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PROCESSOS    
DE  IMPRESSÃO      Nossos  ancestrais  sempre  tiveram  a  preocupação  em  registrar  algo  que  fizemos.  Assim,  no  ínicio  dos  tempos,  os  registros  eram  feitos  através  de  desenhos,  depois  por  ícones  que  os  simbolizavam,  como  exemplo  os  desenhos  que  eram  feitos  nas  paredes  de  cavernas.    
          Desde  aquele  tempo  até  hoje,  nos  preocupamos  em  registrar  os  acontecimentos.  Estudando   a   evolução   desses   desenhos   até   os   processos   de   impressão   mais  sofisticados,  entendemos  como  a  criatividade  dos  homens  os  fez  descobrir  esses  processos   para   tornar   o   conhecimento   acessível   para   o   maior   número   de  pessoas.    A  princípio,  para  reproduzir  um  pequeno  texto,  era  necessário  copiá-­‐lo  de  forma  manual,   aonde   cada   cópia   era   na   verdade   uma   original.   Para   tornar   esse  processo  mais  rápido,  começou-­‐se  a  buscar  formas  melhores  para  esse  processo  de  reprodução.      
XILOGRAVURA  A   Impressão   é   feita   com   a   matriz   em   alto   relevo.   Os   elementos   que   serão  impressos   ficam   em   relevo   na   matriz   e   é   passado   a   tinta   sobre   eles,   sendo  impressos  mediante  pressão  sobre  o  suporte.  É  o  mesmo  princípio  dos  carimbos.    Foi   um   dos   primeiros   métodos   de   impressão.     De   origem   chinesa,   chegou   à  Europa  no  século  14,  sendo  utilizada  naquele  século  e  no  seguinte  inclusive  para  a  impressão  de  livro:  os  anapistográficos.  O  nome  vem  de  xilo  =  madeira  +  glifo  (marcar)  ou  ia  (ação).    
        Consiste   em   fazer   a   imagem   desejada   invertida   sobre   uma   prancha   lisa,   de  madeira,  e  depois  é  “escavada”  a  madeira,  com  goivas,  retirando  toda  a  madeira  que   não   faz   parte   da   área   desenhada,   deixando   em   relevo   a   imagem   para   ser  reproduzida.    Após  isso,  é  colocada  a  tinta  sobre  ela,  sendo  que  a  tinta  ficaria  somente  em  cima  do  desenho  em  relevo,  e  após  colocado  o   suporte   sobre  a  prancha  de  madeira,  pressionando-­‐a,  fazendo  com  que  o  desenho  fosse  reproduzido  no  suporte.  Essa  impressão   pode   ser   produzida   sob   pressão   da   prensa   de   rosca,   prensa   de  cilindros,   ou   até,   colher   de   pau.   Sendo   um  processo   artesanal,   é   utilizado   hoje  com  finalidades  artísticas  .    Esse  sistema  foi  muito  usado  durante  o  domínio  da  Igreja  Católica  no  mundo.  Por  causa  do  analfabetismo  da  população  em  geral  da  época,  a  Igreja  usava  imagens  para   difundir   seus   pensamentos.   Veio   daí   a   enorme   produção,   na   época,   da  xilogravuras  com  enorme  qualidade  e  profusão  de  detalhes.    Com   a   xilografia,   empresas   de   impressão   começaram   a   florescer   no   mundo  ocidental.  Mas   o   processo   ainda   era  muito   artesanal,   pois   a   cada   impresso   era  preciso  produzir  uma  nova  matriz,  a  prancha  lisa  de  madeira.      
          
TIPOGRAFIA  A  tipografia  clássica,  os  tipos  rudimentares  foram  inventados  inicialmente  pelos  chineses.   Um   jovem   impressor,   teve   a   idéia   de   esculpir   letras   separadas,   os  chamados  tipos  móveis,  para  serem  utilizadas  e  reutilizadas  outras  vezes.  
