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90 GS Q - Re vi sã o: C ar la - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 5/ 08 /2 01 7 Unidade IV Unidade IV 7 CERTIFICAÇÃO DE SISTEMAS DE QUALIDADE De acordo com Marshall Junior (2012), a necessidade de as organizações comunicarem aos seus clientes e ao mercado a adequação de seu sistema de gestão da qualidade às normas de referência originou a atividade de certificação de terceira parte. A certificação de terceira parte substitui, em grande escala, uma certificação de segunda parte, ainda existente em grandes organizações, que consiste na certificação dos fornecedores, por seus clientes, com base em requisitos especificados, sejam eles requisitos nacionais ou internacionais. 7.1 O processo de certificação De acordo com Carpinetti (2016), a certificação de um sistema de gestão da qualidade é um processo de avaliação pelo qual uma empresa certificadora avalia o sistema de gestão de uma empresa interessada em obter um certificado. O processo de avaliação está dividido em: Terceira parte Primeira parte Segunda parte Figura 41 A primeira parte trata da avaliação realizada pela própria empresa. A segunda parte consiste na avaliação realizada por um cliente da empresa, enquanto a avaliação de terceira parte é realizada por um organismo independente. De acordo com Carpinetti (2016, p. 68), o processo de certificação: [...] a) atesta que o sistema de gestão da empresa condiz com o modelo de sistema de gestão da qualidade (ISO 9001) ou ambiental (ISO 14001), ou ambos. Em outras palavras, avalia se o sistema de gestão da empresa 91 GS Q - Re vi sã o: C ar la - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 5/ 08 /2 01 7 NORMAS DE QUALIDADE – AUDITORIA E CERTIFICAÇÃO contempla todos os requisitos estabelecidos pelas normas. Esse aspecto do processo de certificação é bem descrito pela expressão: “Diga o que você faz para garantir a qualidade ou o meio ambiente”. O objetivo, portanto, é atestar a aderência do sistema de gestão projetado pela empresa como modelo de sistema estabelecido pelos requisitos da ISO 9001 ou ISO14001; b) atesta que foram encontradas evidências de que a empresa implementa as atividades de gestão tidas como necessárias para atender aos requisitos dos clientes e outras partes interessadas. Esse segundo aspecto da certificação é bem definido pelo dizer: “Demonstre que você faz o que você diz que faz para garantir a qualidade”. 7.2 Estágios da certificação Segundo Marshall Junior (2012), com o objetivo de avaliar a conformidade, a manutenção, a melhoria contínua e a eficácia do sistema de gestão como um todo e do produto (bens e serviços), as atividades de certificação podem envolver: Análise da documentação Coleta e ensaios de produtos, no mercado ou na fábrica. Auditorias e inspeções na organização Figura 42 De acordo com Carpinetti (2016), os certificados ISO 9001 e ISO 14001 têm validade de três anos. No entanto, as empresas certificadas devem passar por auditorias de manutenção com periodicidade semestral ou anual. Nas auditorias de manutenção, a empresa certificada, para manter seu certificado, deve prover evidências de que o sistema continua a atender aos requisitos da norma e que não conformidades identificadas em auditorias anteriores receberam o devido tratamento. Após o período de três anos, a empresa passa por um processo de recertificação para renovação do certificado por igual período. Conforme destaca a ABNT ([s.d.]d), a certificação é um processo no qual uma entidade de terceira parte avalia se determinado produto atende às normas técnicas. Essa avaliação se baseia em auditorias no processo produtivo, na coleta e em ensaios de amostras. Estando tudo em conformidade, a empresa recebe a certificação e passa a usar a Marca de Conformidade ABNT em seus produtos. Desde 1950, a ABNT atua na área de certificação, ganhando respeito e confiança de grandes e pequenas empresas, nacionais ou estrangeiras, que recebem os mais diversos tipos de certificados. 92 GS Q - Re vi sã o: C ar la - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 5/ 08 /2 01 7 Unidade IV A ABNT certificadora realiza auditorias para certificação de produtos em mais de 20 países, tendo atuação marcante nas Américas, Ásia e Europa. Ainda, segundo a ABNT ([s.d.]d), diferentemente dos laudos e relatórios de ensaios que servem para demonstrar que determinada amostra atende ou não a uma norma técnica, a certificação serve para garantir que a produção é controlada e que os produtos estão atendendo às normas técnicas continuamente. O processo não é complicado e qualquer empresa pode obter a certificação, bastando demonstrar e garantir, através de documentos, que seu processo produtivo é controlado e que seus produtos estão sendo fabricados em conformidade às normas. Observação Para que uma empresa possa obter a certificação, o primeiro passo é solicitar a certificação junto à ABNT através do e-mail: certificacao@abnt.org.br. A ABNT irá encaminhar todos os documentos necessários para o seu processo. Na figura a seguir, destacamos as etapas do processo de acreditação de organismos de certificação. Análise da documentação Solicitação Avaliação de desempenho Decisão da acreditação Avaliação do local Figura 43 – Etapas do processo de acreditação de organismos de certificação Saiba mais Conheça mais sobre o processo de acreditação dos organismos de certificação: INMETRO. Sobre acreditação de organismos de certificação. Rio de Janeiro, [s.d.]. Disponível em: <http://rweb01s.inmetro.gov.br/ credenciamento/sobre_org_cert.asp#etapas>. Acesso em: 15 ago. 2017. 93 GS Q - Re vi sã o: C ar la - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 5/ 08 /2 01 7 NORMAS DE QUALIDADE – AUDITORIA E CERTIFICAÇÃO Conforme relata a ABNT ([s.d.]d), não há dúvida que a Certificação ABNT destaca e diferencia a empresa, seus produtos e serviços, dos demais concorrentes, além de agregar valor à marca e facilitar a introdução de novos produtos no mercado, e que, tecnicamente, garante a conformidade, qualidade e segurança, elevando o nível de produtos e serviços, reduzindo perdas e melhorando a gestão do processo produtivo. Saiba mais Para saber mais sobre acreditação, acesse o site do Inmetro e verifique os procedimentos necessários para acreditação de uma organização: <http://www.inmetro.gov.br/> 7.3 Certificação e entidades certificadoras O credenciamento dos organismos certificadores é feito, no Brasil, pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro), uma autarquia federal que tem entre as suas responsabilidades o credenciamento de laboratórios, organismos certificadores, inspeção de produtos, entre outras. Segundo Carpinetti (2016), o Inmetro, que coordena o sistema nacional de certificação no Brasil, é reconhecido internacionalmente como o organismo de credenciamento brasileiro, seguindo a tendência internacional atual de apenas um credenciador por país ou economia. O credenciamento de organismos certificadores é voluntário e não obrigatório. No entanto, o credenciamento pelo Inmetro dá maior credibilidade ao organismo certificador, especialmente os nacionais, que não são credenciados em outros países. Saiba mais A Fundação Vanzolini é um organismo certificador e tem se aprimorado constantemente para contribuir com o desenvolvimento socioeconômico do país, formando profissionais, promovendo palestras, treinamentos e cursos na área de Gestão da Qualidade, e concedendo certificados no âmbito das normas ISO 9001 para Sistemas de Gestão da Qualidade, Sassmaq, Transqualit e ISO/TS 16949 para Certificação de Sistemas deGestão da Qualidade para a Industria Automotiva, ISO 14001 para Sistemas de Gestão Ambiental, OHSAS 18001 para Sistemas de Saúde e Segurança Ocupacional e Normas ONA para Acreditação de Organizações de Saúde. FUNDAÇÃO VANZOLINI. Normas de sistemas de gestão. São Paulo, 2015. Disponível em: <https://vanzolini.org.br/certificacao/normas-de-sistema- de-gestao/>. Acesso em: 22 ago. 2017. 