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Direito Penal 
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula 
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros 
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
1 
www.cursoenfase.com.br 
Sumário 
1. Princípios do Direito Penal ...................................................................................... 2 
1.1 Princípios Relacionados com as Missões do Direito Penal .................................. 2 
1.2 Princípios Relacionados com o Fato do Agente .................................................. 2 
1.3 Princípios Relacionados com o Agente do Fato .................................................. 8 
1. 4 Princípios Relacionados com a Pena ................................................................. 8 
 
 
 
Direito Penal 
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula 
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros 
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
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1. Princípios do Direito Penal 
Trata-se de assunto muito recorrente nas provas de concurso. 
 
1.1 Princípios Relacionados com as Missões do Direito Penal 
a) princípio da exclusiva proteção de bens jurídicos 
A opção do legislador de trabalhar com o direito penal foi aquela aprimorada por 
Roxin, que versa que a missão do direito penal é de reconhecer no texto constitucional quais 
são os bens essenciais para a convivência em sociedade, trazendo para o tutela penal 
somente aqueles que sejam mais essenciais. 
Exemplo: vida, patrimônio, integridade física, honra. 
 
b) princípio da intervenção mínima 
Frise-se que não é qualquer situação que pede a intervenção penal, possuindo tal 
princípio duas características, quais sejam, é subsidiário e fragmentário. 
Pela subsidiariedade entende-se que o direito penal só deve interferir para tutelar 
determinada conduta se a tutela de outro direito se verifica ineficaz. 
Exemplo: caso o direito civil não consiga tutelar o caso concreto, passa-se à esfera 
penal de controle. 
Assim, o direito penal deve ser visto como o “último soldado da trincheira”, ultima 
ratio. 
Pela fragmentariedade, entende-se que todos os demais ramos do direito transferem 
ao direito penal uma determinada parte para a tutela, por se mostrarem ineficazes para 
tanto. 
 
1.2 Princípios Relacionados com o Fato do Agente 
a) princípio da materialização do fato 
Segundo esse princípio, são impuníveis os meros atos de cogitação, devendo haver a 
concretização. 
 
b) princípio da ofensividade (ou da lesividade) 
O direito penal tutela diversos bens jurídicos, considerados os mais relevantes. Com 
efeito, nem toda ofensa merecerá a tutela do direito penal. 
Direito Penal 
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula 
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros 
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
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Exemplo: a professora, durante a aula, deixa cair uma moeda de R$0,10. O próximo 
professor vê essa moeda na sala e compra uma bala. Assim, o professor subtraiu a coisa 
alheia móvel, por saber que não era dele. Objetivamente, a conduta se amoldou ao tipo 
penal, contudo, seria necessária a tutela do direito penal a esse tipo de ofensa? Não. 
Isso porque deve haver certo grau de lesividade, de ofensividade na conduta 
perpetrada para que se fale em tutela do direito penal. 
A lesão, pois, deve ter caráter relevante. 
CESPE – 2011 – TRF – 1ª REGIÃO (anulada - adaptada) 
A proteção de determinado bem jurídico selecionado pela norma penal é absoluta e 
prevalece sobre as demais formas de tutela normativa em razão do postulado da 
fragmentariedade ou subsidiariedade, porque, uma vez escolhido o bem jurídico pela 
norma incriminadora, torna-se indispensável a incidência desta, sempre, para coibir 
qualquer forma e grau de ofensa, restando às demais normas do ordenamento jurídico a 
tutela secundária. 
Gabarito: incorreta. 
A expressão “tutela absoluta” já torna a questão incorreta, pois há princípios que 
relativizam essa tutela, como o faz o princípio da insignificância. 
Não fosse só, não há prevalência alguma da tutela penal, sendo o direito penal a 
ultima ratio. 
Por fim, não se coíbe qualquer forma ou grau de ofensa, conforme se verifica do 
princípio da lesividade, não sendo, ainda, as demais normas do ordenamento jurídico uma 
tutela secundária. 
 
