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Aula 08

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D a v i S o u z a , C P F : 4 5 7 5 1 5 6 0 4 3 4
DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS 
AULA 8 
PROFESSOR: RICARDO GOMES 
 
Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 1
DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS 
AULA 8 
Prof. RICARDO GOMES 
 
Prezados(as) Alunos(as)! 
 
Nesta 8ª AULA veremos a parte material das 
INELEGIBILIDADES previstas na Legislação Infra-Constitucional. A parte 
material restringe-se ao conceito e hipóteses legais de inelegibilidades. Por sua 
vez, a parte processual será vista na Aula 9. 
 
 
 
QUADRO SINÓPTICO DA AULA: 
 
LEI COMPLEMENTAR Nº 64/90: 
 
1. Conceito de Inelegibilidade e Considerações Gerais. 
2. Casos de Inelegibilidades da LC nº 64/90. 
2.1. Inelegibilidades para QUALQUER CARGO. 
2.2. Inelegibilidades para PRESIDENTE e VICE da República. 
2.3. Inelegibilidades para GOVERNADOR e Vice. 
2.4. Inelegibilidades para PREFEITO e Vice. 
2.5. Inelegibilidades para o SENADO FEDERAL. 
2.6. Inelegibilidades para a CÂMARA dos DEPUTADOS, 
Assembléia e Câmara Legislativa. 
2.7. Inelegibilidades para a CÂMARA MUNICIPAL. 
 
 
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DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS 
AULA 8 
PROFESSOR: RICARDO GOMES 
 
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LEI COMPLEMENTAR nº 64/90 - Lei das Inelegibilidades 
 
1. Conceito de Inelegibilidade e Considerações Gerais. 
Chegamos a um assunto bastante cobrado em provas por qualquer 
banca, inclusive FCC e CESPE: Inelegibilidades da LC. 64/90. 
Estudamos na Aula 1 as Inelegibilidades previstas em sede 
constitucional. Na CF-88 estão dispostos os principais casos de 
inelegibilidades, tanto as inelegibilidades absolutas quanto as relativas. No 
entanto, a própria Constituição cuidou de prevê, em seu art. 14, §9º, a 
possibilidade de disposição infraconstitucional sobre a matéria de 
inelegibilidades, por meio de Lei Complementar ao texto constitucional, 
regulando assim o tema de forma mais abrangente e completa: 
 CF-88 
Art. 14 
§ 9º Lei complementar estabelecerá outros casos de 
inelegibilidade e os prazos de sua cessação, a fim de proteger 
a probidade administrativa, a moralidade para exercício de 
mandato considerada vida pregressa do candidato, e a normalidade 
e legitimidade das eleições contra a influência do poder econômico 
ou o abuso do exercício de função, cargo ou emprego na 
administração direta ou indireta. (Redação dada pela Emenda 
Constitucional de Revisão nº 4, de 1994) 
 
Conceito de Inelegilidade. 
Conforme leciona o Professor José Gomes, a inelegibilidade 
consiste no “impedimento ao exercício da cidadania passiva, de maneira 
que o cidadão fica impossibilitado de ser escolhido para ocupar cargo 
político-eletivo. Em outros termos, trata-se de fator negativo cuja 
presença obstrui ou subtrai a capacidade eleitoral passiva do nacional, 
tornando-o inapto para receber votos e, pois, exercer mandato 
representativo”. 
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Como já dissemos anteriormente, as inelegibilidades são 
circunstâncias previstas na CF-88 e em Lei Complementar que impedem o 
cidadão de exercitar sua capacidade eleitoral ativa (de eleger-se). São 
circunstâncias que restringem a elegibilidade do cidadão, limitam a sua 
possibilidade de candidatar-se em uma eleição. 
Na Lei Complementar nº 64/90 estão previstas as 
doutrinariamente chamadas de Inelegibilidades Legais, dentro do rol da 
classificação das inelegibilidades relativas, dada na Aula 1. Contudo, a LC 
nº 64 acaba por prevê também hipóteses de inelegibilidades absolutas 
(impedimentos para assunção de qualquer cargo eletivo). 
 
À frente veremos que a LC nº 64 teve severas alterações e 
inclusões em decorrencência da LC nº 135/2010, a chamada “Lei da Ficha 
Limpa”. Friso aos alunos que farão a prova do TRE/AC que ESSAS 
ALTERAÇÕES recentemente realizadas NÃO CAIRÃO na prova a ser realizada 
no dia 05/09! 
Então, para estes alunos, aconselho focarem suas atenções mais 
na parte não alterada. Para os que farão outras provas, aconselho a fixarem 
bastante estas alterações, pois serão matéria certa em todos os concursos de 
TREs vindouros! 
 
2. Casos de Inelegibilidades da LC nº 64/90. 
 
A LC nº 64/90 divide as inelebilidades nos seguintes critérios: 
1. para QUALQUER CARGO; 
2. para PRESIDENTE E VICE-PRESIDENTE DA REPÚBLICA; 
3. para GOVERNADOR E VICE-GOVERNADOR; 
4. para PREFEITO e VICE-PREFEITO; 
5. para o SENADO FEDERAL; 
6. para a CÂMARA MUNICIPAL. 
Seguiremos este mesmo roteiro na Aula. 
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 2.1. Inelegibilidades para QUALQUER CARGO. 
 
São inelegíveis para qualquer cargo (ABSOLUTAS), sem 
exceção: 
1. os INALISTÁVEIS e os ANALFABETOS. 
Isto eu já sei Professor! 
Verdade! Mas foi repetido na LC nº 64/90, e por isso faço 
referência para vocês! 
Como disse, esta é uma repetição do que já dispõe a CF-88 em seu 
art. 14, §4º: 
CF-88 
Art. 14 
§ 4º - São inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos. 
Reescrevo o que já havia comentado nas inelegibilidades previstas 
na CF-88: 
INALISTÁVEIS – A elegibilidade tem como pressuposto inicial a 
alistabilidade. Se não pode sequer ser eleitor, não poderá também, por óbvio, 
ser candidato. Segundo a CF-88, são Inalistáveis os Estrangeiros e os 
Conscritos, durante o serviço militar obrigatório. Consoante o Código Eleitoral 
são também inalistáveis os que não saibam exprimir-se na língua nacional 
e os que estejam privados, temporária ou definitivamente dos direitos 
políticos. 
Art. 5º Não podem alistar-se eleitores: 
I - os analfabetos; (Revogado pelo art. 14, § 1º, II, "a", da 
Constituição/88) 
II - os que não saibam exprimir-se na língua nacional; 
III - os que estejam privados, temporária ou definitivamente 
dos direitos políticos. 
Resumo: 
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São INALISTÁVEIS: 
1) os Estrangeiros e os Conscritos! (segundo a CF-88); 
2) os que não saibam exprimir-se na língua nacional e os que estejam 
privados, temporária ou definitivamente dos direitos políticos 
(segundo o Código Eleitoral). 
ƒ ANALFABETOS – apesar de ter direito a ser eleitor (por ser 
facultativo o seu alistamento e voto), o analfabeto não pode ser 
eleito. Por disposição constitucional e legal, o analfabeto não tem 
capacidade eleitoral passiva. 
Observação 1: A jurisprudência do TSE tem apontado que a 
inelegibilidade do analfabeto, quando não apresentado pelo candidato 
documento de escolaridade mínima, deve ser aferida por submissão à prova 
elementar de alfabetização perante o Juiz Eleitoral. Poderá, desse modo, ser 
realizado teste simples, na presença do Juiz, para aferição se o candidato é ou 
não analfabeto. 
Observação 2: o semi-analfabeto, aquele que demonstra 
mínimos atributos de alfabetização, é considerado pela Jurisprudência como 
elegível. 
Não poderão concorrer para qualquer cargo, estão absolutamente impedidos 
de elegerem-se, os INALISTÁVEIS e os ANALFABETOS! 
 
2. os membros das Casas Legislativas (Congresso Nacional, 
Assembléias Legislativas, Câmara Legislativa e Câmaras 
Municipais) que tenham PERDIDO seus MANDATOS, na 
forma do art. 55, I e IIda CF-88 ou nos dispositivos 
equivalentes nas Constituições Estaduais ou Leis Orgânicas 
Municipais. 
Os membros das Casas Legislativas são: Deputados Federais, 
Estaduais e Distritais, Senadores e Vereadores. 
Esta inelegilidade decorrente de Perda de Mandato é para eleições 
que venham a realizar-se durante o remanescente período do mandato e 
nos 8 ANOS posteriores ao término do mandato! 
As causas de Perda de Mandato são as previstas no art. 55, I e II, 
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combinados com o art. 54, da CF-88, destancando-se a realização de 
procedimento declarado incompatível com o decoro parlamentar. In 
verbis: 
CF-88 
Art. 55. Perderá o mandato o Deputado ou Senador: 
I - que infringir qualquer das proibições estabelecidas no artigo 
anterior (art. 54); 
II - cujo procedimento for declarado incompatível com o 
decoro parlamentar; 
 
Art. 54. Os Deputados e Senadores não poderão: 
I - desde a expedição do diploma: 
a) firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito 
público, autarquia, empresa pública, sociedade de economia mista 
ou empresa concessionária de serviço público, salvo quando o 
contrato obedecer a cláusulas uniformes; 
b) aceitar ou exercer cargo, função ou emprego remunerado, 
inclusive os de que sejam demissíveis "ad nutum", nas entidades 
constantes da alínea anterior; 
II - desde a posse: 
a) ser proprietários, controladores ou diretores de empresa que 
goze de favor decorrente de contrato com pessoa jurídica de direito 
público, ou nela exercer função remunerada; 
b) ocupar cargo ou função de que sejam demissíveis "ad nutum", 
nas entidades referidas no inciso I, "a"; 
c) patrocinar causa em que seja interessada qualquer das 
entidades a que se refere o inciso I, "a"; 
d) ser titulares de mais de um cargo ou mandato público eletivo. 
 