94 GS Q - Re vi sã o: C ar la - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 5/ 08 /2 01 7 Unidade IV Exemplo de aplicação A Coordenação Geral de Acreditação do Inmetro é responsável pela acreditação de Organismos de Avaliação da Conformidade (OAC). A base de dados disponibiliza informações sobre esses organismos e escopos concedidos. Faça uma pesquisa e identifique se há organismos certificadores na sua região. 8 AUDITORIA DE SISTEMAS DA QUALIDADE 8.1 Diretrizes para auditorias de sistema de gestão da qualidade e/ou ambiental As séries de normas NBR ISO 9000 e NBR ISO 14000 enfatizam a importância de auditorias como uma ferramenta de gestão para monitorar e verificar a eficácia da implementação da política da qualidade e/ ou ambiental de uma organização. Segundo Marshall Junior (2012), um programa de auditoria deve ser planejado, levando em consideração a situação e a importância dos processos e as áreas a serem auditadas, bem como os resultados de auditorias anteriores. As auditorias também são uma parte essencial das atividades de avaliação da conformidade, tais como certificação/registro externo e avaliação e acompanhamento da cadeia de fornecedores. Nesse sentido, os critérios de auditoria, escopo, frequência e métodos devem ser definidos e divulgados para o auditado, de forma a provocar melhorias antecipadas em seu sistema de gestão da qualidade. Outro ponto importante destacado por Marshall Junior (2012), refere-se à seleção dos auditores e à execução das auditorias, que devem assegurar objetividade e imparcialidade do processo de auditoria. Observação Os auditores não devem auditar seus próprios trabalhos. Segundo Lobo e Silva (2015), uma auditoria independente ou externa é realizada por uma terceira parte neutra, como uma empresa profissional que se especializa no procedimento auditado. Em ambos os casos, todos os registros da empresa serão examinados. Durante a auditoria, esses registros são intimamente inspecionados para a eventualidade de ocorrência de qualquer discrepância que, se for descoberta, deve ser abordada e reparada. Conforme destacam os autores, uma auditoria vai revelar um erro simples, mas em outros casos pode detectar problemas graves. As empresas que estão trabalhando com deficiência podem optar por tomar decisões financeiras insalubres em uma tentativa de se salvar, e essas decisões serão reveladas por uma auditoria. 95 GS Q - Re vi sã o: C ar la - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 5/ 08 /2 01 7 NORMAS DE QUALIDADE – AUDITORIA E CERTIFICAÇÃO Segundo Lobo e Silva (2015), quando uma imprecisão é revelada por uma auditoria independente, é dirigida pelos auditores no relatório final feito para a empresa, e a questão deve ser reparada com a maior brevidade. Se os erros não podem ser corrigidos, pois a empresa não tem os recursos necessários, ela pode enfrentar um processo de perda de sua certificação no escopo da auditoria feita, quando receberá um prazo para que esteja novamente conforme. 8.2 Auditoria interna e auditoria externa Vamos verificar qual a diferença entre auditoria interna e auditoria externa. Lobo e Silva (2015) destacam que as auditorias externas são auditorias dos registros realizados por uma empresa externa e completamente independente do cliente. Por outro lado, uma auditoria externa é realizada com todos os registros, sejam da empresa, de organização sem fins lucrativos, do governo, ou qualquer outro tipo de pessoa jurídica. Auditorias desse tipo podem ser encomendadas por uma agência reguladora ou conduzidas a pedido do envolvido, como um meio de garantir que as práticas-padrão estão sendo seguidas. Assim, o valor de uma auditoria externa existe porque a realização da avaliação dos registros é executada sem que haja qualquer suspeição do executante. Em teoria, isso ajuda a garantir que a auditoria pode progredir sem qualquer chance de impropriedades que ocorre, e que o resultado final da auditoria será completo e totalmente preciso. Conforme Lobo e Silva (2015), uma auditoria externa é realizada pelo menos anualmente ou na periodicidade sugerida pelo Organismo de Certificação Credenciado (OCC), após os profissionais que são funcionários da empresa ou organização terem realizado uma auditoria interna. Não é incomum que as empresas solicitem à auditoria externa documentos que ajudem na melhoria de sua organização. Lembrete Os OCC são as entidades que conduzem e concedem a certificação de conformidade. Já a auditoria interna, segundo Lobo e Silva (2015), analisa as atividades, os processos e os procedimentos de uma empresa. O objetivo dessa auditoria, muitas vezes, é o de melhorar a produtividade da empresa, diminuir custos e melhorar a qualidade dos produtos e dos processos. Ao contrário de uma auditoria tradicional conduzida por uma equipe de auditores externos, que procuram apenas descobrir possíveis falhas nos processos, uma auditoria interna é realizada para fornecer à empresa melhoria da eficiência e garantir a conformidade com os procedimentos internos e externos estabelecidos. Assim, a auditoria de qualidade é um procedimento em que um auditor analisa e verifica vários registros e processos relativos ao programa de qualidade de uma empresa. Em geral, o propósito de um 96 GS Q - Re vi sã o: C ar la - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 5/ 08 /2 01 7 Unidade IV exame de qualidade é determinar se a empresa está cumprindo com o seu programa de qualidade ou se precisa fazer alterações em suas práticas de negócios. A empresa também pode realizar uma auditoria de qualidade a fim de determinar se está em conformidade com os padrões de qualidade determinados, como os estabelecidos pela Organização Internacional de Normalização (ISO) 9000. De acordo com Marshall Junior (2012), as normas ISO 9000, por também serem utilizadas em situações contratuais, pressupõem a realização de auditorias pelo cliente. Marshall Junior (2012) destaca que, face à multiplicação dessas exigências, tornou-se natural admitir a situação em que um organismo independente, reconhecido por todos, efetuasse essas auditorias, que seriam, assim, aceitas, facilitando e simplificando as relações comerciais. Na mesma linha de raciocínio, destacamos o que diz Lobo e Silva (2015) em relação à ISO 9000. Os autores relatam que a ISO 9000 é uma certificação que assegura que a empresa está seguindo os procedimentos de negócios formais. Normalmente, uma auditoria de qualidade é uma auditoria externa, o que significa que é conduzida por uma equipe de auditores que têm experiência na área. No entanto, a empresa também pode optar por realizar uma auditoria interna de seus sistemas de controle de qualidade em uma base periódica. Os membros da equipe de auditoria geralmente são profissionais que têm amplo conhecimento sobre as normas de auditoria, procedimentos e princípios. Além disso, os auditores devem ter experiência prática de examinar, avaliar e informar se cada aspecto de um sistema de qualidade é deficiente ou satisfatório. Em uma auditoria típica de qualidade, o auditor primeiro formula um plano de auditoria do sistema. Como regra geral, esse plano normalmente detalha o cronograma, escopo e local da auditoria. Lobo e Silva (2015) informam que o plano também lista a documentação escrita que deveráser revista, bem como todas as entrevistas que precisam ser realizadas. Por exemplo, um auditor geralmente precisa rever documentos que garantem que políticas da empresa de Gestão de Qualidade, procedimentos e manuais estão sendo respeitados. Após o plano ser elaborado, o auditor o envia para a empresa, para aprovação, antes de qualquer atividade de autoria. Sendo o plano de auditoria aprovado, o auditor chefe se reúne com todos os indivíduos na empresa que são