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305 010 PEB II LingPort 1

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Prévia do material em texto

GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
Processo de AvAliAção
curso de FormAção esPecíFicA
010. Prova de formação esPecífica
ProFessor de educAção BásicA ii – línguA PortuguesA
� Você recebeu sua folha de respostas e este caderno 
contendo 30 questões objetivas.
� Preencha com seu nome e número de inscrição os 
espaços indicados na capa deste caderno.
�   Quando for permitido abrir o caderno, verifique se está 
completo ou se apresenta imperfeições. Caso haja 
algum problema, informe ao fiscal da sala.
� Leia cuidadosamente todas as questões e escolha a 
resposta que você considera correta.
� Marque, na folha de respostas, com caneta de tinta 
azul ou preta, a letra correspondente à alternativa que 
você escolheu.
�   A duração da prova é de 2 horas, já incluído o tempo para 
o preenchimento da folha de respostas.
�   Só será permitida a saída definitiva da sala e do prédio 
após transcorrida 1 hora do início da prova.
�   Ao sair, você entregará ao fiscal a folha de respostas e este 
caderno, podendo levar apenas o rascunho de gabarito, 
localizado em sua carteira, para futura conferência.
� Até que você saia do prédio, todas as proibições e 
orientações continuam válidas.
AguArde A ordeM do fisCAL PArA Abrir este CAderno de questões.
nome do candidato número de inscrição
02.12.2012
manhã
www.pciconcursos.com.br
www.pciconcursos.com.br
3 SEED1204/010-PEB-II-LíngPort
FORMAÇÃO ESPECÍFICA
01. Leia a tira.
A VIDA SECRETA DOS OBJETOS
O SR. RELÓGIO FICA CHOCADO
COM O TEMPO QUE AS PESSOAS
PERDEM NO FACEBOOK
O SR. GUARDA-CHUVA GOSTARIA
QUE LEMBRASSEM DELE
ULTIMAMENTE O SR. LIVRO
VÊ POUCO A LUZ DO DIA
(Folha de S.Paulo, 06.10.2012)
Levando em conta as condições de produção do discurso, a 
mensagem veiculada é nitidamente
(A) obscura.
(B) crítica.
(C) paradoxal.
(D) evasiva.
Leia o texto para responder às questões de números 02 a 05.
Nas sociedades letradas (aquelas que usam intensamente a 
escrita), há a tendência de tomarem-se as regras estabelecidas 
para o sistema de escrita como padrões de correção de todas as 
formas linguísticas. Esse fenômeno, que tem na gramática tradi-
cional sua maior expressão, muitas vezes faz com que se confun-
da falar apropriadamente à situação com falar segundo as regras 
de “bem dizer e escrever”, o que, por sua vez, faz com que se 
aceite a ideia despropositada de que “ninguém fala corretamente 
no Brasil” e que se insista em ensinar padrões gramaticais ana-
crônicos e artificiais.
Assim, por exemplo, professores e gramáticos puristas con-
tinuam a exigir que se escreva (e até que se fale no Brasil!):
O livro de que eu gosto não estava na biblioteca,
Vocês vão assistir a um filme maravilhoso,
O garoto cujo pai conheci ontem é meu aluno,
Eles se vão lavar / vão lavar-se naquela pia,
quando já se fixou na fala e já se estendeu à escrita, indepen-
dentemente de classe social ou grau de formalidade da situação 
discursiva, o emprego de:
O livro que eu gosto não estava na biblioteca,
Vocês vão assistir um filme maravilhoso,
O garoto que eu conheci ontem o pai é meu aluno,
Eles vão se lavar na pia.
(Parâmetros Curriculares Nacionais : terceiro e quarto ciclos do ensino 
fundamental: língua portuguesa/ Secretaria de Educação Fundamental. 
Brasília: MEC/SEF, 1998. Adaptado)
02. Analisando as informações apresentadas, é correto afirmar 
que, na concepção dos PCNs, a variação no uso das estrutu-
ras linguísticas é
(A) uma realidade na escrita literária, pois ela representa 
grupos sociais diferenciados em termos de domínio da 
linguagem, o que não justifica, todavia, que tais usos se 
disseminem na fala e escrita não literária.
(B) um fenômeno que se restringe às classes sociais mais 
baixas que, notadamente, se valem da linguagem in-
formal para expressar suas ideias, ainda que a situação 
discursiva exija uso da norma-padrão.
