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Simlado 08 COMENTADO INSS

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08 
COMENTADO
OD 
 
 
 
CONHECIMENTOS GERAIS 
 
Do adultério 
 
O adultério é um crime para todos os povos da terra; o adultério das mulheres, entenda-
se, visto terem sido os homens que fizeram as leis. Enxergaram-se como proprietários 
de suas esposas; elas são um de seus bens; o adultério as rouba, introduz nas famílias 
herdeiros estranhos. Acrescente-se a essas razões a crueldade do ciúme, e não será 
surpreendente que em tantas nações, mal saídas do estado selvagem, o espírito de 
propriedade tenha decretado a pena de morte para sedutores e seduzidas. 
 
(VOLTAIRE, O preço da justiça. São Paulo: Martins Fontes, 2001, p. 63-64) 
 
Considerando as ideias e as estruturas linguísticas do texto, julgue os itens de 1 a 9. 
 
1. Depreende-se do texto que a infidelidade é juridicamente tipificada como um crime 
eminentemente feminino. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
O autor apresenta uma crítica pessoal ao fato de haver essa “percepção social” (e não, 
jurídica tipificada) distorcida de que o adultério das mulheres é que seria um crime, em 
virtude de as leis terem sido feitas pelos homens. 
 
GABARITO: E 
2. Em “Enxergaram-se” (linha 2) e em “Acrescente-se” (linha 4), a palavra se foi 
empregada para caracterizar a indeterminação do sujeito. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
No primeiro caso, o “se” é pronome reflexivo; no segundo, é partícula apassivadora 
com sujeito simples e paciente: “a crueldade do ciúme”. 
 
GABARITO: E 
 
 
 
 
3. No segmento “que fizeram as leis” (linha 2), a palavra “que” se classifica 
morfossintaticamente como conjunção subordinativa integrante, com função sintática de 
sujeito. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
Morfossintaticamente, o “que” é pronome relativo com função sintática de sujeito. 
 
GABARITO: E 
 4. A forma sintagmática “essas razões” remete coesivamente ao conjunto de ideias que 
supostamente justificariam o fato de o “adultério das mulheres” ser crime. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
Ocorre aí uma referência coesiva anafórica, em que o termo (sintagma) “essas razões” 
remete a “enxergaram-se como proprietários de suas esposas (elas são um de seus bens); 
o adultério as rouba, introduz nas famílias herdeiros estranhos. Acrescente-se a essas 
razões a crueldade do ciúme...” 
 
GABARITO: C 
5. O ponto e vírgula foi empregado várias vezes no texto, porém sob a mesma 
justificativa semântico-gramatical. 
COMENTÁRIOS: 
 
São justificativas diferentes: no primeiro caso, indica leve pausa para iniciar um 
segmento explicativo. No segundo, há não apenas um segmento explicativo, mas 
também sequenciação estilística para isolar uma sequência oracional que sugere 
continuidade de pensamento. 
 
GABARITO: E 
 6. Os vocábulos “adultério” (linha 1), “família” (linha 4) e “proprietários” (3) foram 
acentuados em virtude da mesma regra gramatical: todos são paroxítonos terminados 
em ditongo crescente ou proparoxítonas eventuais. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
 
 
Segundo o Novo Acordo Ortográfico, as paroxítonas terminadas em ditongo crescente 
podem ser classificadas também como proparoxítonas eventuais. 
GABARITO: C 
7. Os termos “mulheres” (linha 1), “esposas” (linha 2), “elas” (linha 3) e “as” (linha 3) 
constituem, de certo modo, uma cadeia coesiva, cuja semântica lexical remete ao 
mesmo referente. 
COMENTÁRIOS: 
 
Embora o termo “mulheres” (linha 1) tenha sido usado semanticamente de forma 
genérica, todas as palavras fazem parte da mesma cadeia coesiva de referenciação. 
GABARITO: C 
8. No texto, o vocábulo “proprietários” (linha 3) rege a preposição “de”, a mesma 
empregada nas regências de palavras como “apologia” (de) e “prescindir”(de). 
COMENTÁRIOS: 
 
A preposição “de” é exigida pela regência de todas as palavras indicadas no item: 
“apologia de alguma coisa” (e não, “a” alguma coisa), por exemplo. “Prescindir de 
ajuda” (= dispensar a ajuda). 
GABARITO: C 
9. Em “e não será... para sedutores e seduzidas” (linhas 5 a 7), o termo “surpreendente” 
antecede uma conjunção subordinativa integrante que inicia uma oração subordinada 
substantiva objetiva direta. 
COMENTÁRIOS: 
O segmento “que... para sedutores e seduzidas” (linhas 5 a 7) caracteriza um sujeito 
oracional, ou seja, uma oração subordinada substantiva subjetiva. 
GABARITO: E 
 
 
 
 
 
10. Considerem-se as proposições P, Q e R e a seguinte linha de uma tabela-verdade, 
em que V representa o valor lógico verdadeiro, F, o falso. 
 
P Q R 
V V F X Y 
 
Os valores lógicos que substituem corretamente as letras X e Y, respectivamente, são F 
e F. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
Pessoal, de acordo com a linha da tabela verdade do enunciado, sabemos que 
 e ... 
 
Agora, com base nos nossos conhecimentos de tabelas verdade dos conectivos, vamos 
descobrir o valor lógico das seguinte proposição: 
 
 
 
Oras, se , então ... Então, simbolicamente, teremos: 
 
 
 Dessa forma, quando o antecedente é verdadeiro e o consequente é falso, ou seja, 
quando a condicional for do tipo VF, seu valor lógico será FALSO!... Logo, ... 
 
E, o valor lógico da proposição , fica: 
 
Oras, pela tabela verdade acima, e, acabamos de descobrir que o valor lógico de 
 é Falso... Então, simbolicamente, teremos: 
 
 
Pronto!!... Uma disjunção só é falsa quando os valores lógicos das duas partes que a 
compõem forem falsos, ou seja, quando a disjunção for do tipo FF, seu valor lógico será 
FALSO! Logo, 
 
GABARITO: C 
 
11. Considere a proposição P. 
 
 
 
 
P: “A ou B” 
 
Onde A e B, por sua vez, são as seguintes proposições: 
 
A: “Suelen é morena”. 
 
B: “Se Cláudia é loira então Noemi é ruiva”. 
 
Ora, sabe-se que a afirmação P é falsa, logo, Suelen não é morena, Cláudia é loira e 
Noemi não é ruiva. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
Galera, a proposição P é uma disjunção... Pelo enunciado, a proposição P é falsa!... E, 
de acordo com os nossos conhecimentos de tabelas-verdade, a disjunção só é falsa 
quando ambas as partes que a compõem forem falsas!!... 
 
Dessa forma: 
 Suelen é morena . 
 Se Cláudia é loira então Noemi é ruiva . 
Mas, é uma condicional e, uma condicional só tem valor lógico falso quando a sua 
1ª parte for verdadeira e a sua 2ª parte for falsa!... Então, Cláudia é loira 
 e, Noemi é ruiva 
 
Logo, 
 Suelen não é morena; 
 Cláudia é loira; 
 Naoni não é ruiva. 
 
GABARITO: C 
 
12. As três afirmações a seguir são todas verdadeiras: 
I. Se Paula não é economista, então Eduardo é geólogo. 
II. Se Tiago é professor, então Lúcia não é dentista. 
III. Eduardo não é geólogo e Lúcia é dentista. 
 
 
 
 
Uma conclusão correta, com base nas informações apresentadas, é que Paula é 
economista e Tiago não é professor. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
Pessoal, sabendo que as afirmações são proposições verdadeiras, vamos, com base nos 
nossos conhecimentos de tabelas verdade dos conectivos, descobrir o valor lógico de 
cada proposição simples que as compõe!... 
 
Vamos começar pela afirmação III, que é a seguinte conjunção: 
 
Eduardo não é geólogo e Lúcia é dentista. 
 
Oras, uma conjunção só é verdadeira se as duas partes que a compõe forem 
verdadeiras!... Assim, 
 Eduardo não é geólogo = V... Logo, Eduardo é geólogo = F... 
 Lúcia é dentista = V... Logo, Lúcia não é dentista = F... 
 
Agora, vamos analisar a afirmação II, que é a seguinte condicional: 
 
Se Tiago é professor, então Lúcia não é dentista. 
 
Simbolicamente, teremos: 
 
Tiago é professor F... 
 
Oras,para essa condicional ser verdadeira, seu antecedente (1ª parte) tem que ser falso, 
também!... Assim 
 Tiago é professor = F... Logo, Tiago não é professor = V... 
 
Por último, vamos analisar a afirmação I, que é a seguinte condicional: 
 
Se Paula não é economista, então Eduardo é geólogo. 
 
Simbolicamente, teremos: 
 
Paula não é economista F... 
 
 
 
 
Oras, para essa condicional ser verdadeira, seu antecedente (1ª parte) tem que ser falso, 
também!... Assim 
 Paula não é economista = F... Logo, Paula é economista = V... 
 
Pronto!!... Paula é economista e Tiago não é professor. 
 
GABARITO: C 
 
13. A Polícia Militar de determinado Estado deve ampliar em 12% o seu efetivo até o 
final de 2012. A corporação realizará um concurso para contratar X soldados, sendo que 
60% das vagas são destinadas à carreira e o restante a temporários. Atualmente, a PM 
deste Estado conta com 115 mil em seu contingente. Logo, o número de vagas de 
temporários é inferior a 5.500. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
Pessoal, a Polícia Militar de determinado Estado conta com um efetivo de 115 mil 
militares. E, quer ampliá-lo em , através de um concurso. Então, o número de 
vagas do concurso será: 
 
 de , que é: 
 
Sabemos que do total de vagas serão destinadas à carreira. Então: 
 
 de , que é: 
 
E, o restante, que serão: 
 
 
 
... serão destinadas a temporários!!... 
 
