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Direito Civil - capacidade e incapacidade

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UNIVERSIDADE DO CONTESTADO – UnC
CURSO DE DIREITO
LÓREN MATHIAS ROSA
CAPACIDADE E INCAPACIDADE
DIREITO CIVIL I 
PORTO UNIÃO
2015
LÓREN MATHIAS ROSA
CAPACIDADE E INCAPACIDADE
DIREITO CIVIL I
Projeto de Pesquisa da disciplina de Direito Civil I do Curso de Direito, da Universidade do Contestado – UnC, Campus Porto União.
Professor: Jacob Augusto Krapp Hoff
Porto União
2015
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO........................................................................................03
Apresentação do tema.............................................................................03
 Objetos....................................................................................................03
Objeto geral.........................................................................................03
Objeto específicos...............................................................................03
REVISÃO LITERÁRIA.............................................................................04
Capacidade de direito ou de gozo............................................................04
Capacidade de fato ou de exercício.........................................................04
Incapacidade............................................................................................05
Incapacidade absoluta..............................................................................05
Incapacidade relativa................................................................................07
Proteção aos incapazes...........................................................................07
CONSIDERAÇÕES FINAIS.....................................................................08
REFERÊNCIAS........................................................................................09
1 INTRODUÇÃO
APRESENTAÇÃO DO TEMA
A capacidade civil é entendida em nosso ordenamento jurídico como a capacidade plena da pessoa reger sua vida, seus bens, e sua aptidão para os atos da vida civil aborda pelo Código Civil em seu primeiro capítulo: personalidade e a capacidade das pessoas naturais.
Sendo assim, diferencia-se entre elas, pelo fato que a personalidade é atributo do sujeito, desde o inicio de sua natureza, e a capacidade é a aptidão para o exercício de atos e negócios jurídicos. Tendo como principal característica essa prática dos negócios jurídicos, e não ao fato jurídico, e outro ponto é a capacidade é regra e a incapacidade a exceção. 
Contudo, existem duas espécies de capacidade: capacidade de direito e capacidade de fato. E os absolutamente incapazes, os relativamente incapazes. 
OBJETIVOS
1.2.1 Objetivo Geral
Elucidar sobre a capacidade e incapacidade da pessoa natural, e seus aspectos importantes e desenvolver cada conceito posto. Sendo toda pessoa natural possuir o atributo da personalidade, mas nem toda pessoa ostentar o atributo da capacidade. 
Objetivos Específicos
Estudar o tema proposto quanto aos seus aspectos jurídicos;
Posicionar a diferença entre capacidade e incapacidade da pessoa natural;
Explicitar os itens que abordam sobre capacidade.
2 REVISÃO LITERÁRIA
Abordaremos sobre o tema capacidade e incapacidade visto no Código Civil parte geral, livro I – Das pessoas, título I – Das pessoas naturais, em seu capítulo I – Da personalidade e da capacidade (art. 1º a 10).
A justificativa do projeto seria pelo entendimento sobre esses conceitos ao estudo do curso de Direito, da disciplina de Direito Civil. 
Assim, a todo direito deve corresponder um sujeito, explanado no art. 1º do CC – que toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil. E ao decorrer entende-se que no comando legal, não se pode afirmar à pessoa sendo sujeito de direitos e obrigações, mas de direitos e deveres, e quando fala em “pessoa” emprega-se a acepção de todo o ser humano, sem distinção de sexo, idade, credo, raça, desconhece a discriminação racial. Contudo, o termo “pessoa natural”, designa o ser humano tal como ele é. E exclui os animais, os seres inanimados e as entidades místicas e metafísicas. 
E a partir da análise do art. 1º surge a ideia de capacidade dos direitos e dos deveres de uma pessoa. E quanto à personalidade é a soma de aptidões da pessoa, expresso no art. 2º do CC/02: “a personalidade civil da pessoa natural começa com o nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção dos direitos do nascituro”. 
