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Direito Penal II - 1º Bimestre

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Direito Penal II
Teoria do crime: (CAPEZ p. 130 / M.A. SANCHES p. 01)
	CrimeInfração Penal
	Contravenção penal
	
	Crime
	Contravenção
	Penas
	Reclusão ou detenção
	Prisão simples
	
Espécie de Ação Penal
	Pública Incondicionada;
Pública Condicionada à representação; e
Privada
	
Pública incondicionada
	Tentativa
	Admitida
	Não se admite
	Extraterritoalidade
	Admitida
	Não se admite
	Limite das Penas
	30 anos. Art. 75, CP
	05 anos
	Prisões Cautelares
	Admitida
	Não se admite
Conceito de Crime: (CAPEZ p. 130 / M.A. SANCHES p. 02)
Formal: Crime é aquilo que assim está rotulado no manual de norma penal do incriminador, sob ameaça de pena. 
Material: Crime é o comportamento humano causador de relevante e intolerável lesão ou perigo de lesão ao bem jurídico tutelado.
Analítica: Leva em consideração os elementos estruturais (substratos do crime) que compõem a infração penal.
 Integrantes do crime: (M.A. SANCHES p. 03)
2.1) Sujeito Ativo: Toda pessoa tem aptidão para a prática de determinada conduta criminosa, desde que seja capaz e maior de 18 anos.
* Pessoa Jurídica pode praticar crime? (Depende)
1º Corrente Doutrinária: A pessoa jurídica não pode praticar crime, pois ela é uma ficção jurídica.
2º Corrente Doutrinária: A pessoa jurídica pode praticar crime, desde que haja uma relação entre o autor da conduta e a pessoa jurídica. Ex: É muito utilizado pela lei de crimes ambientais.
3º Corrente Doutrinária: A pessoa jurídica pode praticar crimes, pois é considerada ente autônomo, que tem vontade própria. 
Ex: Julgado RMS 37.293.
*Animal não pode praticar crime, pois não tem capacidade de raciocínio.
* Classificação doutrinária de acordo com o Sujeito Ativo:
→Crime Comum: Pode ser praticado por qualquer pessoa. O tipo penal não exige qualidade ou condição especial do agente. 
Ex: Arts. 155, CP (Furto); 121, CP (homicídio).
→ Crime próprio: O tipo penal exige qualidade ou condição especial do agente.
Ex: Art. 312, CP (Peculato); Funcionário público no exercício das suas funções.
→ Crime de mão própria: Além da qualidade ou condição especial, a execução do crime somente pode ser praticada por ele mesmo.
Ex: Art. 342, CP Falso testemunho.
2.2) Sujeito Passivo: (vítima da conduta criminosa) É a pessoa ou ente que sofre as consequências da infração penal.
* Obs: Pode ser pessoa física ou jurídica ou ainda um ente indeterminado.
*Classificação doutrinária de acordo com o Sujeito Passivo:
→ Mediato: Sempre será o Estado, que é o interessado na manutenção da paz pública e ordem social.
→ Imediato: É o titular do interesse penalmente protegido.
*Obs: Os mortos e os animais não são considerados vítimas de crimes, podendo ser apenas considerados objetos materiais.
 3) Fato Típico: Somente os fatos humanos é que interessam ao direito penal, pouco importa os acontecimentos naturais. Porém, nem todos os fatos humanos interessam ao direito penal, mas somente aqueles que provoque relevante lesão ou perigo de lesão ao bem jurídico. (CAPEZ p. 132 / M.A. SANCHES p. 014)
Crime
 
Culpável
Fato Típico
 																																							Ilícito (antijurídico)
 -Conduta; 						 	- Resultado; 										- Nexo de causalidade; 									- Tipicidade.
*Teoria Bipartida: Integram o conceito de crime apenas o fato típico e ilícito.
*Teoria Tripartida: (Adotada pelo CP) O conceito de crime engloba fato típico, ilícito e culpável. 