GABARITO: E 
 
 
 
 
 
14. Três irmãos pretendem comprar um computador. Da quantia necessária, Sílvia 
possui , Juliana possui e Renato possui R$324,00, porém ainda faltam 28% do 
valor. Logo, é correto afirmar que o computador custa R$ 1.200,00. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
Pessoal, a Sílvia, a Juliana e o Renato pretendem comprar um computador que custa: 
. Sabemos que: 
 a Sílvia possui do valor, ou seja, de , que é: ; 
 a Juliana possui do valor, ou seja, de , que é: ; 
 o Renato possui . 
 
Somando-se as quantias dos três, ainda faltam do valor, ou seja, ainda faltam 
de , simplificando por 4, teremos: 
 
 
 
Ainda faltam 
 
 
 reais. 
 
 
Pronto!!... Como assim, pronto, professor!!... Pessoal, é que, se somarmos as quantias 
dos três, mais o que falta, teremos valor total do computador!!... Vamos lá?!... 
 
 
 
O mínimo múltiplo comum é ... Então, 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GABARITO: C 
 
15. Ao ser questionado sobre o número de primos e primas, Lucas disse: “Dos 16 
primos que possuo, apenas 6,25% são homens”. Dessa forma, podemos concluir que 
Lucas tem menos que 15 primas. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
Pessoal, vamos 'traduzir' o que Lucas disse... 
 
Então, traduzindo para a linguagem matemática, ficaremos com: 
 
 de , que é: é primO. 
 
Assim, se Lucas tem 1 (um) primo homem, o restante dos primos de Lucas são: 
 
 primAS 
 
Eitaa... Lucas tem, exatamente, 15 primas!... 
 
GABARITO: E 
 
16. Numa cidade, 32% da população é constituída por adultos do sexo masculino e 44% 
por adultos do sexo feminino. Sabendo que há 7.200 crianças nesta cidade, é possível 
afirmar que a população total da cidade é de 28.000 habitantes. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
Pessoal, a população dessa cidade é composta por de adultos... 
 
...Professor, se são adultos, são crianças!... Isso aí!!... 
 
Oras, sabemos que a cidade possui 7.200 crianças que correspondem a da 
população. Então, quantas pessoas vão corresponder à da população?... 
 
 
 
 
... Professor, a gente „mata‟ essa aí com uma regra de três simples!... Isso 
mesmo!!... Vamos lá, então?!... 
 
 
 
Simplificando por , teremos: 
 
 
 
 
 
 
 
GABARITO: E 
 
17. Na reta real da figura abaixo estão representados os números 0; a; 1; b e 2: 
 
 
 
O ponto P correspondente ao número a – b encontra-se entre 0 e 1. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
Galera, a reta real é uma forma de representação de “todos” os números reais, ou seja, 
ela representa o conjunto dos números reais... Assim como os números reais a reta real 
é infinita... 
 
Os números estão dispostos ao longo da reta na ordem crescente (menor MAIOR) 
da esquerda para a direita. Dessa forma, à esquerda do zero estão os números negativos 
e à direita, os positivos... 
 
 
 
 
Agora, pela representação acima, vemos que ... Oras pessoal, nem precisamos 
saber os valores de e , para saber que será um número negativo...Assim, o 
ponto , que representa o número , com certeza, à esquerda do 0 (zero)... 
 
GABARITO: E 
 
18. Em uma construtora, há pelo menos um eletricista que também é marceneiro e há 
pelo menos um eletricista que também é pedreiro. Nessa construtora, qualquer 
eletricista é também marceneiro ou pedreiro, mas não ambos. Ao todo são 9 eletricistas 
na empresa e, dentre esses, são em maior número aqueles eletricistas que são também 
marceneiros. Há outros 24 funcionários que não são eletricistas. Desses, 15 são 
marceneiros e 13 são pedreiros. Nessa situação, 23 funcionários, no máximo, podem 
atuar como marceneiros. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
Pessoal, no universo da construtora existem três grupos: 
 os eletricistas; 
 os marceneiros; e 
 os pedreiros. 
Vamos, agora, „traduzir‟ as informações apresentadas na questão... 
 
...há pelo menos um eletricista que também é marceneiro e há pelo menos um 
eletricista que também é pedreiro... 
 
Ou seja, não existem funcionários que exercem somente a função de eletricista, ou 
eles são eletricistas e marceneiros ou são eletricistas e pedreiros!! 
 
...qualquer eletricista é também marceneiro ou pedreiro, mas não ambos... 
 
Ou seja, não existem funcionários que exercem as três funções ao mesmo tempo!! 
 
...Ao todo são 9 eletricistas na empresa e, dentre esses, são em maior número 
aqueles eletricistas que são também marceneiros... 
 
Ou seja, temos mais eletricistas que são marceneiros do que eletricistas que são 
pedreiros!! 
 
 
 
 
...Há outros 24 funcionários que não são eletricistas. Desses, 15 são 
marceneiros e 13 são pedreiros... 
 
Ou seja, 24 funcionários que são só marceneiros, só pedreiros ou marceneiros e 
pedreiros. Como 15 + 13 = 28 e, 28 > 24, temos que, desses 24 (vinte e quatro), 4 
(quatro) são marceneiros e pedreiros!! 
 
Agora, com base nessa „tradução‟, vamos montar um diagrama que represente a 
situação descrita: 
 
 
 
Oras, falta preenchermos os que são eletricistas e marceneiros e os que são eletricistas 
e pedreiros!!!... 
 
Sabendo que existem mais eletricistas e marceneiros do que eletricistas e pedreiros, 
que pelo menos 1 (um) é eletricista e pedreiro e que existem ao todo 9 eletricistas na 
construtora, o número máximo de eletricistas e marceneiros é 8 (oito) e o diagrama 
fica assim: 
 
 
 
 
 
 
Agora, para sabermos o número máximo de marceneiros na construtora, basta 
somarmos os números dentro do grupo dos marceneiros no diagrama. Assim, 
 
 
 
GABARITO: C 
 
19. O termo TCP/IP representa a dupla de protocolos TCP (transmition control 
protocol) e o IP (Internet Protocol) que, juntos, são conhecidos como Internet. Estes 
protocolos permitem, principalmente, o envio de e-mails e a navegação na web. 
 
COMENTÁRIOS 
Errado. O termo TCP/IP representa um conjunto de protocolos que respondem pelos 
serviços da rede Internet. 
GABARITO: E. 
20. O UDP é um protocolo de transporte que não trabalha sob a realização de uma 
conexão. Isto quer dizer que este protocolo privilegia a velocidade de transmissãoem 
detrimento da qualidade. 
COMENTÁRIOS 
O UDP (User Datagram Protocol – Protocolo de Datagrama de Usuário) é um 
protocolo de transporte que não estabelece conexões antes de enviar dados (é não 
orientado à conexão). Ele fornece uma entrega rápida, mas não confiável dos 
pacotes. O UDP não fornece o controle de fluxo necessário, nem tampouco exige uma 
confirmação do receptor, o que pode fazer com que a perda de um pacote aconteça SEM 
a devida correção. Portanto, com a utilização do UDP os datagramas podem chegar fora 
de ordem, e também ele não detecta mensagens perdidas. 
GABARITO: C. 
21. Os principais navegadores do mercado (Google Chrome, Mozilla Firefox e Internet 
Explorer) suportam o uso do protocolo HTTPS. Este protocolo permite uma conexão 
segura na web, enviando e recebendo dados por meio de criptografia de dados. 
 
 
 
COMENTÁRIOS 
Sim, CORRETO. Os principais navegadores do mercado, em especial estes citados na 
questão, aceitam o protocolo HTTPS, que é o protocolo HTTP com o componente de 
Segurança. 
GABARITO: C. 
22. O protocolo de correio IMAP faz a conexão com o servidor de correio e, quando 
acionado, faz o download das mensagens da caixa de entrada do serviço de correio para 
o computador do usuário. 
COMENTÁRIOS 
IMAP (Internet Message Access Protocol) é um protocolo de gerenciamento de correio 
eletrônico, em que as mensagens ficam armazenadas no servidor – diferentemente do 
POP que realiza a transferência (ou cópia) das mensagens para a máquina local. Este 
protocolo permite o uso tanto do webmail (recurso muito utilizado atualmente pela 
facilidade de acesso aos e-mails a partir de qualquer computador conectado à rede 
mundial) quanto do cliente de correio eletrônico (como o Outlook Express ou o 
Evolution). Ele, IMAP, permite o compartilhamento de caixas postais entre usuários 
membros de um grupo de trabalho e pesquisas por mensagens diretamente no servidor, 
por meio de palavras-chaves. Como nem tudo são flores, as mensagens armazenadas 
consomem espaço no servidor, que é sempre escasso. Como o acesso se dá via Internet, 
sem o armazenamento das mensagens no computador de onde se acessa a caixa postal, o 
computador deve estar conectado durante toda a utilização do serviço por IMAP.. 
GABARITO: E. 
23. Botnet é uma rede formada por inúmeros computadores infectados por com 
mecanismos de controle remoto. 
COMENTÁRIOS 
Correto. Botnet é a junção da contração das palavras robot (bot) e network (net). 
 