  
        Basicamente  é  uma  impressão  no  qual  a  matriz  era  formada  por  tipos  móveis  –  pequenos   blocos   que   contêm   um   símbolo,   em   relevo   (letra,   número,   sinal   de  pontuação  etc)  em  cada  um  deles.  Montados  lado-­‐a-­‐lado,  eles  compõem  o  texto,  formando  a  matriz  .    Após  isso  o  inventor,  Johannes  Gutenberg,  passou  a  fundir  as  letras  com  chumbo,  tornado-­‐as  mais  resistentes  e  duráveis.  Foi  um  invento  muito  bem  sucedido,  que  ele  produziu  em  1455  a  primeira  impressão  completa  da  Bíblia.    
BÍBLIA  DE  GUTENBERG  Foi  impressa  folha  a  folha,  no  formato  de  38  cm  x  50  cm.  Tinha  1286  páginas  e  foi  composta  por  fontes  góticas,  em  letras  grandes,  pois  na  época  não  existia  regras  para  corpo  de  texto.  Feita  em  duas  colunas,  42   linhas  cada,   impresso  nas  cores  preto  e  vermelho,  divida  em  2  volumes,  e  tiragem  de  180  cópia.    Para  isso,  Gutenberg  também  criou  o  molde  para  fundir  as  letras  no  metal  com  a  mesma  altura,  criou  a  tinta  que  adere  ao  metal  e  que  permitiu  imprimir  com  seus  tipo,  e  criou  a  prensa  que  lhe  permitia  uma  produção  por  hora  de  20  cópias.    
        
  
O  AVANÇO  DA  TIPOGRAFIA  Essa   invenção,   com   o   princípio   básico   de   reprodução   em   alto   relevo,   permitiu  com  que   fosse   criadas   novas  máquinas   tipográficas,   a  medida   que   a   sociedade  exigia  mais  rapidez  e  mais  evolução  para  a  divulgação  das  notícias.    Com   isso,   foram   criadas   as   linotipadoras,   máquinas   que   fundiam   quase  instantaneamente   linhas   inteiras   de   tipos,   aumentando   a   produtividade   e  rapidez   dos   impressos.   A   tipografia   foi   a   responsável   início   à   comunicação   em  massa   e   pelo  desenvolvimento  da   imprensa   em  grande  parte   do  mundo.   Ficou  conhecida  nessa  época  como  o  início  do  “homem  tipográfico”.    
          Embora   ainda   seja   utilizadas   em   gráficas   de   baixo   custo   para   a   confecção   de  impressos  padronizados  (notas  fiscais,  talões  de  pedidos,  formulários  etc),  peças  com  pouco  texto  (convites,  cartões  de  visita)  e,  cada  vez  mais  raramente,  livros  e  embalagens.    No  entanto,  novos  conceitos  de  reprodução  gráfica,  que  começaram  a  emergir  no  século   XVIII,   deixando   a   tipografia   de   lado   e   dando   lugar   a   outros   tipos   de  impressões.      
FLEXOGRAFIA  A  Flexografia  se  originou  de  dois  princípios:  usar  a  base  em  alto  relevo,  como  a  tipografia,   e   usar   tinta   líquida,   como   na   rotogravura.   A   junção   desses   dois  princípios  resultou  em  um  sistema  muito  veloz  de  preparação  de  impressos,  em  suportes   que   tivessem   sua   superfície   flexível,   como   papel,   celofane,   filmes  plástico,  etc.    Esse  processo  era  visto,  no  século  XX,  como  sendo  usado  somente  em  produtos  de  baixa  qualidade,  porém  ela  foi  se  sofisticando  até  chegar  nos  dias  de  hoje  com  tecnologia   e   qualidade   em   condições   de   competição   com   outros   sistemas   do  mesmo  porte.    