c) princípio da legalidade 
É chamado de princípio “guarda-chuva” do ordenamento jurídico, pois sob ele há 
diversos subprincípios. 
O princípio da legalidade prevê que não há crime sem lei anterior que o defina, nem 
pena sem prévia cominação legal. 
 Art. 1º - Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação 
legal. 
Por essa leitura, observa-se que dentro do princípio há três descobramentos: 
- reserva legal ou reserva da lei ou legalidade em sentido estrito: somente a lei em 
sentido estrito pode definir o que será crime e sua pena. 
O artigo 22, I da CRFB trata da competência privativa da união para legislar sobre 
matéria penal. 
Direito Penal 
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula 
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros 
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
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Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre: 
I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, 
espacial e do trabalho; 
- princípio da taxatividade: ainda dentro da legalidade, está o princípio da 
taxatividade, segundo o qual a lei penal deve ser precisa, certa, definindo o conteúdo 
daquilo que se pretende incriminar. 
Frise-se que nem todos os tipos penais obedecem à taxatividade, o que é motivo de 
debate na doutrina, como é o exemplo do crime de gestão temerária: o que seria a 
temeridade? Qual o comportamento arriscado que caracterizaria um crime e qual a postura 
que apenas se mostraria como um comportamento empresário? 
Assim, tal princípio é, por vezes, mitigado pelo legislador na tentativa de criar os mais 
variados tipos penais. 
- princípio da anterioridade: trazido pelo artigo 1º do CP. Via de regra, a lei penal 
deve ser criada antes da prática criminosa, não podendo retroagir, de acordo com o artigo 
5º, XL da CRFB. 
Art. 5º, 
XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu; 
 
Observação: Lei Penal no Tempo. Como se comporta a lei nova? 
 
 Lei Nova 
 
 
Fato novatio legis 
 * In mellius – se para beneficiar o réu, a lei retroagirá 
 * in pejus – se para prejudicar o réu, a lei não retroagirá 
 
Dessa ideia de anterioridade, são tiradas duas conclusões: 
- irretroatividade da lei que prejudica o réu; 
- retroatividade da lei que prejudica o réu; 
 
