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Artigo Carga Especial cavalos

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LOGÍSTICA ESPORTIVA: VIABILIDADE DO TRANSPORTE DE CAVALOS PARA COMPETIÇÕES 
	
 REGIANE MOREIRA DA SILVA (CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA
FACULDADE DE TECNOLOGIA DE JUNDIAÍ) 
Orientador: Cláudio Farias Rossoni
reavyla@gmail.com
 
RESUMO
Este trabalho tem a finalidade de contribuir com o aumento do conhecimento sobre o tema abordado e analisar a logística de transporte de cavalos para as competições, já que não há muito material bibliográfico que abordam este tema, evidenciar a importância da logística esportiva. São abordados alguns conceitos logísticos de transporte de carga viva, legislação vigente e como são realizados, cuidados específicos aos animais, esclarecer quais são alguns documentos necessários para fazer o transporte de acordo com a legislação vigente do local de destino e porque não é possível citar todos e quais os veículos de transporte mais utilizados pelo haras estudado. Este tema foi escolhido porque ainda não é de conhecimento abrangente dos transportadores e outros profissionais envolvidos devido as suas características especificas. Para a elaboração deste artigo foi utilizada a metodologia de pesquisa qualitativa, descritiva com consultas bibliográficas e estudo de caso realizada no Haras Thaty Vidal Hipismo como objetivo de obter mais informações especifica sobre transporte de cavalos e as principais características da logística esportiva na realidade da instituição estudada e conhecer os principais problemas enfrentados.
PALAVRAS-CHAVE: Logística, esporte, transporte, carga, viva.
A B S T R A C T
This work has the purpose of contributing to the increase of knowledge about the theme addressed and to analyze the logistics of transporting horses to the competitions, since there is not much bibliographic material that addresses this theme, to highlight the importance of sports logistics. Some logistic concepts of live cargo transport, current legislation and how they are carried out, specific animal care, clarify which are some documents necessary to make the transport in accordance with the current legislation of the place of destination and because it is not possible to cite all And which transport vehicles are most used by the farms studied. This topic was chosen because it is not yet comprehensive knowledge of the transporters and other professionals involved due to their specific characteristics. For the elaboration of this article we used the methodology of qualitative research, descriptive with bibliographical consultations and a case study carried out at Haras Thaty Vidal Hipismo, aiming to obtain more specific information about horse transport and the main characteristics of the sports logistics in the reality of the studied institution And know the main problems faced.
Keywords: Logistics, sport, transportation, cargo, live. 
INTRODUÇÃO
A logística esportiva é responsável por prover recursos, informação e planejamento e é capacitada para suprir as necessidades desportivas, para eventos esportivos. É fundamental no transporte de equipamentos, materiais, pessoas e animais e está rapidamente se tornando um instrumento importante para o desenvolvimento do esporte em âmbito geral, aumentando a acessibilidade da população ao esporte. Desempenha um papel muito importante ao abordar a questão da falta de acessibilidade ao esporte, cultura e lazer. O bom desempenho logístico aumenta a acessibilidade das pessoas a assistir, trabalhar ou participar de eventos esportivos, conhecerem diferentes modalidades esportivas e até ter a possibilidade de se tornar um atleta e seguir carreira que gera renda e alavanca a economia do país. 
O transporte de cavalos para competições exige cuidados e restrições especificas da legislação de transporte de carga viva, para preservação da saúde e bem estar dos equinos (cavalos, burros, jumentos). 
O modal mais utilizado em território nacional é o rodoviário, os veículos precisam ser confortáveis e seguros, porém restringem as necessidades básicas dos animais como caminhar e deitar, devido à limitação do espaço. Que se torna um desafio no planejamento e execução do transporte desses animais com infra-estruturar logística ainda deficiente. 
O objetivo principal no transporte é que o seu destino seja alcançado preservando a saúde e bem estar dos animais, evitando o desgaste físico e psicológico que podem interferir no resultado da competição, prever imprevisto e incluir no planejamento as necessidades básicas dos animais e fazer as adequações necessárias para manter o animal confortável e saudável, principalmente em viagens longas que são mais estressantes e cansativas. 
