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Prévia do material em texto

Capa 
 
 
Professora 
 
 
Sumario 
 
 
 
Elementos de construção do texto e seu sentido: gênero do texto (literário e não literário, narrativo, 
descritivo e argumentativo) ........................................................................................................................ 1 
Interpretação e organização interna ...................................................................................................... 5 
Semântica: sentido e emprego dos vocábulos; campos semânticos .................................................... 17 
Emprego de tempos e modos dos verbos em português. Morfologia: reconhecimento, emprego e 
sentido das classes gramaticais ............................................................................................................... 26 
Processos de formação de palavras .................................................................................................... 93 
Mecanismos de flexão dos nomes e verbos ........................................................................................ 98 
Sintaxe: frase, oração e período; termos da oração; processos de coordenação e subordinação ....... 99 
Concordância nominal e verbal ......................................................................................................... 136 
Transitividade e regência de nomes e verbos .................................................................................... 154 
Padrões gerais de colocação pronominal no português ..................................................................... 165 
Mecanismos de coesão textual .......................................................................................................... 173 
Ortografia .......................................................................................................................................... 179 
Acentuação gráfica ............................................................................................................................ 188 
Emprego do sinal indicativo de crase ................................................................................................ 194 
Pontuação ......................................................................................................................................... 204 
Estilística: figuras de linguagem......................................................................................................... 213 
Reescrita de frases: substituição, deslocamento, paralelismo ........................................................... 215 
Variação linguística: norma culta ....................................................................................................... 222 
 
 
 
Candidatos ao Concurso Público, 
 
O Instituto Maximize Educação disponibiliza o e-mail professores@maxieduca.com.br para dúvidas 
relacionadas ao conteúdo desta apostila como forma de auxiliá-los nos estudos para um bom desempenho 
na prova. 
 
As dúvidas serão encaminhadas para os professores responsáveis pela matéria, portanto, ao entrar em 
contato, informe: 
 
- Apostila (concurso e cargo); 
 
- Disciplina (matéria); 
 
- Número da página onde se encontra a dúvida; e 
 
- Qual a dúvida. 
 
 
Caso existam dúvidas em disciplinas diferentes, por favor, encaminhá-las em e-mails separados. O 
professor terá até cinco dias úteis para respondê-la. 
 
 
Bons estudos! 
 
. 1 
 
Primeiramente, o que nos faz produzir um texto é a capacidade que temos de pensar. Por meio do 
pensamento, elaboramos todas as informações que recebemos e orientamos as ações que interferem 
na realidade e organização de nossos escritos. O que lemos é produto de um pensamento transformado 
em texto. 
Logo, como cada um de nós tem seu modo de pensar, quando escrevemos sempre procuramos uma 
maneira organizada do leitor compreender as nossas ideias. A finalidade da escrita é direcionar 
totalmente o que você quer dizer, por meio da comunicação. 
Para isso, os elementos que compõem o texto se subdividem em: introdução, desenvolvimento e 
conclusão. Todos eles devem ser organizados de maneira equilibrada. 
 
Introdução 
 
Caracterizada pela entrada no assunto e a argumentação inicial. A ideia central do texto é 
apresentada nessa etapa. Essa apresentação deve ser direta, sem rodeios. O seu tamanho raramente 
excede a 1/5 de todo o texto. Porém, em textos mais curtos, essa proporção não é equivalente. Neles, a 
introdução pode ser o próprio título. Já nos textos mais longos, em que o assunto é exposto em várias 
páginas, ela pode ter o tamanho de um capítulo ou de uma parte precedida por subtítulo. Nessa 
situação, pode ter vários parágrafos. Em redações mais comuns, que em média têm de 25 a 80 linhas, 
a introdução será o primeiro parágrafo. 
 
Desenvolvimento 
 
A maior parte do texto está inserida no desenvolvimento, que é responsável por estabelecer uma 
ligação entre a introdução e a conclusão. É nessa etapa que são elaboradas as ideias, os dados e os 
argumentos que sustentam e dão base às explicações e posições do autor. É caracterizado por uma 
“ponte” formada pela organização das ideias em uma sequência que permite formar uma relação 
equilibrada entre os dois lados. 
O autor do texto revela sua capacidade de discutir um determinado tema no desenvolvimento, e é 
através desse que o autor mostra sua capacidade de defender seus pontos de vista, além de dirigir a 
atenção do leitor para a conclusão. As conclusões são fundamentadas a partir daqui. 
Para que o desenvolvimento cumpra seu objetivo, o escritor já deve ter uma ideia clara de como será 
a conclusão. Daí a importância em planejar o texto. 
Em média, o desenvolvimento ocupa 3/5 do texto, no mínimo. Já nos textos mais longos, pode estar 
inserido em capítulos ou trechos destacados por subtítulos. Apresentar-se-á no formato de parágrafos 
medianos e curtos. 
Os principais erros cometidos no desenvolvimento são o desvio e a desconexão da argumentação. O 
primeiro está relacionado ao autor tomar um argumento secundário que se distancia da discussão 
inicial, ou quando se concentra em apenas um aspecto do tema e esquece o seu todo. O segundo caso 
acontece quando quem redige tem muitas ideias ou informações sobre o que está sendo discutido, não 
conseguindo estruturá-las. Surge também a dificuldade de organizar seus pensamentos e definir uma 
linha lógica de raciocínio. 
 
 
Elementos de construção do texto e seu sentido: 
Gênero do texto (literário e não literário, narrativo, descritivo e 
argumentativo) 
Prof.ª Zenaide Branco 
 
. 2 
Conclusão 
 
Considerada como a parte mais importante do texto, é o ponto de chegada de todas as 
argumentações elaboradas. As ideias e os dados utilizados convergem para essa parte, em que a 
exposição ou discussão se fecha. 
Em uma estrutura normal, ela não deve deixar uma brecha para uma possível continuidade do 
assunto; ou seja, possui atributos de síntese. A discussão não deve ser encerrada com argumentos 
repetitivos, como por exemplo: “Portanto, como já dissemos antes...”, “Concluindo...”, “Em conclusão...”. 
Sua proporção em relação à totalidade do texto deve ser equivalente ao da introdução: de 1/5. Essa 
é uma das características de textos bem redigidos. 
Os seguintes erros aparecem quando as conclusões ficam muito longas: 
 
→ O problema aparece quando não ocorre uma exploração devida do desenvolvimento, o que gera 
uma invasão das ideias de desenvolvimento na conclusão. 
→ Outro fator consequente da insuficiência de fundamentação do desenvolvimento está na 
conclusão precisar de maiores explicações, ficando bastante vazia. 
→ Enrolar e “encher linguiça” são muito comuns no texto em que o autor fica girando em torno de 
ideias redundantes ou paralelas. 
→ Uso de frases vazias que, por vezes, são perfeitamentedispensáveis. 
→ Quando não tem clareza de qual é a melhor conclusão, o autor acaba se perdendo na 
argumentação final. 
 
Em relação à abertura para novas discussões, a conclusão não pode ter esse formato, exceto pelos 
seguintes fatores: 
 
→ Para não influenciar a conclusão do leitor sobre temas polêmicos, o autor deixa a conclusão em 
aberto. 
→ Para estimular o leitor a ler uma possível continuidade do texto, o autor não fecha a discussão de 
propósito. 
→ Por apenas apresentar dados e informações sobre o tema a ser desenvolvido, o autor não deseja 
concluir o assunto. 
→ Para que o leitor tire suas próprias conclusões, o autor enumera algumas perguntas no final do 
texto. 
 
A maioria dessas falhas pode ser evitada se antes o autor fizer um esboço de todas as suas ideias. 
Essa técnica é um roteiro, em que estão presentes os planejamentos. Naquele devem estar indicadas 
as melhores sequências a serem utilizadas na redação; ele deve ser o mais enxuto possível. 
 
Fonte de pesquisa: 
http://producao-de-textos.info/mos/view/Caracter%C3%ADsticas_e_Estruturas_do_Texto/ 
 
A todo o momento nos deparamos com vários textos, sejam eles verbais ou não verbais. Em todos 
há a presença do discurso, isto é, a ideia intrínseca, a essência daquilo que está sendo transmitido 
entre os interlocutores. Estes interlocutores são as peças principais em um diálogo ou em um texto 
escrito. 
É de fundamental importância sabermos classificar os textos com os quais travamos convivência no 
nosso dia a dia. Para isso, precisamos saber que existem tipos textuais e gêneros textuais. 
Comumente relatamos sobre um acontecimento, um fato presenciado ou ocorrido conosco, expomos 
nossa opinião sobre determinado assunto, descrevemos algum lugar que visitamos, fazemos um retrato 
verbal sobre alguém que acabamos de conhecer ou ver. É exatamente nessas situações corriqueiras 
que classificamos os nossos textos naquela tradicional tipologia: Narração, Descrição e Dissertação. 
 
As tipologias textuais caracterizam-se pelos aspectos de ordem linguística 
 
Os tipos textuais designam uma sequência definida pela natureza linguística de sua composição. 
São observados aspectos lexicais, sintáticos, tempos verbais, relações logicas. Os tipos textuais são o 
narrativo, descritivo, argumentativo/dissertativo, injuntivo e expositivo. 
 
 
. 3 
- Textos narrativos – constituem-se de verbos de ação demarcados no tempo do universo narrado, 
como também de advérbios, como é o caso de antes, agora, depois, entre outros: 
Ela entrava em seu carro quando ele apareceu. Depois de muita conversa, resolveram... 
 
- Textos descritivos – como o próprio nome indica, descrevem características tanto físicas quanto 
psicológicas acerca de um determinado indivíduo ou objeto. Os tempos verbais aparecem demarcados 
no presente ou no pretérito imperfeito: 
―Tinha os cabelos mais negros como a asa da graúna...‖ 
 
- Textos expositivos – Têm por finalidade explicar um assunto ou uma determinada situação que se 
almeje desenvolvê-la, enfatizando acerca das razões de ela acontecer, como em: 
O cadastramento irá se prorrogar até o dia 02 de dezembro, portanto, não se esqueça de fazê-lo, sob 
pena de perder o benefício. 
- Textos injuntivos (instrucional) – Trata-se de uma modalidade na qual as ações são prescritas de 
forma sequencial, utilizando-se de verbos expressos no imperativo, infinitivo ou futuro do presente. 
Misture todos os ingrediente e bata no liquidificador até criar uma massa homogênea. 
 