responsáveis pelo programa de qualidade, examina todos os registros aplicáveis e investiga se as práticas da empresa para alinhar com o seu programa de qualidade estão escritas. Se os dados sugerem que a empresa não está cumprindo com o seu programa de qualidade, o auditor irá investigar e documentar essa informação e enviá-la à alta direção da empresa, solicitando a imediata resolução dessa não conformidade. No final da auditoria de qualidade, o auditor prepara um relatório em que detalha as conclusões gerais. Esse relatório, habitualmente, contém um resumo de todas as provas do que foi avaliado, incluindo uma descrição de todas as áreas em que a empresa está ou não está em conformidade com o seu programa 97 GS Q - Re vi sã o: C ar la - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 5/ 08 /2 01 7 NORMAS DE QUALIDADE – AUDITORIA E CERTIFICAÇÃO de qualidade. Além disso, a maioria dos relatórios fornece à empresa recomendações detalhadas para melhorar o seu programa e as operações de qualidade. Por outro lado, Oliveira (2014) destaca que a auditoria é o processo sistemático, documentado e independente para obter evidências e avaliá-las objetivamente para determinar a extensão na qual os critérios da auditoria são atendidos. Logo, trata-se de um processo de avaliação humana para determinar o grau de aderência a um padrão específico, resultando em um julgamento. A auditoria deve gerar confiança em todas as partes interessadas com base nos princípios de independência, imparcialidade e competência. A norma ISO 19011: 2002 – Diretrizes para auditorias para sistemas de gestão da qualidade e/ou ambiental prevê: • Seções 1, 2 e 3: Escopo de uma auditoria, referências normativas e termos e definições. • Seção 4: Princípios da auditoria. • Seção 5: Gerenciando um programa de auditoria. • Seção 6: Atividades de auditoria. • Seção 7: Competência e avaliação de auditores. Vamos verificar o que a norma diz em relação a essas seções: • Seções 1, 2 e 3: tratam do escopo de uma auditoria, referências normativas e dos termos e definições, respectivamente. • Seção 4: descreve os princípios da auditoria. Esses princípios auxiliam o usuário do guia a entender o mecanismo de uma auditoria, visando torná-la confiável como instrumento de suporte no controle das políticas de sistemas de gestão; é necessária como pré-condição para as demais seções 5, 6 e 7. • Seção 5: esse guia apresenta inovações como na seção “Gerenciar um Programa de Auditoria”, cuja cláusula é ilustrada pela aplicação do fluxograma PDCA (Planejar-Fazer-Verificar-Agir). Essa seção fornece orientações para o gerenciamento do programa, incluindo todas as atividades necessárias para Planejamento, Organização e Coordenação relativos ao programa, bem como a de delegar responsabilidades, estabelecer objetivos e alocar os recursos necessários para a equipe de auditoria. • Seção 6: essa cláusula contém as orientações para a condução e o planejamento das auditorias em Sistemas de Gestão da Qualidade e/ou Ambientais, incluindo a seleção das equipes de auditorias. 98 GS Q - Re vi sã o: C ar la - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 5/ 08 /2 01 7 Unidade IV • Seção 7: fornece orientações sobre a competência necessária para que um auditor possa desempenhar satisfatoriamente suas funções, bem como resume o processo para avaliação de auditores. No caso de Sistemas de Gestão da Qualidade e Ambiental que estejam sendo implantados em conjunto, fica a critério do usuário do guia a forma como será executada a auditoria – se em conjunto ou separada. Existem três tipos de auditorias, a saber: Quadro 7 Tipos de auditoria Descrição Auditorias de 1ª Parte É uma ferramenta gerencial de monitoramento Auditorias de 2ª Parte Avaliação de fornecedores Auditorias de 3ª Parte Certificação e credenciamentos externos Oliveira (2014) nos diz que a auditoria deve ser uma atividade planejada e documentada, executada para determinar a efetividade da implementação, adequação e conformidade a procedimentos, instruções, desenhos ou outros documentos pertinentes. É feita por investigação, exame ou avaliação de evidência objetiva e não deve ser confundida com atividades de inspeção ou de fiscalização puramente, que, em geral, são executadas com o objetivo único de controle ou de aceitação de produto ou processo. De acordo com a Anvisa (2013 apud OLIVEIRA, 2014), o ciclo de vida de uma auditoria pode ser associado ao ciclo PDCA, conforme visto na figura a seguir. Agir corretivamente e preventivamente no sistema Preparar e planejar a auditoria Fazer análise crítica sobre o resultado da auditoria Conduzir a auditoria e redigir as constatações Act Plan Check Do Gerência Auditor Figura 44 – Ciclo de vida da auditoria Lembrete Ciclo PDCA: Plan (planejar), Do (fazer), Check (verificar) e Act (agir). 99 GS Q - Re vi sã o: C ar la - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 5/ 08 /2 01 7 NORMAS DE QUALIDADE – AUDITORIA E CERTIFICAÇÃO Segundo Oliveira (2014), na etapa de planejamento (Plan), é importante definir exatamente o escopo da auditoria de forma que se possam estabelecer as datas para sua realização, a abrangência dos documentos, elaborar o plano de auditoria e preparar as listas de verificação. Por outro lado, na etapa de condução da auditoria (Do), deve-se realizar uma reunião de abertura, uma visita inicial às áreas a serem auditadas, seguir o plano traçado a partir da realização de entrevistas, verificações in loco e análise de registros. Os diversos auditores devem discutir as observações e chegar a um consenso sobre os fatos. Por fim, deve-se realizar uma reunião de fechamento dos trabalhos na empresa. A auditoria deve ser conduzida segundo os elementos constantes na figura a seguir: Condução da auditoria Triângulo da auditoria Pergunte Observe Verifique Anote Figura 45 - Elementos essenciais à condução da auditoria Dando continuidade, Oliveira (2014) nos diz que, ainda na etapa relativa ao “Do”, destaca-se o processo de relatar a auditoria. Nele devem constar as seguintes atividades: • análise crítica das informações conseguidas por toda a equipe de auditores; • registro de não conformidades; • anexação de registros de não conformidades; • laboração do relatório. Segundo Oliveira (2014), as etapas Plan e Do são inerentes aos consultores; já as fases Check e Act são relativas à empresa que está sendo auditada. Na fase Check, devem ser realizadas as seguintes atividades: • análise do relatório geral de auditoria; 100 GS Q - Re vi sã o: C ar la - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 5/ 08 /2 01 7 Unidade IV • análise específica das não conformidades apontadas e definição de soluções a partir da utilização das ferramentas da qualidade para as não conformidades relatadas, gerando planos de ação. Por fim, na fase Act deve-se implementar efetivamente as soluções propostas na fase anterior. Em geral, implantam-se as ações imediatas previstas nos planos de ação. Após isso, é verificado se a não conformidade foi solucionada. Caso negativo, repete-se o processo. Como já falamos anteriormente, e reforçado por Oliveira(2014), as auditorias podem ser internas ou externas. As internas são executadas com o pessoal da própria empresa, que deve ser treinado e conscientizado quanto à importância da imparcialidade e isenção no processo. A auditoria interna tem a vantagem de ter custos menores, pois é realizada com mão de obra já disponível na organização, porém possui menor confiabilidade e diminui a força de trabalho disponível em função da saída dos profissionais de suas atividades rotineiras. Por outro lado, as auditorias externas são realizadas, em geral, por empresas especializadas, consultorias ou organismos credenciados de certificação (OCC), possuem custos maiores, mas com confiabilidade maior. Nesse caso, não há diminuição da capacidade da empresa por usar pessoal externo. A