 
 
Uma rede infectada por bots é denominada de botnet (também conhecida como rede 
zumbi), sendo composta, geralmente, por milhares desses elementos maliciosos que 
ficam residentes nas máquinas, aguardando o comando de um invasor. 
GABARITO: C. 
24. Vírus, assim como o worm, é um programa capaz de se propagar pelas redes 
enviando cópias de si mesmo de um computador para outro, independentemente da 
existência de hospedeiro. 
COMENTÁRIOS 
Vírus são pequenos códigos de programação maliciosos que se “agregam” a arquivos e 
são transmitidos com eles. O vírus depende da execução do programa ou arquivo 
hospedeiro para que possa se tornar ativo e dar continuidade ao processo de infecção. 
GABARITO: E. 
 
25. No Windows 7, ao arrastar um arquivo de uma pasta para outra mantendo a tecla 
CTLR pressionada, será realizada uma cópia do mesmo, independentemente do local de 
origem do arquivo. 
COMENTÁRIOS 
Correto. A função da tecla CTRL quando um arquivo (ou outro objeto) é arrastado é 
garantir que o mesmo será copiado. Se o objeto for arrastado para um local na mesma 
unidade o padrão indica que deve ser movido, mas ao manter a tecla CTRL pressionada, 
o Windwos entenderá que deve copiar o objeto (arquivo). 
 GABARITO: C. 
26. No Calc, o procedimento denominado referência absoluta possibilita que, ao se 
copiar, na planilha, a fórmula de uma célula para outra célula, o programa ajuste 
automaticamente a fórmula para que ela se adapte à nova célula. 
COMENTÁRIOS 
 
 
 
Errado. A Referência absoluta é uma referência – SEMPRE – a uma célula em um local 
específico. Mesmo que a fórmula seja copiada para outro local, provocando uma 
alteração nos dados das referências, as referências absolutas permanecerão como na 
fórmula original. 
GABARITO: E. 
 
27. Analise a figura abaixo: 
 
A figura acima ilustra uma pasta de trabalho aberta em uma janela do programa CACL, 
em um computador com o sistema operacional Windows 7. O resultado apresentado na 
célula G3 pode ter sido obtido mediante a execução da seguinte sequência de operações: 
selecionar a célula G3; digitar a fórmula 
=SE(E3<$E$12;$G$11;SE(E3<$E$13;$G$12;$G$13)); pressionar a tecla 
COMENTÁRIOS 
Afirmação correta. 
A função SE testa o primeiro argumento e, caso o teste resulte em verdadeiro, retorna 
como resultado o segundo argumento. Se o teste do primeiro argumento resultar em 
falso, então o SE retorna o terceiro argumento. 
 
 
 
Neste caso, o teste a ser feito é E3 < $E$12? O $ aqui não atrapalha em nada, pois ele só 
indica que ao se copiar a fórmula para outro local, a referência precedida de $ não pode 
ser atualizada. 
Bem, E3 = 2,00 e $E$12 = 3,00, logo o teste resulta em FALSO. O retorno será o 2o 
argumento do SE, que neste caso é o $G$11 = Reprovado. 
GABARITO: C. 
28. Sobre as diversas normas de ética, é correto afirmar que toda pessoa tem 
direito à verdade. Como consequência, o servidor não pode omiti-la, ainda que a 
prova seja contrária aos interesses da própria pessoa interessada ou da 
Administração Pública. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
De acordo com o Decreto 1.171, temos a seguinte disposição (item VIII das regras 
deontológicas): 
Toda pessoa tem direito à verdade. O servidor não pode 
omiti-la ou falseá-la, ainda que contrária aos interesses 
da própria pessoa interessada ou da Administração 
Pública. Nenhum Estado pode crescer ou estabilizar-se 
sobre o poder corruptivo do hábito do erro, da opressão 
ou da mentira, que sempre aniquilam até mesmo a 
dignidade humana quanto mais a de uma Nação. 
 
GABARITO: C 
 
29. O equilíbrio entre a legalidade e a finalidade, na conduta do servidor público, 
jamais poderá consolidar a moralidade do ato administrativo. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
Trata-se de previsão das regras deontológicas do Decreto 1.171, que apresenta, em seu 
item III, a seguinte disposição: 
III - A moralidade da Administração Pública não se limita 
à distinção entre o bem e o mal, devendo ser acrescida da 
ideia de que o fim é sempre o bem comum. O equilíbrio 
entre a legalidade e a finalidade, na conduta do servidor 
público, é que poderá consolidar a moralidade do ato 
administrativo. 
GABARITO: E 
 
 
 
 
30. De acordo com as disposições da Lei 8.112, o servidor apenas poderá ausentar-
se do País para estudo ou missão oficial mediante autorização do Ministro da 
Justiça. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
No caso, devemos fazer uso do artigo 95 da Lei 8.112, que assim dispõe: 
Art. 95. O servidor não poderá ausentar-se do País para 
estudo ou missão oficial, sem autorização do Presidente 
da República, Presidente dos Órgãos do Poder 
Legislativo e Presidente do Supremo Tribunal Federal. 
GABARITO: E 
 
31. De acordo com as disposições da Lei 8.112, para servir em organismo 
internacional de que o Brasil participe ou com o qual coopere, o servidor público 
federal deverá afastar-se sem prejuízo da remuneração. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
Trata-se de questão que exige o conhecimento do artigo 96 da Lei 8.112, que assim 
expressa: 
Art. 96. O afastamento de servidor para servir em 
organismo internacional de que o Brasil participeou com 
o qual coopere dar-se-á com perda total da remuneração. 
GABARITO: E 
 
32. A redistribuição, ainda que prevista como um dos institutos da Lei 8.112, não é, 
em nenhuma hipótese, forma de provimento ou de vacância. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
A Redistribuição não se trata de uma forma de provimento ou de vacância de cargo 
público federal, mas sim no deslocamento de cargos no âmbito do mesmo Poder. 
Art. 37. Redistribuição é o deslocamento de cargo de 
provimento efetivo, ocupado ou vago no âmbito do quadro 
geral de pessoal, para outro órgão ou entidade do mesmo 
Poder, com prévia apreciação do órgão central do SIPEC, 
observados os seguintes preceitos (...) 
GABARITO: C 
 
 
 
 
 
33. Após recente modificação introduzida por intermédio de Emenda 
Constitucional, o transporte passou a ser considerado um direito social de todos os 
trabalhadores, sejam eles urbanos ou rurais. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
A Emenda Constitucional nº 90 introduziu o transporte como um direito social. Desta 
forma, o artigo 6º da Constituição Federal passou a constar da seguinte forma: 
 
Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a 
alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, 
a segurança, a previdência social, a proteção à 
maternidade e à infância, a assistência aos 
desamparados, na forma desta Constituição. 
 
GABARITO: C 
 
34. A Constituição Federal assegura aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no 
país a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à 
propriedade. Tais direitos, contudo, não são estendidos, de acordo com o 
entendimento majoritário, aos estrangeiros não residentes em nosso país. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
 Estabelece o caput do artigo 5º da Constituição Federal: 
 
Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer 
natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros 
residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à 
liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos 
termos seguintes (...) 
 
Ainda que o caput do artigo em questão nada mencione acerca dos estrangeiros não 
residentes, o entendimento atual (emanado pelos tribunais superiores) é de que tais 
direitos são estendidos, ainda, aos brasileiros não residentes. 
 
GABARITO: E 
 
35. Acerca dos direitos políticos, é correto afirmar que estão dispensados da 
obrigatoriedade de alistamento eleitoral e do voto: os analfabetos, os maiores de 
setenta anos e os menores de dezoito e os maiores de dezesseis anos. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
 
 
 
Podemos relacionar as pessoas que possuem alistamento eleitoral obrigatório e 
facultativo por meio do seguinte esquema: 
 
 
GABARITO: C 
 
36. Como decorrência do princípio da legalidade, é proibido que conste, na 
divulgação de atos, programas ou campanhas de órgãos públicos, o nome, símbolos 
ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores 
públicos. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
Estabelece a Constituição Federal, em seu artigo 37, § 1º, a forma como poderá dar-se a 
denominada “publicidade institucional”: 
A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e 
campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter 
educativo, informativo ou de orientação social, dela não 
podendo constar nomes, símbolos ou imagens que 
caracterizem promoção pessoal de autoridades ou 
servidores públicos. 
 
Tal artigo, no entanto, não é decorrência do princípio da legalidade, mas sim do 
princípio da impessoalidade, que, em uma das suas acepções, veda a promoção pessoal 
de agentes ou autoridades públicas. 
 
GABARITO: E 
 
 
 
 
Determinado grupo de pessoas organizaram uma passeata com a finalidade de 
defender a legalização das drogas. Para isso, avisaram à autoridade competente a 
data, local e horário em que a reunião iria ocorrer. 
Acerca desta situação, e considerando que o movimento tinha fins pacíficos e não 
fez uso de nenhum tipo de armas, responda as questões a seguir: 
37. Caso o direito de reunião seja obstado, o remédio constitucional que deverá ser 
utilizado é o habeas corpus. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
Temos aqui o direito de reunião, expressão intimamente ligada à liberdade de expressão 
e ao regime democrático de governo. 
O conceito de reunião pode ser definido como o agrupamento de pessoas, realizado de 
forma temporária e com a finalidade de propagar algum interesse comum a todos os 
participantes. Como exemplos, podem-se citar as reuniões realizadas em uma 
comunidade ou as passeatas de reinvindicação e protesto. 
Em caso de violação ao direito de reunião, o remédio constitucional que deve ser 
utilizado é mandado de segurança, e não o habeas corpus. 
 
