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História da Hemoterapia

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ESCOLA LAFAYETTE
CURSO TÉCNICO DE ENFERMAGEM
HEMOTERAPIA
PROFª ENFª MARLENE COLOMBO
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História da Hemoterapia
A história da hemoterapia, ciência que estuda o tratamento de doenças com sangue, pode ser dividida em dois grandes períodos: o empírico, também conhecido como fase heróica, cujas primeiras referências remontam aos gregos e vai até 1900 e o científico a partir de 1900,
Fase Empírica:
 Os gregos reconheciam o sangue como sustentáculo da vida. Os gladiadores romanos ingeriam sangue para ficarem mais fortes e corajosos. 
Em 1569 Andréa Cisalpino descobriu a circulação sangüínea, que foi descrita em 1627 por Willian Harvey, “fato considerado como uma base verdadeiramente científica da transfusão. (BAIOCHI, BORDIN, CAMANO, 1993)  A partir de então, médicos de todas as nacionalidades passaram a estudar a transfusão em animais e em humanos, das mais diversas formas. A primeira transfusão (1667) foi feita do sangue de um carneiro para um paciente portador de tifo, que faleceu quase que imediatamente, após inúmeros efeitos colaterais como: Vômitos, diarréia, urina escura, pulsação acelerada entre outros. A viúva moveu um processo e, a partir do fato, o tribunal de Chatelet somente autorizava novas transfusões após aprovação dos médicos da Faculdade de Paris, que em 1670 se declararam terminantemente contrários ao método.  
As tentativas de transfusão passaram para o sistema braço a braço, onde um ser humano doava para outro. Esta terapia era aconselhada para socorrer pacientes acometidos de hemorragias Graves. Devido ao grande número de insucessos, esta prática ficou proibida durante 150 anos na Europa.
Fase Científica:
Em 1900, Landesteiner descobriu que existiam diferentes tipos sangüíneos entre as pessoas, denominando-os de A, B, AB (contém elementos de A e B) e o outro tipo, diferente dos três anteriores, que denominou 0 (zero) (não contém elementos A e B), que com o passar do tempo foi denominado O (vogal).
A classificação em diferentes grupos de sangue permitiu estabelecer as compatibilidades e incompatibilidades entre os indivíduos, estabelecendo-se a base científica para a utilização do sangue como agente terapêutico. 
As descobertas de anticoagulantes por Loitt e Mollison permitiram iniciar o processo de armazenamento e estocagem de sangue, possibilitando sua preservação in vitro
Em 1926 surgiu em Moscou o primeiro Centro de Hematologia e Transfusão de sangue e, na década de 30, centros de transfusões havia sido instalado pelo mundo todo, apesar do Fator RH ter sido descoberto somente em 1942, igualmente por Landesteiner.
Esta nova descoberta permitiu classificar o sangue das pessoas também por Fator RH
positivo (existe a presença do fator) e Fator RH negativo (ausência do fator), constituindo-se em base sólida para a compatibilidade da transfusão de sangue e seus componentes.
Nos dizeres de JUNQUEIRA (1979) no “início do nosso século tivemos firmado o progresso da transfusão com as quatro ordens de conhecimentos: o descobrimento dos grupos sanguíneos, do fator RH, o emprego científico dos anticoagulantes, o aperfeiçoamento sucessivo da aparelhagem de colheita e de aplicação, e conhecimento mais rigoroso das indicações e contra indicações do uso do sangue”.  Após a IIª Guerra Mundial, devidos aos progressos científicos e o crescimento da demanda, surgiram no Brasil os Bancos de Sangue privados, o que gerou uma situação de comércio e lucratividade, sustentada na falta de esclarecimento da população, favorecendo a proliferação de doenças transmissíveis pelo sangue e o baixo rendimento transfusional. 
Na década de 70, impulsionado pelo avanço da AIDS, o governo cria os Hemocentros públicos, trazendo a difusão de novos conceitos como:
Sangue, um bem não mercantil. 
Doação voluntária e gratuita. 
Programas de captação de doadores voluntários de sangue. 
Fracionamento adequado – transfusão seletiva. 
Obrigatoriedade de testes sorológicos. 
Hoje, no Brasil, os serviços hemoterápicos são regidos pelas normas técnicas explicitadas na portaria 13.767/93, seguindo-se os princípios da moderna hemoterapia.
HEMOTERAPIA:
É a utilização do sangue ou parte dele no tratamento de pacientes com o objetivo de suprir a sua deficiência ou perda.
HEMO = SANGUE
TERAPIA = TRATAMENTO
Por isso é indispensável que dentro de um Banco de Sangue, o pessoal técnico que efetua a coleta, fracionamento, exames imunohematológicos e transfusão, conheça apropriadamente o sangue e suas funções.
O SISTEMA CIRCULATÓRIO:
O sangue circula em todas as partes do organismo através de uma vasta rede de veias, artérias e capilares, impulsionado pelo coração.
Do coração e dos pulmões saem as artérias levando oxigênio e nutrientes para todos os tecidos e nele chegam às veias transportando impurezas, que são eliminadas pelo fígado e rins e gás carbônico, que é eliminado pelos pulmões.
Chama-se volemia a quantidade de sangue que uma pessoa possui. Calcula-se aproximadamente como 70ml/kg.
Exemplo: Indivíduo com 50kg
Volemia = 50kg x70ml = 3,5l
COMPONENTES E FUNÇÃO DO SANGUE:
 SANGUE:
 	O sangue é um tecido vivo que circula pelo corpo, levando oxigênio e nutrientes a todos os órgãos. Ele é composto por plasma, hemácias, leucócitos e plaquetas. 
O sangue é produzido na medula ossos chatos, vértebras, costelas, quadril, crânio e esterno.Nas crianças, também nos ossos longos, como e fêmur, produzem sangue.
O sangue é um tecido do nosso organismo e desempenha basicamente três funções muito importantes:
Transporte de oxigênio e gás carbônico, nutriente, metabólitos, hormônios;
 Defesae transporte de glóbulos brancos envolvidos nas reações imunológicas;
 Coagulação. Nos pontos de ruptura ou rompimentos de vasos;
Manutenção da temperatura através da vasodilatação e vasoconstrição.
PASMA:
O plasma é a parte líquida do sangue, de coloração amarela palha, composto de água (90%), proteínas e sais minerais.
Através dele circulam por todo o organismo as substâncias nutritivas necessárias à vida das células. Estas substâncias são: proteínas, enzimas, hormônios, fatores de coagulação, vitaminas, anticorpos e albumina. O plasma representa aproximadamente 55%do volume de sangue circulante.
HEMÁCIAS:
As hemácias são conhecidas como glóbulos vermelhos ou eritrócitos devidos o seu teor de hemoglobina, uma proteína avermelhada que contém ferro.
 A principal função das hemácias é conduzir a hemoglobina, que é o pigmento encarregado do transporte de oxigênio, entre os pulmões e os tecidos.
Quando a hemoglobina esta carregada de oxigênio é chamada de oxiehemoglobina que confere a cor vermelha vivo, a cor do sangue arterial.
Quando a hemoglobina não esta inteiramente combinada ao oxigênio é chamada de hemoglobina reduzida e tem tonalidade vermelha mais escura, cor do sangue venoso.
A vida média das hemácias é de 120 dias após elas são destruídas pelo fígado e baço, desenvolvendo uma reação que colabora para a formação de novas hemácias.
Existem 4,5 a 5 milhões de hemácias por milímetro cúbico de sangue.
Valores de referência:
Homem: Ht. 40 – 42%				Mulher: Ht. 35 – 47%
		 Hb. 14 – 16 mgdl					 Ht. 12 – 15 mgdl
	Hematócrito – percentagem ocupada pelas hemácias no sangue.
	Anemia: número de hemácias reduzido.
	Policitemia – número de hemácias aumentado.
 LEUCÓCITOS:
Os leucócitos, também chamados de glóbulos brancos, fazem parte da linha de defesa do organismo e são acionados em caso de infecções, para que chegam aos tecidos na tentativa de destruírem os agressores como vírus e bactérias.
.Existem entre 5 a 10 mil leucócitos por milímetros cúbicos de sangue. Os leucócitos vivem em média uma semana.
GRANULOSOS:
Neutrófilos (60 – 70%): fagocitam bactérias e corpos estranhos englobam e os digerem em uma hora.
Eosinófilos (02 – 04%): participam das reações alérgicas produzindo histamina e heparina para evitar a coagulação,permitindo a chegada de novos leucócitos.
Basófilos (1%): também participam dos processos alérgicos produzindo histamina que aumentam o diâmetro dos poros facilitando a chegada de novos leucócitos
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AGRANULOSOS:
	Linfócitos B e T(25-45%): partição do processo da reação alérgica, imunitária e produzindo e regulando anticorpos.
Monócitos (3-6%) originam os macrófagos que são células especializadas em fagocitar.
.
 Fagocitose: ato em que as células e organismos unicelulares englobam os corpos estranhos.
Leucocitose: número aumentado de leucócitos acima de 10.000
Leucopenia: número reduzido de leucócitos abaixo de 5.000
.PLAQUETAS OU TROMBÓCITO:
As plaquetas são pequenas células que tomam parte no processo da coagulação sangüínea, agindo nos sangramentos (hemorragias).
 Existem entre 150 a 300 mil plaquetas por milímetro cúbico de sangue.Elas atuam como fator de coagulação sanguínea impedem hemorragias maiores, quando um vaso é lesado. As plaquetas vivem em média nove dias.
Assim, quando houver qualquer disfunção ou falta de algum destes constituintes do sangue, teremos doenças, como anemia, hemorragia, choque hipovolêmico, etc., que devem ser tratados em alguns casos pela reposição destes constituintes, ou seja, por TRANSFUSÃO.
Trombocitopenia: número diminuído de plaquetas;
Trombocitose: número aumentado de plaquetas
COAGULAÇÃO DO SANGUE:
.
 	É um processo no qual os componentes do sangue são transformados em um material semi-sólido chamado de coágulo sanguíneo. O coágulo é composto basicamente de células do sangue aprisionados em uma rede de fibrina, que se forma a partir das proteínas plasmáticas como resultado de uma complexa série de reações, conhecida também como “cascata da coagulação”.