 
 
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3. o Governador e o Vice-Governador de Estado e do 
Distrito Federal e o Prefeito e o Vice-Prefeito que 
PERDEREM seus cargos eletivos por processo de 
impeachment (infringência a dispositivo da Constituição 
Estadual, da Lei Orgânica do Distrito Federal ou da Lei 
Orgânica do Município). 
A antiga redação da LC nº 64/90 previa que a inelegilidade 
decorrente da Perda de Mandato de Governador e Prefeito era para eleições 
que venham a realizar-se durante o remanescente período do mandato e nos 3 
ANOS posteriores ao término do mandato. 
ALTERAÇÃO! 
Com a LC nº 135/10, o prazo foi modificado nos seguintes termos: 
durante o remanescente período do mandato e nos 8 ANOS posteriores 
ao término do mandato! 
 
 
4. os que tenham contra sua pessoa REPRESENTAÇÃO 
julgada PROCEDENTE pela Justiça Eleitoral, em decisão 
TRANSITADA EM JULGADO ou proferida por ÓRGÃO 
JUDICIAL COLEGIADO (2ª INSTÂNCIA), em processo de 
apuração de abuso do poder econômico ou político, para 
a eleição na qual concorrem ou tenham sido 
diplomados, bem como para as que se realizarem nos 8 
(oito) anos seguintes. 
Vamos por partes. 
Esta LC nº 135/10 (Lei da Ficha Limpa) teve por objetivo principal 
impedir a candidatura de políticos condenados por crimes e condutas graves, 
por um colegiado de juízes (2ª instância), sem necessitar que o possível 
crime/conduta seja julgado em todas as instâncias jurídicas (desde a 1ª até a 
última instância). 
Assim, com esta nova regulamentação, o candidato estará com a 
“ficha suja”, inelegível para pleitear o cargo eletivo, se for condenado nos 
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termos da LC nº 64/90, em decisão transitada em julgado ou em decisão 
judicial colegiada de 2ª instância (que dispensa o trânsito em julgado). 
Outro ponto relevante foi a extensão do prazo de inelegibilidade, 
passando de 3, 4 ou 5 anos para 8 anos. 
A regra do item 4 visa proteger a normalidade e legitimidade das 
eleições contra a influência do poder econômico ou o abuso do exercício de 
função, cargo ou emprego na Administração Pública, na esteira do art. 14, §9º, 
da CF-88: 
Art. 14 
§ 9º - Lei complementar estabelecerá outros casos de 
inelegibilidade e os prazos de sua cessação, a fim de proteger a 
normalidade e legitimidade das eleições contra a influência 
do poder econômico ou o abuso do exercício de função, 
cargo ou emprego na administração direta ou indireta. 
ALTERAÇÃO! 
Com isso, será inelegível qualquer candidato ou detentor de 
cargo eletivo aquele que, em processo de apuração de abuso de poder 
econômico ou político, tiver julgada procedente pela Justiça Eleitoral 
REPRESENTAÇÃO contra sua pessoa, em decisão transitada em julgado 
ou proferida por órgão judicial colegiado – 2ª instância (esta não 
depende do trânsito em julgado!). 
Esta inelegibilidade tem efeitos para a eleição na qual 
concorrem ou tenham sido diplomados, bem como para as que se 
realizarem nos 8 (oito) anos seguintes. 
A antiga redação do dispositivo não previa a hipótese de decisão 
por órgão colegiado e a inelegibilidade tinha efeito para eleições com prazo de 
até 3 ANOS da decisão. 
 
 
5. os que forem CONDENADOS pelos CRIMES listados abaixo, 
em decisão TRANSITADA EM JULGADO ou proferida por 
ÓRGÃO JUDICIAL COLEGIADO, desde a condenação até o 
transcurso do prazo de 8 (oito) ANOS após o 
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CUMPRIMENTO DA PENA: 
a. contra a economia popular, a fé pública, a 
administração pública e o patrimônio público; 
b. contra o patrimônio privado, o sistema financeiro, o 
mercado de capitais e os previstos na lei que regula a 
falência; 
c. contra o meio ambiente e a saúde pública; 
d. eleitorais, para os quais a lei comine pena privativa 
de liberdade; 
e. de abuso de autoridade, nos casos em que houver 
condenação à perda do cargo ou à inabilitação para o 
exercício de função pública; 
f. de lavagem ou ocultação de bens, direitos e valores (a 
maioria comete estes crimes! Rsrs); 
g. de tráfico de entorpecentes e drogas afins, racismo, 
tortura, terrorismo e hediondos; 
h. de redução à condição análoga à de escravo; Ex: um 
Deputado do Maranhão foi condenado por trabalho 
escravo no ano de 2006; se fosse hoje, poderia ser 
considerado inelegível; 
i. contra a vida e a dignidade sexual; 
j. praticados por organização criminosa, quadrilha ou 
bando; 
ALTERAÇÃO! 
Serão, portanto, inelegível para qualquer cargo os condenados 
pelos crimes listados acima, desde que a decisão penal já tenha transitada 
em julgado ou seja proferida por órgão judicial colegiado (esta não 
depende do trânsito em julgado!). 
O início dos efeitos desta inelegibilidade é desde a condenação até 
o transcurso do prazo de 8 (oito) ANOS após o CUMPRIMENTO DA 
PENA. Não é 8 ANOS após a condenação, mas após o cumprimento da pena! 
Com isso, o prazo pode ser bem superior. Ex: 5 anos de cumprimento de pena 
a que foi condenado + 8 anos após este cumprimento = 12 ANOS de 
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INELEGIBILIDADE!A anterior redação do dispositivo abarcava apenas alguns crimes, 
não previa a hipótese de decisão por órgão colegiado e a inelegibilidade tinha 
efeito para eleições com prazo de até 3 ANOS após o cumprimento da pena. 
Antiga redação 
LC nº 64/90 
Art. 1º São inelegíveis: 
I - para qualquer cargo: 
e) os que forem condenados criminalmente, com sentença 
transitada em julgado, pela prática de crime contra a economia 
popular, a fé pública, a administração pública, o patrimônio 
público, o mercado financeiro, pelo tráfico de entorpecentes 
e por crimes eleitorais, pelo prazo de 3 (três) anos, após o 
cumprimento da pena; 
Além disso, a LC 135/10 trouxe a previsão de que a inelegilidade 
decorrente da condenação pelos crimes dispostos acima não se aplicará aos 
crimes culposos, aos definidos como crimes de menor potencial ofensivo e 
aos crimes de ação penal privada. 
Art. 1 
§ 4o A inelegibilidade prevista na alínea e do inciso I deste artigo 
não se aplica aos crimes culposos e àqueles definidos em lei 
como de menor potencial ofensivo, nem aos crimes de ação 
penal privada. (Incluído pela Lei Complementar nº 135, de 2010) 
 
6. os que forem declarados indignos do oficialato, ou com 
ele incompatíveis, pelo prazo de 8 (oito) anos; 
Esta inelegibilidade é referente à perda de posto e patente do 
militar que for julgado indigno do oficialato ou com ele incompatível, conforme 
art. 142, §3º, VI, da CF-88: 
Art. 142 
§ 3º Os membros das Forças Armadas são denominados 
militares, aplicando-se-lhes, além das que vierem a ser fixadas 
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em lei, as seguintes disposições: 
VI - o oficial só perderá o posto e a patente se for julgado indigno 
do oficialato ou com ele incompatível, por decisão de tribunal 
militar de caráter permanente, em tempo de paz, ou de tribunal 
especial, em tempo de guerra; 
A única alteração da previsão legal foi quanto ao prazo de 
inelegibilidade, que era de 3 ANOS, passando para 8 ANOS. 
 
7. os que tiverem suas CONTAS REJEITADAS - contas 
relativas ao exercício de cargos ou funções públicas 
rejeitadas por irregularidade insanável que configure ato 
doloso de improbidade administrativa, e por decisão 
irrecorrível do órgão competente, salvo se esta houver sido 
suspensa ou anulada pelo Poder Judiciário, para as eleições 
que se realizarem nos 8 (oito) ANOS seguintes, contados a 
partir da data da decisão, aplicando-se o disposto no inciso II 
do art. 71 da Constituição Federal, a todos os ordenadores de 
despesa, sem exclusão de mandatários que houverem agido 
nessa condição. 
Considerações sobre a inelegibilidade por Rejeição de Contas: 
a. todo aquele que exerce cargo ou função pública que 
tiver suas contas rejeitadas pelo Poder Legislativo 
(auxiliado pelo órgão de Controle Externo – Tribunal de 
Contas) de cada Ente Federativo (União, Estados, DF e 
Municípios) será inelegível se preenchidas as seguintes 
condições: 
• a irregularidade seja insanável – são 
irregularidades graves, não passíveis de simples 
correção, perpetradas com dolo ou má-fé e 
lesivas ao interesse público; 
• configuração de ato de improbidade 
administrativa na modalidade DOLOSA! Se 
for ato de improbidade administrativa na 
modalidade culposa, não configurará a 
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inelegilidade. 
• decisão irrecorrível (final e irretratável) do 
órgão competente (Poder Legislativo auxiliado 
por seu Tribunal de Contas – TCU, TCEs e 
TCMs); 
b. Se esta decisão do órgão competente for suspensa ou 
anulada pelo Poder Judiciário, também não configurará 
a inelegibilidade; 
c. Os efeitos da inelegibilidades são extensíveis para as 
eleições que se realizarem 8 ANOS a partir da decisão 
irrecorrível. A redação anterior previa o prazo de 5 
ANOS. 
d. Os ordenadores das despesas serão também 
considerados inelegíveis em caso de rejeição das 
contas! 
 