- Textos argumentativos (dissertativo) – Demarcam-se pelo predomínio de operadores 
argumentativos, revelados por uma carga ideológica constituída de argumentos e contra-argumentos 
que justificam a posição assumida acerca de um determinado assunto. 
A mulher do mundo contemporâneo luta cada vez mais para conquistar seu espaço no mercado de 
trabalho, o que significa que os gêneros estão em complementação, não em disputa. 
 
Gêneros Textuais 
 
São os textos materializados que encontramos em nosso cotidiano; tais textos apresentam 
características sócio-comunicativas definidas por seu estilo, função, composição, conteúdo e canal. 
Como exemplos, temos: receita culinária, e-mail, reportagem, monografia, poema, editorial, piada, 
debate, agenda, inquérito policial, fórum, blog, etc. 
A escolha de um determinado gênero discursivo depende, em grande parte, da situação de 
produção, ou seja, a finalidade do texto a ser produzido, quem são os locutores e os interlocutores, o 
meio disponível para veicular o texto, etc. 
Os gêneros discursivos geralmente estão ligados a esferas de circulação. Assim, na esfera 
jornalística, por exemplo, são comuns gêneros como notícias, reportagens, editoriais, entrevistas e 
outros; na esfera de divulgação científica são comuns gêneros como verbete de dicionário ou de 
enciclopédia, artigo ou ensaio científico, seminário, conferência. 
 
Fontes de pesquisa: 
http://www.brasilescola.com/redacao/tipologia-textual.htm 
Português linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo: 
Saraiva, 2010. 
Português – Literatura, Produção de Textos & Gramática – volume único / Samira Yousseff Campedelli, Jésus Barbosa 
Souza. – 3. Ed. – São Paulo: Saraiva, 2002. 
 
A “matéria-prima” da literatura são as palavras. No entanto, é necessário fazer uma distinção entre a 
linguagem literária e a linguagem não literária, isto é, aquela que não caracteriza a literatura. 
Embora um médico faça suas prescrições em determinado idioma, as palavras utilizadas por ele não 
podem ser consideradas literárias porque se tratam de um vocabulário especializado e de um contexto 
de uso específico. Agora, ao analisarmos a literatura, vemos que o escritor dispensa um cuidado 
diferente com a linguagem escrita, e que os leitores dispensam uma atenção diferenciada ao que foi 
produzido. 
Outra diferença importante é com relação ao tratamento do conteúdo: ao passo que, nos textos não 
literários (jornalísticos, científicos, históricos, etc.) as palavras servem para veicular uma série de 
informações, o texto literário funciona de maneira a chamar a atenção para a própria língua (FARACO & 
MOURA, 1999) no sentido de explorar vários aspectos como a sonoridade, a estrutura sintática e o 
sentido das palavras. 
Veja abaixo alguns exemplos de expressões na linguagem não literária ou “corriqueira” e um 
exemplo de uso da mesma expressão, porém, de acordo com alguns escritores, na linguagem literária: 
 
 
 
. 4 
Linguagem não literária: 
- Anoitece. 
- Teus cabelos loiros brilham. 
- Uma nuvem cobriu parte do céu. 
 
 Linguagem literária: 
- A mão da noite embrulha os horizontes. (Alvarenga Peixoto) 
- Os clarins de ouro dos teus cabelos cantam na luz! (Mário Quintana) 
- Um sujo de nuvem emporcalhou o luar em sua nascença. (José Cândido de Carvalho) 
 
Como distinguir, na prática, a linguagem literária da não literária? 
 
A linguagem literária: 
- é conotativa, utiliza figuras (palavras de sentido figurado) em que as palavras adquirem sentidos 
mais amplos do que geralmente possuem; 
- há uma preocupação com a escolha e a disposição das palavras, que acabam dando vida e beleza 
a um texto; 
- é muito importante a maneira original de apresentar o tema escolhido. 
 
A linguagem não literária é objetiva, denotativa, preocupa-se em transmitir o conteúdo, utiliza a 
palavra em seu sentido próprio, utilitário, sem preocupação artística. Geralmente, recorre à ordem direta 
(sujeito, verbo, complementos). 
 
Leia com atenção os textos a seguir e compare as linguagens utilizadas neles. 
 
Texto A 
Amor (ô). [Do lat. amore.] S. m. 1. Sentimento que predispõe alguém a desejar o bem de outrem, ou 
de alguma coisa: amor ao próximo; amor ao patrimônio artístico de sua terra. 2. Sentimentode 
dedicação absoluta de um ser a outro ser ou a uma coisa; devoção, culto; adoração: amor à Pátria; 
amor a uma causa. 3. Inclinação ditada por laços de família: amor filial; amor conjugal. 4. Inclinação 
forte por pessoa de outro sexo, geralmente de caráter sexual, mas que apresenta grande variedade e 
comportamentos e reações. 
Aurélio Buarque de Holanda Ferreira. Novo Dicionário da Língua Portuguesa, Nova Fronteira. 
 
Texto B 
Amor é fogo que arde sem se ver; 
É ferida que dói e não se sente; 
É um contentamento descontente; 
é dor que desatina sem doer. 
 Luís de Camões. Lírica, Cultrix. 
 
Você deve ter notado que os textos tratam do mesmo assunto, porém os autores utilizam linguagens 
diferentes. 
No texto A, o autor preocupou-se em definir “amor”, usando uma linguagem objetiva, científica, sem 
preocupação artística. 
No texto B, o autor trata do mesmo assunto, mas com preocupação literária, artística. De fato, o 
poeta entra no campo subjetivo, com sua maneira própria de se expressar, utiliza comparações 
(compara amor com fogo, ferida, contentamento e dor) e serve-se ainda de contrastes que acabam 
dando graça e força expressiva ao poema (contentamento descontente, dor sem doer, ferida que não se 
sente, fogo que não se vê). 
 
 
Os textos podem ser divididos conforme a linguagem escolhida para a construção do discurso. São 
dois grandes grupos, que privilegiam a linguagem literária e a linguagem não literária. Apesar de os 
textos literários e não literários apresentarem pontos convergentes em sua elaboração, existem alguns 
aspectos que tornam possível a diferenciação entre eles. Saber identificá-los e reconhecê-los conforme 
o tipo de linguagem adotado é fundamental para a compreensão dos diversos gêneros textuais aos 
quais estamos expostos no nosso dia a dia. 
 
. 5 
Nessa questão, não existe uma linguagem que seja superior à outra: ambas são importantes e estão 
representadas pelos incontáveis gêneros textuais. As diferenças nos tipos de linguagem estão 
ancoradas pela necessidade de adequação do discurso, pois para cada situação escolhemos a maneira 
mais apropriada para elaborar um texto. Se a intenção é comunicar ou informar, certamente adotaremos 
recursos de linguagem que privilegiem o perfeito entendimento da mensagem, evitando entraves 
linguísticos que possam dificultar o acesso às informações. Se a intenção é privilegiar a arte, através da 
escrita de poemas, contos ou crônicas, estarão à nossa disposição recursos linguísticos adequados 
para esse fim, tais como o uso da conotação, das figuras de linguagem, entre outros elementos que 
confiram ao texto um valor estético. 
 
RESUMO 
 
→ Linguagem literária: encontrada na prosa, em narrativas de ficção, na crônica, no conto, na 
novela, no romance e também em verso, no caso dos poemas. Apresenta características como a 
variabilidade, a complexidade, a conotação, a multissignificação e a liberdade de criação. A Literatura 
deve ser compreendida como arte e, como tal, não possui compromisso com a objetividade e com a 
transparência na emissão de ideias. A linguagem literária faz da linguagem um objeto estético, e não 
meramente linguístico, ao qual podemos inferir significados de acordo com nossas singularidades e 
perspectivas. É comum na linguagem literária o emprego da conotação, de figuras de linguagem e 
figuras de construção, além da subversão à gramática normativa. 
 
→ Linguagem não literária: encontrada em notícias, artigos jornalísticos, textos didáticos, verbetes 
de dicionários e enciclopédias, propagandas publicitárias, textos científicos, receitas culinárias, 
manuais, entre outros gêneros textuais que privilegiem o emprego de uma linguagem objetiva, clara e 
concisa. Considerados esses aspectos, a informação será repassada de maneira a evitar a 
incompreensão da mensagem. No discurso não literário, as convenções prescritas na gramática 
normativa são adotadas. 
 
Fontes de pesquisa: 
http://www.soliteratura.com.br/texto_literario/ 
http://www.brasilescola.com/literatura/linguagem-literaria-naoliteraria.htm 
 
Texto – é um conjunto de ideias organizadas e relacionadas entre si, formando um todo significativo 
capaz de produzir interação comunicativa (capacidade de codificar e decodificar). 
 
Contexto – um texto é constituído por diversas frases. Em cada uma delas, há uma informação que 
se liga com a anterior e/ou com a posterior, criando condições para a estruturação do conteúdo a ser 
transmitido. A essa interligação dá-se o nome de contexto. O relacionamento entre as frases é tão 
grande que, se uma frase for retirada de seu contexto original e analisada separadamente, poderá ter 
um significado diferente daquele inicial. 
 
Intertexto - comumente, os textos apresentam referências diretas ou indiretas a outros autores 
através de citações. Esse tipo de recurso denomina-se intertexto. 
 
Interpretação e organização interna 
Prof.ª Zenaide Branco 
 
. 6 
Interpretação de texto - o objetivo da interpretação de um texto é a identificação de sua ideia 
principal. A partir daí, localizam-se as ideias secundárias - ou fundamentações -, as argumentações - ou 
explicações -, que levam ao esclarecimento das questões apresentadas na prova. 
 
Normalmente, numa prova, o candidato deve: 
 
1- Identificar os elementos fundamentais de uma argumentação, de um processo, de uma época 
(neste caso, procuram-se os verbos e os advérbios, os quais definem o tempo). 
2- Comparar as relações de semelhança ou de diferenças entre as situações do texto. 
3- Comentar/relacionar o conteúdo apresentado com uma realidade. 
4- Resumir as ideias centrais e/ou secundárias. 
5- Parafrasear = reescrever o texto com outras palavras. 
 
Condições básicas para interpretar 
 
Fazem-se necessários: 
- Conhecimento histórico-literário (escolas e gêneros literários, estrutura do texto), leitura e prática; 
- Conhecimento gramatical, estilístico (qualidades do texto) e semântico; 
 
Observação – na semântica (significado das palavras) incluem-se: homônimos e parônimos, 
denotação e conotação, sinonímia e antonímia, polissemia, figuras de linguagem, entre outros. 
 
