidatos para 
Deputados Federal e Estadual até o DOBRO do nº de vagas 
(200%) e não apenas 150%. Se houver COLIGAÇÃO, 
poderá registrar até 50% a mais (isto é, o DOBRO + 50% 
do dobro = 300% das vagas). 
Igualmente aos cálculos dos sistemas eleitorais estudados na Aula 
3, aqui, no cálculo de lugares a resem preenchidos, deverá ser despreza a 
fração, se inferior a meio (0,5) e igualada a um (1,0), nos demais casos. 
Caso a convenção dos partidos não venha a indicar o nº máximo 
de candidatos previsto no art. 10, poderão os órgãos de direção dos 
partidos respectivos preencer as vagas que faltaram em até 60 DIAS antes 
das eleições! 
DICA (ALTERAÇÃO RECENTE!): Com a reforma eleitoral operada 
no ano de 2009, foi determinado o seguinte: 
Deve ser reservado um percentual mínimo de 30% e máximo de 70% para 
candidatos de CADA SEXO (Masculino e Feminino)! entre 30-70%! 
Art. 10. Cada partido poderá registrar candidatos para a Câmara 
dos Deputados, Câmara Legislativa, Assembléias 
Legislativas e Câmaras Municipais (ELEIÇÕES 
PROPORCIONAIS), até 150% (cento e cinqüenta por cento) do 
número de lugares a preencher. 
§ 1º No caso de COLIGAÇÃO para as eleições proporcionais, 
independentemente do número de partidos que a integrem, 
poderão ser registrados candidatos até o DOBRO número de 
lugares a preencher. 
§ 2º Nas unidades da Federação (leia-se ESTADOS) em que o 
número de lugares a preencher para a Câmara dos Deputados 
 
 
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não exceder de 20 (vinte), cada partido poderá registrar 
candidatos a Deputado Federal e a Deputado Estadual ou Distrital 
até o DOBRO das respectivas vagas; havendo COLIGAÇÂO, 
estes números poderão ser acrescidos de até mais 50% 
cinqüenta por cento. 
§ 3o Do número de vagas resultante das regras previstas neste 
artigo, cada partido ou coligação preencherá o mínimo de 30% 
(trinta por cento) e o máximo de 70% (setenta por cento) 
para candidaturas de cada SEXO. (Redação dada pela Lei nº 12.034, de 
2009) 
§ 4º Em todos os cálculos, será sempre desprezada a fração, se 
inferior a meio, e igualada a um, se igual ou superior. 
§ 5º No caso de as convenções para a escolha de candidatos não 
indicarem o número máximo de candidatos previsto no caput e nos 
§§ 1º e 2º deste artigo, os órgãos de direção dos partidos 
respectivos poderão preencher as vagas remanescentes até 60 
sessenta dias antes do pleito. 
Prazo para registro. 
O prazo para registro de candidatos de Partidos e Coligações é até 
às 19 HORAS do dia 5 de JULHO do ano em que se realizarem as eleições. 
Vejam que este prazo tem HORAS! 19 Horas do dia 5 JULHO! 
DICA (ALTERAÇÃO RECENTE!): Caso o partido ou coligação não 
faça o registro de seus candidatos, os próprios candidatos poderão fazê-lo 
perante a Justiça Eleitoral no prazo de 48 HORAS seguintes à publicação, pela 
Justiça Eleitoral, da lista de candidatos registrados. 
Art. 11. Os partidos e coligações solicitarão à Justiça Eleitoral o 
registro de seus candidatos até as dezenove horas do dia 5 de 
julho do ano em que se realizarem as eleições. 
§ 4o Na hipótese de o partido ou coligação não requerer o 
registro de seus candidatos, estes poderão fazê-lo perante a 
Justiça Eleitoral, observado o prazo máximo de quarenta e 
oito horas seguintes à publicação da lista dos candidatos pela 
 