GABARITO: E 
 
38. O STF já se manifestou e considerou constitucional a manifestação em questão, 
uma vez que tal movimento está em plena sintonia com o princípio da livre 
manifestação do pensamento. 
 
COMENTÁRIOS: 
Importante entendimento do STF foi o proferido no julgamento da ADPF 187. Por meio 
da decisão, o tribunal considerou lícita e decorrente da liberdade de expressão a defesa 
da legalização das drogas, ainda que realizadas em espaços públicos. 
A defesa, em espaços públicos, da legalização das drogas, 
longe de significar um ilícito penal, supostamente 
caracterizador do delito de apologia de fato criminoso, 
representa, na realidade, a prática legítima do direito à 
livre manifestação do pensamento, propiciada pelo 
exercício do direito de reunião, sendo irrelevante, para 
efeito da proteção constitucional de tais prerrogativas 
jurídicas, a maior ou a menor receptividade social da 
proposta submetida, por seus autores e adeptos, ao exame 
e consideração da própria coletividade. 
GABARITO: C 
 
 
 
 
39. A suspensão das atividades de uma associação legalmente constituída apenas é 
possível mediante decisão judicial que tenha transitado em julgado. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
Trata-se de questão que exige o conhecimento do artigo 5º, XIX, da Constituição 
Federal: 
XIX - as associações só poderão ser compulsoriamente 
dissolvidas ou ter suas atividades suspensas por decisão 
judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em 
julgado; 
 
Uma vez constituídas, as associações poderão ter suas atividades suspensas ou ser 
compulsoriamente dissolvidas. Em ambos os casos, é necessária uma decisão judicial. 
Contudo, como a dissolução compulsória trata-se de medida mais gravosa, exige-se, 
ainda, que a decisão judicial tenha transitado em julgado, ou seja, que não possa mais 
ser objeto de recurso. 
 
 
GABARITO: E 
 
 
40. Após fortes chuvas, diversas casas são destruídas, sendo que os respectivos 
moradores ficam sem moradia. Como é dever do Estado garantir o direito social à 
moradia, pode o Poder Público, em caráter de emergência, requisitar 
administrativamente a propriedade particular. 
Nesta situação, a indenização apenas será devida ao particular em caráter 
posterior, e, ainda assim, desde que algum tipo de dano tenha ocorrido. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
No caso, estamos diante do instituto da requisição administrativa, conforme previsão do 
artigo 5º, XXV, da Constituição Federal: 
Suspensão das 
atividades 
•Decisão judicial 
Dissolução 
compulsória 
•Decisão judicial transitada em julgado 
 
 
 
XXV - no caso de iminente perigo público, a autoridade 
competente poderá usar de propriedade particular, 
assegurada ao proprietário indenização ulterior, se 
houver dano; 
 
Dessa situação conseguimos chegar a uma das mais importantes premissas da requisição 
administrativa: a de que a indenização apenas poderá ocorrerposteriormente à 
atuação estatal. 
 
GABARITO: C 
 
41. Tendo em vista as características do direito de nacionalidade, é correto afirma 
que a lei não pode estabelecer distinções entre brasileiros natos e naturalizados, 
situação que apenas é possível nas hipóteses da Constituição Federal ou por 
intermédio de emenda constitucional. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
Para responder a questão, deve-se fazer uso das disposições do artigo 12, §2º, da 
Constituição Federal, de seguinte teor: 
A lei não poderá estabelecer distinção entre brasileiros 
natos e naturalizados, salvo nos casos previstos nesta 
Constituição. 
 
Como consequência, a lei não pode estabelecer distinções entre brasileiros natos ou 
naturalizados. As diferenças existentes são apenas aquelas previstas no texto da 
Constituição Federal. Logo, outras hipóteses não podem ser introduzidas por meio de 
lei, mas sim apenas por meio de emenda constitucional. 
 
GABARITO: C 
 
42. Dentre os princípios expressos na Constituição Federal para a Administração 
Pública, o da legalidade possui hierarquia superior aos demais, uma vez que 
necessário para a existência de um Estado Democrático de Direito e, como 
consequência, para a existência de outros princípios explícitos e implícitos. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
Ainda que o princípio da legalidade esteja expresso no texto da Constituição Federal 
para toda a Administração Pública, não há hierarquia entre nenhum dos princípios 
existentes em nosso ordenamento jurídico. 
 
 
 
 
GABARITO: E 
 
43. O princípio da autotutela é aquele que instrumentaliza a Administração 
Pública para a revisão de seus próprios atos, estabelecendo assim um meio 
adicional de controle. Como consequência, gera um descongestionamento das ações 
que são levadas ao Poder Judiciário. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
Por meio da autotutela, a Administração pode tanto anular (em caso de ilegalidade) 
quanto revogar (por motivos de conveniência e oportunidade) os atos administrativos 
por ele editados, não havendo necessidade, para a adoção destas medidas, de acionar o 
Poder Judiciário. 
Tal possibilidade está expressa na Súmula 473 do STF: 
A administração pode anular seus próprios atos, quando 
eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não 
se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de 
conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos 
adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação 
judicial. 
GABARITO: C 
 
44. Nos termos da Constituição Federal, e tendo em vista o entendimento dos 
tribunais superiores, é correto afirma que depende de autorização em lei específica 
a instituição das empresas públicas e das sociedades de economia mista. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
Estabelece o artigo 37, XIX, da Constituição Federal, a forma como as entidades da 
Administração Indireta serão criadas: 
Somente por lei específica poderá ser criada autarquia e 
autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade 
de economia mista e de fundação, cabendo à lei 
complementar, neste último caso, definir as áreas de sua 
atuação. 
 
Dessa forma, enquanto as autarquias são criadas diretamente por lei, as demais 
entidades apenas são autorizadas por tal diploma normativo. 
 
 
 
 
 
GABARITO: C 
 
45. As agências executivas podem ser consideradas uma nova espécie de entidade 
integrante da Administração Pública Indireta. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
As Agências Executivas foram introduzidas no ordenamento jurídico com a Lei 
9.649/1998, que estabeleceu a possibilidade das Autarquias e Fundações Públicas 
firmarem Contrato de Gestão com o Poder Público e, assim, se qualificarem como 
Agências Executivas. 
Dessa forma, podemos concluir que tais Agências nada mais são do que uma faculdade 
conferida às Autarquias e Fundações Públicas (apenas a estas) de se submeter a um 
regime diferenciado, aumentando a produtividade e a eficiência de sua gestão. 
 
GABARITO: E 
 
46. De acordo com a Lei n. 8.112/90, não poderá ser concedido ao servidor público 
federal que esteja em estágio probatório, dentre outras, licença para participar de 
curso de formação decorrente de aprovação em outro cargo na Administração 
Pública Federal. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
As licenças que não podem ser concedidas aos servidores públicos federais podem ser 
memorizadas por meio do mnemônico MA-TRA-CA: 
MAndato Classista 
TRAtamento de Interesses Particulares 
CApacitação 
 
GABARITO: E 
• Autarquias 
Criadas por lei 
• Empresas Públicas, Scociedades 
de Economia Mista e Fundações Autorizadas por lei 
 
 
 
 
47. Com relação à improbidade administrativa, é correto afirmar que o ato de 
improbidade administrativa que importa enriquecimento ilícito acarreta, dentre 
outras sanções, a perda da função pública e a suspensão dos direitos políticos pelo 
prazo de 8 a 10 anos. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
Três são as espécies de atos de improbidade que acarretam, a depender de cada uma 
deles, diversas responsabilidades das esferas cível, política e administrativa, conforme 
se observa da tabela abaixo: 
 
Ato de 
Improbidade 
Sanção Política Sanção Cível Sanção Administrativa 
Enriquecimento 
Ilícito 
Suspensão dos 
direitos 
políticos de 8 a 
10 anos 
Pagamento de multa 
de até 3 vezes o valor 
do acréscimo 
Proibição de contratar 
ou receber benefícios 
do Poder Público por 
10 anos 
Dano causado 
ao Erário 
Suspensão dos 
direitos 
políticos de 5 a 
8 anos 
Pagamento de multa 
de até 2 vezes o valor 
do dano 
Proibição de contratar 
ou receber benefícios 
do Poder Público por 5 
anos 
Não obediência 
aos Princípios 
Suspensão dos 
direitos 
políticos de 3 a 
5 anos 
Pagamento de Multa 
civil de até 100 vezes o 
valor da remuneração 
do agente 
Proibição de contratar 
ou receber benefícios 
do Poder Público por 3 
anos 
 
GABARITO: C 
 
48. São atributos do Poder de Polícia a autoexecutoriedade, a presunção de 
legitimidade e a imperatividade. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
Os atributos do Poder de Polícia são três, sendo eles: Autoexecutoriedade, 
Discricionariedade e Coercibilidade. 
A Discricionariedade implica uma certa margem de liberdade que é dada ao 
Administrador Público. 
Pela Auto-Executoriedade, a Administração pode executar determinadas medidas, 
utilizando o Poder de Polícia, sem precisar de autorização prévia do Judiciário. 
 
 
 
Por fim, a Coercibilidade é a possibilidade que a Administração tem de exigir 
determinados comportamentos por parte dos administrados, utilizando-se, caso for 
necessário, até mesmo o emprego da força física. 
Na questão, estamos diante dos atributos dos atos administrativos, e não do poder de 
polícia. 
 