    A   sua   velocidade   de   impressão   chega   em   torno   de   500m   de   suporte   (papel,  plástico,   etc)   por   minuto,   e   assim   tornou-­‐se   uma   opção   para   produtos   e  embalagens  flexíveis.    Com   sua   base   em   alto   relevo,   produzida   em   material   flexível,   inicialmente  borracha,   mas   hoje   em   dia   são   usados   polímeros,   está   deixando   de   ser   uma  alternativa   de   grande   velocidade   e   baixa   qualidade   para   se   tornar   cada   vez  melhor,  para  impressos  em  suportes  flexíveis.    E   hoje   em   dia,   contamos   com  métodos   para   produção   e   gravação   de  matrizes  mais   sofisticadas   e  modernas,   por  meio   de   laser,   a   grande   qualidade   da   flexo,  como   é   conhecida   no   ramo   gráfico,   está   no   baixo   custo   e   alta   velocidade   na  gravação  das  matrizes.    
        Esse  processo  tem  uma  grande  vantagem,  podendo  ser  impresso  em  vários  tipos  de  suportes,  como  papel,  papelão,  plásticos,  vidro  e  metal,  não  necessitando  de  superfícies  macias,  como  o  offset.    
Outra  vantagem  é  que  as   impressoras  geralmente  podem  realizar  praticamente  todas  as  etapas  de  acabamento,  como  laminação  ou  plastificação,  recorte,  dobra  e   colagem.   Na   confecção   de   sacolas   plásticas,essas   de   supermercado,   por  exemplo,   a   máquina   não   apenas   imprime   a   folha   de   plástico   como   faz   a  moldagem   e   a   solda   (colagem   da   sacola),   além   de   poder   mesmo   preparar   os  fardos  para  o  transporte.    
        
LITOGRAFIA  A  impressão  off-­‐set  é  originária  da  litografia  (litho,  que  vem  de  pedra  +  glifo,  que  vem   de   marcar   +   ia,   que   vem   de   ação).   Ela   teve   origem   de   Johann   Alois  Senefelder,  que  em  1796,  e  tem  importância  histórica  por  ter  sido  o  primeiro  a  utilizar  a  planografia  e  por  ter  se  tornado  a  base  para  a  criação  do  offset.    
              
  
CUIDADOS!  Problemas   de   qualidade   de   textos   e   imagens   está   diminuindo   cada   vez  mais,   sugerindo   ao  mercado  uma  ótima  opção  de  impressos  para  suportes  flexíveis,  porém  temos  que  ter  alguns  cuidados.  É  apropriado  para  impressos  imagens  em  traço  (que  seriam  imagens  em  somente  1  cor,  de   forma  simples,  sem  efeitos,  como  em  um  vetor),  em  geral  com  fraco  rendimento  nos  meios-­‐tons   e   também  má   definição   em   elementos   pequenos   e   detalhados,   assim   como   nas  sombras   e   luzes   das   imagens.   Por   isso,   a   flexo   não   utiliza  meios-­‐tons   para   a   produção   de  cores,   cada   cor   corresponde   a   um   tinta   diferente   e   as   máquinas   são   preparadas   para   a  impressão,  com  seis  a  12  tintas,  dependendo  do  modelo.  As  tintas  são  baseadas  em  água  ou  álcool,   e   em   decorrência   sua   fixação   tem   pouca   durabilidade.   Máquinas   de   última   geração  utilizam   tintas  que   possibilitam  melhor   fixação.  Os   layouts  para   impressos   em   flexo   devem  ter  as  imagens  e  textos  simplificados,  e  de  grande  visibilidade,  sem  meios-­‐tons  nem  degradês.  Corpos  pequenos  e  fontes  serifadas  não  devem  ser  incluídos.  Erros  de  registro  são  comuns,  o  que  recomenda  é  contornar  todas  as  áreas  coloridas  com  linhas  escuras  (preferencialmente  preto),   de   forma   a   esconder   as   possíveis   falhas   de   registro.   Não   deve   ser   aplicada   cor  contínua   em   grandes   áreas.   Como   a   impressão   de   flexografia   é   feita   com   a   pressão,   e  decorrência  disso,   o   esmagamento  do  material   flexível  da  matriz,   contra  o   suporte,   tende  a  fazer  com  que  a  tinta  seja  impressa  de  maneira  desigual,  surgindo  pequenas  falhas  de  tinta  no  meio  dos  elementos,  em  com  isso,  a  depósitos  acentuados  de  tinta  nas  extremidades.    