 
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Justiça Eleitoral. (Redação dada pela Lei nº 12.034, de 2009) 
Documentos para registro de candidatos. 
O Partido, quando solicitar à Justiça Eleitoral o pedido de registro 
de cada candidato, deverá instruir o pedido com os seguintes documentos: 
1. cópia da ATA a que se refere o art. 8º (Ata da Conveção 
Partidária para escolha dos candidatos e deliberação 
sobre coligações); 
2. autorização do candidato, por escrito; 
3. prova de filiação partidária; 
4. declaração de bens, assinada pelo candidato; 
5. cópia do título eleitoral ou certidão, fornecida pelo cartório 
eleitoral, de que o candidato é eleitor na circunscrição ou 
requereu sua inscrição ou transferência de domicílio no prazo 
previsto no art. 9º; 
6. certidão de quitação eleitoral; 
7. certidões criminais fornecidas pelos órgãos de distribuição da 
Justiça Eleitoral, Federal e Estadual; 
8. fotografia do candidato, nas dimensões estabelecidas em 
instrução da Justiça Eleitoral, para efeito do disposto no § 1º 
do art. 59. 
9. propostas defendidas pelo candidato a Prefeito, a 
Governador de Estado e a Presidente da República 
(INCLUSÃO RECENTE). 
DICA (ALTERAÇÃO RECENTE!): 
A certidão de quitação eleitoral, item 6 anterior, deverá conter 
as seguintes informações: 
a) a plenitude do gozo dos direitos políticos, 
b) o regular exercício do voto, 
c) o atendimento a convocações da Justiça Eleitoral para 
 
 
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auxiliar os trabalhos relativos ao pleito, 
d) a inexistência de multas aplicadas, em caráter definitivo, 
pela Justiça Eleitoral e não remitidas, e 
e) a apresentação de contas de campanha eleitoral. 
DICA (ALTERAÇÃO RECENTE!): 
Para fins de expedição desta certidão de quitação eleitoral, 
somente serão considerados QUITES com a Justiça Eleitoral, entre os 
candidatos condenados ao pagamento de multa eleitoral, aqueles que: 
a) apesar de condenados ao pagamento de multa, tenham, até 
a data da formalização do seu pedido de registro de 
candidatura, comprovado o pagamento ou o 
parcelamento da dívida regularmente cumprido; 
b) pagarem a multa que lhes couber individualmente, 
excluindo-se qualquer modalidade de responsabilidade 
solidária, mesmo quando imposta concomitantemente com 
outros candidatos e em razão do mesmo fato. 
Até o dia 5 de JUNHO do ano da eleição, a Justiça Eleitoral 
deverá enviar aos Partidos Políticos a relação de todos os devedores de multa 
eleitoral para subsidiar a expedição das certidões de quitação eleitoral. 
No interesse de identificação de candidatos inelegíveis, a Lei 
Eleitoral prevê que até o dia 5 de JULHO do ano das eleições os Tribunais e 
Conselhos de Contas (TCU e TC Estaduais) deverão tornar disponível à 
Justiça Eleitoral relação dos que tiveram suas contas relativas ao exercício de 
cargos ou funções públicas rejeitadas por irregularidade insanável e por 
decisão irrecorrível do órgão competente, ressalvados os casos emque a 
questão estiver sendo submetida à apreciação do Poder Judiciário, ou que haja 
sentença judicial favorável ao interessado. 
Momento para aferição das condições de elegibilidades e 
das causas de inelegibilidades. 
As condições de elegibilidade previstas no art. 14, §3º, da CF-
88, bem como as causas de inelegibilidades previstas na CF-88 e na 
legislação infraconstitucional devem ser aferidas no MOMENTO DA 
 
 
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FORMALIZAÇÃO DO PEDIDO DE REGISTRO DA CANDIDATURA e não na 
data da posse! 
Ressalvam-se as alterações, fáticas ou jurídicas, supervenientes ao 
registro que venham a afastar a inelegibilidade. 
Contudo, a Lei Eleitoral traz uma exceção ao prelecionar 
especificamente que, com relação à idade mínima, também condição de 
elegibilidade, deve ser aferida somente na DATA DA POSSE! 
Cuidado! 
CONDIÇÕES DE ELEGIBILIDADE E 
CAUSAS DE INELEGIBILIDADES 
IDADE MÍNIMA COMO CONDIÇÃO 
DE ELEGIBILIDADE 
Como regra, deve ser aferida no 
momento de formalização do 
PEDIDO DE REGISTRO DA 
CANDIDATURA. 
Verificada somente na DATA DA 
POSSE! 
Art. 11 
§ 2º A IDADE MÍNIMA constitucionalmente estabelecida como 
condição de elegibilidade é verificada tendo por referência a 
DATA DA POSSE. 
§ 10. As condições de elegibilidade e as causas de 
inelegibilidade devem ser aferidas no momento da 
formalização do pedido de registro da candidatura, 
ressalvadas as alterações, fáticas ou jurídicas, supervenientes ao 
registro que afastem a inelegibilidade. 
CF-88 
Art. 14 
3º - São condições de elegibilidade, na forma da lei: 
I - a nacionalidade brasileira; 
II - o pleno exercício dos direitos políticos; 
III - o alistamento eleitoral; 
IV - o domicílio eleitoral na circunscrição; 
 