	Muitos fatores participam nas reações. Os fatores de coagulação são os fatores que se encontram inativos nas plaquetas, no plasma e nos tecidos. A partir do momento que ocorre lesão de um tecido, com sangramento, as plaquetas se aglomeram no local juntamente com os fatores de coagulação.
EXERCÍCIOS:
Qual a finalidade da matéria de hemoterapia?
Na História da hemoterapia houve acontecimentos importantes e marcados por fases. Defina estas fases e o que aconteceu em cada uma delas:
Em que época surgiu o primeiro centro de hematologia?
Em 1942 ocorreu uma grande descoberta. Qual foi e quem a descobriu?
Em 1979 JUNQUEIRA afirma que tivemos quatro ordens de conhecimentos. Quais foram?
O que aconteceu no Brasil após a II Guerra Mundial?
Na década de 70, o governo cria Hemocentros públicos, trazendo novos conceitos. Quais foram?
Defina o que é hemoterapia:
9) Cite 05 função do técnico de enfermagem em um banco de sangue:
10)O que significa volemia? E como é calculada.
11)Onde o sangue é produzido?
12)Quais são as funções do sangue?
13)O que é o plasma e que substâncias ele contêm?
14)Faça um paralelo entre as células do sangue, enfocando a função de cada uma e quantidade normal no sangue.
15)Em que órgão as hemácias são destruídas, e a forma finalmente?
16)Quais são os tipos de leucócitos e suas funções?
17)Como é o mecanismo de coagulação sanguínea?
18)Defina:
Anemia, Policitemia, Hematócrito, Fagocitose, Leucocitose, Leucopenia, Trombocitopenia, Trombocitose.
DOENÇAS DO SISTEMA HEMATOLÓGICO:
.ANEMIA:
	A anemia é uma patologia que indica o número reduzido de hemácias e hemoglobina ou um hematócrito inferior ao normal (35% a 47%). Consiste na quantidade insuficiente de hemoglobina para fornecer oxigênio aos tecidos.
	Existem inúmeros tipos de anemias, com origens diversas, desde a produção inadequada de hemácias, até a destruição prematura ou excessiva de eritrócitos. A causa mais comum é a perda de sangue, mas outro fato etiológico como os déficits de ferro e outros nutrientes, os fatores hereditários e as doenças crônicas.
ANEMIA APLÁSTICA:
É um distúrbio caracterizado por diminuição das células precursoras da medula óssea e a substituição da medula por gordura, resultando na diminuição de todas as células sangüíneas.
 Causas: pode ser sem causa aparente ou causada pela exposição a toxinas químicas, radiações, viroses, principalmente hepatites e certas drogas (como o cloranfenicol) e pode ser congênita. 
 	Sinais e sintomas: palidez, fraqueza, fadiga, dispnéia aos esforços, palpitações, ocorre o sangramento das gengivas, nariz, tratos gastrintestinal etc...
Tratamento: retirada do agente causal ou toxina, transplante alógeno de medula óssea, tratamento imunossupressor com corticóides e quimioterápicos. O tratamento de suporte inclui transfusões de plaquetas e eritrócitos, antibióticos e antifúngicos.
 ANEMIA FERROPRIVA:
É uma condição na qual o teor de ferro total no organismo está abaixo do nível normal, afetando a síntese de hemoglobina.Causas: pode decorrer da perda crônica de sangue (sangramento digestivo, sangramento menstrual excessivo, infestação por ancilóstomo), da má absorção de ferro (doença do intestino delgado), da maior necessidade (durante a gravidez e nos períodos de crescimento rápido), da ingesta insuficiente (perda de peso, dieta inadequada). A diminuição da hemoglobina pode resultar em oferta insuficiente de oxigênio aos tecidos do organismo. É o tipo mais comum de anemia, um dos principais problemas de saúde nos paises em desenvolvimento.
Sinais e sintomas: cefaléia, tonteira zumbido, palpitações, dispnéias aos esforços, palidez da pele e mucosas, língua lisa e ulcerada, fadiga e desejo de comer coisas incomuns, como por exemplo: argila, barro, talco etc...
Tratamento: correção da perda crônica do sangue, suplementação oral ou parenteral de ferro, com sulfato ferroso oral é preferido e mais barato, e se a pessoa não tolerar, emprega-se a terapia parenteral.
Complicações: o comprometimento grave da capacidade do sangue de transportar oxigênio pode predispor a IAM e AVC, devido à necessidade do maior aporte sangüíneo para os tecido.
 
ANEMIA PERNICIOSA OU MEGALOBLÁSTICA:
É um tipo de anemia associado à deficiência de vitamina B12 e ácido fólico.
 Causas: deficiência de vitamina B12, por defeito da mucosa gástrica em secretar o fator intrínseco que uma substancia que é necessária para a absorção da vitamina B12 no intestino delgado. Isto pode acontecer devido a uma gastrectomia parcial, doença do intestino etc.
Manifestações clínicas: palidez, fadiga, dispnéia aos esforços, palpitações, angina pectoris, ICC, ulcerações na boca, glossite, língua saburrosa, lábios fisurados, anorexia, náusea, vômitos, perda de peso, indigestão, desconforto gástrico, diarréia ou constipação. 
 Tratamento: reposição parenteral com hidroxicolabamina ou cianocolabamina (B12) se necessário, e reposição de ácido fólico por via oral.
 	
ANEMIA FALCIFORME:
É uma anemia grave resultante de um defeito congênito na molécula da hemoglobina (de forma de foice) e associado com crises de dor. Esta doença debilitante é encontrada predominantemente em pessoas de origem africana.
Causas: alterações que constam nos gens devido ao defeito na composição da molécula de hemoglobina.
Sinais e sintomas: a hemoglobina fica em forma de foice devido à diminuição do aporte de oxigênio, quando estas hemoglobinas se empinham umas contras as outras o fluxo de sangue para uma região ou órgão pode se tornar lento, causando a isquemia e então a dor e o edema. Outros sintomas como taquicardia, insuficiências cardíacas (cardiomegalia) também são observadas.
 Tratamento: não existe um tratamento especifico para este tipo de anemia. Os pacientes devem ser orientados a evitar grandes altitudes, desidratação e fadiga, toda a infecção deve ser rapidamente tratada. O tratamento é basicamente sintomático.
HEMOFILIA:
	São distúrbios hemorrágicos e hereditários. Há dois tipos de hemofilia A e B. A hemofilia do tipo A deve-se a deficiência do fator VIII e a hemofilia do tipo B devem-se a deficiência do fator IX. Ambas são herançasautossômicas ligadas ao cromossomo X, de modo que quase todas as pessoas afetadas são do sexo masculino, sua mãe e irmãs são portadoras, mas, porém assintomática.
Sinais e sintomas: é uma doença grave, manifestando-se por sangramentos nos músculos, articulações e tecidos moles, até mesmo após um traumatismo leve. È freqüente o paciente sentir dor articular antes de observar o edema e limitação do movimento. Muitos pacientes tornam-se inválidos pela lesão articular antes da idade adulta. Pode ocorrer hematúria e sangramento digestivo espontâneo. A doença é reconhecida na primeira infância.
 Tratamento: o tratamento é realizado através de concentrados dos fatores VIII e IX, e os pacientes recebem os concentrados quando sangram ativamente ou como medida profilática antes de procedimentos dentários e cirurgias.
Cuidados Gerais: evita-se administrar aspirina ou injeções intramusculares nos pacientes hemofílicos. A higiene oral e muito importante como medida preventiva. As talas e outros dispositivos ortopédicos podem ser úteis nos pacientes com hemorragia articular ou muscular.
 LEUCEMIA:
A leucemia é um processo neoplásico, no qual há uma proliferação ou o acúmulo desregulado de leucócitos na medula óssea, baço, fígado e nos linfonodos, podendo ocorrer invasão em órgãos não hematológicos como: meninges, trato gastrintestinal, rins e pele. As células leucêmicas são imaturas pouco diferenciadas, com grande capacidade de proliferação. As células as leucêmicas são imaturas pouca diferencias, com grande capacidade de ploriferação.
Causa: a causa é desconhecida, sabe-se que podem ser associadas à exposição à radiação, vírus, distúrbio genético e suscetibilidade familiar.
As leucemias são classificadas de acordo com a linhagem celular afetada como:
* Leucemias Mielóciticas Aguda (afetam a matriz da medula óssea): Todas idades
* Leucemias Mielóciticas Crônica: menos de 20 anos
* Leucemias Linfocítica Aguda (proliferação maligna de linfoblastos): 04 aos 15 anos
* Leucemia Linfocítica Crônica: 50 aos 70anos
 	Sinais e sintomas: Fraqueza, fadiga, tendências hemorrágicas, petéquias, equimoses, dor, cefaléia, vômitos, febre e infecções. Leucopenia, anemia, trombocitopenia e esplenomegalia.
Tratamento: Quimioterapia, radioterapia, transplante de medula óssea, e imunossupressores.
 Quimioterapia: é o uso de drogas antineoplásicas para destruir células tumorais através da interferência na função e reprodução das células. Inclui o emprego de vários quimioterápicos e hormônios. O objetivo da quimioterapia é destruir tantas células tumorais quanto possível, com efeito, mínimo nas células saudável, pode ser feito com o objetivo de curar, controlar ou paliativo. Não deve ser utilizada se não houver benefícios razoáveis ao paciente.
Radioterapia: é o uso de feixes ionizante de alta energia para tratar o câncer e certas doenças benignas. Determinam lesão molecular, alterações bioquímicas e morte da célula por interrupção do ciclo reprodutor. Usada isoladamente ou combinada com a cirurgia ou a quimioterapia, dependendo do estágio da doença e do objetivo do tratamento.
 PÚRPURA TROMBOCITOPÊNICA IDIOPÁTICA:
	A púrpura trombocitopênica idiopática (PTI) é uma doença que afeta as pessoas em todas as idades, mas comum entre mulheres, jovens e crianças. O diagnóstico é feito através da diminuição da contagem e do tempo de sobrevida das plaquetas. A média normal de sobrevida das plaquetas é de nove dias.
Causas: ainda é desconhecida, mas em crianças algumas vezes aparecem após algumas infecções virais.