- Capacidade de observação e de síntese; 
- Capacidade de raciocínio. 
 
Interpretar / Compreender 
 
Interpretar significa: 
- Explicar, comentar, julgar, tirar conclusões, deduzir. 
- Através do texto, infere-se que... 
- É possível deduzir que... 
- O autor permite concluir que... 
- Qual é a intenção do autor ao afirmar que... 
 
Compreender significa 
- entendimento, atenção ao que realmente está escrito. 
- o texto diz que... 
- é sugerido pelo autor que... 
- de acordo com o texto, é correta ou errada a afirmação... 
- o narrador afirma... 
 
Erros de interpretação 
 
- Extrapolação (“viagem”) = ocorre quando se sai do contexto, acrescentando ideias que não estão 
no texto, quer por conhecimento prévio do tema quer pela imaginação. 
 
- Redução = é o oposto da extrapolação. Dá-se atenção apenas a um aspecto (esquecendo que um 
texto é um conjunto de ideias), o que pode ser insuficiente para o entendimento do tema desenvolvido . 
 
- Contradição = às vezes o texto apresenta ideias contrárias às do candidato, fazendo-o tirar 
conclusões equivocadas e, consequentemente, errar a questão. 
 
Observação - Muitos pensam que existem a ótica do escritor e a ótica do leitor. Pode ser que existam, 
mas numa prova de concurso, o que deve ser levado em consideração é o que o autor diz e nada mais. 
 
Coesão - é o emprego de mecanismo de sintaxe que relaciona palavras, orações, frases e/ou 
parágrafos entre si. Em outras palavras, a coesão dá-se quando, através de um pronome relativo, uma 
conjunção (NEXOS), ou um pronome oblíquo átono, há uma relação correta entre o que se vai dizer e o 
que já foi dito.. 7 
Observação – São muitos os erros de coesão no dia a dia e, entre eles, está o mau uso do pronome 
relativo e do pronome oblíquo átono. Este depende da regência do verbo; aquele, do seu antecedente. 
Não se pode esquecer também de que os pronomes relativos têm, cada um, valor semântico, por isso 
a necessidade de adequação ao antecedente. 
 
Os pronomes relativos são muito importantes na interpretação de texto, pois seu uso incorreto traz 
erros de coesão. Assim sendo, deve-se levar em consideração que existe um pronome relativo 
adequado a cada circunstância, a saber: 
 
- que (neutro) - relaciona-se com qualquer antecedente, mas depende das condições da frase. 
- qual (neutro) idem ao anterior. 
- quem (pessoa) 
- cujo (posse) - antes dele aparece o possuidor e depois o objeto possuído. 
- como (modo) 
- onde (lugar) 
- quando (tempo) 
- quanto (montante) 
 
Exemplo: 
Falou tudo QUANTO queria (correto) 
Falou tudo QUE queria (errado - antes do QUE, deveria aparecer o demonstrativo O ). 
 
Dicas para melhorar a interpretação de textos 
 
- Leia todo o texto, procurando ter uma visão geral do assunto. Se ele for longo, não desista! Há 
muitos candidatos na disputa, portanto, quanto mais informação você absorver com a leitura, mais 
chances terá de resolver as questões. 
- Se encontrar palavras desconhecidas, não interrompa a leitura. 
- Leia, leia bem, leia profundamente, ou seja, leia o texto, pelo menos, duas vezes – ou quantas 
forem necessárias. 
- Procure fazer inferências, deduções (chegar a uma conclusão). 
- Volte ao texto quantas vezes precisar. 
 
 - Não permita que prevaleçam suas ideias sobre as do autor. 
 
- Fragmente o texto (parágrafos, partes) para melhor compreensão. 
 
 - Verifique, com atenção e cuidado, o enunciado de cada questão. 
 
- O autor defende ideias e você deve percebê-las. 
- Observe as relações interparágrafos. Um parágrafo geralmente mantém com outro uma relação de 
continuação, conclusão ou falsa oposição. Identifique muito bem essas relações. 
- Sublinhe, em cada parágrafo, o tópico frasal, ou seja, a ideia mais importante. 
 
- Nos enunciados, grife palavras como “correto” ou “incorreto”, evitando, assim, uma 
confusão na hora da resposta – o que vale não somente para Interpretação de Texto, mas para todas 
as demais questões! 
 
- Se o foco do enunciado for o tema ou a ideia principal, leia com atenção a introdução e/ou a 
conclusão. 
- Olhe com especial atenção os pronomes relativos, pronomes pessoais, pronomes demonstrativos, 
etc., chamados vocábulos relatores, porque remetem a outros vocábulos do texto. 
 
Observe uma questão aplicada pelo ENEM. 
 
 
 
. 8 
NEM SEMPRE É O CRIMINOSO 
QUEM VAI PARAR ATRÁS DAS GRADES 
 
 (Com Ciência Ambiental, nº 10, abr./2007.) 
 
(ENEM/2007) Essa campanha publicitária relaciona-se diretamente com a seguinte afirmativa: 
(A) O comércio ilícito da fauna silvestre, atividade de grande impacto, é uma ameaça para a 
biodiversidade nacional. 
(B) A manutenção do mico-leão-dourado em jaula é a medida que garante a preservação dessa 
espécie animal. 
(C) O Brasil, primeiro país a eliminar o tráfico do mico-leão-dourado, garantiu a preservação dessa 
espécie. 
(D) O aumento da biodiversidade em outros países depende do comércio ilegal da fauna silvestre 
brasileira. 
(E) O tráfico de animais silvestres é benéfico para a preservação das espécies, pois garante-lhes a 
sobrevivência. 
 
Para realizar a interpretação textual da figura acima, que apresenta linguagem verbal e não verbal, é 
necessário observar informações internas e externas ao texto, as quais contribuirão para a 
compreensão do seu sentido e de sua função. Em primeiro lugar, o enunciado da questão afirma que o 
texto “faz parte de uma campanha publicitária‖, informação esta que nos possibilita saber que o texto 
cumpre uma finalidade própria das campanhas: conscientizar as pessoas e estimulá-las a aderir a uma 
causa (no caso, combater o tráfico de animais silvestres). Em segundo lugar, a fonte indica o veículo em 
que o texto foi divulgado. O fato de saber que a publicação foi em uma revista com o nome Com Ciência 
(soa: “consciência) é uma dica de que se trata de uma revista lida por pessoas relacionadas com 
ciência e meio ambiente (público-alvo). 
Questões como esta requerem uma leitura, também, da imagem (linguagem não verbal), não só do 
texto. 
 
Fontes de pesquisa: 
http://www.tudosobreconcursos.com/materiais/portugues/como-interpretar-textos 
http://portuguesemfoco.com/pf/09-dicas-para-melhorar-a-interpretacao-de-textos-em-provas 
http://www.portuguesnarede.com/2014/03/dicas-para-voce-interpretar-melhor-um.html 
http://vestibular.uol.com.br/cursinho/questoes/questao-117-portugues.htm 
Português linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. 
Reform. – São Paulo: Saraiva, 2010. 
QUESTÕES 
 
(TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO - ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO 
– VUNESP/2013 - ADAPTADO) Leia o texto, para responder à questão 1. 
Veja, aí estão eles, a bailar seu diabólico ―pas de deux‖ (*): sentado, ao fundo do restaurante, o 
cliente paulista acena, assovia, agita os braços num agônico polichinelo; encostado à parede, 
marmóreo e impassível, o garçom carioca o ignora com redobrada atenção. O paulista estrebucha: 
―Amigô?!‖, ―Chefê?!‖, ―Parceirô?!‖; o garçom boceja, tira um fiapo do ombro, olha pro lustre. 
Eu disse ―cliente paulista‖, percebo a redundância: o paulista é sempre cliente. Sem querer 
estereotipar, mas já estereotipando: trata-se de um ser cujas interações sociais terminam, 99% das 
vezes, diante da pergunta ―débito ou crédito?‖.[...] Como pode ele entender que o fato de estar pagando 
 
. 9 
não garantirá a atenção do garçom carioca? Como pode o ignóbil paulista, nascido e criado na crua 
batalha entre burgueses e proletários, compreender o discreto charme da aristocracia? 
Sim, meu caro paulista: o garçom carioca é antes de tudo um nobre. Um antigo membro da corte que 
esconde, por trás da carapinha entediada, do descaso e da gravata borboleta, saudades do imperador. 
[...] Se deixou de bajular os príncipes e princesas do século 19, passou a servir reis e rainhas do 20: 
levou gim tônicas para Vinicius e caipirinhas para Sinatra, uísques para Tom e leites para Nelson, 
recebeu gordas gorjetas de Orson Welles e autógrafos de Rockfeller; ainda hoje fala de futebol com 
Roberto Carlos e ouve conselhos de João Gilberto. Continua tão nobre quanto sempre foi, seu orgulho 
permanece intacto. 
Até que chega esse paulista, esse homem bidimensional e sem poesia, de camisa polo, meia 
soquete e sapatênis, achando que o jacarezinho de sua Lacoste é um crachá universal, capaz de abrir 
todas as portas. Ah, paulishhhhta otááário, nenhum emblema preencherá o vazio que carregas no peito 
- pensa o garçom, antes de conduzi-lo à última mesa do restaurante, a caminho do banheiro, e ali 
esquecê-lo para todo o sempre. 
Veja, veja como ele se debate, como se debaterá amanhã, depois de amanhã e até a Quarta-Feira 
de Cinzas, maldizendo a Guanabara, saudoso das várzeas do Tietê, onde a desigualdade é tão mais 
organizada: ―Ô, companheirô, faz meia hora que eu cheguei, dava pra ver um cardápio?!‖. Acalme-se, 
conterrâneo. 
Acostume-se com sua existência plebeia. O garçom carioca não está aí para servi-lo, você é que foi 
ao restaurante para homenageá-lo. 
(Antonio Prata, Cliente paulista, garçom carioca. Folha de S.Paulo, 06.02.2013) 
(*) Um tipo de coreografia, de dança. 
 
1. O contexto em que se encontra a passagem – Se deixou de bajular os príncipes e princesas do 
século 19, passou a servir reis e rainhas do 20 (2.º parágrafo) – leva a concluir, corretamente, que a 
menção a 
(A) príncipes e princesas constitui uma referência em sentido não literal. 
(B)reis e rainhas constitui uma referência em sentido não literal. 
(C) príncipes, princesas, reis e rainhas constitui uma referência em sentido não literal. 
(D) príncipes, princesas, reis e rainhas constitui uma referência em sentido literal. 
(E) reis e rainhas constitui uma referência em sentido literal. 
 
