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Apostila Serviço Social INSS

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SUMÁRIO 
TEMA 1: SERVIÇO SOCIAL COMO PROFISSÃO 
1.1 – Dimensão histórica e metodológica do serviço Social................................................08 
Ideário católico 
Matriz Positivista 
Seminário de Araxá 
Seminário de Teresópolis 
Grupos A e B 
Renovação Profissional: As vertentes Modernizadora, de Reatualização do Conservadorismo 
e de Intenção de Ruptura. 
Método BH 
O Serviço Social nos anos 80: As tendências históricas e teórico metodológicas do debate 
profissional 
Pluralismo 
Espaço acadêmico 
As competências do Serviço Social: ético-política, teórico-metodológica e técnico-operativa. 
Positivismo 
Funcionalismo 
Funcionalismo, estruturalismo (Positivismo) 
Fenomenologia 
Marxismo 
 
1.2 – Concepção da profissão do serviço Social...................................................................19 
1.2.1 – A Questão Social nas décadas de 1920 e 1930 e as bases para a implantação do 
Serviço Social 
A Questão Social na Primeira República 
O histórico das condições de existência e de trabalho do proletariado industrial. 
Primeiras legislações sociais. 
 
Saia na frente dos concorrentes! Potencialize seus estudos. Quan-
to mais completa for sua preparação, mais chances terá de con-
quistar uma vaga. 
Esta apostila/curso oferece uma preparação completa, traba-
lhando todo o conteúdo necessário de forma esquematizada, 
abordando os pontos chave e com super dicas e bizús que facilita-
rão seu processo de assimilação e retenção das informações. 
O curso foi formulado para a especialização Serviço Social no 
contexto específico e previdenciário. Todo o conteúdo abordado 
foi cuidadosamente selecionado por nossa equipe de profissio-
nais – Assistentes Sociais – especialistas em concursos e nas dis-
ciplinas que atuam. 
Utilizamos uma metodologia exclusiva com base em dados esta-
tísticos que permitem a identificação dos assuntos mais impor-
tantes e recorrentes nas provas. 
Todo o conteúdo abordado está devidamente atualizado confor-
me a legislação atual. 
 
Implantação e desenvolvimento do Serviço Social 
A reação católica 
Primeira fase da reação católica 
Processos que alteram a estrutura e a imagem da igreja 
O Movimento Político-Militar de 1930 e a Implantação do Corporativismo 
Relações Igreja-Estado 
 
1.2.2 – Protoformas do Serviço Social....................................................................................26 
Grupos Pioneiros e as Primeiras Escolas de Serviço Social 
O Centro de Estudos e Ação Social de São Paulo e a Necessidade de uma Formação Téc-
nica Especializada para a Prestação de Assistência. 
O Serviço Social no Rio de Janeiro e a Sistematização da Atividade Social. 
Participação das Instituições Públicas 
Campos de Ação e Prática dos Primeiros Assistentes Sociais: serviço social de empresas, 
serviço social médico. 
Elementos do Discurso do Serviço social 
Modernos Agentes da Justiça e da Caridade 
O Serviço Social e Bloco Católico 
Humanismo Cristão e Vocação 
 
Origens da profissão de Serviço Social 
Fundamentos históricos, teóricos e metodológicos na época 
Referenciais orientadores do Serviço Social na época 
Serviço Social e Igreja 
Questão Social – Início do século XX 
Enfoque 
 
O que é o Serviço Social? Como surgiu? A quem serve? Porque surgiu? Que forças concorre-
ram no seu surgimento? Qual a função concreta do Serviço Social? 
Perspectiva Endógena ou Conservadora 
Balbina Ottoni Vieira (sobre o surgimento do Serviço Social) 
Perspectiva histórico-crítica 
José Paulo Netto (sobre o surgimento do Serviço Social) 
Marilda Vilela Iamamoto (sobre o surgimento do Serviço Social) 
Manoel Manrique Castro (sobre o surgimento do Serviço Social) 
Diferença entre a perspectiva conservadora e a perspectiva histórico-crítica 
 
1.3 – O significado social da profissão de Serviço Social....................................................41 
Significado dos serviços sociais x significado social da profissão 
Significado dos serviços sociais para o trabalhador e para o capitalista 
Análise teórico-metodológica do Serviço Social no processo de reprodução das relações so-
ciais 
Conceito de reprodução social 
A atuação do Assistente Social 
 
1.4 – Gênese e institucionalização do Serviço Social............................................................47 
Instituições assistenciais e Serviço Social 
O Estado Novo e o Desenvolvimento das Grandes Instituições Sociais 
O Conselho Nacional de Serviço Social e a LBA 
O SENAI e o Serviço Social 
A adequação da força de trabalho às necessidades do sistema industrial 
O SESI e o Serviço Social 
Fundação Leão XIII e o Serviço Social 
Previdência Social e Serviço Social 
Institucionalização da Prática Profissional dos Assistentes Sociais 
O Serviço Social em busca da atualização 
Os Congressos de Serviço Social na década de 40 
Influência da Psicologia 
Desenvolvimento de Comunidade 
O II Congresso Brasileiro de Serviço Social e a Descoberta do Desenvolvimentismo 
 
1.5 – Crise e renovação do Serviço Social..............................................................................57 
Contextualizando 
As reformulações 
Formação do Assistente Social 
O impacto no ingresso da universidade 
Traços do Processo de Renovação 
 
Quatro aspectos decisivos do processo de renovação do Serviço Social 
Três elementos relevantes para detectar a erosão do Serviço Social Tradicional 
Rebatimento profissional 
início dos anos 60 
Três vertentes profissionais 
A erosão do Serviço Social Tradicional na América Latina 
As reflexões internas da profissão 
Reconceituação (conceito) 
O movimento de reconceituação e o processo de renovação crítica a partir da década de 80 
Fundamentação teórica e prática do serviço social no método dialético de Marx 
O conservadorismo profissional 
Conceito de Conservadorismo profissional 
Definição de Abordagem comunitária 
Elementos para detectar a erosão do serviço social 
Fatores que identificaram a crise do serviço social tradicional 
Movimento de reconceituação: 
Chile 
Debate da dimensão política da profissão 
Contribuições do movimento de reconceituação no serviço social latino-americano 
O processo de renovação crítica 
Impactos da reconceituação no Brasil, segundo Netto 
Primeiros passos do processo de ruptura 
Fatores importantes no processo de renovação crítica 
Marco da intenção de ruptura - Método BH 
 
1.6 - A renovação profissional: vertente modernizadora, a vertente da reatualização do 
conservadorismo e a vertente da intenção de ruptura..........................................................75 
Seminário de Araxá 
Seminário de Teresópolis 
Grupos A e B 
Estudos de Sumaré 
Direções da renovação do Serviço Social: 
Primeira direção: perspectiva modernizadora 
Segunda direção: Perspectiva de Reatualização do conservadorismo 
Terceira direção: Perspectiva de Intenção de Ruptura 
Características da Perspectiva Modernizadora 
Características da Reatualização do Conservadorismo 
Características da Intenção de Ruptura 
Método BH 
Reflexão de Iamamoto 
 
1.7 – Texto esquematizado: O serviço Social na Contemporaneidade (Parte 1) ................81 
1 – Introdução 
2 – Sintonizando o Serviço Social com os novos tempos 
3 – Questão Social e serviço Social 
4 – Mudanças no mercado profissional de trabalho 
5 – O ensino do serviço Social e a construção de um projeto profissional nas décadas de 
1980/90 
6 – A prática como trabalho e a inserção do Assistente Social em processos de trabalho 
7 – As novas Diretrizes Curriculares 
8 – Rumos ético-políticos do trabalho profissional 
 
1.8 - Mudanças no Mundo do Trabalho e as suas Repercussões no Trabalho Profissional 
do Assistente Social................................................................................................................104 
1 - Conceituando trabalho 
2- Transformações no mundo do trabalho no contexto internacional 
3 - Do fordismo a acumulação flexível 
4 - Impactos da reestruturação do capital na classe trabalhadora no Brasil 
5 - A Reforma do Estado 
6 - As incertezas no mundo do trabalho diante da globalização e do neoliberalismo 
7 - As transformações no mundo do trabalho e as demandas contemporâneas do serviço So-
cial. 
8- Transformações no mundo do trabalho: repercussões no mercado de trabalho do assisten-
te social a partir da criação da LOAS. 
9- Demandas históricas e as respostas profissionais do serviço social: as relações com as es-
feras socioinstitucionais. 
As transformações societárias e suas inflexões ao serviço Social 
Relações sociais de produção e demandas para o Serviço Social 
Terceiro setor 
Gestão social pública: 
Atributos do gestor: Caráter público, democrático, ético, eficiência e Compromisso com o 
desenvolvimento econômico, político e cultural 
Demandas sociais, respostas coletivas 
 