	Sinais e sintomas: podem começar subitamente com petéquias, sangramento da mucosa oral e aumento do fluxo no período menstrual nas mulheres.
	Tratamento: terapêutica medicamentosa com uso de corticóides. Os pacientes são instruídos a evitar todas as medicações que interferem na função plaquetária.
EXERCÍCIOS:
Faça um paralelo com o significado de:
	Anemia
	Hemofilia
	Leucemia
Relacione uma coluna com a outra:
	(1) anemia aplásica
(2) anemia falciforme
(3) anemia perniciosa
	() caracterizada pela diminuição de ferro no organismo
() caracterizada pela falta de ácido fólico e Vit B12
() caracterizada pela produção de hemoglobina deformada.
Quais são os principais sintomas de modo geral das anemias?
O que o hemofílico apresenta de sintomas?
Qual é o tratamento da hemofilia?
Descreva anemia e suas causas:
Defina anemia aplástica, cite suas causas e tratamento:
Quando ocorre anemia ferropriva? Quais os sinais e sintomas?
O que causa a anemia perniciosa?
10)Cite a causa, sinais e sintomas da anemia falciforme:
O que é hemofilia? Qual o tratamento utilizado?
Como podemos definir leucemia?
13) Quais os sinais e sintomas da leucemia?
.NOÇÕES BÁSICAS DE IMUNOHEMATOLOGIA
CONCEITO:
Para que uma transfusão tenha êxito, é preciso uma adequada interpretação dos testes de tipagem sanguínea e provas cruzadas. Para isso, é necessário um conhecimento mínimo da imunohematologia, que é a ciência que estuda os ANTÍGENOS e os ANTICORPOS de grupos sanguíneos e suas interações (reações). 
 ANTÍGENOS:
São substâncias capazes de provocar no organismo uma resposta defensiva, que se expressa pela produção de anticorpos. Existem antígenos endógenos e antígenos exógenos.
Antígenos exógenos:
São aqueles que vem do exterior, do organismo de outra espécie, como os contidos em fungos, vírus, bactérias, pólen, drogas, etc. Quando estranhos ao nosso organismo, vão provocar a formação de uma substância para atacá-los, os anticorpos. É graças à formação destes anticorpos que nosso organismo se defende da agressão de micróbios, que levam a doença.
ANTÍGENOS ENDÓGENOS:
São aqueles que fazem parte de indivíduos da mesma espécie, portanto fazem parte do nosso organismo. São as expressões genéticas do que herdamos dos nossos pais, por isso nascemos com eles.
Aqui estão incluídos os antígenos de grupos sanguíneos, objeto de estudo da imunohematologia. Eles se localizam na superfície das hemácias e dão o nome aos grupos sanguíneos aos quais ao indivíduo pertence.
Ex: Indivíduo com antígeno A = Grupo A
Indivíduo com antígeno Rh ou D = Grupo Rh+.
Os antígenos que pertencem a um endividou fazem parte de sua estrutura desde sua concepção, por isto é –lhe inofensivos, isto é, não lhe podem fazer mal.Porém, quando introduzidos noutro indivíduo que não os possua, podem por em risco a vida deste, pois funciona como um “corpo estranho”.
Toda vez que uma pessoa receber antígenos que não possua, seu organismo produzirá substâncias que são chamadas de ANTICORPOS.
 ANTICORPOS:
São substâncias produzidas em um organismo contra antígenos estranhos a este. 
A função do anticorpo é destruir ou neutralizar o antígeno que causou sua produção. Ele age tão somente sobre antígenos idênticos aos que o estimularam, não atacando outros antígenos. A isto se chama ESPECFICIDADE do anticorpo.
Os anticorpos não nascem conosco, como os antígenos. Eles são adquiridos ao longo dos anos, à medida que nos expomos a antígenos estranhos.
Também os antígenos de grupos sanguíneos, quando introduzidos num indivíduo que não os possui, vão provocar a produção de anticorpos eritrocitários, que se acham livres no plasma.
FORMAÇÃO DE ANTICORPOS:
O contato do organismo com antígenos pode ocorrer de várias maneiras, como inalação, ingestão, contato, parenteral, etc., pois em tudo hà antígenos no ar, nas plantas, vacinas, medicamentos, alimentos, transfusões, etc. E quando estes antígenos forem estranhos ao nosso organismo, haverá produção de anticorpos.
Exemplo:
 – Indivíduo com antígeno A, B e C, recebe um antígeno A. Nada ocorrerá, pois este antígeno não é estranho ao seu organismo.
 – Indivíduo com antígeno A, B e C recebe um antígeno F. Formará um anticorpo anti-F, pois este antígeno é estranho ao seu organismo.
Anti-F atacará somente F, jamais os antígenos A, B ou C, pois o anticorpo formadopossui um encaixe perfeito para destruir o antígeno que lhe deu origem e outros idênticos a este (especificidade). 
Normalmente o antígeno e seu anticorpo correspondente não estão presentes ao mesmo tempo em um mesmo indivíduo, isto é, nós não produzimos anticorpos contra nossos próprios antígenos, porque eles não nos são estranhos. Logo, se um individuo possui um antígeno A, ele jamais poderá ter o anticorpo anti-A ao mesmo tempo.
Nos casos de grupos sanguíneos, o contato com antígeno estranho se dará por transfusão de sangue e ou gravidez incompatíveis.
REAÇÃO ANTÍGENO / ANTICORPO:
Podemos detectar os antígenos e os anticorpos através de técnicas que provoquem uma reação entre os dois. Em relação aos grupos sanguíneos as reações mais comuns são a AGLUTINAÇÃO e a HEMÓLISE.
Existem vários tipos de anticorpos e, como veremos adiante, dependendo do tipo envolvido na reação, haverá maior ou menor facilidade em visualiza-las.
AGLUTINAÇÃO: é quando um anticorpo se liga a seu antígeno correspondente, forma uma “ponte” que liga as hemácias entre si, isto é, as células vão aderindo aos poucos umas às outras até formarem grumos ou aglutinados visíveis a olho nu.
HEMÓLISE: muitas vezes a reação antígeno/anticorpo causa hemólise das hemácias, isto é, em vez das células se aglutinarem quando em contato com o anticorpo, elas se rompem, liberando hemoglobina para fora das hemácias. Isto ocasiona uma coloração rósea no plasma.
STEMAS DE GRUPOS SANGUÍNEOS:
Existem vários sistemas de grupos sanguíneos sendo que os mais importantes para Hemoterapia são Sistema ABO e o Sistema Rh.
Estes sistemas são independentes entre si, isto é, o indivíduo que pertence a um grupo de um sistema, também pertence a qualquer grupo de outro sistema.
Entende-se por grupo sanguíneo de um sistema a presença ou ausência de algum antígeno deste sistema. 
Ex: Indivíduo classificado como A+ .Significa que ele possui o antígeno A do sistema ABO e o antígeno D do sistema Rh.
O SISTEMA ABO:
Foi o primeiro a ser descoberto 1900 por Karl Landestainer. Do ponto de vista médico é o mais importante na clínica transfusional.
O sangue é classificado em grupos:
	O+
A+
B+
AB+
	O-
A-
B-
AB-
Os grupos mais importantes são ABO e Rh (+ ou -). A incidência destes grupos varia de acordo com a raça, pois se trata de um fator hereditário.
Percentualmente, sua ocorrência na população é de aproximadamente:
	O+
O-
B+
B-
A+
A-
AB+
AB-
	36%
9%
8%
2%
34%
8%
2,5%
0,5%
Este sistema possui dois antígenos, o antígeno A e o antígeno B e dois anticorpos, o anti-A e o anti-B.
Como vimos, o antígeno que o indivíduo possui determinará a que grupo pertence.
	Antígeno
A
B
A e B
Nenhum
	Grupo ABO
A
B
AB
O
Também já visto o indivíduo que possui um destes antígenos, não possui o anticorpo específico contra ele, se não destruiria suas próprias hemácias, porém apresentam o anticorpo contra o antígeno que NÃO possui. 
�
Então:
	Grupo
A
B
A B
O
	Anticorpo
Anti-A
Anti-B
nenhum
Anti-A e Anti-B
	Grupo
A
B
AB
O
	A Antígeno (hemácias)
A
B
A e B
Nenhum
	Anticorpo (plasma)
Anti-A
Anti-B
nenhum
Anti-A e Anti-B
 Anticorpos ABO:
Como vimos anteriormente para haver produção de anticorpos é necessário que o indivíduo entre em contato com antígenos estranhos à sua constituição. No caso de grupos sanguíneos, através de transfusão ou de gravidez incompatíveis.
Esta regra, porém, não é seguida pelo sistema ABO que possui uma característica peculiar em relação aos outros sistemas.O s seus anticorpos (anti-A e anti-B) são NATURAIS, isto é ele, não precisa de estímulo maior para produzi-los, como transfusão ou gravidez.
Isto se dá por haver na natureza substâncias semelhantes quimicamente aos antígenos A e B. Estas substâncias estão em alimentos bactérias, vacinas, remédios etc. Assim, quando o indivíduo não possuir, por exemplo, o antígeno A e entrar em contato com uma substância parecida com A, irá reconhece-la como estranha e formará um anticorpo anti - A. O mesmo é valido para quem não possuir o antígeno B. Formará anti B.
Por esta peculiaridade o sistema ABO é o que tem maior importância do ponto de vista transfusional, pelo fato de ser o único em que os anticorpos está presente regularmente quando não se encontra o antígeno correspondente. Se Hemácias B são colocadas em individuo A, os anticorpos anti B já estão prontos na circulação deste receptor para ataca-las, podendo levar o paciente a morte.
Está produção de anticorpos inicia por volta do terceiro mês diminuindo na velhice.
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Antígeno ABO:
Como vimos, os antígenos do Sistema ABO são o A eo B, formando os grupos A, B, AB e O, conforme sua presença ou não nas hemácias.
Classificação ABO:
 Uma vez que os indivíduos possuem antígenos nas hemácias e regularmente anticorpos no plasma, a tipagem ABO é feita de duas maneiras:
Tipagem Direta: pesquisa de antígenos nas hemácias.
Tipagem reversa: pesquisa de anticorpos no plasma.Sempre se deve fazer estes dois testes, pois um confirma o outro e dá-nos a certeza do grupo.