 
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V - a filiação partidária; 
VI - a idade mínima de: 
a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da 
República e Senador*; 
b) trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado 
e do Distrito Federal; 
c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado 
Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e juiz de paz; 
d) dezoito anos para Vereador. 
Identificação do candidato. 
Quanto às Eleições Proporcionais, a Lei Eleitoral assegura a plena 
identificação do candidato pelo eleitor ao requerer a indicação de seu NOME 
COMPLETO e das variações nominais com que deseja ser registrado, até o 
máximo de 3 opções, que poderá ser o prenome (é o nome individual da 
pessoa. ex: João, Maria, José), sobrenome (é o nome de família: 
 Cavalcanti) e cognome (o apelido. Ex: Zé do PT, Capitão, ACM Neto). 
A escolha desses nomes tem que respeitar os seguintes 
parâmetros: 
a) não pode estabelecer dúvida quanto à identidade do 
candidato; 
b) não pode atentar contra o pudor; 
c) não pode ser ridículo ou irreverente; 
No pedido de registro, o candidato deve indicar os nomes e 
variações com que deseja ser identificado, mencionando a ordem de 
preferência do registro. 
Em caso de homonímia (mesmo nome), quando 2 ou mais 
candidatos pedirem o registro com variações nominais idênticas, a Lei Eleitoral 
fixa as regras a seguir para solucionar o problema: 
a) poderá ser pedida ao candidato prova de que é conhecido 
pela variação do nome indicada no pedido de registro; 
 
 
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b) caso comprovado o conhecimento dos eleitores dos 
candidatos empatados pelos respectivos nomes, o desempate 
dar-se-á da seguinte forma: 
a. prevalece a indicação para o candidato que, na data 
máxima para o registro de candidaturas, estiver 
exercendo mandato eletivo ou tenha exercido nos 
últimos 4 ANOS ou que tenha nestes 4 ANOS 
candidatado-se com um dos nomes que indicou – 
ficam os outros candidatos impedidos de fazer 
propaganda com esse nome; 
b. prevalece também a indicação para o candidato que, 
pela sua vida política, social ou profissional, seja 
identificado por um dado nome que tenha indicado, 
será deferido o registro com esse nome, observado o 
disposto na parte final do inciso anterior (ex: Dr. 
Antônio – Médico da cidade); 
c. caso não se resolva o problema, a Justiça Eleitoral 
deverá notificá-los para que, em 2 (dois) dias, 
cheguem a ACORDO sobre os respectivos nomes a 
serem usados; 
d. não havendo acordo, cada candidato será registrado 
com o nome e sobrenome constantes do pedido de 
registro, observada a ordem de preferência indicada, 
evitando-se variações nominais idênticas. 
Atençao! 
Se o nome indicado coincidir com o do candidato à ELEIÇÃO 
MAJORITÁRIA, o pedido será INDEFERIDO, salvo se o candidato estiver no 
exercício de mandato eletivo ou tenha exercido mandato eletivo nos últimos 4 
ANOS, ou durante estes 4 ANOS tenha candidatado-se à eleição com o mesmo 
nome. Ex: uma candidata a Deputada Federal indicando como seu nome para 
registro o de DILMA; esse pedido será indeferido porque coincide exatamente 
com o nome da candidata à eleição majoritária (candidata à Presidência da 
República – Dilma Roussef). 
Art. 12. O candidato às ELEIÇÕES PROPORCIONAIS indicará, 
 
