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Evolução Histórica Direito convertido

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LUIS DEYVE NASCIMENTO SANTOS
ACIOL LOPES BARROS TEIXEIRA
Evolução Histórica do Direito
Gama/DF
2019
1. INTRODUÇÃO
O estudo da evolução do Direito desde o surgimento dos primeiros grupamentos sociais, requer uma análise, ainda que sucinta, das várias fases históricas do Estado onde o Direito sempre se fez presente. O ser humano desde seu aparecimento, independente de sua vontade e mesmo contra a sua vontade, é controlado por normas que já se encontravam estabelecidas em seu meio social. É pelas normas que os grupamentos humanos coagem seus membros a terem um determinado comportamento. Apresentadas como padrão de conduta, destinam-se a exercer o controle sobre todos, a partir de determinada ordem prevalecente.
A norma como coerção individual geralmente vem acompanhada de uma sanção, entendida sempre como necessária, independente do momento histórico de seu surgimento. Nesse ponto é bom lembrar que quando estamos nos referindo à norma não estamos fazendo alusão à lei, já que a própria norma, como reguladora das relações humanas, é que pode servir de base ou fonte para as leis.
Direito dos Povos sem Escrita e Dos Primeiros com Escrita
Povos sem escritos ou ágrafos não têm um tempo determinado. Podem ser os homens da caverna de 3.000 a.C. ou índios brasileiros até a chegada de Cabral, ou até mesmo as tribos da floresta Amazônica que ainda hoje não entraram em contato com o homem branco. As características gerais dos direitos dos povos ágrafos são: abstratos, numerosos, relativamente diversificados, impregnados de religiosidade e são direitos em nascimento (a diferença entre o que é jurídico e o que não, é muito difícil).
Código de Manur
Surgido na Suméria, descreve costumes antigos transformados em leis e a enfatização de penas pecuniárias para delitos diversos ao invés de penas talianas. Considerado um dos mais antigos de que se tem notícias, no que diz respeito a lei, foi encontrado nas ruinas de templos da época do rei Ur-Nammu, na região da Mesopotâmia
Código Hamubari
No Código de Hamurabi, as leis não eram equitativas, pois a aplicação variava se o indivíduo era livre, escravo ou servo, homem ou mulher. Foi criado para disciplinar a vida em sociedade, tendo em vista que naquela época, não tinham regras.
Com o intuito de implementar a justiça, o código jurídico foi também utilizado na Grécia e Roma Antiga. Até os dias atuais elas servem como inspiração para a elaboração dos direitos, deveres e obrigações dos cidadãos.
A lei das 12 tabuas
As leis eram aplicadas na República Romana pelos pontífices e representantes da classe dos patrícios que as guardavam em segredo. Em especial, eram majoritariamente aplicadas contra os plebeus. Por esse motivo, um plebeu de nome Terentílio propôs no ano de 462 a.C. que houvesse uma compilação e publicação de um código legal oficial. A iniciativa visava permitir que os plebeus também conhecessem as leis e impedir o abuso que era feito delas pelos pontífices e patricios.
As 12 peças de madeiras contidas a regras foi deixada em frente ao forum romano, assim surgindo o principio da publicidade, e a diferença de classe social, confome as normas ali descritas. 
Em sua primeira tabua vinha descrito como deveria ser o procedimento do reu, e processo com inicio, meio e fim, ou seja, o devido processo legal.
A MAGNA CARTA DE 1215 (IDADE MÉDIA)
A Magna Carta Veio Com A Derrota E Fracasso Por Parte Do Rei João, Que Subira ao trono inglês no inicio do século XIII, levando o povo inglês a se revoltar e impor limites ao poder real. Aqui o reinado já não é absoluto.
O documento de 1215 limitou o poder dos monarcas da Inglaterra, especialmente do rei João, que o assinou, impedindo assim o exercício do fim do poder absoluto. Resultado do desentendimento entre Joao, o papa e os barões ingleses acerca das prerrogativas do soberano.