Quando se estuda a pessoa natural à relação capacidade segue sendo o elemento da personalidade “a medida jurídica da personalidade”, sendo classificada em:
2.1 Capacidade de Direito ou de Gozo
	Consiste na possibilidade de que toda pessoa possa ter direitos e deveres, sendo característica inerente ao ser humano, e ninguém pode privar-lhe dessa capacidade no ordenamento jurídico, e só se perde com a morte prevista no texto legal. Essa capacidade ao individuo não pode recusar, se não perde sua qualidade de personalidade. Art. 1º do CC. 
2.2 Capacidade de Fato ou de Exercício
	É a aptidão de exercer por si os atos da vida civil dependendo, do discernimento e a pessoa distinguir o lícito do ilícito, o conveniente do prejudicial. Ou seja, tudo que é “de Direito” é que está escrito na lei. E tudo que é “de Fato” precisa de uma ação, de algo para existir. A capacidade de direito está na lei, por isso, ninguém pode impedir de tê-la. E a capacidade de fato precisa que exista na pessoa com discernimento suficiente para isso.
	Assim, a capacidade jurídica da pessoa natural é limitada, pois uma pessoa pode ter direito sem ter o seu exercício, considerado incapaz, e tendo um representante. Mas a capacidade de exercício pressupõe a de gozo, mas esta pode substituir sem a de fato. E quem tem a capacidade de direito, mais a capacidade de fato é considerado como capacidade civil plena. 
2.3 Incapacidade
	São as pessoas que tem a restrição ao exercício dos atos da vida civil. Entendendo que “a capacidade é a regra e a incapacidade a exceção”. Sendo tudo explicito em lei. 
	Assim não se pode confundir a incapacidade com a proibição legal de efetivar determinados negócios jurídicos com certas pessoas ou em atenção a bens a elas pertencentes. Mesmo se faz em capacidade de gozo que se distingue da legitimação. Por fim, Carnelutti, “fala que a capacidade de gozo é relativa ao modo de ser da pessoa, e a legitimação, à sua posição em reação às outras”. (DINIZ, Maria Helena, curso de direito civil brasileiro, p. 171)
	Contudo, a incapacidade serve para proteger aqueles que necessariamente necessitam que atendimento especial juridicamente, vistos nos arts. 3º. e 4º. do CC/02. Sendo dois tópicos importantes de incapacidade: 
2.4 Incapacidade Absoluta
	Consta no art. 3º. do CC/02, explanando há proibição total para o exercício do direito pelo incapaz. E gerando em caso de violação à regra, a nulidade do negócio jurídico (art. 166, I). 
	Portanto, os absolutamente incapazes possuem direitos, mas não podendo exercê-los, necessitando de um representante. Assim no art. 3º, caput – são absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil: 
Os Menores de 16 anos (CC, art. 3º, I), pelo fato de nessa idade não desenvolveram o discernimento para decidir o que é certo ou errado. O que podem ou não fazer, o que lhes é conveniente ou prejudicial. E por não serem capazes de exercer sozinhos os atos, deve-se ter um representante, seus pais ou tutores nomeados;
Por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o necessário discernimento para a prática desses atos (CC, art. 3º, II), por motivo de ordem patológica ou acidental, congênita ou adquirida, não estão apta para exercer seus atos jurídicos ou administrar seus bens, por falta de discernimento precisando de um curador para representá-los. Portanto, a demência ou fraqueza mental senil, anomalia psíquica, os loucos que é uma espécie de desequilíbrio mental, são algunsfatores que comprovados que não existe o equilíbrio mental podem ser judicialmente representados pelos curadores. E a senilidade só será restrição de capacidade de fato quando for por causa patológica, que afete o estado mental, deixando o idoso sem nenhum meio de exercer seus direitos e ter o discernimento claro. 
Os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua vontade (CC, art. 3º, III), os surdos-mudos, que não conseguirem expressar suas vontades, e não terem nenhum discernimento são considerados incapazes absolutos. Todas as pessoas que estão em estado de coma, perda de memória, paralisia mental, etc., deverão estar representadas por um curador. 