 
8. os detentores de cargo na administração pública direta, 
indireta ou fundacional, que beneficiarem a si ou a 
terceiros, pelo abuso do poder econômico ou político, 
que forem condenados em decisão TRANSITADA EM 
JULGADO ou proferida por ÓRGÃO JUDICIAL 
COLEGIADO, para a eleição na qual concorrem ou tenham 
sido diplomados, bem como para as que se realizarem nos 
8 (oito) anos seguintes; 
Esta hipótese de inelegibilidade assemelha-se à prevista no item 4, 
por coibirem o abuso do poder econômico ou político nas eleições. 
Naquela prevista em referido item 4 são sancionados com a 
inelegilidade qualquer candidato ou detentor de cargo eletivo que, em 
processo de apuração de abuso de poder econômico ou político, tiver julgada 
procedente pela Justiça Eleitoral REPRESENTAÇÃO contra sua pessoa. 
Aqui, apenas aqueles que detenham determinado CARGO na 
Administração Pública, considerada em sentido amplo (direta, indireta ou 
fundacional) serão assim penalizados. 
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Ex: um Governador que quer eleger um amigo seu e abusa do 
poder político; o Governador incidirá na inelegilidade do item 8 (detentor de 
cargo na Administração); já seu amigo incidirá na inelegibilidade do item 4 
(por ser candidato a cargo eletivo). 
 
 
9. os que, em estabelecimentos de crédito, financiamento 
ou seguro, que tenham sido ou estejam sendo objeto de 
processo de liquidação judicial ou extrajudicial, hajam 
exercido, nos 12 (doze) meses anteriores à respectiva 
decretação, cargo ou função de direção, administração ou 
representação, enquanto não forem exonerados de 
qualquer responsabilidade; 
Todo aquele que tiver exercido cargo ou função de 
direção/administração/representação em instituição financeira 
(estabelecimentos de crédito, financiamento ou seguro), objeto de processo 
de liquidação judicial ou extrajudicial, nos 12 MESES anteriores à 
decretação de liquidação, são considerados inelegíveis enquanto não ficar 
comprovado que não têm responsabilidade pela liquidação. 
Ex: o Presidente do Banco Santos, que teve há alguns anos 
decretada sua liquidação, seria considerado inelegível para qualquer cargo 
enquanto não fosse exonerado de responsabilidade. 
 
 
Inelegibilidades para qualquer cargo inseridas pela LC nº 
135/10 (Lei da Ficha Limpa) 
Prezados, abaixo veremos as novas hipóteses de inelegibilidades 
para qualquer cargo incluídas recentemente pela LC nº 135/10: 
 
10. os que forem condenados, em decisão transitada 
em julgado ou proferida por órgão colegiado da JUSTIÇA 
ELEITORAL, por corrupção eleitoral, por captação ilícita 
de sufrágio, por doação, captação ou gastos ilícitos de 
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recursos de campanha ou por conduta vedada aos 
agentes públicos em campanhas eleitorais que 
impliquem CASSAÇÃO DO REGISTRO ou do DIPLOMA, 
pelo prazo de 8 (oito) ANOS a contar da eleição; 
São as seguintes as condutas passíveis de condenação pela Justiça 
Eleitoral: 
a. corrupção eleitoral, 
b. captação ilícita de sufrágio, 
c. doação, captação ou gastos ilícitos de recursos de 
campanha 
d. conduta vedada aos agentes públicos em 
campanhas eleitorais 
Lembro que a condenaçãodeve implicar em cassação do registro 
ou diploma para que configure a inelegibilidade! 
 
11. o Presidente da República, o Governador de 
Estado e do Distrito Federal, o Prefeito, os membros do 
Congresso Nacional (SENADORES e DEPUTADOS 
FEDERAIS), das Assembleias Legislativas, da Câmara 
Legislativa, das Câmaras Municipais, que 
RENUNCIAREM a seus mandatos desde o oferecimento 
de representação ou petição capaz de autorizar a abertura 
de processo por infringência a dispositivo da Constituição 
Federal, da Constituição Estadual, da Lei Orgânica do Distrito 
Federal ou da Lei Orgânica do Município, para as eleições que 
se realizarem durante o período remanescente do mandato 
para o qual foram eleitos e nos 8 (oito) ANOS subsequentes 
ao término da legislatura; 
Desse modo, mesmo que renuncie ao cargo de todos os 
detentores de cargos eletivos APÓS o momento em que for oferecida 
representação para abertura de processo judicial com base na legislação 
eleitoral/constitucional, os detentores de mandato eletivo estarão agora 
INELEGÍVEIS para qualquer cargo. A Lei quer evitar que o detentor de 
mandato eletivo renuncie ao cargo para furtar-se de penalização de que venha 
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a, no futuro, declará-lo inelegível. 
INCLUSÃO RECENTE: No entanto, se for renúncia para fins 
eminentemente de desincompatibilização para pleitear outro cargo eletivo ou 
para assumir mandato, a LC nº 135/10 dispõe que esta renúncia NÃO GERARÁ 
a inelegibilidade comentada, salvo se a Justiça Eleitoral reconhecer que foi 
feita apenas como meio de fraude. 
Art. 1 
§ 5o A renúncia para atender à desincompatibilização com vistas 
a candidatura a cargo eletivo ou para assunção de mandato não 
gerará a inelegibilidade prevista na alínea k, a menos que a 
Justiça Eleitoral reconheça fraude ao disposto nesta Lei 
Complementar. 
 
 
12. os que forem condenados à SUSPENSÃO DOS 
DIREITOS POLÍTICOS, em decisão transitada em 
julgado ou proferida por órgão judicial colegiado, por ato 
DOLOSO de improbidade administrativa que importe 
lesão ao patrimônio público e enriquecimento ilícito, desde a 
condenação ou o trânsito em julgado até o transcurso do 
prazo de 8 (oito) anos após o cumprimento da pena; 
Observem que será considerado inelegível por 8 ANOS após o 
cumprimento da pena aquele condenado à suspensão dos direitos políticos por 
ato de improbidade administrativa na sua modalidade dolosa! Os outros 
casos de suspensão dos direitos políticos e a condenação por ato de 
improbidade administrativa na modalidade culposa não implicam nesta 
específica inelegibilidade por 8 ANOS após a condenação. 
 
13. os que forem excluídos do exercício da profissão, por 
decisão sancionatória do órgão profissional 
competente, em decorrência de infração ético-
profissional, pelo prazo de 8 (oito) anos, salvo se o ato 
houver sido anulado ou suspenso pelo Poder Judiciário; 
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Um exemplo é o caso do Advogado punido em Processo 
Administrativo por infração ético-profissional (ex: furtar dinheiro de seu 
cliente) pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Este Advogado será 
considerado inelegível por 8 ANOS desde a decisão sancionatória, salvo se 
anulada ou suspensa pelo Poder Judiciário. 
 
14. os que forem condenados, em decisão transitada em 
julgado ou proferida por órgão judicial colegiado, em razão 
de terem desfeito ou simulado desfazer vínculo 
conjugal ou de união estável para evitar caracterização 
de inelegibilidade, pelo prazo de 8 (oito) ANOS após a 
decisão que reconhecer a fraude; 
Esta nova previsão é mais do que justa, porque anteriormente era 
bastante difícil coibir a prática de simulação de quebra do vínculo conjugal para 
fugir da inelegibilidade reflexa dos cônjuges. Agora, os condenados por tal 
prática (tanto o detentor do cargo de Chefe do Poder Executivo quanto seu 
cônjuge) serão considerados inelegíveis por 8 ANOS a partir da decisão que 
reconhece a fraude. 
 
15. os que forem DEMITIDOS do serviço público em 
decorrência de processo administrativo ou judicial, pelo 
prazo de 8 (oito) ANOS, contado da decisão, salvo se o ato 
houver sido suspenso ou anulado pelo Poder Judiciário; 
A partir da LC nº 135/10, aqueles servidores públicos que forem 
sancionados com a pena de DEMISSÃO (não se aplica pena de suspensão e 
de advertência) em Processo Administrativo Disciplinar (PAD) ou em 
Processo Judicial, serão considerados inelegíveis por 8 ANOS a partir da 
demissão, salvo suspensão ou anulação da decisão pelo Poder Judiciário. 
 