(C) um fenômeno da comunicação oral, normalmente mais 
à vontade e livre para incorporar novos usos da lingua-
gem, não ocorrendo, porém, com a escrita, em que se 
evita a informalidade.
(D) uma realidade incontestável da linguagem, o que se 
comprova com a incorporação, na escrita, de alguns 
usos da fala, ainda que muitos professores e gramáticos 
puristas discordem desses usos.
03. Nos exemplos arrolados nos PCNs, a variação linguística se 
dá no nível
(A) sintático, pois diz respeito à relação dos termos entre si 
e na sua ordem na oração.
(B) morfológico, pois diz respeito à forma como flexionam 
as classes de palavras.
(C) fonético, pois diz respeito às unidades sonoras distinti-
vas nas palavras.
(D) lexical, pois diz respeito ao emprego de substantivos 
em diferentes registros.
04. O pressuposto presente no texto dos PCNs é que a escola 
deve
(A) aprofundar o estudo da gramática tradicional a fim de 
evitar o ensino artificial da língua.
(B) resgatar e promover as regras de bem dizer e bem escre-
ver para refinar seu ensino.
(C) ensinar a língua viva, como prática social, em situações 
significativas de comunicação.
(D) priorizar os padrões gramaticais anacrônicos e artifi-
ciais para minimizar o preconceito.
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4SEED1204/010-PEB-II-LíngPort
07. Considerando as condições de produção de discurso, é cor-
reto afirmar que o texto apresentado é um
(A) resumo de texto científico, no qual prevalecem as se-
quências textuais narrativas.
(B) artigo de opinião, no qual prevalecem as sequências 
textuais expositivas e argumentativas.
(C) relato de experiência pessoal, no qual prevalecem as se-
quências textuais narrativas.
(D) artigo de divulgação científica, no qual prevalecem as 
sequências textuais expositivas.
08. Podemos conceituar a coesão como o fenômeno que diz 
respeito ao modo como os elementos linguísticos presentes 
na superfície textual se encontram interligados, por meio de 
recursos também linguísticos, formando sequências veicula-
doras de sentidos.
(Ingedore Koch, O texto e a construção de sentidos)
Com base no exposto por Koch, os elementos que formam 
uma cadeia coesiva no texto Os problemas na voz do pro-
fessor são:
(A) os quatro problemas vocais, um estudo, excesso do em-
prego.
(B) 102 professores, atividade profissional, programa de 
reeducação.
(C) 36 professores, os professores, Os participantes.
(D) fonoaudióloga, palestras, tese de doutorado sobre a pes-
quisa.
09. Numa visão enunciativa do sentido, a polifonia expressa as 
diversas perspectivas ou posições que se representam nos 
enunciados. Dessa forma, entendem-se as aspas empregadas 
no texto como indicativas
(A) da argumentação por autoridade, inserindo no discurso 
a voz da responsável pelo estudo em questão.
(B) da pressuposição, encenando-se uma voz da qual o 
enunciador se afasta, pelo ponto de vista que assume.
(C) do dialogismo, havendo um claro posicionamento de 
descrença do enunciador ante a voz que insere no texto.
(D) do distanciamento, expressando-se a intenção do enun-
ciador de se eximir da responsabilidade das informações.
10. Entre a frase inicial do texto – Falta de ar ao falar, cansaço, 
rouquidão nos últimos seis meses e voz mais grossa que o 
normal – e a sequência ao final – hábitos maléficos para a 
voz, como gritar, pigarrear, usar sprays e pastilhas e beber 
com frequência líquidos gelados –, estabelece-se uma rela-
ção de
(A) exclusão.
(B) oposição.
(C) sinonímia.
(D) consequência.
05. No que diz respeito aos estudos dos aspectos gramaticais da 
língua, gostaríamos de ressaltar ainda dois pontos: haverá 
momentos de sistematização, com destaque maior para os 
temas que geram mais problemas de uso para os falantes (em 
razão das diferenças entre norma padrão e outras normas). 
Além disso, nosso olhar gramatical seguirá a organização 
tradicional apresentada peloslivros didáticos, tendo, no en-
tanto, o cuidado de expor os temas dentro da perspectiva das 
variedades linguísticas e textuais.
(Currículo do Estado de São Paulo: Língua Portuguesa. 