A   Planografia   conseguiu   fazer   algo   reprodutível   graficamente,   através   da  repulsão  de  corpos  gordurosos  e  corpos  não  gordurosos.  Foi  muito  utilizada  no  século   19,   na   Europa,   para   a   impressão   de   partituras  musicais,   gravuras   e   até  mesmo  livros  infantis  e  revistas.    A   Litografia   se   utilizava   de   uma  matriz   de   pedra   polida   pressionada   contra   o  papel,  com  os  elementos  para  reprodução  registrados  na  pedra  por  substâncias  gordurosas.  Ao  ser  umedecida,  a  gordura  dos  elementos  repelia  a  água  e  recebia  a   tinta,   também  gordurosa,  de   forma  a  permitir   a   reprodução  apenas  daqueles  elementos.   A   tinta   vai   se   depositar   somente   nas   áreas   gordurosas,   e   nas   áreas  com  água  não  irá  ficar  a  tinta,  e  assim  obteremos  um  impresso  por  transferência.    Alguns  anos  mais  tarde,  a  matriz  litográfica  passou  a  ser  feita  em  metal,  podendo  assumir   a   forma   cilíndrica   e   tornando   o   processo   rotativo,   dando   origem   à  litografia   industrial.   Seu   aperfeiçoamento,   a   partir   da   inclusão   da   blanqueta  entre  a  matriz  e  o  suporte,  deu  origem  ao  offset.      
OFF-­SET  O   sistema   de   off-­‐set   funciona   com   matrizes   produzidas   com   as   mesmas  características  da  litografia  e  usando  chapas  de  alumínio  como  meio  de  gravação  e  transferência  de  imagem.  É  o  principal  processo  de  impressão  desde  a  segunda  metade   do   século   20,   e   o  mais   usado   no  mundo,   tanto   para   embalagens   como  para   impressos,   garantindo   boa   qualidade   para   médias   e   grandes   tiragens   e  praticamente   em   qualquer   tipo   de   papel   e   alguns   tipos   de   plástico  (especialmente  o  poliestireno).    
        O  off-­‐set  faz  uma  impressão  indireta:  há  um  objeto  entre  a  matriz  e  o  papel,  que  é  chamado   de   blanqueta.   A   imagem   que   está   na   matriz   (que   é   metálica   e   é  simplesmente   chamada   de   chapa)   é   transferida   para   um   cilindro   coberto   com  borracha   (a   blanqueta)   e,   daí,   para   o   papel.   Em   resumo:   a   matriz   imprime   a  blanqueta   e   esta   imprime   o   papel.   Como   mostra   na   imagem,   cada   “parte”   da  impressora  possui  somente  uma  cor,  ou  seja  é  impressa  de  cor  em  cor.    
    Na   segunda   metade   dos   anos   1990,   o   offset   passou   a   contar   com   um  aperfeiçoamento  fundamental:  as  máquinas  dotadas  de  sistemas  CTP  (computer-­‐to-­‐press),  que  permitem  a  entrada  dos  dados  de  arquivos  digitais  diretamente  na  impressora,  onde  é   feita  a  gravação  das  chapas  e  dispensando   fotolitos.  Apesar  de   pouco   adequado,   esta  modalidade   do   processo   tem   sido   chamada   de   offset  digital.  Ele  será  abordado  mais  à  frente,  em  tópico  separado.    Há   seis   elementos   básicos   no   mecanismo   do   offset:   a   chapa,   a   blanqueta,   o  suporte   (seja   papel   ou   outro),   o   cilindro   de   pressão   (que   pressiona   o   papel  contra  a  blanqueta),  a  tinta  e  a  água.  A  figura  mostra,  de  maneira  simplificada  e  assumindo  uma  vista  lateral  da  impressora,  a  disposição  destes  seis  elementos.    
