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Aula Necessidades Humanas Básicas

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Necessidades Humanas Básicas
Conceitos
São os instintos inatos que levam o indivíduo a movimentar-se, repousar, dormir, retirar do meio exterior recursos próprios indispensáveis à conservação e restauração psicobiológica, psicossocial e psico-espiritual de sua vida e à elevação do nível desta.
São condições ou situações que o indivíduo, família e comunidade apresentam, decorrentes do desequilíbrio de suas necessidades básicas que exigem uma resolução, podendo ser aparentes, conscientes, verbalizadas ou não.
Características
Latentes – Refere-se a um potencial no organismo para a manifestação da necessidade a ser afetada. 
Universais – As necessidades são comuns a todos os seres humanos, o que pode estar alterado é a forma de manifestar, atender e assumir aquelas necessidades.
Vitais – Quando as necessidades não são atendidas, podem levar à morte.
Características
Flexíveis – As necessidades podem mudar dentro de um limite, permitindo que o organismo mantenha-se constante, adaptando-se às condições adversas.
Constantes – As necessidades não se esgotam.
Cíclicas – O retorno da mesma necessidade, mesmo que esta tenha sido, em algum momento, satisfeita.
Características
Interrelacionadas – As necessidades fazem parte de um todo indivisível, que é o homem, pois este é uma soma de necessidades. 
Dinâmicas.
Hierarquizadas – As necessidades estão em nível de hierarquia e podem estar à nível consciente ou inconsciente (não saber que está com a necessidade).
Características
Peculiaridades individuais – Cada indivíduo tem seu modo de exteriorizar e atender essas necessidades.
Interação entre meio interno (necessidades inerentes) e meio externo (interfere e pode alterar as necessidades). 
Fatores que interferem na manifestação e atendimento
Individualidade;
Idade;
Sexo;
Nível sócio-econômico;
Ciclo saúde-doença;
Ambiente físico.
Classificação
Abraham Maslow;
João Mohana;
Wanda Horta.
Hierarquia das Necessidades segundo Maslow
A teoria de Maslow afirma que as necessidades nunca são plenamente satisfeitas, ou seja, nunca se esgotam. Isso porque as necessidades são constantes, e à medida que se atende minimamente a uma necessidade, alcança-se um nível superior (seguinte) de necessidade a ser satisfeita.
Ou seja, o ser humano está sempre em busca da satisfação total, quando experimenta alguma satisfação em um dado nível, logo se desloca para o próximo e assim sucessivamente.
 