GABARITO: E 
 
49. Maicon solicitou a revisão de processo administrativo que tinha sido julgado 
por autoridade federal. No fundamento, alegou a existência de fatos novos, não 
conhecidos quando do julgamento original no processo. 
Nesta situação, é correto afirmar que a revisão do processo administrativo não 
poderá ensejar, em nenhuma situação, agravamento da sanção inicialmente 
proposta. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
Trata-se de questão que exige o conhecimento do artigo 65 da Lei 9.784, de seguinte 
teor: 
Art. 65. Os processos administrativos de que resultem 
sanções poderão ser revistos, a qualquer tempo, a pedido 
ou de ofício, quando surgirem fatos novos ou 
circunstâncias relevantes suscetíveis de justificar a 
inadequação da sanção aplicada. 
Parágrafo único. Da revisão do processo não poderá 
resultar agravamento da sanção. 
GABARITO: C 
 
50.Tanto a permissão quanto a concessão de serviços públicos podem, em 
determinadas situações, ocorrer por prazo indeterminado. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
Tanto a concessão quanto a permissão de serviços públicos devem ser feitas por prazo 
determinado, conforme se extrai do artigo 2º da Lei 8.987: 
 
II - concessão de serviço público: a delegação de sua 
prestação, feita pelo poder concedente, mediante 
licitação, na modalidade de concorrência, à pessoa 
jurídica ou consórcio de empresas que demonstre 
capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco e 
por prazo determinado; 
 
 
 
IV - permissão de serviço público: a delegação, a título 
precário, mediante licitação, da prestação de serviços 
públicos, feita pelo poder concedente à pessoa física ou 
jurídica que demonstre capacidade para seu desempenho, 
por sua conta e risco. 
 
Ainda que a natureza de tempo determinado não conste expressamente nas permissões, 
trata-se esta de um contrato administrativo, não podendo, por isso mesmo, ter prazo 
indeterminado de tempo. 
 
GABARITO: E 
 
 
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS 
 
 
Mário tinha 34 anos de contribuição no ano de 2004 e queria se aposentar, 
principalmente em razão dos inúmeros boatos que indicavam que as regras de 
aposentadoria seriam modificadas. Então, Mário lembrou que o seu grande amigo 
Juarez era servidor do INSS e podia dar uma “ajudinha” na sua aposentadoria. 
Assim, a pedido de Mário, Juarez inseriu no Cadastro Nacional de Informações 
Sociais (CNIS), dados referentes a um contrato de trabalho para uma empresa 
“fantasma”, justamente no período em que Mário não havia contribuído para a 
previdência social. Dessa forma, Mário teve a sua aposentadoria por tempo de 
contribuição concedida pelo INSS. Considerando tais dados, analise as seguintes 
assertivas: 
51. Juarez cometeu o crime de inserção de dados falsos em sistema de informações, 
previsto no art. 313-A, do Código Penal. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
A conduta praticada por Juarez é justamente a prevista pelo art. 313-A do Código Penal, 
a qual trata do crime de inserção de dados falsos em sistema de informações. Eis o que 
diz o referido artigo: 
 
Art. 313-A. Inserir ou facilitar, o funcionário autorizado, 
a inserção de dados falsos, alterar ou excluir 
indevidamente dados corretos nos sistemas informatizados 
 
 
 
ou bancos de dados da Administração Pública com o fim 
de obter vantagem indevida para si ou para outrem ou 
para causar dano: 
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa. 
 
 
GABARITO: C 
 
52. Mário não pode ser considerado autor do crime de inserção de dados falsos em 
sistema de informações, já que este é um crime próprio, que somente pode ser 
cometido pelo funcionário público que altera os dados nos sistemas informatizados 
ou bancos de dados da Administração Pública. 
 
COMENTÁRIOS: 
Nos termos do art. 313-A do Código Penal, no caso do crime de inserção de dados 
falsos em sistema de informações, o sujeito ativo (autor do crime) só pode ser o 
servidor público com acesso aos sistemas de informações nos quais pode inserir, 
alterar ou excluir dados. É um típico caso de crime próprio, pois exige-se que o agente 
possua uma qualidade especial do agente que comete o delito, ou seja, não pode ser 
cometido por qualquer pessoa. Neste caso, só pode ser cometido por servidor público. 
Por isso, o único autor deste crime é Juarez, o que não impede que o ato cometido por 
Mário seja enquadrado em outro tipo penal (vindo a responder por outro crime). 
 
GABARITO: C 
 
53. Como a ocorrência do ato criminoso somente foi descoberta pelo INSS no ano 
de 2015, o benefício de Mário será mantido, pois já se encerrou o prazo 
decadencial de 10 anos para a Administração anular o ato concessório. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
Conforme o art. 103-A da LBPS, o INSS, nos casos em que concedeu indevidamente 
um benefício, tem o prazo de 10 anos, a contar do primeiro pagamento, para anular tal 
ato concessório, salvo comprovada má-fé do beneficiário. Como, no presente caso, 
observa-se claramente a má-fé do segurado, não se aplica o prazo decadencial, podendo 
a aposentadoria de Mário ser cancelada a qualquer momento. 
 
GABARITO: E 
 
 
 
 
Sobre o conceito e os princípios que norteiam a seguridade social, observe as 
seguintes assertivas: 
54. A solidariedade é característica de um sistema de seguridade social de 
repartição simples, como o atualmente em vigência no Brasil. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
O princípio da solidariedade é reconhecido pela doutrina previdenciária como uma 
espécie de princípio geral e é característica fundamental de um regime de repartição 
simples, o qual é adotado pelo Brasil. Neste regime, os trabalhadores em atividade 
financiam os inativos e, no futuro, quando passarem à inatividade, também serão 
financiados pelos trabalhadores em atividade. Tal conceito se diferencia do sistema de 
capitalização – adotado pela previdência privada – no qual os valores contribuídos são 
destinados a um fundo próprio, que será formado especificamente para o pagamento da 
aposentadoria do contratante. 
 
GABARITO: C 
 
55. A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa 
dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à 
previdência e à assistência social. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
A assertiva está incorreta, sendo uma típica pegadinha para os candidatos 
“apressadinhos”. pois é claramente incompleta, já que há o “esquecimento” de um dos 
ramos da seguridade social – a saúde – nos termos do art. 194 da CF/88: 
 
A seguridade social compreende um conjunto integrado 
de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da 
sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à 
saúde, à previdência e à assistência social. 
 
Por isso, lembra-se que é fundamental a leitura atenta de todo o enunciado da questão, 
para não haver erros por desatenção em pontos teoricamente fáceis da matéria. 
 
GABARITO: E 
 
Maria é professora aposentada do Estado do Rio Grande do Sul, recebendo seu 
benefício do Regime Próprio de Previdência do Estado. Considerando que, na 
 
 
 
década de 1980, recolheu contribuições para o INPS e, pretendendo a uma futura 
concessão de uma aposentadoria no Regime Geral de Previdência Social: 
 
56. Maria poderá realizar recolhimentos para o INSS como segurada facultativa. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
O art. 201, §5, CF/88 dispõe: 
 
É vedada a filiação ao regime geral de previdência social, 
na qualidade de segurado facultativo, de pessoa 
participante de regime próprio de previdência. 
Assim, ainda que a servidora tenha passado para a inatividade, esta permanece 
vinculada ao Regime Próprio em razão da sua condição de beneficiária. Assim, como o 
texto constitucional refere uma ideia ampla de pessoa “participante” de regime próprio 
de previdência, conclui-se que o servidor inativo também está proibido de contribuir 
para o regime geral na categoria facultativa. 
 
GABARITO: E 
 
57. Caso Maria passe a ministrar aulas particulares como professora de português, 
pode se inscrever como contribuinte individual e iniciar as suas contribuições para 
o Regime Geral de Previdência Social. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
Como a vedação constante no art. 201, §5º, CF/88 se restringe à filiação como segurado 
facultativo, nada impede a filiação como contribuinte individual, desde que exerça 
atividade de filiação obrigatória, como no caso em tela. 
 
GABARITO: C 
 
58. Maria não deve realizar contribuições para o Regime Geral de Previdência 
Social, já que não é possível a cumulaçãode duas aposentadorias. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
A previsão constante no art. 124, II, da LBPS, que veda a cumulação de duas 
aposentadorias, aplica-se unicamente quando estes dois benefícios sejam do Regime 
Geral. Quando se trata de aposentadorias de regimes distintos (Geral e Próprio), não há 
qualquer óbice na concessão e no recebimento de duas aposentadorias. 
 
 
 
 
GABARITO: E 
 
Com relação à assistência social, analise o seguinte: 
59. Os programas de assistência social compreendem ações integradas e 
complementares com objetivos, tempo e área de abrangência definidos para 
qualificar, incentivar e melhorar os benefícios e os serviços assistenciais. Estes 
programas são definidos pelos Conselhos de Assistência Social, com prioridade 
para a inserção profissional e social. 
 
COMENTÁRIOS: 
Tal assertiva traz a previsão constante no art. 24, caput e § 1º, da LOAS: 
 
Art. 24. Os programas de assistência social compreendem 
ações integradas e complementares com objetivos, tempo 
e área de abrangência definidos para qualificar, 
incentivar e melhorar os benefícios e os serviços 
assistenciais. 
§ 1º Os programas de que trata este artigo serão definidos 
pelos respectivos Conselhos de Assistência Social, 
obedecidos os objetivos e princípios que regem esta lei, 
com prioridade para a inserção profissional e social. 
 
