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08 COMENTADO OD CONHECIMENTOS GERAIS Do adultério O adultério é um crime para todos os povos da terra; o adultério das mulheres, entenda- se, visto terem sido os homens que fizeram as leis. Enxergaram-se como proprietários de suas esposas; elas são um de seus bens; o adultério as rouba, introduz nas famílias herdeiros estranhos. Acrescente-se a essas razões a crueldade do ciúme, e não será surpreendente que em tantas nações, mal saídas do estado selvagem, o espírito de propriedade tenha decretado a pena de morte para sedutores e seduzidas. (VOLTAIRE, O preço da justiça. São Paulo: Martins Fontes, 2001, p. 63-64) Considerando as ideias e as estruturas linguísticas do texto, julgue os itens de 1 a 9. 1. Depreende-se do texto que a infidelidade é juridicamente tipificada como um crime eminentemente feminino. COMENTÁRIOS: O autor apresenta uma crítica pessoal ao fato de haver essa “percepção social” (e não, jurídica tipificada) distorcida de que o adultério das mulheres é que seria um crime, em virtude de as leis terem sido feitas pelos homens. GABARITO: E 2. Em “Enxergaram-se” (linha 2) e em “Acrescente-se” (linha 4), a palavra se foi empregada para caracterizar a indeterminação do sujeito. COMENTÁRIOS: No primeiro caso, o “se” é pronome reflexivo; no segundo, é partícula apassivadora com sujeito simples e paciente: “a crueldade do ciúme”. GABARITO: E 3. No segmento “que fizeram as leis” (linha 2), a palavra “que” se classifica morfossintaticamente como conjunção subordinativa integrante, com função sintática de sujeito. COMENTÁRIOS: Morfossintaticamente, o “que” é pronome relativo com função sintática de sujeito. GABARITO: E 4. A forma sintagmática “essas razões” remete coesivamente ao conjunto de ideias que supostamente justificariam o fato de o “adultério das mulheres” ser crime. COMENTÁRIOS: Ocorre aí uma referência coesiva anafórica, em que o termo (sintagma) “essas razões” remete a “enxergaram-se como proprietários de suas esposas (elas são um de seus bens); o adultério as rouba, introduz nas famílias herdeiros estranhos. Acrescente-se a essas razões a crueldade do ciúme...” GABARITO: C 5. O ponto e vírgula foi empregado várias vezes no texto, porém sob a mesma justificativa semântico-gramatical. COMENTÁRIOS: São justificativas diferentes: no primeiro caso, indica leve pausa para iniciar um segmento explicativo. No segundo, há não apenas um segmento explicativo, mas também sequenciação estilística para isolar uma sequência oracional que sugere continuidade de pensamento. GABARITO: E 6. Os vocábulos “adultério” (linha 1), “família” (linha 4) e “proprietários” (3) foram acentuados em virtude da mesma regra gramatical: todos são paroxítonos terminados em ditongo crescente ou proparoxítonas eventuais. COMENTÁRIOS: Segundo o Novo Acordo Ortográfico, as paroxítonas terminadas em ditongo crescente podem ser classificadas também como proparoxítonas eventuais. GABARITO: C 7. Os termos “mulheres” (linha 1), “esposas” (linha 2), “elas” (linha 3) e “as” (linha 3) constituem, de certo modo, uma cadeia coesiva, cuja semântica lexical remete ao mesmo referente. COMENTÁRIOS: Embora o termo “mulheres” (linha 1) tenha sido usado semanticamente de forma genérica, todas as palavras fazem parte da mesma cadeia coesiva de referenciação. GABARITO: C 8. No texto, o vocábulo “proprietários” (linha 3) rege a preposição “de”, a mesma empregada nas regências de palavras como “apologia” (de) e “prescindir”(de). COMENTÁRIOS: A preposição “de” é exigida pela regência de todas as palavras indicadas no item: “apologia de alguma coisa” (e não, “a” alguma coisa), por exemplo. “Prescindir de ajuda” (= dispensar a ajuda). GABARITO: C 9. Em “e não será... para sedutores e seduzidas” (linhas 5 a 7), o termo “surpreendente” antecede uma conjunção subordinativa integrante que inicia uma oração subordinada substantiva objetiva direta. COMENTÁRIOS: O segmento “que... para sedutores e seduzidas” (linhas 5 a 7) caracteriza um sujeito oracional, ou seja, uma oração subordinada substantiva subjetiva. GABARITO: E 10. Considerem-se as proposições P, Q e R e a seguinte linha de uma tabela-verdade, em que V representa o valor lógico verdadeiro, F, o falso. P Q R V V F X Y Os valores lógicos que substituem corretamente as letras X e Y, respectivamente, são F e F. COMENTÁRIOS: Pessoal, de acordo com a linha da tabela verdade do enunciado, sabemos que e ... Agora, com base nos nossos conhecimentos de tabelas verdade dos conectivos, vamos descobrir o valor lógico das seguinte proposição: Oras, se , então ... Então, simbolicamente, teremos: Dessa forma, quando o antecedente é verdadeiro e o consequente é falso, ou seja, quando a condicional for do tipo VF, seu valor lógico será FALSO!... Logo, ... E, o valor lógico da proposição , fica: Oras, pela tabela verdade acima, e, acabamos de descobrir que o valor lógico de é Falso... Então, simbolicamente, teremos: Pronto!!... Uma disjunção só é falsa quando os valores lógicos das duas partes que a compõem forem falsos, ou seja, quando a disjunção for do tipo FF, seu valor lógico será FALSO! Logo, GABARITO: C 11. Considere a proposição P. P: “A ou B” Onde A e B, por sua vez, são as seguintes proposições: A: “Suelen é morena”. B: “Se Cláudia é loira então Noemi é ruiva”. Ora, sabe-se que a afirmação P é falsa, logo, Suelen não é morena, Cláudia é loira e Noemi não é ruiva. COMENTÁRIOS: Galera, a proposição P é uma disjunção... Pelo enunciado, a proposição P é falsa!... E, de acordo com os nossos conhecimentos de tabelas-verdade, a disjunção só é falsa quando ambas as partes que a compõem forem falsas!!... Dessa forma: Suelen é morena . Se Cláudia é loira então Noemi é ruiva . Mas, é uma condicional e, uma condicional só tem valor lógico falso quando a sua 1ª parte for verdadeira e a sua 2ª parte for falsa!... Então, Cláudia é loira e, Noemi é ruiva Logo, Suelen não é morena; Cláudia é loira; Naoni não é ruiva. GABARITO: C 12. As três afirmações a seguir são todas verdadeiras: I. Se Paula não é economista, então Eduardo é geólogo. II. Se Tiago é professor, então Lúcia não é dentista. III. Eduardo não é geólogo e Lúcia é dentista. Uma conclusão correta, com base nas informações apresentadas, é que Paula é economista e Tiago não é professor. COMENTÁRIOS: Pessoal, sabendo que as afirmações são proposições verdadeiras, vamos, com base nos nossos conhecimentos de tabelas verdade dos conectivos, descobrir o valor lógico de cada proposição simples que as compõe!... Vamos começar pela afirmação III, que é a seguinte conjunção: Eduardo não é geólogo e Lúcia é dentista. Oras, uma conjunção só é verdadeira se as duas partes que a compõe forem verdadeiras!... Assim, Eduardo não é geólogo = V... Logo, Eduardo é geólogo = F... Lúcia é dentista = V... Logo, Lúcia não é dentista = F... Agora, vamos analisar a afirmação II, que é a seguinte condicional: Se Tiago é professor, então Lúcia não é dentista. Simbolicamente, teremos: Tiago é professor F... Oras,para essa condicional ser verdadeira, seu antecedente (1ª parte) tem que ser falso, também!... Assim Tiago é professor = F... Logo, Tiago não é professor = V... Por último, vamos analisar a afirmação I, que é a seguinte condicional: Se Paula não é economista, então Eduardo é geólogo. Simbolicamente, teremos: Paula não é economista F... Oras, para essa condicional ser verdadeira, seu antecedente (1ª parte) tem que ser falso, também!... Assim Paula não é economista = F... Logo, Paula é economista = V... Pronto!!... Paula é economista e Tiago não é professor. GABARITO: C 13. A Polícia Militar de determinado Estado deve ampliar em 12% o seu efetivo até o final de 2012. A corporação realizará um concurso para contratar X soldados, sendo que 60% das vagas são destinadas à carreira e o restante a temporários. Atualmente, a PM deste Estado conta com 115 mil em seu contingente. Logo, o número de vagas de temporários é inferior a 5.500. COMENTÁRIOS: Pessoal, a Polícia Militar de determinado Estado conta com um efetivo de 115 mil militares. E, quer ampliá-lo em , através de um concurso. Então, o número de vagas do concurso será: de , que é: Sabemos que do total de vagas serão destinadas à carreira. Então: de , que é: E, o restante, que serão: ... serão destinadas a temporários!!... GABARITO: E 14. Três irmãos pretendem comprar um computador. Da quantia necessária, Sílvia possui , Juliana possui e Renato possui R$324,00, porém ainda faltam 28% do valor. Logo, é correto afirmar que o computador custa R$ 1.200,00. COMENTÁRIOS: Pessoal, a Sílvia, a Juliana e o Renato pretendem comprar um computador que custa: . Sabemos que: a Sílvia possui do valor, ou seja, de , que é: ; a Juliana possui do valor, ou seja, de , que é: ; o Renato possui . Somando-se as quantias dos três, ainda faltam do valor, ou seja, ainda faltam de , simplificando por 4, teremos: Ainda faltam reais. Pronto!!... Como assim, pronto, professor!!... Pessoal, é que, se somarmos as quantias dos três, mais o que falta, teremos valor total do computador!!... Vamos lá?!... O mínimo múltiplo comum é ... Então, GABARITO: C 15. Ao ser questionado sobre o número de primos e primas, Lucas disse: “Dos 16 primos que possuo, apenas 6,25% são homens”. Dessa forma, podemos concluir que Lucas tem menos que 15 primas. COMENTÁRIOS: Pessoal, vamos 'traduzir' o que Lucas disse... Então, traduzindo para a linguagem matemática, ficaremos com: de , que é: é primO. Assim, se Lucas tem 1 (um) primo homem, o restante dos primos de Lucas são: primAS Eitaa... Lucas tem, exatamente, 15 primas!... GABARITO: E 16. Numa cidade, 32% da população é constituída por adultos do sexo masculino e 44% por adultos do sexo feminino. Sabendo que há 7.200 crianças nesta cidade, é possível afirmar que a população total da cidade é de 28.000 habitantes. COMENTÁRIOS: Pessoal, a população dessa cidade é composta por de adultos... ...Professor, se são adultos, são crianças!... Isso aí!!... Oras, sabemos que a cidade possui 7.200 crianças que correspondem a da população. Então, quantas pessoas vão corresponder à da população?... ... Professor, a gente „mata‟ essa aí com uma regra de três simples!... Isso mesmo!!... Vamos lá, então?!... Simplificando por , teremos: GABARITO: E 17. Na reta real da figura abaixo estão representados os números 0; a; 1; b e 2: O ponto P correspondente ao número a – b encontra-se entre 0 e 1. COMENTÁRIOS: Galera, a reta real é uma forma de representação de “todos” os números reais, ou seja, ela representa o conjunto dos números reais... Assim como os números reais a reta real é infinita... Os números estão dispostos ao longo da reta na ordem crescente (menor MAIOR) da esquerda para a direita. Dessa forma, à esquerda do zero estão os números negativos e à direita, os positivos... Agora, pela representação acima, vemos que ... Oras pessoal, nem precisamos saber os valores de e , para saber que será um número negativo...Assim, o ponto , que representa o número , com certeza, à esquerda do 0 (zero)... GABARITO: E 18. Em uma construtora, há pelo menos um eletricista que também é marceneiro e há pelo menos um eletricista que também é pedreiro. Nessa construtora, qualquer eletricista é também marceneiro ou pedreiro, mas não ambos. Ao todo são 9 eletricistas na empresa e, dentre esses, são em maior número aqueles eletricistas que são também marceneiros. Há outros 24 funcionários que não são eletricistas. Desses, 15 são marceneiros e 13 são pedreiros. Nessa situação, 23 funcionários, no máximo, podem atuar como marceneiros. COMENTÁRIOS: Pessoal, no universo da construtora existem três grupos: os eletricistas; os marceneiros; e os pedreiros. Vamos, agora, „traduzir‟ as informações apresentadas na questão... ...há pelo menos um eletricista que também é marceneiro e há pelo menos um eletricista que também é pedreiro... Ou seja, não existem funcionários que exercem somente a função de eletricista, ou eles são eletricistas e marceneiros ou são eletricistas e pedreiros!! ...qualquer eletricista é também marceneiro ou pedreiro, mas não ambos... Ou seja, não existem funcionários que exercem as três funções ao mesmo tempo!! ...Ao todo são 9 eletricistas na empresa e, dentre esses, são em maior número aqueles eletricistas que são também marceneiros... Ou seja, temos mais eletricistas que são marceneiros do que eletricistas que são pedreiros!! ...Há outros 24 funcionários que não são eletricistas. Desses, 15 são marceneiros e 13 são pedreiros... Ou seja, 24 funcionários que são só marceneiros, só pedreiros ou marceneiros e pedreiros. Como 15 + 13 = 28 e, 28 > 24, temos que, desses 24 (vinte e quatro), 4 (quatro) são marceneiros e pedreiros!! Agora, com base nessa „tradução‟, vamos montar um diagrama que represente a situação descrita: Oras, falta preenchermos os que são eletricistas e marceneiros e os que são eletricistas e pedreiros!!!... Sabendo que existem mais eletricistas e marceneiros do que eletricistas e pedreiros, que pelo menos 1 (um) é eletricista e pedreiro e que existem ao todo 9 eletricistas na construtora, o número máximo de eletricistas e marceneiros é 8 (oito) e o diagrama fica assim: Agora, para sabermos o número máximo de marceneiros na construtora, basta somarmos os números dentro do grupo dos marceneiros no diagrama. Assim, GABARITO: C 19. O termo TCP/IP representa a dupla de protocolos TCP (transmition control protocol) e o IP (Internet Protocol) que, juntos, são conhecidos como Internet. Estes protocolos permitem, principalmente, o envio de e-mails e a navegação na web. COMENTÁRIOS Errado. O termo TCP/IP representa um conjunto de protocolos que respondem pelos serviços da rede Internet. GABARITO: E. 20. O UDP é um protocolo de transporte que não trabalha sob a realização de uma conexão. Isto quer dizer que este protocolo privilegia a velocidade de transmissãoem detrimento da qualidade. COMENTÁRIOS O UDP (User Datagram Protocol – Protocolo de Datagrama de Usuário) é um protocolo de transporte que não estabelece conexões antes de enviar dados (é não orientado à conexão). Ele fornece uma entrega rápida, mas não confiável dos pacotes. O UDP não fornece o controle de fluxo necessário, nem tampouco exige uma confirmação do receptor, o que pode fazer com que a perda de um pacote aconteça SEM a devida correção. Portanto, com a utilização do UDP os datagramas podem chegar fora de ordem, e também ele não detecta mensagens perdidas. GABARITO: C. 21. Os principais navegadores do mercado (Google Chrome, Mozilla Firefox e Internet Explorer) suportam o uso do protocolo HTTPS. Este protocolo permite uma conexão segura na web, enviando e recebendo dados por meio de criptografia de dados. COMENTÁRIOS Sim, CORRETO. Os principais navegadores do mercado, em especial estes citados na questão, aceitam o protocolo HTTPS, que é o protocolo HTTP com o componente de Segurança. GABARITO: C. 22. O protocolo de correio IMAP faz a conexão com o servidor de correio e, quando acionado, faz o download das mensagens da caixa de entrada do serviço de correio para o computador do usuário. COMENTÁRIOS IMAP (Internet Message Access Protocol) é um protocolo de gerenciamento de correio eletrônico, em que as mensagens ficam armazenadas no servidor – diferentemente do POP que realiza a transferência (ou cópia) das mensagens para a máquina local. Este protocolo permite o uso tanto do webmail (recurso muito utilizado atualmente pela facilidade de acesso aos e-mails a partir de qualquer computador conectado à rede mundial) quanto do cliente de correio eletrônico (como o Outlook Express ou o Evolution). Ele, IMAP, permite o compartilhamento de caixas postais entre usuários membros de um grupo de trabalho e pesquisas por mensagens diretamente no servidor, por meio de palavras-chaves. Como nem tudo são flores, as mensagens armazenadas consomem espaço no servidor, que é sempre escasso. Como o acesso se dá via Internet, sem o armazenamento das mensagens no computador de onde se acessa a caixa postal, o computador deve estar conectado durante toda a utilização do serviço por IMAP.. GABARITO: E. 23. Botnet é uma rede formada por inúmeros computadores infectados por com mecanismos de controle remoto. COMENTÁRIOS Correto. Botnet é a junção da contração das palavras robot (bot) e network (net). Uma rede infectada por bots é denominada de botnet (também conhecida como rede zumbi), sendo composta, geralmente, por milhares desses elementos maliciosos que ficam residentes nas máquinas, aguardando o comando de um invasor. GABARITO: C. 24. Vírus, assim como o worm, é um programa capaz de se propagar pelas redes enviando cópias de si mesmo de um computador para outro, independentemente da existência de hospedeiro. COMENTÁRIOS Vírus são pequenos códigos de programação maliciosos que se “agregam” a arquivos e são transmitidos com eles. O vírus depende da execução do programa ou arquivo hospedeiro para que possa se tornar ativo e dar continuidade ao processo de infecção. GABARITO: E. 25. No Windows 7, ao arrastar um arquivo de uma pasta para outra mantendo a tecla CTLR pressionada, será realizada uma cópia do mesmo, independentemente do local de origem do arquivo. COMENTÁRIOS Correto. A função da tecla CTRL quando um arquivo (ou outro objeto) é arrastado é garantir que o mesmo será copiado. Se o objeto for arrastado para um local na mesma unidade o padrão indica que deve ser movido, mas ao manter a tecla CTRL pressionada, o Windwos entenderá que deve copiar o objeto (arquivo). GABARITO: C. 26. No Calc, o procedimento denominado referência absoluta possibilita