Buscar

FIS.A2.06.08

Prévia do material em texto

FIS.A2.06.08
I. Neurotransmissores
São substâncias encontradas em vesículas próximas as sinapses, de natureza química variada, que 
ao serem liberadas pela fibra pré-sinaptica na fenda sináptica estimulam ou inibem a fibra pós-
sináptica (mediadores químicos).
Classe I: acetil colina
Classe II: Noradrenalina, adrenalina e serotonina (sintetizadas a partir da tirosina)
Tirosina > Dopa > dopamina > Noradrenalina > adrenalina
Classe III: aminoácidos (Gaba)
Classe IV: peptídeos hipotalâmicos, hipofisários, de ação intestinal e cerebral, principalmente.
II. Células da glia ou neuróglia
As células da glia ou neuróglia são células neuronais do SNC que proporcionam suporte e 
nutrição aos neurônios.
Oligodendrócitos: produzem mielina no SNC, cada célula “cuida” de um segmento da 
bainha de mielina;
Células de Schwan: envolvem o axônio, produzem mielina no SNP;
Astrócito: função mais polivalente, manutenção do tecido nervoso, nutrição dos neurônios, 
sustentação dos neurônios;
Micróglia: célula de defesa, que realiza fagocitose especificamente no SNC;
Ependimócito: forma o epêndima, epitélio de revestimento do SNC;
* Gliose: cicatriz do SNC.
* Função da neurógli: nutrição, sustentação do tecido, produção de mielina, remoção de 
resíduos, fornecimento de substância nutritiva
III. Córtex Cerebral
Estrutura celular mais complexa, neurônios organizados por camadas. As informações chegam, 
são analisas e trabalhadas para produzir uma resposta.
IV. Circuitos neurais
As células nervosas são capazes de interpretar estímulos sensoriais ou produzir comandos 
motores, porque viris neurônios funcionalmente relacionados estabelecem circuitos neurais.
Passagem pelos núcleos da base dão a força do movimento, se é mais forte, mais delicado. Já o 
cerebelo da a coordenação, direção e equilíbrio do movimento.
V. ME e funções motoras
�1
FIS.A2.06.08
Tipos de neurônios anteriores
- Neurônios motores alpha
- Responsáveis pela excitação da unidade motora
- Neurônios motores Gamma
- Rosponsáveis pela inervação das fibras intrafusais
- Interneurônios
- Estão presentes em toda a medula (H medular principalmente), muitas vezes em maior 
número que os neurônios motores, trabalham com a modulação do movimento
Tipos de respostas
- Respostas estáticas 
- É aquela que informa quando o músculo é estirado lentamente.
- Respostas dinâmicas
- Informa quando o estiramento é subito, logo após começam a atuar as respostas estáticas.
- Respostas estáticas e dinâmicas
- Pelos neurônios motores gama, ocorre a modulação do movimento.
Reflexo de estiramento muscular
- Grupo agonista a antagonista trabalham em harmonia, controlando o movimento.
- Sempre que o músculo for estirado haverá excitação dos fusos, causando contração reflexa 
para evitar a lesão.
- O circuito neuronal envolvido inclui as fibra que penetram o corno dorsal da ME, fazendo 
sinapse direta com o neurônio motor anterior alfa, emitindo assim uma resposta reflexa à 
musculatura esquelética.
- Trata-se de um circuito monossináptico, bem simples, verificado nos exames clínicos 
neurológicos.
- ex. Reflexo patelar ou reflexo miotático
Reflexo dos fusos musculares
- Músculo estirado, fibras extravasais alongadas, fibras intrafusais também alongadas;
- O comprimento das fibras intrafusais é detectado pelas fibras sensoriais aferentes que as 
inervam, detectam a velocidade da alteração do comprimento e detectam o comprimento da 
fibra muscular;
- A ativação dos motoneurônios na medula. Estes inervam fibras extrafusais no músculo 
estimular e causam contração do músculo (encurtamento).