GABARITO: C 
 
Maria José e Maria João são irmãs gêmeas e solteiras e atualmente têm 68 anos de 
idade. Após o falecimento dos pais, a fim de se acompanharem mais 
frequentemente, Maria João decide construir uma pequena casa nos fundos do 
terreno da casa de Maria José, a qual é aposentada e recebe um benefício de R$ 
2.000,00. Em razão da idade avançada e das doenças que possui, Maria João fica 
impossibilitada de seguir no exercício de suas atividades habituais de artesã e 
passa a não ter qualquer renda própria para o seu sustento. 
 
60. Considerando que nunca recolheu contribuição para a previdência social, 
Maria João decide requerer o Benefício de Prestação Continuada – BPC/LOAS. 
Todavia, Maria João terá seu requerimento indeferido pelo INSS em razão da 
renda da aposentadoria da irmã. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
 
 
 
O BPC deve ser deferido, visto que a renda de Maria José não pode ser computada no 
cálculo da renda mensal per capita, nos termos do art. 20 da LOAS, uma vez que as 
irmãs não residem sob o mesmo teto, ainda que suas residências estejam sobre o 
mesmo terreno. Dessa forma, cada irmã possui o seu próprio grupo familiar 
independente, conforme o conceito de família constante no §1º do art. 20 da LOAS: 
 
Art. 20. O benefício de prestação continuada é a garantia 
de um salário-mínimo mensal à pessoa com deficiência e 
ao idoso com 65 (sessenta e cinco) anos ou mais que 
comprovem não possuir meios de prover a própria 
manutenção nem de tê-la provida por sua família. 
§ 1º Para os efeitos do disposto no caput, a família é 
composta pelo requerente, o cônjuge ou companheiro, os 
pais e, na ausência de um deles, a madrasta ou o 
padrasto, os irmãos solteiros, os filhos e enteados 
solteiros e os menores tutelados, desde que vivam sob o 
mesmo teto. 
 
Assim, como Maria João preenche o requisito etário (65 anos) e não possui qualquer 
renda, faz jus à concessão do BPC. 
 
GABARITO: E 
 
61. Caso Maria João tenha o benefício de prestação continuada concedido e, em 
um momento posterior, volte a trabalhar como artesã, não poderá ter o seu 
benefício cessado, já que, na data do requerimento, preencheu os requisitos para a 
concessão. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
Nos termos do art. 21 da LOAS, o benefício de prestação continuada deve ser revisto a 
cada 2 (dois) anos para avaliação da continuidade das condições que lhe deram origem. 
Caso seja considerado que Maria João voltou a ter meios de prover a sua própria 
manutenção através do exercício de sua atividade como artesã, ela deverá ter o seu 
benefício cancelado, conforme determina o art. 47 do Decreto 6.214/2007: 
 
Art. 47. O Benefício de Prestação Continuada será 
suspenso se identificada qualquer irregularidade na sua 
concessão ou manutenção, ou se verificada a não 
continuidade das condições que deram origem ao 
benefício. 
 
 
 
 
GABARITO: E 
 
Com relação aos recursos das decisões administrativas, observe a seguinte 
situação: 
62. José completou 65 anos de idade e fez seu requerimento de aposentadoria por 
idade perante o INSS, o qual restou indeferido. Inconformado, José resolve 
interpor recurso administrativo para o Conselho de Recursos da Previdência 
Social (CRPS). Para tanto, o prazo de interposição é de 30 dias. 
 
COMENTÁRIOS: 
O prazo de 30 dias para recurso administrativo para o CRPS é previsto no art. 305, §1º, 
RPS: 
Art. 305. Das decisões do INSS nos processos de interesse 
dos beneficiários caberá recurso para o CRPS, conforme 
o disposto neste Regulamento e no regimento interno do 
CRPS. 
§1º É de trinta dias o prazo para interposição de recursos 
e para o oferecimento de contra-razões, contados da 
ciência da decisão e da interposição do recurso, 
respectivamente. 
 
GABARITO: C 
 
63. Preocupado com a demora no julgamento do recurso administrativo interposto 
e descrente em uma reforma da decisão que determinou o indeferimento, José 
procura um advogado e resolve ingressar com uma ação judicial para a concessão 
da aposentadoria por idade indeferida pelo INSS. Todavia, o ingresso da ação 
judicial não interferirá no andamento do recurso interposto no processo 
administrativo. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
O ingresso da ação judicial determinará a interrupção dos andamentos do recurso para o 
CRPS, uma vez que presume uma renúncia tácita ao recurso administrativo interposto, 
conforme art. 307, RPS: 
A propositura pelo beneficiário de ação judicial que tenha 
por objeto idêntico pedido sobre o qual versa o processo 
administrativo importa renúncia ao direito de recorrer na 
esfera administrativa e desistência do recurso interposto. 
 
GABARITO: E 
 
 
 
 
Analise a seguinte situação: 
64. Udo Schumacher é agricultor produtor de pêssego no município de 
Canguçu/RS, trabalhando durante o ano somente com sua esposa e seus filhos para 
manter a produção na propriedade rural de 60 hectares. Considerando que o 
módulo fiscal no município de Canguçu é de 16 hectares, tem-se que Udo não pode 
ser considerado segurado especial em razão do tamanho da propriedade rural. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
A propriedade rural citada tem menos de 4 módulos fiscais, estando compreendida no 
conceito previsto na alínea a do inc. VII do art. 11 da LBPS (“agropecuária em área de 
até 4 módulos fiscais”). Assim, observando-se tal característica (tamanho da 
propriedade rural) Udo não tem a sua condição de segurado especial descaracterizada. 
Além disso, salienta-se que permanece em vigor a súmula n.º 30 da Turma Nacional de 
Uniformização dos Juizados Especiais Federais (TNU), a qual dispõe que: 
 
“Tratando-se de demanda previdenciária, o fato de o 
imóvel ser superior ao módulo rural não afasta, por si só, 
a qualificação de seu proprietário como segurado 
especial, desde que comprovada, nos autos, a sua 
exploração em regime de economia familiar.” 
 
GABARITO: E 
 
65. Na época da colheita, como o pêssego é um produto muito frágil e considerando 
as condições climáticas extremamente desfavoráveis, Udo viu-se obrigado a 
realizar a colheita em apenas dois dias, o que seria impossível de concluir somente 
com seus familiares. Então, Udo contratou 55 trabalhadores rurais das redondezas 
para desenvolver as atividades necessárias para a colheitanestes dois dias, 
pagando-os pelos dias trabalhados. Assim, ainda que tenha contratado empregados 
eventuais, o regime de economia familiar e a condição de segurado especial de Udo 
permanecem caracterizadas. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
Como Udo utilizou 55 trabalhadores durante dois dias, é como se tivesse contratado 1 
trabalhador em 110 dias do ano. Assim, a quantidade de trabalhadores está de acordo 
com o §7º do art. 11 da LBPS, o qual estipula que o grupo familiar poderá utilizar-se de 
 
 
 
empregados contratados por prazo determinado ou de trabalhador de que trata a alínea g 
do inciso V do caput, à razão de no máximo 120 (cento e vinte) pessoas por dia no ano 
civil, em períodos corridos ou intercalados . Dessa forma, Udo mantém a sua qualidade 
de segurado especial. 
 
GABARITO: C 
 
66. Adolfo, filho mais novo de Udo, tem 14 anos de idade e é estudante, mas, no 
turno inverso aos estudos, trabalha na atividade rural para auxiliar seus pais. 
Dessa forma, Adolfo também é considerado segurado especial. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
A alínea c do inc. VII do art. 11 da LBPS dispõe que somente pode ser considerado 
segurado especial o filho maior de 16 (dezesseis) anos de idade. Assim, ainda que o 
auxílio prestado pelo filho de 14 anos seja importante para o grupo familiar, este ainda 
não pode ser considerado segurado especial. 
 
GABARITO: E 
 
Com relação às disposições constitucionais sobre a seguridade social, analise as 
seguintes assertivas: 
 
67. As instituições privadas poderão participar de forma complementar do sistema 
único de saúde, segundo diretrizes deste, mediante contrato de direito público ou 
convênio, tendo preferência as entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
A presente afirmativa reproduz integralmente a previsão constante no art. 199, §1º, 
CF/88: 
Art. 199. A assistência à saúde é livre à iniciativa privada. 
§ 1º As instituições privadas poderão participar de forma 
complementar do sistema único de saúde, segundo 
diretrizes deste, mediante contrato de direito público ou 
convênio, tendo preferência as entidades filantrópicas e as 
sem fins lucrativos. 
 
Tem-se que a saúde – um dos ramos da seguridade social – é dever do Estado por 
disposição constitucional. Todavia, tendo em vista a evidente insuficiência das 
 
 
 
instituições públicas para atender as demandas da população na área da saúde, a CF 
possibilita que as instituições privadas possam prestar serviços pelo sistema único de 
saúde, de forma complementar. 
 
GABARITO: C 
 
68. Ao sistema único de saúde compete, além de outras atribuições, nos termos da 
lei, incrementar, em sua área de atuação, o desenvolvimento científico e 
tecnológico e a inovação. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
Esta assertiva reproduz o que diz o art. 200, V, CF/88: 
 
Art. 200. Ao sistema único de saúde compete, além de 
outras atribuições, nos termos da lei: 
V - incrementar, em sua área de atuação, o 
desenvolvimento científico e tecnológico e a inovação; 
 
Achei interessante trazer esta questão, uma vez que representa uma alteração recente no 
texto constitucional, com redação dada pela Emenda Constitucional nº 85/2015. 
 