que, ao se copiar, na planilha, a fórmula de uma célula para outra célula, o programa ajuste automaticamente a fórmula para que ela se adapte à nova célula. COMENTÁRIOS Errado. A Referência absoluta é uma referência – SEMPRE – a uma célula em um local específico. Mesmo que a fórmula seja copiada para outro local, provocando uma alteração nos dados das referências, as referências absolutas permanecerão como na fórmula original. GABARITO: E. 27. Analise a figura abaixo: A figura acima ilustra uma pasta de trabalho aberta em uma janela do programa CACL, em um computador com o sistema operacional Windows 7. O resultado apresentado na célula G3 pode ter sido obtido mediante a execução da seguinte sequência de operações: selecionar a célula G3; digitar a fórmula =SE(E3<$E$12;$G$11;SE(E3<$E$13;$G$12;$G$13)); pressionar a tecla COMENTÁRIOS Afirmação correta. A função SE testa o primeiro argumento e, caso o teste resulte em verdadeiro, retorna como resultado o segundo argumento. Se o teste do primeiro argumento resultar em falso, então o SE retorna o terceiro argumento. Neste caso, o teste a ser feito é E3 < $E$12? O $ aqui não atrapalha em nada, pois ele só indica que ao se copiar a fórmula para outro local, a referência precedida de $ não pode ser atualizada. Bem, E3 = 2,00 e $E$12 = 3,00, logo o teste resulta em FALSO. O retorno será o 2o argumento do SE, que neste caso é o $G$11 = Reprovado. GABARITO: C. 28. Sobre as diversas normas de ética, é correto afirmar que toda pessoa tem direito à verdade. Como consequência, o servidor não pode omiti-la, ainda que a prova seja contrária aos interesses da própria pessoa interessada ou da Administração Pública. COMENTÁRIOS: De acordo com o Decreto 1.171, temos a seguinte disposição (item VIII das regras deontológicas): Toda pessoa tem direito à verdade. O servidor não pode omiti-la ou falseá-la, ainda que contrária aos interesses da própria pessoa interessada ou da Administração Pública. Nenhum Estado pode crescer ou estabilizar-se sobre o poder corruptivo do hábito do erro, da opressão ou da mentira, que sempre aniquilam até mesmo a dignidade humana quanto mais a de uma Nação. GABARITO: C 29. O equilíbrio entre a legalidade e a finalidade, na conduta do servidor público, jamais poderá consolidar a moralidade do ato administrativo. COMENTÁRIOS: Trata-se de previsão das regras deontológicas do Decreto 1.171, que apresenta, em seu item III, a seguinte disposição: III - A moralidade da Administração Pública não se limita à distinção entre o bem e o mal, devendo ser acrescida da ideia de que o fim é sempre o bem comum. O equilíbrio entre a legalidade e a finalidade, na conduta do servidor público, é que poderá consolidar a moralidade do ato administrativo. GABARITO: E 30. De acordo com as disposições da Lei 8.112, o servidor apenas poderá ausentar- se do País para estudo ou missão oficial mediante autorização do Ministro da Justiça. COMENTÁRIOS: No caso, devemos fazer uso do artigo 95 da Lei 8.112, que assim dispõe: Art. 95. O servidor não poderá ausentar-se do País para estudo ou missão oficial, sem autorização do Presidente da República, Presidente dos Órgãos do Poder Legislativo e Presidente do Supremo Tribunal Federal. GABARITO: E 31. De acordo com as disposições da Lei 8.112, para servir em organismo internacional de que o Brasil participe ou com o qual coopere, o servidor público federal deverá afastar-se sem prejuízo da remuneração. COMENTÁRIOS: Trata-se de questão que exige o conhecimento do artigo 96 da Lei 8.112, que assim expressa: Art. 96. O afastamento de servidor para servir em organismo internacional de que o Brasil participeou com o qual coopere dar-se-á com perda total da remuneração. GABARITO: E 32. A redistribuição, ainda que prevista como um dos institutos da Lei 8.112, não é, em nenhuma hipótese, forma de provimento ou de vacância. COMENTÁRIOS: A Redistribuição não se trata de uma forma de provimento ou de vacância de cargo público federal, mas sim no deslocamento de cargos no âmbito do mesmo Poder. Art. 37. Redistribuição é o deslocamento de cargo de provimento efetivo, ocupado ou vago no âmbito do quadro geral de pessoal, para outro órgão ou entidade do mesmo Poder, com prévia apreciação do órgão central do SIPEC, observados os seguintes preceitos (...) GABARITO: C 33. Após recente modificação introduzida por intermédio de Emenda Constitucional, o transporte passou a ser considerado um direito social de todos os trabalhadores, sejam eles urbanos ou rurais. COMENTÁRIOS: A Emenda Constitucional nº 90 introduziu o transporte como um direito social. Desta forma, o artigo 6º da Constituição Federal passou a constar da seguinte forma: Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição. GABARITO: C 34. A Constituição Federal assegura aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no país a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade. Tais direitos, contudo, não são estendidos, de acordo com o entendimento majoritário, aos estrangeiros não residentes em nosso país. COMENTÁRIOS: Estabelece o caput do artigo 5º da Constituição Federal: Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes (...) Ainda que o caput do artigo em questão nada mencione acerca dos estrangeiros não residentes, o entendimento atual (emanado pelos tribunais superiores) é de que tais direitos são estendidos, ainda, aos brasileiros não residentes. GABARITO: E 35. Acerca dos direitos políticos, é correto afirmar que estão dispensados da obrigatoriedade de alistamento eleitoral e do voto: os analfabetos, os maiores de setenta anos e os menores de dezoito e os maiores de dezesseis anos. COMENTÁRIOS: Podemos relacionar as pessoas que possuem alistamento eleitoral obrigatório e facultativo por meio do seguinte esquema: GABARITO: C 36. Como decorrência do princípio da legalidade, é proibido que conste, na divulgação de atos, programas ou campanhas de órgãos públicos, o nome, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos. COMENTÁRIOS: Estabelece a Constituição Federal, em seu artigo 37, § 1º, a forma como poderá dar-se a denominada “publicidade institucional”: A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos. Tal artigo, no entanto, não é decorrência do princípio da legalidade, mas sim do princípio da impessoalidade, que, em uma das suas acepções, veda a promoção pessoal de agentes ou autoridades públicas. GABARITO: E Determinado grupo de pessoas organizaram uma passeata com a finalidade de defender a legalização das drogas. Para isso, avisaram à autoridade competente a data, local e horário em que a reunião iria ocorrer. Acerca desta situação, e considerando que o movimento tinha fins pacíficos e não fez uso de nenhum tipo de armas, responda as questões a seguir: 37. Caso o direito de reunião seja obstado, o remédio constitucional que deverá ser utilizado é o habeas corpus. COMENTÁRIOS: Temos aqui o direito de reunião, expressão intimamente ligada à liberdade de expressão e ao regime democrático de governo. O conceito de reunião pode ser definido como o agrupamento de pessoas, realizado de forma temporária e com a finalidade de propagar algum interesse comum a todos os participantes. Como exemplos, podem-se citar as reuniões realizadas em uma comunidade ou as passeatas de reinvindicação e protesto. Em caso de violação ao direito de reunião, o remédio constitucional que deve ser utilizado é mandado de segurança, e não o habeas corpus. GABARITO: E 38. O STF já se manifestou e considerou constitucional a manifestação em questão, uma vez que tal movimento está em plena sintonia com o princípio da livre manifestação do pensamento. COMENTÁRIOS: Importante entendimento do STF foi o proferido no julgamento da ADPF 187. Por meio da decisão, o tribunal considerou lícita e decorrente da liberdade de expressão a defesa da legalização das drogas, ainda que realizadas em espaços públicos. A defesa, em espaços públicos, da legalização das drogas, longe de significar um ilícito penal, supostamente caracterizador do delito de apologia de fato criminoso, representa, na realidade, a prática legítima do direito à livre manifestação do pensamento, propiciada pelo exercício do direito de reunião, sendo irrelevante, para efeito da proteção constitucional de tais prerrogativas jurídicas, a maior ou a menor receptividade social da proposta submetida, por seus autores e adeptos, ao exame e consideração da própria coletividade. GABARITO: C 39. A suspensão das atividades de uma associação legalmente constituída apenas é possível mediante decisão judicial que tenha transitado em julgado. COMENTÁRIOS: Trata-se de questão que exige o conhecimento do artigo 5º, XIX, da Constituição Federal: XIX - as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado; Uma vez constituídas, as