 
TEMA 2 – DIMENSÃO TÉCNICO-OPERATIVA 
2.1 - Proposta de Intervenção na Área Social: planejamento estratégico, planos, progra-
mas, projetos e atividades de trabalho..................................................................................140 
1 - Instrumento de trabalho do Serviço Social 
Planejamento Social: Aspectos Introdutórios 
Conceituando e definindo planejamento social. 
Princípios específicos do planejamento: Participação, coordenação, integração e permanên-
cia. 
Tipos de planejamento: estratégico, tático/funcional e operacional. 
Reflexão – decisão – Ação – Retomada de decisão 
Dimensões do Planejamento: Dimensão da Racionalidade, Ético-política, Valorativa, Dimen-
são técnico-administrativa 
Algumas perguntas para quem vai planejar 
Pilares do Planejamento 
Plano: procedimentos, orçamentos, programa e regras. 
Programa 
Projeto 
Planejamento estratégico 
Planejamento Estratégico e Gestão Pública 
Planejamento participativo 
2 - Serviço Social e a intervenção na área social 
O Serviço Social e o Planejamento 
As competências do Serviço Social: política, ética, investigação e intervenção. 
3 - Planejamento social: intencionalidade e instrumentação (Resumo) 
4 - Elaborando planos, programas e projetos 
Art. 4º e 5º da lei de regulamentação da profissão (Lei 8.112/93) 
Revisando os conceitos de: plano, programa e projeto. 
Eixos de estruturação dos objetivos do plano 
Os elementos que devem conter no projeto: identificação do projeto, identificação do execu-
tor, Histórico da instituição, caracterização do problema, justificativa, objetivos gerais e es-
pecíficos, metas, atividades, público-alvo, metodologia, cronograma, resultados, monitora-
mento e avaliação, orçamento, resumo e anexos. 
 
2.2 – Instrumentos, estratégias e técnicas de intervenção.................................................167 
1 – O Serviço Social e os instrumentais técnico-operativos 
Instrumentos interventivos e técnicas correlatas: 
Observação participante 
entrevista individual e grupal 
entrevista (tipos de entrevista) 
grupo (tipos de grupo, tipos de condução, atenção pertinente ao grupo) 
Dinâmica de grupo 
Reunião 
Visita domiciliar 
Visita institucional 
Recursos institucionais e comunitários 
Cuidados com a família e grupos vulneráveis 
Estudo social, perícia social, laudo social e parecer social. 
 
2 – Atuação do Assistente Social na Política de Assistência Social 
Direitos, Deveres e Competências do Assistente Social 
Direitos e Deveres dos Assistentes Sociais 
O Trabalho Interdisciplinar na Política de Assistência Social 
3 – Trabalho social com famílias na proteção social básica 
Elementos para sua reconstrução em bases críticas 
Os objetivos do trabalho socioeducativo 
Passos metodológicos do trabalho socioeducativo com famílias 
 
 
TEMA 3: O SERVIÇO SOCIAL NA PREVIDÊNCIA 
3.1 - O Serviço Social na Previdência Social........................................................................201 
A institucionalização na Previdência Social brasileira 
Trajetória da implantação do serviço Social na política previdenciária 
Parâmetros norteadores da ação 
Contexto: Décadas de 80, 90 e 2000 
Competência do serviço Social 
Atos normativos 
Artigos 20 e 21 da LOAS (Comentados) 
 
3.2 – Matriz teórico-metodológica do serviço Social na previdência.................................214 
Paradigma do serviço Social no INSS 
1- Fundamentos: Concepção da Política Previdenciária; Concepção do Serviço Social na 
Previdência. 
2 – bases ético-legais: Principais fundamentos (segundo o código de ética); Regulamento 
da profissão (destaques); 
3 – Objetivos 
4 – Estratégias gerais 
5 – Metodologia: Questão do método; Ações profissionais (Socialização das Informações 
Previdenciárias e Ações de Fortalecimento do Coletivo); assessoria; Instrumentos e Técni-
cas; Parecer Social (elementos constitutivos); Parecer Social; Parecer Social 
6 – Glossário: Direitos Sociais X Cidadania; Demandas Sociais X Necessidades Sociais; 
Assistência; 
 
3.3 - Contribuições teórico-práticas para o aperfeiçoamento da política previdenciária e 
de assistência social...............................................................................................................234 
Seguridade social no Brasil: Conquistas e limites à sua efetivação 
Princípios Estruturantes da Seguridade Social 
A seguridade social (não) implementada no Brasil 
O permanente e gradual desmonte da seguridade social 
TEMA 4 – DIMENSÃO ÉTICO-POLÍTICA 
4.1 – Código de ética do Assistente Social (contextualizado)..........................................247 
4.2 – Lei 8662/93....................................................................................................................266 
4.3 – A construção do Projeto Ético-Político do serviço Social.......................................272 
Os projetos societários 
Os projetos profissionais 
Projetos profissionais e pluralismo 
Condição política da construção do novo projeto profissional do Serviço Social e seus outros 
componentes 
Outros componentes do novo projeto 
A estrutura básica do novo projeto profissional 
A conquista da hegemonia 
A hegemonia ameaçada 
4.4. As implicações ético-políticas do agir profissional......................................................285 
Ética profissional, como se dá essa reflexão? 
Desafios e possibilidades para a materialização da práxis do serviço Social no cotidiano da 
previdência social 
4.5 - Projeto profissional – rumos éticos e políticos do trabalho profissional na contem-
poraneidade...........................................................................................................................295 
Os rumos ético-políticos do assistente social no contexto neoliberal 
 
 
TEMA 5: Políticas Sociais públicas, cidadania e direitos sociais no Brasil 
5.1 – Políticas de seguridade..................................................................................................298 
CF/1988: 
Artigos 193, 194, 195, 196, 197, 198, 199, 200, 201, 202, 203, 204 
Resumo: 
1 - SEGURIDADE (ORDEM SOCIAL) 
Objetivos da Ordem Social: 
Financiamento 
2 - SUS 
Diretrizes para organização do SUS 
Aposentadoria no RGPS: 
Contagem Recíproca 
Sistema especial de inclusão previdenciária: 
BAPC – Benefício Assistencial de Prestação Continuada 
Previdência Privada 
3 - ASSISTÊNCIA SOCIAL 
Objetivos: 
Financiamento 
Diretrizes de organização 
 
Textos esquematizados: 
1 – Seguridade Social: origens, conceito e princípios. 
2 – Sistema Único de Saúde – SUS. 
3 – Política Pública de Assistência Social. 
4 – Assistência Social na gestão municipal. 
5 – Políticas sociais no contexto neoliberal. 
 
Resumo: 
Saúde, Previdência e Assistência Social: 
 
5.2- Política de educação e trabalho no Brasil......................................................................4001 – Linha do tempo - LDB – Resumo histórico 
2 – Constituição Federal de 1988 
3 – LDB 
 
115 TESTES PARA FIXAÇÃO DO CONTEÚDO ESTUDADO........................................438 - 480 
8 
TEMA 1: SERVIÇO SOCIAL COMO PROFISSÃO 
1.1 - DIMENSÃO HISTÓRICA E METODOLÓGICA DO SERVIÇO SOCIAL. 
O tema inicial consiste em explicitar como se constituem e se desenvolvem, no Serviço Social brasi-
leiro, as tendências de análise e as interpretações acerca de sua própria intervenção e sobre a reali-
dade na qual se movem. 
Estas tendências derivadas das transformações sociais que vem peculiarizando o desenvolvimento 
do capitalismo em nossa sociedade, se configuram heterogêneas, são permeadas por tensões e con-
frontos internos. 
A compreensão teórica metodológica da realidade é fundada no acervo intelectual que se constituem 
a partir das principais matrizes do pensamento social e de suas expressões nos diferentes campos 
do conhecimento humano, é processo que se constrói na interação com a sociedade. 
De inicio, o tema consiste da análise sumária do processo de incorporação pela profissão: 
• Das ideias e conteúdos doutrinários do pensamento social da Igreja Católica, e em seu processo de 
institucionalização pela profissão; 
• Das principais matrizes teórico-metodológica acerca do conhecimento da sociedade burguesa. 
Desenvolver algumas considerações sobre este processo é tentar compreender diferentes posicio-
namentos, lógicas e estratégias, que permeiam a ação profissional do Serviço Social, em sua trajetó-
ria histórica que persistem até os dias atuais com novas expressões. 
 