  A   chapa   com   tinta   imprime   a   imagem   na   blanqueta   e   esta   a   transfere   para   o  papel.   A   transferência   é   garantida   porque   o   papel   é   pressionado   contra   a  blanqueta   graças   ao   cilindro   de   pressão.   A   blanqueta   é   o   grande   segredo   da  qualidade   da   impressão   obtida:   a   imagem   impressa   no   papel   fica   mais   nítida  porque   a   blanqueta   trata   de   conter   excessos   de   tinta;   a   chapa   tem   uma  durabilidade  maior  porque  seu  contato  direto  é  com  a  superfície  mais  flexível  da  borracha;   finalmente,  o  papel   resiste  bem  ao  processo  porque  não   tem  contato  
direto  nem  com  a  umidade  nem  com  a  maior  quantidade  de  tinta  da  chapa  (por  ser  viscosa,  a  tinta  tenderia  a  fazer  o  papel  aderir  à  chapa,  rasgando-­‐a).    Embora  possibilite   uma   excelente   qualidade  de   impressão,   o  mecanismo   como  um   todo   é   em   realidade   frágil.   Ele   é   instável:   são   necessários   reajustes  freqüentes   durante   a   impressão,   para   manter   níveis   adequados   de   tinta   e  umidade,   tanto   para   evitar   falhas   e   borrões   quanto   para   manter   a   maior  uniformidade  possível  nos  tons  das  cores  ao  longo  da  tiragem.        
      
SERIGRAFIA  Conhecida   também   como   Silk-­‐Screen,   é   um   processo   permeográfico,   que   teve  importância  em  nosso  país  apenas  a  partir  do  fim  dos  anos  1970,  que  utiliza  telas  de  náilon  como  matrizes.  Cada  cor  impressa  significa  uma  nova  impressão,  sendo  assim   um   tinta   diferente   e   uma   tela   diferente.   Em   geral,   só   os   equipamentos  automáticos  destinados  a  grandes  quantidades,  na  maioria  em  tecidos,  permitem  a   utilização   de   impressão   de   várias   cores   em   meios-­‐tons   em   qualidade  satisfatória.    A   impressão  em  serigrafia  pode   ser   também  semi-­‐automática,mais  usada  hoje  em   dia,   como   antigamente   a   impressão  manual,   aonde   é   feita   somente   com   a  habilidade  da  mão  do  impressor  serigráfico.  É  um  processo  relativamente  barato,  adequado  para   tiragens  pequenas  ou  médias  sobre  papel.   Já  no  caso  do  uso  de  tecidos,   é   o   processo   disponível   que   oferece   melhor   relação   custo   x   benefício  para  grandes  quantidades:  ele  é  bastante  utilizado  para  a  produção  de  camisetas,  bonés  e  uniformes  em  grande  escala.    A  maioria  das  camisetas  que  compramos,  ou  roupas  mesmo,  com  uma  estampa  que   parece   ser   uma   tinta   de   espessura   grossa,   é   a   serigrafia.   A   serigrafia   é   o  processo   utilizado   também   para   a   impressão   de   rótulos   de   CDs   (ou   seja:   a  impressão   que   é   realizada   sobre   o   próprio   disco   de   plástico,   não   sua  embalagem).   A   serigrafia   utilizada   neste   tipo   de   produção   é   considerada   de  altíssima  resolução.    