 
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no pedido de registro, além de seu nome completo, as variações 
nominais com que deseja ser registrado, até o máximo de 3 
(três) opções, que poderão ser o prenome, sobrenome, 
cognome, nome abreviado, apelido ou nome pelo qual é 
mais conhecido, desde que não se estabeleça dúvida quanto à 
sua identidade, não atente contra o pudor e não seja ridículo ou 
irreverente, mencionando em que ordem de preferência deseja 
registrar-se. 
§ 1º Verificada a ocorrência de HOMONÍMIA, a Justiça Eleitoral 
procederá atendendo ao seguinte: 
I - havendo dúvida, poderá exigir do candidato prova de que é 
conhecido por dada opção de nome, indicada no pedido de 
registro; 
II - ao candidato que, na data máxima prevista para o registro, 
esteja exercendo mandato eletivo ou o tenha exercido nos últimos 
quatro anos, ou que nesse mesmo prazo se tenha candidatado com 
um dos nomes que indicou, será deferido o seu uso no registro, 
ficando outros candidatos impedidos de fazer propaganda com esse 
mesmo nome; 
III - ao candidato que, pela sua vida política, social ou profissional, 
seja identificado por um dado nome que tenha indicado, será 
deferido o registro com esse nome, observado o disposto na parte 
final do inciso anterior; 
IV - tratando-se de candidatos cuja homonímia não se resolva 
pelas regras dos dois incisos anteriores, a Justiça Eleitoral deverá 
notificá-los para que, em dois dias, cheguem a acordo sobre os 
respectivos nomes a serem usados; 
V - não havendo acordo no caso do inciso anterior, a Justiça 
Eleitoral registrará cada candidato com o nome e sobrenome 
constantes do pedido de registro, observada a ordem de 
preferência ali definida. 
§ 2º A Justiça Eleitoral poderá exigir do candidato prova de que é 
conhecido por determinada opção de nome por ele indicado, 
quando seu uso puder confundir o eleitor. 
 
 
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§ 3º A Justiça Eleitoral indeferirá todo pedido de variação de 
nome coincidente com nome de candidato a eleição majoritária, 
salvo paracandidato que esteja exercendo mandato eletivo ou o 
tenha exercido nos últimos quatro anos, ou que, nesse mesmo 
prazo, tenha concorrido em eleição com o nome coincidente. 
Substituição de candidatos. 
Faculta-se ao Partido Político ou Coligação a substituição de 
candidatos após o pedido de registro de candidatura nos seguintes casos: 
a) candidato considerado inelegível; 
b) renúncia à candidatura; 
c) falecimento do candidato; 
d) registro indeferido ou cancelado. 
Como regra, a escolha do substituto deve ser feita de acordo com 
o estabelecido no estatuto dos partido político a que pertencer o candidato 
substituído. 
ALTERAÇÃO RECENTE: Para as Eleições Majoritárias e 
Proporcionais, o registro do substituto deve ser requerido em até 10 DIAS 
contados do fato que gerou a substituição ou da notificação ao Partido da 
decisão judicial que deu causa à substituição. 
Para as ELEIÇÕES MAJORITÁRIAS, o TSE já exarou 
entendimento de que a substituição poderá ser pleiteada, inclusive, até 24 
HORAS antes da Eleição! Respeitado o prazo de 10 DIAS contados do fato 
ou da decisão judicial que deu origem à substituição (Resolução nº 
20.993/2002). 
Por outro lado, para as ELEIÇÕES PROPORCIONAIS, a Lei prevê 
que a substituição somente se efetivará se o novo pedido for apresentado até 
60 DIAS antes das eleições! Isto porque, nas eleições proporcionais as 
dificuldades encontradas pelos partidos para substituição não são as mesmas 
das eleições majoritárias, visto que possuem vários candidatos à disposição. 
 