2. (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARANÁ – ADMINISTRADOR - UFPR/2013) 
Assinale a alternativa que apresenta um dito popular que parafraseia o conteúdo expresso no excerto: 
“Se você está em casa, não pode sair. Se você está na rua, não pode entrar‖. 
(A) “Se correr o bicho pega, se ficar, o bicho come”. 
(B) “Quando o gato sai, os ratos fazem a festa”. 
(C) “Um dia da caça, o outro do caçador”. 
(D) “Manda quem pode, obedece quem precisa”. 
 
(TRT/AL - ANALISTA JUDICIÁRIO - FCC/2014 - ADAPTADO) Atenção: Para responder à questão 
3, considere o texto abaixo. 
O MAQUINISTA empurra a manopla do acelerador. O trem cargueiro começa a avançar pelos vastos 
e desertos prados do Cazaquistão, deixando para trás a fronteira com a China. 
O trem segue mais ou menos o mesmo percurso da lendária Rota da Seda, antigo caminho que 
ligava a China à Europa e era usado para o transporte de especiarias, pedras preciosas e, 
evidentemente, seda, até cair em desuso, seis séculos atrás. 
Hoje, a rota está sendo retomada para transportar uma carga igualmente preciosa: laptops e 
acessórios de informática fabricados na China e enviados por trem expresso para Londres, Paris, Berlim 
e Roma. 
A Rota da Seda nunca foi uma rota única, mas sim uma teia de caminhos trilhados por caravanas de 
camelos e cavalos a partir de 120 a.C., quando Xi'an − cidade do centro-oeste chinês, mais conhecida 
por seus guerreiros de terracota − era a capital da China. 
As caravanas começavam cruzando os desertos do oeste da China, viajavam por cordilheiras que 
acompanham as fronteiras ocidentais chinesas e então percorriam as pouco povoadas estepes da Ásia 
Central até o mar Cáspio e além. 
Esses caminhos floresceram durante os primórdios da Idade Média. Mas, à medida que a navegação 
marítima se expandiu e que o centro político da China se deslocou para Pequim, a atividade econômica 
do país migrou na direção da costa. 
 
. 10 
Hoje, a geografia econômica está mudando outra vez. Os custos trabalhistas nas cidades do leste da 
China dispararam na última década. Por isso as indústrias estão transferindo sua produção para o 
interior do país. 
O envio de produtos por caminhão das fábricas do interior para os portos de Shenzhen ou Xangai − e 
de lá por navios que contornam a Índia e cruzam o canal de Suez – é algo que leva cinco semanas. O 
trem da Rota da Seda reduz esse tempo para três semanas. A rota marítima ainda é mais barata do que 
o trem, mas o custo do tempo agregado por mar é considerável. 
Inicialmente, a experiência foi realizada nos meses de verão, mas agora algumas empresas 
planejam usar o frete ferroviário no próximo inverno boreal. Para isso adotam complexas providências 
para proteger a carga das temperaturas que podem atingir 40 °C negativos. 
(Adaptado de: www1.folhauol.com.br/FSP/newyorktimes/122473) 
 
3. (TRT/AL - ANALISTA JUDICIÁRIO - FCC/2014) Depreende-se corretamente do texto: 
(A) A lendária Rota da Seda foi abandonada porque as caravanas de camelos e cavalos tinham 
dificuldade de enfrentar o frio extremo da região. 
(B) A expansão da navegação marítima colaborou para que, no passado, a atividade comercial da 
China migrasse na direção da costa. 
(C) O frete ferroviário deve ser substituído pelo transporte marítimo no inverno, já que a carga a ser 
transportada pode ser danificada pelas baixas temperaturas. 
(D) A partir da retomada da Rota da Seda, as fábricas chinesas voltaram a exportar quantidades 
significativas de especiarias. 
(E) A navegação chinesa se expandiu e o transporte marítimo atingiu o seu auge durante a época em 
que Xi‟an era a capital da China. 
 
(PREFEITURA DE SERTÃOZINHO – AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE – VUNESP/2012) Leia 
o poema para responder à questão 4. 
 
DA DISCRIÇÃO 
 Mário Quintana 
Não te abras com teu amigo 
Que ele um outro amigo tem. 
E o amigo do teu amigo 
Possui amigos também... 
 
(http://pensador.uol.com.br/poemas_de_amizade) 
 
4. De acordo com o poema, é correto afirmar que 
(A) não se deve ter amigos, pois criar laços de amizade é algo ruim. 
(B) amigo que não guarda segredos não merece respeito. 
(C) o melhor amigo é aquele que não possui outros amigos. 
(D) revelar segredos para o amigo pode ser arriscado. 
(E) entre amigos, não devem existir segredos. 
 
(GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO – SECRETARIA DE ESTADO DA JUSTIÇA – 
AGENTE PENITENCIÁRIO – VUNESP/2013) Leia o poema para responder às questões de números 5 
e 6. 
 
Casamento 
 
Há mulheres que dizem: 
Meu marido, se quiser pescar, pesque, 
mas que limpe os peixes. 
Eu não. A qualquer hora da noite me levanto, 
ajudo a escamar, abrir, retalhar e salgar. 
É tão bom, só a gente sozinhos na cozinha, 
de vez em quando os cotovelos se esbarram, 
ele fala coisas como ―este foi difícil‖ 
―prateou no ar dando rabanadas‖ 
e faz o gesto com a mão. 
 
. 11 
O silêncio de quando nos vimos a primeira vez 
atravessa a cozinha como um rio profundo. 
Por fim, os peixes na travessa, 
vamos dormir. 
Coisas prateadas espocam: 
somos noivo e noiva. 
(Adélia Prado, Poesia Reunida) 
 
5. A ideia central do poema de Adélia Prado é mostrar que 
(A) as mulheres que amam valorizam o cotidiano e não gostam que os maridos frequentem 
pescarias, pois acham difícil limpar os peixes. 
(B) o eu lírico do poema pertence ao grupo de mulheres que não gostam de limpar os peixes, 
embora valorizem os esbarrões de cotovelos na cozinha. 
(C) há mulheres casadas que não gostam de ficar sozinhas com seus maridos na cozinha, enquanto 
limpam os peixes. 
(D) as mulheres que amam valorizam os momentos mais simples do cotidiano vividos com a pessoa 
amada. 
(E) o casamento exige levantar a qualquer hora da noite, para limpar, abrir e salgar o peixe. 
 
6. As aspas empregadas nos versos 8.º e 9.º servem para 
(A) indicar uma citação do autor. 
(B) explicar uma expressão. 
(C) salientar expressão de outra língua. 
(D) isolar falas de personagem do restante do texto. 
(E) intercalar ideia complementar ao texto. 
 
(SABESP/SP – ATENDENTE A CLIENTES 01 – FCC/2014 - ADAPTADA) Atenção: Para responder 
à questão 7, considere o texto abaixo. 
 
A marca da solidão 
Deitado de bruços, sobre as pedras quentes do chão de paralelepípedos, o menino espia. Tem os 
braços dobrados e a testa pousada sobre eles, seu rosto formando uma tenda de penumbra na tarde 
quente. 
Observa as ranhuras entre uma pedra e outra. Há, dentro de cada uma delas, um diminuto caminho 
de terra, com pedrinhas e tufos minúsculos de musgos, formando pequenas plantas, ínfimos bonsais só 
visíveis aos olhos de quem é capaz de parar de viver para, apenas, ver. Quando se tem a marca da 
solidão na alma, o mundo cabe numa fresta. 
(SEIXAS, Heloísa. Contos mais que mínimos. Rio de Janeiro: Tinta negra bazar, 2010. p. 47) 
 
7. No texto, o substantivo usado para ressaltar o universo reduzido no qual o menino detém sua 
atenção é 
(A) fresta. 
(B) marca. 
(C) alma. 
(D) solidão. 
(E) penumbra. 
 
(PREFEITURA DE SÃO CARLOS/SP – ENGENHEIRO – ÁREA CIVIL – VUNESP/2011 - 
ADAPTADA) Leia o texto para responder à questão 8. 
Bolsa rosa, contas no vermelho 
Não fosse por um detalhe crucial – de onde tirar o dinheiro –, a criação de um regime de 
aposentadoria para milhões de donas de casa brasileiras de baixa renda até poderia fazer sentido. Há 
diversos projetos de lei em tramitação na Câmara para reconhecer os direitos das mulheres dedicadas 
integralmente às tarefas domésticas. Mas eles ignoram o impacto econômico que isso teria nascontas 
públicas. A deputada Alice Portugal (PT-SC), defensora da criação dessa espécie de bolsa-cor-de-rosa, 
afirma que ―muitas vezes, após 35 anos de casamento, o marido vai embora, e ela (a mulher), que 
prestou serviços a vida inteira, não tem amparo‖. 
Caso a bondade seja aprovada, haverá custo adicional de 5,4 bilhões de reais por ano. 
(Exame, edição 988, ano 45, n.º 5, 23.03.2011) 
 
. 12 
 
8. O tema desse texto é 
(A) o uso de bolsas cor-de-rosa pelas donas de casa brasileiras. 
(B) o desamparo das mulheres abandonadas pelos maridos. 
(C) a falta de dinheiro para pagar salários a mulheres de baixa renda no Brasil. 
(D) o alto custo das contas públicas brasileiras. 
(E) o impacto econômico da aposentadoria de donas de casa nas contas públicas. 
 
(PREFEITURA DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO/SP – GUARDA MUNICIPAL – VUNESP/2011 - 
ADAPTADA) Leia o texto para responder à questão 9. 
Desde o dia do ataque, agentes da guarda municipal fazem vigília na porta do colégio. Como o 
matador Wellington de Oliveira era ex-aluno, passou à vontade pelo portão. Mas o debate sobre como 
garantir a segurança nas escolas públicas permanece aceso. Nas escolas da rede municipal do Rio, 
funcionários encarregados da merenda e de outras funções eram também incumbidos de zelar pela 
portaria. A ideia agora é dotar as escolas de porteiros responsáveis pela entrada e saída de visitantes 
devidamente identificados. Também haverá mais inspetores, de modo que cada colégio conte com um 
deles por andar. O mais difícil será amenizar a sensação de insegurança que restou. Recentemente, ao 
ouvirem a movimentação de estudantes no corredor, os alunos de uma das turmas da Tasso de Oliveira 
saíram correndo, no meio da aula, aos berros. ―Aquele dia marcou nossa vida para sempre‖, afirma Luís 
Marduk, diretor da escola. 
(Veja, 25.05.2011) 
 
9. De acordo com o texto, o ataque de Wellington de Oliveira 
(A) foi rapidamente esquecido pelos alunos da escola. 
(B) foi facilitado pelos funcionários da escola. 
(C) se deu mesmo com vigília da guarda municipal. 
(D) alterou a rotina da escola Tasso da Silveira. 
(E) tem reforçado a sensação de segurança. 
 