Segundo os termos da magna carta, João deveria renunciar a certos direitos e respeitar determinados procedimentos legais, bem como reconhecer que a vontade do rei estaria sujeita a lei.
A magna carta trouxe ainda a proteção de direitos e garantias, habeas corpus, direito de propriedade e do devido processo legal.
Direito Privado na Idade Média e Moderna
No século V, os povos germânicos invadiram o Império Romano do Ocidente, estabelecendo aí uma série de reinos e em 476 d.C. Roma caiu. Cada uma das tribos germânicas conservava seu próprio Direito, baseado em costumes imemoriais, transmitidos oralmente, de caráter bastante primitivo. Cada tribo germânica tinha seus próprios costumes, sendo assim, o direito de cada reino era diferente. Os mais importantes foram: os Vândalos, os Ostrogodos, os Visigodos, os Burgúndios e os Francos.
O Corpus Iuris Civilis não era conhecido no Ocidente nesse período. A burocracia e a organização administrativa e financeira dos povos nascentes receberam sua estrutura básica do Império Romano que se extinguira. Além disso, foi com os romanos que eles aprenderam que o Direito pode ser também uma criação do poder do Estado e uma tradição cultural.
Período da Realeza
Um período onde foi governado pelos reis, sendo um época marcada por duas classes bem distintas os patrícios e os plebeus. Durante a Realeza, o Poder Público em Roma era composto por três elementos: o Rei ( rex) , o Senado ( senatus ) e o Povo (populus romanus ), este último, como acima mencionado, constituído apenas por patrícios. Enquanto o rei, indicado por seu antecessor ou por um senador, era detentor de um poder absoluto, ou imperium, com atribuições políticas, militares e religiosas, sendo ao mesmo tempo chefe de governo e de Estado, o Senado era um órgão de assessoria do rei, com função predominantemente consultiva. Era, pois, o Senado detentor da auctoritas , sendo ouvido pelo rei nos grandes negócios do Estado.
Período da Republica
Abolida a Realeza em Roma, foi implantada a República, advinda de uma revolução chefiada por patrícios e militares, e que se prolongou de 510 ate 27 a.C. Caracterizava-se por ser uma República Aristocrática, onde a administração se subdividia em várias magistraturas. o poder do consular, ou dos cônsules, substituíam o rei, no entanto No entanto, o grande desenvolvimento da população romana fez com que as funções consulares se repartissem por outras pessoas. Foi assim que surgiram cargos como os questores, censores e pretores. Além dos cônsules, a organização politica era composta pelo Senado e pelo povo, esse composto por patrícios e plebeus. A plebe, cuja maior conquista na época foi a criação do tribuno da plebe (magistrados plebeus invioláveis e sagrados, com direito de veto, contra decisões a serem tomadas), também se reunia sozinha no concilia plebis, onde se votavam os plebiscitos. As fontes do Direito Romano na República são as seguintes: costume, lei, plebiscito, interpretação dos prudentes e os editos dos magistrados
Período do Alto Império
Também conhecido como principado, ou diarquia, é um período de transição entre a República e o Dominato (ou Baixo Império), estendendo-se de 27 a.C. a 284 d.C.
Aqui, o príncipe ou imperador congrega poderes quase ilimitados, sendo o chefe supremo das forças armadas. A sua autoridade é máxima, e o seu poder é partilhado com o Senado. O poder judiciário, portanto, é repartido entre o príncipe e o Senado. As magistraturas, de início, continuavam a funcionar normalmente.
Dado o seu caráter de transição, numerosas são as fontes de direito romano durante esta fase. Somando-se às fontes da República (costumes, leis, editos dos magistrados, senatusconsultos), acrescentam-se as constituições imperiais e as respostas dos jurisconsultos.
As constituições imperiais eram medidas de ordem legislativa promulgadas pelo imperador e elaboradas pelo consilium principis , colégio constituído pelos mais importantes jurisconsultos da época. Gradualmente, esta fonte vai adquirindo maior importância até chegar a constituir a fonte única de direito romano durante o Baixo Império. Ainda como fonte do direito romano
no Alto Império, as respostas dos jurisconsultos são as sentenças e opiniões feitas por quem fixa o direito, mas é somente a partir de Adriano que tais respostas passaram a ganhar força de lei. Em havendo divergência entre os pareceres, ao juiz era lícito seguir a opinião que a ele parecesse melhor, o que se aproxima, desta forma, da utilização do instituto que hoje conhecemos como eqüidade.