** Teorias sobre conduta: (CAPEZ p. 134 / M.A. SANCHES p. 15)
→ Causalismo: É um movimento corporal (ação) voluntário que produz modificação no mundo exterior. (Dolo e culpa se encontram na culpabilidade). 
→ Neo Kantismo: É um comportamento humano (ação ou omissão) que produz efeitos no mundo exterior. (Dolo e culpa se encontram na culpabilidade)
→ Finalismo: (Adotado pelo CP) É o comportamento humano voluntário psiquicamente dirigido a um fim. (Dolo e culpa se encontram no fato jurídico).
→ Teoria social da ação: É o comportamento humano voluntário psiquicamente dirigido a um fim desde que reprovável (Teoria quadripartida → pouco utilizada). (Dolo e culpa se encontram no fato jurídico).
 → Funcionalismo moderno: (Roxin) É o comportamento humano voluntário causador de relevante lesão ou perigo de lesão ao bem jurídico tutelado. (Dolo e culpa se encontram no fato jurídico).
 → Funcionalismo Radical: (Jackobs) (Direito do inimigo) É um comportamento humano voluntário, causador de um resultado evitável, violador de um sistema. (Dolo e culpa se encontram no fato jurídico).
3.1) Conduta:	(CAPEZ p. 132 / M.A. SANCHES p. 21)					 3.1.1) Comportamento humano voluntário destinado a 					um fim. (Causar lesão ou perigo de lesão ao bem						 	 jurídico). MACETE: Dolo eventual: Foda-se Culpa consciente: Fodeu, ñ queria que acontecesse.
3.1.2) Exteriorização da vontade. 
3.1.3) Causas de exclusão da conduta.Caso fortuito Força Maior
				Ação em curto circuito
Movimentos reflexivos
Estado de inconsciência completa
Causas excludentes
Involuntariedade
Coação física irresistível
 ** Diferente de coação Moral irresistível.
→ Caso fortuito, força maior: São fatos que independem da vontade humana, cercados de imprevisibilidade, que geram consequências no mundo jurídico. 
→ Involuntariedade: - Estado de inconsciência completa: O indivíduo não consegue se auto determinar de acordo com suas capacidades, não compreendendo o resultado das suas ações. Ex. Sonambulismo, hipnose. - Movimentos reflexivos: São impulsos completamente fisiológicos, incontroláveis pelo indivíduo. - Ação em curto circuito: São os movimentos que acontecem devido a habilidade ou rápida reação a determinados estímulos.
→ Coação física irresistível: (Vis absoluta) O agente em razão de força física externa, é impossibilitado de determinar seus movimentos de acordo com a sua vontade. * Obs: A coação moral irresistível exclui a culpabilidade (3º elemento do crime).
3.1.4) Formas de conduta: (M.A. SANCHES p. 22) a) Quanto a voluntariedade: Dolo: previsão legal: art. 18, I, CP. Ocorre quando o agente possui vontade consciente de quere praticar a infração, ou seja, quando prevendo o resultado assume o risco de produzi-lo. Ex: Para o STJ – Racha de carros é dolo eventual. Art. 18 - Diz-se o crime: Crime doloso							 I - doloso, quando o agente quis o resultado ou assumiuo risco de produzi-lo; Culposa: previsão legal: art. 18, II, CP. Consiste em uma conduta que realiza um evento ilícito, não querido ou aceito pelo agente, mas que lhe era previsível (culpa inconsciente) ou excepcionalmente previsto (culpa consciente e que poderia ser evitado se fosse empregado a cautela esperada. Art. 18 - Diz-se o crime: Crime culposo II - culposo, quando o agente deu causa ao resultado por imprudência, negligência ou imperícia Parágrafo único - Salvo os casos expressos em lei, ninguém pode ser punido por fato previsto como crime, senão quando o pratica dolosamente. Preterdoloso: Aquela em que há dolo na conduta culpa no resultado. Ex: Lesão corporal seguida de morte ( lesão corporal: dolo, morte: culpa) art. 129 c/ resultado de morte.