 
IDEÁRIO CATÓLICO 
O primeiro aspecto é por demais conhecido: a relação entre a profissão e o ideário católico na gêne-
se do Serviço Social brasileiro no contexto de expansão e secularização do mundo capitalista. Rela-
ção que vai imprimir à profissão caráter de apostolado, fundada em uma abordagem da questão so-
cial como problema moral e religioso e uma intervenção que prioriza a formação da família e do indi-
víduo para solução dos problemas e atendimento de suas necessidades materiais, morais e sociais. 
A contribuição do Serviço Social incidirá sobre valores e comportamentos de seus clientes na pers-
pectiva de sua integração à sociedade, ou melhor, nas relações vigentes. Os referenciais orientado-
res do pensamento e da ação emergente do Serviço Social tem sua fonte na Doutrina Social da Igre-
ja, no ideário franco-belga e de ação social e no pensamento de São Tomás de Aquino (séc. XII): o 
tomismo e o neotomismo (fins do séc.XIX do pensamento tomista, por Jacques Maritain, na França, 
e pelo Cardeal Mercier, na Bélgica). 
 
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É, portanto, na relação com a Igreja Católica que o Serviço Social brasileiro vai fundamentar a formu-
lação de seus primeiros objetivos político-sociais, orientando-se, por posicionamentos de cunho hu-
manista conservador, contrários aos ideários liberal e marxista na busca de recuperação da hege-
monia do pensamento social da Igreja diante da questão social. 
O conservadorismo católico que caracterizou os anos iniciais do Serviço Social brasileiro começa, a 
partir dos anos 40, o seu tecnificado entrar em contato com o Serviço Social norte- americano e suas 
propostas de trabalho permeadas pelo caráter conservador da teoria social positivista. 
A reorientação da profissão para atender as configurações do desenvolvimento capitalista, exige a 
qualificação sistematizada de seu espaço ocupacional, tendo em vista atender ás requisições de um 
Estado que começa a programar políticas no campo social. 
Nesse contexto, a legitimidade do profissional, expressa em seu assalariamento e ocupação um es-
paço na divisão sócio técnica do trabalho, vai colocar o emergente Serviço Social brasileiro diante da 
matriz positivista, na perspectiva de ampliar referencias técnicos para a profissão. 
Este processo que vai constituir o que Iamamoto (1992:21) denomina de arranjo teórico doutrinário, 
caracterizado pela junção do discurso humanista cristão com o suporte técnico-científico de inspira-
ção na teoria social positivista, reitera para a profissão o caminho do pensamento conservador (ago-
ra pela mediação das Ciências Sociais). 
 
 
Nem o doutrinarismo, nem o conservadorismo constituem teorias sociais. A doutrina caracteriza-
se por ser uma visão de mundo abrangente, fundada na fé em dogmas. O conservadorismo, como 
forma de pensamento e experiência prática, é resultado de um contra movimento aos avanços da 
modernidade e, nesse sentido, suas reações são restauradoras e preservadoras, particularmente da 
ordem capitalista. A teoria social por sua vez constitui conjunto explicitado totalizante, ontológico, 
portanto, organicamente vinculado ao pensamento filosófico, acerca do ser social na sociedade bur-
guesa e a seu processo de constituição e de reprodução. 
A teoria reproduz conceitualmente o real sentido, portanto, construção intelectual que proporciona 
explicações aproximadas da realidade, deste modo, supõe uma forma de auto constituição, um pa-
drão de elaboração: o método é a trajetória teórica, o movimento teórico que se observa na ex-
plicação sobre o ser social. É o posicionamento do sujeito que investiga, diante do investigado, e 
desta forma é questão da teoria social e não problema particular desta ou daquela disciplina. (Netto, 
1984:14) 
 
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10 
Cada teoria social é um método de abordar o real. O método é a trajetória teórica que se observa na 
explicação sobre o ser social. É o posicionamento do sujeito que investiga, diante do investigado. 
 
MATRIZ POSITIVISTA 
No caso do serviço social um primeiro suporte teórico metodológico necessário à qualificação 
técnica de sua prática e a sua modernização vai ser buscada na matriz positivista e em sua apre-
ensão manipuladora, instrumental e imediata do ser social. 
Este horizonte analítico aborda as relações sociais dos indivíduos no plano de suas vivências imedia-
tas, como fatos (dados) que se apresentam em sua objetividade e imediaticidade. É a perspectiva 
positivista que restringe a visão da teoria ao âmbito do verificável, da experimentação e da fragmen-
tação. Não aponta para mudanças, senão dentro da orem estabelecida, voltando-se antes para ajus-
tes e conservação. 
Particularmente em sua orientação funcionalista esta perspectiva é absorvida pelo Serviço Social, 
configurando para a profissão propostas de trabalho ajustadoras e um perfil manipulatório voltado 
para o aperfeiçoamento dos instrumentos e técnicas para a intervenção com a metodologia da ação, 
coma busca de padrões de eficiência, sofisticação de modelos de análise, diagnóstico e planejamen-
to: enfim uma tecnificação da ação profissional que é acompanhada de uma crescente burocratiza-
ção das atividades institucionais (Yasbek, 1984:71). 
O questionamento a este referencial tem inicio no contexto de mudanças econômicas, políticas, soci-
ais e culturais que expressam, nos anos 60, as novas configurações que caracterizam a expansão do 
capitalismo mundial, que impõem à América Latina um estilo de desenvolvimento excludente e su-
bordinado. 
A profissão assume as inquietações e insatisfações deste momento histórico e direciona seus ques-
tionamentos ao Serviço Social tradicional através de um amplo movimento, de um processo de revi-
são global, em diferentes níveis: teórico, metodológico, operativo e político. 
Este movimento de renovação que surge no Serviço Social e na sociedade latino americana impõe 
aos assistentes sociais a necessidade de construção de um novo projeto comprometido com as de-
mandas dasclasses subalternas, particularmente expressas em suas mobilizações. É no bojo desse 
movimento, de questionamentos à profissão, não homogêneos e em conformidades com a rea-
lidade de cada país que a interlocução com o marxismo vai configurar a teoria social de Marx. Embo-
ra esta apropriação se efetive em tortuoso processo. É no âmbito do movimento de reconceituação 
e em seus desdobramentos, que se definem de forma mais clara e se confrontam diversas tendên-
cias voltadas à fundamentação do exercício e dos posicionamentos teórico do Serviço Social. Ten-
dências que resultam de conjunturas sociais particulares dos países do continente e que levam, por 
 
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exemplo, no Brasil, o movimento em seus primeiros momentos, (em tempos de ditadura militar e de 
impossibilidade de contestação política) a priorizar um projeto tecnocrático modernizador, do qual 
Araxá e Teresópolis são as melhores expressões. 
 
 
SEMINÁRIO DE ARAXÁ 
Teve influência no conservadorismo do serviço social. Foi o Seminário que se manifestou de diversa 
forma, uma delas é a diferenciação entre níveis de intervenção macrossocial e microssocial. No ma-
crossocial o perfil do profissional do assistente social está voltado para a formulação de políticas so-
ciais (moderna), e no nível do microssocial o papel do assistente social esta na execução terminal 
das políticas (tradicional), numa relação direta com o usuário dos serviços. Por ter como pano de 
fundo o positivismo na forma de estrutural-funcionalismo, trata-se de um principio de globalidade que 
sustenta o individuo que deve se analisado na sociedade para uma analise baseada na cristalização, 
desenvolvendo assim um comportamento adaptativo. 
 
SEMINÁRIO DE TERESÓPOLIS 
Teve o propósito de analisar a questão da metodologia do serviço social, onde três documentos 
constituíram o objetivo desta reflexão são eles: Lucena Dantas, Costa e Soeiro. Neste sentido as 
ideias apresentadas porLucena Dantas são as mais relevantes, para Dantas o método do profissional 
é o método cientifico que opera através de diagnósticos e a intervenção planejada. 
 
GRUPOS A e B 
Outro fator que entra em destaque neste mesmo documento foi o debate de dois grupos (A e B), on-
de poderão analisar e colocar suas propostas e conclusões. O grupo A expressou o alto nível de na-
talidade, já no grupo B supõe três níveis de atuação para o serviço social (prestação direta de servi-
ços, administração de serviços sociais e planejamento) mais tanto o “A” como o “B” procura uma teo-
ria que esteja relacionada com á pratica do serviço social. 
 
A RENOVAÇÃO PROFISSIONAL: VERTENTE MODERNIZADORA, VERTENTE DA REATUALI-
ZAÇÃO DO CONSERVADORISMO E A VERTENTE DA INTENÇÃO DE RUPTURA. 
 