Assim, o objetivo da tipagem ABO é a identificação de seus antígenos e anticorpos, com a finalidade de classifica-los nos grupos A, B, AB ou O .
Os REAGENTES usados variam conforme o que vamos pesquisar. Na pesquisa de antígenos nas hemácias (tipagem direta), usamos anticorpos conhecidos (anti-A, anti-B). Na pesquisa de anticorpos no plasma (tipagem reversa), usamos antígenos conhecidos (A e B).
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TIPAGEM DIRETA: usamos hemácias do paciente + soro reagente anti-A e anti-B.
		= aglutinação
		= sem aglutinação
	Anti-A			Anti-B
Os antígenos A das hemácias se ligam aos seus anticorpos correspondente anti-A do reagente provocando uma reação de aglutinação.
	Anti-A			Anti-B
Os antígenos B das hemácias se ligam aos seus anticorpos correspondentes anti-B do reagente, provocando uma reação de aglutinação.
	Anti-A			Anti-B
Tanto os antígenos A quanto os antígenos B se ligam aos seus anticorpos correspondentes dos reagentes anti-A e anti-B, provocando uma reação de aglutinação.
	Anti-A			Anti-B
Como o grupo O não possui antígenos A e B, não haverá aglutinação, pois os anticorpos anti-A e anti-B dos reagentes, não tem onde se ligar.
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 TIPAGEM REVERSA: usamos plasma do paciente mais hemácias reagentes A e B.
Os anticorpos anti-B do plasma ligam-se aos antígenos B do reagente, provocando uma reação de aglutinação. O grupo que possui anti-B é o grupo A.
Os anticorpos anti-A do plasma ligam-se aos antígenos A, do reagente, provocando uma reação de aglutinação. O grupo que possui anti-A é o grupo B.
Não há reação de aglutinação, pois o grupo AB como possui os dois antígenos A e B, não possui anticorpos e as hemácias reagentes não tem onde se ligar.
Os anticorpos anti-A e anti-B do plasma ligam-se aos antígenos A e B do reagente provocando uma reação de aglutinação. O grupo possui anti-A e anti-B é
o grupo O.
RESUMINDO:
	GRUPO
A
B
AB
O
	ANTÍGENO
A
B
A e B
NENHUM
	ANTICORPO
ANTI-B
ANTI-A
NENHUM
ANTI-A e ANTI-B
O sistema Rh:
Este sistema foi descoberto depois do Sistema ABO, em 1940.
 Antígeno Rh:
O sistema Rh possui vários antígenos, como D, C, E, c, e, etc., porém o de maior importância para a clínica transfusional é o Antígeno D ou Rh.
É a presença ou ausência deste antígeno D nas hemácias que determina se um indivíduo é Rh positivo ou Rh negativo.
Assim, indivíduo com antígeno D presentes nas hemácias são Rh positivo e indivíduos com antígenos D ausentes das hemácias são Rh negativos.
FREQUÊNCIA DO ANTÍGENO D NA POPULAÇÃO:
	ANTÍGENO D
PRESENTEAUSENTE
	GRUPO
Rh POSITIVO
Rh NEGATIVO
	FREQUÊNCIA
85%
15%
Como se vê, a freqüência de sangue Rh negativo é apenas 15%, por isso da dificuldade de estoque nos Bancos de Sangue.
Anticorpos Rh:
No Sistema Rh não existe a ocorrência de anticorpos naturais, como no Sistema ABO, pois não existe na natureza substância quimicamente semelhante ao antígeno D. Assim, indivíduo Rh negativo (que não possui o antígeno D), não terá regularmente o anticorpo anti-D, como ocorre no sistema ABO.
A produção de anticorpos anti-D somente ocorrerá em um indivíduo Rh negativo através da introdução em seu organismo de hemácias com o antígeno d, ou seja, hemácias Rh positivas.
Isto ocorre através de transfusão ou gravidez incompatível.
Exemplo:
Transfusão de sangue Rh positivo em receptor Rh negativo: os antígenos D do doador Rh positivo agirão como “corpo estranho” no receptor, uma vez que ele não possui este antígeno, fazendo-o formar anti-D.
*Doador Rh positivo + Receptor negativo = Formação de anti-d no receptor.
Posteriormente, se este receptor Rh negativo que formou anticorpos anti-D receber mais sangue Rh positivo, o anti-D por ele formado se ligarão as hemácias transfundidas e as destruirá, configurando-se uma REAÇÃO HEMOLÍTICA.
* Doador Rh positivo + Receptor Rh negativo com anti-D = reação hemolítica no Receptor.
Gestante Rh negativo de feto Rh positivo: os antígenos d do feto Rh positivo agirão como “corpo estranho” quando em contato com a circulação materna, fazendo-a formar anticorpos anti-D.
Gestante Rh negativo = feto Rh positivo = formação de anti-D pela mãe.
Posteriormente se esta mãe engravidar de outro feto Rh positivo, as hemácias deste feto contendo o antígeno D serão destruídas pelos anticorpos maternos anti-D, configurando-se a DOENÇA HEMOLÍTICA DO RECÉM NASCIDO.
Mãe Rh negativo com anticorpos anti-D + feto Rh positivo + Doença Hemolítica do Recém - nascido.
Como pode se ver, o mecanismo da formação de anti-d é igual em ambos os casos, transfusão e gravidez incompatíveis. Então esta mãe poderá também, ao receber sangue Rh positivo, desenvolver uma reação hemolítica, uma vez que possui anticorpo anti-D.
Estes anticorpos anti-D, que se encontram apenas no plasma de indivíduos Rh negativos que tiveram contato com sangue Rh positivo, por serem de ocorrência natural, são chamados de anticorpos irregulares.
EXERCÍCIOS:
1) Defina antígenos:
O que são antígenos exógenos e endógenos?
Onde se localizam os antígenos?
O que poderá ocorrer em um indivíduo, se for introduzido antígenos que o mesmo não possua?
O que são anticorpos?
Como adquirimos os anticorpos?
O que denominamos especificidade do anticorpo?
Onde se localizam os anticorpos?
Defina aglutinação e hemólise:
Quais os sistemas do grupo sangüíneo mais importantes na hemoterapia?
O que se entende por grupo sangüíneo de um sistema?
complete:
As hemácias são conhecidas como.............................................devido ao seu teor de hemoglobina.
A hemoglobina capacita as ....................... a transportar o oxigênio a todas as células do organismo.
Os leucócitos também são chamados de 
Marque a resposta correta:
( ) Antígeno substância que provoca uma resposta defensiva expressa pela produção de anticorpos;
 ( ) A anemia Falciforme é um defeito congênito na hemoglobina em forma de foice.
( ) Coagulação do sangue é um processo no qual os componentes do sangue são transformados em material semi-sólido chamado de coágulo sanguíneo.
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Complete o espaço em branco:
Os antígenos eritrocitários estão na superfície das...............e nascem conosco; Os anticorpos eritrocitários estão livres no................. e são adquiridos após o.........................
Os................. são as representações genéticas dos grupos sanguíneos, dando o nome a eles.
Para detectar os antígenos e os anticorpos através de técnicas que provoquem uma reação entre os dois. As reações mais comuns são a aglutinação e a hemólise. Explique o que significa cada uma.
Na classificação ABO:
A tipagem direta pesquisa..........................................
A tipagem reversa pesquisa.......................................
E quais são os reagentes usados numa e noutra?
16)Complete os espaços pontilhados:
	Grupo ..............
B
AB
..............
Rh (+)
Rh (-)
	A Antígeno (hemácias)
A
................
................
Nenhum
..................
.................
	Anticorpo (plasma)
................
Anti-A
.................
................
.................
..................
 17)A Prova cruzada ou de compatibilidade sanguínea é a prova mais importante do banco de sangue, logo o que ela detecta?
18) A seguir coloque se ocorrerá reação de aglutinação e se a prova cruzada é compatível ou incompatível.
Doador A(+) X receptor B(+)...........................................................
Doador AB(-) X receptor B(+)...........................................................
Doador O(-) X receptor A (+)...........................................................
Doador AB (+) X receptor O(-).........................................................
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TRANSFUSÃO SANGÜÍNEA
Como vimos, o objetivo final da Hemoterapia é a transfusão sanguínea, por isso, vamos aqui aplicar o que se viu anteriormente sobre ANTÍGENO, ANTICORPOS E GRUPOS SANGUÍNEOS.
A transfusão sanguínea comporta um transplante se células que, por serem em grande parte estranhas ao receptor, são passíveis de serem rejeitadas.
Na prática transfusional identificamos apenas os antígenos do Sistema ABO e o antígeno D do Sistema Rh, por serem estes grupos mais importantes do que os outros para a complexidade sanguínea.
Assim, na terapia transfusional há a possibilidade de que o receptor forme anticorpos contra qualquer antígeno dos outros sistemas do doador, uma vez que estes antígenos não são identificados como do Sistema ABO e o do Sistema Rh.
Por isto, ao prepararmos um sangue para uma transfusão, temos que cuidar para que este sangue seja compatível no Sistema ABO,Rh (D).
Para termos a segurança de que este sangue não será rejeitado, após procedermos a tipagem ABO e Rh no sangue do doador e no do receptor, realizamos o teste mais importante do banco de sangue, que é a PROVA DE COMPATIBILIDADE SANGUÍNEA ou a PROVA CRUZADA. 
Prova Cruzada:
A prova cruzada objetiva selecionar sangue de doador compatível com o sangue do receptor, isto é, o sangue do doador NÃO pode ser destruído pelos ANTICORPOS do receptor. Se isto ocorrer, haverá danos até mesmo letais para o receptor. 
Esta prova detecta anticorpos do receptor contra antígeno do doador. 
É considerada INCOMPATÍVEL se houver reação de aglutinação ou hemólise em qualquer etapa da mesma. 
Então, se a prova cruzada pesquisa ANTICORPOS do receptor contra ANTÍGENOS do doador, o material que iremos usar será:
	Plasma do receptor
Hemácias do doador
Uma vez que os anticorpos encontram-se no plasma e os antígenos nas hemácias.
Prova Cruzada e Compatibilidade ABO:
Mesmo que os antígenos do Sistema ABO sejam identificados tanto no receptor, quanto no doador, a primeira fase desta prova, como veremos adiante, irá demonstrar se houve erro de tipagem sanguínea ou engano na escolha do grupo a ser transfundido.