	
	Consciência
	Vontade
	-
	Dolo Direto
	Prevê o resultado
	Quer o resultado.
	-
	Dolo Eventual
	Prevê o resultado
	Não quer o resultado, mas assume o risco.
	Representação + Aceitação + Indiferença
	Culpa Consciente
	Prevê o resultado
	Não quer o resultado, não assume o risco.
	Previsão + Confiança
	Culpa inconsciente
	Não prevê o resultado (que era previsível)
	Não quer o resultado e não aceita o resultado.
	-
 Imprudência									Imperícia 									Negligência
 b) Quanto à execução: → Comissiva: Pressupõe a realização de uma conduta desvaliosa de caráter proibitivo pelo tipo penal. Ex: Art. 121, CP. Homicídio simples Art. 121. Matar alguém: Pena - reclusão, de seis a vinte anos.
→ Omissiva: Pressupõe a não realização de determinada conduta valiosa a que o agente teria a obrigação de realizar. Divide-se em omisso próprio e omissivo impróprio. ** Omissivo próprio: Ocorre o descumprimento de norma imperativa que determina a atuação do agente art. 135, CP. (Há um dever genérico). Omissão de socorro Art. 135 - Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à criança abandonada ou extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida, ao desamparo ou em grave e iminente perigo; ou não pedir, nesses casos, o socorro da autoridade pública: Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa. Parágrafo único - A pena é aumentada de metade, se da omissão resulta lesão corporal de natureza grave, e triplicada, se resulta a morte. Condicionamento de atendimento médico-hospitalar emergencial Art. 135-A.  Exigir cheque-caução, nota promissória ou qualquer garantia, bem como o preenchimento prévio de formulários administrativos, como condição para o atendimento médico-hospitalar emergencial:   Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa.  Parágrafo único.  A pena é aumentada até o dobro se da negativa de atendimento resulta lesão corporal de natureza grave, e até o triplo se resulta a morte. ** Omissivo impróprio: (art. 13, §2º, CP). O não fazer só será relevante quando o omitente possuir obrigação de agir (tem dever jurídico de agir). Pressupõe a figura do garantidor. Art. 13 - O resultado, de que depende a existência do crime, somente é imputável a quem lhe deu causa. Considera-se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido. Relevância da omissão § 2º - A omissão é penalmente relevante quando o omitente devia e podia agir para evitar o resultado. O dever de agir incumbe a quem: a) tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou vigilância; b) de outra forma, assumiu a responsabilidade de impedir o resultado; c) com seu comportamento anterior, criou o risco da ocorrência do resultado. 
(CAPEZ p. 237 / M.A. SANCHES p. 32) Erro de TipoExclui-se o dolo e a culpa (não responde por crime).
(Se fosse avidado não praticaria o crime).
Inevitável
Evitável
ESSENCIAL
ERRO DE TIPO
(Quer praticar o crime).
ACIDENTAL
Não tem previsão legal.
Sobre o objeto
Sobre a pessoa
(Aberratio ictus).
Na execução
Resultado diverso do pretendido
Sobre o nexo causal
Conceito: Está previsto no art. 20, CP e subdivide-se em erro de tipo essencial e acidental. Erro sobre elementos do tipo Art. 20 - O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de crime exclui o dolo, mas permite a punição por crime culposo, se previsto em lei. Descriminantes putativas § 1º - É isento de pena quem, por erro plenamente justificado pelas circunstâncias, supõe situação de fato que, se existisse, tornaria a ação legítima. Não há isenção de pena quando o erro deriva de culpa e o fato é punível como crime culposo.Erro determinado por terceiro § 2º - Responde pelo crime o terceiro que determina o erro. Erro sobre a pessoa § 3º - O erro quanto à pessoa contra a qual o crime é praticado não isenta de pena. Não se consideram, neste caso, as condições ou qualidades da vítima, senão as da pessoa contra quem o agente queria praticar o crime. 