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O desenvolvimento do debate e da produção intelectual do serviço social brasileiro foi resultado das 
seguintes vertentes que emergiram no bojo do Movimento de Reconceituação: 
 • vertente modernizadora (Netto, 1994:164 e ss) caracterizada pela incorporação de abordagens 
funcionalistas, estruturalistas e mais tarde sistêmicas (matriz positivista), voltadas a uma moderniza-
ção conservadora e melhoria do sistema pela mediação do desenvolvimento social e do enfrenta-
mento da marginalidade e da pobreza. Na perspectiva da integração da sociedade. Os recursos para 
alcançar estes objetivos são baseados na modernização tecnológica e em processo de relaciona-
mentos interpessoais. Estas opções configuram um projeto renovador tecnocrático fundado na busca 
da eficiência e da eficácia, que devem nortear a produção do conhecimento e a intervenção profissi-
onal. 
• vertente inspirada na fenomenologia que emerge como metodologia dialógica apropriando tam-
bém da visão e pessoa e comunidade de E. Mounier (1936) dirige-se ao vivido humano, aos sujeitos 
e suas vivências, colocando para o Serviço Social a tarefa de auxiliar na abertura desse sujeito exis-
tente singular, em relação aos outros, ao mundo das pessoas (Almeida, 1980:114). Essa tendência 
que no Serviço Social brasileiro vai priorizar as concepções de pessoa, diálogo e transformação so-
cial (dos sujeitos) é analisada por Netto (1994:201 ss) como uma forma de reatualização do conser-
vadorismo, presente no pensamento inicial da profissão. 
• vertente marxista que remete a profissão à consciência de sua inserção na sociedade de classes 
e que no Brasil vai configurar-se em seu primeiro momento, como uma aproximação ao marxismo 
sem recursos ao pensamento de Marx. 
A apropriação da vertente marxista no serviço social brasileiro e latino americano se dão com pro-
blemas que se caracterizam pelas abordagens reducionistas dos marxismos de manual, como tam-
bém pela influência de cientificismo e do formalismo metodológico (estruturalista) presente no mar-
xismo althusseriano (referência a Louis Althusser, filósofo francês cuja leitura da obra de Marx vai 
influenciar a proposta marxista dos anos 60/70 e o método de B.H). Um Marxismo equivocado que 
recusou a via institucional e as determinações social e histórica da profissão. 
É com este referencial precário, mas com posição sociopolítica que a profissão questiona sua prática 
institucional e seus objetivos de adaptação social ao mesmo tempo em que se aproxima dos movi-
mentos sociais. 
Inicia-se a vertente comprometida com a ruptura (Neto, 1994:247 e ss) com o Serviço Social 
tradicional. 
 
 
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TENDÊNCIAS: 
Essas tendências, que configuram para a profissão linhas diferenciadas de fundamentação teórico-
metodológica, tenderão a acompanhar a trajetória do pensamento e da ação profissional nos anos 
subsequentes ao movimento de reconceituação e se conservarão presentes até aos anos recentes, 
apesar de seus movimentos, redefinições e da busca e emergência de novos referenciais dentro do 
novo milênio. 
 
 
MÉTODO B.H. 
Designação dada ao método elaborado pela equipe da escola de Serviço Social de Belo Horizonte 
no período de 72 a 75 e que propunha a constituição de uma metodologia alternativa às perspectivas 
das abordagens funcionalistas da realidade. Buscava articular teoria e ação em sete momentos. 
 
 
O SERVIÇO SOCIAL NOS ANOS 80: AS TENDÊNCIAS HISTÓRICAS E TEÓRICAS METOLÓGI-
CAS DO DEBATE PROFISSIONAL 
É com Iamamoto (1982), nos inicios dos anos 80 que a teoria social de Marx inicia sua efetiva inter-
locução com a profissão. Como Matriz teórico-metodológica esta teoria apreende o ser social a partir 
das mediações. Ou seja, parte da suposição de que a natureza relacional do ser social não é perce-
bida em sua imediaticidade. 
Isso porque, a estrutura de nossa sociedade, ao mesmo tempo em que põe o ser social como ser de 
relações, no mesmo instante e pelo mesmo processo oculta a natureza dessas relações ao observa-
dor (Netto,1995). Ou seja, as relações sociais são sempre mediatizadas por situações, Instituições, 
etc. que ao mesmo tempo revelam /ocultam as relações sociais imediatas. Por isso nesta matriz o 
ponto de partida é aceitar fatos ou dados como indicadores, como sinais, mas não como fundamen-
tos últimos do horizonte analítico. 
Trata-se de um conhecimento que não é manipulador e que apreende dialeticamente a realidade em 
seu movimento contraditório. Movimento no qual e através do qual se engendram, como realidade, 
as relações sociais que configuram a sociedade capitalista. 
 
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É no âmbito da adoção do marxismo como referência analítica que se torna hegemônica no Serviço 
Social do país a abordagem da profissão como componenteda organização da sociedade. Inserida 
na dinâmica das relações sociais participando do processo de reprodução dessas relações. (cf Ia-
mamoto, 1982). Sob sua influência ganha visibilidade um novo momento e uma nova qualidade no 
processo de recriação da profissão, em busca de sua ruptura com o histórico conservadorismo (cf 
Neto, 1996:111) e do avanço da produção de conhecimentos, nos quais a tradição marxista aparece 
hegemonicamente como uma das referências básicas. 
Nesta tradição o Serviço Social vai apropriar-se a partir dos anos 80 do pensamento de: 
• Antônio Gramsci – abordagens acerca do Estado e da sociedade civil, do mundo dos valores, da 
ideologia, da hegemonia, da subjetividade e da cultura das classes subalternas. 
• Agnes Heller e a sua problematização do cotidiano; 
• George Lukács e a sua ontologia do ser social fundada no trabalho; 
• E.P. Thompson e a sua concepção acerca das experiências humanas; 
• Eric John, Ernest Hobsbawm– um dos mais importantes historiadores marxistas da contemporanei-
dade. 
O processo de construção da hegemonia de novos referenciais teórico-metodológicos e interven-
tivos, a partir da tradição marxista, para a profissão ocorre em um amplo debate, em diferentes for-
mas de natureza acadêmica e/ou organizativa. 
Trata-se de um debate plural que implica a convivência e o diálogo de diferentes paradigmas, 
mas que supõe uma direção hegemônica. 
 
 
PLURALISMO 
Uma das questões em debate, desde os anos 80, objeto de polêmica e reflexões do Serviço Social. 
Coutinho (1999) problematiza a proposta de hegemonia, ao necessário dialogo e no debate de idei-
as, apontando os riscos de posicionamentos ecléticos (que conciliam o inconciliável). 
 
No espaço acadêmico, na pós-graduação, o Serviço Social brasileiro: 
• Desenvolveu-se na pesquisa acerca da natureza de suas intervenções, de seus procedimentos, de 
sua formação, de sua história e sobretudo acerca da realidade social, política, econômica e cultural 
onde se insere como profissão na divisão social e técnica do trabalho; 
 
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• Avançou na compreensão do estado capitalista, das politicas sociais, dos movimentos sociais, do 
poder local, dos direitos sociais, da cidadania, da democracia, do processo de trabalho, da realidade 
institucional; e de outros temas. 
• Enfrentou o desafio de repensar a assistência social, colocando como objeto de suas investigações. 
 
 
AS COMPETÊNCIAS DO SERVIÇO SOCIAL: POLÍTICA, ÉTICA, INVESTIGAÇÃO E INTERVEN-
ÇÃO. 
Autores contemporâneos da profissão chamaram de “maturidade acadêmica e profissional do 
Serviço Social” (Netto, 1996), que procurou definir novos requisitos para o status da competência 
profissional. Iamamoto (2004), após realizar uma análise dos desafios colocados para o Serviço So-
cial nos dias atuais, apontou 03 dimensões que devem ser do domínio do Assistente Social. 
• Competência ético-política – o Assistente Social não é um profissional “neutro”. Sua prática se 
realiza no marco das relações de poder e de forças sociais da sociedade capitalista – relações essas 
que são contraditórias. Assim, é fundamental que o profissional tenha um posicionamento político 
frente às questões que aparecem na realidade social, para que possa ter clareza de qual é a direção 
social da sua prática. Isso implica em assumir valores ético-morais que sustentam a sua prática – 
valores esses que estão expressos no Código de Ética Profissional dos Assistentes Sociais (Resolu-
ção CFAS nº 273/93)5, e que assumem claramente uma postura profissional de articular sua inter-
venção aos interesses dos setores majoritários da sociedade; 
• Competência teórico-metodológica – o profissional deve ser qualificado para conhecer a realida-
de social, política, econômica e cultural com a qual trabalha. Para isso, faz-se necessário um intenso 
rigor teórico e metodológico, que lhe permita enxergar a dinâmica da sociedade para além dos fenô-
menos aparentes, buscando apreender sua essência, seu movimento e as possibilidades de constru-
ção de novas possibilidades profissionais; 
• Competência técnico-operativa – o profissional deve conhecer, se apropriar, e sobretudo, criar 
um conjunto de habilidades técnicas que permitam ao mesmo desenvolver as ações profissionais 
junto à população usuária e às instituições contratantes (Estado, empresas, Organizações Não-
governamentais, fundações, autarquias etc.), garantindo assim uma inserção qualificada no mercado 
de trabalho, que responda às demandas colocadas tanto pelos empregadores, quanto pelos objeti-
vos estabelecidos pelos profissionais e pela dinâmica da realidade social. 
 