auditoria da qualidade tem as seguintes importantes finalidades (ABNT, 2002): • satisfazer requisitos para certificação em uma norma de sistema de gestão; • verificar conformidade com requisitos contratuais; • obter e manter confiança na capacidade de um fornecedor; • contribuir para a melhoria do sistema de gestão. O’Hanlon (2009) destaca que há tipicamente uma gama de cinco objetivos de auditoria: Objetivos da auditoria Melhoria Registro Regulamentação Eficácia Conformidade Figura 46 101 GS Q - Re vi sã o: C ar la - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 5/ 08 /2 01 7 NORMAS DE QUALIDADE – AUDITORIA E CERTIFICAÇÃO Vamos verificar o que significa cada um desses objetivos. De acordo com O’Hanlon (2009), a melhoria é um dos objetivos e muda a natureza do processo de auditoria. Isso é comum nas auditorias internas ou de primeira parte, o que não significa que em determinadas auditorias de segunda parte um representante do cliente não possa fornecer algum conselho, mas isso dependerá de o potencial do fornecedor ser usado ou não. Em auditorias de terceira parte, dar conselhos é um tabu, então, embora a melhoria seja uma consequência natural da resposta às não conformidades, devemos tomar cuidado para não confundir o verdadeiro objetivo como auditores de terceira parte. Quanto ao objetivo de conformidade, segundo O’Hanlon (2009), é comum a todos os tipos de auditoria – de primeira, segunda e terceira parte. Conformidade significa assegurar a aderência aos procedimentos, às normas, aos contratos e a outros documentos pertinentes. Em relação à eficácia, também é comum a todos os tipos de auditoria. Na medição da eficácia, o auditor determina se o sistema está possibilitando à organização alcançar seus objetivos e as necessidades e expectativas das partes interessada. O’Hanlon (2009) nos diz que a regulamentação cai tipicamente no domínio das organizações de terceira parte, como órgãos regulamentadores (por exemplo, segurança e saúde ocupacionais ou meio ambiente) e não geralmente naquelas organizações envolvidas com a certificação com base na ISO 9001:2000. As auditorias internas podem, naturalmente, abordar tais requisitos, assim como algumas auditorias do cliente. O último objetivo, o registro, aplica-se, nesse entendimento, àquelas entidades que estão executando auditorias para determinar se uma organização pode ser recomendada para a inclusão em um registro daquelas que atendam aos requisitos da ISO 9001:2000. No quadro a seguir destacamos a documentação necessária para a auditoria. Quadro 8 Contrato Norma Manual Prodedimentos/ Documentos de processo Instruções Outros Auditoria de 1ª Parte Sim Sim Sim Sim Sim Sim Auditoria de 2ª Parte Sim Possivelmente Sim Sim Às vezes Sim Auditoria de 3ª Parte Sim Sim Sim Sim Sim Sim Adaptado de: O’Hanlon (2009, p. 47). 102 GS Q - Re vi sã o: C ar la - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 5/ 08 /2 01 7 Unidade IV Segundo O’Hanlon (2009), esses documentos não podem servir como base da auditoria isoladamente. Devem ser postos no contexto dos objetivos do negócio, das entradas e das saídas dos processos e da natureza do negócio. Vamos destacar alguns pontos que devem ser observados na preparação para a Auditoria da Qualidade, segundo Lobo (2010). Quadro 9 Item Descrição Foco Os procedimentos devem cobrir todos os aspectos do trabalho em conformidade e padrões necessários para alcançar os níveis desejados de qualidade. Por exemplo, pode-se decidir testes de programas de controle final, mas deixar os testes preliminares de um protótipo para o programador executar. Procedimentos Qualquer aspecto recorrente de trabalho pode merecer regulamentação. O estilo e a profundidade da descrição variam de acordo com as necessidades e preferências, desde que seja suficientemente clara para ser seguida. Definição Um princípio importante é que os procedimentos definidos sejam bons e levem a empresa aos níveis desejados de qualidade. Consideráveis análises, consultas e testes devem ser aplicados a fim de definir os procedimentos adequados, o que muitas vezes exige também formas definidas ou ferramentas de software. Controle Como acontece com qualquer gestão de boa qualidade, os procedimentos devem ser devidamente controlados em termos de acessibilidade, controle de versão, atualização de autoridades etc. Comunicação Todos os participantes precisam conhecer os procedimentos definidos – que eles existem, onde encontrá-los e o que eles cobrem. Multiplicadores da qualidade são responsáveis por verificar o que os membros da equipe entenderam sobre os procedimentos. Uso Os procedimentos definidos devem ser seguidos. Os check-lists serão usados para garantir se este for o caso. Um procedimento de ação corretiva será aplicado para lidar com deficiências. Embora o impacto da auditoria da qualidade seja em todas as partes e departamentos da empresa, as atividades específicas dessa auditoria tendem a ser atribuídas como comentários aos procedimentos definidos. Esses comentários são aplicados em fase final e na conclusão do projeto de auditoria, sendo o objetivo da revisão incentivar a conformidade dos processos não eficazes. Agora vamos entender como funciona a auditoria e qual o perfil do auditor. De acordo com O’Hanlon (2009), entender o escopo e os objetivos de auditoria é um aspecto importante da compilação de dados do plano de auditoria. Como uma auditoria é um processo que envolve a interação entre auditores e auditados, a equipe auditora necessita saber quem são as pessoas-chave na organização. As listas dos nomes e dos cargos nem sempre são úteis, porque os cargos frequentemente não dão qualquer indicação das responsabilidades do indivíduo envolvido. 103 GS Q - Re vi sã o: C ar la - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 5/ 08 /2 01 7 NORMAS DE QUALIDADE – AUDITORIA E CERTIFICAÇÃO Geralmente, a empresa que irá fazer a auditoria encaminha correspondência para a empresa a ser auditada, solicitando as informações necessárias para realizar a auditoria. Conforme destaca O’Hanlon (2009), embora a auditoria não seja apenas sobre documentos, o auditor necessita, de fato, compreender os documentos necessários para executar a auditoria, que podem incluir: • normas; • manual da qualidade; • procedimentos, documentos de processo e instruções de trabalho; • listas mestras; • folhetos e catálogos; • contratos; • especificações. Toda essa documentação deve estar disponível para consulta dos auditores. Para a elaboração do plano de auditoria, os requisitos básicos que devem ser observados são: • data; • hora; • duração; • número de auditores; • locais; • arranjos dos turnos de trabalho; • segurança e arranjos para estacionamento. Quais são os atributos pessoais do auditor? Conforme está previsto no item 7.2 (ISO19011:2002), convém que um auditor seja: • Ético (justo, verdadeiro, sincero, honesto e discreto). • Mente aberta (que esteja disposto a considerar ideias ou pontos de vista alternativos). • Diplomático (tato para lidar com as pessoas). 