 
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Resumindo os prazos na substituição: 
ELEIÇÕES MAJORITÁRIAS ELEIÇÕES PROPORCIONAIS 
a) até 10 DIAS após a ocorrência 
do fato ou da notificação da 
decisão judicial; 
b) até 24 HORAS antes das 
eleições. 
a) até 10 DIAS após a ocorrência 
do fato ou da notificação da 
decisão judicial; 
a) até 60 DIAS antes do início da 
votação. 
Quando se tratar de COLIGAÇÃO, a substituição do candidato que 
a integra deverá ser realizada nos seguintes termos: 
a) o Partido ao qual pertencia o substituído tem direito de preferência à 
substituição; 
b) caso não o faça, a substituição deverá ser feita por decisão da maioria 
absoluta dos órgãos executivos de direção dos partidos coligados, 
podendo o substituto ser filiado a qualquer partido dela integrante. 
Art. 13. É facultado ao partido ou coligação substituir candidato 
que for considerado inelegível, renunciar ou falecer após o termo 
final do prazo do registro ou, ainda, tiver seu registro indeferido ou 
cancelado. 
§ 1o A escolha do substituto far-se-á na forma estabelecida no 
estatuto do partido a que pertencer o substituído, e o registro 
deverá ser requerido até 10 (dez) dias contados do fato ou da 
notificação do partido da decisão judicial que deu origem à 
substituição. (Redação dada pela Lei nº 12.034, de 2009) 
§ 2º Nas eleições majoritárias, se o candidato for de coligação, 
a substituição deverá fazer-se por decisão da maioria absoluta 
dos órgãos executivos de direção dos partidos coligados, 
podendo o substituto ser filiado a qualquer partido dela integrante, 
 
 
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desde que o partido ao qual pertencia o substituído renuncie ao 
direito de preferência. 
§ 3º Nas eleições proporcionais, a substituição só se efetivará se 
o novo pedido for apresentado até 60 (sessenta) dias antes do 
pleito. 
Cancelamento de registro. 
O registro do candidato pode ser CANCELADO até a data da 
eleição caso seja ele EXPULSO do Partido, após regular procedimento, 
segundo a previsão do estatuto do Partido, devendo ser garantida ao candidato 
a ampla defesa. 
Este cancelamento do registro só pode ser decretado pela própria 
Justiça Eleitoral e não pelo Partido, que não tem competência para tanto. 
Primeiro precisa ser expulso do partido. Após isso, a Justiça Eleitoral fará o 
cancelamento do registro mediante solicitação do partido. 
Art. 14. Estão sujeitos ao cancelamento do registro os 
candidatos que, até a data da eleição, forem expulsos do 
partido, em processo no qual seja assegurada ampla defesa e 
sejam observadas as normas estatutárias. 
Parágrafo único. O cancelamento do registro do candidato será 
decretado pela Justiça Eleitoral, após solicitação do partido. 
Identificação numérica dos candidatos. 
A Lei eleitoral estabelece critérios para a definição dos números 
que os candidatos utilizarão na eleição para concorrer ao mandato eletivo. São 
os seguintes os critérios para identificação numérica dos candidatos: 
Nas Eleições Majoritárias: 
a) Presidente, Governador e Prefeito – o nº identificador do 
Partido/Legenda. Ex: Lula – 40 – mesmo nº do Partido. 
b) SENADOR – para o TSE deve ser acrescido 1 (um) algarismo 
à direita (Resolução 20.993/02). Exemplificando: Senador 
Tião Viana do Acre, que é do PT, o número de deve ser 40X. 
 
 
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Obs: pela letra da Lei Eleitoral, nas eleições majoritárias 
deveria-se usar o nº identificador do partido. Mas o TSE 
regulamentando o dispositivo, deu a devida especificação para o 
caso dos Senadores, que tinham que se diferenciar dos 
Governadores de Estado. 
Nas Eleições Proporcionais: 
a) Deputado Federal – nº do partido acrescido de 2 
algarismos à direita; Ex: 40XX 
b) Deputado Estadual - nº do partido acrescido de 3 
algarismos à direita; Ex: 40XXX 
c) Vereador - nº do partido acrescido de 3 algarismos à 
direita; Ex: 40XXX 
Considerações finais sobre numeração de candidatos: 
1. os partidos e os candidatos têm direito a manter os 
números anteriormente utilizados em eleições pretéritas; 
2. os candidatos de coligações, nas eleições majoritárias, 
serão registrados com o número de legenda do respectivo 
partido e, nas eleições proporcionais, com o número de 
legenda do respectivo partido acrescido do número que lhes 
couber, observado o disposto no parágrafo anterior. 
Art. 15. A identificação numérica dos candidatos se dará 
mediante a observação dos seguintes critérios: 
I - os candidatos aos cargos majoritários concorrerão com o 
número identificador do partido ao qual estiverem filiados; 
II - os candidatos à Câmara dos Deputados concorrerão com o 
número do partido ao qual estiverem filiados, acrescido de dois 
algarismos à direita; 
III - os candidatos às Assembléias Legislativas e à Câmara 
Distrital concorrerão com o número do partido ao qual estiverem 
filiados acrescido de três algarismos à direita; 
IV - o Tribunal Superior Eleitoral baixará resolução sobre a 
 