São Paulo: SEE, 2010)
Comparando o texto do Currículo do Estado de São Paulo 
ao texto dos PCNs, conclui-se que ambos apresentam seme-
lhança na abordagem teórica, uma vez que
(A) a centralidade da gramática tradicional orienta o estudo 
dos fenômenos linguísticos.
(B) a questão da variação linguística norteia a abordagem 
dos fenômenos linguísticos.
(C) as regras de usos da linguagem são desconsideradas nos 
fenômenos linguísticos.
(D) a contextualização é descartada como forma de produ-
ção de sentido da linguagem.
Leia o texto para responder às questões de números 06 a 10.
Os problemas na voz do professor
Falta de ar ao falar, cansaço, rouquidão nos últimos seis me-
ses e voz mais grossa que o normal. Nessa ordem, esses foram os 
quatro problemas vocais mais encontrados numa amostra de 102 
professores de 11 escolas públicas de Piracicaba, no interior pau-
lista, participaram de um estudo feito pela fonoaudió-
loga Raquel Pizolato. Esses distúrbios podem estar ligados ao 
excesso do emprego da fala devido às características da ativida-
de profissional e a uma coordenação inadequada da respiração 
durante o ato de discursar. Para tentar minorar os problemas, 
Raquel aplicou um programa de saúde vocal de três meses em 
36 professores da amostra. Além de palestras sobre como a fala 
é produzida, os professores passaram por sessões de exercício 
vocal e receberam dicas simples, mas que podem aliviar alguns 
sintomas. “Falamos da importância de beber água durante a ati-
vidade profissional, de descansar a voz no intervalo de traba-
lho e do efeito benéfico da ingestão da maçã sobre o aparelho 
fonador”, diz Raquel, que defendeu tese de doutorado sobre a 
pesquisa na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Os 
participantes também foram orientados a evitar hábitos maléfi-
cos para a voz, como gritar, pigarrear, usar sprays e pastilhas e 
beber com frequência líquidos gelados. No final do programa 
de reeducação, foi constatada redução na maioria dos sintomas.
(Pesquisa Fapesp, setembro de 2012)
06. Garante-se a coesão e a coerência do texto, preenchendo-se 
a lacuna com:
(A) que
(B) aonde
(C) cujos
(D) dos quais
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5 SEED1204/010-PEB-II-LíngPort
13. O texto apresenta uma concepção de leitura como atividade
(A) linguística, em que a qualidade tem pouca implicação 
com os objetivos de ensino.
(B) ideológica, em que ler implica reprodução de sentidos 
cristalizados.
(C) cognitiva, em que a qualidade está condicionada pela 
visão docente.
(D) dialógica, em que o sentido se constitui na interface en-
tre leitura e vivência.
14. Pela perspectiva do autor, pode-se inferir que o aluno tem a
(A) necessidade de ler forçosamente os cânones literários.
(B) obrigação de ler tudo o que lhe é indicado na escola.
(C) liberdade de construir uma história particular de leitura.
(D) consciência de que leitura é um ato necessariamente 
escolar.
15. Uma possibilidade de avaliação para a leitura defendida pelo 
autor implica afastá-la
(A) do prazer de ler e da cobrança sistemática.
(B) do controle e da negação do prazer de ler.
(C) da busca da qualidade e da quantidade.
(D) do ler como fruição e da liberdade.
16. Conforme exposto no texto, o leitor proficiente é fruto de 
um
(A) processo de construção que respeita a caminhada de 
construção de sua história.
(B) adestramento que o professor faz com o aluno, para que 
este leia o que a escola sugere.
(C) acompanhamento sistemático do professor para ensinar 
a experiência de mundo.
(D) planejamento aberto para que se sinta à vontade para ler 
o que a escola obriga.
17. Na passagem – Parece-nos que deveremos – enquanto pro-
fessores – propiciar maior número de leituras ainda que a 
interlocução (adentramento) que nosso aluno faça hoje com 
o texto esteja aquém das possibilidades que o texto possa 
oferecer. –, a expressão em destaque estabelece relação de
(A) causa e, nesse contexto, poderia ser substituído por 
“porque”.
(B) tempo e, nesse contexto, poderia ser substituído por 
“enquanto que”.
(C) concessão e, nesse contexto, poderia ser substituído por 
“embora”.
(D) adversidade e, nesse contexto, poderia ser substituído 
por “entretanto”.
11. Leia a tira.
ESPERA AÍ...
VOCÊ
OU
A FUMAR?