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Essas três dimensões de competências nunca podem ser desenvolvidas separadamente – caso con-
trário, cairemos nas armadilhas da fragmentação e da despolitização, tão presentes no passado his-
tórico do Serviço Social (Carvalho & Iamamoto, 2005). 
Articular essas três dimensões coloca-se como desafio para os profissionais de Serviço Social. A 
necessidade da articulação entre teoria e prática, investigação e intervenção, pesquisa e ação, ciên-
cia e técnica não devem ser encaradas como dimensões separadas. 
 
 
POSITIVISMO: 
• Apreensão manipuladora, instrumental e imediata do ser social; 
• Aborda as relações sociais dos indivíduos e suas vivências imediatas, como fatos (dados) que se 
apresentam em sua objetividade e imediaticidade; 
• Restringe a visão de teoria ao âmbito do verificável, da experimentação e da fragmentação; 
• Volta-se para ajustes e conservação. 
FUNCIONALISMO: 
• Propostas de trabalhos ajustadoras; 
• Perfil manipulatório; 
• Aperfeiçoamento de instrumentos e técnicas; 
• Metodologia da ação; 
• Busca de eficiência, satisfação de modelos de análise, diagnóstico e planejamento; 
• Tecnificação da ação profissional 
• Crescente burocratização 
• Aumento as atividades institucionais. 
FUNCIONALISMO, ESTRUTURALISMO – (POSITIVISMO): 
• Vertente modernizadora: abordagem funcionalista, estruturalista e sistêmica da matriz positivista; 
• Modernização tecnológica; 
• Integração da sociedade; 
• Relacionamentos interpessoais; 
• Configurações de um projeto renovador tecnocrático na busca da eficiência e da eficácia. 
FENOMENOLOGIA: 
• Metodologia dialógica; 
 
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• Visão de pessoa e comunidade de E. Mounier (1936)- dirigido ao vivido humano; sujeitos e vivên-
cias; 
• Netto (1994) analisa como forma de naturalização do conservadorismo presente no pensamento 
inicial da profissão. 
MARXISMO: 
• A consciência da inserção da sociedade de classe; 
• No primeiro momento aproximação do Marxismo sem o recurso ao pensamento de Marx; 
• Vertente comprometida com a ruptura do Serviço Social tradicional e conservador. 
... 
Agora é com você: pesquise na internet sobre as teorias sociais. Escreva 10 linhas sobre cada uma 
delas: positivismo, funcionalismo, fenomenologia e marxismo. 
 
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1.2 - CONCEPÇÃO DA PROFISSÃO DO SERVIÇO SOCIAL 
O Serviço Social é uma profissão que traz em sua essência muitos significados. Sua concepção e 
expansão enquanto profissão, responde a determinações históricas e sociais. Desta forma, uma bre-
ve análise histórica do seu surgimento, torna-se fundamental para compreendermos o contexto histó-
rico e social do seu surgimento. 
 
1.2.1 - QUESTÃO SOCIAL NAS DÉCADAS DE 1920 E 1930 E AS BASES PARA IMPLANTAÇÃO 
DO SERVIÇO SOCIAL 
A Questão Social na Primeira República 
A “questão social” relaciona-se à generalização do trabalho livre, numa sociedade com marcas da 
escravidão. Destaca-se o longo processo de transição, através do qual se forma um mercado de tra-
balho em moldes capitalistas, em especial ao momento em que a constituição desse mercado está 
em amadurecimento nos principais centros urbanos. Momento em que o capital já “se liberou” do 
custo de reprodução da força de trabalho, limitando-se a procurar, no mercado, a força de trabalho 
tornada mercadoria. 
A manutenção e a reprodução dessa força de trabalho estão a cargo do operário e de sua família, 
através do salário, advindo da venda da força de trabalho à classe capitalista e não a um único se-
nhor. 
A partir do momento em que a sociedade burguesa vê como ameaça a luta defensiva do operário à 
exploração abusiva a que é submetido, há necessidade que o controle social da exploraçãoda força 
de trabalho seja feito pelo Estado, através de uma regulamentação jurídica do mercado de trabalho. 
As Leis Sociais aparecem, então, para responder aos movimentos sociais que lutam por uma cida-
dania social. Esses movimentos refletem e são elementos dinâmicos das profundas transformações 
da sociedade, quando da consolidação de um polo industrial, pois colocam os problemas e exigem 
modificação na composição de forças dentro do Estado e no relacionamento deste com as classes 
sociais. 
Portanto, o desdobramento da questão social é também a questão da formação da classe operária e 
de sua entrada no cenário político, de seu reconhecimento em nível de Estado, da implementação de 
políticas que atendem seus interesses. Sendo assim, a “questão social” constitui-se, essencialmente, 
da contradição entre burguesia e proletariado. Proletariado este em que os laços de solidariedade 
política e ideológica perpassam seu conjunto. 
 
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A implantação do Serviço Social ocorre no decorrer desse processo histórico, surgindo da iniciativa 
particular de grupos e frações de classe, que se manifestam por intermédio da Igreja Católica. En-
quanto que as leis sociais são resultantes da pressão do operariado pelo reconhecimento de sua 
cidadania social, a legitimação do Serviço Social diz respeito a grupos e frações restritos das classes 
dominantes e a sua especificidade na ausência quase total de uma demanda a partir das classes e 
grupos a que se destina prioritariamente. 
A análise do posicionamento e das ações assumidas e desenvolvidas pelos diferentes grupos e fra-
ções dominantes e pelas instituições que mediatizam seus interesses na sociedade, permite apreen-
der o sentido histórico do Serviço Social. 
A crise do comércio internacional de 1929 e o movimento de 1930 aparecem como movimentos cen-
trais de um processo que leva a uma reorganização das esferas estatal e econômica, apressando o 
deslocamento do centro motor da acumulação capitalista das atividades de agro exportação para 
outra de realização interna. 
O histórico das condições de existência e de trabalho do proletariado industrial mostra a ex-
trema voracidade do capital por trabalho excedente: 
• A população operária amontoava-se em bairros insalubres junto às aglomerações industriais, com 
falta absoluta de água, luz e esgoto; 
• as empresas funcionavam em prédios sem condições mínimas de higiene e segurança; * salários 
insuficientes para a subsistência; 
• o preço da força de trabalho, constantemente pressionada para baixo devido ao exército industrial 
de reserva; 
• a pressão salarial força a entrada no mercado de trabalho de mulheres e crianças; 
• a jornada de trabalho é no início do século de quatorze horas; 
• não se tem direito a férias, descanso semanal remunerado, licença para tratamento de saúde etc; 
• dentro da fábrica está sujeito à autoridade absoluta de patrões e mestres; 
• não possui garantia empregatícia ou contrato coletivo; 
• com as crises do setor industrial há dispensas maciças e rebaixamentos salariais. 
Frente a estas condições de trabalho e de existência, o operariado se organiza para se defender. 
Uma organização diferenciada em seus diversos estágios de desenvolvimento, desde o caráter as-
sistencial e cooperativo ao de resistência operária organizada. 
A luta reivindicatória está centrada na defesa do poder aquisitivo dos salários, na duração da jornada 
de trabalho etc. As duas primeiras décadas são marcadas pelas greves e manifestações operárias. 
No período de 1917 a 1920 a densidade e a combatividade das manifestações de inconformismo 
 
