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CRESCIMENTO, DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E PRESERVAÇÃO AMBIENTAL

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CRESCIMENTO, DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E PRESERVAÇÃO AMBIENTAL
Crescimento Econômico 
Podemos definir crescimento econômico como o aumento da capacidade produtiva da economia (produção de bens e serviços). É definido basicamente pelo índice de crescimento anual do Produto Nacional Bruto (PNB) ou o Produto Interno Bruto (PIB), per capita. O crescimento de uma economia é indicado também pelo crescimento da força de trabalho, pela receita nacional poupada e investida e pelo grau de aperfeiçoamento tecnológico.
Diferença entre PIB e PNB
Um dos principais indicadores que demonstram a realidade econômica de um país ou região é o PIB (Produto Interno Bruto). Tal indicador nada mais é do que a mensuração de todos os bens e serviços, ou seja, de toda a riqueza produzida. Uma das maiores confusões em relação ao PIB é a diferença entre o mesmo e outro importante indicador econômico: o PNB (Produto Nacional Bruto).
Embora o conceito de PIB seja preferido na maior parte do mundo, como no Brasil e Grã Bretanha, o PNB é utilizado especialmente em determinados países, como nos Estados Unidos, por exemplo.
O PIB representa todas as riquezas produzidas dentro das fronteiras de uma região, independentemente do destino dessa renda. O conceito de PIB também descarta a entrada de verbas do exterior. O que é levado em consideração é simplesmente aquilo que é produzido dentro das fronteiras da região ou país.
Já o PNB considera todos os valores que um país, por exemplo, recebe do exterior, além das riquezas que foram apropriadas por outras economias, ou seja, os valores que saem. É justamente essa a diferença: o PNB considera as rendas enviadas e recebidas do exterior, enquanto o PIB, não.
Desta forma, em países em desenvolvimento, como o Brasil, o PNB normalmente é menor que o PIB, uma vez que as transnacionais enviam grande parte de seus lucros para seus países de origem. Da mesma forma, em países com muitas empresas de atuação global, como nos Estados Unidos, o PNB tende a ser maior, já que há uma grande absorção dos lucros gerados por suas empresas no exterior.
Desenvolvimento Econômico 
O desenvolvimento econômico de um país ou estados-nação é o processo de acumulação de capital e incorporação de progresso técnico ao trabalho e ao capital que leva ao aumento da produtividade, dos salários, e do padrão médio de vida da população. A medida mais geral de desenvolvimento econômico é a do aumento da renda por habitante porque esta mede aproximadamente o aumento geral da produtividade; já os níveis comparativos de desenvolvimento econômico são geralmente medidos pela renda em termos de PPP (purchasing power parity) por habitante porque a renda ou produto do país corrigido dessa maneira avalia melhor a capacidade média de consumo da população do que a renda nominal.
 O que é PPP - Purchasing Power Parity (Paridade de Poder de Compra)
A única forma justa de cálculo do Produto Interno Bruto - PIB (ou GDP - Gross Domestic Product), de um país é através da Paridade de Poder de Compra – que mede quanto uma determinada moeda pode comprar em termos internacionais (normalmente em dólar), corrigindo as diferenças de preço de um país para outro e permitindo que se chegue mais perto de números realistas.
Há casos, entretanto, especialmente nos países produtores de petróleo, que renda per capita não reflete em absoluto o nível de produtividade e de desenvolvimento econômico de um país.
Uma alternativa é o índice de desenvolvimento humano, que foi um importante avanço na avaliação do desenvolvimento econômico mas não substitui as duas rendas por habitante anteriores, antes as complementa. O desenvolvimento econômico supõe uma sociedade capitalista organizada na forma de um estado-nação onde há empresários e trabalhadores, lucros e salários, acumulação de capital e progresso técnico, um mercado coordenando o sistema econômico.
O que é IDH
É o Índice de Desenvolvimento Humano.
Desde 2010, quando o Relatório de Desenvolvimento Humano completou 20 anos, novas metodologias foram incorporadas para o cálculo do IDH. Atualmente, os três pilares que constituem o IDH (saúde, educação e renda) são mensurados da seguinte forma: 
Uma vida longa e saudável (saúde) é medida pela expectativa de vida; 
O acesso ao conhecimento (educação) é medido por: i) média de anos de educação de adultos, que é o número médio de anos de educação recebidos durante a vida por pessoas a partir de 25 anos; e ii) a expectativa de anos de escolaridade para crianças na idade de iniciar a vida escolar, que é o número total de anos de escolaridade que um criança na idade de iniciar a vida escolar pode esperar receber se os padrões prevalecentes de taxas de matrículas específicas por idade permanecerem os mesmos durante a vida da criança; 
E o padrão de vida (renda) é medido pela Renda Nacional Bruta (RNB) per capita expressa em poder de paridade de compra (PPP) constante, em dólar, tendo 2005 como ano de referência.
Publicado pela primeira vez em 1990, o índice é calculado anualmente. Desde 2010, sua série histórica é recalculada devido ao movimento de entrada e saída de países e às adaptações metodológicas, o que possibilita uma análise de tendências. Aos poucos, o IDH tornou-se referência mundial. É um índice-chave dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio das Nações Unidas e, no Brasil, tem sido utilizado pelo governo federal e por administrações regionais através do Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M). 