PAROU
VOLTOU
TANTO
FAZ !
(Folha de S.Paulo, 05.10.2012)
Concorre para o efeito de humor a exploração oportuna que 
se faz, na fala da personagem feminina, de palavras
(A) arcaicas.
(B) antônimas.
(C) polissêmicas.
(D) ambíguas.
12. Em uma escola, os professores de Língua Portuguesa, no 
primeiro bimestre do ano letivo, trabalharão com o 7.º ano 
(6.ª série) do Ensino Fundamental:
(A) traços característicos de textos expositivos e argumen-
tativos, leitura e produção de textos argumentativos em 
diferentes situações de comunicação.
(B) traços característicos de textos prescritivos, leitura e 
produção de textos prescritivos em diferentes situações 
de comunicação.
(C) traços característicos de textos da tipologia “relatar”, 
leitura e produção de textos da tipologia “relatar” em 
diferentes situações de comunicação.
(D) traços característicos de textos narrativos, leitura e pro-
dução de textos narrativos em diferentes situações de 
comunicação.
Leia o texto para responder às questões de números 13 a 17.
Aprende a ler não o aluno que lê o livro que nós, professores, 
lemos. A liberdade com que o aluno tem abordado os livros que 
lê decorre do não privilégio a um único sentido do texto, mas 
àqueles sentidos que a experiência de mundo, de cada leitor, atri-
bui ao livro que lê na produção de sua leitura.
A qualidade (profundidade) do mergulho de um leitor num 
texto depende de seus mergulhos anteriores. Mergulhos não só 
nas obras que leu, mas também na leitura que faz de sua vida. 
Parece-nos que deveremos – enquanto professores – propiciar 
maior número de leituras ainda que a interlocução (adentramen-
to) que nosso aluno faça hoje com o texto esteja aquém das pos-
sibilidades que o texto possa oferecer.
O mergulho/adentramento é cada vez mais profundo quanto 
mais soubermos mergulhar. É nesse sentido, aliás, que entende-
mos a expressão “adentramento”: o mergulho feito pelo aluno 
em seu diálogo com o texto/autor, e não o mergulho que nós, 
professores, fizermos pelo aluno.
Não cremos que haja leitura qualitativa no leitor de um li-
vro só. Escolhemos um caminho que, respeitando os passos do 
aluno, permite que a quantidade gere qualidade, não pela mera 
quantidade de livros lidos, mas pela experiência de liberdade de 
ler utilizando-se de sua vivência para a compreensão do que lê.
[João Wanderley Geraldi (org.), O texto na sala de aula]
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20. Com base no Currículo do Estado de São Paulo, ao opta-
rem pelos contos selecionados, os professores trabalharão o 
gênero como
(A) produção artística que deve ser a fonte exclusiva de 
exemplos para o trabalho com a norma-padrão.
(B) acontecimento social em que se articulam língua e li-
teratura.
(C) expressão artística em cuja materialidade linguística 
está ausente a subjetividade.
(D) apropriação da língua para transmissão de valores éti-
cos e morais em sala de aula.
Leia o texto para responder às questões de números 21 a 23.
O fulcro da visão romântica do mundo é o sujeito. Diríamos 
hoje, em termos de informação, que é o emissor da mensagem.
O eu romântico, objetivamente incapaz de resolver os con-
flitos com a sociedade, lança-se à evasão. No tempo, recriando 
uma Idade Média gótica e embruxada. No espaço, fugindo para 
ermas paragens ou para o Oriente exótico.A natureza romântica é expressiva. Ao contrário da natureza 
árcade, decorativa. Ela significa e revela. Prefere-se a noite ao 
dia, pois à luz crua do sol o real impõe-se ao indivíduo, mas é 
na treva que latejam as forças inconscientes da alma: o sonho, a 
imaginação.
(Alfredo Bosi, História concisa da Literatura Brasileira)
21. É coerente com o texto de Alfredo Bosi a seguinte passagem 
adaptada dos PCNs:
(A) O texto literário está limitado a critérios de observação 
fatual (ao que ocorre e ao que se testemunha), e a cate-
gorias e relações que constituem os padrões dos modos 
de ver a realidade.
(B) O texto literário é mera fantasia que nada tem a ver com 
o que se entende por realidade, expediente legítimo 
para puro exercício lúdico sobre as formas e sentidos da 
linguagem e da língua.