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marcam, para a sociedade burguesa, a presença ameaçadora de um proletariado à beira do paupe-
rismo. 
O “liberalismo excludente” do Estado e a elite republicana da Primeira República, dominados pelos 
setores burgueses ligados a agro exportação, são incapazes de tomar medidas de peso em prol do 
proletariado. 
Primeiras legislações sociais 
Somente em 1919 que é implantada a primeira medida ampla de legislação social, responsabilizando 
as empresas pelos acidentes de trabalho, contudo, não representa mudança substantiva na situação 
dos trabalhadores. 
Na década de 20, são aprovadas leis que abrem caminho à intervenção do Estado na regulamenta-
ção do mercado de trabalho e leis que cobrem uma parcela chamada “proteção ao trabalho”, férias, 
acidente de trabalho, código de menores, seguro-doença etc. 
A dominação burguesa implica a organização do proletariado, ao mesmo tempo em que implica sua 
desorganização enquanto classe, isto porque ela necessita de estabelecer mecanismos de integra-
ção e controle. Sendo assim, na Velha República, as medidas parciais que são implantadas visam 
mais à ampliação de sua base de apoio e a atenuação do conflito social, sem implicarem um projeto 
mais amplo de canalização das reivindicações operárias. 
Por um lado, para o Estado e para setores dominantes ligados a agro exportação, as relações de 
produção são um problema de empresa, por outro, o movimento operário também não consegue 
estabelecer laços politicamente válidos com outros segmentos da sociedade que constituem a maio-
ria da população. Assim, a classe operária, apesar de seu progressivo adensamento, permanece 
sendo uma minoria fortemente marcada pela origem europeia, estando social e politicamente isolada. 
A preocupação do empresariado com o social aparece apenas a partir da desagregação do Estado 
Novo e término da Segunda Guerra Mundial e representa uma adaptação a nova fase de aprofun-
damento do capitalismo. O patronato, a burguesia industrial, que está solidificando sua organização 
enquanto classe está ancorada nos princípios do liberalismo do mercado de trabalho e no privatismo 
da relação de compra e venda da força de trabalho, como pressuposto essencial de sua taxa de lu-
cro e acumulação. A adesão às novas formas de dominação e controle do movimento operário será 
dada pelo populismo e desenvolvimentismo da era Vargas. 
Implantação e desenvolvimento do Serviço Social 
Dentre os diversos aspectos da prática social do empresariado durante o período de 1920 a 1930, 
destacam-se dois elementos relacionados com a implantação e desenvolvimento do Serviço Social: 
 
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1. Crítica do empresariado a inexistência de mecanismos de socialização do proletariado, ou seja, da 
inexistência de instituições que tenham por objetivo produzir trabalhadores integrados física e psiqui-
camente ao trabalho fabril; 
2. O conteúdo diverso da política assistencialista desenvolvida pelo empresariado no âmbito da em-
presa. 
A negativa constante no reconhecimento das organizações sindicais, a não aceitação do operariado 
como capaz de participar das decisões que lhes dizem respeito, a intransigência para as reivindica-
ções e sua aceitação apenas em última instância, seu relacionamento com a polícia, a prática normal 
de usar repressão etc., aparecem como a face mais evidente do comportamento do empresariado da 
Primeira República. 
Ao mesmo tempo, se verifica a existência de uma política assistencialista que se acelera a partir dos 
grandes movimentos sociais do primeiro período após a guerra. A maioria das empresas de maior 
porte propicia a seus empregados uma séria de serviços assistenciais como: vilas operárias, assis-
tência médica etc. Isto significa o controle social aliado ao incremento da produtividade e o aumento 
da taxa de exploração. 
 
A Reação Católica 
Após os grandes movimentos sociais, a “questão social” fica definitivamente colocada para a socie-
dade. Há que analisar a posição da Igreja frente à “questão social” considerandoa Igreja não só co-
mo Instituição social de caráter religioso, mas também o seu engajamento na dinâmica dos antago-
nismos de classe da sociedade na qual está inserida. 
Após a Contra Reforma, os Estados nacionais europeus são forçados a conceder aos movimentos 
políticos e ideológicos burgueses uma parcela do anterior monopólio mantido pela Igreja. Portanto, a 
religião católica perde sua ampla hegemonia enquanto concepção de mundo das classes dominan-
tes. 
Para a desagregação da sociedade civil tradicional e para o declínio de sua influência, a Igreja Cató-
lica reage. Essa reação tem por base, através de métodos organizativos e disciplinares, a constitui-
ção de poderosas organizações de massa. 
 
Primeira Fase da Reação Católica 
No Brasil, a partir da segunda metade da República Velha, a Igreja inicia o processo de reformulação 
de sua atividade política religiosa, a fim de recuperara os privilégios e as prerrogativas perdidos com 
o fim do Império. Esse movimento condensa-se nos primeiros anos da década de 20. O então Bispo, 
 
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Dom Sebastião Leme, lança documentos contendo as bases do que seria o programa de reivindica-
ções católicas, com a finalidade de restabelecer as bases da noção de Nação Católica. 
Alteram, substancialmente, a estrutura e a imagem da Igreja, dois processos: 
- A mudança interna de sua estrutura, com a sua centralização; 
- A “romanização” do catolicismo brasileiro, ou seja, a referência em Roma, que atinge tanto o clero 
como o movimento leigo. Sendo assim, a mobilização do laicato, que se fará a partir desse momento, 
terá por modelo as organizações que se formaram na Europa, especialmente na Itália e França. 
Na década de 20, a revista “A Ordem” e o Centro Dom Vital serão os principais aparatos de mobiliza-
ção do laicato, que procuram recrutar uma “aristocracia intelectual” capaz de combater política e ide-
ologicamente manifestações que Igreja considere perigosas para seu domínio. A “questão social” 
não atrai a atenção das lideranças católicas. E, ao findar-se a República Velha, é cada vez maior a 
identidade entre Igreja e Estado. 
Com o movimento de 1930, inicia-se um novo período de mobilização do movimento católico laico, 
visto estarem criadas as condições para que a Igreja seja chamada a intervir nas dinâmicas sociais 
de forma muito mais ampla. A hierarquia, explorando a nova situação conjuntural, irá compor com o 
novo bloco dominante que emerge. O movimento laico vive uma fase de identificação com o espíri-
to das Encíclicas Sociais, o sentido do “Aggiornamento”, ou seja, a Igreja passa a se envolver nas 
causas sociais emergentes da população. 
 
O Movimento Político-Militar de 1930 e a Implantação do Corporativismo 
O desenvolvimento capitalista, tendo por núcleo central da acumulação a economia cafeeira, traz 
contraditoriamente o aprofundamento da industrialização, a urbanização acelerada, com a diferenci-
ação social e diversificação ocupacional resultantes da emergência do proletariado e da consolida-
ção dos estratos urbanos médicos. 
A política de defesa permanente do café permite, ainda no primeiro quinquênio de 1920, um período 
de apreender prosperidade. A burguesia ligada ao complexo cafeeiro, que dirige o Estado, constan-
temente é ameaçada por outras parcelas da classe dominante, que procuram redefinir, em proveito 
de sua própria expansão, as diretrizes e benesses da política econômica e, pela tensão das classes 
dominadas, que pela sua luta em prol da cidadania social abre mais uma área de contradição entre o 
setor industrial e a fração hegemônica, isto porque algumas medidas sociais são implementadas. 
 
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Portanto, o fim da década de 20 é marcado pela decadência da economia cafeeira e pelo amadure-
cimento das contradições econômicas e complexidade social advindas do desenvolvimento capitalis-
ta baseado na expansão do café. 
A crise de 1929 acelera o surgimento das condições que possibilitam o fim da supremacia da bur-
guesia cafeicultora, porque mantém uma política de equilíbrio financeiro, abandonando a política de 
defesa de preços e subsídios aos produtores. Aglutinam as oligarquias regionais não vinculadas à 
economia cafeeira, setores do aparelho do Estado e fração majoritária das classes médias urbanas 
que reclamavam o alargamento da base social do regime, a fim de assegurar área de influência para 
defesa de seus interesses econômicos. Assim, forma-se uma coalizão heterogênea sob a bandeira 
da diversificação do aparato produtivo e da reforma política, que desencadeia o movimento político-
militar de 1930, pondo fim a Velha República. 
Não há uma substituição imediata do bloco hegemônico e nem de uma classe por outra, em relação 
ao acesso ao poder. O que ocorre, no processo de transição, é que a política econômica é orientada 
para além de preservar a cafeicultura, favorecer também o sistema produtivo voltado para o mercado 
interno e para diversificar a pauta de exportações. Para tanto, estabelece-se um “Estado de Com-
promisso”. Só que este está ligado aos interesses mais globais que resultam do fortalecimento de um 
novo polo hegemônico e de uma redefinição da inserção na economia mundial. 
Frente à necessidade de redefinição da política econômica, a fim de garantir a acumulação e, uma 
conjuntura de acirramento das contradições entre as oligarquias regionais, que brigam entre si pela 
supremacia, a mobilização dos setores urbanos médios e a ascensão da organização política e sin-
dical do proletariado, o Estado assume paulatinamente uma organização corporativa, canalizando 
para sua órbita os interesses divergentes. 
A política social do Estado Novo está vinculada a uma estrutura corporativista, em que reprime e 
desmantela a organização política e sindical autônoma. As medidas de legislação social e sindical 
são relacionadas à crise de poder e a redefinição das relações do Estado com as diferentes classes 
sociais, acompanhadas de mecanismos que visam integrar os interesses do proletariado através de 
canais dependentes e controlados, com o objetivo de expandir a acumulação, intensificando a explo-
ração da força de trabalho. 
Em termos ideológicos, isola-se a classe proletária e afirma-se o mito do Estado acima das classes e 
representativo dos interesses gerais da sociedade, da harmonia social, benfeitor, protetor do traba-
lho. 
Pode-se apresentar a criação do Ministério do Trabalho, na década de 30 como uma ação que veio a 
contribuir para tal imagem do Estado. 
 