Portanto, estiramento original é antagonizado quando o reflexo causa a contração e o 
encurtamento do músculo. Motoneurônios gama são co-ativados com os alfa, assegurando que o 
fuso permanecerá sensível as mudanças no comprimento.
�2
FIS.A2.06.08
Células de Renshaw: mantém a postura, reverberam o estímulo.
Papel do fuso neuromuscular na atividade motora voluntária
- Sempre que estímulos vão do córtex cerebral até os músculos via neurônios alfa há uma co-
ativação das fibras gama. Esse fato resulta numa harmonia na contração entre as fibras intra e 
extrafusais
- Áreas cerebrais do controle do neurônio motor gama
- Tronco cerebral inerva diretamente os neurônios motores gamam sendo influenciada por 
outras áreas corticais, cerebelares e também por fibras provenientes dos núcleos da base.
VI. Receptores Sensoriais Musculares
Buscam evitar a lesão, tanto no músculo quanto no tendão. Dá maior controle do movimento, 
pois são enviadas permanentemente informações sobre a fibra muscular e sobre o tendão.
Fusos Neuromusculares: informam o SNC sobre o comprimento da fibra muscular e a 
velocidade com a qual ocorreu essa modificação;
Órgão tendinoso de Golgi: informam o SNC sobre o comprimento da fibra muscular e a 
velocidade com a qual ocorreu essa modificação;
VII. Aplicações clínicas do reflexo de estiramento muscular
Reflexo patelar: reflexo de estiramento dinâmico ao percutir a patela - este reflexo avalia a 
presença de lesões medulares como também do córtex motor.
Clono: verifica-se uma oscilação do reflexo muscular. Por exemplo, o reflexo do tornozelo-
gastrocnêmio.
VIII. Natureza inibitória do órgão tendinoso de Golgi
A reação ao alongamento protege o músculo e o tendão.
Reflexo Flexor e o Reflexo de retirada
- Provocado frequentemente por estímulos dolorosos - reflexo de retirada
- Mecanismo neuronal
- Lesão superficial ativará uma flexão ipsilateral à lesão originando um afastamento do 
membro do estímulo nocivo. Trata-se de um arco reflexo: neurônio sensitivo > interneurônio 
> neurônio motor
- Provocado pelo excesso de calor, frio..
Reflexos de postura e da locomoção
�3
FIS.A2.06.08
- Reação positiva de sustentação
- Um animal com lesão no tronco consegue manter-se em pé devido ao reflexo contra seu 
próprio peso
- Ritmicidade do movimento
- Movimento de marcha
- Basicamente de origem medular, trata-se do “reflexo de tropeçar”- superando um 
obstáculo
Reflexos Medulares causando Espasmos Musculares
- Fratura óssea
- Os músculos ao redor de uma fratura óssea sofrem alterações por reflexo à dor. Os 
anestésicos diminuem estes espasmos.
- Peritonite
- Haverá contração da musculatura abdominal sempre que houver peritonite (o 
relaxamento acontecerá com o alívio da dor)
- Cãibras musculares
- Causadas por irritações locais, isquemias, hipotrofias e fadiga da musculaturas.
Reflexos autonômicos
- São reflexos que envolvem músculos lisos (vasos sanguíneos, trato gastrointestinal, glândulas 
sudoríparas, gástricas, duodenais) quando acontecem em conjunto dizemos "reflexo de massa”, 
referindo-se à uma descarga medular excessiva.