Direito Penal 
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ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros 
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
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Com efeito, a Lei 8.072/90, Lei de Crimes Hediondos, foi criada para trazer um 
tratamento mais severo para determinados tipos penais já tratados pelo CP. 
O detalhe é que, em 1990, quando a lei foi criada, o homicídio qualificado não era 
tratado como crime hediondo. Em 1992, com o assassinato de Daniella Perez, que chocou o 
país, a Lei 8.072/90 foi alterada, passando o homicídio qualificado elevado acrime hediondo. 
 Deste modo, por ser a nova lei mais prejudicial ao réu, ela não retroagiria ao ano de 
cometimento de eventual crime, pela ideia de irretroatividade. Logo, o réu será julgado de 
acordo com a lei em vigor ao momento do cometimento do crime, na forma do tempus regit 
actum, 
Imagine-se outro caso, agora acerca da Lei de Drogas: pela Lei 6.368/76, ao usuário 
de drogas era aplicada pena privativa de liberdade. Hoje, com a Lei 11.343/06, a pena 
passou a ser de prestação de serviços, advertência sobre os efeitos da droga e 
comparecimento a cursos e palestras educativas, logo, penas alternativas e mais benéficas 
ao réu, o que acarreta a retroatividade 
A pergunta é a seguinte: e se o fato já estiver com trânsito em julgado, a lei penal que 
beneficia o réu retroagirá? 
A resposta está na lei, no artigo 2o, parágrafo único do CP: 
Art. 2º, parágrafo único - A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, 
aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória transitada 
em julgado. 
Observação: surgindo lei nova, estando o processo no 1o grau, caberá ao juiz de 
direito aplicar a lei nova; estando no TJ/TRF, caberá a esses Tribunais aplicá-la; já se o 
processo estiver nos Tribunais Superiores, esses aplicarão a lei nova. E nos casos em que já 
houve o trânsito em julgado, como se dá a aplicação? 
Segundo a Súmula 611 do STF, competirá ao juízo das execuções penais a aplicação 
da lei mais benigna. 
Súmula 611 do STF 
Transitada em julgado a sentença condenatória, compete ao juízo das execuções a 
aplicação de lei mais benigna. 
Ainda sobre a lei penal nova, há que se ressaltar a figura do crime permanente. A 
seguir, exemplo para melhor entendimento: Lara, apaixonada pelo professor, o sequestra no 
dia 18/01, permanecendo com ele até o dia 26/09. Com efeito, a pena para o crime de 
cárcere privado à época do sequestro era de 3 a 8 anos, passando essa pena em 20/08 a 4 a 
12 anos. 
Direito Penal 
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Trata-se de lei penal nova, que surge no curso do crime, mas que prejudica o réu. 
Poderá a pena ser aplicada ao fato que ainda está em curso? 
Sim, pois o crime ainda estará se consumando. 
É o que prevê a Súmula 711 do STF: 
Súmula 711 
A lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado ou ao crime permanente, se a sua 
vigência é anterior à cessação da continuidade ou da permanência. 
A seguir, questão de prova para melhor entendimento: 
FCC 
Paulo foi condenado à pena de 6 anos de reclusão, mínima prevista para o delito que 
cometeu, em regime inicial fechado. A sentença transitou em julgado. Lei posterior ao 
trânsito em julgado da sentença reduziu a pena mínima para o delito por cuja prática 
havia sido condenado para 3 anos de reclusão. Três anos após o trânsito em julgado da 
sentença e dois anos após a publicação dessa lei, Paulo foi preso e começou a cumprir a 
pena privativa de liberdade. 
Nesse caso, Paulo: 
a) tem direito à redução da pena que lhe foi imposta com fundamento no novo patamar 
estabelecido pela lei nova. 
b) não tem direito à redução da pena, porque a lei nova que a reduziu entrou em vigor 
após o trânsito em julgado da sentença condenatória. 
c) não tem direito à redução da pena, porque, em decorrência do princípio da 
anterioridade da lei penal, aplica-se a lei em vigor à época do fato de lituoso. 
d) não tem direito à redução da pena, porque estava foragido, podendo, apenas, 
pleitear o seu cumprimento em regime menos rigoroso. 
e) só teria direito à redução da pena se tivesse sido preso e iniciado o cumprimento da 
pena antes de entrar em vigor a lei que a reduziu. 
Gabarito: a 
Trata-se de lei nova que beneficia o réu, portanto, Paulo terá direito à redução da 
pena imposta pela nova lei. 
 
Observação: Abolitio Criminis 
Prevista pelo artigo 2º do CP, traz uma lei nova que não mais considera o fato como 
delituoso, tendo os seguintes efeitos: 
- extingue a punibilidade; 
Direito Penal 
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- extingue o crime, como se esse nunca tivesse sido praticado. Logo, todos os efeitos 
penais desaparecerão: o inquérito é arquivado; o processo é extinto; se o réu está preso, 
deve ser libertado, volta-se à característica da primariedade e dos bons antecedentes. 
Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, 
cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença condenatória. 
Cuidado: os demais efeitos persistirão, como é o exemplo da obrigação de indenizar. 
Ademais, deve-se ressaltar que são duas as espécies de infração penal: os crimes e as 
contravenções penais. Essas também podem ser objeto de abolitio criminis. 
 
Cometimento 
 Do Crime Julgamento 
 
 Lei A Lei B Lei C 
 
Crime com pena Abolitio Criminis Crime com pena 
De 1 a 4 anos de 6 meses a 2 anos 
 
 Retroagirá? 
 