O critério que obriga a selecionar doadores compatíveis com o receptor no Sistema ABO, é fato de existirem regularmente anticorpos anti-A e anti-B no plasma da grande maioria dos receptores (exceto o grupo AB).
 Prova Compatível no Sistema ABO:
Ao misturarmos o plasma do receptor com as hemácias do doador, nada ocorreu, pois os anticorpos anti-B do doador NÃO se ligam aos antígenos A do receptor.
Prova incompatível no Sistema ABO:
Ao misturarmos o plasma do receptor com as hemáciasdo doador, ocorre reação de aglutinação, pois os anticorpos anti-A do receptor ligam-se aos antígenos A do doador.
CONCLUINDO:
	Jamais podemos transfundir um sangue cujo doador possua antígenos correspondentes aos anticorpos do receptor, pois haverá INCOMPATIBILIDADE.
Prova incompatível no Sistema Rh:
Como este receptor já possui o anticorpo anti-D em seu plasma, ao mistura-lo com as hemácias contendo antígenos D do doador, ocorreu a reação de aglutinação.
Uma vez que os antígenos D são identificados tanto no doador, quanto no receptor, devemos evitar transfundir sangue Rh positivo em receptores Rh negativos, pois embora em um primeiro momento a prova seja compatível e o sangue transfundido não cause reação, futuramente este receptor formará anticorpos anti-D (IMUNIZAÇÃO). A partir daí, só poderá receber sangue Rh negativo, caso contrário haverá reação hemolítica (anti - D+ D).
No caso de mulheres jovens Rh negativo que receberem sangue Rh positivo e formarem anticorpos anti-D, ao engravidarem de um novo feto Rh positivo, este feto apresentará a Doença Hemolítica do Recém -nascido, pois o anticorpo anti-D materno entra na circulação fetal, destruindo suas hemácias. Na atualidade as mães devem receber a vacina (Imunoglobulina Rh RhoGAM) .
 Prova Cruzada e Compatibilidade em outros Sistemas:
 	Os outros sistemas de grupos sanguíneos, como já vimos, não são identificados, isto é, não são tipados, pois seria quase que impossível classificarmos todos os antígenos de grupos sanguíneos. Além do mais, eles são bem menos potentes do que os antígenos ABO é o antígeno Rh ( D ) para provocarem a formação de anticorpos e com eles reagirem, embora também façam isto.
Estes Sistemas são Kell, Duffy, Kidd antígenos C,c, E, e do Rh etc.
Então, a única maneira de sabermos se um receptor possui ou não anticorpos contra o sangue do doador são, através da PROVA CRUZADA.
Se ela for positiva, é porque algum anticorpo do receptor ligou-se a o seu antígeno correspondente no sangue do doador, e a prova é INCOMPATÍVEL. Se ela for negativa, é porque o receptor não possui um anticorpo correspondente aos antígenos do doador, e ela é COMPATÍVEL.
Estes outros sistemas também não possuem anticorpos naturais, somente anticorpos irregulares, como no Rh (D).
 Para formá-los, o indivíduo tem que ter contato com algum desses antígenos que ele não possua, através de transfusão ou gravidez.
Diferentemente do grupo Rh(D), que identificamos tanto no doador quanto no receptor, nestes outros Sistemas nunca sabemos se estamos transfundindo ou não antígenos estranhos ao receptor, somente quando eles já possuem o anticorpo correspondente. Daí porque do risco da imunização durante as transfusões sanguíneas.
Podemos evitar uma Reação Hemolítica transfusional através da prova cruzada, mas não uma imunização com posterior formação de anticorpos contra os antígenos desses Sistemas.
OBS: Em outros sistemas, somente podemos previnir a reação antígeno/anticorpo através da PROVA CRUZADA, uma vez que estes sistemas não são por nós identificados.
Triagem de Anticorpos Irregulares (Teste de Coombs Indireto).:
Então, como saberemos se um indivíduo possui anticorpos irregulares quaisquer que sejam, em seu soro?
É através do teste de Triagem de Anticorpos Irregulares ou mais comumente chamados, COOMBS INDIRETO, que detectamos a presença destes anticorpos.
Coombs Indireto: efetuado na pesquisa de anticorpos irregulares, onde iremos determinar a ausência ou presença de anticorpos contra as hemácias no plasma de doadores ou pacientes. Pré-natais transfusões e doadores.
Pré-natal: quando a gestante possui algum anticorpo irregular, este poderá passar para a circulação fetal e se o feto possuir o antígeno correspondente, haverá destruição de suas hemácias com anemia com anemia hemolítica.
O médico, sabendo deste problema através do teste positivo, acompanhará de perto esta gestação diminuindo os riscos para o feto.
Transfusões: em transfusões eletivas, como para cirurgias, podemos antecipar-nos e antes de realizarmos as provas cruzadas, fazemos a pesquisa destes anticorpos. Caso a prova for positiva, ficaremos alertas sobre a possibilidade de conseguirmos sangue compatível para este paciente.
Coombs Direto: efetuado para identificação de hemólise ou investigações de reações transfusionais hemolíticas. Este pode detectar os anticorpos de pacientes que receberem hemácias transfundidas. Doenças autoimunes, reações transfusionais, Doença hemolíticas do Recém Nascido (DHRN).
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EXERCÍCIOS:
1) A Prova cruzada ou de compatibilidade sanguínea é a prova mais importante do banco de sangue, logo o que ela detecta?
2) A seguir coloque se ocorrerá reação de aglutinação e se a prova cruzada é compatível ou incompatível.
Doador A (+) X receptor B(+)...........................................................
Doado AB(-) X receptor B(+)...........................................................
Doador O(-) X receptor A (+)...........................................................
Doador AB (+) X receptor O (-).........................................................
 Doador B (+) X receptor B(+)..........................................................
Doado AB(- ) X receptor B(+)...........................................................
Doador O(-) X receptor A (+)...........................................................
Doador AB (+) X receptor O(-)..........................................................
i) Doador B (+) X receptor B(+)..........................................................
Doado AB(- ) X receptor B(+)...........................................................
Doador O(+) X receptor A (+)...........................................................
 l) Doador AB (+) X receptor A (+).........................................................
m) Doador B(+) X receptor O (+)...........................................................
	 n) Doador A(-) X receptor A (+)...........................................................
	
3) Explique qual é a utilidade dos testes de Coombs Direto e Indireto:
4) Em que situação poderá ocorrer a Doença Hemolítica do recém nascido (DHRN) ou a Eritroblastose fetal:
5) No sistema Rh a presença ou ausência do antígeno nas hemácias que determina se um indivíduo é_______________ ou ________________.
6) Você coloca duas gotas de sangue da pessoa em uma lâmina, e pinga em cada gota de sangue, uma gota de Anti-A e na outro Anti-B.
Separação de Componentes do Sangue. 
 	A Hemoterapia atual visa retirar de uma unidade de Sangue Total o maior número possível de componentes, servindo-se assim de um único doador para atender vários receptores.
	O fracionamento ou separação do sangue em seus diversos componentes para transfusão. As bolsas são colocadas numa centrífuga que gira em uma rotação pré-estabelecida por período necessário para que o sangue seja fracionado em suas diferentes partes.
COMPONENTES: são os produtos da separação do SANGUE TOTAL como: concentrado de hemácias (CHAD), plasma fresco, concentrado de plaquetas, crioprecipitado, etc...
Derivados: são produtos derivados do PLASMA, processados em âmbito industrial. São eles: concentrado de fator VII, albumina, etc...
Sangue Total:
	Em geral, uma unidade de sangue total é separada em seus componentes logo após a coleta.
Processado e utilizado no espaço de 6 horas a partir da coleta mantém integralmente ativos e viáveis todos os seus elementos, como leucócitos, plaquetas, fatores lábeis da coagulação.
Indicações: principalmente para preparação de componentes. Seria indicado para transfusões maciças, porém é muito difícil ter-se a sorologia pronta neste prazo.
É retirado do doador um volume de 450 a 550 ml de sangue. Contém na bolsa em média 60 a 70 ml de solução de anticoagulante.
Imediatamente após a coleta o sangue deve ser mantido em temperaturaentre 2 a8 ºC.
 Concentrado de Hemácias:
É obtido de uma unidade de Sangue Total, retirando-se o plasma (80%). Contém a mesma massa de hemácias do Sangue Total, em volume menor.
É o componente ideal para a oxigenação tecidual,
Indicações: correção de anemia sintomática, aguda ou crônica.
Validade: sob refrigeração de 2 a 8ºC, de 21 a 45 dias de acordo co o anticoagulante. Volume é de + ou – 250 ml.
Critérios transfusional: grupos ABO/Rh específicos, prova cruzada.
Uma unidade CHAD eleva o hematócrito até 3% e a hemoglobina em 1mg/dl.
	Em emergências o CHAD O (-) pode ser liberado para uso imediatamente.
Continuar as provas e selecionar bolsas do tipo sangüíneo do paciente. Qualquer incompatibilidade comunicar imediatamente o hemoterapeuta.
Concentrado de hemácias lavadas em solução salina: que é indicado para diminuir o risco de reações transfusionais alérgicas.
Concentrado de hemácias pobre em leucòcitos: indicado para prevenir reações transfusionais febris, devido a anticorpos de pacientes imunossuprimidos.
Plasma Rico em Plaquetas:
Obtido de uma unidade de Sangue Total fresco Contém 80% das plaquetas da unidade de origem.
Indicações: para preparo de concentrado de plaquetas
 Plasma Fresco Congelado:
É obtido de uma unidade de Sangue Total Fresco, separado no prazo de 6 horas de coleta e congelado. Contêm integralmente todos os fatores da coagulação (80% das plaquetas), inclusive os fatores instáveis V e VIII.
Indicações: tratamento de deficiências múltiplas dos fatores da coagulação, como transfusão maciça, hepatopatias, deficiências de fatores indefinidos. Para preparar crioprecipitado e fabricar concentrado de fator VIII. 
Critérios transfusionais: grupo ABO compatível.