Reflexos primitivos
- Os reflexos intra-uterinos aparecem no final da gestação, estão presentes ao nascer e 
desaparecem aos 6 meses
- Preensão palmar (ao nascer - 4M)
- Pacientes em coma volta esse reflexo 
- Via inibida conscientemente 
- Lesão frontal inibe essa consciência, volta esse reflexo mesmo na vida adulta
- Reflexo de perseguição (ao nascer - 6M)
- Pacientes em coma volta esse reflexo
- Preensão plantar (ao nascer - 9M)
- Marcha automática (ao nascer - 2M)
- Extensão cruzada (ao nascer - 2M)
- Galant (ao nascer - 2M)
- Moro (ao nascer - 3/6M)
- Reflexos tardios do lactente
�4
FIS.A2.06.08
- Landau
- Extensão da cabeça, troco e membros em posição prova (3 - 12/24M)
IX. Transecção medular
- Lesão grave da medula com ruptura permanente dos tratos motores e sensitivos que passam 
por aquela região
- A região distal à lesão na medula será afetada (degeneração valeriana)
- Ausência de função sensitiva e motora abaixo da lesão, paralisia e anestesia definitivas.
- Mantém tons retal
X. Choque medular
- Caso extremamente grave com inativação medulartemporária e arreflexia
- Observamos hipotensão e perda dos reflexos vesicais
- A arreflexia ocorre devido ao acometimento temporário das vias corticoespinhais, 
vestíbuloespinhais e reticuloespinhais, causando uma falta de tônus para musculatura esquelética
- No choque medular o indivíduo pode ficar por horas, dias ou meses sem excitabilidade 
neuronal devido ao trauma.
- Causa paralisia, anestesia e arreflexia
- O primeiro reflexo que volta é o do esfíncter anal
XI. Controle cortical e do tronco cerebral da função motora
O controle motor cortical superior está associado a um completo circuito neuronal que conta 
com os núcleos da base, tronco cerebral e cerebelo.
- Pacientes em coma volta esse reflexo
Via corticoespinhal
- Trata-se de uma via piramidal
- Surge no anterior do giro pré-central (área motora - 4 de Broadman)
- Constituído pelo córtex motor primário, área motora suplementar (6 de Broadman), córtex 
pré-motor (8) e córtex de associação pré-frontal
- Córtex motor primário
- Trata-se da primeira circunvolução do lobo frontal a partir do sulco ventral
- Mapeada por Penfield, é conhecida como homúnculo motor
- Córtex pré-motor
- Anterior às porções laterais do córtex motor primário
- Faz contato direto com a área motora suplementar
�5
FIS.A2.06.08
- Postura, ombros e braços
- Área motora suplementar
- Necessitam de estímulos mais intensos para serem ativadas
- São responsáveis pela preessão bilateral da mão, rotação dos olhos, rotação do tronco, 
rotação das mãos e movimentos bilaterais 
- Áreas especializadas no controle motor
- Broca (lesão: afasia)
- Movimentos oculares (piscar)
- Rotação da cabeça
- Área para habilidades manuais, quando lesionadas causam apraxias
- Transmissão dos sinais - córtex para músculos
- Via principal de transmissão é a corticoespinhal
- 30% das fibras dessa via originam-se no córtex motor primário
- 30% das fibras dessa via originam0se do córtex pré-motor e área suplementar
- 40% das fibras dessa via originam0se das áreas sensoriais somáticas
- Córtex > n. da base > tálamo 
Via piramidal 
- Via corticobulbar 
- Axônios projetam0se pelo joelho da capsula interna para o pedúnculo cerebral, para base 
da ponte e para as pirâmides bulbares ipsilateralmente
- Lesões nesse trato corticobulbar resultam em comprometimento contralateral inferior da 
face - paresia para 
- Via extrapiramidais (postura, marcha e auxílio aos movimentos voluntários)
- As vias são didaticamente divididas em piramidais e extrapiramidais
- Apenas didaticamente já que há constante interferência e interconexões entre ambas
- Tradicionalmente consideramos as vias piramidais como
- Via corticoespinaham 
- Via corticonuclear
- Vias extrapiramidais são compostas:
- Trato rubroespinhal
- Atiradora dos músculos flexores e inibidora dos músculos extensores
- Funciona como um sistema corticuloespinhal indireto
- Recebe estímulos do córtex motor
- Esta via termina nos neurônios motores alfa e gama da medula espinhal, 
particularmente àquelas associadas com movimentos flexores das extremidades
�6
FIS.A2.06.08
- Lesões nesta via frequentemente acometem a via corticoespinal e cursam com 
hemiplegia espástica contralateral
- Lesões no tronco encefálico causal núcleo rubro podem cursar com (????)