Poderá a lei intermediária (Lei B) ser aplicada? 
Ora, a Lei B retroagirá, pois mais benéfica, e a Lei C não poderá retroagir, pois 
prejudicial. 
 
FCC 
Pedro praticou fato definido como crime pela lei então vigente. Após o recebimento da 
denúncia, outra lei deixou de considerar criminoso o fato. Antes da sentença, uma 
terceira lei voltou a definir o fato como crime, porém com pena mais branda. Nesse 
caso, aplica-se 
a) a lei vigente à época da sentença, por estabelecer pena menos grave que a vigente à 
época do fato. 
b) a lei vigente à época do fato, em razão da aplicação do princípio da irretroatividade 
da lei penal. 
c) a lei que entrou em vigor após o recebimento da denúncia e deixou de considerar o 
fato infração penal. 
Direito Penal 
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d) a lei vigente à época do fato, em razão da aplicação do princípio da anterioridade da 
lei penal. 
e) combinação entre a lei vigente à época do fato e à época da sentença, com a 
imposição da média entre as penas nelas estabelecidas. 
 Gabarito: c 
 
Frise-se que a combinação de leis não é admitida pelos Tribunais Superiores. 
 
1.3 Princípios Relacionados com o Agente do Fato 
a) princípio da responsabilidade pessoal: a responsabilidade não é transferível a um 
terceiro. 
b) princípio da responsabilidade subjetivo: a responsabilidade penal é pautada no 
dolo e na culpa. 
c) princípio da culpabilidade: a culpabilidade, aqui, não pode ser confundida com 
aquela do conceito do crime. O princípio informa que o sujeito será responsabilizado 
criminalmente na medida de sua culpabilidade, dosando a responsabilidade penal de cada 
um dos indivíduos. 
d) princípio da igualdade (isonomia): deve haver tratamento desigual na medida em 
que há desigualdade entre os indivíduos. 
Exemplo: a apenada em período de lactação, segundo a LEP, terá um local apropriado 
para ficar com seus filhos, o que não é concedido ao homem. 
e) princípio da presunção de inocência (presunção de não culpa): há que se ressaltar 
que em recente HC, julgado pelo STF, ficou decididoque, confirmada a condenação em 2ª 
instância, a pena já pode ser executada, ainda que o réu esteja recorrendo nos Tribunais 
Superiores. 
 
1. 4 Princípios Relacionados com a Pena 
a) princípio da proibição da pena indigna: correlacionado com o princípio da 
humanizacão das penas, de acordo com a Declaração dos Direitos Humanos, toda pena que 
se torna desnecessária é indigna, não podendo ser aplicada. 
A CRFB, por sua vez, traz as penas que não podem ser aplicadas, no inciso XLVII do 
artigo 5º: 
Art. 5º, XLVII - não haverá penas: 
a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX; 
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b) de caráter perpétuo; 
c) de trabalhos forçados; 
d) de banimento; 
e) cruéis; 
b) princípio da proporcionalidade (em sentido amplo): a proporcionalidade pode ser 
entendida em três sentidos distintos, a saber: 
b.1 princípio da adequação (ou exigibilidade ou idoneidade): a pena só é proporcional 
se for idônea para combater determinado crime. 
b.2 princípio da necessidade 
b.3 princípio da proporcionalidade em sentido estrito 
 
c) princípio da pessoalidade: a pena não pode ultrapassar a pessoa do condenado. 
d) princípio da vedação do bis in idem: é proibida a dupla condenação e o duplo 
cumprimento de pena pelo mesmo fato. 
e) princípio da individualização das penas: relacionado à proporcionalidade, o 
sujeito deve ser condenado com base na sua cota de participação no delito. Ainda que haja 
situações com corréus, é preciso se demonstrar o grau de reprovação do comportamento do 
agente. 
Art. 5º, XLVI - a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as 
seguintes: 
a) privação ou restrição da liberdade; 
b) perda de bens; 
c) multa; 
d) prestação social alternativa; 
e) suspensão ou interdição de direitos;

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