 
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Relações Igreja-Estado 
A conjuntura política e social (crise de hegemonia entre as frações burguesas e a movimentação das 
classes subalternas) abre à Igreja um campo de intervenção na vida social, visto desempenhar um 
importante papel para a estabilidade do novo regime e também por disputar com ele a delimitação 
das áreas e competências de controle social e ideológico, visto ter como objetivo a conquista de sóli-
das posições na sociedade civil. 
O Estado, necessitando de apoio da força disciplinadora da Igreja, procura atrair sua solidariedade 
tomando medidas favoráveis a esta, como a oficialização do ensino do catolicismo nas escolas. A 
partir daí, Igreja e Estado se empenham, através de projetos corporativos, estabelecer mecanismos 
de influência e de controle na sociedade civil. A Igreja se lança a mobilização da opinião pública cató-
lica e à reorganização do laicato, por meio de um projeto de cristianização de ordem burguesa. Va-
lendo-se da adaptação à realidade nacional do espírito das Encíclicas Sociais Rerum Novarum e do 
Quadragésimo Anno, de posições, programas e respostas aos problemas sociais via uma visão cristãcorporativa de harmonia e progresso da sociedade. 
Tendo por base as instituições criadas na década de 20, em especial o Centro Dom Vital e a Confe-
deração Católica, surge a Ação Universitária Católica, a Liga Eleitoral Católica e outras com o fim de 
implementar a Ação Católica. 
A questão social não é monopólio do Estado. A Igreja tem a tarefa de reunificar e recristianizar à so-
ciedade burguesa, harmonizando as classes em conflito e estabelecendo entre elas relações de ami-
zade. Deve prevalecer o comunitarismo cristão. A sua ação política será conduzida pela mobilização 
do eleitorado católico e do apostolado social. 
A campanha antipopular e anticomunista, que se desencadeia na segunda metade da década de 30, 
estreita ainda mais os laços entre a Igreja e o Estado, pois os dois se empenham contra o comunis-
mo. 
As instituições através das quais é mobilizado o laicato, reproduzem os modelos europeus do início 
do século, modelos estes autoritários, elitistas e cooperativistas, submetidas ao controle da hierar-
quia católica. Também têm intima ligação com a Ação Integralista Brasileira (fascismo nacional, ex: 
TFP – Tradição Família e Propriedade). 
 
 
 
 
 
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1.2.2- PROTOFORMAS DO SERVIÇO SOCIAL 
Grupos Pioneiros e as Primeiras Escolas de Serviço Social 
As instituições assistenciais que surgem após o fim da Primeira Guerra Mundial possuem uma dife-
renciação face às atividades tradicionais de caridade. Contam com um aporte de recursos e contatos 
em nível de Estado que lhes permite o planejamento de obras assistenciais de maior envergadura e 
eficiência técnica. 
A importância dessas instituições consiste no fato de ter sido a partir delas que se criaram as bases 
materiais (organizacionais e humanas) para a expansão da Ação Social e para o surgimento das 
primeiras escolas de Serviço Social. Assim, a mescla entre as antigas Obras Sociais e os novos mo-
vimentos do apostolado social permite o surgimento do Serviço Social. 
O Centro de Estudos e Ação Social de São Paulo e a Necessidade de uma Formação Técnica 
Especializada para a Prestação de Assistência. 
O Centro de Estudos e Ação Social (CEAS) de São Paulo surge em 1932, com o incentivo e sob o 
controle da Igreja, a partir do “Curso Intensivo de Formação Social para Moças”, promovido pelas 
Cônegas de Santo Agostinho, para o qual foi convidada a Mademoselle Adéle Loneux, da Escola 
Católica de Serviço social de Bruxelas. As atividades do CEAS se orientarão para a formação técnica 
especializada de quadros para a ação social e para a difusão da doutrina social da Igreja. 
Em 1936, a partir dos esforços desenvolvidos por esse grupo e do apoio da Igreja, é fundado a Esco-
la de Serviço Social de São Paulo. Além das atividades do CEAS, começa a aparecer outro tipo de 
demanda, partindo de certas instituições estatais e são vistas como conquistas significativas, por 
exemplo: o trabalho junto à Diretoria de Terras, Colonização e Imigração. 
Em 1938, é organizada a Seção de Assistência Social, com a finalidade de “realizar o conjunto de 
trabalhos necessários ao reajustamento de certos indivíduos ou grupos às condições normais de 
vida”. Organização parcial: o Serviço social dos Casos Individuais, a Orientação Técnica das Obras 
Sociais, o Setor de Investigação e Estatística e o Fichário Central de Obras e Necessitados. O mé-
todo central: Serviço Social de Casos Individuais. Nesse ano passa a chamar Departamento de 
Serviço Social. 
A criação desta Escola não pode ser considerada apenas como fruto do Movimento Católico Laico, 
pois já existe uma demanda do Estado que assimila a formação doutrinária própria do apostolado 
social, que é, inclusive, funcional às necessidades do Estado e das empresas. 
Já em 1935, o Estado cria o Departamento de Assistência Social do Estado, através da Lei n. 2497, 
de 24.12.35, onde a maior parte dos artigos é dedicada à assistência ao menor. Apenas um único 
 
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artigo se refere ao Serviço de Proteção ao Trabalhador. Mais tarde, além de sua intervenção na re-
gulamentação do trabalho e da exploração da força de trabalho, passa à gestão da assistência soci-
al, adotando a formação técnica especializada desenvolvida pelas instituições particulares. Assim, o 
Estado regulamenta, incentiva e institucionaliza o trabalho dos Assistentes Sociais. 
A Escola de Serviço Social passa por rápidos processos de adequação para atender à demanda do 
Estado. É importante apontar que ocorre um processo de “mercantilização” dos portadores dessa 
formação técnica específica. Ou seja, os assistentes sociais começam a se constituir em uma força 
de trabalho que pode ser comprada. Progressivamente, os portados dessa qualificação, se transfor-
mam num componente de Força de Trabalho, englobada na divisão social e técnica do trabalho. 
O Serviço Social no Rio de Janeiro e a Sistematização da Atividade Social. 
O Rio de janeiro, além de ser o polo industrial mais antigo da região sudeste, é também o grande 
centro de Serviços e onde se centram os principais aparatos da Igreja Católica. Por isso se desen-
volve mais a infraestrutura de Serviços básicos, inclusive serviços assistenciais, com forte participa-
ção do Estado. 
A participação das instituições públicas é intensa, na criação do Serviço Social, além do apoio explí-
cito da alta administração federal, da cúpula da Igreja e do movimento laico. 
Participação das Instituições Públicas: 
A Primeira Semana de Ação Social do Rio de Janeiro, em 1936, é considerada marco para a in-
trodução do Serviço Social, tendo como objetivo dinamizar a Ação Social e o apostolado laico. Neste 
encontro aparece claramente o entendimento de uma política comum entre a Igreja e o Estado, em 
relação ao proletariado. A Igreja recomenda a tutela estatal para o operariado e o Estado reafirma o 
princípio de cooperação. Esse espírito vai presidir as obras sociais, com o objetivo de reerguimento 
das classes trabalhadoras. 
Em 1937, surgem o Instituto de Educação Familiar e Social composto das Escolas de serviço Social 
e Educação Familiar, por iniciativa do Grupo de Ação Social (GAS); 
Em 1938 a Escola Técnica de Serviço Social, por iniciativa do Juízo de Menores; 
Em 1940 é introduzido o curso de Preparação em Trabalho Social na Escola de Enfermagem Ana 
Nery. Este curso dá origem à Escola de Serviço Social da Universidade do Brasil. 
Discute-se também a necessidade de formação técnica especializada para a prática da assistência, 
não só restrita ao movimento laico, mas enquanto necessidade social que também envolve o Estado 
e o empresariado. 
 