 
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numeração dos candidatos concorrentes às eleições municipais. 
§ lº Aos partidos fica assegurado o direito de manter os números 
atribuídos à sua legenda na eleição anterior, e aos candidatos, 
nesta hipótese, o direito de manter os números que lhes foram 
atribuídos na eleição anterior para o mesmo cargo. 
§ 2º Aos candidatos a que se refere o § 1º do art. 8º, é permitido 
requerer novo número ao órgão de direção de seu partido, 
independentemente do sorteio a que se refere o § 2º do art. 100 da Lei 
nº 4.737, de 15 de julho de 1965 - Código Eleitoral. NÃO APLICÁVEL 
§ 3º Os candidatos de coligações, nas eleições majoritárias, serão 
registrados com o número de legenda do respectivo partido e, nas 
eleiçõesproporcionais, com o número de legenda do respectivo 
partido acrescido do número que lhes couber, observado o disposto 
no parágrafo anterior. 
Centralização e divulgação da relação dos candidatos 
registrados. 
Em até 45 DIAS antes das eleições os TREs devem enviar ao TSE, 
para fins de centralização e divulgação de dados a relação dos candidatos a 
todas as eleições, devendo constar a referência ao sexo e ao cargo. (alguns de 
vocês irão fazer isso, não é verdade? – “Deus te ouça Professor!” – se for pela 
minha intenção, Deus vai ouvir!) 
Este é um prazo de prescrição para fins de centralização e 
divulgação de dados e também de controle de segurança desses registros e do 
cumprimento da exigência mínima e máxima relativa ao sexo dos candidatos 
(30-70%). 
DICA (ALTERAÇÃO RECENTE!): 
Com a reforma eleitoral, foram acrescentados alguns pontos 
relevantes sobre o registro dos candidatos. Vamos resumir: 
1. até 45 DIAS antes das eleições todos os pedidos de 
registro de candidatos, inclusive os impugnados, e os 
respectivos recursos, devem estar JULGADOS em todas 
as instâncias, e publicadas as decisões a eles relativas; 
(Não se sabe se a Justiça Eleitoral vai conseguir cumprir este 
 
 
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prazo na forma como a Lei está determinando) 
2. os processos de registro de candidaturas terão prioridade 
sobre quaisquer outros, devendo a Justiça Eleitoral adotar 
as providências necessárias para o cumprimento deste prazo 
de até 45 DIAS antes das eleições, inclusive com a 
realização de sessões extraordinárias e a convocação dos 
juízes suplentes pelos Tribunais; 
3. o candidato cujo registro esteja sub judice (discutido em 
processo judicial) PODERÁ efetuar todos os atos 
relativos à campanha eleitoral, inclusive utilizar o horário 
eleitoral gratuito no rádio e na televisão e ter seu nome 
mantido na urna eletrônica enquanto estiver sob essa 
condição, ficando a validade dos votos a ele atribuídos 
condicionada ao deferimento de seu registro por instância 
superior. 
4. o cômputo, para o respectivo partido ou coligação, dos votos 
atribuídos ao candidato cujo registro esteja sub judice no dia 
da eleição fica condicionado ao deferimento do registro 
do candidato. 
Art. 16. Até quarenta e cinco dias antes da data das eleições, os 
Tribunais Regionais Eleitorais enviarão ao Tribunal Superior 
Eleitoral, para fins de centralização e divulgação de dados, a 
relação dos candidatos às eleições majoritárias e proporcionais, da 
qual constará obrigatoriamente a referência ao sexo e ao cargo a 
que concorrem. 
§ 1o Até a data prevista no caput, todos os pedidos de registro de 
candidatos, inclusive os impugnados, e os respectivos recursos, 
devem estar julgados em todas as instâncias, e publicadas as 
decisões a eles relativas. (Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009) 
§ 2o Os processos de registro de candidaturas terão prioridade 
sobre quaisquer outros, devendo a Justiça Eleitoral adotar as 
providências necessárias para o cumprimento do prazo previsto no 
§ 1o, inclusive com a realização de sessões extraordinárias e a 
convocação dos juízes suplentes pelos Tribunais, sem prejuízo da 
eventual aplicação do disposto no art. 97 e de representação ao 
 