associações poderão ter suas atividades suspensas ou ser compulsoriamente dissolvidas. Em ambos os casos, é necessária uma decisão judicial. Contudo, como a dissolução compulsória trata-se de medida mais gravosa, exige-se, ainda, que a decisão judicial tenha transitado em julgado, ou seja, que não possa mais ser objeto de recurso. GABARITO: E 40. Após fortes chuvas, diversas casas são destruídas, sendo que os respectivos moradores ficam sem moradia. Como é dever do Estado garantir o direito social à moradia, pode o Poder Público, em caráter de emergência, requisitar administrativamente a propriedade particular. Nesta situação, a indenização apenas será devida ao particular em caráter posterior, e, ainda assim, desde que algum tipo de dano tenha ocorrido. COMENTÁRIOS: No caso, estamos diante do instituto da requisição administrativa, conforme previsão do artigo 5º, XXV, da Constituição Federal: Suspensão das atividades •Decisão judicial Dissolução compulsória •Decisão judicial transitada em julgado XXV - no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano; Dessa situação conseguimos chegar a uma das mais importantes premissas da requisição administrativa: a de que a indenização apenas poderá ocorrerposteriormente à atuação estatal. GABARITO: C 41. Tendo em vista as características do direito de nacionalidade, é correto afirma que a lei não pode estabelecer distinções entre brasileiros natos e naturalizados, situação que apenas é possível nas hipóteses da Constituição Federal ou por intermédio de emenda constitucional. COMENTÁRIOS: Para responder a questão, deve-se fazer uso das disposições do artigo 12, §2º, da Constituição Federal, de seguinte teor: A lei não poderá estabelecer distinção entre brasileiros natos e naturalizados, salvo nos casos previstos nesta Constituição. Como consequência, a lei não pode estabelecer distinções entre brasileiros natos ou naturalizados. As diferenças existentes são apenas aquelas previstas no texto da Constituição Federal. Logo, outras hipóteses não podem ser introduzidas por meio de lei, mas sim apenas por meio de emenda constitucional. GABARITO: C 42. Dentre os princípios expressos na Constituição Federal para a Administração Pública, o da legalidade possui hierarquia superior aos demais, uma vez que necessário para a existência de um Estado Democrático de Direito e, como consequência, para a existência de outros princípios explícitos e implícitos. COMENTÁRIOS: Ainda que o princípio da legalidade esteja expresso no texto da Constituição Federal para toda a Administração Pública, não há hierarquia entre nenhum dos princípios existentes em nosso ordenamento jurídico. GABARITO: E 43. O princípio da autotutela é aquele que instrumentaliza a Administração Pública para a revisão de seus próprios atos, estabelecendo assim um meio adicional de controle. Como consequência, gera um descongestionamento das ações que são levadas ao Poder Judiciário. COMENTÁRIOS: Por meio da autotutela, a Administração pode tanto anular (em caso de ilegalidade) quanto revogar (por motivos de conveniência e oportunidade) os atos administrativos por ele editados, não havendo necessidade, para a adoção destas medidas, de acionar o Poder Judiciário. Tal possibilidade está expressa na Súmula 473 do STF: A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial. GABARITO: C 44. Nos termos da Constituição Federal, e tendo em vista o entendimento dos tribunais superiores, é correto afirma que depende de autorização em lei específica a instituição das empresas públicas e das sociedades de economia mista. COMENTÁRIOS: Estabelece o artigo 37, XIX, da Constituição Federal, a forma como as entidades da Administração Indireta serão criadas: Somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação. Dessa forma, enquanto as autarquias são criadas diretamente por lei, as demais entidades apenas são autorizadas por tal diploma normativo. GABARITO: C 45. As agências executivas podem ser consideradas uma nova espécie de entidade integrante da Administração Pública Indireta. COMENTÁRIOS: As Agências Executivas foram introduzidas no ordenamento jurídico com a Lei 9.649/1998, que estabeleceu a possibilidade das Autarquias e Fundações Públicas firmarem Contrato de Gestão com o Poder Público e, assim, se qualificarem como Agências Executivas. Dessa forma, podemos concluir que tais Agências nada mais são do que uma faculdade conferida às Autarquias e Fundações Públicas (apenas a estas) de se submeter a um regime diferenciado, aumentando a produtividade e a eficiência de sua gestão. GABARITO: E 46. De acordo com a Lei n. 8.112/90, não poderá ser concedido ao servidor público federal que esteja em estágio probatório, dentre outras, licença para participar de curso de formação decorrente de aprovação em outro cargo na Administração Pública Federal. COMENTÁRIOS: As licenças que não podem ser concedidas aos servidores públicos federais podem ser memorizadas por meio do mnemônico MA-TRA-CA: MAndato Classista TRAtamento de Interesses Particulares CApacitação GABARITO: E • Autarquias Criadas por lei • Empresas Públicas, Scociedades de Economia Mista e Fundações Autorizadas por lei 47. Com relação à improbidade administrativa, é correto afirmar que o ato de improbidade administrativa que importa enriquecimento ilícito acarreta, dentre outras sanções, a perda da função pública e a suspensão dos direitos políticos pelo prazo de 8 a 10 anos. COMENTÁRIOS: Três são as espécies de atos de improbidade que acarretam, a depender de cada uma deles, diversas responsabilidades das esferas cível, política e administrativa, conforme se observa da tabela abaixo: Ato de Improbidade Sanção Política Sanção Cível Sanção Administrativa Enriquecimento Ilícito Suspensão dos direitos políticos de 8 a 10 anos Pagamento de multa de até 3 vezes o valor do acréscimo Proibição de contratar ou receber benefícios do Poder Público por 10 anos Dano causado ao Erário Suspensão dos direitos políticos de 5 a 8 anos Pagamento de multa de até 2 vezes o valor do dano Proibição de contratar ou receber benefícios do Poder Público por 5 anos Não obediência aos Princípios Suspensão dos direitos políticos de 3 a 5 anos Pagamento de Multa civil de até 100 vezes o valor da remuneração do agente Proibição de contratar ou receber benefícios do Poder Público por 3 anos GABARITO: C 48. São atributos do Poder de Polícia a autoexecutoriedade, a presunção de legitimidade e a imperatividade. COMENTÁRIOS: Os atributos do Poder de Polícia são três, sendo eles: Autoexecutoriedade, Discricionariedade e Coercibilidade. A Discricionariedade implica uma certa margem de liberdade que é dada ao Administrador Público. Pela Auto-Executoriedade, a Administração pode executar determinadas medidas, utilizando o Poder de Polícia, sem precisar de autorização prévia do Judiciário. Por fim, a Coercibilidade é a possibilidade que a Administração tem de exigir determinados comportamentos por parte dos administrados, utilizando-se, caso for necessário, até mesmo o emprego da força física. Na questão, estamos diante dos atributos dos atos administrativos, e não do poder de polícia. GABARITO: E 49. Maicon solicitou a revisão de processo administrativo que tinha sido julgado por autoridade federal. No fundamento, alegou a existência de fatos novos, não conhecidos quando do julgamento original no processo. Nesta situação, é correto afirmar que a revisão do processo administrativo não poderá ensejar, em nenhuma situação, agravamento da sanção inicialmente proposta. COMENTÁRIOS: Trata-se de questão que exige o conhecimento do artigo 65 da Lei 9.784, de seguinte teor: Art. 65. Os processos administrativos de que resultem sanções poderão ser revistos, a qualquer tempo, a pedido ou de ofício, quando surgirem fatos novos ou circunstâncias relevantes suscetíveis de justificar a inadequação da sanção aplicada. Parágrafo único. Da revisão do processo não poderá resultar agravamento da sanção. GABARITO: C 50.Tanto a permissão quanto a concessão de serviços públicos podem, em determinadas situações, ocorrer por prazo indeterminado. COMENTÁRIOS: Tanto a concessão quanto a permissão de serviços públicos devem ser feitas por prazo determinado, conforme se extrai do artigo 2º da Lei 8.987: II - concessão de serviço público: a delegação de sua prestação, feita pelo poder concedente, mediante licitação, na modalidade de concorrência, à pessoa jurídica ou consórcio de empresas que demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco e por prazo determinado; IV - permissão de serviço público: a delegação, a título precário, mediante licitação, da prestação de serviços públicos, feita pelo poder concedente à pessoa física ou jurídica que demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco. Ainda que