(CREFITO/SP – OPERADOR DE VÍDEO – VUNESP/2012 - ADAPTADA) Leia o poema de Carlos 
Drummond de Andrade para responder à questão 10. 
 
Quero me casar 
Quero me casar 
na noite na rua 
no mar ou no céu 
quero me casar. 
Procuro uma noiva 
loura morena 
preta ou azul 
uma noiva verde 
uma noiva no ar 
como um passarinho. 
Depressa, que o amor 
não pode esperar. 
 
10. No poema, revelam-se os seguintes sentidos: 
(A) solidão, irritação e angústia. 
(B) vontade, medo e tranquilidade. 
(C) descaso, imprudência e agitação. 
(D) autoridade, investigação e impaciência. 
(E) desejo, busca e pressa. 
 
11. (TRF – 4ª REGIÃO – TAQUIGRAFIA – FCC/2010) Considere: 
Chama-se "situação de discurso" o conjunto das circunstâncias no meio das quais se desenrola um 
ato de enunciação (seja ele escrito ou oral). É preciso entender com isso ao mesmo tempo o ambiente 
físico e social em que este ato se dá, a imagem que dele têm os interlocutores, a identidade desses, a 
ideia que cada um faz do outro (inclusive a representação que cada um possui daquilo que o outro 
pensa sobre ele), os acontecimentos que precederam o ato de enunciação (especialmente as relações 
 
. 13 
que tiveram antes os interlocutores, e principalmente as trocas de palavras em que se insere a 
enunciação em questão). 
(Ducrot, O.; Todorov, T. Dicionário enciclopédico das ciências da linguagem. São Paulo: Perspectiva, 
2001, p. 297-8) 
 
Segundo o texto, é correto afirmar: 
(A) A análise discursiva deve se ater ao estudo dos enunciados. 
(B) Os enunciados produzem a enunciação. 
(C) A descrição da enunciação é determinada pela identidade dos interlocutores. 
(D) Dados exteriores aos enunciados são apendiculares à compreensão. 
(E) O conceito de situação de discurso engloba a enunciação e seu entorno. 
 
(MPE/AM – AGENTE TÉCNICO COMUNICÓLOGO – FCC/2013 - ADAPTADA) Atenção: Considere 
o poema abaixo para responder à questão 12. 
 
O rio 
Ser como o rio que deflui 
Silencioso dentro da noite. 
Não temer as trevas da noite. 
Se há estrelas nos céus, refleti-las. 
E se os céus se pejam de nuvens, 
Como o rio as nuvens são água, 
Refleti-las também sem mágoa 
Nas profundidades tranquilas. 
(Manuel Bandeira. Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro. Nova Aguilar: 1993. p. 285) 
 
12. O poeta 
(A) considera a participação dos seres humanos na natureza, por estarem submetidos a uma série 
ininterrupta de acontecimentos rotineiros. 
(B) se volta para o necessário respeito aos elementos da natureza, como garantia de uma vida 
tranquila, sem sobressaltos inesperados. 
(C) demonstra desencanto em relação aos problemas cotidianos, por sua habitual ocorrência a 
exemplo da natureza, sem qualquer solução possível. 
(D) alude à fatalidade do destino humano sujeito a contínuas alterações, semelhantes às impostas 
pela natureza a um rio, que flui incessantemente. 
(E) propõe adaptação às circunstâncias da vida, sejam elas favoráveis ou não, as quais devem ser 
analisadas e, principalmente, aceitas. 
 
13. (CORREIOS – CARTEIRO – CESPE/2011) 
Um carteiro chega ao portão do hospício e grita: 
— Carta para o 9.326!! 
Um louco pega o envelope, abre-o e vê que a carta está em branco, e um outro pergunta: 
— Quem te mandou essa carta? 
— Minha irmã. 
 
— Mas por que não está escrito nada? 
— Ah, porque nós brigamos e não estamos nos falando! 
Internet: <www.humortadela.com.br/piada> (com adaptações). 
 
O efeito surpresa e de humor que se extrai do texto acima decorre 
A) da identificação numérica atribuída ao louco. 
B) da expressão utilizada pelo carteiro ao entregar a carta no hospício. 
C) do fato de outro louco querer saber quem enviou a carta. 
D) da explicação dada pelo louco para a carta em branco. 
E) do fato de a irmã do louco ter brigado com ele. 
 
14. (CORREIOS – CARTEIRO – CESPE/2011) 
Um homem se dirige à recepcionista de uma clínica: 
— Por favor, quero falar com o dr. Pedro. 
 
. 14 
— O senhor tem hora? 
O sujeito olha para o relógio e diz: 
— Sim. São duas e meia. 
— Não, não... Eu quero saber se o senhor é paciente. 
— O que a senhora acha? Faz seis meses que ele não me paga o aluguel do consultório... 
Internet: <www.humortadela.com.br/piada> (com adaptações). 
 
No texto acima, a recepcionista dirige-se duas vezes ao homem para saber se ele 
(A) verificou o horário de chegada e está sob os cuidados do dr. Pedro. 
(B) pode indicar-lhe as horas e decidiu esperar o pagamento do aluguel. 
(C) tem relógio e sabe esperar. 
(D) marcou consulta e está calmo. 
(E) marcou consulta para aquele dia e está sob os cuidados do dr. Pedro. 
 
15. (DETRAN/RN – VISTORIADOR/EMPLACADOR – FGV PROJETOS/2010) 
 
Painel do leitor (Carta do leitor) 
Resgate no Chile 
Assisti ao maior espetáculo da Terra numa operação de salvamento de vidas, após 69 dias de 
permanência no fundo de uma mina de cobre e ouro no Chile. 
Um a um os mineiros soterrados foram içados com sucesso, mostrando muita calma, saúde, sorrindo 
e cumprimentando seus companheiros de trabalho. Não se pode esquecer a ajuda técnica e material 
que os Estados Unidos, Canadá e China ofereceram à equipe chilena de salvamento, num gesto 
humanitário que só enobrece esses países. E, também, dos dois médicos e dois ―socorristas‖ que, 
demonstrando coragem e desprendimento, desceram na mina para ajudar no salvamento. 
 (Douglas Jorge; São Paulo, SP; www.folha.com.br – painel do leitor – 17/10/2010) 
 
Considerando o tipo textual apresentado, algumas expressões demonstram o posicionamento 
pessoal do leitor diante do fato por ele narrado. Tais marcas textuais podem ser encontradas nos 
trechos a seguir, EXCETO: 
(A) “Assisti ao maior espetáculoda Terra...” 
(B) “... após 69 dias de permanência no fundo de uma mina de cobre e ouro no Chile.” 
(C) “Não se pode esquecer a ajuda técnica e material...” 
(D) “... gesto humanitário que só enobrece esses países.” 
(E) “... demonstrando coragem e desprendimento, desceram na mina...” 
 
(DCTA – TÉCNICO 1 – SEGURANÇA DO TRABALHO – VUNESP/2013 - ADAPTADA) Leia o texto 
para responder às questões de números 16 a 18. 
Férias na Ilha do Nanja 
Meus amigos estão fazendo as malas, arrumando as malas nos seus carros, olhando o céu para 
verem que tempo faz, pensando nas suas estradas – barreiras, pedras soltas, fissuras* – sem falar em 
bandidos, milhões de bandidos entre as fissuras, as pedras soltas e as barreiras... 
Meus amigos partem para as suas férias, cansados de tanto trabalho; de tanta luta com os 
motoristas da contramão; enfim, cansados, cansados de serem obrigados a viver numa grande cidade, 
isto que já está sendo a negação da própria vida. 
E eu vou para a Ilha do Nanja. 
Eu vou para a Ilha do Nanja para sair daqui. Passarei as férias lá, onde, à beira das lagoas verdes e 
azuis, o silêncio cresce como um bosque. Nem preciso fechar os olhos: já estou vendo os pescadores 
com suas barcas de sardinha, e a moça à janela a namorar um moço na outra janela de outra ilha. 
(Cecília Meireles, O que se diz e o que se entende. Adaptado) 
*fissuras: fendas, rachaduras 
 
16. No primeiro parágrafo, ao descrever a maneira como se preparam para suas férias, a autora 
mostra que seus amigos estão 
(A) serenos. 
(B) descuidados. 
(C) apreensivos. 
(D) indiferentes. 
(E) relaxados. 
 
. 15 
 
17. De acordo com o texto, pode-se afirmar que, assim como seus amigos, a autora viaja para 
(A) visitar um lugar totalmente desconhecido. 
(B) escapar do lugar em que está. 
(C) reencontrar familiares queridos. 
(D) praticar esportes radicais. 
(E) dedicar-se ao trabalho. 
 
18. Ao descrever a Ilha do Nanja como um lugar onde, “à beira das lagoas verdes e azuis, o silêncio 
cresce como um bosque‖ (último parágrafo), a autora sugere que viajará para um lugar 
(A) repulsivo e populoso. 
(B) sombrio e desabitado. 
(C) comercial e movimentado. 
(D) bucólico e sossegado. 
(E) opressivo e agitado. 
 
19. (GOVERNO DO MARANHÃO – DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL – FGV PROJETOS/2012) 
Observe a charge a seguir. 
 
 
 
Assinale a alternativa inadequada em relação aos elementos da charge acima. 
(A) A noção de insegurança é dada, entre outras coisas, pelo arame farpado sobre os muros. 
(B) A fala do personagem indica, também, a falta de coleta normal de lixo. 
(C) O tamanho das casas indica local de poucas possibilidades econômicas. 
(D) As reticências após “segurança pública” indicam reflexão sobre o tema. 
(E) Os termos do personagem indicam vocabulário militar. 
 
20. (DECEA – CONTROLADOR DE TRÁFEGO AÉREO – CESGRANRIO/2012 
 
Disponível em: <http://aviadordobrasil.blogspot.com.br/> Acesso em: 3 ago. 2012. 
 