104 GS Q - Re vi sã o: C ar la - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 5/ 08 /2 01 7 Unidade IV • Observador (ativamente atento à circunvizinhança e às atividades físicas). • Perceptivo (instintivamente atento e capaz de entender situações). • Versátil (ajuste prontamente a diferentes situações). • Tenaz (persistente, focado em alcançar objetivos). • Decisivo (chegue a conclusões oportunas baseadas em razões lógicas e análise). • Autoconfiante (atua e funciona independentemente, enquanto interage de forma eficaz com outros). Vamos relacionar as atividades típicas de auditoria, conforme a ISO 19011:2002 – seção 6 (ABNT, 2002). Iniciando a auditoria (6.2) - Designando o líder da equipe de auditoria. - Definindo objetivos, escopo e critérios da auditoria. - Determinando a viabilidade da auditoria. - Selecionando a equipe da auditoria. - Estabelecendo contato inicial com o auditado. Realizando análise crítica de documentos (6.3) - Analisando criticamente documentos pertinentes ao sistema de gestão, incluindo registro, e determinando sua adequação com respeito ao critério de auditoria. Preparando as atividades da auditoria no local (6.4) - Preparando o plano da auditoria. - Designando trabalho para a equipe de auditoria. - Preparando documentos de trabalho. Preparando, aprovando e distribuindo o relatório da auditoria (6.6) - Preparando o relatório da auditoria. - Aprovando e distribuindo o relatório da auditoria. Conduzindo ações de acompanhamento de auditoria (6.8) Concluindo a auditoria (6.7) Conduzindo as atividades de auditoria local (6.5) - Conduzindo a reunião de abertura. - Comunicação durante a auditoria. - Funções e responsabilidades de guias e observadores. - Coletando e verificando informações. - Gerando constatações da auditoria. - Preparando conclusões da auditoria. - Conduzindo a reunião de encerramento. Figura 47 Conforme nota constante na seção 6 da ISO 19011:2002, as linhas pontilhadas indicam que, normalmente, quaisquer ações de acompanhamento de auditoria não são consideradas parte da auditoria. Observe que os itens 6.2, 6.3 e 6.4 fazem parte do planejamento da auditoria e da preparação para a auditoria pela equipe de auditores. Já o item 6.5 refere-se à execução da auditoria. Os itens 6.6 e 6.7 consistem na fase depois da auditoria. 105 GS Q - Re vi sã o: C ar la - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 5/ 08 /2 01 7 NORMAS DE QUALIDADE – AUDITORIA E CERTIFICAÇÃO Na tabela a seguir podemos observar um modelo de plano de auditoria ou programa de auditoria. Quadro 10 Auditoria do dia 1 ao dia 3 9h 10h 11h 12h 13h 14h 15h 16h Auditor Líder Abertura e visita às instalações Responsabilidade da direção Antonio Almoço RecursosEva Treinamento Pedro Análise crítica Auditor 1 Abertura e visita às instalações Controle de documentos Paulo Registros Maria Almoço Realização do produto Joaquim Benedito Análise crítica Auditor 2 Abertura e visita às instalações Auditoria Interna João José Foco no cliente Francisco Almoço Aquisição Carlos Análise crítica Adaptado de: O’Hanlon (2009, p. 61). Exemplo de aplicação Com base nas informações do quadro anterior, faça um plano de auditoria para a empresa em que você trabalha ou escolha uma empresa da sua região para elaborar o plano. É importante destacar que as constatações da auditoria podem indicar tanto conformidade quanto não conformidade com o critério de auditoria. Conforme relata O’Hanlon (2009), antes de obter o consenso da equipe auditora com uma não conformidade, o auditor líder deve considerar as seguintes questões: • Este é um fato isolado? • Acontece frequentemente? • Essas observações são consistentes com o escopo e os objetivos? • Há evidências objetivas? • Temos a concordância do auditado? • Essa é uma quebra de sistema ou um lapso menor? Observação Uma não conformidade é uma instância em que alguns requisitos específicos não foram atendidos. 106 GS Q - Re vi sã o: C ar la - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 5/ 08 /2 01 7 Unidade IV Vale salientar que a ISO 9001:2008 e a ISO 19011:2002 não fazem diferença entre não conformidades maiores ou menores. No entanto, na prática, os organismos certificadores estabelecem parâmetros para definir o grau de severidade das não conformidades. Segundo O’Hanlon (2009), não conformidades podem ser categorizadas das seguintes formas: Quadro 11 Categoria Interpretação Maior A organização não atende aos requisitos: • da norma; • do contrato. A organização não faz o que diz fazer. Há uma lacuna significativa no sistema. Menor Lapsos insignificantes e ocasionais são verificados. A organização está fazendo mais do que é requerido fazer (isso acontece sempre?). A não conformidade não tem impacto no produto Adaptado de: O’Hanlon (2009, p. 102). Vamos exemplificar essas categorias para um melhor entendimento. Uma não conformidade maior significa a ausência ou total interrupção do sistema no cumprimento de um requisito da ISO 9001:2008 ou sua nova versão ISO 9001:2015. Exemplo: uma empresa declara que mantém equipamentos de back-up para atender aos clientes em caso de queda de energia. Na auditoria foi constatada a não existência desses equipamentos em número suficiente para atender à demanda dos clientes. Nesse caso, será considerado uma não conformidade maior. Por outro lado, uma não conformidade menor consiste em um não cumprimento da ISO 9001:2008 ou sua nova versão ISO 9001:2015 que não tenha a probabilidade de resultar em uma falha do sistema de gestão da qualidade, nem de reduzir sua capacidade de assegurar processos ou produtos controlados. Ainda de acordo com O’Hanlon (2009), se algo é um requisito obrigatório e a organização não o atende, então isso constitui uma não conformidade maior. Assim, por exemplo, se um registro não puder ser recuperado, teremos uma não conformidade maior. Em algumas indústrias (por exemplo, a nuclear), isso pode ser justificável, mas na maioria dos casos tal categorização pareceria severa. Da mesma forma, uma não conformidade menor é registrada quando se descobre que uma atividade de valor agregado não consta nos documentos de processo ou procedimentos. Uma falha dessa natureza pode fazer com que novas práticas nunca sejam incorporadas nos documentos e com que os novos funcionários utilizem os métodos prescritos, ignorando, assim, os métodos aperfeiçoados. 107 GS Q - Re vi sã o: C ar la - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 5/ 08 /2 01 7 NORMAS DE QUALIDADE – AUDITORIA E CERTIFICAÇÃO Nesse sentido, as consequências da categorização de não conformidades são as seguintes: Maior Menor Impede a recomendação para certificação Normalmente não impede a recomendação para certificação Figura 48 Quando se tratar de uma observação/comentários, isso também não impede a recomendação para certificação. De acordo com O’Hanlon (2009), para abrir uma não conformidade, o auditor líder e os membros da equipe auditora devem assegurar que os seguintes critérios sejam atendidos: • definição clara do problema; • evidência objetiva clara e inequívoca; • capacidade de esclarecer a não conformidade e seu impacto no negócio e no contexto do processo de auditoria; • planosde contingência que abordem desafios e questões potenciais; • informação de suporte clara (por exemplo, local, nome do auditado e/ou do guia, documentos de referência, registros, produtos, equipamentos e/ou materiais); • indicação clara de quais requisitos na norma, contrato e/ou sistema documentados foram violados. Os erros típicos cometidos nos relatórios de auditoria são: • múltiplas não conformidades relacionadas a diferentes requisitos da norma no mesmo relatório de não conformidade; • repetição do mesmo tipo de problema sendo registrado em diferentes relatórios de não conformidade, em vez da abertura de um relatório com múltiplas evidências objetivas. Após a auditoria, o auditor líder fará a reunião de encerramento com a alta direção da organização e equipe que participou do processo. Nesse momento, serão expostos os pontos fortes, os pontos fracos e as oportunidades de melhoria. As conclusões da auditoria podem indicar a necessidade de ações corretivas, preventivas ou de melhoria, se aplicável. Normalmente, o auditado terá um prazo para responder tais ações, o que não é considerado como parte da auditoria. 