Essencial: É o erro que recai sobre circunstância que constitui elemento essencial de determinado tipo penal. Ou seja, é a falsa percepção da realidade sobre uma elementar do tipo penal. Quando inevitável o agente responderá a título de culpa desde que haja previsão legal. 
Acidental: Recai sobre dados secundários do tipo penal. Desde o inicio a intenção do agente é a prática do crime, porém o erro incidirá sobre o objetivo ou o modo de execução do delito. b.1) Sobre o objeto: (Não tem previsão legal, é construção doutrinária. Não exclui dolo, culpa ou isenta o agente de culpa.) O agente responde pelo crime e será considerado o objeto virtual . (Obs.: Para o prof. Rogério Sanches o magistrado poderá considerar o objeto mais favorável, mesmo sendo o real). b.2) Sobre a pessoa: Art. 20, § 3º, CP. Há a representação equivalente sobre a pessoa que o agente visa atingir. Erro sobre elementos do tipo Art. 20 - O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de crime exclui o dolo, mas permite a punição por crime culposo, se previsto em lei. Erro sobre a pessoa § 3º - O erro quanto à pessoa contra a qual o crime é praticado não isenta de pena. Não se consideram, neste caso, as condições ou qualidades da vítima, senão as da pessoa contra quem o agente queria praticar o crime. b.3) Na execução: art. 73, CP. O agente representa de forma correta a vítima pretendida, mas atinge vítima diversa, em decorrência de erro sobre os meios de execução. Erro na execução Art. 73 - Quando, por acidente ou erro no uso dos meios de execução, o agente, ao invés de atingir a pessoa que pretendia ofender, atinge pessoa diversa, responde como se tivesse praticado o crime contra aquela, atendendo-se ao disposto no § 3º do art. 20 deste Código. No caso de ser também atingida a pessoa que o agente pretendia ofender, aplica-se a regra do art. 70 deste Código. Concurso formal Art. 70 - Quando o agente, mediante uma só ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes, idênticos ou não, aplica-se-lhe a mais grave das penas cabíveis ou, se iguais, somente uma delas, mas aumentada, em qualquer caso, de um sexto até metade. As penas aplicam-se, entretanto, cumulativamente, se a ação ou omissão é dolosa e os crimes concorrentes resultam de desígnios autônomos, consoante o disposto no artigo anterior. Parágrafo único - Não poderá a pena exceder a que seria cabível pela regra do art. 69 deste Código.
 – Duas espécies: ** Resultado único: Atinge somente pessoa diversa da pretendida. Efeito jurídico: Responde como se tivesse atingido a vítima virtual. ** Resultado duplo: Ocorre nos casos em que também é atingida pessoa diversa da pretendida. Efeito jurídico: O agente será punido por ambos os crimes, responde em concurso formal (art. 70, CP). Art. 70 - Quando o agente, mediante uma só ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes, idênticos ou não, aplica-se-lhe a mais grave das penas cabíveis ou, se iguais, somente uma delas, mas aumentada, em qualquer caso, de um sexto até metade. As penas aplicam-se, entretanto, cumulativamente, se a ação ou omissão é dolosa e os crimes concorrentes resultam de desígnios autônomos, consoante o disposto no artigo anterior.
b.4) Resultado diverso do pretendido: Atinge o bem jurídico distinto daquele visado, por erro no uso dos meios de execução. Obs.: Nos casos em que a tentativa é punida de forma mais grave que o resultado efetivamente produzido o agente responde pela tentativa.
b.5) Nexo Causal: (Ligação entre conduta e resultado, o que levou a reproduzir tal resultado.) O resultado desejado se produz, mas com nexo diverso, ou seja, de maneira diferente da planejada pelo agente. Não exclui dolo, culpa e não isenta o agente de pena. Espécies: 1º Nexo causal em sentido estrito: O agente prática somente um ato. 2º Aberratio Causal: Pluralidade (???????)