16. a pessoa física e os dirigentes de pessoas jurídicas 
responsáveis por doações eleitorais tidas por ilegais por 
decisão transitada em julgado ou proferida por órgão 
colegiado da Justiça Eleitoral, pelo prazo de 8 (oito) anos 
após a decisão, observando-se o procedimento previsto no 
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art. 22; 
As pessoas físicas e os dirigentes de pessoas jurídicas que 
fizerem DOAÇÕES ILEGAIS, se condenados por tal conduta, serão 
considerados inelegíveis por 8 ANOS. 
 
17. os magistrados e os membros do Ministério 
Público que forem aposentados compulsoriamente por 
decisão sancionatória, que tenham perdido o cargo por 
sentença ou que tenham pedido exoneração ou 
aposentadoria voluntária na pendência de processo 
administrativo disciplinar, pelo prazo de 8 (oito) anos. 
Não somente os servidores públicos demitidos são considerados 
inelegíveis, mas também os MAGISTRADOS (Juízes) e Membros do MP que 
forem aposentados compulsoriamente (como decisão sancionatória), que 
tenham perdido o cargo por sentença (conforme previsto na Lei Orgânica 
respectiva) ou que tenham pedido exoneração ou aposentadoria na 
pendência de PAD. 
 
 
 
 
 2.2. Inelegibilidades para PRESIDENTE e VICE da 
República. 
 
Para concorrerem aos cargos de Chefe do Poder Executivo 
(Presidente, Governador e Prefeito), é necessária a 
DESINCOMPATIBILIZAÇÃO de agentes públicos e membros de algumas 
categorias, sob pena de serem considerados inelegíveis. 
Mas, Professor, o que é desincompatibilização? 
É simples colegas! Não se assustem! 
A desincompatibilização constitui na obrigação do titular de 
cargo eletivo de afastar-se do seu exercício para disputar a eleição. A falta de 
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desincompatibilização no período dado pela Lei acarreta na inelegibilidade do 
possível candidato. 
Mas são todos os detentores de cargos eletivos que precisam se 
desincompatibilizar? 
Não! O art. 14, §6º, da CF-88 prevê que o Presidente da 
República, Governadores de Estados e Prefeitos Municipais devem 
RENUNCIAR (desincompatibilizar) aos seus mandatos até 6 MESES antes do 
pleito para concorrem a OUTROS CARGOS (diversos do que ocupam! Ex: um 
Prefeito quer ser Governador ou Senador). 
Art. 14 
§ 6º - Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da 
República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal e os 
Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos até seis 
meses antes do pleito. 
 
LC 64/90 
Art. 1º 
§ 1° Para concorrência a outros cargos,o Presidente da República, 
os Governadores de Estado e do Distrito Federal e os Prefeitos 
devem renunciar aos respectivos mandatos até 6 (seis) meses 
antes do pleito. 
Por óbvio, para a REELEIÇÃO nos cargos de Presidente da 
República, Governadores de Estados e Prefeitos Municipais NÃO É 
NECESSÁRIA a DESINCOMPATIBILIZAÇÃO! 
Relevante regra insculpida na LC nº 64/90 refere-se à condição do 
VICE. O Vice-Presidente, o Vice-Governador e o Vice-Prefeito somente 
poderão concorrer a OUTROS CARGOS, preservando os respectivos mandatos 
(isto é, mantendo-se como Vice), desde que nos últimos 6 MESES antes do 
pleito NÃO TENHAM SUCEDIDO ou SUBSTITUÍDO o titular. 
LC 64/90 
Art. 1º 
§ 2° O Vice-Presidente, o Vice-Governador e o Vice-Prefeito 
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poderão candidatar-se a outros cargos, preservando os seus 
mandatos respectivos, desde que, nos últimos 6 (seis) meses 
anteriores ao pleito, não tenham sucedido ou substituído o titular. 
 
Abaixo estão todas as hipóteses de desincompatibilização aplicáveis 
aos pleiteantes ao Cargo de Presidente e Vice-Presidente da República: 
a) sob pena de serem considerados inelegíveis, precisam afastar-se 
definitivamente de seus cargos e funções até 6 (seis) MESES do 
pleito/antes das eleições: 
1. os Ministros de Estado: 
2. os chefes dos órgãos de assessoramento direto, civil e militar, da 
Presidência da República; 
3. o chefe do órgão de assessoramento de informações da 
Presidência da República; 
4. o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas; 
5. o Advogado-Geral da União e o Consultor-Geral da 
República; 
6. os chefes do Estado-Maior da Marinha, do Exército e da 
Aeronáutica; 
7. os Comandantes do Exército, Marinha e Aeronáutica; 
8. os Magistrados; 
9. os Presidentes, Diretores e Superintendentes de autarquias, 
empresas públicas, sociedades de economia mista e fundações 
públicas e as mantidas pelo poder público; 
10. os Governadores de Estado, do Distrito Federal e de 
Territórios; 
11. os Interventores Federais; 
12. os Secretários de Estado (mesmo status de Ministros nos 
Estados e no DF); 
13. os Prefeitos Municipais; 
14. os membros do Tribunal de Contas da União, dos 
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Estados e do Distrito Federal (não se previu aqui de 
Municípios); 
15. o Diretor-Geral do Departamento de Polícia Federal; 
16. os Secretários-Gerais, os Secretários-Executivos, os 
Secretários Nacionais, os Secretários Federais dos 
Ministérios e as pessoas que ocupem cargos equivalentes (são os 
considerados 2º escalão do Governo, logo abaixo de Ministros de 
Estado); 
 
b) também precisam afastar-se definitivamente de seus cargos e funções 
até 6 (seis) MESES do pleito/antes das eleições, sob pena de serem 
considerados inelegíveis os que: 
1. os que exerçam nos Estados, no Distrito Federal, Territórios e em 
qualquer dos poderes da União, cargo ou função, de nomeação 
pelo Presidente da República, sujeito à aprovação prévia do 
Senado Federal – Ex: Ministros do TCU, Ministros do STF e dos 
Tribunais Superiores, os Governadores de Territórios, o 
Procurador-Geral da República, o presidente e os diretores do 
banco central , etc. 
2. os que tiverem competência ou interesse, direta, indireta ou 
eventual, no lançamento, arrecadação ou fiscalização de impostos, 
taxas e contribuições de caráter obrigatório, inclusive parafiscais, 
ou para aplicar multas relacionadas com essas atividades; 
3. os que exerçam cargo ou função de direção, administração ou 
representação nas empresas de que tratam os arts. 3° e 5° da 
Lei n° 4.137, de 10 de setembro de 1962 (atualmente regrada pela 
Lei nº 8884/94 – que regulamente o abuso do Poder Econômico), 
quando, pelo âmbito e natureza de suas atividades, possam tais 
empresas influir na economia nacional; 
 
c) Ademais, serão considerados INELEGÍVEIS para o cargo de 
Presidente e Vice Presidente da República: 
1. os que, detendo o controle de empresas ou grupo de 
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empresas que atuem no Brasil, nas condições monopolísticas 
previstas no parágrafo único do art. 5° da Lei nº 4.137/62 
(atualmente regrada pela Lei nº 8884/94 – que regulamente o 
abuso do Poder Econômico), não apresentarem à Justiça 
Eleitoral, até 6 (seis) MESES antes do pleito, a prova de que 
fizeram cessar o abuso apurado, do poder econômico, ou de que 
transferiram, por força regular, o controle de referidas empresas 
ou grupo de empresas; 
2. os que tenham, dentro dos 4 (quatro) MESES anteriores ao 
pleito, ocupado cargo ou função de direção, administração ou 
representação em entidades representativas de classe, 
mantidas, total ou parcialmente, por contribuições impostas pelo 
poder Público ou com recursos arrecadados e repassados pela 
Previdência Social; 
3. os que, até 6 (seis) MESES depois de afastados das funções, 
tenham exercido cargo de Presidente, Diretor ou 
Superintendente de sociedades com objetivos exclusivos de 
operações financeiras e façam publicamente apelo à poupança e ao 
crédito, inclusive através de cooperativas e da empresa ou 
estabelecimentos que gozem, sob qualquer forma, de vantagens 
asseguradas pelo poder público, salvo se decorrentes de contratos 
que obedeçam a cláusulas uniformes; 
4. os que, dentro de 6 (seis) MESES anteriores ao pleito, hajam 
exercido cargo ou função de direção, administração ou 
representação em pessoa jurídica ou em empresa que mantenha 
contrato de execução de obras, de prestação de serviços ou de 
fornecimento de bens com órgão do Poder Público ou sob seu 
controle, salvo no caso de contrato que obedeça a cláusulas 
uniformes; 
5. os que, membros do Ministério Público, não se tenham 
afastado das suas funções até 6 (seis) MESES anteriores ao 
pleito; 
6. os que, SERVIDORES PÚBLICOS, ESTATUTÁRIOS OU NÃO 
(inclusive os funcionários públicos celetistas), dos órgãos ou 
entidades da Administração direta ou indireta da União, dos 
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Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e dos Territórios, 
inclusive das fundações mantidas pelo Poder Público, não se 
afastarem até 3 (três) MESES anteriores ao pleito, GARANTIDO 
o direito à percepção dos seus vencimentos INTEGRAIS; 
 
 
 2.3. Inelegibilidades para GOVERNADOR e Vice. 
 
São inelegíveis para o cargo de Governador e Vice-Governador de 
Estado e do DF os seguintes: 
1. os mesmos inelegíveis para Presidente e Vice-Presidente da 
República dispostos na alínea a acima em cor cinza (os 
Ministros de Estado, os chefes dos órgãos....), bem como os 
inelegíveis restantes quando se tratar de repartição 
pública, associação ou empresas que operem no território 
do Estado ou do Distrito Federal, sendo observados os 
mesmo prazos de desincompatibilização; 
2. até 6 (seis) MESES depois de afastados definitivamente de 
seus cargos ou funções: 
a. os chefes dos Gabinetes Civil e Militar do Governador 
do Estado ou do Distrito Federal; 
b. os comandantes do Distrito Naval, Região Militar 
e Zona Aérea; 
c. os diretores de órgãos estaduais ou sociedades de 
assistência aos Municípios;d. os secretários da administração municipal ou 
membros de órgãos congêneres; 
 
 
 
 
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 2.4. Inelegibilidades para PREFEITO e Vice. 
 