CUIDADOS!  O   excesso   de   carregamento   da   tinta,   já   citado   anteriormente,   leva   à   decalcagem:   a   imagem  impressa   numa   folha  mancha   ou   cola   o   verso   da   folha   seguinte   pelo   excesso   de   tinta,   que,  como  observado,  é  viscosa,  O  excesso  de  umidade,  por  sua  vez,  poderá  atrasar  a  secagem  dos  impressos  (especialmente  em  nosso  clima,  que  é  naturalmente  úmido).  Retirar  o  material  da  gráfica  sem  que  ele  esteja  devidamente  seco  é  garantia  de  decalcagern  e,  conseqüentemente,  de   perda   da   tiragem.   Um  bom  operador   e   um  bom   acompanhamento   gráfico,   todavia,   têm  como   evitar   estes   problemas.   Esse   sistema   dispõe   de  máquinas   que   produzem   de   4.000   a  15.000  impressos  por  hora  quando  é  impresso  de  folha  a  folha,  e  de  30.000  a  45.000  por  hora  quando   é   impresso   através   de   papel   em   bobina,   sendo   essas   impressoras   chamadas   de  rotativas.    
    A   qualidade  da   reprodução  por   serigrafia   está   ligada   à   densidade  da   trama  do  nylon   utilizado   na   tela/matriz:   quanto   menor   a   trama   (ou   seja,   quanto   mais  densa),  mais  cara  a  tela,  mais  cuidadosa  deve  ser  a  impressão  e  maior  poderá  ser  a  qualidade  do  produto  final.  Quanto  mais  aberta  a  trama  (ou  seja,  menos  densa,  com  poros  maiores),  mais  barata  a  tela  e  menor  a  definição  que  será  obtida,  por  isso  sempre  tenha  cuidado,  ao  mandar  imprimir  seus  trabalhos,  e  cuide  para  que  a  trama  da  tela  seja  a  menor  possível,  sairá  mas  cara,  claro,  mas  o  impresso  fica  com  alta  qualidade.    Além  da  qualidade  da  tela,  tem  grande  importância  na  qualidade  da  impressão  o  equipamento,   a   qualificação   da   mão-­‐de-­‐obra   e   o   original   a   ser   reproduzido.  Como   regra   geral,   espera-­‐se   da   serigrafia   uma   qualidade  média   de   impressão.  Para   originais   totalmente   a   traço,   isto   é,   somente   cores   puras,   sem   nenhum  textura,  de  uma  a   três  cores,  o  resultado  pode  ser  excelente.  A  serigrafia   tem  a  grande  vantagem  de  imprimir  obre  os  mais  diversos  suportes  (papéis,  laminados  plásticos,  plásticos  rígidos,  tecidos,  lonas,  suportes  tridimensionais).    No   design   gráfico,   o   que   determina   a   escolha   pela   serigrafia   é,   em   geral,   a  pequena  tiragem  e/ou  o  suporte  no  qual  será  feita  a  impressão.  Seu  uso  também  é  indicado  na  produção  de  peças  de  grandes  formatos.  Uma  utilização  comum,  no  caso  de  impressos  sobre  papel,  é  em  situações  de  projeto  que  unem  exigência  de  alta  qualidade  e  diferenciação  com  baixa   tiragem  –  é  o  caso  de  capas  de   livros,  aonde  o  número  de  cópias  não  chega  a  mil  unidades.      
ROTOGRAVURA  A  rotogravura  é  um  processo  de  impressão  feito  para  projetos  de  altas  tiragens,  com  exigência  de  grande  qualidade.  Originária  da  indústria  têxtil  do  século  19,  é  um  processo  de  impressão  direta,  com  alimentação  de  folhas  em  bobina.  Porém,  há   gráficas   –   raras   –   que   oferecem   o   processo   em   máquinas   planas,  
possibilitando  tiragens  não  tão  altas,  adequadas  a  livros  de  arte  e  impressos  de  alto  nível.    A  velocidade  de  impressão  é  altíssima,  com  qualidade  uniforme  (ao  contrário  do  offset),   tendo  muitas   vezes,  modelos  de  máquinas   que   tenham  um   rendimento  em   torno   de   500   metros   de   bobina   por   minuto.   O   alto   custo   do   processo  (incluindo  tanto  a  impressão  quanto  a  preparação  das  matrizes,  a  realização  de  provas  e  as  correções)  torna  seu  uso  uma  exclusividade  das  grandes  empresas,  Tornando  esse  processo  “distante”  entre  os  designers  e  publicitário.  Por   isso,  é  um   processo   que   tende   a   dificultar   experimentações   por   parte   destes  profissionais.    