Hierarquia das Necessidades segundo Maslow
Realização Pessoal
Estima
Amor / Relacionamento
Segurança
Fisiologia
Hierarquia das Necessidades segundo Maslow
Necessidade de Realização pessoal – Desejo de cumprir o próprio potencial.
Necessidade de Estima – Auto-estima e respeito por outras pessoas. A satisfação dessa necessidade conduz à auto-confiança, valor, força, prestígio e poder. A sua frustração pode produzir sentimentos de inferioridade, fraqueza e desamparo.
Hierarquia das Necessidades segundo Maslow
Necessidade de Amor – A necessidade de dar e receber afeto são importantes forças motivadoras do comportamento humano.
Necessidade Segurança – Desejo de estabilidade e preocupação com um mundo previsível e bem ordenado.
Necessidade de Fisiologia – Nutrição, hidratação, sexo, sono e repouso, integridade cutânea- mucosa, etc.
Denominação de João Mohana
Necessidades Psicobiológicas – Estreita relação com a função corporal e aos impulsos primários ou fisiológicos.
Necessidades Psicossociais – Desempenham papel fundamental na motivação da conduta e a frustração delas provoca graves transtornos de conduta.
Necessidades Psico-espirituais – Estão de acordo com a sociedade e época na qual o indivíduo vive.
Necessidades
Psicobiológicas
Necessidades
Psicossociais
Necessidades
Psicoespirituais
Conceito de Enfermagem
“Enfermagem é a ciência e a arte de assistir ao ser humano, no atendimento de suas necessidades básicas, de torná-lo independente desta assistência através da educação, de recuperar, manter e promover sua saúde, contando para isso com a colaboração de outros grupos profissionais.”
(Horta, 1968)
Wanda Horta
Nasceu em 11 de agosto de 1926, natural de Belém do Pará.
Graduada pela Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo em 1948.
Doutora em Enfermagem, na Escola de Enfermagem Ana Néri da Universidade Federal do Rio de Janeiro com a tese intitulada “A observação Sistematizada na identificação dos problemas de enfermagem em seus aspectos físicos”.
Wanda Horta
Autora da Teoria das Necessidades Humanas Básicas, obra considerada um marco no processo de enfermagem sobre as necessidades humanas básicas no cuidado (modernização da enfermagem).
Modelo teórico mais conhecido e utilizado no Brasil, pois procura explicar a natureza da enfermagem, definir seu campo de ação específico e sua metodologia científica.
Definição mais atual da enfermagem, pois considera o trabalho em equipe.
Teoria das Necessidades Humanas Básicas
“A enfermagem como parte integrante da equipe de saúde implementa estados de equilíbrio, previne estados de desequilíbrio e reverte desequilíbrio em equilíbrio através de uma assistência de qualidade ao ser humano no atendimento de suas necessidades básicas, procurando sempre reconduzí-lo à situação de equilíbrio dinâmico no tempo e espaço.”
Teoria das Necessidades Humanas Básicas
Duas questões fundamentais permeiam o trabalho de Wanda Horta:
“A quem serve a enfermagem?” 
Respondida finalmente em sua teoria como uma afirmação: “A enfermagem é um serviço prestado ao ser humano”.
Teoria das Necessidades Humanas Básicas
“Com que se ocupa a enfermagem?”
Respondida então que: “A enfermagem é parte integrante da equipe de saúde e se ocupa em manter o equilíbrio dinâmico, prevenir desequilíbrios e reverter desequilíbrios em equilíbrio do ser humano”.
Teoria das Necessidades Humanas Básicas 
Teoria fundamentada nas necessidades humanas básicas, conforme descrito na teoria da motivação humana de Maslow, nas leis do equilíbrio, da adaptação e do holismo.
Trouxe para a enfermagem a observação, interação e intervenção junto ao paciente/cliente para satisfazer suas necessidades básicas.
Teoria das Necessidades Humanas Básicas 
Homeostática – Diz respeito à tendência que o organismo tem de se adaptar às situações para manter as suas necessidades básicas normais em equilíbrio. 
Holístico – O homem deve ser visto como um todo indivisível e não como a soma das partes.
Adaptação – O homem, na sua evolução, passa por uma crise, mas, normalmente, consegue se adaptar e ajustar-se, na medida do possível, às condições do ambiente.
Abordagem da Teoria de Wanda Horta
As funções do enfermeiro podem ser consideradas em três áreas distintas de ações: 
Áreas específicas – assistir ao ser humano no atendimento de suas necessidades básicas e ensinar o auto-cuidado.
Área de interdependência – manter, promover e recuperar a saúde.
Área social – ensino, pesquisa, administração, responsabilidade legal, participação na associação de classe.
Abordagem da Teoria de Wanda Horta
A ciência da enfermagem compreende o estudo das necessidades humanas básicas (NHB), dos fatores que alteram a sua manifestação e a assistência a ser prestada.
Princípios da Enfermagem
Respeita e mantém a unicidade, autenticidade e individualidade do ser humano;
Deve ser prestada ao indivíduo e não à sua doença;
Todo cuidado de enfermagem é preventivo, curativo e de reabilitação;
Considera a família e a comunidade e integrada com o indivíduo;
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Princípios da Enfermagem
Reconhece o ser humano como elemento participante ativo no seu auto-cuidado.
CRAVEN, R.F.; HIRNLE, C.J. Fundamentos de Enfermagem – Saúde e Função Humanas. 4ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. 
POTTER, P. A.; PERRY, A. G. Fundamentos de Enfermagem. 5ª edição. Rio de Janeiro: Guanabara-Koogan,
2004.
CIANCIARULLO, T. I. Et all. Sistema de Assistência de Enfermagem. São Paulo: Ícone, 2001.
AGUILAR, Victoria Moran; ROBLES, Alba Lily Mendoza. Processo de Enfermagem. São Paulo: DCL Difusão Cultural, 2009.
CARPENITO, Lynda Juall. Compreensão do Processo de Enfermagem. Porto Alegre: Artmed, 2007.
Ciandiarullo, T.I. Instrumentos básicos para o cuidar. São Paulo; Atheneu, 1996.
TANNURE, Meire Chucre; GONÇALVES, Ana Maria Pinheiro. SAE - Sistematização da Assistência de Enfermagem. 2ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2010.
 
Referências Bibliográficas

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