São inelegíveis para Prefeito e Vice-Prefeito Municipal: 
1. no que lhes for aplicável, por identidade de situações, os 
inelegíveis para os cargos de Presidente e Vice-Presidente 
da República, Governador e Vice-Governador de Estado e 
do Distrito Federal, observado o prazo de 4 (quatro) MESES 
para a desincompatibilização – observem que o prazo de 
desincompatibilização para concorrer ao cargo de PREFEITO é 
de 4 MESES e não de 6 meses! 
2. os membros do Ministério Público e Defensoria Pública 
em exercício na Comarca, nos 4 (quatro) MESES anteriores 
ao pleito, sem prejuízo dos vencimentos integrais – observo 
que, com a redação do art. 128, II, e, da CF-88, esta 
inelegibilidade para o MP só pode ser aplicada para os 
membros que ingressaram antes de 1988. 
3. as AUTORIDADES policiais, civis ou militares, com 
exercício no Município, nos 4 (quatro) meses anteriores ao 
pleito. 
Destaco que neste caso a LC nº 64/90 previu a necessidade de 
desincompatibilização de 4 MESES antes do pleito para as 
AUTORIDADES policiais (Delegados e Oficiais), sendo silente 
a respeito dos agentes de polícia e militares que não detenham 
posto de autoridade. 
 
Prazos de desincompatibilização na esfera Municipal: 
Para concorrer ao Cargo de PREFEITO e VICE Æ 4 MESES 
Para concorrer ao Cargo de VEREADOR (Câmara Municipal) Æ 6 MESES 
 
 
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 2.5. Inelegibilidades para o SENADO FEDERAL. 
 
São inelegíveis para o Senado Federal: 
1. os mesmos inelegíveis para Presidente e Vice-Presidente 
da República dispostos na alínea a acima em cor cinza (os 
Ministros de Estado, os chefes dos órgãos....), bem como os 
inelegíveis restantes quando se tratar de repartição 
pública, associação ou empresas que operem no território 
do Estado ou do Distrito Federal, sendo observados os 
mesmo prazos de desincompatibilização; 
2. em cada Estado e no Distrito Federal, os inelegíveis para 
os cargos de Governador e Vice-Governador, nas 
mesmas condições estabelecidas, observados os mesmos 
prazos de desincompatibilização; 
 
 
 
 2.6. Inelegibilidades para a CÂMARA dos 
DEPUTADOS, Assembléia e Câmara Legislativa. 
 
São inelegíveis para a Câmara dos Deputados, Assembléia 
Legislativa e Câmara Legislativa, no que lhes for aplicável, por identidade 
de situações, os inelegíveis para o SENADO FEDERAL, nas mesmas 
condições estabelecidas, observados os mesmos prazos de 
desincompatibilização. 
 
 
 
 
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 2.7. Inelegibilidades para a CÂMARA MUNICIPAL. 
 
São inelegíveis para a Câmara Municipal: 
1. no que lhes for aplicável, por identidade de situações, os 
inelegíveis para o SENADO FEDERAL e para a CÂMARA 
DOS DEPUTADOS, observado o prazo de 6 (seis) MESES 
para a desincompatibilização; 
2. em cada Município, os inelegíveis para os cargos de 
PREFEITO E VICE-PREFEITO, observado o prazo de 6 
(seis) MESES para a desincompatibilização . 
Prazos de desincompatibilização na esfera Municipal: 
Para concorrer ao Cargo de PREFEITO e VICE Æ 4 MESES 
Para concorrer ao Cargo de VEREADOR (Câmara Municipal) Æ 6 MESES 
 
 
Observação: ainda estudaremos o restante dos dispositivos da Lei 
Complementar nº 64/90 (Parte Processual) na Aula 9 (Ação de Impugnação 
de Registro de Candidatura, Ação de Investigação Judicial Eleitoral e os 
Procedimentos), juntamente com a Ação de impugnação de mandato 
eletivo e a Ação de investigação judicial eleitoral. 
 
 
 
 
 
 
 
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EXERCÍCIOS 
 
Ressalto que, com o advento da LC nº 135/10, as provas de 
direito eleitoral até agora editadas restaram parcialmente desatualizadas. No 
entanto, farei as devidas adequações, adaptações e frisarei as mudanças. 
 
QUESTÃO 180: MPE - PE - Promotor de Justiça [FCC] -07/09/2008. 
A respeito da inelegibilidade, considere: 
I. É de 6 meses o prazo para desincompatibilização para candidatarem-se 
Presidente da República dos que tenham ocupado cargo ou função de direção 
em entidades representativas de classe, mantidas parcialmente por 
contribuições impostas pelo poder público. 
II. É de 6 meses o prazo para desincompatibilização para candidatarem-se 
Presidente da República dos membros do Tribunal de Contas da União. 
III. É de 4 meses o prazo para desincompatibilização para candidatarem-se 
Presidente da República dos que tenham exercido em qualquer dos poderes da 
União, cargo ou função de nomeação do Presidente da República, sujeito à 
aprovação prévia do Senado Federal. 
IV. É de 3 meses o prazo para desincompatibilização para candidatarem-se 
Presidente da República dos servidores públicos, estatutários ou não, dos 
órgãos ou entidades da administração direta ou indireta da União. 
Está correto o que se afirma SOMENTE em 
a) I e III. 
b) I e IV. 
c) II e IV. 
d) I, II e III. 
e) II, III e IV. 
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COMENTÁRIOS: 
Item I – errado. O prazo de desincompatiblização no caso é de 6 MESES. 
Art. 1º São inelegíveis: 
II - para Presidente e Vice-Presidente da República: 
g) os que tenham, dentro dos 4 (quatro) meses anteriores ao 
pleito, ocupado cargo ou função de direção, administração 
ou representação em entidades representativas de classe, 
mantidas, total ou parcialmente, por contribuições impostas pelo 
poder Público ou com recursos arrecadados e repassados pela 
Previdência Social. 
Item II – correto. 
Art. 1º São inelegíveis: 
II - para Presidente e Vice-Presidente da República: 
a) até 6 (seis) meses depois de afastados definitivamente de 
seus cargos e funções: 
14. os membros do Tribunal de Contas da União (TCU), dos 
Estados e do Distrito Federal; 
Item III – errado. O prazo de desincompatiblização no caso é de 6 MESES. 
Art. 1º São inelegíveis: 
II - para Presidente e Vice-Presidente da República: 
b) os que tenham exercido, nos 6 (seis) meses anteriores à 
eleição, nos Estados, no Distrito Federal, Territórios e em qualquer 
dos poderes da União, cargo ou função, de nomeação pelo 
Presidente da República, sujeito à aprovação prévia do 
Senado Federal. 
Item IV – correto. 
Art. 1º São inelegíveis: 
II - para Presidente e Vice-Presidente da República: I) os que, 
servidores públicos, estatutários ou não, dos órgãos ou 
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entidades da Administração direta ou indireta da União, dos 
Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e dos Territórios, 
inclusive dasfundações mantidas pelo Poder Público, não se 
afastarem até 3 (três) MESES anteriores ao pleito, garantido o 
direito à percepção dos seus vencimentos integrais; 
 
RESPOSTA CERTA: LETRA C 
 
QUESTÃO 181: MPE-PE - Promotor de Justiça [FCC] - 01/08/2008 
(ADAPTADA). 
Muitas são as condições de elegibilidade que devem ser preenchidas para a 
participação política ativa e passiva. Rinaldo é oficial da Polícia Militar do 
Estado e conta mais de dez anos de serviço. Resolveu ser candidato a Prefeito 
Municipal. Nesse caso, ele é 
a) elegível e, se eleito, passará automaticamente, no ato da diplomação, para 
a aposentadoria. 
b) inelegível, porque os policiais militares estaduais são inalistáveis. 
c) elegível e, se eleito, deverá permanecer afastado de suas funções até o 
término do mandato. 
d) inelegível, visto que o militar só pode ser candidato a cargo eletivo após 
vinte anos de serviço. 
e) elegível, mas para ser eleito deverá afastar-se de suas funções em até 4 
(quatro) meses antes do pleito. 
 