O desenvolvimento econômico visa atender diretamente um objetivo político fundamental das sociedades modernas – o bem estar – e, apenas indiretamente os quatro outros grandes objetivos que essas sociedades buscam – a segurança, a liberdade, a justiça social e, esta que é objeto de nosso trabalho: a proteção do ambiente. Por isso, é importante não confundi-lo com o desenvolvimento ou o progresso total da sociedade que implica um avanço equilibrado nos cinco objetivos.
Preservação Ambiental
Preservação ambiental é a proteção da natureza, sem considerar a questão econômica ou de uso. A ideia da preservação é proteger o meio ambiente das ações do homem. Apesar de serem usadas como sinônimos, a preservação ambiental e a conservação ambiental são diferentes ideologias, já que a segunda trata do meio ambiente com a intenção de proteger, mas também de conviver e de usar racionalmente, sendo dessa corrente ideológica a origem de conceitos como desenvolvimento sustentável.
Preservar o meio ambiente possui diversas motivações, como o equilíbrio dos ecossistemas, a manutenção da fauna e da flora, que ainda não foram entendidas por completo, pode trazer à humanidade avanços em áreas como a farmácia ou mesmo em administração, vide a descoberta de substâncias na natureza e os aprendizados que as culturas animais trazem para a humanidade.
Crescimento, Desenvolvimento Econômico e Preservação Ambiental
Para alcançarmos o Desenvolvimento Sustentável, a proteção do ambiente tem que ser entendida como parte integrante do processo de desenvolvimento e não pode ser considerada isoladamente (MENDES, 2008).
Para Mendes (2008), o Desenvolvimento Sustentável tem seis aspectos prioritários que devem ser entendidos como metas:
•    A satisfação das necessidades básicas da população (educação, alimentação, saúde, lazer, etc.);
•    A solidariedade para com as gerações futuras (preservar o ambiente de modo que elas tenham chance de viver);
•    A participação da população envolvida (todos devem se conscientizar da necessidade de conservar o ambiente e cada um a parte que lhe cabe para tal);
•    A preservação dos recursos naturais (água, oxigênio, etc.);
•    A elaboração de um sistema social garantindo emprego, segurança social e respeito a outras culturas (erradicação da miséria, do preconceito e do massacre de populações oprimidas, como por exemplo, os índios);
•    A efetivação dos programas educativos.
O atual modelo de crescimento econômico gerou enormes desequilíbrios; se, por um lado, nunca houve tanta riqueza e fartura no mundo,por outro lado, a miséria, a degradação ambiental e a poluição aumentam dia-a-dia (MENDES, 2008).
Para Bezerra (2006) meio ambiente sustentável tem seu custo, este que a exemplo do Brasil, embora não esteja compelido a fazer qualquer redução de emissão de gases do efeito estufa, tem adotado, além do crescente rigor na questão do manejo de florestas, uma série de medidas na busca de um meio ambiente saudável. Dentre elas, experiências concretas de redução desses gases por meio de mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) e a exigência, por parte de setores poluentes, como o automotivo, da adoção de tecnologias que reduzam a emissão de poluentes. 
É notório que o meio ambiente saudável acarreta em custos. Mas em sociedades de mercado capitalista, os detentores do capital não se encontram ainda dispostos a reduzir sua margem de lucro para incorporarem novas tecnologias que minorem o impacto ambiental. Uma solução dentre infinitas outras encontradas para tal consta como a opção de repassar o custo para o consumidor, o que significa reduzir o alcance de quem pode comprar e, mais grave ainda para o mercado, reduzir a competitividade das grandes empresas, em contrapartida se percebe que tais procedimentos versam a priori em decisões é exclusivamente políticas. (BEZERRA, 2006).
Paralelamente Fonseca e Ribeiro (2005) analisam que as questões ambientais, ao logo do tempo, vêm se sobressaindo em lugares de destaque em se tratando das preocupações sociais e econômicas. Desta forma foi percebido que por volta dos anos 70 surgia certa crença generalizada de que o crescimento econômico de uma nação seria a fonte da maioria dos problemas ambientais. Entretanto, se pode perceber que a partir dos anos 90 alguns economistas dirigem discussões com o intuito de argumentar em sentido contrário à esta visão, alegando que seria extremamente pessimista, e, que, na medida em que se forem rejeitas as alterações tecnológicas, educacionais, econômicas e políticas que acompanham o desenvolvimento de uma nação, é que se poderá amenizar os problemas ambientais. Assim, vale mencionar que é imperativo, atualmente, se ampliar estratégias eficazes no que concerne o desenvolvimento sustentável voltadas para o amadurecimento das economias sem que o meio ambiente seja degradado.
BIBLIOGRAFIA
EQUIPE DE PROFESSORES DA USP. Manual de Econômia. São Paulo: Saraiva, 2004.
GREMAUD, A. P; VASCONCELOS, M. A. S.; TONETO, R. J. Econômia Brasileira Contemporânea. 5ª ed. São Paulo: Atlas, 2004.
MENDES, Marina Ceccato. Desenvolvimento sustentável. Disponível em: <http://educar.sc.usp.br/biologia/textos/m_a_txt2.html>. Acesso em: 20/11/2013.
BRESSER-PEREIRA, Luiz Carlos. Crescimento e desenvolvimento econômico. Disponível em: <http://www.bresserpereira.org.br/Papers/2007/07.22.CrescimentoDesenvolvimento.Junho19.2008.pdf>. Acesso em: 20/11/2013
ESCÓSSIA, Carlos. O que é: crescimento e desenvolvimento econômico. Disponível em: <http://www.carlosescossia.com/2009/09/o-que-e-crescimento-e-desenvolvimento.html>. Acesso em: 20/11/2013

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