GABARITO: C 
 
João e Renato são médicos oncologistas reconhecidos em sua cidade. Após 
constatarem uma evidente demanda reprimida em sua área e visando a aumentar 
seus lucros, resolvem ampliar a sua pequena clínica e transformá-la em um 
hospital, passando a realizar procedimentos pelo SUS. 
 
69. O hospital poderá ter o repasse de verbas pelo Sistema Único de Saúde em 
razão dos serviços de saúde prestados. 
 
COMENTÁRIOS: 
“ 
.... Vide questão 70...” 
 
 
GABARITO: C 
 
70. A obra de ampliação da clínica prevista pode receber recursos da Secretaria 
Municipal de Saúde, já que atenderá muitos pacientes do município e região. 
 
 
 
 
COMENTÁRIOS: 
 
A presente explicação é destinada às questões 69 e 70. 
Dispõe o art. 199, CF/88: 
Art. 199. A assistência à saúde é livre à iniciativa privada. 
§ 1º As instituições privadas poderão participar de forma 
complementar do sistema único de saúde, segundo 
diretrizes deste, mediante contrato de direito público ou 
convênio, tendo preferência as entidades filantrópicas e as 
sem fins lucrativos. 
§ 2º É vedada a destinação de recursos públicos para 
auxílios ou subvenções às instituições privadas com fins 
lucrativos. 
 
As instituições privadas com fins lucrativos que atuarem no SUS receberão pelos 
serviços prestados. É vedada apenas a destinação de recursos públicos para auxílios ou 
subvenções. Analisando o caso em tela, observa-se que se trata de uma clínica 
particular, com finalidade lucrativa, e esta não pode receber do Poder Público recursos 
para ampliação de suas instalações, pois isso seria considerado ou um auxílio ou 
subsídio. Todavia, deve haver o pagamento por parte do Poder Público por cada 
procedimento realizado pelo SUS que esta clínica ou hospital tenha realizado, mediante 
contrato ou convênio. 
 
GABARITO: E 
 
Sobre o Conselho Nacional de Assistência Social, analise o que segue: 
71. O Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) é órgão superior de 
deliberação colegiada, vinculado à estrutura do órgão da Administração Pública 
Federal responsável pela coordenação da Política Nacional de Assistência Social, 
cujos membros, nomeados pelo Presidente da República, têm mandato de 2 (dois) 
anos, permitida uma única recondução por igual período. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
Trata-se do conceito previsto no art. 17, caput, LOAS: 
 
Art. 17. Fica instituído o Conselho Nacional de 
Assistência Social (CNAS), órgão superior de deliberação 
colegiada, vinculado à estrutura do órgão da 
Administração Pública Federal responsável pela 
 
 
 
coordenação da Política Nacional de Assistência Social, 
cujos membros, nomeados pelo Presidente da República, 
têm mandato de 2 (dois) anos, permitida uma única 
recondução por igual período. 
 
GABARITO: C 
 
72. O Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) é composto por 18 (dezoito) 
membros e respectivos suplentes, sendo 9 (nove) representantes governamentais, 
incluindo 1 (um) representante dos Estados e 1 (um) dos Municípios, e 9 (nove) 
representantes da sociedade civil, dentre representantes dos usuários ou de 
organizações de usuários, das entidades e organizações de assistência social e dos 
trabalhadores do setor. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
Tal assertiva está de acordo com a composição do CNAS determinada pelo art. 17, §1º, 
LOAS: 
§ 1º O Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) é 
composto por 18 (dezoito) membros e respectivos 
suplentes, cujos nomes são indicados ao órgão da 
Administração Pública Federal responsável pela 
coordenação da Política Nacional de Assistência Social, 
de acordo com os critérios seguintes: 
I - 9 (nove) representantes governamentais, incluindo 1 
(um) representante dos Estados e 1 (um) dos Municípios; 
II - 9 (nove) representantes da sociedade civil, dentre 
representantes dos usuários ou de organizações de 
usuários, das entidades e organizações de assistência 
social e dos trabalhadores do setor, escolhidos em foro 
próprio sob fiscalização do Ministério Público Federal. 
 
GABARITO: C 
 
73. Compete ao Conselho Nacional de Assistência Social normatizar as ações e 
regular a prestação de serviços de natureza exclusivamente pública no campo da 
assistência social. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
O erro da afirmativa está em aduzir que o CNPS regular os serviços de natureza 
exclusivamente pública, o que contraria o disposto no art. 18,II, LOAS, que determina 
 
 
 
a regulação dos serviços de natureza pública e privada. Eis o conteúdo do artigo 
referido: 
Art. 18. Compete ao Conselho Nacional de Assistência 
Social: 
II - normatizar as ações e regular a prestação de serviços 
de natureza pública e privada no campo da assistência 
social; 
GABARITO: E 
 
Com relação aos segurados e dependentes da previdência social, avalie as seguintes 
afirmativas: 
74. No regime geral de previdência social, um indivíduo não pode ser 
concomitantemente segurado e dependente. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
É possível e, de certa forma, frequente que uma pessoa seja segurada e dependente ao 
mesmo tempo no RGPS. O exemplo mais comum é de um casal em que os dois 
cônjuges exercem atividades laborativas e, por isso, são segurado obrigatórios do 
RGPS. Além disso, os cônjuges são dependentes previdenciários um em relação ao 
outro. 
 
GABARITO: E 
 
Cleber é divorciado e tem como dependentes seu filho Otávio, de 17 anos de idade, 
e seus pais, Alcemar e Conceição. Entretanto, em um grave acidente 
automobilístico, Cleber veio a falecer. Com isso, Otávio requereu e teve concedida 
a pensão por morte desde a data do óbito do pai. Considerando tais dados, analise 
as seguintes assertivas: 
 
75. Quando completar 21 anos de idade, Otávio terá seu benefício de pensão por 
morte automaticamente cessado, a não ser que requeira a prorrogação do 
benefício em razão de sua condição de estudante universitário. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
Conforme a lei determina (art. 17, III, LBPS), a qualidade de dependente se mantém até 
o filho completar 21 anos de idade, somente podendo ser mantida após esse prazo nos 
casos de filhos inválidos. A extensão da dependência que se observa no Direito Civil 
 
 
 
(pagamento de pensão alimentícia aos filhos estudantes até os 24 anos) não se aplica ao 
Direito Previdenciário. 
 
GABARITO: E 
 
76. Quando Otávio tiver seu benefício de pensão por morte cessado, este pode ser 
concedido aos pais de Cleber, em razão da dependência econômica destes em 
relação ao segurado instituidor. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
O art. 16 da LBPS dispõe o seguinte: 
 
Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência 
Social, na condição de dependentes do segurado: 
I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não 
emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e 
um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual 
ou mental ou deficiência grave; 
II - os pais; 
 
Além disso, o §1º do art. 16 estabelece expressamente que a existência de dependente 
de qualquer das classes deste artigo exclui do direito às prestações os das classes 
seguintes. 
Na pensão por morte, sempre se verifica o implemento da condições para a concessão 
do benefício na data do óbito do segurado. No caso analisado, havia um dependente da 
1ª classe (filho menor de 21 anos), o que determinou a exclusão do direito ao benefício 
aos dependentes da 2ª classe (pais). Assim, ainda que o benefício deferido ao filho seja 
posteriormente cessado, os pais não possuem qualquer direito à concessão da pensão 
por morte. 
 
GABARITO: E 
 
Com relação ao regime geral de previdência social, analise as seguintes assertivas: 
77. O servidor civil ocupante de cargo efetivo ou o militar da União, Estado, 
Distrito Federal ou Município, bem como o das respectivas autarquias e fundações, 
são excluídos do Regime Geral de Previdência Social, desde que amparados por 
regime próprio de previdência social. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
 
 
 
A presente questão foi transcrita do art. 10 do RPS, a qual dispõe a regra geral aos 
servidores públicos, na medida em que estes são amparados por regime próprio de 
previdência. Nos casos em que não há regime próprio ao servidores de cargo efetivo (o 
que é muito comum em municípios pequenos), estes estarão protegidos pelo Regime 
Geral. Destaca-se, também, que o servidor público pode se filiar ao regime geral se, 
concomitantemente ao cargo ocupado, realizar atividades de filiação obrigatória ao 
RGPS. 
 
GABARITO: C 
 
78. Equiparam-se a empresa, para efeitos previdenciários, o contribuinte 
individual e a pessoa física na condição de proprietário ou dono de obra de 
construção civil, em relação a segurado que lhe presta serviço, bem como a 
cooperativa, a associação ou a entidade de qualquer natureza ou finalidade, a 
missão diplomática e a repartição consular de carreira estrangeiras. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
Trata-se da previsão legal constante no parágrafo único do art. 15 da LOCSS, o qual 
possui uma redação semelhante ao inc. II do art. 12 do RPS. Tais previsões tratam das 
situações em que pessoas ou entidades são equiparadas a empresa – por mais que tal 
conceito se distancie do conceito de empresa do Direito Empresarial – que se aplica 
exclusivamente para fins previdenciários, principalmente no que tange à obrigatoriedade 
e ao recolhimento das contribuições previdenciárias. 
 
GABARITO: C 
 
79. Um segurado que exerce mais de uma atividade remunerada será filiado e 
inscrito na Previdência Social em relação a cada uma das atividades. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
Tal assertiva está de acordo com o disposto no art. 11, §2º, LBPS e no art. 18, §3º, RPS: 
Art. 11, §2º, LBPS - Todo aquele que exercer, 
concomitantemente, mais de uma atividade remunerada 
sujeita ao Regime Geral de Previdência Social é 
obrigatoriamente filiado em relação a cada uma delas. 
 