COMENTÁRIOS: 
Item A e C – errados. Como já estudamos anteriormente, o Militar é 
plenamente elegível e, se eleito, com mais de 10 anos de serviço, passará 
automaticamente, no ato da diplomação, para a inatividade e não para a 
aposentadoria. 
Item B e D – errados. Todos os Militares são elegíveis, atendidas as condições 
legais e constitucionais, não havendo exigência de tempo de serviço para a 
plena elegibilidade. 
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Item E – correto. Conforme a LC nº 64/90, as autoridades Policiais (Militares e 
Civis) precisam desincompatibilizar 4 MESES antes do pleito para concorrer ao 
Mandato de Prefeito e Vice-Prefeito Municipal. Rinaldo é Oficial da PM, o 
que é entendido pela jurisprudência como autoridade polícial. 
Art. 1º São inelegíveis: 
IV - para Prefeito e Vice-Prefeito: 
c) as autoridades policiais, civis ou militares, com exercício no 
Município, nos 4 (quatro) meses anteriores ao pleito; 
 
RESPOSTA CERTA: LETRA E 
 
QUESTÃO 182: TJ-AL - Juiz Substituto [FCC] - 28/01/2007. 
Tício é presidente de entidade representativa de classe, com sede no município 
Alpha, mantida parcialmente por contribuições impostas pelo poder público e 
Paulus é delegado de polícia em exercício no mesmo município. O prazo de 
Desincompatibilização para Tício e Paulus candidatarem-se a Prefeito Municipal 
de Alpha é de 
a) 3 meses. 
b) 4 meses. 
c) 3 meses e 4 meses, respectivamente. 
d) 4 meses e 3 meses, respectivamente. 
e) 6 meses e 4 meses, respectivamente. 
 
COMENTÁRIOS: 
Tício é Presidente de entidade representativa de classe com sede no 
Município. É prevista expressamente uma inelegibilidade ao detentor de tal 
cargo quando pleitear o cargo de Presidente e Vice da República. No entanto, o 
art. 1º, IV, a, impõe referida inelegibilidade também para o cargo de Prefeito 
e Vice-Prefeito ao remeter a aplicação das inelegibilidades previstas para os 
cargos de Presidente e Vice da República e de Governador e Vice de Estado. O 
prazo previsto na LC nº 64/90 para o caso de Tício é de 4 MESES. 
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Art. 1º São inelegíveis: 
II - para Presidente e Vice-Presidente da República: 
g) os que tenham, dentro dos 4 (quatro) meses anteriores ao 
pleito, ocupado cargo ou função de direção, administração 
ou representação em entidades representativas de classe, 
mantidas, total ou parcialmente, por contribuições impostas pelo 
poder Público ou com recursos arrecadados e repassados pela 
Previdência Social. 
 
Art. 1º São inelegíveis: 
IV - para Prefeito e Vice-Prefeito: 
a) no que lhes for aplicável, por identidade de situações, os 
inelegíveis para os cargos de Presidente e Vice-Presidente da 
República, Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito 
Federal, observado o prazo de 4 (quatro) meses para a 
desincompatibilização; 
Paulus é Delegado de Polícia no Município (autoridade da polícia civil), 
configurando a hipótese já comentada acima, do art. 1, IV, c, da LC nº 64/90. 
O prazo de desincompatibilização para Paulos é o mesmo de Tício: 4 MESES. 
Art. 1º São inelegíveis: 
IV - para Prefeito e Vice-Prefeito: 
c) as autoridades policiais, civis ou militares, com exercício no 
Município, nos 4 (quatro) meses anteriores ao pleito; 
Lembro que os prazos de desincompatibilização para cargos Municipais pode 
ser assim resumido: 
Para concorrer ao Cargo de PREFEITO e VICE Æ 4 MESES 
Para concorrer ao Cargo de VEREADOR (Câmara Municipal) Æ 6 MESES 
 
RESPOSTA CERTA: LETRA B 
 
QUESTÃO 183: TRE-AM - Analista Judiciário – Judiciária [FCC] - 
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23/11/2003. 
José é membro do Ministério Público do Estado em exercício na Comarca, João 
é Presidente de uma fundação de direito privado não mantida pelo Poder 
Público, e Paulo é proprietário de emissora radiofônica, ambas situadas na 
mesma cidade. Os três pretendem candidatar-se a Prefeito desse município. 
Nesse caso, 
a) José deve afastar-se de suas funções e Paulo de suas atividades até 3 
meses antes do pleito. Não há exigência de afastamento em relação a João. 
b) José e João devem afastar-se de suas funções até 6 meses antes do pleito. 
Não há exigência de afastamento em relação a Paulo. 
c) José deve afastar-se de suas funções até 4 meses antes do pleito. Não há 
exigência de afastamento em relação a Paulo e João. 
d) os três devem afastar-se de suas funções e atividades até 4 meses antes do 
pleito. 
e) os três devem afastar-se de suas funções e atividades até 6 meses antes do 
pleito. 
 
COMENTÁRIOS: 
Situações da questão: 
• José é membro do Ministério Público do Estado em exercício na Comarca; 
• João é Presidente de uma fundação de direito privado não mantida pelo 
Poder Público, situada na cidade; 
• Paulo é proprietário de emissora radiofônica, situada na cidade. 
José, por ser membro do MP na comarca, deve desincompatibilizar-se em até 4 
MESES antes da eleição. 
Art. 1º São inelegíveis: 
IV - para Prefeito e Vice-Prefeito: 
b) os membros do Ministério Público e Defensoria Pública em 
exercício na Comarca, nos 4 (quatro) meses anteriores ao pleito, 
sem prejuízo dos vencimentos integrais; 
João, por ser Presidente de fundação privada NÃO mantida pelo Poder Público, 
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não precisa desincompatibilizar-se, não incidindo a inelegibilidade contida no 
art. 1º, II, a, 9, da LC 64/90, aplicável aos pleiteantes do cargo de Prefeito e 
Vice: 
Art. 1º São inelegíveis: 
II - para Presidente e Vice-Presidente da República: 
a) até 6 (seis) meses depois de afastados definitivamente de 
seus cargos e funções: 
9. os Presidentes, Diretores e Superintendentes de 
autarquias, empresas públicas, sociedades de economia mista e 
fundações públicas e as mantidas pelo poder público; 
Não há previsão de inelegibilidade para proprietário de emissora de rádio, caso 
do Paulo. 
 
RESPOSTA CERTA: LETRA C 
 
QUESTÃO 184: TRE-BA - Analista Judiciário – Judiciária [FCC] - 
21/09/2003. 
Alexandro, Prefeito Municipalda cidade de Rio Turvo, renuncia ao cargo até 6 
meses antes do pleito eleitoral. Nesse caso, 
a) está caracterizada a inelegibilidade indireta apenas para os cargos de 
Governador do Estado e de Deputado Estadual do Estado que o município 
integra, não tendo aplicação a outros mandatos eletivos. 
b) está presente a inelegibilidade reflexa para o cargo de Presidente da 
República, de Governador do Estado e de Prefeito, assim como para os demais 
cargos eletivos do Poder Legislativo. 
c) não está presente a inelegibilidade reflexa, permitindo-se a candidatura 
para quaisquer cargos dos Poderes Executivo e Legislativo. 
d) está caracterizada a inelegibilidade indireta, que se aplica à candidatura de 
mandatos eletivos no Poder Legislativo, mas não tem aplicação à candidatura 
no Poder Executivo. 
e) está presente a inelegibilidade reflexa somente para o cargo de Prefeito, 
não tendo aplicação para a candidatura a outros mandatos eletivos. 
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COMENTÁRIOS: 
Esta questão serve para rememorarmos alguns aspectos das inelegiblidades no 
âmbito constitucional correlacionadas com as estudadas no âmbito da LC nº 
64/90. 
Renúncia à Chefia do Executivo e a inelegibilidade reflexa dos parentes do 
titular. Vimos na Aula 1 que, segundo entendimento do TSE, se o titular estiver 
em seu 1º mandato, com a sua renúncia em até 6 meses antes do pleito, 
resta afastada esta inelegibilidade reflexa dos parentes, tanto para 
concorrerem ao mesmo cargo do titular (Chefe do Executivo), quanto para 
qualquer outro cargo. 
Somente se ele estiver em seu 2º mandato, a prévia renúncia não afastaria a 
inelegibilidade dos parentes para concorrerem ao mesmo cargo de Chefe do 
Poder Executivo. 
Na questão não foi informado o dado se estaria o Prefeito Alexandre em seu 1º 
ou 2º mandato. Este é um dado crucial para que a resposta da questão fosse 
precisa. 
De todo modo, o que se afigura é o seguinte: 
1) caso estivesse Alexandre em seu 1º mandato, a sua renúncia antes dos 6 
meses do pleito afastaria a inelegibilidade reflexa de seus parentes para 
concorrerem a qualquer cargo, inclusive o de Prefeito Municipal; 
2) caso fosse o seu 2º mandato, a renúncia prévia não afastaria a 
inelegibilidade reflexa para o cargo de Prefeito, mas apenas para os outros 
cargos diversos do de Chefe do Executivo. 
O gabarito da questão veio como certo o item “e”. No entanto, com base na 
orientação atual do TSE, entendo que nenhum item apresentado mostra-se 
correto. O item “e” estaria correto se a questão indicasse que Alexandre 
estaria em seu 2º mandato de Prefeito. Por sua vez, o item “c” estaria correto 
se a questão indicasse que ele estivesse em seu 1º mandato. 
 