Nos dois primeiros quadros do Texto III, as respostas do piloto produzem humor na tirinha. Esse 
humor é baseado em uma atitude repetida pelo piloto, o qual 
 
 
. 16 
(A) simula desconfiar de orientações externas. 
(B) mostra ignorar procedimentos de aviação. 
(C) revela negligenciar a segurança do voo. 
(D) busca compreender linguagem técnica. 
(E) finge desconhecer o objetivo do pedido. 
 
RESPOSTAS 
 
1. RESPOSTA: “B”. 
Pela leitura do texto infere-se que os “reis e rainhas” do século 20 são as personalidades da mídia, 
os “famosos” e “famosas”. Quanto a príncipes e princesas do século 19, esses eram da corte, 
literalmente. 
 
2. RESPOSTA: “A”. 
Dentre as alternativas apresentadas, a que reafirma a ideia do excerto (não há muita saída, não há 
escolhas) é: “Se você está em casa, não pode sair. Se você está na rua, não pode entrar”. 
 
3. RESPOSTA: “B”. 
Interpretação que requer, apenas, uma leitura atenciosa do texto para que se chegue à resposta 
correta: A expansão da navegação marítima colaborou para que, no passado, a atividade comercial da 
China migrasse na direção da costa. 
 
4. RESPOSTA: “D”. 
Pela leitura do poema identifica-se, apenas, a informação contida na alternativa: revelar segredos 
para o amigo pode ser arriscado. 
 
5. RESPOSTA: “D”. 
Pela leitura do texto percebe-se, claramente, que a autora narra um momento simples, mas que é 
prazeroso ao casal. 
 
6. RESPOSTA: “D”. 
Através da leitura do poema percebemos o porquê das aspas: servem para indicar as falas da 
personagem. 
 
7. RESPOSTA: “A”. 
Com palavras do próprio texto responderemos: o mundo cabe numa fresta. 
 
8. RESPOSTA: “E”. 
Pela leitura do texto, fica evidente que ele aponta o impacto econômico que o pagamento de 
aposentadoria às donas de casa causará às contas públicas. 
 
9. RESPOSTA: “D”. 
Utilizando trechos do texto: Desde o dia do ataque, agentes da guarda municipal fazem vigília na 
porta do colégio... “Aquele dia marcou nossa vida para sempre”... 
 
10. RESPOSTA: “E”. 
Quero = desejo / Procuro = busca / Depressa = pressa 
 
11. RESPOSTA: “E”. 
Utilizemos trechos do texto para que consigamos responder à questão (não se esqueça: você pode – 
deve – fazer isso em seu concurso também!): ...conjunto das circunstâncias no meio das quais se 
desenrola um ato de enunciação (...). É preciso entender com isso ao mesmo tempo o ambiente físico e 
social em que este ato se dá. = enunciação e seu contexto, ambiente no qual a situação de discurso 
ocorre. 
 
12. RESPOSTA: “E”. 
Com palavras do texto podemos responder à questão: Ser como o rio... Não temer as trevas da noite 
... Refleti-las também sem mágoa. 
 
 
. 17 
13. RESPOSTA: “D”. 
Geralmente o efeito de humor desses gêneros textuais aparece no desfecho da história, ao final, 
como nesse: “Ah, porque nós brigamos e não estamos nos falando”. 
 
14. RESPOSTA: “E”. 
“O senhor tem hora? (...) Não, não... Eu quero saber se o senhor é paciente” = a recepcionista quer 
saber se ele marcou horário e se é paciente do Dr. Pedro. 
 
15. RESPOSTA: “B”. 
Em todas as alternativas há expressões que representam a opinião do autor: Assisti ao maior 
espetáculo da Terra / Não se pode esquecer / gesto humanitário que só enobrece / demonstrando 
coragem e desprendimento. 
 
16. RESPOSTA: “C”. 
“pensando nas suas estradas – barreiras, pedras soltas, fissuras – sem falar em bandidos, milhões 
de bandidos entre as fissuras, as pedras soltas e as barreiras...” = pensar nessas coisas, certamente, 
deixa-os apreensivos. 
 
17. RESPOSTA: “B”. 
Eu vou para a Ilha do Nanja para sair daqui = resposta da própria autora! 
 
18. RESPOSTA: “D”. 
Pela descrição realizada, o lugar não tem nada de ruim. 
 
19. RESPOSTA: “B”. 
Dentre as alternativas apresentadas, a única que está inadequada quanto ao tema abordado pela 
charge é “a falta de coleta de lixo”. 
 
20. RESPOSTA: “E”. 
O humor é produzido através da fala do piloto, que leva os pedidos ao pé da letra: “Diga: sua altitude” 
(como ele a interpreta). 
 
Semântica é o estudo da significação das palavras e das suas mudanças de significação através do 
tempo ou em determinada época. A maior importância está em distinguir sinônimos e antônimos 
(sinonímia / antonímia) e homônimos e parônimos (homonímia / paronímia). 
 
Sinônimos 
 
São palavras de sentido igual ou aproximado: alfabeto - abecedário; brado, grito - clamor; extinguir, 
apagar - abolir. 
Duas palavras são totalmente sinônimas quando são substituíveis, uma pela outra, em qualquer 
contexto (cara e rosto, por exemplo); são parcialmente sinônimas quando, ocasionalmente, podem ser 
substituídas, uma pela outra, em deteminado enunciado (aguadar e esperar). 
 
 
Semântica: sentido e emprego dos vocábulos; 
Campos semânticos 
Prof.ª Zenaide Branco 
 
. 18Observação: A contribuição greco-latina é responsável pela existência de numerosos pares de 
sinônimos: adversário e antagonista; translúcido e diáfano; semicírculo e hemiciclo; contraveneno e 
antídoto; moral e ética; colóquio e diálogo; transformação e metamorfose; oposição e antítese. 
 
Antônimos 
 
São palavras que se opõem através de seu significado: ordem - anarquia; soberba - humildade; 
louvar - censurar; mal - bem. 
 
Observação: A antonímia pode originar-se de um prefixo de sentido oposto ou negativo: bendizer e 
maldizer; simpático e antipático; progredir e regredir; concórdia e discórdia; ativo e inativo; esperar e 
desesperar; comunista e anticomunista; simétrico e assimétrico. 
 
Homônimos e Parônimos 
 
- Homônimos = palavras que possuem a mesma grafia ou a mesma pronúncia, mas significados 
diferentes. Podem ser 
 
a) Homógrafas: são palavras iguais na escrita e diferentes na pronúncia: 
rego (subst.) e rego (verbo); 
colher (verbo) e colher (subst.); 
jogo (subst.) e jogo (verbo); 
denúncia (subst.) e denuncia (verbo); 
providência (subst.) e providencia (verbo). 
 
b) Homófonas: são palavras iguais na pronúncia e diferentes na escrita: 
acender (atear) e ascender (subir); 
concertar (harmonizar) e consertar (reparar); 
cela (compartimento) e sela (arreio); 
censo (recenseamento) e senso (juízo); 
paço (palácio) e passo (andar). 
 
c) Homógrafas e homófonas simultaneamente (ou perfeitas): São palavras iguais na escrita e na 
pronúncia: 
caminho (subst.) e caminho (verbo); 
cedo (verbo) e cedo (adv.); 
livre (adj.) e livre (verbo). 
 
- Parônimos = palavras com sentidos diferentes, porém de formas relativamente próximas. São 
palavras parecidas na escrita e na pronúncia: cesta (receptáculo de vime; cesta de basquete/esporte) e 
sesta (descanso após o almoço), eminente (ilustre) e iminente (que está para ocorrer), osso 
(substantivo) e ouço (verbo), sede (substantivo e/ou verbo “ser” no imperativo) e cede (verbo), 
comprimento (medida) e cumprimento (saudação), autuar (processar) e atuar (agir), infligir (aplicar 
pena) e infringir (violar), deferir (atender a) e diferir (divergir), suar (transpirar) e soar (emitir som), 
aprender (conhecer) e apreender (assimilar; apropriar-se de), tráfico (comércio ilegal) e tráfego (relativo 
a movimento, trânsito), mandato (procuração) e mandado (ordem), emergir (subir à superfície) e imergir 
(mergulhar, afundar). 
 
Hiperonímia e Hiponímia 
 
Hipônimos e hiperônimos são palavras que pertencem a um mesmo campo semântico (de sentido), 
sendo o hipônimo uma palavra de sentido mais específico; o hiperônimo, mais abrangente. 
 
O hiperônimo impõe as suas propriedades ao hipônimo, criando, assim, uma relação de dependência 
semântica. Por exemplo: Veículos está numa relação de hiperonímia com carros, já que veículos é 
uma palavra de significado genérico, incluindo motos, ônibus, caminhões. Veículos é um hiperônimo de 
carros. 
 
. 19 
Um hiperônimo pode substituir seus hipônimos em quaisquer contextos, mas o oposto não é 
possível. A utilização correta dos hiperônimos, ao redigir um texto, evita a repetição desnecessária de 
termos. 
 
Fontes de pesquisa: 
http://www.coladaweb.com/portugues/sinonimos,-antonimos,-homonimos-e-paronimos 
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sacconi. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. 
Português linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo: 
Saraiva, 2010. 
Português: novas palavras: literatura, gramática, redação / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000. 
XIMENES, Sérgio. Minidicionário Ediouro da Lìngua Portuguesa – 2ªed. reform. – São Paulo: Ediouro, 2000. 
 
QUESTÕES 
 
1. (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO - ESCREVENTE TÉCNICO 
JUDICIÁRIO – VUNESP/2013) O sentido de marmóreo (adjetivo) equivale ao da expressão de 
mármore. Assinale a alternativa contendo as expressões com sentidos equivalentes, respectivamente, 
aos das palavras ígneo e pétreo. 
(A) De corda; de plástico. 
(B) De fogo; de madeira. 
(C) De madeira; de pedra. 
(D) De fogo; de pedra. 
(E) De plástico; de cinza. 
 
(TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO - ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO 
– VUNESP/2013 - ADAPTADO) Para responder à questão 2, considere a seguinte passagem: Sem 
querer estereotipar, mas já estereotipando: trata-se de um ser cujas interações sociais terminam, 99% 
das vezes, diante da pergunta ―débito ou crédito?‖. 
 
2. Nesse contexto, o verbo estereotipar tem sentido de 
(A) considerar ao acaso, sem premeditação. 
(B) aceitar uma ideia mesmo sem estar convencido dela. 
(C) adotar como referência de qualidade. 
(D) julgar de acordo com normas legais. 
(E) classificar segundo ideias preconcebidas. 
 