Período do Baixo Império
O período compreendido entre os séculos III e V caracterizou-se pela crise e decadência do Império Romano. Apesar das mudanças político-administrativas, a corrosão do sistema escravista foi responsável pela desorganização econômica e consequentemente pela desordem social. A retração das guerras de conquista desde o início do Império fez com que o número de escravos diminuísse constantemente, afetando a produção.
No século III a crise econômica atingiu seu apogeu, as moedas perderam valor e os salários e os preços elevaram-se, provocando o aumento da população
marginalizada e maior exploração da mão-de-obra escrava, responsáveis por revoltas sociais, exigindo a constante intervenção militar.
No final do século III o Império passou a apresentar novas características, em grande parte reflexo da crise do período anterior: O Imperador Diocleciano dividiu o Império em duas e depois em quatro partes, dando origem à Tetrarquia, numa tentativa de fortalecer a organização política sobre as várias províncias que compunham o império e aumentar o controle sobre os exércitos, porém na prática essa divisão serviu para demonstrar e acentuar a regionalização que já vinha ocorrendo.
Durante o governo de Diocleciano e Constantino, várias medidas foram adotadas na tentativa de conter a crise, como a criação de impostos pagos em produtos, congelamento de preços e salários, e a fixação do camponês à terra, iniciando a formação do colonato e que na prática, contribuíram para o desabastecimento e para um processo de maior ruralização.
Apesar desse conjunto de medidas, a crise econômica aprofundava-se, assim como a presença de povos bárbaros aumentava, estimulando a fragmentação territorial e a ruralização, pois o desenvolvimento das Villae estimulava uma economia cada vez mais voltada para a autosuficiência. 
A divisão do Império em duas partes no final do século IV também contribuiu para esse processo: O Império Romano do Oriente, com capital em Constantinpla ainda conseguiu manter uma atividade comercial com outras regiões do Oriente, enquanto que o Império Romano do Ocidente, com capital em Milão, vivenciou o aprofundamento constante da crise.
Conclusão
A revolução do direito se fez em todo, um balanceamento de harmonia e convívio social, tendo em vista que nos primórdios não se cultuavam a harmonia. Os conflitos eram resolvidos, conforme a época exigia, a reação a ela, era imediata, por parte da própria vitima, por seus familiares ou por sua tribo “ Lei de Talião “.
Em outra época, o direito era imposto pelos sacerdotes, como o crime sendo visto como pecado e consequentemente, cada pecado, atingia um certo Deus.
No século XVII ( Período Humanitário ) , ocorreu uma conscientização quanto às barbaridades que vinham acontecendo. Houve um imperativo para a proteção da liberdade individual em face do arbítrio judiciário e para o banimento das torturas, com fundamento em sentimentos de piedade, compaixão e respeito à pessoa humana.
Se houve épocas de pouca evolução, por outro lado, houve circunstâncias em que o Direito Penal deu amplos saltos rumo à modernidade.
Por mais evoluído que seja o ser humano hodierno, seu comportamento será sempre controlado pelo Estado, no exercício do "jus puniendi". É que, na sociedade, o homem continuará expressando sua "spinta criminosa", havendo a necessidade da pena, como "controspinta".
A importancia com a evolução foi de suma importancia, outras epocas, o Estado tinha total soberania sobre os povos, porém a função do Estado estava nas mãos dos patricios “ Homens do poder “ e isso trazia desigualdades, tendo em vista que naquela epoca os plebeus e os escravos, sofriam sanções impostas por aqueles que comandavam e tinha o poder.
A ultima ration é mais normativa do que eminentemente sócio-educacional. Para que haja relevante e manifesta aproximação entre educação social e Direito Penal é imperiosa a revolução dos pensamentos coevos.

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