108 GS Q - Re vi sã o: C ar la - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 5/ 08 /2 01 7 Unidade IV Lembrete Uma ação corretiva é responder a uma não conformidade identificada no processo de auditoria. Em 2012, foi publicada a nova versão da ISO 19011:2002, passando a ser ISO 19011:2012. Vamos verificar quais foram as alterações ocorridas. As principais diferenças comparadas com a primeira edição são as seguintes: • o escopo foi ampliado de auditoria de sistemas de gestão da qualidade e meio ambiente para auditoria de sistemas de gestão de qualquer natureza; • a relação entre a ABNT NBR ISO 19011 e a ABNT NBE ISO/TEC 17021 foi esclarecida. A relação entre essas normas é mostrada no quadro a seguir: Quadro 12 Auditoria interna Auditoria externa Auditoria no fornecedor Auditoria de terceira parte Algumas vezes chamada de auditoria de primeira parte Algumas vezes chamada auditoria de segunda parte Para propósitos legais regulamentares e similares. Para fins de certificação (ver também os requisitos da ABNT NBR ISO/IEC 17021) • métodos de auditoria remota e o conceito de riscos foram introduzidos; • confidencialidade foi acrescentado como um novo princípio de auditoria; • as seções 5, 6 e 7 foram reorganizadas; • informações adicionais foram incluídas em um novo Anexo B, resultando na remoção das caixas de textos; • o processo de avaliação e de determinação de competência tornou-se mais rígido; • exemplos ilustrativos de habilidades e conhecimentos de disciplina específicos foram incluídos em um novo Anexo A; 109 GS Q - Re vi sã o: C ar la - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 5/ 08 /2 01 7 NORMAS DE QUALIDADE – AUDITORIA E CERTIFICAÇÃO Saiba mais Diretrizes adicionais estão disponíveis no seguinte site: <www.iso.org/19011auditing> Vejamos o que a norma diz em relação aos princípios de auditoria: A auditoria é caracterizada pela confiança em alguns princípios. Convêm que estes princípios ajudem a tornar a auditoria uma ferramenta eficaz e confiável em apoio às políticas de gestão e controles, fornecendo informações sobre as quais uma organização pode agir para melhorar seu desempenho. A aderência a estes princípios é um pré-requisito para se fornecerem conclusões de auditoria que sejam pertinentes e suficientes, e para permitir que auditoria que trabalhem independentemente entre si cheguem a conclusões semelhantes em circunstâncias semelhantes (ABNT, 2012, p. 4). As seções 5 e 7 destacam as orientações e estão baseadas nos seis princípios a seguir: Princípios Integridade Confidencialidade Abordagem baseada em evidência Independência Devido cuidado profissional Apresentação justa Figura 49 Vamos entender o que significa cada um desses princípios, de acordo com a ISO 19011:2012. 110 GS Q - Re vi sã o: C ar la - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 5/ 08 /2 01 7 Unidade IV No princípio integridade, que fala sobre o fundamento do profissionalismo, a norma destaca: a) [...] Convém que os auditores e a pessoa que gerência um programa de auditoria: • realize o seu trabalho com honestidade, diligência e responsabilidade; • observem e estejam em conformidade com quaisquer requisitos legais aplicáveis; • demonstrem sua competência enquanto realizam o seu trabalho; • desempenhem o seu trabalho de forma imparcial, isto é, mantendo-se justos e sem tendenciosidade em todas as situações. • estejam sensíveis a quaisquer influências que possam ser exercidas sobre seu julgamento enquanto realizando uma auditoria (ABNT, 2012, p. 5). Com relação ao princípio apresentação justa, a norma fala sobre a obrigação de reportar com veracidade e exatidão, conforme segue: b) [...] Convém que as constatações de auditoria, conclusões de auditoria e relatórios de auditoria reflitam com veracidade e precisão as atividades de auditoria. Convém que os problemas significativos encontrados durante a auditoria e não resolvidos por divergências de opiniões entre a equipe de auditoria e o auditado sejam relatados. Convém que a comunicação seja verdadeira, precisa, objetiva, em tempo hábil, clara e completa (ABNT, 2012, p. 5). O conceito do princípio devido cuidado profissional fala sobre a aplicação de diligência e julgamento na auditoria. c) [...] Convém que os auditores exerçam o devido cuidado de acordo com a importância da tarefa que eles executam e a confiança neles depositada pelo cliente de auditoria e por outras partes interessadas. Um fator importante na realização do seu trabalho com o devido cuidado profissional, é ter a capacidade de fazer julgamentos ponderados em todas as situações de auditoria (ABNT, 2012, p. 5). Prosseguindo, vamos verificar o que diz o princípio confidencialidade, que trata da segurança da informação: 111 GS Q - Re vi sã o: C ar la - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 5/ 08 /2 01 7 NORMAS DE QUALIDADE – AUDITORIA E CERTIFICAÇÃO d) [...] Convém que os auditores tenham discrição no uso e proteção das informações obtidas no curso das suas obrigações. Convém que as informações de auditoria não sejam usadas de forma inapropriada para ganhos pessoais pelo auditor ou pelo cliente de auditoria, ou de maneir prejudicial para o legítimo interesse do auditado. Este conceito inclui o manuseio apropriado de informações confidenciais ou sensíveis (ABNT, 2012, p. 5). O princípio independência aborda a imparcialidade de auditoria e a objetividade das conclusões de auditoria. e) [...] Convém que os auditores sejam independentes da atividade que está sendo auditada, quando for possível, e convém que ajam em todas as situações de tal modo que estejam livres de tendenciosidade e conflitos de interesse. Para auditorias internas, convém que os auditores sejam independentes das operações gerenciais da função que está sendo auditada. Convém que os auditores mantenham objetividade ao longo de todo o processo de auditoria para assegurar que as conclusões e constatações de auditoria estejam baseadas somente nas evidências de auditoria (ABNT, 2012, p. 5). O conceito do princípio abordagem baseada em evidência consiste no método racional para alcançar conclusões de auditoria confiáveis e reproduzíveis em um processo sistemático de auditoria. f) [...] Convém que a evidência de auditoria seja verificável. Ela geralmente é baseada em amostras das informações disponíveis, uma vez que uma auditoria é realizada durante um período de tempo finito e com recursoslimitados. Convém que o uso apropriado de amostras seja aplicado, uma vez que esta situação está intimamente relacionada com a confiança que pode ser depositada nas conclusões de auditoria (ABNT, 2012, p. 6). Como vimos, a importância da auditoria é fundamental para que a organização mantenha a sua certificação ou recertificação. A não observância dos requisitos das normas ISO 9001 e ISO 14001 pode impactar na competitividade da organização, pois o selo de certificação é uma garantia de que a organização adota procedimentos de qualidade nos seus processos, tanto de produtos quanto de serviços. 112 GS Q - Re vi sã o: C ar la - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 5/ 08 /2 01 7 Unidade IV A seguir, apresentamos o fluxo do programa de melhoria. Observe que o fluxo segue o ciclo PDCA, que já citamos anteriormente. 5.4 Implementando o programa de auditoria 5.4.1 Generalidades 5.4.2 Definindo os objetivos, escopo e critérios para uma auditoria individual 5.4.3 Selecionando os métodos de auditoria 5.4.4 Selecionando os membros da equipe de auditoria 5.4.5 Atribuindo responsabilidades para uma auditoria individual ao líder da equipe de auditoria 5.4.6 Gerenciando os resultados do programa de auditoria 5.4.7 Gerenciando e mantendo registros do programa da auditoria 5.3 Estabelecendo o programa de auditoria 5.3.1 Papéis e responsabilidades da pessoa que gerencia o programa de auditoria 5.3.2 Competência da pessoa que gerencia o programa de auditoria 5.3.3 Determinando a abrangência de um programa de auditoria 5.3.4 Identificando e avaliando os riscos do programa de auditoria 5.3.5 Estabelecendo procedimentos para o programa de auditoria 5.3.6 Identificando os recursos para o programa de auditoria 5.2 Estabelecendo os objetivos do programa de auditoria 5.5 Monitoramento do programa de auditoria 5.6 Analise crítica do programa de auditoria Planejar Fazer Competência e avaliação de auditores (Seção 7) Realizando uma auditoria (Seção 6) Checar Agir Figura 50– Fluxo do processo para a gestão de um programa de auditoria Na Nota 1 da referida norma, a figura ilustra a aplicação do ciclo PDCA. Na Nota 2, a numeração de Seções/Subseções refere-se às Seções/Subseções pertinentes dessa norma. Segundo Marshall Junior (2012), as auditorias por parte dos clientes ainda são empregadas, em especial quando as organizações fornecedoras não estão certificadas. Nesse sentido, destaca Marshall Junior (2012), a tendência é que os clientes passem a exigir dos fornecedores e parceiros sua certificação por organismos de certificação credenciados (OCC), a fim de reduzir os custos com as auditorias de qualificação. 