Portanto, aquele que se afastou de seu domicilio, chama-se ausência, que é o instrumento pelo qual protegerá seus bens. Mas não há incapacidade por ausência, apenas uma necessidade de proteger os interesses do desaparecido. E apresentam-se em três fases: 
a) a Curatela de ausente: se dá a caracterização da ausência por sentença declaratória, registrada em cartório; 
b) A Sucessão Provisória: pode ser requerida por qualquer interessado. E se não houver interessados na sucessão provisória, compete se ao Ministério Público requerê-la; 
c) Sucessão definitiva: requerido pelo interessado 10 anos depois de passada em julgado a sentença que concedeu abertura de sucessão provisória ou se provar que o ausente conta 80 anos de idade e que de 5 anos datam as últimas notícias suas. 
2.5 Incapacidade Relativa
	São pessoas que podem exercer os atos da vida civil, mas com assistência. E é violação gerar a anulabilidade ou nulidade relativa do negócio jurídico presente no art. 171, I, do CC, dependendo de iniciativa do lesado.
	São relativamente incapazes:
Maiores de 16 anos e menores de 18 anos (CC, art. 4º, I), pela pouca experiência e insuficiente desenvolvimento intelectual, e só poderão praticar os atos jurídicos se assistidos pelo seu representante. Caso contrário será anulado. Mas alguns menores relativamente incapazes podem praticar sem a assistência, por exemplo, quando se casam; por elaboração de testamento; ser empresário, com autorização; por emancipação.
Os ébrios habituais, os viciados em tóxicos, e os que, por deficiência mental, tenham o discernimento reduzido (CC, art. 4º, II), aqueles que por vício, ou portadores de deficiência mental adquirida, que sofrem uma redução na sua capacidade de entendimento, não poderão exercer os atos na vida civil sem assistência de um curador. 
Os excepcionais, sem desenvolvimento mental completo (CC, art. 4º, III), os portadores de Síndrome de Down e outros portadores de anomalias psíquicas que apresentam sinais de desenvolvimento mental incompleto. E os surdos-mudos também se enquadram quando não receberam a educação necessária para a comunicação e não conseguem exprimir suas vontades com exatidão. 
Os pródigos (CC, art. 4º, IV), são aquelas pessoas que desordenadamente dissipam seus bens ou patrimônios, fazendo gastos desnecessários e excessivos. São interditados tendo a nomeação de um curador, e não podendo comprometer seu patrimônio. 
2.6 Proteção aos incapazes: Essa proteção é atrás de representante ou assistência, para assegurar sua segurança, como pessoa ou seu patrimônio, assim deixando-o a exercer seus exercícios de direitos (CC, arts. 115 a 120, 1.634,V, 1.690,1.734, com relação da Lei. n. 12.010/2009, 1747, I, 1767).
	Assim torna apto em alguns casos para exercer os atos da vida civil sem necessidade de tutores, quando a menoridade é cessada ao completar 18 anos; a loucura cessa. 
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
	Logo, conclui-se que a capacidade é aptidão para gozar de direitos e assumir deveres. E no Código Civil Brasileiro considera-se a capacidade inerente a toda pessoa, e a incapacidade de fato ou de exercício apenas para fins a prática dos atos da vida civil. Assim, são capazes maiores de 18 anos ou emancipados, podendo praticar todos os atos da vida civil. Porém, a incapacidade segue com dois tópicos, os absolutamente incapazes e o relativamente incapaz. 
	
REFERÊNCIAS
Código Civil, 2015; 
DINIZ, Maria Helena; Curso de Direito Civil Brasileiro, volume 1: teoria geral do direito civil. 32ª ed. – São Paulo: Saraiva, 2015;
TARTUCE, Flávio; Direito Civil, volume 1: lei de introdução e parte geral. 2ªed. – SãoPaulo: Método, 2007.

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