RESPOSTA CERTA: LETRA E 
 
QUESTÃO 185: TRE-BA - Técnico Judiciário [FCC] - 21/09/2003 
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(ADAPTADA). 
Considere as afirmações: 
I. São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes 
ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do Presidente da República, do 
Governador de Estado ou Território, do Distrito Federal, do Prefeito ou de 
quem os haja substituído dentro dos 6 meses anteriores ao pleito, mesmo se 
já forem titulares de cargo eletivo e candidatos à reeleição. 
II. São inelegíveis, para qualquer cargo, os que forem condenados, em decisão 
transitada em julgado ou proferida por órgão judicial colegiado, desde a 
condenação até o transcurso do prazo de 8 (oito) anos após o cumprimento da 
pena, pelos crimes eleitorais, para os quais a lei comine pena privativa de 
liberdade. 
III. São inelegíveis, para qualquer cargo, os Ministros de Estado até 6 meses 
depois de afastados definitivamente de seus cargos e funções. 
Está correto APENAS o que se afirma em 
a) I. 
b) III. 
c) I e II. 
d) I e III. 
e) II e III. 
 
COMENTÁRIOS: 
Item I – errado. Conforme o art. 14, §7º, da CF-88 a inelegibilidade reflexa é 
dos parentes até o 2º GRAU dos titulares da Chefia do Poder Executivo, 
SALVO se já titulares de mandato eletivo e candidatos à reeleição. A questão 
trouxe “mesmo se já forem titulares...”, por isto está errada. 
Art. 14 
§ 7º - São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o 
cônjuge e os parentes consangüíneos ou afins, até o 
segundo grau ou por adoção, do Presidente da República, de 
Governador de Estado ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito 
ou de quem os haja substituído dentro dos seis meses anteriores 
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ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à 
reeleição 
Item II – correto. A antiga redação da LC nº 64/90 previa o seguinte: 
Antiga redação: 
Art. 1º São inelegíveis: 
I - para qualquer cargo: 
e) os que forem condenados criminalmente, com sentença 
transitada em julgado, pela prática de crime contra a economia 
popular, a fé pública, a administração pública, o patrimônio 
público, o mercado financeiro, pelo tráfico de entorpecentes e por 
crimes eleitorais, pelo prazo de 3 (três) anos, após o 
cumprimento da pena; 
Agora, com a nova redação: 
Art. 1º São inelegíveis: 
I - para qualquer cargo: 
e) os que forem condenados, em decisão transitada em 
julgado ou proferida por órgão judicial colegiado, desde a 
condenação até o transcurso do prazo de 8 (oito) anos após o 
cumprimento da pena, pelos crimes: 
4. eleitorais, para os quais a lei comine pena privativa de 
liberdade; 
Item III – correto. 
Art. 1º São inelegíveis: 
II - para Presidente e Vice-Presidente da República: 
a) até 6 (seis) meses depois de afastados definitivamente de 
seus cargos e funções: 
1. os Ministros de Estado: 
 
RESPOSTA CERTA: LETRA E 
 
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QUESTÃO 186: TRE-SP - Analista Judiciário – Judiciária [FCC] - 
10/05/2006. 
O analfabeto 
a) pode ser eleito para as Assembléias Legislativas. 
b) pode ser eleito para a Câmara dos Deputados. 
c) só pode alistar-se se souber ao menos assinar o nome. 
d) pode ser eleito Prefeito Municipal. 
e) é inelegível para qualquer cargo eletivo. 
RESPOSTA CERTA: LETRA E 
 
QUESTÃO 187: TRE-AM - Técnico Judiciário - Administrativa [FCC] - 
23/11/2003. 
Os analfabetos são inelegíveis 
a) para qualquer cargo eletivo. 
b) apenas para Presidente e Vice-Presidente da República. 
c) para Governador e Vice-Governador de Estado, entre outros. 
d) para Senador e Deputado Federal, entre outros. 
e) para Deputado Estadual, Prefeito e Vice-Prefeito, entre outros. 
RESPOSTA CERTA: LETRA A 
 
COMENTÁRIOS: 
Fiz questão de juntar as questões para demonstrar como as bancas repetem os 
enunciados e “batem na mesma tecla” sempre. Inclusive, isto aconteceu 
também na última prova do TRE/RS. 
Para as questões 186-187: 
CF-88 
Art. 14 
§ 4º - São inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos. 
 
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LC nº 64/90 
Art. 1º São inelegíveis: 
I - para qualquer cargo: 
a) os inalistáveis e os analfabetos; 
 
QUESTÃO 188: - RICARDO. 
José foi condenado pela prática de homicídio culposo de trânsito em virtude de 
atropelado pedestre. A sentença transitou em julgado, José será inelegível 
a) por 8 anos após o cumprimento da pena. 
b) por 4 anos após o trânsito em julgado da sentença. 
c) só seria inelegível se a decisão fosse por órgão judicial colegiado. 
d) enquanto estiver cumprindo a sanção penal. 
e) não será considerado inelegível pela prática de homicídio culposo. 
 
COMENTÁRIOS: 
De fato, José cometeu um crime contra a vida (homicídio), o que poderia 
levá-lo a incider na inelegibilidade prevista no art. 1º, I, e, 9, da LC 64/90: 
LC nº 64/90 
Art. 1º São inelegíveis: 
I - para qualquer cargo: 
e) os que forem condenados, em decisão transitada em julgado 
ou proferida por órgão judicial colegiado, desde a 
condenação até o transcurso do prazo de 8 (oito) anos após 
o cumprimento da pena, pelos crimes: 
9. CONTRA A VIDA e a dignidade sexual; e (Incluído pela Lei 
Complementar nº 135, de 2010) 
No entanto, não há que se falar em inelegibilidade de José, eis que 
o crime contra a vida foi na modalidade CULPOSA, incidindo a exceção legal 
prevista no novo §4º do art. 1º da LC 64/90, que dispõe pela não aplicação da 
inelegibilidade aos crimes culposos, aos definidos como crimes de menor 
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potencial ofensivo e aos crimes de ação penal privada. 
Art. 1 
§ 4o A inelegibilidade prevista na alínea e do inciso I deste artigo 
não se aplica aos crimes culposos e àqueles definidos em lei 
como de menor potencial ofensivo, nem aos crimes de ação 
penal privada. (Incluído pela Lei Complementar nº 135, de 2010) 
Item A – errado. Caso fosse possível, de fato o prazo da inelegibilidade seria 
desde a condenação até 8 ANOS do cumprimento total da pena. Mas como o 
crime foi culposo, não há inelegibilidade. 
Item B – errado. Como dito, a inelegibilidade conta-se da condenação e não do 
transito em julgado da sentença, estendendo-se por mais 8 ANOS do 
cumprimento da pena. 
Item C – errado. A decisão condenatória que geraria a inelegibilidade poderia 
ser por Juiz singular (único) ou por órgão judicial colegiado. 
Item D – errado. A inelegibilidade iniciaria desde a condenação. 
Item E – correto. Incide a nova exceção relatada acima. 
 
RESPOSTA CERTA: LETRA E 
 
QUESTÃO 189: TRE - GO - Analista Judiciário – Judiciária [CESPE] - 
01/02/2009. 
As normas constitucionais sobre mandato eletivo e processo eleitoral 
estabelecem que 
a) o mandato poderá ser impugnado perante a justiça eleitoral até trinta dias 
após a posse. 
b) a lei que alterar o processo eleitoral só entrará em vigor um ano após a sua 
promulgação, não se aplicando à eleição que ocorrer em seguida. 
c) são inelegíveis para os mesmos cargos, no período subsequente, os 
prefeitos e quem os houver sucedido ou substituído nos seis meses anteriores 
ao pleito. 
d) não podem ser candidatos os analfabetos, os estrangeiros e, durante o 
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período do serviço militar obrigatório, os conscritos. 
 
COMENTÁRIOS: 
Item A – errado. Veremos a Ação de Impugnação de Mandato Eleitivo na 
próxima Aula. Mas, conforme a CF-88, a impugnação ao mandato eletivo pode 
ser realizada 15 DIAS a contar da DIPLOMAÇÃO do candidato e não da 
posse. 
Art. 14 
§ 10 - O mandato eletivo poderá ser impugnado ante a Justiça 
Eleitoral no prazo de 15 (quinze) dias contados da diplomação, 
instruída a ação com provas de abuso do poder econômico, 
corrupção ou fraude. 
Item B – errado. A Lei que altera o processo eleitoral já entre em vigor desde a 
sua publicação, mas não tem EFICÁCIA, não gera efeitos, nas eleições que 
ocorram em até 1 ANO de sua vigência. 
CF-88 
Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na 
data de sua publicação, não se aplicando à eleição que ocorra 
até um ano da data de sua vigência. 
Item C – errado. Só estaria correta se fosse na hipótese de 2º mandato. No 1º 
mandato é plenamente possível a reeleição e a candidatura dos que sucederam 
ou substituíram o titular. 
Item D – correto. Os analfabetos têm capacidade eleitoral ativa, mas não têm 
a passiva, por isso não podem candidatarem-se. Já os estrangeiros e os 
conscritos, durante o período do serviço militar obrigatório, não poderão 
candidatarem-se porque sequer possuem a alistabilidade, não poderão nem 
mesmo serem eleitores, quanto o mais serem candidatos! 
Em todos os casos, a inelegibilidade é absoluta! 
CF-88 
Art. 14 
§ 2º - Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e, 
durante o período do serviço militar obrigatório, os conscritos. 
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RESPOSTA CERTA: LETRA D 
 
QUESTÃO 190: MPE - RS – Promotor [MPE - RS] - 26/04/2009 
(ADAPTADA). 
São considerados inelegíveis frente à legislação vigente: 
I - Na eleição municipal, para o cargo de vereador, o sobrinho - não detentor 
de mandato eletivo - do Chefe do Poder Executivo. 
II - Na eleição municipal, para o cargo de vereador, a cunhada - titular do 
mandato na Câmara Municipal - do Chefe do Poder Executivo. 
III - O condenado criminalmente pela prática de lavagem e ocultação de bens. 
IV - O Presidente de uma autarquia cujas contas foram rejeitadas pelo Tribunal 
de Contas pela prática de ato doloso de improbidade administrativa para as 
eleições que se realizarem nos 8 (oito) anos seguintes, contados a partir da 
data da decisão. 
a) Estão corretas apenas respostas III, IV . 
b) Apenas as respostas dos itens I e III se apresentam corretas. 
c) Estão corretas as assertivas I e IV. 
d) Apenas as respostas II e IV podem ser tidas como corretas. 
e) Apenas as resposta I e III podem ser tidas como corretas. 
 