- Trato tectoespinhal
- Responsável pelo controle da musculatura do pescoço e posicionamento da cabeça
- Trato vestíbuloespinhal
- Responsável pela ativação dos musculoso extensores e inibição da flexora
- Trato retículo espinhal pontino
- Via responsável pela ativação dos músculos flexores e extensores (contudo, tendência 
extensora)
- Pouca influência cortical
- Trato retículo espinhal bulbar 
- Inibição dos flexores e extensores (contudo, tende a flexão)
- Pouca influência cortical
Vias alternativas para transmissão motora
- Além da via corticoespinhal o SN dispõem de algumas vias alternativas na transmissão 
eferente
- Via corticorrubro
- O núcleo rubro (mesencéfalo) possui uma representação somatográfica de toda a 
musculatura, porém com menor precisão comparada ao homúnculo sensorial e motor de 
Pendifield
- Esta via funciona como uma espécie de via alternativa para o caso de lesões na via 
cortiçoespinhal
- É mais grosseira, pois não passa pelos n. da base 
Controle motor pelo tronco cerebral
O troco encefálico realiza movimentos involuntários como o controle respiratório, FC, 
movimentos gastrointestinais, esteriotipados, controle do equilíbrio e movimentação reflexa dos 
olhos com ajuste da pupila, por ex.
- Trata-se de uma estação de retransmissão de sinal provenientes do córtex
- Há diversos núcleos presentes no troco cerebral, tais como núcleos reticulares e vestibulares 
que sustentam corpo, núcleos relacionados aos nervos cranianos (III ao XII par)
- Sofrem influência da via piramidal
- Núcleos vestibulares
- Associados aos núcleos reticulares pontinhos para ajuste da musculatura antigravitacional
�7
FIS.A2.06.08
- Os núcleos vestibulares ajustam e estabilizam os olhos durante movimentos bruscos da 
cabeça (realizam movimentos contrários ao sentido da rotação - manobra olhos de boneca)
- Os núcleos reticulares bulbares e pontinhos trabalham antagonicamente como que se 
ajustando para controle do tônus muscular
Cerebrelo, núcleos da base e controle motor global
- Estas estruturas não podem iniciar um movimento por conta própria, trabalham em 
associação com o córtex motor
- Cerebelo
- Responsável pelo controle das atividades motoras rápidas (falar, correr, tocar piano, dirigir)
- Lesões no córtex cerebelar causam incoordenação motora, dismetria, decomposição do 
movimento, síndromes ipsilterais, tremor de ação, hipotonia e ou ataxias
- O cerebelo realiza ajustes corretivos na atividades motoras, dando o ritmo e a freqüência 
correta do movimento.
- ex. Subir uma escada rolante
- Capaz de projetar o próximo movimento, ajustando-o.
- Os pedúnculos cerebelares são compostos por feixes de fibras nervosas que 
interconectam o cerebelo com o tronco encefálico e como o tálamo
- Há núcleos profundos cerebelares: denteado, fastígio, globoso…
Vias aferentes cerebelares
- Via córticopontocerebelar
- Interliga o córtex motor a ponte e o cerebelo
- Via olivocerebelar
- Via vestíbulocerebelar
- Fibras vestibulares terminam no lobo flóculonodular e o núcleo fastígio (controle do 
equilíbrio)
- Va retículo cerebelar
- Conecta o sistema reticular ativador ascendente com o cerebelo
- Via espino cerebelar
- Traz fibras da periferia (ME) para o cerebelo através do pedúnculo cerebelar inferior
- Esta via traz informações dos fusos neuromusculares e dos Órgãos Tendinosos de Golgi 
para o córtex cerebelar
-
�8

Continue navegando