a natureza de tempo determinado não conste expressamente nas permissões, trata-se esta de um contrato administrativo, não podendo, por isso mesmo, ter prazo indeterminado de tempo. GABARITO: E CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS Mário tinha 34 anos de contribuição no ano de 2004 e queria se aposentar, principalmente em razão dos inúmeros boatos que indicavam que as regras de aposentadoria seriam modificadas. Então, Mário lembrou que o seu grande amigo Juarez era servidor do INSS e podia dar uma “ajudinha” na sua aposentadoria. Assim, a pedido de Mário, Juarez inseriu no Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS), dados referentes a um contrato de trabalho para uma empresa “fantasma”, justamente no período em que Mário não havia contribuído para a previdência social. Dessa forma, Mário teve a sua aposentadoria por tempo de contribuição concedida pelo INSS. Considerando tais dados, analise as seguintes assertivas: 51. Juarez cometeu o crime de inserção de dados falsos em sistema de informações, previsto no art. 313-A, do Código Penal. COMENTÁRIOS: A conduta praticada por Juarez é justamente a prevista pelo art. 313-A do Código Penal, a qual trata do crime de inserção de dados falsos em sistema de informações. Eis o que diz o referido artigo: Art. 313-A. Inserir ou facilitar, o funcionário autorizado, a inserção de dados falsos, alterar ou excluir indevidamente dados corretos nos sistemas informatizados ou bancos de dados da Administração Pública com o fim de obter vantagem indevida para si ou para outrem ou para causar dano: Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa. GABARITO: C 52. Mário não pode ser considerado autor do crime de inserção de dados falsos em sistema de informações, já que este é um crime próprio, que somente pode ser cometido pelo funcionário público que altera os dados nos sistemas informatizados ou bancos de dados da Administração Pública. COMENTÁRIOS: Nos termos do art. 313-A do Código Penal, no caso do crime de inserção de dados falsos em sistema de informações, o sujeito ativo (autor do crime) só pode ser o servidor público com acesso aos sistemas de informações nos quais pode inserir, alterar ou excluir dados. É um típico caso de crime próprio, pois exige-se que o agente possua uma qualidade especial do agente que comete o delito, ou seja, não pode ser cometido por qualquer pessoa. Neste caso, só pode ser cometido por servidor público. Por isso, o único autor deste crime é Juarez, o que não impede que o ato cometido por Mário seja enquadrado em outro tipo penal (vindo a responder por outro crime). GABARITO: C 53. Como a ocorrência do ato criminoso somente foi descoberta pelo INSS no ano de 2015, o benefício de Mário será mantido, pois já se encerrou o prazo decadencial de 10 anos para a Administração anular o ato concessório. COMENTÁRIOS: Conforme o art. 103-A da LBPS, o INSS, nos casos em que concedeu indevidamente um benefício, tem o prazo de 10 anos, a contar do primeiro pagamento, para anular tal ato concessório, salvo comprovada má-fé do beneficiário. Como, no presente caso, observa-se claramente a má-fé do segurado, não se aplica o prazo decadencial, podendo a aposentadoria de Mário ser cancelada a qualquer momento. GABARITO: E Sobre o conceito e os princípios que norteiam a seguridade social, observe as seguintes assertivas: 54. A solidariedade é característica de um sistema de seguridade social de repartição simples, como o atualmente em vigência no Brasil. COMENTÁRIOS: O princípio da solidariedade é reconhecido pela doutrina previdenciária como uma espécie de princípio geral e é característica fundamental de um regime de repartição simples, o qual é adotado pelo Brasil. Neste regime, os trabalhadores em atividade financiam os inativos e, no futuro, quando passarem à inatividade, também serão financiados pelos trabalhadores em atividade. Tal conceito se diferencia do sistema de capitalização – adotado pela previdência privada – no qual os valores contribuídos são destinados a um fundo próprio, que será formado especificamente para o pagamento da aposentadoria do contratante. GABARITO: C 55. A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à previdência e à assistência social. COMENTÁRIOS: A assertiva está incorreta, sendo uma típica pegadinha para os candidatos “apressadinhos”. pois é claramente incompleta, já que há o “esquecimento” de um dos ramos da seguridade social – a saúde – nos termos do art. 194 da CF/88: A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social. Por isso, lembra-se que é fundamental a leitura atenta de todo o enunciado da questão, para não haver erros por desatenção em pontos teoricamente fáceis da matéria. GABARITO: E Maria é professora aposentada do Estado do Rio Grande do Sul, recebendo seu benefício do Regime Próprio de Previdência do Estado. Considerando que, na década de 1980, recolheu contribuições para o INPS e, pretendendo a uma futura concessão de uma aposentadoria no Regime Geral de Previdência Social: 56. Maria poderá realizar recolhimentos para o INSS como segurada facultativa. COMENTÁRIOS: O art. 201, §5, CF/88 dispõe: É vedada a filiação ao regime geral de previdência social, na qualidade de segurado facultativo, de pessoa participante de regime próprio de previdência. Assim, ainda que a servidora tenha passado para a inatividade, esta permanece vinculada ao Regime Próprio em razão da sua condição de beneficiária. Assim, como o texto constitucional refere uma ideia ampla de pessoa “participante” de regime próprio de previdência, conclui-se que o servidor inativo também está proibido de contribuir para o regime geral na categoria facultativa. GABARITO: E 57. Caso Maria passe a ministrar aulas particulares como professora de português, pode se inscrever como contribuinte individual e iniciar as suas contribuições para o Regime Geral de Previdência Social. COMENTÁRIOS: Como a vedação constante no art. 201, §5º, CF/88 se restringe à filiação como segurado facultativo, nada impede a filiação como contribuinte individual, desde que exerça atividade de filiação obrigatória, como no caso em tela. GABARITO: C 58. Maria não deve realizar contribuições para o Regime Geral de Previdência Social, já que não é possível a cumulaçãode duas aposentadorias. COMENTÁRIOS: A previsão constante no art. 124, II, da LBPS, que veda a cumulação de duas aposentadorias, aplica-se unicamente quando estes dois benefícios sejam do Regime Geral. Quando se trata de aposentadorias de regimes distintos (Geral e Próprio), não há qualquer óbice na concessão e no recebimento de duas aposentadorias. GABARITO: E Com relação à assistência social, analise o seguinte: 59. Os programas de assistência social compreendem ações integradas e complementares com objetivos, tempo e área de abrangência definidos para qualificar, incentivar e melhorar os benefícios e os serviços assistenciais. Estes programas são definidos pelos Conselhos de Assistência Social, com prioridade para a inserção profissional e social. COMENTÁRIOS: Tal assertiva traz a previsão constante no art. 24, caput e § 1º, da LOAS: Art. 24. Os programas de assistência social compreendem ações integradas e complementares com objetivos, tempo e área de abrangência definidos para qualificar, incentivar e melhorar os benefícios e os serviços assistenciais. § 1º Os programas de que trata este artigo serão definidos pelos respectivos Conselhos de Assistência Social, obedecidos os objetivos e princípios que regem esta lei, com prioridade para a inserção profissional e social. GABARITO: C Maria José e Maria João são irmãs gêmeas e solteiras e atualmente têm 68 anos de idade. Após o falecimento dos pais, a fim de se acompanharem mais frequentemente, Maria João decide construir uma pequena casa nos fundos do terreno da casa de Maria José, a qual é aposentada e recebe um benefício de R$ 2.000,00. Em razão da idade avançada e das doenças que possui, Maria João fica impossibilitada de seguir no exercício de suas atividades habituais de artesã e passa a não ter qualquer renda própria para o seu sustento. 