Concentrado de Plaquetas:
Obtido de uma unidade de Plasma Rico em Plaquetas, contém em média 10.000 plaquetas/mm3 em volume de 50 a 700 ml. Quando por aférese o volume é de 200 a 400 ml.
Indicações: para corrigir a trombocitopenia causada por redução da função plaquetária, diminuição da produção, consumo aumentado, como sangramento, transfusão maciça.
Critério de transfusão: se possível, ABO e Rh compatíveis.
Validade: é de cinco dias em temperatura ambiente, mantendo em agitação suave e constante.
 Crioprecipitado de Fator VIII:
É obtido a partir do congelamento rápido do plasma à temperatura de – 80ªC, em seguida do completo descongelamento lento entre 1 a 16166C, resultando na formação de um precipitado de coloração branca. 
Indicação: reposição e manutenção do Fator VIII (Hemofilia); deficiência do Fator VIII, hipofibrinogenia congênita, outras deficiências de fibrinogênio.A sua composição compreende no fator VII e o fator Von Villebrand.
Validade: 1ano congelado volume de 10 a 20ml a preservar a –20ªC ou inferior.
Albumina:
Também derivada do plasma e industrializada. Usada como expansora do volume plasmático em cirurgias, traumas, queimaduras, hipoproteinemia crônica. A albumina é uma grande molécula protéica que contribui para manter o volume líquido do sangue circulante.
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SOLICITAÇÃO E LIBERAÇÃO DOS COMPONENTES
DO SANGUE PARA TRANSFUSÃO.
	O responsável pela transfusão de sangue ou componente e derivados de sangue deve ter conhecimentos relacionados às Normas Técnicas para transfusões, às normas de biossegurança e proteção, bem como das reações e complicações relacionadas aos procedimentos.
 Para se realizar uma transfusão deve-se seguir tais passos:
As requisições deverão chegar ao Banco de Sangue em formulários específicos, feitas pelo sistema ou excepcionalmente manual, contendo os seguintes dados:
Nome completo do paciente e ou, número de registro de nascimento sexo, leito, diagnóstico provável, informações clínicas e história transfusional se possível.
Nome do médico solicitante, juntamente com seu CRM, hora e data de emissão da solicitação.
Tipo do componente sangüíneo, volume ou número de unidades e informações adicionais se houver.
Caráter da Transfusão:
Rotina: a realizar dentro de 12 horas
Urgente: a realizar dentro de 1 hora
Extrema Urgência (emergência): quando a demora em transfundir acarretará grande risco de vida para o paciente, e o sangue poderá ser administrado sem prova cruzada, tendo autorização expressa do médico solicitante e ou hemoterapeuta do serviço transfusional.
OBS: Solicitação incompleta, inadequada ou ilegível, não deverá ser aceita pelo serviço.
Amostra do Paciente:
Devemos obter duas amostras uma com anticoagulante e outra sem.
Os dois tubos deverão ser rotulados imediatamente após a coleta com o nome e sobrenome do receptor e ou nº de registro hospitalar, leito, enfermaria, data e identificação do coletador.
Antes da realização dos testes pré-transfusionais, confirmar os dados da solicitação com os da amostra sanguínea, que deverão coincidir sem exceção.
Em casos de dúvida, coletar nova amostra ou corrigir os dados da solicitação.
Amostras hemolisadas não devem ser utilizadas nos testes, mas podem ser aprovadas para tipagem direta se for muito urgente à transfusão.
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Testes Obrigatórios Pré – Transfusionais:
- Da amostra do receptor que deverá ter até 48 horas de coleta:
- Determinar ABO e Rh utilizando sempre controles para evitar falsos resultados;
- Determinação dos anticorpos anti-A e anti-B através da prova reversa;
- Pesquisa de anticorpos regulares;
- Prova cruzada entre as hemácias da bolsa do doador e soro ou plasma do receptor;
- Resolver qualquer dúvida ou discrepância entre os testes antes de transfundir;
- Coletar nova mostra a cada solicitação de repetição de CHAD (concentrado de hemácias) ST (sangue total) após 48hs da última transfusão.
Antes das provas de compatibilidade é obrigatória a inspeção visual cuidadosa das bolsas, observando cor, formação de coágulos, hemólise, presença de ar, data de validade, rótulo de liberação sorológica etc. Qualquer suspeita ou dúvida sobre as unidades não libera-las para teste, separa-las para estudo posterior e substitui-las por outras em perfeitas condições.
Devem ser observadas todas as condições relativas aos tipos de componente (plasma, glóbulos, cril.) e sua estocagem.
As esterilidades das bolsas devem ser mantidas até o final do ato transfusional através de métodos assépticos, materiais e equipes adequados;
O prazo de validade das bolsas quando houver ruptura do selo de segurança (sistema fechado) é de 24 horas.
 	Ato Transfusional:
Material:
Maleta térmica;
Termômetro clínico, esfgnomanômetro e estetoscópio;
Garrote, algodão, álcool, micropore, luvas;
Escalpe ou abocath 19 ,21,23 lanceta para punção digital;
Equipos de transfusão, dânulas (torneirinhas), seringas 5 e 10 ml, agulhas;
Soro Anti-A e Anti-B, lâminas, tubos de coleta com EDTA, soro fisiológico.
Cuidados de Enfermagem no Ato Pré-Transfusional:
Transportar o sangue até a unidade atendendo as normas técnicas;
Portar a solicitação de sangue com todos os dados do receptor;
Comunicar a equipe de enfermagem da unidade à realização da transfusão
Identificar o paciente, perguntando-lhe diretamente o nome, certificando-se de que a bolsa é realmente destinada ao paciente;
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Pacientes inconscientes, verificar dados com equipe de enfermagem da enfermaria ou pulseira de identificação;
Observar os sinais vitais do paciente buscando sintomas como dispnéia dores, febre, mal, estar diarréia, para que não seja confundidos com reação transfusional;
Não instalar se TAX. Acima de 37.8°C, ou alterações na Freqüência cardíaca e ou Pressão Arterial;
Comunicar equipe médica ante qualquer anormalidade observada;
Coletar amostra de receptor para redeterminação do tipo sanguíneo em caso de dúvidas não instalar o sangue;
Equipar a bolsa de sangue assepticamente com o filtro padrão e troca-lo quando saturar ou houver sinais de contaminação;
Checar todos os dados exigidos da identificação do paciente;
Se necessário realizar punçãovenosa, em caso de caráter central solicitar liberação ao enfermeiro da unidade;
Instalar o componente em via de acesso exclusiva inicialmente com baixo gotejo nos primeiros 10 a 15 minutos após a instalação;
A velocidade e o tempo de infusão deverá atender as condições clínicas e circulatórias do paciente não ultrapassando 4 horas;
Concentrados de plaquetas, crioprecipitado devem ser infundidos rapidamente, o tempo de infusão não deverá ultrapassar mais de 1 hora da instalação;
É terminantemente proibida a adição ao sangue ou componentes de qualquer substância ou medicamento ou sua infusão concomitante na mesma via do sangue;
Observar para relações transfusionais nos primeiros minutos da infusão, caso haja reação à transfusão, suspender imediatamente a transfusão e manter acesso com soro fisiológico e seguir rigorosamente as recomendações e medidas frente à reação transfusional.
Considerações específicas sobre os componentes:
Qualquer hemocomponente que for aberto o sistema lacrado deverá ser infundido em até 24horas, se mantido entre 01 e 6°C;
Concentrados de plaquetas devem sofrer agitação constante até o momento da infusão;
Crioprecipitado e plasma devem se descongelados em Banho Maria a 37C especialmente concebido para esta função mantidos em invólucro de plástico para não ter contato direto com a água;
Após descongelamento, crioprecipitado como fonte de fator VIII deve ser administrada até 6 horas;
Plasma fresco como fonte de fatores de coagulação, deve ser administrado em até 24horas após descongelamento, se utilizado como expansor, até cinco dias em fase líquida se mantido entre 1 e6° C.
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Exercícios:
Marque com V, para verdadeira e F, para falso, justificando as falsas.
() É cuidado de enfermagem no ato pré-transfusional, coletar a amostra do doador para redeterminação do tipo sanguíneo, em caso de dúvidas não instalar o sangue;
 () Pacientes inconscientes, verificar dados com a família.
 () Não instalar o componente, se a TAX, estiver acima de 37.8°C, ou alterações da FC e PA.
() Deve-se instalar o componente em qualquer via de acesso com gotejo de 50gts/min.
 () Concentrado de plaquetas, crioprecipitado devem ser infundidos lentamente, o tempo de infusão não deverá ultrapassar 6 horas.
 () Pode-se adicionar todas as medicações do doente, juntamente com a transfusão.
 () Equipar a bolsa de sangue assepticamente com filtro padrão e trocá-lo quando saturar
 () A velocidade e o tempo de infusão deverá atender as condições clínicas e circulatórias do pte, não ultrapassando 4 horas.
 () Observar para reações transfusionais nos primeiros minutos da infusão, caso o pte apresente alguma reação, não suspender a transfusão.
 () Qualquer hemocomponente que for aberto, deverá ser infundido dentro de 72horas, se mantido em temperatura ambiente.
 () Concentrado de plaquetas devem ficar em repouso até o momento da infusão.
2) É cuidado de enfermagem no ato pré-transfusional:
() Portar a solicitação de sangue com todos os dados do receptor, observar sinais vitais, instalar o hemocomponente com a TAX acima de 37.8°C, FC e FR normais.
() Portar a solicitação de sangue com todos os dados do receptor, observar sinais vitais, equipar a bolsa de sangue com equipo padrão, instalar sempre no cateter venoso central.
() Portar a solicitação de sangue com todos os dados do receptor, observar SV, se alterações não instalar o hemocomponente, equipar bolsa de sangue com equipo padrão.
() Portar a solicitação de sangue com todos os dados do receptor, observar SV, instalar o hemocomponente com filtro de soro comum, utilizar acesso exclusivo para a transfusão.
() Portar a solicitação de sangue com todos os dados do receptor, instalar o hemocomponente, realizar sempre a punção venosa, utilizar filtro padrão inicio de gotejo a 50gts/min.
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3)Preferencialmente não instalar o hemocomponente em cateter venoso central, por quê?
() Risco de contaminação e trombose da veia onde está instalado;
() Risco de obstrução e perda do acesso.