Erro de proibição
Conceito: O sujeito pratica conduta tipificada penalmente imaginando agir amparado por alguma excludente de ilicitude. (art. 23, CP). Art. 23 - Não há crime quando o agente pratica o fato: 						I - em estado de necessidade; 								II - em legítima defesa; 									III - em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito. Excesso punível 										Parágrafo único - O agente, em qualquer das hipóteses deste artigo, responderá pelo excesso doloso ou culposo
Erro provocado por terceiros: (art. 20, §2º, CP). O agente que pratica a conduta age em erro advindo de terceiro. Somente este ultimo é que responderá a modalidade dolosa do delito. (autor mediato). Art. 20 - O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de crime exclui o dolo, mas permite a punição por crime culposo, se previsto em lei. Erro determinado por terceiro 
§ 2º - Responde pelo crime o terceiro que determina o erro.
Resultado: (CAPEZ p. 173 / M.A. SANCHES p. 41)
Naturalístico:É aquele que provoca modificação no mundo exterior em decorrência da conduta praticada pelo agente. A doutrina os classifica em: a) Materias: O tipo penal descreve uma conduta e um resultado naturalístico, sendo indispensável sua ocorrência para a consumação do crime. Ex: arts. 121, 155 CP. Homicídio Simples Art. 121. Matar alguém: Pena - reclusão, de seis a vinte anos. 
Furto
Art. 155 - Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel:
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. b) Formais: O tipo penal também descreve uma conduta e um resultado naturalístico, porém, este ultimo é dispensável para a consumação do crime. Ex: art 158, 33 da lei 11.343/06 – Tráfico de drogas. Extorsão Art. 158 - Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, e com o intuito de obter para si ou para outrem indevida vantagem econômica, a fazer, tolerar que se faça ou deixar fazer alguma coisa: Pena - reclusão, de quatro a dez anos, e multa. c) Mera conduta: O tipo penal descreve apenas a conduta delituosa, sem mencionar o resultado. Art. 140, 150, CP. Injúria Art. 140 - Injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro: Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa. 
Violação de domicílio
Art. 150 - Entrar ou permanecer, clandestina ou astuciosamente, ou contra a vontade expressa ou tácita de quem de direito, em casa alheia ou em suas dependências:
Pena - detenção, de um a três meses, ou multa.
CONDUTA
MATERIAIS
RESULTADO NATURALÍSTICO
CONDUTA
FORMAIS
RESULTADO NATURALÍSTICO
CONDUTA
MERA CONDUTA
Consumação e tentativa: art. 14, CP.
Art. 14 - Diz-se o crime: Crime consumado I - consumado, quando nele se reúnem todos os elementos de sua definição legal;  Tentativa II - tentado, quando, iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente. Pena de tentativa Parágrafo único - Salvo disposição em contrário, pune-se a tentativa com a pena correspondente ao crime consumado, diminuída de um a dois terços.
Normativo (jurídico): (todo o crime produz resultado normativo jurídico) Significa que todo o tipo penal pressupõe lesão ou perigo de lesão a um bem jurídico tutelado. É indispensável a qualquer espécie de delito. 
Classifica em:DANO
CONCRETO
CRIMES
PERIGO
ABSTRATO
→ Crime de dano: todo o crime de dano é aquele que efetivamente exige lesão ao bem jurídico tutelado. → Crime de perigo: quando o tipo penal se contenta com a exposição do bem jurídico a uma situação de perigo. ** Crime de perigo concreto: O legislador exige prova do risco que ameace algum bem jurídico. Ex: art. 134, CP e 309, CTB. ** Crime de perigo abstrato: o perigo da conduta é presumido pelo tipo penal. Ex: art. 288, CP e 306, CTB.