60. Considerando que nunca recolheu contribuição para a previdência social, Maria João decide requerer o Benefício de Prestação Continuada – BPC/LOAS. Todavia, Maria João terá seu requerimento indeferido pelo INSS em razão da renda da aposentadoria da irmã. COMENTÁRIOS: O BPC deve ser deferido, visto que a renda de Maria José não pode ser computada no cálculo da renda mensal per capita, nos termos do art. 20 da LOAS, uma vez que as irmãs não residem sob o mesmo teto, ainda que suas residências estejam sobre o mesmo terreno. Dessa forma, cada irmã possui o seu próprio grupo familiar independente, conforme o conceito de família constante no §1º do art. 20 da LOAS: Art. 20. O benefício de prestação continuada é a garantia de um salário-mínimo mensal à pessoa com deficiência e ao idoso com 65 (sessenta e cinco) anos ou mais que comprovem não possuir meios de prover a própria manutenção nem de tê-la provida por sua família. § 1º Para os efeitos do disposto no caput, a família é composta pelo requerente, o cônjuge ou companheiro, os pais e, na ausência de um deles, a madrasta ou o padrasto, os irmãos solteiros, os filhos e enteados solteiros e os menores tutelados, desde que vivam sob o mesmo teto. Assim, como Maria João preenche o requisito etário (65 anos) e não possui qualquer renda, faz jus à concessão do BPC. GABARITO: E 61. Caso Maria João tenha o benefício de prestação continuada concedido e, em um momento posterior, volte a trabalhar como artesã, não poderá ter o seu benefício cessado, já que, na data do requerimento, preencheu os requisitos para a concessão. COMENTÁRIOS: Nos termos do art. 21 da LOAS, o benefício de prestação continuada deve ser revisto a cada 2 (dois) anos para avaliação da continuidade das condições que lhe deram origem. Caso seja considerado que Maria João voltou a ter meios de prover a sua própria manutenção através do exercício de sua atividade como artesã, ela deverá ter o seu benefício cancelado, conforme determina o art. 47 do Decreto 6.214/2007: Art. 47. O Benefício de Prestação Continuada será suspenso se identificada qualquer irregularidade na sua concessão ou manutenção, ou se verificada a não continuidade das condições que deram origem ao benefício. GABARITO: E Com relação aos recursos das decisões administrativas, observe a seguinte situação: 62. José completou 65 anos de idade e fez seu requerimento de aposentadoria por idade perante o INSS, o qual restou indeferido. Inconformado, José resolve interpor recurso administrativo para o Conselho de Recursos da Previdência Social (CRPS). Para tanto, o prazo de interposição é de 30 dias. COMENTÁRIOS: O prazo de 30 dias para recurso administrativo para o CRPS é previsto no art. 305, §1º, RPS: Art. 305. Das decisões do INSS nos processos de interesse dos beneficiários caberá recurso para o CRPS, conforme o disposto neste Regulamento e no regimento interno do CRPS. §1º É de trinta dias o prazo para interposição de recursos e para o oferecimento de contra-razões, contados da ciência da decisão e da interposição do recurso, respectivamente. GABARITO: C 63. Preocupado com a demora no julgamento do recurso administrativo interposto e descrente em uma reforma da decisão que determinou o indeferimento, José procura um advogado e resolve ingressar com uma ação judicial para a concessão da aposentadoria por idade indeferida pelo INSS. Todavia, o ingresso da ação judicial não interferirá no andamento do recurso interposto no processo administrativo. COMENTÁRIOS: O ingresso da ação judicial determinará a interrupção dos andamentos do recurso para o CRPS, uma vez que presume uma renúncia tácita ao recurso administrativo interposto, conforme art. 307, RPS: A propositura pelo beneficiário de ação judicial que tenha por objeto idêntico pedido sobre o qual versa o processo administrativo importa renúncia ao direito de recorrer na esfera administrativa e desistência do recurso interposto. GABARITO: E Analise a seguinte situação: 64. Udo Schumacher é agricultor produtor de pêssego no município de Canguçu/RS, trabalhando durante o ano somente com sua esposa e seus filhos para manter a produção na propriedade rural de 60 hectares. Considerando que o módulo fiscal no município de Canguçu é de 16 hectares, tem-se que Udo não pode ser considerado segurado especial em razão do tamanho da propriedade rural. COMENTÁRIOS: A propriedade rural citada tem menos de 4 módulos fiscais, estando compreendida no conceito previsto na alínea a do inc. VII do art. 11 da LBPS (“agropecuária em área de até 4 módulos fiscais”). Assim, observando-se tal característica (tamanho da propriedade rural) Udo não tem a sua condição de segurado especial descaracterizada. Além disso, salienta-se que permanece em vigor a súmula n.º 30 da Turma Nacional de Uniformização dos Juizados Especiais Federais (TNU), a qual dispõe que: “Tratando-se de demanda previdenciária, o fato de o imóvel ser superior ao módulo rural não afasta, por si só, a qualificação de seu proprietário como segurado especial, desde que comprovada, nos autos, a sua exploração em regime de economia familiar.” GABARITO: E 65. Na época da colheita, como o pêssego é um produto muito frágil e considerando as condições climáticas extremamente desfavoráveis, Udo viu-se obrigado a realizar a colheita em apenas dois dias, o que seria impossível de concluir somente com seus familiares. Então, Udo contratou 55 trabalhadores rurais das redondezas para desenvolver as atividades necessárias para a colheitanestes dois dias, pagando-os pelos dias trabalhados. Assim, ainda que tenha contratado empregados eventuais, o regime de economia familiar e a condição de segurado especial de Udo permanecem caracterizadas. COMENTÁRIOS: Como Udo utilizou 55 trabalhadores durante dois dias, é como se tivesse contratado 1 trabalhador em 110 dias do ano. Assim, a quantidade de trabalhadores está de acordo com o §7º do art. 11 da LBPS, o qual estipula que o grupo familiar poderá utilizar-se de empregados contratados por prazo determinado ou de trabalhador de que trata a alínea g do inciso V do caput, à razão de no máximo 120 (cento e vinte) pessoas por dia no ano civil, em períodos corridos ou intercalados . Dessa forma, Udo mantém a sua qualidade de segurado especial. GABARITO: C 66. Adolfo, filho mais novo de Udo, tem 14 anos de idade e é estudante, mas, no turno inverso aos estudos, trabalha na atividade rural para auxiliar seus pais. Dessa forma, Adolfo também é considerado segurado especial. COMENTÁRIOS: A alínea c do inc. VII do art. 11 da LBPS dispõe que somente pode ser considerado segurado especial o filho maior de 16 (dezesseis) anos de idade. Assim, ainda que o auxílio prestado pelo filho de 14 anos seja importante para o grupo familiar, este ainda não pode ser considerado segurado especial. GABARITO: E Com relação às disposições constitucionais sobre a seguridade social, analise as seguintes assertivas: 67. As instituições privadas poderão participar de forma complementar do sistema único de saúde, segundo diretrizes deste, mediante contrato de direito público ou convênio, tendo preferência as entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos. COMENTÁRIOS: A presente afirmativa reproduz integralmente a previsão constante no art. 199, §1º, CF/88: Art. 199. A assistência à saúde é livre à iniciativa privada. § 1º As instituições privadas poderão participar de forma complementar do sistema único de saúde, segundo diretrizes deste, mediante contrato de direito público ou convênio, tendo preferência as entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos. Tem-se que a saúde – um dos ramos da seguridade social – é dever do Estado por disposição constitucional. Todavia, tendo em vista a evidente insuficiência das instituições públicas para atender as demandas da população na área da saúde, a CF possibilita que as instituições privadas possam prestar serviços pelo sistema único de saúde, de forma complementar. GABARITO: C 68. Ao sistema único de saúde compete, além de outras atribuições, nos termos da lei, incrementar, em sua área de atuação, o desenvolvimento científico e tecnológico e a inovação. COMENTÁRIOS: Esta assertiva reproduz o que diz o art. 200, V, CF/88: Art. 200. Ao sistema único de saúde compete, além de outras atribuições, nos termos da lei: V - incrementar, em sua área de atuação, o desenvolvimento científico e tecnológico e a inovação; Achei interessante trazer esta questão, uma vez que representa uma alteração recente no texto constitucional, com redação dada pela Emenda Constitucional nº 85/2015. GABARITO: C João e Renato são médicos oncologistas reconhecidos em sua cidade. Após constatarem uma evidente demanda reprimida em sua área e visando a aumentar seus lucros, resolvem ampliar a sua pequena clínica e transformá-la em um hospital, passando a realizar procedimentos pelo SUS. 69. O hospital poderá ter o repasse de verbas pelo Sistema Único de Saúde em razão dos serviços de saúde prestados. COMENTÁRIOS: “ .... Vide questão 70...” GABARITO: C 70. A obra de ampliação da clínica prevista pode receber recursos da Secretaria Municipal de Saúde, já que atenderá muitos pacientes do município e região. COMENTÁRIOS: A presente explicação é destinada às questões 69 e 70. Dispõe o art. 199, CF/88: Art. 199. A assistência à saúde é livre à iniciativa privada. § 1º As instituições privadas poderão participar de forma complementar do sistema único de saúde, segundo diretrizes deste, mediante