O objetivo geral deste trabalho é somar conhecimento sobre o tema, agregar conhecimento sobre o transporte de carga viva, especificamente cavalos para competições Hípicas, que pode ser de interesse de transportadores, proprietários de cavalos ou envolvidos. 
O objetivo especifico do presente estudo é viabilizar a logística esportiva de transporte de cavalos, destacando as suas qualidades e deficiências logísticas.
O transporte de cavalos gera várias restrições por causa das necessidades especificas aos animais como: tipo de veículos para o transporte, minimizar os riscos físicos (controle de temperatura e trepidação interna do veículo), minimizar risco ergonômico (ergonomia do animal), que geram desgaste físico e irritabilidade aos animais e outras situações que podem tornar a viagem mais longa e custo mais alto comparado com o transporte de carga comum.
Este trabalho é composto por um breve resumo, em seguida a introdução sobre o tema abordado, cuidados específicos de carga viva, a seguir alguns documentos necessários para fazer o transporte dos animais, cuidados específicos com o animal, transportes, estudo de caso e considerações finais. 
EMBASAMENTO TEÓRICo
Esporte Hípicos 
Hipismo de um modo simples e claro é o conjunto de modalidades esportivas praticas com cavalos, uma pratica milenar da interação do homem com o cavalo que assim fez surgir modalidades esportivas como Equitação, Salto, Adestramento, Volteio, Enduro, Pólo; hipismo rural (Western) são modalidade como Rédea (adestramento cowboy, de origem mexicano) e vaquejada (rodeio) e outros modalidades. 
“O hipismo apareceu pela primeira vez como demonstração nos Jogos Olímpicos de Paris-1900, passando a ser reconhecido oficialmente como esporte olímpico nos Jogos de Estocolmo-1912”(ROESSLER, RINK, 2006, p. 8216) 
 Uma pesquisa feita pela instituição Atlas do Esporte apontou a quantidade de empregos diretos e indiretos no setor esportivo na gestão de 2003, empregos gerados por esportes olímpicos foram no total de 443.000. Somente aos esportes hípicos foram registrados 187 escolas de equitação clássica, Western e de Volteio, houve 550 competições em 2001, o ramo de serviços de serviços cresceram cerca de 8% durante os últimos sete anos. Os cavalos de raça criados no Brasil em 2003 totalizavam cerca de 800 mil animais, que geraram em torno 130 mil empregos diretos e indiretos (DACOSTA, LAMARTINE, 2006). 
2.2 documentos para o transporte dos animais
O Ministério da Agricultura, pecuária e abastecimento (MAPA) prevê no Decreto nº 5.741 de 30 de março de 2006, art. 45, a fiscalização do trânsito de animais. Independentemente de qual o modal utilizado a apresentação do documento é obrigatória. O documento oficial para transporte de animal no Brasil é a Guia de Trânsito Animal (GTA), que contém as informações sobre o destino e condições sanitárias, bem como a finalidade do transporte animal. Cada espécie de animal possui uma norma específica para a emissão da GTA (Brasil, 2006). 
É um documento obrigatório para o transporte de equídeos, para qualquer finalidade. 
A GTA deve ser expedida somente por um medico veterinário habilitado, que fica responsável pela assistência veterinária de onde se originam os animais, aos registros do estabelecimento de procedência e ao cumprimento das exigênciasde ordem sanitária de acordo com as leis vigentes conforme: 
O Ministro de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, no uso das atribuições que lhe confere o art. 87, parágrafo único, inciso II, da Constituição, tendo em vista o disposto no art. 2º do Decreto nº 5.741, de 30 de março de 2006, e no art. 75 do seu Anexo, e o que consta do Processo nº 21000.010558/2012-15,
Resolve:
Art. 1º. Definir as normas para habilitação de médico veterinário privado para emissão de Guia de Trânsito Animal - GTA e aprovar na forma dos Anexos de I a V da presente Instrução Normativa, os modelos de formulários, a seguir:
Art. 2º. A habilitação será concedida por Portaria do Superintendente Federal de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, no Distrito Federal ou no Estado onde atuará o médico veterinário privado, publicada no Diário Oficial da União (BRASIL, 2006).