Nexo de causalidade(CAPEZ p. 174 / M.A. SANCHES p. 43)
Conceito: Está previsto no art. 13, caput, CP. É o vínculo entre a conduta e o resultado, ou seja, é a relação de causa e feito.
Teoria adotada pelo CP: Causalidade simples: Significa que quaisquer das condutas que compõe a totalidade dos antecedentes são causa do resultado. **Obs.: Para se evitar o regresso ao infinito, deveram ser analisados a presença de dolo e culpa por parte do agente.
Concausas: Caracterizam-se com a pluralidade de causas concorrendo para o mesmo evento. 3.1) Absolutamente independente: a) Preexistente (antes); b) Concomitante (junto); c) Superveniente (depois). 
** Consequência jurídica das concausas absolutamente independentes: a causa que gera a produção do resultado é tipificada como crime consumando. A concausa que não gerou resultado será punida pela tentativa. 3.2) Relativamente independentes: a) Preexistente: A causa efetiva a produção do resultado é anterior a causa concorrente. **Obs: Para a doutrina clássica o agente responderá pelo crime consumado. Para a doutrina moderna o agente responderia somente pela tentativa, desde que não tivesse conhecimento da condição preexiste.b) Concomitante: A causa efetiva ocorre simultaneamente à outra causa. A consequência jurídica é que o agente responde pelo crime consumado. c) Superveniente: Previsão legal: art. 13, §1º, CP. Aqui é adotada a teoria da causalidade adequada. Relação de causalidade Art. 13 - O resultado, de que depende a existência do crime, somente é imputável a quem lhe deu causa. Considera-se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido. Superveniência de causa independente § 1º - A superveniência de causa relativamente independente exclui a imputação quando, por si só, produziu o resultado; os fatos anteriores, entretanto, imputam-se a quem os praticou. A causa efetiva acontece após a causa concorrente. c.1) Não por si só produziu o resultado: A causa efetiva encontra-se na mesma linha de desdobramento normal da causa concorrente, trata -se de um evento previsível. Ex: erro médico; infecção hospitalar; omissão de atendimento. Efeito jurídico: o agente responderá pela forma consumada do delito. c.2) Por si só produziu o resultado: A causa efetiva do resultado é considerada um evento imprevisível, que sai da linha de desdobramento normal.
Tipicidade (CAPEZ p. 205 / M.A. SANCHES p. 49)
Espécies: a) formal: significa simples subsunção do fato à norma. b) Material: abriga juízo de valor, consistente na análise da relevância da lesão ou perigo de lesão ao bem jurídico tutelado. ** Obs: passa a ser admitida a aplicação do princípio da insignificância ou bagatela. c) conglobante: Tem como idealizador Zaffarone. Sua ideia de tipicidade reúne tipicidade formal + tipicidade conglobante (tipicidade material + antinormatividade). ** Obs: a consequência dessa teoria é que o exercício regular de direito e o estrito cumprimento do dever legal excluem a tipicidade e não mais a ilicitude da conduta na prática do mesmo. TIPICIDADE MATERIAL
TIPICIDADE FORMAL
TIPICIDADE CONGLOBANTE
 +ANTINORMATIVIDADE
Tipicidade Formal:
TEMPORAL
TIPICIDADE FORMAL
IMEDIATA
MEDIATA
PESSOAL
CAUSAL
→ Tipicidade formal imediata: Existe um ajuste ou uma adequação direta entre o fato e a lei incriminadora. Ex: art. 121. → Tipicidade formal mediata: É imprescindível recorrer-se as normas de extensão para a correta subsunção da conduta ao tipo penal. ** Temporal: Art. 14, II, CP. Amplia a incriminação aos fatos praticados anteriormente à consumação. ** Pessoal: Amplia a incriminação para alcançar pessoas que não praticaram a ação descrita no tipo. ** Causal: Amplia a incriminação para alcançar condutas que não teriam nexo causal direto com o resultado. Ex: art. 13, § 2º, CP.

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