(C) O texto literário visa constituir uma mediação de senti-
dos entre o sujeito e o mundo, entre a imagem e o obje-
to, mediação que autoriza a ficção e a reinterpretação do 
mundo atual e dos mundos possíveis.
(D) O texto literário apresenta padrões de escrita comuns a 
outros textos, o que significa que não cabe nesse tipo de 
texto a ruptura dos limites fonológicos, lexicais, sintáti-
cos e semânticos traçados pela língua.
22. Na literatura brasileira, a recriação da Idade Média foi subs-
tituída pelo protagonismo do
(A) romance histórico e regional.
(B) índio em narrativas heroicas.
(C) romance histórico em narrativas ufanistas.
(D) feminismo em narrativas urbanas.
18. Leia a tira.
TÁ SI
OIANDO NO
ISPEIO, ZÉ
LELÉ?
EU
NÃO !
ELE É QUE TÁ
MI OIANDO !
(www.monica.com.br)
Nas falas das personagens, a alteração das formas – tá/está, si/
se, oiando/olhando, ispeio/espelho, qui/que, mi/me – indica mu-
dança no estrato
(A) semântico.
(B) sintático.
(C) morfológico.
(D) fonético.
Para responder às questões de números 19 e 20, considere as 
seguintes informações: Em conformidade com o Currículo do 
Estado de São Paulo, no planejamento de Língua Portuguesa da 
2.ª série do Ensino Médio, está previsto para leitura e expressão 
escrita do texto literário o gênero conto.
19. Os professores decidiram trabalhar contos do Realismo e do 
Modernismo brasileiros. Nesse sentido, poderão se valer, 
respectivamente, das obras de
(A) Machado de Assis, explorando a ideia das máscaras que 
naturalmente o homem vai incorporando à sua própria 
existência; e de Lygia Fagundes Telles, explorando a 
narrativa intimista.
(B) Lima Barreto, explorando a narrativa ufanista e a neces-
sidade de uma nação independente culturalmente; e de 
Clarice Lispector, explorando o perfil psicológico das 
personagens.
(C) Guimarães Rosa, explorando a prosa regional, marcada 
em seus textos por uma sintaxe que reinventa a prosódia 
das personagens; e de Dalton Trevisan, que pontua a 
narrativa de ficção com o mistério.
(D) Álvares de Azevedo, explorando o exótico e o macabro 
em suas narrativas ambientadas na noite; e de Luiz Fer-
nando Veríssimo, que leva o humor e a espontaneidade 
à criação das narrativas.
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7 SEED1204/010-PEB-II-LíngPort
25. De acordo com o que propõem os PCNs e o Currículo do 
Estado de São Paulo, devem-se selecionar textos
(A) escritos, que compõem as práticas mais prestigiadas de 
usos da linguagem nas comunicações cotidianas.
(B) orais, que compõem as práticas mais significativas de 
usos da linguagem nas comunicações cotidianas.
(C) orais e escritos, que compõem o universo de situações a 
que todos estão expostos nas comunicações cotidianas.
(D) orais e escritos, que compõem os padrões de prestígio, 
devendo estar alinhados à norma culta nas comunica-
ções cotidianas.
26. Conforme o excerto dos PCNs, a seleção de textos pauta-se
(A) na busca de um padrão de texto escolar, que garanta a 
eficiência do ensino da norma-padrão.
(B) na garantia da multiplicidade de usos da linguagem e 
dos gêneros que circulam socialmente.
(C) na exclusão do texto literário que não atenda satisfato-
riamente ao uso da linguagem formal.
(D) na inclusão de temas que discutam criticamente a cida-
dania, como os de situações privadas de interlocução.
27. Leia a charge.
BOM, ADEUS AO
SONHO DA CASA
PRÓPRIA...
(Folha de S.Paulo, 28.12.2011)
Para haver o pleno entendimento da charge, dentre outras 
informações, é preciso saber i) quem são as personagens re-
presentadas em terra, ii) quem são as personagens que estão 
nos navios, iii) onde estão as personagens em terra, iv) de 
onde vêm os navios. Vê-se, portanto, que o entendimento 
depende do conhecimento
(A) textual.
(B) semântico.
(C) linguístico.
(D) enciclopédico.