O médico veterinário para emitir o GTA precisa ter a capacitação comprovada, manter registro atualizado e pode atuar somente no estado onde fez a capacitação. 
Para a emissão do GTA é necessário o exame negativo de anemia infecciosa equina (AIE) dentro da validade. O exame tem validade de 180 dias. 
A AIE é um vírus infectocontagioso, crônico, limitada a equinos com sintomas de febre, anemia hemolítica, icterícia, depressão, edema e perda de peso crônica (FRANCO, PAES, 2011).
Esse vírus pode ser transmitido por sangue de animal infectado, picada de mutucas e moscas do estábulo, uso compartilhado de matérias contaminado (agulhas, instrumentos cirúrgicos, sondas esofágicas, aparadores de casco, arreios, esporas e outro). Se o exame der positivo para vírus, ele é sacrificado e o local interditado por determinado período de tempo por altamente contagiosa. 
A Agência Estadual de Defesa Sanitária de cada estados pode solicitar outras vacinas para os animais de acordo o controle de doenças do Programa Nacional de Sanidade de Equideos (PNSE) que é sistema de controle e erradicação de doenças equinas no Brasil, alguns estados solicitam vacina contra influeza equina, mormo, atestado de sanidade animal (atestado médico veterinário que comprova a preservação da saúde do animal.
O transporte de animais entre países exige o Certificado Zoossanitário Internacional (CZI). O documento é emitido pela autoridade sanitária do país de origem ou de procedência do animal de estimação. No Brasil, o CZI é expedido pelo Serviço de Vigilância Agropecuária Internacional (Vigiagro), órgão vinculado à Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA). 
Cuidados no transporte de carga viva
No Brasil, o maior volume de transportes de cavalos ocorre no período de agosto a março para animais em reprodução e de março a novembro para participação em eventos agropecuários e competições.
Em conforme as normas de proteção de animais em transporte (BRASIL,2006, p.6)
Nenhum animal deve ser transportado sem que esteja apto para realizar a viagem prevista e sem que tenham sido tomadas medidas adequadas para que seja tratado durante a viagem, e à chegada ao local de destino. Os animais que estejam doentes ou lesionados não são considerados aptos para transporte, exceto quando se trate de animais doentes ou com ferimentos ligeiros, cujo transporte não implique sofrimentos desnecessários.Os animais devem dispor de espaço suficiente para estar de pé na sua posição natural e, eventualmente, os meios de transporte deverão dispor de barreiras que os protejam dos movimentos em transporte. Deverão ser abeberados e receber uma alimentação adequada durante o transporte.
O transporte de carga viva, que é mais complexo do que o transporte de carga comum, é necessário muito cuidado com o animal para preservá-lo tanto a parte física como também o emocional do animal e para isso é necessário seguir alguns passos como: 
Acomodação individual para cada animal, sem mobiliário, somente água e comida durante a viagem e se necessário amarrar o animal em viagens turbulentas para não oferecer riscos para os cavalos, com ventilação e equilíbrio de temperatura.
O veículo que realiza o transporte de carga viva deve ser bem sinalizado informando sobre o animal. E na hora do embarque ou desembarque realizar com calma para não assustar o animal por causa da mudança de ambiente e respeitando sempre o limite do animal, em viagens longas se possível fazer uma pausa na viagem para o animal caminhar um pouco para o seu bem estar.
Dar prioridade em contratar uma transportadora ou profissional que seja habilitado para fazer esse tipo de transporte de carga viva, que necessita de cuidados e atenção redobrada com os animais todo o percurso da viagem.
Alguns cuidados são importantes como não alimentar os animais com ração 4h antes do transporte para não gerar mal estar ao animal, com o movimento do caminhão, avião ou outros, podem fazer com que animal tenha náuseas e é muito difícil fazer pausas para o animal caminhar um pouco, principalmente em viagens aéreas. 