contrato de direito público ou convênio, tendo preferência as entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos. § 2º É vedada a destinação de recursos públicos para auxílios ou subvenções às instituições privadas com fins lucrativos. As instituições privadas com fins lucrativos que atuarem no SUS receberão pelos serviços prestados. É vedada apenas a destinação de recursos públicos para auxílios ou subvenções. Analisando o caso em tela, observa-se que se trata de uma clínica particular, com finalidade lucrativa, e esta não pode receber do Poder Público recursos para ampliação de suas instalações, pois isso seria considerado ou um auxílio ou subsídio. Todavia, deve haver o pagamento por parte do Poder Público por cada procedimento realizado pelo SUS que esta clínica ou hospital tenha realizado, mediante contrato ou convênio. GABARITO: E Sobre o Conselho Nacional de Assistência Social, analise o que segue: 71. O Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) é órgão superior de deliberação colegiada, vinculado à estrutura do órgão da Administração Pública Federal responsável pela coordenação da Política Nacional de Assistência Social, cujos membros, nomeados pelo Presidente da República, têm mandato de 2 (dois) anos, permitida uma única recondução por igual período. COMENTÁRIOS: Trata-se do conceito previsto no art. 17, caput, LOAS: Art. 17. Fica instituído o Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS), órgão superior de deliberação colegiada, vinculado à estrutura do órgão da Administração Pública Federal responsável pela coordenação da Política Nacional de Assistência Social, cujos membros, nomeados pelo Presidente da República, têm mandato de 2 (dois) anos, permitida uma única recondução por igual período. GABARITO: C 72. O Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) é composto por 18 (dezoito) membros e respectivos suplentes, sendo 9 (nove) representantes governamentais, incluindo 1 (um) representante dos Estados e 1 (um) dos Municípios, e 9 (nove) representantes da sociedade civil, dentre representantes dos usuários ou de organizações de usuários, das entidades e organizações de assistência social e dos trabalhadores do setor. COMENTÁRIOS: Tal assertiva está de acordo com a composição do CNAS determinada pelo art. 17, §1º, LOAS: § 1º O Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) é composto por 18 (dezoito) membros e respectivos suplentes, cujos nomes são indicados ao órgão da Administração Pública Federal responsável pela coordenação da Política Nacional de Assistência Social, de acordo com os critérios seguintes: I - 9 (nove) representantes governamentais, incluindo 1 (um) representante dos Estados e 1 (um) dos Municípios; II - 9 (nove) representantes da sociedade civil, dentre representantes dos usuários ou de organizações de usuários, das entidades e organizações de assistência social e dos trabalhadores do setor, escolhidos em foro próprio sob fiscalização do Ministério Público Federal. GABARITO: C 73. Compete ao Conselho Nacional de Assistência Social normatizar as ações e regular a prestação de serviços de natureza exclusivamente pública no campo da assistência social. COMENTÁRIOS: O erro da afirmativa está em aduzir que o CNPS regular os serviços de natureza exclusivamente pública, o que contraria o disposto no art. 18,II, LOAS, que determina a regulação dos serviços de natureza pública e privada. Eis o conteúdo do artigo referido: Art. 18. Compete ao Conselho Nacional de Assistência Social: II - normatizar as ações e regular a prestação de serviços de natureza pública e privada no campo da assistência social; GABARITO: E Com relação aos segurados e dependentes da previdência social, avalie as seguintes afirmativas: 74. No regime geral de previdência social, um indivíduo não pode ser concomitantemente segurado e dependente. COMENTÁRIOS: É possível e, de certa forma, frequente que uma pessoa seja segurada e dependente ao mesmo tempo no RGPS. O exemplo mais comum é de um casal em que os dois cônjuges exercem atividades laborativas e, por isso, são segurado obrigatórios do RGPS. Além disso, os cônjuges são dependentes previdenciários um em relação ao outro. GABARITO: E Cleber é divorciado e tem como dependentes seu filho Otávio, de 17 anos de idade, e seus pais, Alcemar e Conceição. Entretanto, em um grave acidente automobilístico, Cleber veio a falecer. Com isso, Otávio requereu e teve concedida a pensão por morte desde a data do óbito do pai. Considerando tais dados, analise as seguintes assertivas: 75. Quando completar 21 anos de idade, Otávio terá seu benefício de pensão por morte automaticamente cessado, a não ser que requeira a prorrogação do benefício em razão de sua condição de estudante universitário. COMENTÁRIOS: Conforme a lei determina (art. 17, III, LBPS), a qualidade de dependente se mantém até o filho completar 21 anos de idade, somente podendo ser mantida após esse prazo nos casos de filhos inválidos. A extensão da dependência que se observa no Direito Civil (pagamento de pensão alimentícia aos filhos estudantes até os 24 anos) não se aplica ao Direito Previdenciário. GABARITO: E 76. Quando Otávio tiver seu benefício de pensão por morte cessado, este pode ser concedido aos pais de Cleber, em razão da dependência econômica destes em relação ao segurado instituidor. COMENTÁRIOS: O art. 16 da LBPS dispõe o seguinte: Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do segurado: I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave; II - os pais; Além disso, o §1º do art. 16 estabelece expressamente que a existência de dependente de qualquer das classes deste artigo exclui do direito às prestações os das classes seguintes. Na pensão por morte, sempre se verifica o implemento da condições para a concessão do benefício na data do óbito do segurado. No caso analisado, havia um dependente da 1ª classe (filho menor de 21 anos), o que determinou a exclusão do direito ao benefício aos dependentes da 2ª classe (pais). Assim, ainda que o benefício deferido ao filho seja posteriormente cessado, os pais não possuem qualquer direito à concessão da pensão por morte. GABARITO: E Com relação ao regime geral de previdência social, analise as seguintes assertivas: 77. O servidor civil ocupante de cargo efetivo ou o militar da União, Estado, Distrito Federal ou Município, bem como o das respectivas autarquias e fundações, são excluídos do Regime Geral de Previdência Social, desde que amparados por regime próprio de previdência social. COMENTÁRIOS: A presente questão foi transcrita do art. 10 do RPS, a qual dispõe a regra geral aos servidores públicos, na medida em que estes são amparados por regime próprio de previdência. Nos casos em que não há regime próprio ao servidores de cargo efetivo (o que é muito comum em municípios pequenos), estes estarão protegidos pelo Regime Geral. Destaca-se, também, que o servidor público pode se filiar ao regime geral se, concomitantemente ao cargo ocupado, realizar atividades de filiação obrigatória ao RGPS. GABARITO: C 78. Equiparam-se a empresa, para efeitos previdenciários, o contribuinte individual e a pessoa física na condição de proprietário ou dono de obra de construção civil, em relação a segurado que lhe presta serviço, bem como a cooperativa, a associação ou a entidade de qualquer natureza ou finalidade, a missão diplomática e a repartição consular de carreira estrangeiras. COMENTÁRIOS: Trata-se da previsão legal constante no parágrafo único do art. 15 da LOCSS, o qual possui uma redação semelhante ao inc. II do art. 12 do RPS. Tais previsões tratam das situações em que pessoas ou entidades são equiparadas a empresa – por mais que tal conceito se distancie do conceito de empresa do Direito Empresarial – que se aplica exclusivamente para fins previdenciários, principalmente no que tange à obrigatoriedade e ao recolhimento das contribuições previdenciárias. GABARITO: C 79. Um segurado que exerce mais de uma atividade remunerada será filiado e inscrito na Previdência Social em relação a cada uma das atividades. COMENTÁRIOS: Tal assertiva está de acordo com o disposto no art. 11, §2º, LBPS e no art. 18, §3º, RPS: Art. 11, §2º, LBPS - Todo aquele que exercer, concomitantemente, mais de uma atividade remunerada sujeita ao Regime Geral de Previdência Social é obrigatoriamente filiado em relação a cada uma delas. Art. 18, §3º, RPS § 3º - Todo aquele que exercer, concomitantemente, mais de uma atividade remunerada sujeita ao Regime Geral de Previdência Social será obrigatoriamente inscrito em relação a cada uma delas. GABARITO: C 80. É segurado especial a pessoa física que explora atividade de extração mineral - garimpo, em caráter permanente ou temporário, individualmente e sem o auxílio de empregados. COMENTÁRIOS: A pessoa que explora atividade de extração mineral – garimpo é sempre contribuinte individual, conforme alínea b do inciso V do art. 11 da LBPS: V - como contribuinte individual: b) a pessoa física, proprietária ou não, que explora atividade de extração mineral - garimpo, em caráter permanente ou temporário, diretamente ou por intermédio de prepostos, com ou sem o auxílio de empregados, utilizados a qualquer título, ainda que de forma não contínua; Deve-se prestar muita atenção para não confundir o garimpeiro (extrativista mineral) com o seringueiro ou extrativista vegetal, sendo que este, dependendo das condições em que exerce a sua atividade, pode ser considerado segurado especial. GABARITO: E 81. João da Silva é brasileiro e reside há 5 anos no Paquistão, sendo contratado pela embaixada brasileira localizada neste país para trabalhar como segurança do prédio sede da embaixada, recebendo salário mensal e cumprindo jornada de trabalho de 44 horas semanais. Todavia, como a lei do Paquistão não permite a filiação de estrangeiros em seu regime de previdência social, João também não poderá se filiar ao regime geral de previdência social brasileiro. COMENTÁRIOS: A assertiva contraria o disposto na alínea g do inciso I do artigo 9º do Decreto 3.048/99, a qual caracteriza como segurado obrigatório da previdência social na categoria de empregado, o brasileiro civil que presta serviços à União no exterior, em repartições governamentais brasileiras, lá domiciliado e contratado, inclusive o auxiliar local de que tratam os arts. 56 e 57 da Lei no 11.440, de 29 de dezembro de 2006, este desde que, em razão de proibição legal, não possa filiar-se ao sistemaprevidenciário local. Assim, conclui-se que João, justamente por não poder se filiar ao regime de previdência do Paquistão, será considerado segurado empregado e realizará as contribuições para o regime geral brasileiro. GABARITO: E 82. O único segurado que pode ter a sua inscrição realizada na Previdência Social post mortem é o segurado especial. COMENTÁRIOS: A regra geral é que não é possível a inscrição post mortem dos segurados da previdência social. Todavia, há exceção em relação ao segurado especial prevista no §5º do art. 18 do Decreto 3.048/99: §5º Presentes os pressupostos da filiação, admite-se a inscrição post mortem do segurado especial. Essa previsão visa a proteger ao trabalhador rural, o qual muitas vezes sequer conhece seus direitos e obrigações perante a previdência social. Além disso, não é exigido do trabalhador rural que comprove o recolhimento de contribuições, mas sim que comprove a atividade exercida no período correspondente à carência. Assim, em um eventual pedido de pensão por morte, cabe aos dependentes do segurado especial falecido realizar a sua inscrição e demonstrar que este se enquadrava devidamente como segurado da previdência social. GABARITO: C 83. Nos termos do Regulamento da Previdência Social, o diretor empregado é enquadrado na categoria de segurado empregado, sendo aquele que, participando ou não do risco econômico do empreendimento, é eleito, por assembleia geral dos acionistas, para cargo de direção das sociedades anônimas. COMENTÁRIOS: Tal assertiva caracteriza o diretor não empregado (aquele que é eleito pela assembleia geral dos acionistas), o qual é enquadrado como contribuinte individual. Já o diretor empregado é aquele que é contratado ou promovido para cargo de direção das sociedades anônimas, mantendo as características inerentes à relação de emprego. GABARITO: E Quanto à interpretação e integração das normas previdenciárias, avalie o que segue: 84. O método interpretativo sistemático tem como característica essencial a análise do contexto social, político e cultural da época em que a lei foi criada. COMENTÁRIOS: A assertiva traz o conceito do método interpretativo histórico. Já o método sistemático busca a compreensão da lei de acordo com todo o sistema jurídico, ou seja, com princípios e com outras leis. GABARITO: E 85. A integração no Direito Previdenciário visa a preencher lacunas existentes na lei, através da analogia, dos costumes e dos princípios gerais de direito. COMENTÁRIOS: Conforme o art. 4º do Decreto 4.657/42 (Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro), “Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais de direito”. GABARITO: C Considere a seguinte situação hipotética: Após muita pressão popular, especialmente dos aposentados, o Congresso Nacional resolve votar e acaba aprovando projeto de lei que inclui na Lei de Benefícios da Previdência Social a concessão do acréscimo de 25% aos aposentados por idade e por tempo de contribuição que necessitam do auxílio permanente de terceiros. O referido projeto de lei é sancionado pela Presidente da República e é publicado no Diário Oficial da União. Todavia, em razão de um “esquecimento” dos legisladores, não constou na lei publicada o início do prazo de vigência das novas regras. 86. Como a lei não indicou o início de sua vigência, conclui-se que esta ocorrerá a partir da data da publicação no Diário Oficial da União. COMENTÁRIOS: Em regra, toda a lei editada traz a previsão de quando começará a viger. Entretanto, caso a lei previdenciária não preveja o início da vigência, aplica-se a regra geral constante no art. 1º da Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro: Art. 1º. Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada. GABARITO: E 87. A referida lei também trouxe alterações destinadas à Lei de Custeio e Organização da Seguridade Social, já que passou a indicar as fontes de custeio do acréscimo de 25% aos aposentados por idade e por tempo de contribuição. Com relação a estas alterações, o início de vigência dar-se-á em noventa dias após a publicação. COMENTÁRIOS: Como exceção à regra geral mencionada acima, temos as normas de custeio do sistema, quando são criadas ou modificadas contribuições sociais, as quais somente podem produzir efeitos depois de decorridos noventa dias de sua publicação, conforme determina o art. 195, §6º, da CF/88. GABARITO: C Analise as seguintes assertivas: 88. O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) surgiu da fusão do Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social (INAMPS) com o Instituto Nacional de Previdência Social (INPS). COMENTÁRIOS: O INSS teve sua criação autorizada pela Lei 8.029/90, surgindo da fusão do Instituto de Administração da Previdência e Assistência Social (IAPAS) com o Instituto Nacional de Previdência Social (INPS). GABARITO: E 89. As propostas orçamentárias anuais ou plurianuais da Seguridade Social serão elaboradas por Comissão integrada por 6 (seis) representantes, sendo 2 (dois) da área da saúde, 2 (dois) da área da previdência social e 2 (dois) da área de assistência social. COMENTÁRIOS: Nos termos do art. 8º da LOCSS, a Comissão é integrada por 3 (três) representantes, sendo 1 (um) da área da saúde, 1 (um) da área da previdência social e 1 (um) da área de assistência social. GABARITO: E 90. Nenhum benefício pego pela previdência social poderá ter renda mensal inferior ao salário mínimo. COMENTÁRIOS: Art. 3º, parágrafo único, alínea b, LOCSS. Tal regra se aplica aos benefícios substitutos do salário-de-contribuição ou do rendimento do trabalho do segurado. Todavia, temos dois benefícios que podem ser inferiores ao mínimo: o salário-família (tem o objetivo de complementar o rendimento do trabalhador) e o auxílio-acidente (tem caráter indenizatório, complementa a renda do trabalhador que, após sofrer um acidente de trabalho ou de qualquer natureza, permaneceu com sequelas que lhe retiraram parte da capacidade laborativa). GABARITO: E 91. A Previdência Social tem por fim assegurar aos seus beneficiários meios indispensáveis de manutenção, por motivo de incapacidade, idade avançada, tempo de serviço, desemprego involuntário, encargos de família e reclusão ou morte daqueles de quem dependiam economicamente. COMENTÁRIOS: Tal questão é transcrição literal do art. 3º da LOCSS, o qual prevê as contingências enfrentadas pelos segurados que devem ser protegidas pela previdência social. GABARITO: C 92. É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria aos beneficiários do regime geral de previdência social, ressalvados apenas os casos de atividades exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física. COMENTÁRIOS: Dispõe o art. 201, §1º, CF/88: § 1º É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria aos beneficiários do regime geral de previdência social, ressalvados os casos de atividades exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física e quando se tratar de segurados portadores de deficiência, nos termos definidos em lei complementar. Assim, observa-se que
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