23. A ideia de evasão apontada no texto, relacionada ao sonho, 
ao inconsciente e à imaginação, a qual o sujeito promove 
para a dimensão – imponderável – da psique, está correta-
mente exemplificada pelos versos:
(A) Era uma noite – eu dormia / E nos meus sonhos revia 
/ As ilusões que sonhei! / E no meu lado senti... / Meu 
Deus por que não morri? / Por que no sonho acordei?
(B) Eu tenho uns amores – quem é que não os tinha / Nos 
tempos antigos? – Amar não faz mal; / As almas que 
sentem paixão como a minha, / Que digam, que falem 
em regra geral.
(C) Minha terra tem palmeiras, / Onde canta o Sabiá; / As 
aves que aqui gorjeiam, / Não gorjeiam como lá.
(D) Meu canto de morte, / Guerreiros, ouvi: / Sou filho das 
selvas, / Nas selvas cresci; / Guerreiros, descendo / Da 
tribo tupi.
24. No que diz respeito às relações entre educação e tecnolo-
gia, o Currículo do Estado de São Paulo deixa claro que é 
preciso
(A) desenvolver a alfabetização tecnológica, especialmente 
com a garantia de que todas as disciplinas curriculares 
sejam ofertadas em laboratórios de informática para 
que os alunos, desde cedo, interajam com a tecnologia.
(B) incentivar a alfabetização tecnológica, entendida sobre-
tudo pelo fato de se aprender a lidar com um computador 
dentro da realidade escolar, como forma de fortalecer o 
entendimento das diversas disciplinas curriculares.
(C) relativizar o papel da escola quanto à promoção da al-
fabetização tecnológica, uma vez que cabe à família o 
papel principal de garantir o contato das crianças com 
os computadores e os recursos que eles disponibilizam.
(D) promover a alfabetização tecnológica, que vai muito 
além de aprender a lidar com computadores, entenden-
do-se as tecnologias da história humana como elemen-
tos da cultura, como parte das práticas sociais, culturais 
e produtivas.
Leia o texto para responder às questões de números 25 e 26.
Sem negar a importância dos textos que respondem a exi-
gências das situações privadas de interlocução, em função dos 
compromissos de assegurar ao aluno o exercício pleno da cida-
dania, é preciso que as situações escolares de ensino de Língua 
Portuguesa priorizem os textos que caracterizam os usos públi-
cos da linguagem. Os textos a serem selecionados são aqueles 
que, por suas características e usos, podem favorecer a reflexão 
crítica, o exercício de formas de pensamento mais elaboradas e 
abstratas, bem como a fruição estética dos usos artísticos da lin-
guagem, ou seja, os mais vitais para a plena participação numa 
sociedade letrada.
(Parâmetros Curriculares Nacionais : terceiro e quarto ciclos do ensino 
fundamental: língua portuguesa/ Secretaria de Educação Fundamental. 
Brasília: MEC/SEF, 1998)
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28. Em uma escola, professores de várias disciplinas trabalha-
ram o tema violência, como forma de discutir questão pre-
sente na realidade social e de mostrar o impacto que ela tem 
na rotina das pessoas. Após a discussão de vários textos, 
os professores de Língua Portuguesa do 9.º ano (8.ª série) 
decidiram investigar o que pensavam seus alunos sobre a 
questão. Em função dos gêneros previstos parao ano, no 
encaminhamento dado, os alunos produziram
(A) artigos de opinião.
(B) relatos autobiográficos.
(C) narrativas de ficção.
(D) notícias policiais.
Leia o texto de Manuel Bandeira para responder às questões de 
números 29 e 30.
João Gostoso era carregador de feira livre e morava no morro
[da Babilônia num barracão sem número
Uma noite ele chegou no bar Vinte de Novembro 
Bebeu 
Cantou 
Dançou 
Depois se atirou na Lagoa Rodrigo de Freitas e morreu afogado.
29. É correto afirmar que o texto é
(A) um poema, no qual predominam as sequências textuais 
da narrativa, com verbos de mudanças no passado.
(B) um conto, no qual predominam as sequências textuais 
da narrativa, com verbos de mudança no presente.
(C) uma poesia, na qual predominam as sequências textuais 
da descrição, com verbos de estado no presente.
(D) uma notícia, na qual predominam as sequências textuais 
da descrição, com verbos de estado no passado.
30. O texto revela que o eu-lírico
(A) cria uma arte sem apego ideológico.
(B) produz uma arte distanciada da realidade.
(C) reproduz de forma surreal a realidade.
(D) incorpora o cotidiano ao objeto de arte.
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