Sempre usar protetores nas patas e no rabo, normalmente o animal fica um pouco agitado nas viagens e com isso pode gerar lesões por causa dessa habitação, no caminhão, não amarrar o cabresto muito curto para o animal não ficar muito desconfortável, pois em um movimento brusco do transporte pode gerar lesões no animal, quanto a alimentação, deixar feno ou capim à vontade para o animal, além de saciar a fome, gera uma distração para o animal tornando a viagem mais tranqüila, oferecer água a cada 2h ou 4h para os animais viagens longas. 
Em viagens longas ter atenção com o clima, em dias de temperatura alta fazer o transporte terrestre a noite que normalmente a temperatura é mais baixa ou estabilizar a temperatura com equipamento cliamtizador. O calor excessivo pode causar desconforto, desfalecimento ou hiperatividade ao animal, se possível a cada 3h retirar todos os animais do caminhão em local adequado para caminhar um pouco, para aliviar o estresse do animal. Em viagens aéreas utilizar roupa de compressão para diminuir os efeitos da pressão no avião.
Alguns métodos preventivos para garantir uma melhor qualidade para o transporte dos animais vivos podem ser realizados com a instalação de câmeras para fazer um monitoramento em tempo real do animal para controle, o motorista pode ter um treinamento de primeiros socorros para fazer os primeiros socorros nos animais em caso de emergência.
A falta de cuidados no transporte pode ocasionar problemas clínicos mais comuns que são traumatismos, a desidratação e a pleuropneumonia. 
A pleuropneumonia é conhecida como pleurite ou como conhecida popularmente febre dos transportes, normalmente ocasionada do confinamento, stress e agentes microbianos que resultam em pneumonia bacterianas por contágio das vias respiratórias inferiores pela microflora orofaríngea (RIBEIRO, HENRIQUES, 2016).
A falta de uso de protetores de membros e caudas e imprudências como freadas bruscas, problemas no embarque e desembarque dos equinos e curvas acentuadas, podem gerar lesões na região nasal, musculatura, coluna vertebral e extremidades dos membros.
TRANSPORTES
A decisão de qual o melhor transporte para a movimentação dos animais depende da avaliação da distancia a ser percorrida, para avaliar qual é mais eficaz e gere menos desconforto ao animal, que é a diferença de uma carga viva para uma carga comum, a carga comum por mais que seja uma carga frágil não necessita de tantos cuidados ao transportar um animal vivo. 
De acordo com estudo de caso o modal mais utilizado nacionalmente é rodoviário; o ferroviário, aquaviário e aero além da falta de estrutura especifica aos equinos, gera mais custo comparado com o rodoviário e mesmo assim depende do modal rodoviário para levar a carga viva da origem até ao embarque e do desembarque até o destino final.
Os veículos mais apropriados para o transporte terrestre são: 
O caminhão baú totalmente fechado, com divisórias para cada animal pode ser acolchoada, pode ter ou não ar condicionado com capacidade de 4 a 12 cavalos como um dos modelos daFigura 1. 
Trailer com capacidade de 1 a 2 animais, inçado no veiculo de tração como um dos modelos da Figura 2. 
Contêiner que são colocados em aviões e navios, estes cabem em media 3 animais e são adaptados para a acomodação dos equinos, utilizados normalmente em viagens longas e internacionais como um dos modelos da Figura 3.
Figura 1- Caminhão baú com divisórias internas 
 
Fonte: Transporte elite Brasil. 
Figura 2 - Trailer 2 Cavalos 
Fonte: Transporte elite Brasil. 
Figura 3 – Container para transporte de cavalo aéreo ou em Navios 
Fonte:Martinair Cargo. 
Contudo antes de fazer o transporte destes animais é necessário planejar e organizar os documentos necessários de transportes e atestados médicos veterinários para o controle de saúde do animal e evitar problemas futuros como o impedimento do transporte dos animais, além do uso de veículos apropriados para o transporte do animal, visando o bem estar do animal, segurança e cumprimento das leis vigentes.
estudo de caso 
Este estudo de caso foi embasado na entrevista feita no dia 19/09/2016 com a proprietária e professora da escola e haras Thaty Vidal que recebe seu nome, também é atleta Hípica na modalidade salto a mais de 15 anos, a escola fica localizado na cidade de São Paulo no jardim são Luiz no estado de São Paulo. 
