Fichamento Marta Rubem Alves

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O senso comum e a ciência (pp. 7-16) primeiro capítulo.
Alves, Rubem. Filosofia da Ciência: introdução ao jogo e suas regras. Editora brasiliense.
	O autor vai trabalhar através de hipóteses e confirmações das mesmas após serem apresentadas, visando indagar o leitor a pensar de modo dúbio e analisar o seu conhecimento próprio para almejar encontrar as respostas similares aos seus questionamentos, isso será dado por meio de uma indução lógica dos conteúdos e proposições apresentadas.
A1, A2, A3, A4: Indague-se sobre o que você pensa quando as palavras ciências e cientistas são exibidas? Após, exercite sua mente e imagine qual é a sua definição para tal.
	O intuito deste questionamento é induzi-lo ao senso comum, ou seja, qual a taxação dada pela sociedade a tais profissionais. Assim, é evidente que se deve inferir a caracterização de gênio louco; excêntrico; pensador diferente do comum a todos, porém o mais importante é que acredita-se em cientistas como detentores da autoridade sendo capaz de falar e impor seus pensamentos aos outros convencendo-os à obedecerem. Portanto, quando um cientista fala em propagandas ele sabe do que está falando, tem autoridade, tende a “desencadear decisões e comportamentos”, porque quando algo é “produzido cientificamente” tem a impressão de ser algo verídica. Dessarte, o cientista foi mitificado pela sociedade. Mas, todo mito direciona o pensamento de uma cultura e restringe a capacidade de pensamento na qual ele está inserido. Dessa forma, para onde aquela propaganda for direcionada, a sua população tenderá a seguir o pensamento dos especialistas, o qual induzirá o modo de ser deles.
B1: É necessário acabar com essa mitificação do cientista, na qual ele é o detentor do pensamento correto e, portanto, melhor que as outras pessoas. “Você pode ser um especialista em resolver quebra-cabeças. Isto não o torna mais capacitado na arte de pensar. Tocar piano (como tocar qualquer instrumento) é extremamente complicado”.
	Isso quer dizer que a especificação em sua área específica defasa sua visão do macro em contrapartida ao conhecimento intelectual do micro, visto que tal especificidade é somente a hipertrofia de uma capacidade anterior, ou seja, um órgão preexistente que será refinado através de aparatos tecnológicos a fim de atingir as melhorias necessárias.
C1, C2, C3, C4: A ciência é meramente uma evolução procedural do senso comum. No qual o aprendiz somente poderá ser ensinado e aprender a partir de seu próprio senso comum. O que é senso comum?
	Primeiramente, deve-se analisar qual foi a classificação feita do senso comum e como ela foi feita, isso indica que alguém deve se achar superior aos submissos ao senso comum de modo a considerar-se intelectual, visto que as pessoas submissas a ele não foram cientificamente treinadas. Então, infere-se que à ciência é somente uma hipertrofia dos elementos presentes no senso comum e, portanto, ela não pode existir sem ele. Por isso, basta dizer que a caracterização de inferior a aqueles submissos ao senso comum é errôneo, uma vez que este é uma condição necessária para se fazer ciência.
D1, E1, F1: Como funciona o senso comum?
	Para entender seu funcionamento é necessário fazer-se questionamentos interiores sobre problemas do senso comum, ou seja, do cotidiano. Um destes será, por exemplo, quando um automóvel quebra, quais seriam as suas decisões? A( tentar consertar o problema em questão), ou, B( chamar alguém capaz de solucionar o problema em questão), é visível que caso você possua o conhecimento, mesmo que rudimentar sobre a questão, tenderá a resolver o problema seguindo a alternativa A como meio para resolver a problemática e por fim caso não encontre a solução visará a alternativa B.
G1, H1: “Você vai viajando de trem e no jardim da estação vê pedras cuidadosamente arrumadas de modo a formar a palavra “Bem-vindo”. Você poderá se propor o seguinte problema: “Que probabilidade existe de que as pedras tenham tomado esta forma por puro acaso?” Se, ao contrário, as mesmas pedras estivessem jogadas desordenadamente no terreno, você se proporia o mesmo problema? Por que não? As probabilidades, nos dois casos, não são iguais? Em todos estes exemplos o que é aquilo que cria o problema? “
	Do exemplo dado, tende-se a deduzir que os questionamentos individuais levam a dúvida, a qual direciona à ciência envolvida a necessidade de uma tese mais aprofundada e concisa. Esta devera explanar o pensamento de que ciências anteriores e futuras devem e serão refutadas e novas teorias tenderão a aparecer, que novamente serão refutadas e este é o ciclo da ciência. 	
I1: É fato que a ciência não acredita na magia, diz que ela não é verdade. Mas o senso comum tende a manter esse tipo de fato que vai em contrapartida a ciência, ela crê no poder do desejo. Freud explica que o pensamento mágico e cientifico caminham em rumos diferentes. Evans-Pritchard estudou uma crença da tribo africana Azande e definiu que diferentemente deles nós, seres do senso comum acreditamos em uma explicação lógica para todos os acontecimentos ou ao menos tentamos crer, enquanto os Azande tendem a acreditar que para qualquer acontecimento estranho é algo fruto da magia. Por exemplo, um garoto da selva desta tribo possui habilidades preexistentes para detectar troncos na região em que ele caminhará e caso esbarre; caia; pise, de modo não proposital em um tronco como exemplo ele atribuirá esse fato à feitiçaria e caso não seja fruto dela ele considerará ter sido enfeitiçado para não ver tal tronco e ter ficado vulnerável. 
Vale ressaltar que este livro exige não somente uma leitura de qualquer modo do conteúdo em seu cerne, mas sim de matérias a serem trabalhados através de questionamentos e pensamentos para cada leitor tratar de seu próprio modo do senso comum. Ou seja, o autor almeja transmitir a ideia de que o pensamento científico e o senso comum, representado pela magia para os Azande, possuem uma certa continuidade.
J1, K1, L1: Imagine que lhe foi concedido varia peças de um quebra-cabeças e sua tarefa é armá-lo, mas não foi concedido o modelo, qual caminho você usaria para resolver este desafio?