3. (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO - ANALISTA EM COMUNICAÇÃO E 
PROCESSAMENTO DE DADOS JUDICIÁRIO – VUNESP/2012) Em – os procedimentos se tornaram 
muito mais céleres e fáceis – o termo destacado apresenta como antônimo: 
(A) ágeis. 
(B) modernos. 
(C) desenvoltos. 
(D) arcaicos. 
(E) morosos. 
 
4. (TRT/AL - ANALISTA JUDICIÁRIO - FCC/2014) 
Para isso adotam complexas providências para proteger a carga das temperaturas que podem atingir 
40°C negativos. (último parágrafo). 
Sem que se faça nenhuma outra alteração no segmento acima, mantêm-se a correção e, em linhas 
gerais, o sentido original, substituindo-se 
(A) atingir por cair à. 
(B) adotam por recorrem. 
(C) para proteger por afim de proteger. 
(D) complexas por amplas. 
(E) isso por tanto. 
 
5. (TRF - 5ª REGIÃO - TÉCNICO JUDICIÁRIO - FCC/2012) A importância de Rodolfo Coelho 
Cavalcante para o movimento cordelista pode ser comparada à de outros dois grandes nomes... 
Sem qualquer outra alteração da frase acima e sem prejuízo da correção, o elemento grifado pode 
ser substituído por: 
 
. 20 
(A) contrastada. 
(B) confrontada. 
(C) ombreada. 
(D) rivalizada. 
(E) equiparada. 
 
(UFTM/MG – AUXILIAR DE BIBLIOTECA – VUNESP/2013 - ADAPTADA) Leia o texto para 
responder à questão 6. 
 
RIO DE JANEIRO – A Prefeitura do Rio está lançando a Operação Lixo Zero, que vai multar quem 
emporcalhar a cidade. Em primeira instância, a campanha é educativa. Equipes da Companhia 
Municipal de Limpeza Urbana estão percorrendo as ruas para flagrar maus cidadãos jogando coisas 
onde não devem e alertá-los para o que os espera. Em breve, com guardas municipais, policiais 
militares e 600 fiscais em ação, as multas começarão a chegar para quem tratar a via pública como a 
casa da sogra. 
Imagina-se que, quando essa lei começar para valer, os recordistas de multas serão os cerca de 300 
jovens golpistas que, nas últimas semanas, se habituaram a tomar as ruas, pichar monumentos, 
vandalizar prédios públicos, quebrar orelhões, arrancar postes, apedrejar vitrines, depredar bancos, 
saquear lojas e, por uma estranha compulsão, destruir lixeiras, jogar o lixo no asfalto e armar barricadas 
de fogo com ele. 
É verdade que, no seu ―bullying‖ político, eles não estão nem aí para a cidade, que é de todos – e 
que, por algum motivo, parecem querer levar ao colapso. 
Pois, já que a lei não permite prendê-los por vandalismo, saque, formação de quadrilha, desacato à 
autoridade, resistência à prisão e nem mesmo por ataque aos órgãos públicos, talvez seja possível 
enquadrá-los por sujar a rua. 
(Ruy Castro, Por sujar a rua. Folha de S.Paulo, 21.08.2013. Adaptado) 
 
6. Na oração – ... parecem querer levar ao colapso. – (3.º parágrafo), o termo em destaque é 
sinônimo de 
(A) progresso. 
(B) descaso. 
(C) vitória. 
(D) tédio. 
(E) ruína. 
 
7. (TRT/SC - TÉCNICO JUDICIÁRIO - FCC/2010) 
Mas a novela não é um retrato do Brasil, ou melhor, é sim... 
O emprego da expressão grifada acima assinala uma 
(A) contradição involuntária. 
(B) repetição pararealçar a ideia. 
(C) retificação do que havia sido dito. 
(D) conclusão decorrente da afirmativa inicial. 
(E) condição básica de um fato evidente. 
 
8. (INSS – CIÊNCIAS CONTÁBEIS – FUNRIO/2013) Conforme a posição que as palavras ocupem 
na frase, sua significação e seu papel gramatical podem mudar. É isso que pode ocorrer com um dos 
adjetivos grifados nas alternativas abaixo: ele mudará de significado e classe se for antecipado ao 
substantivo com o qual se relaciona. Assinale-o. 
(A) A fábrica fica perto de uma praça antiga, hoje bem pouco arborizada. 
(B) Amanhã cedo sairemos em comitiva para inaugurar uma fábrica nova. 
(C) Nessa fábrica, bem provavelmente conheceremos equipamentos modernos. 
(D) Os operários dedicados dessa fábrica moram em bairros próximos e bem localizados. 
(E) Os produtos dessa fábrica demandam vigilância forte na sua fase de armazenamento. 
 
9. (BNDES – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – BNDES/2012) Considere o emprego do verbo levar no 
trecho: “Uma competição não dura apenas alguns minutos. Leva anos”. A frase em que esse verbo está 
usado com o mesmo sentido é: 
(A) O menino leva o material adequado para a escola. 
(B) João levou uma surra da mãe. 
 
. 21 
(C) A enchente leva todo o lixo rua abaixo. 
(D) O trabalho feito com empenho leva ao sucesso. 
(E) O atleta levou apenas dez segundos para terminar a prova. 
 
RESPOSTAS 
 
1. RESPOSTA: “D”. 
Questão que pode ser resolvida usando a lógica ou associação de palavras! Veja: a ignição do carro 
lembra-nos fogo, combustão... Pedra, petrificado. Encontrou a resposta? 
 
2. RESPOSTA: “E”. 
Classificar conforme regras conhecidas, mas não confirmadas se verdadeiras. 
 
3. RESPOSTA: “E”. 
Ao estudarmos conteúdo de Direito, percebemos que um dos princípios da Justiça é o da celeridade, 
da rapidez no julgamento/andamento do processo, o que nos facilita responder à questão: antônimo de 
célere, rápido = moroso. 
 
4. RESPOSTA: “E”. 
Já podemos descartar a alternativa “C” de imediato, já que a ortografia correta seria “a fim” (com a 
intenção de), não “afim” (= afinidade); quanto à alternativa “A”, não teria acento grave (crase) no “a”, 
pois “graus” é palavra masculina; “complexas” e “amplas” não são palavras sinônimas, já que “as 
providências” podem ser “restritas”, mas complexas. 
 
5. RESPOSTA: “E”. 
Ao participar de um concurso, não temos acesso a dicionários para que verifiquemos o significado 
das palavras, por isso, caso não saibamos o que significam, devemos analisá-las dentro do contexto em 
que se encontram. No exercício acima, a que se “encaixa” é “equiparada”. 
 
6. RESPOSTA: “E”. 
Pela leitura do texto, compreende-se que a intenção do autor ao utilizar a expressão” levar ao 
colapso” refere-se à queda, ao fim, à ruína da cidade. 
 
7. RESPOSTA: “C”. 
A expressão em destaque é usada para consertar, retificar uma informação dada anteriormente. É 
utilizada comumente, por isso, a resposta à questão torna-se mais fácil, desde que saibamos em qual 
contexto tal expressão é empregada. 
 
8. RESPOSTA: “B”. 
A única alternativa que sofrerá alteração caso coloquemos o adjetivo anteposto ao substantivo é a 
“B”, pois ao “inaugurar uma fábrica nova” = abriremos uma filial da mesma; mas, ao “inaugurar uma 
nova fábrica” = não se refere, necessariamente, à mesma fábrica. 
 
9. RESPOSTA: “E”. 
No enunciado, o verbo “levar” está empregado com o sentido de “duração/tempo” 
(A) O menino leva o material adequado para a escola. = carrega 
(B) João levou uma surra da mãe. = apanhou 
(C) A enchente leva todo o lixo rua abaixo. = arrasta 
(D) O trabalho feito com empenho leva ao sucesso. = direciona 
(E) O atleta levou apenas dez segundos para terminar a prova = duração/tempo 
 
Semantica 
 
Semântica é a parte da gramática que estuda os aspetos relacionados ao sentido das palavras e dos 
enunciados. As palavras não apresentam apenas um significado objetivo e literal, mas uma variedade 
de significados, mediante o contexto em que ocorrem e as vivências e conhecimentos das pessoas que 
as utilizam. 
 
 
 
. 22 
Exemplos de variação no significado das palavras: 
 
Os domadores conseguiram enjaular a fera. (sentido literal) 
Ele ficou uma fera quando soube da notícia. (sentido figurado) 
Aquela aluna é fera na matemática. (sentido figurado) 
 
As variações nos significados das palavras ocasionam o sentido denotativo (denotação) e o sentido 
conotativo (conotação) das palavras. 
 
Denotação 
 
Uma palavra é usada no sentido denotativo quando apresenta seu significado original, 
independentemente do contexto em que aparece. Refere-se ao seu significado mais objetivo e comum, 
aquele imediatamente reconhecido e muitas vezes associado ao primeiro significado que aparece nos 
dicionários, sendo o significado mais literal da palavra. 
A denotação tem como finalidade informar o receptor da mensagem de forma clara e objetiva, 
assumindo um caráter prático. É utilizada em textos informativos, como jornais, regulamentos, manuais 
de instrução, bulas de medicamentos, textos científicos, entre outros. A palavra “pau”, por exemplo, em 
seu sentido denotativo é apenas um pedaço de madeira. Outros exemplos: 
O elefante é um mamífero. 
As estrelas deixam o céu mais bonito! 
 
Conotação 
 
Uma palavra é usada no sentido conotativo quando apresenta diferentes significados, sujeitos a 
diferentes interpretações, dependendo do contexto em que esteja inserida, referindo-se a sentidos, 
associações e ideias que vão além do sentido original da palavra, ampliando sua significação mediante 
a circunstância em que a mesma é utilizada, assumindo um sentido figurado e simbólico. Como no 
exemplo da palavra “pau”: em seu sentido conotativo ela pode significar castigo (dar-lhe um pau), 
reprovação (tomei pau no concurso). 
A conotação tem como finalidade provocar sentimentos no receptor da mensagem, através da 
expressividade e afetividade que transmite. É utilizada principalmente numa linguagem poética e na 
literatura, mas também ocorre em conversas cotidianas, em letras de música, em anúncios publicitários, 
entre outros. Exemplos: 
Você é o meu sol! 
Minha vida é um mar de tristezas. 
Você tem um coração de pedra! 
 
 
 
Procure associar Denotação com Dicionário: trata-se de definição literal, quando 
o termo é utilizado com o sentido que consta no dicionário. 
 