 
 
Art. 18, §3º, RPS § 3º - Todo aquele que exercer, 
concomitantemente, mais de uma atividade remunerada 
sujeita ao Regime Geral de Previdência Social será 
obrigatoriamente inscrito em relação a cada uma delas. 
 
GABARITO: C 
 
80. É segurado especial a pessoa física que explora atividade de extração mineral - 
garimpo, em caráter permanente ou temporário, individualmente e sem o auxílio 
de empregados. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
A pessoa que explora atividade de extração mineral – garimpo é sempre contribuinte 
individual, conforme alínea b do inciso V do art. 11 da LBPS: 
V - como contribuinte individual: 
b) a pessoa física, proprietária ou não, que explora 
atividade de extração mineral - garimpo, em caráter 
permanente ou temporário, diretamente ou por intermédio 
de prepostos, com ou sem o auxílio de empregados, 
utilizados a qualquer título, ainda que de forma não 
contínua; 
Deve-se prestar muita atenção para não confundir o garimpeiro (extrativista mineral) 
com o seringueiro ou extrativista vegetal, sendo que este, dependendo das condições em 
que exerce a sua atividade, pode ser considerado segurado especial. 
 
GABARITO: E 
 
81. João da Silva é brasileiro e reside há 5 anos no Paquistão, sendo contratado 
pela embaixada brasileira localizada neste país para trabalhar como segurança do 
prédio sede da embaixada, recebendo salário mensal e cumprindo jornada de 
trabalho de 44 horas semanais. Todavia, como a lei do Paquistão não permite a 
filiação de estrangeiros em seu regime de previdência social, João também não 
poderá se filiar ao regime geral de previdência social brasileiro. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
A assertiva contraria o disposto na alínea g do inciso I do artigo 9º do Decreto 3.048/99, 
a qual caracteriza como segurado obrigatório da previdência social na categoria de 
empregado, o brasileiro civil que presta serviços à União no exterior, em repartições 
governamentais brasileiras, lá domiciliado e contratado, inclusive o auxiliar local de que 
 
 
 
tratam os arts. 56 e 57 da Lei no 11.440, de 29 de dezembro de 2006, este desde que, em 
razão de proibição legal, não possa filiar-se ao sistemaprevidenciário local. Assim, 
conclui-se que João, justamente por não poder se filiar ao regime de previdência do 
Paquistão, será considerado segurado empregado e realizará as contribuições para o 
regime geral brasileiro. 
GABARITO: E 
 
82. O único segurado que pode ter a sua inscrição realizada na Previdência Social 
post mortem é o segurado especial. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
A regra geral é que não é possível a inscrição post mortem dos segurados da previdência 
social. Todavia, há exceção em relação ao segurado especial prevista no §5º do art. 18 
do Decreto 3.048/99: 
 
§5º Presentes os pressupostos da filiação, admite-se a 
inscrição post mortem do segurado especial. 
 
Essa previsão visa a proteger ao trabalhador rural, o qual muitas vezes sequer conhece 
seus direitos e obrigações perante a previdência social. Além disso, não é exigido do 
trabalhador rural que comprove o recolhimento de contribuições, mas sim que 
comprove a atividade exercida no período correspondente à carência. Assim, em um 
eventual pedido de pensão por morte, cabe aos dependentes do segurado especial 
falecido realizar a sua inscrição e demonstrar que este se enquadrava devidamente como 
segurado da previdência social. 
 
GABARITO: C 
 
83. Nos termos do Regulamento da Previdência Social, o diretor empregado é 
enquadrado na categoria de segurado empregado, sendo aquele que, participando 
ou não do risco econômico do empreendimento, é eleito, por assembleia geral dos 
acionistas, para cargo de direção das sociedades anônimas. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
Tal assertiva caracteriza o diretor não empregado (aquele que é eleito pela assembleia 
geral dos acionistas), o qual é enquadrado como contribuinte individual. Já o diretor 
 
 
 
empregado é aquele que é contratado ou promovido para cargo de direção das 
sociedades anônimas, mantendo as características inerentes à relação de emprego. 
 
GABARITO: E 
Quanto à interpretação e integração das normas previdenciárias, avalie o que 
segue: 
84. O método interpretativo sistemático tem como característica essencial a análise 
do contexto social, político e cultural da época em que a lei foi criada. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
A assertiva traz o conceito do método interpretativo histórico. Já o método sistemático 
busca a compreensão da lei de acordo com todo o sistema jurídico, ou seja, com 
princípios e com outras leis. 
 
GABARITO: E 
 
85. A integração no Direito Previdenciário visa a preencher lacunas existentes na 
lei, através da analogia, dos costumes e dos princípios gerais de direito. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
Conforme o art. 4º do Decreto 4.657/42 (Lei de Introdução às normas do Direito 
Brasileiro), “Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, 
os costumes e os princípios gerais de direito”. 
 
GABARITO: C 
 
Considere a seguinte situação hipotética: 
Após muita pressão popular, especialmente dos aposentados, o Congresso Nacional 
resolve votar e acaba aprovando projeto de lei que inclui na Lei de Benefícios da 
Previdência Social a concessão do acréscimo de 25% aos aposentados por idade e 
por tempo de contribuição que necessitam do auxílio permanente de terceiros. O 
referido projeto de lei é sancionado pela Presidente da República e é publicado no 
Diário Oficial da União. Todavia, em razão de um “esquecimento” dos 
legisladores, não constou na lei publicada o início do prazo de vigência das novas 
regras. 
 
 
 
86. Como a lei não indicou o início de sua vigência, conclui-se que esta ocorrerá a 
partir da data da publicação no Diário Oficial da União. 
COMENTÁRIOS: 
 
Em regra, toda a lei editada traz a previsão de quando começará a viger. Entretanto, 
caso a lei previdenciária não preveja o início da vigência, aplica-se a regra geral 
constante no art. 1º da Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro: 
Art. 1º. Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar 
em todo o país quarenta e cinco dias depois de 
oficialmente publicada. 
 
GABARITO: E 
 
87. A referida lei também trouxe alterações destinadas à Lei de Custeio e 
Organização da Seguridade Social, já que passou a indicar as fontes de custeio do 
acréscimo de 25% aos aposentados por idade e por tempo de contribuição. Com 
relação a estas alterações, o início de vigência dar-se-á em noventa dias após a 
publicação. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
Como exceção à regra geral mencionada acima, temos as normas de custeio do sistema, 
quando são criadas ou modificadas contribuições sociais, as quais somente podem 
produzir efeitos depois de decorridos noventa dias de sua publicação, conforme 
determina o art. 195, §6º, da CF/88. 
 
GABARITO: C 
 
Analise as seguintes assertivas: 
88. O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) surgiu da fusão do Instituto 
Nacional de Assistência Médica da Previdência Social (INAMPS) com o Instituto 
Nacional de Previdência Social (INPS). 
 
COMENTÁRIOS: 
 
O INSS teve sua criação autorizada pela Lei 8.029/90, surgindo da fusão do Instituto de 
Administração da Previdência e Assistência Social (IAPAS) com o Instituto Nacional 
de Previdência Social (INPS). 
 
 
 
 
GABARITO: E 
 
89. As propostas orçamentárias anuais ou plurianuais da Seguridade Social serão 
elaboradas por Comissão integrada por 6 (seis) representantes, sendo 2 (dois) da 
área da saúde, 2 (dois) da área da previdência social e 2 (dois) da área de 
assistência social. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
Nos termos do art. 8º da LOCSS, a Comissão é integrada por 3 (três) representantes, 
sendo 1 (um) da área da saúde, 1 (um) da área da previdência social e 1 (um) da área de 
assistência social. 
 
GABARITO: E 
 
90. Nenhum benefício pego pela previdência social poderá ter renda mensal 
inferior ao salário mínimo. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
Art. 3º, parágrafo único, alínea b, LOCSS. Tal regra se aplica aos benefícios substitutos 
do salário-de-contribuição ou do rendimento do trabalho do segurado. Todavia, temos 
dois benefícios que podem ser inferiores ao mínimo: o salário-família (tem o objetivo de 
complementar o rendimento do trabalhador) e o auxílio-acidente (tem caráter 
indenizatório, complementa a renda do trabalhador que, após sofrer um acidente de 
trabalho ou de qualquer natureza, permaneceu com sequelas que lhe retiraram parte da 
capacidade laborativa). 
 
GABARITO: E 
 
91. A Previdência Social tem por fim assegurar aos seus beneficiários meios 
indispensáveis de manutenção, por motivo de incapacidade, idade avançada, 
tempo de serviço, desemprego involuntário, encargos de família e reclusão ou 
morte daqueles de quem dependiam economicamente. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
 
 
 
Tal questão é transcrição literal do art. 3º da LOCSS, o qual prevê as contingências 
enfrentadas pelos segurados que devem ser protegidas pela previdência social. 
 
GABARITO: C 
 
92. É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de 
aposentadoria aos beneficiários do regime geral de previdência social, ressalvados 
apenas os casos de atividades exercidas sob condições especiais que prejudiquem a 
saúde ou a integridade física. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
Dispõe o art. 201, §1º, CF/88: 
§ 1º É vedada a adoção de requisitos e critérios 
diferenciados para a concessão de aposentadoria aos 
beneficiários do regime geral de previdência social, 
ressalvados os casos de atividades exercidas sob 
condições especiais que prejudiquem a saúde ou a 
integridade física e quando se tratar de segurados 
portadores de deficiência, nos termos definidos em lei 
complementar. 
 
Assim, observa-se que

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