113 GS Q - Re vi sã o: C ar la - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 5/ 08 /2 01 7 NORMAS DE QUALIDADE – AUDITORIA E CERTIFICAÇÃO Por fim, Marshall Junior (2012) nos diz que, por ter caráter voluntário, a certificação ISO 9000 é uma atividade que será tanto mais aceita quanto maior for a credibilidade de quem a atesta, isto é, do OCC contratado. Finalizando esta unidade, destacamos que as atividades de auditoria estão divididas em: • verificar a adequação dos documentos da organização em relação à norma de referência (auditoria de adequação); • verificar, por meio de evidência objetiva, a conformidade e eficácia da efetiva implementação, no local, dos procedimentos que compõem o sistema de gestão da qualidade da organização (auditoria de conformidade). Por outro lado, Lobo (2010) afirma que, embora o impacto da Auditoria da Qualidade seja em todas as partes e departamentos existentes da empresa, as atividades específicas da Auditoria de Qualidade tendem a ser aplicadas como comentários aos procedimentos definidos. Esses comentários são aplicados em fase final e conclusão do projeto de auditoria, sendo que o objetivo da revisão é incentivar a conformidade dos processos não eficazes. Resumo Vimos, nesta unidade, a importância do processo de certificação para as organizações que querem ampliar a sua competitividade no mercado nacional e, principalmente, no mercado internacional. A exigência de certificação para que haja trocas comerciais entre diversos parceiros levou as organizações a buscarem essa qualificação, o que denota que os processos da organização estão de acordo com os requisitos e especificações exigidas pelas normas ISO 9001 e 14001. Apresentamos os organismos acreditadores, que certificam os organismos certificadores com base em critérios de qualificação rigorosos. Destacamos, ainda, o processo de auditoria dos sistemas de gestão da qualidade, com ênfase nas normas ISO 19011:2002 e a versão atual 19011:2012, apresentando as principais alterações ocorridas. Falamos sobre auditoria interna e auditoria externa, lembrando que a auditoria interna é realizada pela equipe de auditores internos, que devem ser capacitados para realizarem tal atividade. A auditoria externa é realizada por um organismo independente. O processo de auditoria possibilita ao auditado uma visão sistêmica dos seus processos, e as conclusões da auditoria podem indicar a necessidade de ações corretivas e também preventivas ou de oportunidade de melhoria. 114 GS Q - Re vi sã o: C ar la - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 5/ 08 /2 01 7 Unidade IV Exercícios Questão 1. (Enade 2010, adaptada) O Código de Águas, estabelecido pelo decreto federal nº 24.643, de 1934, constitui um marco legal na gestão dos recursos hídricos no Brasil. O código foi instituído em um momento de transição, em que o Brasil deixava de ser uma economia agrária para se tornar uma economia urbano-industrial. Ressalta-se que a água é essencial nos processos relacionados à qualidade de boa parte das atividades comerciais. Considerando o Código de Águas, avalie as afirmativas que seguem: I – A necessidade de preservação das condições da água pelo usuário de jusante perante os usuários de montante regulamenta o aproveitamento das águas comuns. II – O regime de outorga define que as águas públicas não podem ser derivadas para as aplicações da agricultura, da indústria e da higiene sem a existência de concessão administrativa. III – A definição do uso prioritário da água para o abastecimento público estabelece a preferência da derivação para o abastecimento das populações. É correto apenas o que se afirma em: A) I. B) II. C) III. D) I e II. E) II e III. Resposta correta: alternativa E. Análise das afirmativas I – Afirmativa incorreta. Justificativa: a afirmativa I está em ordem contrária em relação aos usuários da água. Os usuários à montante (isto é, localizados na parte anterior do curso da água) devem preservar as condições da água perante os usuários à jusante (isto é, aqueles localizados na parte posterior do curso da água). 115 GS Q - Re vi sã o: C ar la - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 5/ 08 /2 01 7 NORMAS DE QUALIDADE – AUDITORIA E CERTIFICAÇÃO II – Afirmativa correta. Justificativa: o uso de águas públicas, para qualquer finalidade, exige concessão administrativa pelos órgãos públicos competentes. III – Afirmativa correta. Justificativa: o uso de água para abastecimento público é considerado prioritário em relação ao uso de água na agricultura e na indústria Questão 2. (Enade 2006, adaptada) A diretoria da Cia. Itacolomy, empresa do comércio varejista, com filiais em todo o Brasil, preocupada com a qualidade de seus serviços, está mais atenta à guarda e segurança de seus arquivos de dados, das informações que envolvem o Processamento Eletrônico e da perfeita reconstituição de relatórios, reúne-se coma área responsável para estabelecer as normas e os procedimentos de segurança e qualidade , que deverão ser adotados em relação ao assunto. Qual é o procedimento que a empresa deve adotar para assegurar a recuperação de seus dados? A) Cuidar para que existam cópias de segurança e centros de contingências de processamento de dados. B) Determinar que os procedimentos sistêmicos e os controles do sistema sejam de conhecimento restrito do departamento de informática da empresa. C) Criar um setor de armazenamento, de modo que todos os arquivos de dados estejam na sede da empresa. D) Permitir que os funcionários tenham acesso ilimitado aos sistemas de dados da empresa. E) Exigir que todos os documentos sejam guardados durante a existência da empresa. Resolução desta questão na plataforma. 116 GS Q - Re vi sã o: C ar la - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 5/ 08 /2 01 7 FIGURAS E ILUSTRAÇÕES Figura 1 QUALITY-686328_960_720.JPG. Disponível em: <https://cdn.pixabay.com/photo/2015/03/23/17/09/ quality-686328_960_720.jpg>. Acesso em: 22 ago. 2017. Figura 2 FERNANDES, W. A. Movimento da qualidade no Brasil. Brasil: Essential Idea Publishing, 2011. p. 14. Disponível em: <http://www.inmetro.gov.br/barreirastecnicas/pdf/Livro_Qualidade.pdf>. Acesso em: 18 ago. 2017. Figura 3 FERNANDES, W. A. Movimento da qualidade no Brasil. Brasil: Essential Idea Publishing, 2011. Disponível em: <http://www.inmetro.gov.br/barreirastecnicas/pdf/Livro_Qualidade.pdf>. Acesso em: 18 ago. 2017. Adaptada. Figura 5 FERNANDES, W. A. Movimento da qualidade no Brasil. Brasil: Essential Idea Publishing, 2011. Disponível em: <http://www.inmetro.gov.br/barreirastecnicas/pdf/Livro_Qualidade.pdf>. Acesso em: 18 ago. 2017. Adaptada. Figura 6 SILVA, R. A. da. Qualidade, padronização e certificação. Curitiba: InterSaberes, 2017. Adaptada. Figura 7 WAREHOUSE-83206_960_720.JPG. Disponível em: <https://cdn.pixabay.com/photo/2013/02/19/01/39/ warehouse-83206_960_720.jpg>. Acesso em: 22 ago. 2017. Figura 8 COSMETICS-353526_960_720.JPG. Disponível em: <https://cdn.pixabay.com/photo/2014/05/25/11/11/ cosmetics-353526_960_720.jpg>. Acesso em: 22 ago. 2017. Figura 9 MARK-516277_960_720.JPG. Disponível em: <https://cdn.pixabay.com/photo/2014/11/04/08/07/mark- 516277_960_720.jpg>. Acesso em: 22 ago. 2018. Figura 13 SCREW-1711469_960_720.JPG. Disponível em: <https://cdn.pixabay.com/photo/2016/10/03/12/32/ screw-1711469_960_720.jpg>. Acesso em: 22 ago. 2017. 