() Risco de flebite, hiperemia, trombose venosa profunda.
() Risco de obstrução, perda do acesso e contaminação do sangue.
( ) Risco de embolia gasosa, e obstrução do acesso.
4)Ao você instalar o hemocomponente, o que deve observar:
( ) Instalar o componente com baixo gotejo, nos 10-15’, a velocidade deverá atender as condições clínicas e circulatórias do pte não ultrapassando 8 horas.
( ) Instalar o componente com baixo gotejo, nos 10-15’, a velocidade deverá atender as condições clínicas e circulatórias do pte não ultrapassando 4hs.
( ) Instalar o componente com baixo gotejo, nos 30’, a velocidade deverá atender as condições clínicas e circulatórias do pte não ultrapassando 1h. exceto os congelados.
( ) Instalar o componente com baixo gotejo, nos 10-15’, a velocidade deverá atender as condições clínicas e circulatórias do pte não ultrapassando 12hs.
( ) Instalar o componente com gotejo em torno de 30gts/min, a velocidade deverá atender as condições clínicas do pte não ultrapassando 4hs.
5)É terminantemente proibida a adição ao sangue, qualquer substância ou medicamentos ou sua infusão concomitante na mesma via do sangue devido ao risco dê:
( ) Hemocomponente coagular e obstruir o acesso venoso, além de propicia reações transfusionais.
( ) Risco de contaminação, hemólise, coágulos de fibrina, além de reações químicas.
( ) Risco de contaminação, coagulação, reações pirogênicas;
( ) Hemocomponente perde a estabilidade, formação de bolhas, contaminação.
( ) Risco de contaminação, reação hemolítica e reações bioquímicas;
6)Coloque V, para verdadeiro e F, para falso:
( ) Na coleta de sangue total, utilizam-se aproximadamente 200ml de solução preservadora ou anticoagulante. 
( ) O volume de uma unidade de concentrado de hemácias é de aproximadamente 250ml, sua administração promove o aumento de plaquetas. 
( Os granulócitos devem ser estocados entre 20 e 50°C, sua validade máxima é de 72 horas. 
( ) O concentrado de plaquetas pode ser obtido por doação convencional ou por aférese.
() O volume retirado de sangue total em uma doação geralmente é em torno de 200ml, e o sangue deve ser estocado a 30°C.
( ) O concentrado de hemácias é o componente ideal para a oxigenação tecidual, elevando o hematócrito, logo em anemias. 
( ) CHAD, significa concentrado de hemácias adultas.
( ) Nas emergências o CHAD O-, pode ser liberado para uso imediatamente após redeterminação da bolsa e prova cruzada. 
( ) O concentrado de plaquetas contém em média um volume de 50 a 70ml e quando por aférese é de 200 a 400ml, e tem um a validade de 21 a 42 dias. 
( ) O crioprecipitado de fator VIII, é um derivado industrializado. E apresentam-se em frascos ampolas. Indicado para conseguir a hemostasia na deficiência do fator VIII, e quando o paciente tiver sangramento leve, moderado ou grave. 
( ) Uma unidade de CHAD eleva em 6% o hematócrito. 
7)Marque com X as alternativas corretas:
É cuidado de enfermagem no ato pré-transfusional:
( ) Deve-se instalar o componente em qualquer via de acesso com gotejo de 60gts/min
() Concentrado de plaquetas devem ficar em repouso até o momento da infusão.
() A velocidade e o tempo de infusão deverá atender as condições clínicas e circulatórias do pte, não ultrapassando 4 horas.
() Concentrado de plaquetas, crioprecipitado devem ser infundidos rapidamente e o tempo de infusão não deverá ultrapassar 1hora.
() Equipar a bolsa de sangue assepticamente com equipo de soro qualquer e trocá-lo quando saturar.
() Observar reações transfusionais nos primeiros minutos da infusão, caso o paciente apresente alguma reação, primeiro deve-se cancelar a transfusão.
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Reações Transfusionais:
Apesar de todos os cuidados no controle de qualidade sorológico, imunohematológico e na aplicação do sangue, os efeitos indesejáveis nas transfusões ocorrem na média de 1 a 3%.
Por isto,cabe ao médico assistente avaliar cuidadosamente a necessidade de aplicação de sangue e seus componentes.
Atualmente, somou-se ao medo da Reação Hemolítica (transfusão de sangue incompatível) o pânico da transmissão do vírus da AIDS. 
Reações Imediatas:
Reação Febril:
É a mais comum, causada por pirogênios (produtos da degradação das bactérias) e por anticorpos anti-leucocitários. Ocorre principalmente em pacientes poli-transfundidos e em multíparas.
Sinais e Sintomas: hipertemia, calafrios, sudorese, náuseas, cefaléia, taquicardia e desconforto generalizado, durante ou logo após a transfusão.
Tratamento: trata-se com antitérmicos. Em alguns casos utiliza-se antihistamínicos e corticóides.
Conduta de enfermagem:
Interromper a transfusão e manter o acesso venoso permeável com soro fisiológico;
Solicitar presença do médico e informar ao banco de sangue a ocorrência da reação;
Administrar medicações conforme prescrição;
Verificar temperatura de 30 em 30minutos;
Exercer vigilância constante ao paciente.
Reação Alérgica:
É também de ocorrência freqüente, a mais comum é a urticária e o prurido. Pode haver broncoespasmo e edema de glote, hipotensão arterial evoluindo para o choque.
Tratamento: administrar antialérgicos, anti-histamínico e corticóides, se hipotensão pode-se usar adrenalina c.p.m.
Conduta de Enfermagem:
Interrompe-se a transfusão e manter o acesso venoso permeável com soro fisiológico. 
- Solicitar presença do médico e informar ao banco de sangue a ocorrência da reação;
- Administrar medicações conforme prescrição;
- Exercer vigilância constante ao paciente.
 Reação Anafilática:
É grave e de ocorrência rara, ocorrendo em pacientes com deficiência de IgA. 
Sinais e Sintomas: rubor, edema generalizado, hipertensão seguida de hipotensão, angústia respiratória e choque. 
Tratamento: administra-se anti-histamínico e trata-se o choque.
 Conduta de Enfermagem:
Interrompe-se a transfusão e manter o acesso venoso permeável com soro fisiológico;
- Solicitar presença do médico e informar ao banco de sangue a ocorrência da reação;
- Administrar medicações conforme prescrição;
- Exercer vigilância constante ao paciente.
 Reação por Contaminação:
É grave causada por sangue ou componente contaminado por bactérias.
Atualmente com o uso de bolsas, equipos e seringas descartáveis, são difícil ocorrência.
Sinais e Sintomas: hipertemia, hipotensão severa, diarréia, vômitos dor abdominal e choque.
Tratamento: trata-se como choque séptico, combatendo a hipotensão e dando cobertura antibiótica.
 Conduta de Enfermagem:
Interrompe-se a transfusão e manter o acesso venoso permeável com soro fisiológico;
- Solicitar presença do médico e informar ao banco de sangue a ocorrência da reação;
- Administrar medicações conforme prescrição.
Reação Hemolítica:
É muito grave, havendo dois tipos:
Reação hemolítica intravascular, que é ocorrência imediata e geralmente causada por incompatibilidade ABO.
Sinais e Sintomas: dor lombar, opressão pré-cordial, ansiedade, hipertemia, choque, hemorragia, oligúria com hemoglobinúria, insuficiência renal aguda.
Tratamento: é imediato, visando combater o choque e a insuficiência renal aguda.
Conduta de Enfermagem:
- Interrompe-se imediatamente a transfusão e coleta-se amostra do sangue e urina.
Deve-se enviar ao Banco de Sangue a unidade que estava sendo transfundida e amostra do paciente, solicitando-se repetição das tipagens, prova cruzada e teste de COOMBS DIRETO, que será positivo;
Manter o acesso venoso permeável com soro fisiológico;
- Solicitar presença do médico e informar ao banco de sangue a ocorrência da reação;
- Administrar medicações conforme prescrição.
O paciente pode precisar de diálise quando ocorrer a IRA.
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	 A hemólise intravascular, que geralmente é causada por incompatibilidade ABA, tem como causa quase que exclusiva o erro humano, ou seja, erro na prova cruzada, erro na escolha de sangue principalmente, erro de identificação do paciente.
Reação Hemolítica Extravascular:
É causada pela incompatibilidade contra antígenos Rh e de outros sistemas de grupos sangüíneos, devido a anticorpos.
Sinais e Sintomas: febre, mal-estar, dispnéia, ansiedade, anemia, queda do hematócrito. A sintomatologia é mais branda, porém deve-se cuidar com a insuficiência renal. O teste de Coombs direto também é positivo.
Tratamento: suspender a transfusão e necessário refazer a tipagem ABO e Rh e ainda COOMBS DIRETO.
 
Sobrecarga 	Circulatória:
 Ocorre principalmente em pacientes com comprometimento cardio-respiratório e anêmicos. O rápido aumento da volemia causa uma sobrecarga cardíaca nestes pacientes. Causado pela administração de grande volume de sangue em um curto espaço de tempo.
Sinais e Sintomas: tosse, dispnéia, cefaléia, hipertensão, edema pulmonar, cianose e dificuldade respiratória.
Tratamento: induzir a diurese, morfina, aminofilina (broncodilatador), manter ventilação adequada.
Senta-se o paciente na cama com as pernas para fora. Às vezes é necessário fazer-se sangria.
Conduta de Enfermagem:
Interrompe-se imediatamente a transfusão e coleta-se amostra do sangue e urina.
Manter o acesso venoso permeável com soro fisiológico;
- Solicitar presença do médico e informar ao banco de sangue a ocorrência da reação;
- Administrar medicações conforme prescrição.
Controle dos sinais vitais;
Administrar oxigênio se necessário.
OBS: jamais adicionar qualquer medicamento ou solução parenteral junto ao sangue ou componente, somente soro fisiológico, pois pode haver hemólise ou formação de coágulos de fibrina.
Reações Tardias:
 Hepatite:
As que são com maior freqüência transmitidas pelo sangue são a hepatite B e hepatite C, A hepatite B tem um período médio de incubação de 6 meses ea hepatite C de 2 meses. Ambas podem permanecer assintomática ou levar a problemas sérios, como hepatite fulminante, hepatite crônico e cirrose. O prognóstico da hepatite C é mais grave.
Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS):
Após a introdução dos testes de rotina para HIV nos doadores, esta causa de transmissão da AIDS diminuiu, embora nenhuma transfusão seja 100% segura> Existe um período entre a contaminação do indivíduo e a positividade do exame (janela imunológica), que deixa a transfusão descoberta, uma vez que, embora o doador esteja contaminado, o exame será negativo. A medida de tempo para o aparecimento dos sintomas é de 3 a 4 anos.
Vírus T-Linfotrópico Humano Tipo I (HTLV-I):
Este vírus causa leucemia e vários tipos de deficiências neurológicas. Atualmente testam-se os doadores, pois a sua transmissão foi associada à transfusão, principalmente em zonas endêmicas.
Sífilis:
A transmissão desta doença é difícil, pois nem sempre o microorganismo está presente na circulação do doador e não sobrevive mais de 72 horas à temperatura de 4C. O risco maior de contaminação seria através do Concentrado de Plaquetas, que é conservado à temperatura ambiente.
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 Doença de Chagas:
Como no Brasil há várias endêmicas e muitas pessoas infectadas pelo parasita Trypanosona Cruzi, o controle de qualidade sorológico é fundamental para excluirmos doadores infectados.
No início da infecção o parasita é encontrado em quase todos os órgãos e tecidos, a musculatura cardíaca, lisa e estriada.
 Malária:
Não há teste sorológico para exclusão do doador. Deve-se rejeitar doadores de áreas endêmicas.
EXERCÍCIOS:
1) O Sr° Juvenal é portador de ICC há 5 anos, começou a apresentar sangramento digestivo. O médico solicitou exames laboratoriais e seu hematócrito estava em 19%necessitando de transfusão. Ao iniciar a transfusão o Sr Mário começou a apresentar dispnéia, cefaléia, cianose e hipertensão arterial e sinais de edema agudo de pulmão.
A) Que hemocomponente o Sr Mário, precisou transfundir?
B) Que provável reação transfusional aconteceu?C)O que você como técnico de enfermagem faria nesta situação?
D) Esta reação pode ser prevenida? Como
2) A Srª Julieta, precisou de transfusão após a cirurgia de histerectomia total e começou a apresentar febre, tremores, ansiedade, dor torácica e lombar, referindo dispnéia, diminuiu rapidamente o volume urinário.
A)Que reação transfusional ocorreu?
B)Que outros sintomas a paciente poderia ter tido?
C)Qual é a conduta de enfermagem neste caso?
D)O que poderia ter causado a reação?
3)Anacleto teve um acidente de moto e apresentou sangramento maciço, ao verificar o exame de sangue, você verificou que ele estava com trombocitopenia. Precisando transfundir várias vezes. Começou na última transfusão com febre, tremor e calafrio.
 A)Que hemocomponente o paciente transfundiu?
B)Qual é a reação transfusional provável?
C)Qual é a conduta de enfermagem que você tomaria?
D)Esta reação pode ser prevenida? Como?
4) C.P.G, é portador de IRC (insuficiência renal crônica), em função desta doença também tem ICC (insuficiência cardíaca congestiva), apresenta-se anêmica, com hematócrito 18% e Hemoglobina: 5,5g/dl, necessitando de transfusões. Ao iniciar a transfusão a paciente começou a referir dispnéia, cianose, cefaléia, hipertensão arterial e sinais de edema agudo de pulmão.
A) Que hemocomponente esta paciente recebeu?
B)Que provável reação transfusional aconteceu?
C)O que você como técnico de enfermagem faria nesta situação?
D)Teria alguma prevenção esta reação?
5) O principal tratamento de uma reação hemolítica pós-transfusional é:
() Diminuir a febre e os calafrios
() Prevenir a alo-imunização
() Prevenir dano renal
() Transfundir com sangue compatível
() Prevenir Diabetes mellitus
6)Paciente de 10 anos de idade foi acidentado e apresentou hemorragia abdominal e no SNC, necessitando de transfusão de sangue. Em estado comatoso, optou-se por fazer cirurgia para aliviar a pressão sobre o tecido nervoso e abdome. Após 30 minutos do início da transfusão de CHAD, o paciente apresentou hipotensão, ansiedade, dispnéia, hemoglobinúria, e IRA possivelmente por:
() Anticorpos anti-leucocitários
() Por ser politransfundido
() Sangue incompatível do sistema ABO
() Trauma craniano
() Sangue incompatível do sistema Kell, Kidd.
7) Paciente apresentou reação transfusional tipo febril, após 30 minutos do início da transfusão sanguínea. O procedimento adequado seria:
() Interromper imediatamente a transfusão, manter acesso venoso, solicitar o médico, administrar antibióticos e reiniciar a transfusão.
() Interromper imediatamente a transfusão, manter acesso venoso, solicitar o médico, administrar paracetamol ou dipirona, verificar SV e informar o banco de sangue.
() Interromper imediatamente a transfusão, manter acesso venoso, solicitar o médico, administrar adrenalina, oxigênio e se necessário morfina, e colocar compressas frias.
() Interromper imediatamente a transfusão, manter acesso venoso, solicitar o médico, administrar diuréticos, digoxina, e reiniciar a transfusão com baixo gotejo.
() Interromper imediatamente a transfusão, manter acesso venoso, solicitar o médico, administrar imunoglobulina RH e albumina, e fazer hemodiálise.
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	Doação de sangue:
 A necessidade de sangue para transfusão leva à busca permanente de candidatos à doação. Porém, por maior que seja a necessidade, todo candidato, por mais que já seja doador, deve obrigatoriamente passar pelas seguintes etapas:
	 * Na recepção, preencher um cadastro de doador com seus dados pessoais;
 * Não esqueça de levar a sua carteira de identidade e um número de telefone para contato; 
* Na recepção é preenchidos o cadastro do doador com seus dados pessoais; ··.
Pré - Triagem e Triagem Clínica:
* Nesta etapa verifica-se o peso, altura, pressão arterial, pulso, temperatura e exame de anemia. 
* A seguir o médico ou enfermeira fazem a avaliação clínica do doador. Havendo algum problema de saúde o doador é dispensado da doação.
 Hematócrito e Hemoglobina:
* Coleta-se uma pequena amostra de sangue para verificar a quantidade e a qualidade, atestando-se se o candidato está anêmico ou não.
 Coleta:
* Estando tudo bem, o doador seguirá para a sala de coleta. Lá, em aproximadamente dez minutos, é feita a doação de 380 a 450 ml de sangue e uma pequena quantidade para os exames de laboratório.
Lanche:
* Após a doação o doador recebe um lanche para repor o volume que foi doado.
OBS: é importante lembrar que a doação de sangue é realizada em local limpo e confortável, com supervisão médica e é realizada por pessoal capacitado. Todo material é descartável. Após o uso é encaminhado para incineração como lixo hospitalar, não havendo qualquer possibilidade do doador contrair algum tipo de doença.
O sangue é coletado em bolsa plástica e estéril que seguirá para o fracionamento, enquanto os tubos são encaminhados para exames laboratoriais obrigatórios. Os exames realizados no sangue estarão à disposição do doador depois de determinado prazo, sendo sigilosos. 
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TÓPICOS DO REGULAMENTO TÉCNICO
DOS SERVIÇOS DE HEMOTERAPIA:
A doação de sangue deve ser voluntária, anônima e não remunerada;
Anonimato da doação entende-se a garantia de quem nem os receptores saibam de qual doador veio o sangue que ele recebeu e nem os doadores saibam o nome do paciente que foi transfundido com os componentes obtidos a partir da sua doação;
O sigilo das informações prestadas pelo doador antes, durante e depois do processo de doação de sangue, deve ser absolutamente preservado;
	O doador assinará termo de consentimento livre e esclarecido;
	Receberá material informativo sobre condições básicas para a doação e sobre as doenças transmissíveis pelo sangue;
	Critérios para seleção de doadores como: idade 18- 65 anos, intervalo entre as doações no máximo quatro doações/ano masculino é três doações/ano mulheres com.
Intervalo de 60 dias para o homem e 90 dias para as mulheres;
Doadores com 60 anos, limites de doações de duas doações/ano com intervalo de seis messes;
Uso de ácido acetíl salicíco dentro de sete dias anteriores à doação excluirá a preparação de plaquetas, mas não a rejeição do candidato;
Anemia: homem Hb 13 g/dl e mulher Hb 12g/dl;
Pulso não poderá ser menor de 60 bpm e maior de 100 bpm;
Pressão Arterial: PAS 180/90 mmHg e PAD 100/60 mmHg;
Gravidez: grávidas são impedidas de doar até 12 semanas após o parto ou no período de lactação;
Peso: mais de 50 Kg;
Volume coletado: 8ml/Kg para a mulher e 9ml/Kg para o homem;
Jejum: não é necessário nem indicado;
Alergias: somente se estiver assintomática no momento da doação:
Profissão: 24 horas de repouso relativo, após a doação;
Temperatura não acima a 37ºC;
Local de punção livre de lesões;
Os doadores que tenham recebido transfusões nos últimos 12 meses são excluídos da doação;
Não deve apresentar nenhuma enfermidade infecciosa aguda, excluída de gripe;
Serão excluídos os que tiverem antecedentes de hepatite viral após 10 anos de idade;
Rejeitar se história prévia de infecções por HTLV, HIV, Chagas;
Rejeitar se tiver tido malária nos 12 meses antecedentes a doação;
Rejeitar se precedente de área de alto risco de malária ou proveniente nos últimos seis meses;
Rejeitar se recebeu hormônio de crescimento ou medicamentos de origem hipofisária;
Alcolismo ou drogadição será rejeitados;
Serão inabilitados os candidatos que tiverem DST antes de 12 meses da cura;
Serão inabilitados os candidatos que tiveram realizado cirurgia de grande porte há menos de seis meses e extração dentária no prazo de 72 horas.
Requisitos para a Doação
Estar em boas condições de saúde. 
Ter entre 18 e 60 anos e peso igual ou superior a 50 quilos. 
Vir alimentado, evitando alimentação pesada. 
Homens podem doar a cada 60 dias e mulheres a cada 90 dias. 
Apresentar documento com foto (carteira de identidade)