 
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Conselho Nacional de Justiça. (Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009) 
Art. 16-A. O candidato cujo registro esteja sub judice poderá 
efetuar todos os atos relativos à campanha eleitoral, inclusive 
utilizar o horário eleitoral gratuito no rádio e na televisão e ter seu 
nome mantido na urna eletrônica enquanto estiver sob essa 
condição, ficando a validade dos votos a ele atribuídos 
condicionada ao deferimento de seu registro por instância 
superior. (Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009) 
Parágrafo único. O cômputo, para o respectivo partido ou 
coligação, dos votos atribuídos ao candidato cujo registro esteja 
sub judice no dia da eleição fica condicionado ao deferimento do 
registro do candidato. (Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009) 
EXERCÍCIOS: 
QUESTÃO 106: TRE - AM - Téc. Administrativa [FCC] - 31/01/2010. 
Se um candidato ao cargo de Deputado Estadual vier a falecer 30 dias antes do 
pleito, 
a) não poderá ser substituído. 
b) poderá ser substituído pelo órgão de direção do partido dentro de 10 dias 
contados da data do óbito. 
c) poderá ser substituído pelo presidente do partido, se o novo candidato 
também tiver sido escolhido em convenção. 
d) a sua substituição dependerá de nova convenção. 
e) a substituição será feita pela ordem de votação dos nomes que concorreram 
à escolha na convenção. 
COMENTÁRIOS: 
Devemos diferenciar os prazos para substituição de candidato entre as eleições 
majoritárias e proporcionais: 
 
 
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ELEIÇÕES MAJORITÁRIAS ELEIÇÕES PROPORCIONAIS 
c) até 10 DIAS após a ocorrência 
do fato ou da notificação da 
decisão judicial; 
d) até 24 HORAS antes das 
eleições. 
b) até 10 DIAS após a ocorrência 
do fato ou da notificação da 
decisão judicial; 
b) até 60 DIAS antes do início da 
votação. 
Como a questão coloca que o cargo em disputa é o de Deputado Estadual, a 
eleição é proporcional. Neste caso, somente será possível a substituição caso o 
fato que deu origem à substituição ocorra em até 60 dias antes da 
votação/pleito. 
Assim, como o falecimento do Deputado ocorreu faltando apenas 30 dias da 
eleição, o candidato não poderá ser substituído. 
RESPOSTA CERTA: LETRA A 
QUESTÃO 107: TJ RR - Juiz Substituto [FCC] - 28/03/2008. 
A respeito do processo eleitoral, é correto afirmar: 
a) Nas eleições proporcionais, o cancelamento de registro de candidato poderá 
ser decretado pelo partido político ou coligação a que pertencer, 
independentemente de pronunciamento da Justiça Eleitoral, por tratar-se de 
questão interna corporis. 
b) O pedido de registro de candidato às eleições proporcionais só poderá ser 
formulado pelos órgãos de direção dos partidos políticos. 
c) Nas eleições proporcionais, se o candidato for considerado inelegível, 
renunciar ou falecer, após o termo final do prazo do registro, é facultado ao 
partido ou coligação substituí-lo até 30 dias após o fato que deu origem à 
substituição e até 45 dias antes do pleito. 
d) Nas eleições majoritárias, a substituição de candidato de coligação que vier 
a falecer após o registro de sua candidatura, pode ser feita pelos presidentes 
dos partidos que a compõem, não havendo preferência do partido ao qual 
pertencia o substituído. 
 
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e) Se as convenções partidárias não indicarem o número máximo das vagas a 
que o partido tem direito, os órgãos de direção dos partidos respectivos 
poderão preencher as vagas remanescentes até 60 dias antes do pleito. 
COMENTÁRIOS: 
Item A – errado. Este cancelamento do registro só pode ser decretado pela 
própria Justiça Eleitoral e não pelo Partido, que não tem competência para 
tanto. Primeiro precisa ser expulso do partido. Após isso, a Justiça Eleitoral 
fará o cancelamento do registro mediante solicitação do partido. 
Art. 14. Estão sujeitos ao cancelamento do registro os 
candidatos que, até a data da eleição, forem expulsos do 
partido, em processo no qual seja assegurada ampla defesa e 
sejam observadas as normas

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