117 GS Q - Re vi sã o: C ar la - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 5/ 08 /2 01 7 Figura 14 SATELLITE-67718__340.JPG. 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Gestão da qualidade: teoria e casos. 2. ed. Rio de Janeiro: Elsevier; Abepro, 2012. p. 164. Figura 29 CARPINETTI, L. R. Gestão da qualidade: conceitos e técnicas. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2016. p. 55. Figura 30 TREE-200795_960_720.JPG. Disponível em: <https://cdn.pixabay.com/photo/2013/10/25/17/26/tree- 200795_960_720.jpg>. Acesso em: 22 ago. 2017. Figura 31 FOLDER-303891_960_720.PNG. Disponível em: <https://cdn.pixabay.com/photo/2014/04/02/10/34/ folder-303891_960_720.png>. Acesso em: 22 ago. 2017. Figura 32 CARPINETTI, L. R. Gestão da qualidade: conceitos e técnicas. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2016. p. 61. Figura 33 CALL-CENTER-2299612_960_720.JPG. Disponível em: <https://cdn.pixabay.com/photo/2017/05/10/00/14/ call-center-2299612_960_720.jpg>. Acesso em: 22 ago. 2017. Figura 34 CARPINETTI, L. R. Gestão da qualidade: conceitos e técnicas. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2016. p. 64. 119 GS Q - Re vi sã o: C ar la - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 5/ 08 /2 01 7 Figura 35 ENVIRONMENTAL-PROTECTION-326923_960_720.JPG. Disponível em: <https://cdn.pixabay.com/ photo/2014/04/17/23/26/environmental-protection-326923_960_720.jpg>. Acesso em: 22 ago. 2017. Figura 36 OLIVEIRA, O. J. Curso básico de gestão da qualidade. São Paulo: Cengage Learning Editores, 2014. p. 155. Figura 38 SEIFFERT, M. E. B. ISO 14001 Sistemas de gestão ambiental: implantação objetiva e econômica. 3. ed. rev. e ampl. São Paulo: Atlas, 2008. p. 29. Figura 39 SEIFFERT, M. E. B. ISO 14001 Sistemas de gestão ambiental: implantação objetiva e econômica. 3. ed. rev. e ampl. São Paulo: Atlas, 2008. Adaptada. Figura 40 RAPPELLING-755399_960_720.JPG. Disponível em: <https://cdn.pixabay.com/photo/2015/05/06/16/02/ rappelling-755399_960_720.jpg>. Acesso em: 22 ago. 2017. Figura 42 MARSHALL JUNIOR, I. Gestão da qualidade e processos. Rio de Janeiro: FGV, 2012. p. 112. Figura 44 OLIVEIRA, O. J. Curso básico de gestão da qualidade. São Paulo: Cengage Learning Editores, 2014. p. 107. Figura 45 OLIVEIRA, O. J. Curso básico de gestão da qualidade. São Paulo: Cengage Learning Editores, 2014. p. 108. Figura 47 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR ISO 19011. Diretrizes para auditorias de sistema de gestão da qualidade/ou ambiental. Rio de Janeiro, 2002. Adaptada. Figura 48 O’HANLON, T. Auditoria de qualidade. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2009. p. 102. 120 GS Q - Re vi sã o: C ar la - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 5/ 08 /2 01 7 Figura 50 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR ISO 19011. Diretrizes para auditorias de sistema de gestão da qualidade/ou ambiental. Rio de Janeiro, 2002. Adaptada. REFERÊNCIAS Textuais ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Definição. Rio de Janeiro, [s.d.]a. Disponível em: <http://www.abnt.org.br/normalizacao/o-que-e/o-que-e>. Acesso em: 21 ago. 2017. ___. Importância/Benefícios. Rio de Janeiro, [s.d.]b. Disponível em: <http://www.abnt.org.br/ normalizacao/o-que-e/importancia-beneficios>.Acesso em: 22 ago. 2017. ___. NBR ISO 19011. Diretrizes para auditorias de sistema de gestão da qualidade/ou ambiental. Rio de Janeiro, 2002. ___. NBR ISO 19011:2012. Diretrizes para auditoria de sistemas de gestão. Rio de Janeiro, 2012. ___. NBR ISO/IEC 17021. Avaliação de conformidade – Requisitos para organismos que fornecem auditoria e certificação de sistemas de gestão. Rio de Janeiro, 2007. ___. Níveis de normalização. Rio de Janeiro, [s.d.]c. Disponível em: <http://www.abnt.org.br/ normalizacao/o-que-e/niveis-de-normalizacao>. Acesso em: 22 ago. 2017. ___. O que é certificação e como obtê-la?. Rio de Janeiro, [s.d.]d. Disponível em: < http://www.abnt. org.br/certificacao/o-que-e>. Acesso em: 23 ago. 2017. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS; SERVIÇO BRASILEIRO DE APOIO ÀS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS. Normalização. Guia de termos e expressões. Rio de Janeiro, 2012. 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Disponível em: <https:// vanzolini.org.br/certificacao/normas-de-sistema-de-gestao/>. Acesso em: 22 ago. 2017. INMETRO. Acordo sobre barreiras técnicas ao comércio. Rio de Janeiro, [s.d.]a. Disponível em: <http:// www.inmetro.gov.br/barreirastecnicas/asbtc.asp>. Acesso em: 15 ago. 2017. ___. ISO 26000. Conheça a norma na íntegra. Rio de Janeiro, [s.d.]c. Disponível em: <http://www. inmetro.gov.br/qualidade/responsabilidade_social/iso26000.asp>. Acesso em: 15 ago. 2017. ___. Manual de barreiras técnicas às exportações. Rio de Janeiro, 2009. Disponível em: <http:// www.inmetro.gov.br/barreirastecnicas/pdf/Manual_BarrTec2009.pdf>. Acesso em: 22 ago. 2017. ___. A norma nacional ABNT NBR 16001. Brasília, [s.d.]b. Disponível em: <http://www.inmetro. gov.br/qualidade/responsabilidade_social/norma_nacional.asp>. Acesso em: 15 ago. 2017. ___. Sobre acreditação de organismos de certificação. Rio de Janeiro, [s.d.]d. 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Unidade II – Questão 1: INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS ANÍSIO TEIXEIRA (INEP). Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (ENADE) 2009: Administração. Questão 36. Disponível em: <http://public.inep.gov.br/enade2009/ADMINISTRACAO.pdf>. Acesso em: 14 set. 2017. Unidade II – Questão 2: INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS ANÍSIO TEIXEIRA (INEP). Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (ENADE) 2009: Administração. Questão 27. Disponível em: <http://public.inep.gov.br/enade2009/ADMINISTRACAO.pdf>. Acesso em: 14 set. 2017. Unidade III – Questão 1: INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS ANÍSIO TEIXEIRA (INEP). Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (ENADE) 2006: Administração. Questão 15. Disponível em: <http://public.inep.gov.br/enade2009/ADMINISTRACAO.pdf>. Acesso em: 14 set. 2017. Unidade III – Questão 2: INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS ANÍSIO TEIXEIRA (INEP). Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (ENADE) 2009: Administração. Questão 14. Disponível em: <http://public.inep.gov.br/enade2009/ADMINISTRACAO.pdf>. Acesso em: 14 set. 2017. Unidade IV – Questão 1: INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS ANÍSIO TEIXEIRA (INEP). Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (ENADE) 2010: Tecnologia em Gestão Ambiental. Questão 12. Disponível em: <http://public.inep.gov.br/enade2009/ADMINISTRACAO.pdf>. Acesso em: 14 set. 2017. Unidade IV – Questão 2: INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS ANÍSIO TEIXEIRA (INEP). Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (ENADE) 2006: Administração. Questão 23. Disponível em: <http://public.inep.gov.br/enade2009/ADMINISTRACAO.pdf>. Acesso em: 14 set. 2017. 124 GS Q - Re vi sã o: C ar la - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 5/ 08 /2 01 7 125 GS Q - Revi sã o: C ar la - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 5/ 08 /2 01 7 126 GS Q - Re vi sã o: C ar la - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 5/ 08 /2 01 7 127 GS Q - Re vi sã o: C ar la - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 5/ 08 /2 01 7 128 GS Q - Re vi sã o: C ar la - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 5/ 08 /2 01 7 Informações: www.sepi.unip.br ou 0800 010 9000
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