Fontes de pesquisa: 
http://www.normaculta.com.br/conotacao-e-denotacao/ 
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sacconi. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. 
Português linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo: 
Saraiva, 2010. 
 
QUESTÕES 
 
(TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO – ADVOGADO - VUNESP/2013 - 
ADAPTADA) Leia o texto para responder à questão 1. 
Outro dia, meu pai veio me visitar e trouxe uma caixa de caquis, lá de Sorocaba. Eu os lavei, botei 
numa tigela na varanda e comemos um por um, num silêncio reverencial, nos olhando de vez em 
 
. 23 
quando. Enquanto comia, eu pensava: Deus do céu, como caqui é bom! Caqui é maravilhoso! O que 
tenho feito eu desta curta vida, tão afastado dos caquis?! 
Meus amigos e amigas e parentes queridos são como os caquis: nunca os encontro. Quando os 
encontro, relembro como é prazeroso vê-los, mas depois que vão embora me esqueço da revelação. 
Por que não os vejo sempre, toda semana, todos os dias desta curta vida? 
Já sei: devem ficar escondidos de mim, guardados numa caixa, lá em Sorocaba. 
(Antônio Prata, Apolpando. Folha de S.Paulo, 29.05.2013) 
 
1. Considerando o contexto, assinale a alternativa em que há termos empregados em sentido 
figurado. 
(A) Outro dia, meu pai veio me visitar… (1.º parágrafo) 
(B) … e trouxe uma caixa de caquis, lá de Sorocaba. (1.º parágrafo) 
(C) … devemficar escondidos de mim, guardados numa caixa… (último parágrafo) 
(D) Enquanto comia, eu pensava… (1.º parágrafo) 
(E) … botei numa tigela na varanda e comemos um por um… (1.º parágrafo) 
 
2. (PREFEITURA DE SERTÃOZINHO – AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE – VUNESP/2012) No 
verso – Não te abras com teu amigo – o verbo em destaque foi empregado em sentido figurado. 
Assinale a alternativa em que esse mesmo verbo “abrir” continua sendo empregado em sentido 
figurado. 
(A) Ao abrir a porta, não havia ninguém. 
(B) Ele não pôde abrir a lata porque não tinha um abridor. 
(C) Para aprender, é preciso abrir a mente. 
(D) Pela manhã, quando abri os olhos, já estava em casa. 
(E) Os ladrões abriram o cofre com um maçarico. 
 
(CREFITO/SP – ANALISTA FINANCEIRO – VUNESP/2012 - ADAPTADA) Para responder à 
questão 3, considere o trecho a seguir. 
Uma lei que, por todo esse empenho do governo estadual, ―pegou‖. E justamente no Rio, dos tantos 
jeitinhos e esquemas e da vista grossa. 
 
3. No contexto em que está empregada, a expressão “pegou” assume um sentido que também está 
presente em: 
(A) Já não há dúvidas de que essa moda pegou. 
(B) O carro a álcool não pegou por causa do frio. 
(C) O trem pegou o ônibus no cruzamento. 
(D) Ele, sem emprego, pegou o serviço temporário. 
(E) Ele correu atrás do ladrão e o pegou. 
 
(SABESP/SP – ATENDENTE A CLIENTES 01 – FCC/2014 - ADAPTADA) Atenção: Para responder 
à questão 4, considere o texto abaixo. 
 
A marca da solidão 
Deitado de bruços, sobre as pedras quentes do chão de paralelepípedos, o menino espia. Tem os 
braços dobrados e a testa pousada sobre eles, seu rosto formando uma tenda de penumbra na tarde 
quente. 
Observa as ranhuras entre uma pedra e outra. Há, dentro de cada uma delas, um diminuto caminho 
de terra, com pedrinhas e tufos minúsculos de musgos, formando pequenas plantas, ínfimos bonsais só 
visíveis aos olhos de quem é capaz de parar de viver para, apenas, ver. Quando se tem a marca da 
solidão na alma, o mundo cabe numa fresta. 
(SEIXAS, Heloísa. Contos mais que mínimos. Rio de Janeiro: Tinta negra bazar, 2010. p. 47) 
 
4. No primeiro parágrafo, a palavra utilizada em sentido figurado é 
(A) menino. 
(B) chão. 
(C) testa. 
(D) penumbra. 
(E) tenda. 
 
 
. 24 
5. (TRF – 4ª REGIÃO – TAQUIGRAFIA – FCC/2010) Constitui exemplo de uso de linguagem 
figurada o elemento sublinhado na frase: 
I. Foi acusado de ser o cabeça do movimento. 
II. Ele emprega sempre a palavra literalmente atribuindo-lhe um sentido inteiramente inadequado. 
III. Ignoro o porquê de você se aborrecer comigo. 
IV. Seus pensamentos são fantasmagorias que não o deixam em paz. 
 
Atende ao enunciado APENAS o que está em 
(A) I e II. 
(B) I e IV. 
(C) II e III. 
(D) III e IV. 
(E) I e III. 
 
6. (INSS – CIÊNCIAS CONTÁBEIS – FUNRIO/2013) Conhecido comercial da tevê fala de uma 
“cerveja que desce redondo”. O sentido atribuído à palavra “redondo” refere-se 
(A) à mesa do bar que aparece no cenário dos comerciais de cerveja. 
(B) à própria cerveja que pode ser assim considerada em sentido denotativo. 
(C) ao ato de descer facilmente, que, nesse caso, significa escorrer pela garganta. 
(D) ao líquido da bebida, que toma o formato arredondado da garrafa que o contém. 
(E) ao pronome relativo empregado na frase, para substituir o termo cerveja. 
 
RESPOSTAS 
 
1. RESPOSTA: “C”. 
Sublinhei os termos que estão relacionados (os pronomes e verbos retomam os seguintes 
substantivos abaixo): 
Meus amigos e amigas e parentes queridos são como os caquis... 
Quando os encontro, relembro como é prazeroso vê-los... 
devem ficar escondidos de mim, guardados numa caixa, lá em Sorocaba... 
Através da leitura acima, percebemos que o autor refere-se aos amigos, amigas e parentes. Ao dizer 
que ficam guardados em caixas, obviamente, está utilizando uma linguagem conotativa, figurada. 
 
2. RESPOSTA: “C”. 
Em todas as alternativas o verbo “abrir” está empregado em seu sentido denotativo. No item C, 
conotativo (“abrir a mente” = aberto a mudanças, novas ideias). 
 
3. RESPOSTA: “A”. 
A alternativa que apresenta o verbo “pegou” em seu sentido conotativo é a letra “A”. 
 
4. RESPOSTA: “E”. 
Novamente, responderemos com frase do texto: seu rosto formando uma tenda. 
 
5. RESPOSTA: “B”. 
I. Foi acusado de ser o cabeça do movimento. = o líder, o mentor (figurado) 
II. Ele emprega sempre a palavra literalmente atribuindo-lhe um sentido inteiramente inadequado. 
(linguagem denotativa) 
III. Ignoro o porquê de você se aborrecer comigo. (= o motivo; denotação) 
IV. Seus pensamentos são fantasmagorias que não o deixam em paz. (perturbações; figurado). 
 
6. RESPOSTA: “C”. 
Questão de interpretação da linguagem publicitária: “descer redondo” significa que a cerveja desce 
facilmente, de maneira agradável. 
 
Polissemia 
 
Polissemia é a propriedade de uma palavra adquirir multiplicidade de sentidos, que só se explicam 
dentro de um contexto. Trata-se, realmente, de uma única palavra, mas que abarca um grande número 
de significados dentro de seu próprio campo semântico. 
 
. 25 
Reportando-nos ao conceito de Polissemia, logo percebemos que o prefixo “poli” significa 
multiplicidade de algo. Possibilidades de várias interpretações levando-se em consideração as 
situações de aplicabilidade. Há uma infinidade de exemplos em que podemos verificar a ocorrência da 
polissemia: 
O rapaz é um tremendo gato. 
O gato do vizinho é peralta. 
Precisei fazer um gato para que a energia voltasse. 
Pedro costuma fazer alguns ―bicos‖ para garantir sua sobrevivência 
O passarinho foi atingido no bico. 
 
Nas expressões polissêmicas rede de deitar, rede de computadores e rede elétrica, por exemplo, 
temos em comum a palavra “rede”, que dá às expressões o sentido de “entrelaçamento”. Outro exemplo 
é a palavra “xadrez”, que pode ser utilizada representando “tecido”, “prisão” ou “jogo” – o sentido 
comum entre todas as expressões é o formato quadriculado que têm. 
 
Polissemia e homonímia 
 
A confusão entre polissemia e homonímia é bastante comum. Quando a mesma palavra apresenta 
vários significados, estamos na presença da polissemia. Por outro lado, quando duas ou mais palavras 
com origens e significados distintos têm a mesma grafia e fonologia, temos uma homonímia. 
A palavra “manga” é um caso de homonímia. Ela pode significar uma fruta ou uma parte de uma 
camisa. Não é polissemia porque os diferentes significados para a palavra “manga” têm origens 
diferentes. “Letra” é uma palavra polissêmica: pode significar o elemento básico do alfabeto, o texto de 
uma canção ou a caligrafia de um determinado indivíduo. Neste caso, os diferentes significados estão 
interligados porque remetem para o mesmo conceito, o da escrita. 
 
Polissemia e ambiguidade 
 
Polissemia e ambiguidade têm um grande impacto na interpretação. Na língua portuguesa, um 
enunciado pode ser ambíguo, ou seja, apresentar mais de uma interpretação. Esta ambiguidade pode 
ocorrer devido à colocação específica de uma palavra (por exemplo, um advérbio) em uma frase. 
Vejamos a seguinte frase: 
Pessoas que têm uma alimentação equilibrada frequentemente são felizes. 
Neste caso podem existir duas interpretações diferentes: 
As pessoas têm alimentação equilibrada porque são felizes ou são felizes porque têm uma 
alimentação equilibrada. 
 
De igual forma, quando uma palavra é polissêmica, ela pode induzir uma pessoa a fazer mais do 
que uma interpretação. Para fazer a interpretação correta é muito importante saber qual o contexto em 
que a frase é proferida. 
Muitas vezes, a disposição das palavras na construção do enunciado pode gerar ambiguidade ou, 
até mesmo, comicidade. Repare na figura abaixo: 
 
 
 
(http://www.humorbabaca.com/fotos/diversas/corto-cabelo-e-pinto. Acesso em 15/9/2014).

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