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Partem também de um setor específico da Assistência Pública - o Juízo de Menores - iniciativas ten-
dentes à formação de pessoas especializadas na assistência, já que necessitava de pessoal para 
auxiliar os Serviços Sociais do Juízo de Menores. 
Assim, também em 1936, realiza-se o primeiro Curso “Intensivo de serviço Social”, com ênfase para 
o problema da “Infância abandonada”. Ao mesmo tempo, realiza-se um curso prático de Serviço so-
cial, com a participação de duas Assistentes Sociais paulistas, recém-formadas na Bélgica.Em 1938, 
começa a funcionar, sob orientação leiga, o Curso regular da Escola Técnica de Serviço Social. 
Campos de Ação e Prática dos Primeiros Assistentes Sociais 
A demanda por Assistentes Sociais diplomadas excedia o número de profissionais disponíveis. Os 
mecanismos de cursos intensivos para Auxiliares Sociais e as bolsas de estudos foram à forma en-
contrada para acelerar a formação de Assistentes Sociais. Ao mesmo tempo, alargou-se a base de 
recrutamento, deixando de ser um privilégio das classesdominantes e da classe média alta, para 
abarcar também parcelas da pequena burguesia urbana. 
A luta dos Assistentes Sociais é pelo reconhecimento da profissão e pela exclusividade para Assis-
tentes Sociais diplomados, das vagas no serviço público e em instituições paraestatais e, não pelo 
mercado de trabalho. 
As atividades desenvolvidas pelos Assistentes Sociais se dedicam através de inquéritos familiares, 
pesquisar as condições de moradia, situação sanitária econômica e moral do proletariado. 
• Serviço Social de Empresas: Em Serviço Social de Empresa, os Assistentes Sociais atuam, em 
geral, na racionalização dos Serviços Assistenciais e na sua implantação, assim como em atividades 
de cooperativismo, ajuda mútua e organização de lazeres educativos. Ao mesmo tempo, interferem 
nos encaminhamentos necessários à obtenção dos benefícios da legislação social. 
• Serviço Social Médico: No campo do Serviço Social Médico, as iniciativas estão ligadas à pueri-
cultura e à profilaxia de doenças transmissíveis e hereditárias. As funções se referem à triagem, à 
elaboração de fichas informativas sobre o cliente, a conciliação do tratamento com os deveres profis-
sionais do cliente etc. 
Prática profissional do assistente social: 
A atuação prática dos Assistentes sociais está voltada para a organização da assistência, educação 
popular e pesquisa social. Tendo como alvo preferencial as famílias operárias. 
 
 
 
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Elementos do Discurso do Serviço social 
As primeiras tentativas de sistematização da prática e do ensino do Serviço Social foram expostas, 
principalmente, nos encontros e nas conferências promovidos pelo movimento católico. 
A caridade passa a utilizar os recursos da ciência e da técnica, além dos sentimentos, inteligência e 
vontade a serviço da pessoa humana. Isto distingue o Serviço Social das antigas formas de assistên-
cia. 
O Serviço Social tem por objetivo remediar as deficiências dos indivíduos e das coletividades, não 
afetando os grupos sociais em sua estrutura. Quanto a um entendimento mais amplo da sociedade, o 
discurso é essencialmente doutrinário e apologético, baseado no pensamento católico europeu. Para 
os Assistentes Sociais que procuram observar a sociedade, em especial as condições de vida do 
proletariado urbano, há uma situação de crise, de anomia, um “estado de pobreza verdadeiramente 
calamitoso”. E a melhor forma de enfrentar o problema seria começar por compreendê-lo. 
As péssimas condições de vida do proletariado se devem, segundo a visão que têm, ao desapego ao 
lar, a falta de formação doméstica da mulher etc. Logo, é necessário começar pela reforma do ho-
mem, para tanto, a necessidade de campanhas educativas e do aumento da fiscalização sanitária. A 
ignorância e a pobreza são “as duas causas principais da subnutrição no Brasil”. Concluindo, os di-
versos problemas sociais são vistos a partir da ótica da “anormalidade social”. 
Os Assistentes Sociais criticam a transposição de legislação do exterior, sem a adaptação local. Mas 
não veem a legislação social como fruto da luta do proletariado, mas como outorga paternalista e 
demagógica do Estado. 
Os Assistentes Sociais reconhecem as condições infra-humanas de trabalho e atuam, ao mesmo 
tempo, no sentido de garantir ao trabalhador e a sua família um nível de vida moral, físico e econô-
mico normal e a correta aplicação das leis trabalhistas, objetivando combater o absenteísmo, o rela-
xamento no trabalho, promoverem a conciliação dos dissídios trabalhistas, adaptar o trabalhador a 
sua função na empresa etc. Portanto, as propostas para melhoria das condições do proletariado são 
ambíguas. Considera-se também, que os Assistentes Sociais agem de acordo com a sua própria 
posição de classe. 
Revendo, em sua totalidade, o discurso que os Assistentes Sociais e seus porta-vozes produzem 
durante a fase de implantação, verifica-se a existência de um projeto de intervenção nos diversos 
aspectos da vida do proletariado, tendo em vista a reorientação do conjunto da vida social. 
Modernos Agentes da Justiça e da Caridade 
A implantação do Serviço Social relaciona-se às transformações econômicas e sociais que a socie-
dade atravessa e à ação dos grupos, classes e instituições que interagem com essas transforma-
 
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ções. A formação dos agentes sociais especializados é quase monopólio do bloco católico, por um 
longo período. 
O Serviço Social e Bloco Católico 
A reorganização do bloco católico, que cria as bases para o surgimento do Serviço Social, é influen-
ciada pelo modelo europeu. Isto significa que a transposição e a reelaboração desses modelos – 
autoritário, doutrinário etc. – está condicionada à existência de uma base social que possa assimilá-
los, isto é, que tenha uma ideologia e interesses de classe semelhantes. 
O posicionamento político do movimento católico, seu conservadorismo, sua proximidade com a 
Ação Integralista Brasileira, também não podem ser relacionados apenas à aliança entre o Vaticano 
e o fascismo italiano e a orientação da hierarquia católica. Retrata o comportamento de um setor da 
sociedade, num momento de grande radicalização e acirramento das tensões políticas e sociais. 
A forma de intervenção do Serviço Social está relacionada também ao tipo de educação familiar e 
religiosa a que estavam sujeitas as moças da sociedade. O discurso das pioneiras demonstra a cer-
teza de estarem investidas de uma “missão de apostolado”, decorrente não só da adesão aos princí-
pios católicos, como de sua origem de classe. 
Humanismo Cristão e Vocação 
A origem no bloco católico na ação benévola e caridosa de senhoras e moças da sociedade, embrin-
camento da teoria e metodologia do Serviço Social com a doutrina social da Igreja e com o apostola-
do social, constituem em elementos centrais de esquema de percepção e formas de comportamento 
e desempenho profissional dos Assistentes Sociais. 
Após a primeira fase das mobilizações do laicato, as Escolas de Serviço Social começam a se reor-
ganizar para se se adaptar ao novo tipo de demanda. Perderam a anterior homogeneidade, devido à 
ampliação da base de recrutamento, ou seja, do ingresso de alunos funcionários de grandes institui-
ções sociais. As formas e métodos de intervenção e enquadramento dos setores populares transfor-
mam-se em matéria de formação escolar. 
Sobressai, na produção teórica do Serviço social desta época, a preocupação com a formação pro-
fissional, com influência franco-belga. 
A formação do Assistente Social consistia em quatro aspectos principais: científica, técnica, moral e 
doutrinária. Quanto ao aspecto científico e técnico, os programas da época demonstram que havia 
uma extrema carência de objetividade e coerência. 
 
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Devido, principalmente, à origem de formação do corpo docente, percebe-se, no Serviço Social, além 
de influência europeia, a norte-americana. Como marco da influência norte-americana, situa-se o 
Congresso Interamericano de Serviço Social, realizado em 1941, em Atlantic City. É a partir desse 
evento que se estreitam os laços entre as principais escolas de Serviço Social brasileiras com as 
grandes instituições e escolas norte-americanas e com os programas continentais de bem-estar-
social. 
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DICA DE LEITURA: 
IAMAMOTO, Marilda Vilela e CARVALHO, Raul de. Relações Sociais e Serviço Social no Brasil: es-
boço de uma interpretação histórico-metodológica. 2a. Ed. São Paulo: Cortez, 1983. 
 
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FAÇA UMA LEITURA: 
IAMAMOTO, Marilda Vilela e CARVALHO, Raul de. Relações Sociais e Serviço Social no Brasil: es-
boço de uma interpretação histórico-metodológica.

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