A proprietária e seus alunos participam de competições no Brasil e exterior, porém este trabalho esta focado somente no transporte nacional, já que cada país possui legislação e fiscalização especifica. 
O conteúdo deste trabalho esta embasado em toda a rotina e procedimentos efetuados pelo haras Thaty Vidal, com amparo as pesquisas bibliográficas e orientações das legislações pertinentes.
Na entrevista feita foi possível obter também conhecimento de quais problemas logísticos no transporte de cavalos são mais pertinentes como:
 Um dos problemas enfrentado pela escola é de fazer o transporte rodoviário de animais em vias ruins que atualmente é um problema comum em qualquer seguimento logístico deste modal da falta de infra-estruturar das estradas e rodovias que dificultam a acessibilidade em várias regiões no Brasil, que gera muito desconforto para os animais transportados por vias esburacadas e de mão única, prolonga ainda mais a viagem, o atrito gerado no veiculo causa desconforto aos animais e aumento de consumo de combustível, desgaste de peças e pneus, manutenção do veiculo e até o cancelamento do transporte por imprevistos no decorrer da viagem que gera aumento de custos e até ser eliminado das competições.
Outro problema característico á logística de transporte de cavalos é falta de pontos de parada e acomodação dos animais e pessoas em transporte rodoviário em território nacional. Em viagens longas os animais ficam em baias normalmente apertadas por questão de segurança, porém incomodas por não ter espaço para deitar, levantar e andar, assim em viagens longas o animal fica cansado e irritado, o transportador precisa fazer uma parada para o animal caminhar um pouco ou até mesmo dormir, lembrando que estes animais têm um alto valor agregado e fica passível a roubo/furto.
resultados e discussão
Para melhorar a logística de transporte desses animais precisa de mais investimento e incentivo a esse setor, como hotéis que disponibilizam espaço especifico aos animais, ponto de paradas e outros meios de aumentar a qualidade do transporte desses animais que ainda existem muitos casos de acidentes, lesões e doenças por consequências do transporte. 
Os problemas logísticos deste estudo de caso que atingi não somente o haras de estudo, como abrange também transportadoras, proprietários, competidores, instituições hípicas, vendedores e outros segmentos relacionados que também necessitam da locomoção desses animais que também são afetados por falta de investimento em infraestrutura logística de transporte de cavalos.
Infelizmente a infraestrutura logística de transporte de animais no Brasil é deficiente, provavelmente por desconhecimento de alguns envolvidos como os órgãos fiscalizadores, governo federal, tratadores, proprietários, transportadoras e médicos veterinários. É muito importante conhecer e identificar os diversos fatores que comprometem a saúde e segurança do animal durante o transporte para minimizar os riscos. 
A logística esportiva dispõe de muitas qualidades e benefícios para ajudar desenvolver o esporte Brasileiro, como a realização de um dos maiores eventos esportivos realizado no Brasil as Olimpíadas 2016, que é um bom exemplo de quanto é importante a logística para a realização deste evento, mesmo que a logística não tenha destaque visual em um evento como este, mesmo assim fica claro a sua importância tecnológica e de execução dos planejamentos de transporte de matérias, equipamento, animais e o principal pessoas, que são essenciais para a realização de qualquer evento esportivo, contudo como qualquer outro seguimento sempre há a necessidade de melhorias. 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Conforme mencionado na literatura o haras que foi entrevistado neste estudo de caso cumpre com as legislações pertinentes e prioriza a saúde e bem estar dos seus animais cumprindo com as legislações pertinentes, porém não cabe somente a ele cumprir e investir em melhorias, responsabilidade também dos órgãos competentes fazer a sua parte, para melhorar a logística esportiva a tornando mais eficaz e consequentemente amplia a acessibilidade das pessoas com o esporte e lazer em qualquer hora e lugar. 
 O objetivo inicial do projeto foi identificar as características que o transporte de carga viva traz para o meio logístico e em seguida o que os órgãos regulamentadores exigem e como são aplicados, a partir disso surgem os problemas logísticos encontrados que é de difícil solução, pois dependem de terceiros para resolução que são órgãos competentes governamentais. 
