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LFG Online apresenta... LÍNGUA PORTUGUESA REDAÇÃO OFICIAL Aula 1 – correspondência / Manual de Redação da Presidência da República / características da redação oficial Prof. Dr. Agnaldo Martino Redação Oficial Correspondência é qualquer forma de comunicação escrita entre duas pessoas ou entidades. Redação Oficial Correspondência Oficial Muito frequente entre órgãos públicos e entre pessoas/empresas e órgãos públicos. Redação Oficial A correspondência oficial tem um aspecto para o qual poucos atentam: ela inclui textos que têm caráter documental e jurídico mesmo que tramitem apenas entre pessoas. É o caso da declaração, da ata, do atestado, do parecer etc. Redação Oficial Manual de Redação da Presidência da República Surgem em 1937 as primeiras normas para padronizar a redação oficial no Brasil. Em 1991, criou-se uma comissão para simplificar, uniformizar e atualizar as normas da redação dos atos e comunicações oficiais, pois eram utilizados os mesmos critérios desde 1937. A obra, denominada Manual de Redação da Presidência da República, dividiu-se em duas partes: a primeira trata das comunicações oficiais, a segunda cuida dos atos normativos no âmbito Executivo. Em 2002, uma revisão adequou o manual aos avanços da informática. Redação Oficial Instrução Normativa n. 4/92 O Diário Oficial da União publicou, em 9 de março de 1992, o Decreto n. 468, de 6 de março de 1992, em que o Presidente estabeleceu regras para a redação de atos normativos do Poder Executivo. No mesmo dia, a Secretaria de Administração Federal baixou a Instrução Normativa n. 4, tornando obrigatória, nos órgãos da administração federal, a observação das modalidades de comunicação oficial, constantes no Manual de Redação da Presidência da República. Redação Oficial Características da Redação Oficial Impessoalidade, uso de padrão culto da linguagem, clareza, concisão, formalidade e padronização, essas são as características de toda redação oficial. Elas estão no art. 37 da Constituição Federal. Redação Oficial A administração pública direta, indireta ou fundacional, de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos municípios, obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. Redação Oficial É inconcebível que uma comunicação oficial não possa ser entendida por qualquer cidadão; assim sendo, a publicidade citada na Constituição implica necessariamente clareza e concisão. Redação Oficial Impessoalidade A impessoalidade que deve ser característica da redação oficial decorre: Redação Oficial a) da ausência de impressões individuais de quem comunica: obtém- se, assim, uma desejável padronização, que permite que comunicações elaboradas em diferentes setores da Administração guardem entre si certa uniformidade; Redação Oficial b) da impessoalidade de quem recebe a comunicação: ela pode ser dirigida a um cidadão, sempre concebido como público, ou a outro órgão público — em um e outro casos temos um destinatário concebido de forma homogênea e impessoal; Redação Oficial c) do caráter impessoal do próprio assunto tratado: o tema das comunicações oficiais se restringe a questões que dizem respeito ao interesse público.Na redação oficial não há lugar para impressões pessoais, ela deve ser isenta da interferência da individualidade de quem a elabora. Redação Oficial Formalidade As comunicações oficiais devem ser sempre formais: são necessárias certas formalidades de tratamento. Redação Oficial a) ao correto emprego do pronome de tratamento para uma autoridade de certo nível; Redação Oficial b) à polidez; Redação Oficial c) à civilidade no próprio enfoque dado ao assunto do qual cuida a comunicação. Redação Oficial Padronização A formalidade de tratamento vincula-se à ideia de a administração federal ser una, portanto as comunicações devem seguir um determinado padrão. Redação Oficial A clareza gráfica (impressão), o uso de papéis uniformes para o texto definitivo e a correta diagramação do texto são indispensáveis para a padronização. Redação Oficial Concisão Uma das qualidades de um texto é a concisão. Conciso é o texto que consegue transmitir um máximo de informações com um mínimo de palavras. Existe um princípio de economia linguística, e a concisão atende a esse princípio. Redação Oficial Não se deve de forma alguma entendê-la como economia de pensamento. Trata-se exclusivamente de cortar palavras inúteis, redundâncias, passagens que nada acrescentem ao que já foi dito. Redação Oficial Clareza A clareza deve ser a qualidade básica de todo texto oficial. Pode-se definir como claro aquele texto que possibilita imediata compreensão pelo leitor. Ela depende estritamente das demais características da redação oficial. Redação Oficial Para que haja clareza é necessário: a) a impessoalidade; b) o uso do padrão culto de linguagem; c) a formalidade e a padronização; d) a concisão. Redação Oficial Correção gramatical Deve-se empregar linguagem padrão nos expedientes oficiais, cuja finalidade primeira é a de informar com clareza e objetividade. A necessidade de empregar essa determinada linguagem nos atos e expedientes oficiais decorre do caráter público desses atos e comunicações e de sua finalidade. Os atos oficiais, entendidos como atos de caráter normativo, estabelecem regras para a conduta dos cidadãos e regulam o funcionamento dos órgãos públicos. Isso é alcançado se, em sua elaboração, for empregada linguagem adequada. Redação Oficial Há consenso de que o padrão culto é aquele em que se observam as regras da gramática formal e em que se emprega vocabulário comum ao conjunto dos usuários do idioma. Redação Oficial O uso do padrão culto na redação oficial decorre do fato de que ele está acima das diferenças lexicais, morfológicas ou sintáticas regionais, dos modismos vocabulares, das idiossincrasias linguísticas, permitindo, por essa razão, que se atinja a pretendida compreensão por todos os cidadãos. Redação Oficial As gírias, os regionalismos vocabulares, os jargões técnicos ou qualquer outro tipo de linguagem de um grupo específico são proibidos, pois as comunicações que partem dos órgãos públicos devem ser compreendidas por todo e qualquer cidadão brasileiro.