COMENTÁRIOS: 
Item I – errado. O sobrinho não é inelegível porque é parente de 3º grau do 
Prefeito. A CF-88 torna inelegível os parentes até o 2º grau. 
Item II – errado. A cunhada é parente por afinidade (em decorrência do 
casamento) em 2º grau. Mas não incidirá a inelegibilidade por esta já ser 
titular de mandato eletivo, sendo candidata à reeleição. 
Item III – correto. 
Art. 1º São inelegíveis: 
I - para qualquer cargo: 
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e) os que forem condenados, em decisão transitada em julgado ou 
proferida por órgão judicial colegiado, desde a condenação até o 
transcurso do prazo de 8 (oito) anos após o cumprimento da pena, 
pelos crimes: 
6. de lavagem ou ocultação de bens, direitos e valores; 
Item IV – errado. É isto o que prevê a atual redação do art. 1º, I, g, da LC 
64/90: 
Art. 1º São inelegíveis: 
I - para qualquer cargo: 
g) os que tiverem suas contas relativas ao exercício de cargos ou 
funções públicas rejeitadas por irregularidade insanável que 
configure ato doloso de improbidade administrativa, e por decisão 
irrecorrível do órgão competente, salvo se esta houver sido 
suspensa ou anulada pelo Poder Judiciário,para as eleições que se 
realizarem nos 8 (oito) anos seguintes, contados a partir da data 
da decisão, aplicando-se o disposto no inciso II do art. 71 da 
Constituição Federal, a todos os ordenadores de despesa, sem 
exclusão de mandatários que houverem agido nessa condição; 
Antiga redação: 
 g) os que tiverem suas contas relativas ao exercício de cargos ou 
funções públicas rejeitadas por irregularidade insanável e por 
decisão irrecorrível do órgão competente, salvo se a questão 
houver sido ou estiver sendo submetida à apreciação do Poder 
Judiciário, para as eleições que se realizarem nos 5 (cinco) anos 
seguintes, contados a partir da data da decisão; 
 
RESPOSTA CERTA: LETRA A 
 
QUESTÃO 191: TRE - MT - Analista Judiciário – Judiciária [CESPE] - 
24/01/2010 (ADAPTADA). 
Acerca das condições de elegibilidade e das causas de inelegibilidade, assinale 
a opção correta. 
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 a) São inelegíveis para qualquer cargo o governador e o vicegovernador de 
estado e do Distrito Federal ( DF ), o prefeito e o vice-prefeito que perderem 
seus cargos eletivos por infringência a dispositivo da constituição estadual, da 
lei orgânica do DF ou da lei orgânica do município, para as eleições que se 
realizarem durante o período remanescente e nos oito anos subsequentes ao 
término do mandato para o qual tenham sido eleitos. 
b) Para concorrerem a outros cargos, o presidente da República, os 
governadores de estado e do DF e os prefeitos não precisam renunciar aos 
respectivos mandatos. 
c) São inelegíveis os candidatos que tenham contra sua pessoa representação 
julgada procedente pela justiça eleitoral, ainda que aguardando julgamento de 
recurso no TSE, em processo de apuração de abuso do poder econômico ou 
político, para a eleição na qual concorrem ou tenham sido diplomados, bem 
como para as que se realizarem nos três anos seguintes. 
d) É condição de elegibilidade para o candidato ao cargo de governador ter 
idade mínima de 35 anos. 
e) Para concorrerem a outros cargos, os deputados federais e senadores 
devem sempre renunciar aos respectivos mandatos até seis meses antes do 
pleito. 
 
COMENTÁRIOS: 
Item A – correto. É o que dispõe o art. 1º, I, c, da LC 64/90: 
Art. 1º São inelegíveis: 
I - para qualquer cargo: 
c) o Governador e o Vice-Governador de Estado e do Distrito 
Federal e o Prefeito e o Vice-Prefeito que perderem seus cargos 
eletivos por infringência a dispositivo da Constituição Estadual, da 
Lei Orgânica do Distrito Federal ou da Lei Orgânica do Município, 
para as eleições que se realizarem durante o período remanescente 
e nos 8 (oito) anos subsequentes ao término do mandato para o 
qual tenham sido eleitos; (Redação dada pela Lei Complementar nº 
135, de 2010) 
A antiga redação da LC nº 64/90 previa o prazo de 3 ANOS de inelegibilidade e 
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não o atual prazo de 8 ANOS subsequentes ao término do mandato. 
Item B – errado. O art. 14, §6º, da CF-88 prevê que o Presidente da 
República, Governadores de Estados e Prefeitos Municipais devem 
RENUNCIAR (desincompatibilizar) aos seus mandatos até 6 MESES antes do 
pleito para concorrem a OUTROS CARGOS (diversos do que ocupam). 
Art. 14 
§ 6º - Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da 
República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal e os 
Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos até seis 
meses antes do pleito. 
LC 64/90 
Art. 1º 
§ 1° Para concorrência a outros cargos, o Presidente da República, 
os Governadores de Estado e do Distrito Federal e os Prefeitos 
devem renunciar aos respectivos mandatos até 6 (seis) meses 
antes do pleito. 
Item C – errado. Pela antiga e pela atual redação da LC 64/90, a 
representação tem já ter sido julgada procedente com trânsito em julgado, não 
se admitindo a possibilidade de pendência de recurso para a caracterização da 
inelegiblidade. Ademais, o prazo de inelegibilidade é de 8 ANOS e não mais 3 
anos como previa o antigo texto. 
Art. 1º São inelegíveis: 
I - para qualquer cargo: 
d) os que tenham contra sua pessoa representação julgada 
procedente pela Justiça Eleitoral, em decisão transitada em julgado 
ou proferida por órgão colegiado, em processo de apuração de 
abuso do poder econômico ou político, para a eleição na qual 
concorrem ou tenham sido diplomados, bem como para as que se 
realizarem nos 8 (oito) anos seguintes; (Redação dada pela Lei 
Complementar nº 135, de 2010) 
Item D – errado. A idade mínima de Governador é de 30 ANOS. 
Item E – errado. A previsão constitucional-legal de necessária renúncia 6 
meses antes das eleições para concorrer a outros cargos é apenas para os 
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Chefes do Poder Executivo, não se aplicando ao cargos do Legislativo. 
 
RESPOSTA CERTA: LETRA A 
 
QUESTÃO 192: MPE - AM - Promotor de Justiça Substituto [CESPE] - 
02/12/2007. 
Conforme a Constituição da República, o instituto da inelegibilidade destina-se 
a proteger a probidade administrativa, a moralidade para o exercício do 
mandato - em razão da qual se considera a vida pregressa do candidato - e a 
normalidade e legitimidade das eleições contra a influência do poder 
econômico ou o abuso do exercício da função, cargo ou emprego da 
administração direta ou indireta. Considerando os princípios constitucionais e a 
Lei de Inelegibilidade - Lei Complementar n.º 64/1990 -, assinale a opção 
correta. 
a) Ocupante do cargo de governador de estado é obrigado a renunciar ao 
mandato para candidatar-se a deputado federal. 
b) Ocupante do cargo de governador de estado é obrigado a se licenciar do 
mandato para candidatar-se a deputado federal. 
c) Cidadão analfabeto pode ser candidato a vereador, mas não, a prefeito. 
d) Pessoa submetida a processo em que é acusada da prática de crime 
hediondo somente pode candidatar-se após o trânsito em julgado. 
e) Irmão de governador de estado pode ser candidato em qualquer eleição, 
desde que já seja ocupante de algum cargo eletivo. 
 
COMENTÁRIOS: 
Item A – correto. Sim, é obrigado. Como já estudamos, o art. 14, §6º, da CF-
88 prevê que o Presidente da República, Governadores de Estados e 
Prefeitos Municipais devem RENUNCIAR (desincompatibilizar) aos seus 
mandatos até 6 MESES antes do pleito para concorrem a OUTROS CARGOS. 
Art. 14 
§ 6º - Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da 
República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal e os 
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Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos até seis 
meses antes do pleito. 
LC 64/90 
Art. 1º 
§ 1° Para concorrência a outros cargos, o Presidente da República, 
os Governadores de Estado e do Distrito Federal e os Prefeitos 
devem renunciar aos respectivos mandatos até 6 (seis) meses 
antes do pleito. 
Item B – errado. Não se licenciar, mas renunciar. 
Item C – errado. Analfabeto de novo! 
Item D – errado. Não, é possível candidatar-se na pendência do processo 
penal, pois a inelegibilidade somente ocorrerá com o trânsito em julgado da 
condenação.

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