Com a grande expansão dos esportes com cavalos por todo o mundo, logo veio à deficiência logística. 
O setor logístico brasileiro ainda tem uma infra-estruturar deficiente e falta mais investimento neste setor para ser mais eficiente, com capacidade de investir na ampliação do setor e com custo mais baixo, para adquirir capacidade de competir no mercado com serviço logístico mais barato, eficiente e obter maior rentabilidade. Por falta de infra-estruturar tecnológica e burocracia excessiva, a logística brasileira perde mercado.
A logística esportiva ainda é pouco explorada, é muito difícil de achar material bibliográfico sobre este tema, principalmente sobre transporte de cavalos, ainda é necessário mais estudo e incentivo neste segmento para ser mais bem explorado.
A maioria das legislações de transporte e cuidados com cavalos utilizadas no Brasil não são de origem nacional, assim é necessário uma adequação conforme a realidade do Brasil e ter a possibilidade de poder cumprir com as legislações do exterior, e até se tornar uma referência mundial. 
Com a elaboração deste trabalho foi possível conhecer um pouco mais sobre o transporte de cavalos e os cuidados, legislações e transporte, mas o principal é avaliar quais os problemas enfrentados que anteriormente, nunca tinha imaginado os quais seriam. 
Agora é possível olhar de um ângulo diferente e ver o quão é importante é a logística esportiva que faz possível acontecer grandes “espetáculos” esportivos por todo o mundo levando a beleza, a cultura de inúmeros lugares, devido à dedicação dos atletas e profissionais que fazem este “espetáculo” acontecer. 
Esta pesquisa amplia nosso conhecimento das características especificas do transporte de cavalos e o quanto ainda falta ampliar o conhecimento e pesquisas para poder suprir as necessidades da logística e propor melhorias e aplicá-las para ser mais rentável e competitiva. 
REFERÊNCIAS
AMARO, Inês. Normas de Proteção de animais em transporte. 2.ed. Coimbra:CNA,2006. Acesso em 17 mar. 2017.
BRASIL. Decreto nº 5.741, 30 de março de 2006. O SistemaUnificado de Atenção à Sanidade Agropecuária. Disponível em:<http://www.agricultura.gov.br/arq_editor/Manual%20GTA%20equinos%2015_0.pdf>. Acesso em 17 mar. 2017.
DACOSTA, Lamartine Pereira et al. Cenário de tendências gerais dos esportes e atividades físicas no Brasil. Atlas do esporte no Brasil [Internet]. Rio de Janeiro: CONFEF, p. 21.3-21.16, 2006. Acesso em 17 mar. 2017.
FRANCO, Marília Masello Junqueira; PAES, Antonio Carlos. Anemia infecciosa equina. Veterinária e Zootecnia, v. 18, n. 2, p. 197-207, 2011. Disponível em: <http://hdl.handle.net/11449/140881>. Acesso em 26 mar.2017. 
RIBEIRO, Taciany Almeida; HENRIQUES, Marcelo de Oliveira. Revista eletrônica do cesva. Pleuropneumonia em equino do Exército Brasileiro: relato de caso Disponível:<em:http://faa.edu.br/revistas/docs/saber_digital/2016/10_2016_Saber_Digital.pdf>. Saber Digital, v. 9, n. 1, p. 136-144, 2016. Acesso em 26 mar.2017. 
ROESSLER, Martha; RINK, Bjarke. Esportes hípicos. Atlas do esporte no Brasil. Rio de Janeiro: CONFEF, p. 8216-8219, 2006. Acesso em 26 mar.2017. 
VIDAL, Thaty. Transporte de cavalos para competições. São Paulo, SP: Haras Thaty Vidal, 19 set. 2016. Depoimento realizado para o estudo de caso do Trabalho de Conclusão de Curso.
8ª FATECLOG - LOGÍSTICA, INOVAÇÃO E EMPREENDEDORISMO
 FATEC ZONA LESTE- SÃO PAULO
26 E 27 DE MAIO DE 2017

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