      Os   elementos   que   serão   impressos   são   decompostos   numa   retícula   de   baixo  relevo  no  cilindro  de  aço  ou  cobre  que   forma  a  matriz  –  o  cilindro  ou   forma.  A  gravação   do   cilindro   é   realizada   por   talho   doce,   fotogravura   ou   por   processo  digital   (sistema   DTP/direct-­‐to-­‐plate).   Após   testes   de   qualidade,   o   cilindro   é  cromado,  aumentando  sua  resistência  para  suportar  a  impressão  até  de  mais  de  um  milhão  de  cópias.    Na   impressora,   o   cilindro   é   entintado   em   toda   a   sua   superfície,   muitas   vezes  estando  parcialmente  mergulhado  na  tinta.  Uma   lâmina  de  aço   flexível,   retira  a  tinta   das   áreas   lisas   do   cilindro,   mantendo-­‐a   apenas   nos   sulcos.   Como   na  flexografia,  os  suportes  podem  ser  os  mais  diversos  –  papel,  papelão,  plásticos,  tecidos,   metal   –   e   de   qualidades   variadas.   Em   geral,   o   acabamento   pode   ser  utilizado   plastificação   e   aplicação   de   vernizes.   E   muito   comum   que   as  
impressoras  trabalhem  simultaneamente  com  seis  a  oito  tintas,  possibilitando  a  impressão  simultânea  de  cores  de  seleção  e  cores  especiais.    É  muito  utilizado  para  embalagens  de  produtos  vendidos  em  estabelecimentos  de   auto-­‐serviço,   graças   a   uniformidade   do   entintamento   do   suporte.   Os  impressos  parecerão  ter  tonalidades  idênticas  ao  serem  expostos  lado-­‐a-­‐lado,  já  que   há   estabilidade   em   toda   a   impressão.   A   opção   pela   rotogravura   é   mais  comum  em  rótulos   e   embalagens   (inclusive   lataria),   revistas   coloridas,   livros   e  outros   impressos   com   alta   tiragem,   que   necessitam   de   alta   qualidade   de  impressão,   tenham   profusão   de   fotos   e   ilustrações   e   utilizem   papéis   de  qualidade.  Também  é  utilizada  para  displays  plásticos  com  alta  tiragem  e,  ainda,  para  livros  de  luxo.    
      FONTE    COLLARO,  Antônio  Celso.  Produção  Gráfica  –  arte  e  técnica  da  mídia  impressa.  Rio  de  Janeiro:  2AB,  2008.    VILLAS-­‐BOAS,  André.  Produção  Gráfica  para  Designers.  Rio  de  Janeiro:  2AB,  2010.    
CUIDADOS!  A  qualidade  da  impressão  e  o  alto  custo  da  produção  exigem  alguns  cuidados  na  preparação  dos  layouts.  Fotos  e  imagens  em  meios-­‐tons  não  devem  ser  excessivamente  contrastadas,  mas  preferencialmente   com   nuances   ricas   de   tons   –   em   contrapartida,   grafismos   muito  detalhados,  com  uso  de  linhas  muito  finas  não  devem  conter  nuances.  Os  arquivos  de  imagem  devem   ter   sempre   uma   alta   resolução   (2400   DPI,   se   possível).   Estas   providências   visam  diminuir   os   riscos   de   perda   de   definição   quando   da   gravação   do   cilindro.   Também  recomenda-­‐secuidado   no   uso   da   tipologia:   evitar   corpos   abaixo   de  8   pontos,   a   fim   de   não  haver   serrilhados   provocados   pela   reticulagem,   e   principalmente   quando   serifados.   Tipos  vazados  em  corpos  de   texto  devem  necessariamente  utilizar  negrito  –  precaução,   aliás,  que  deve  ser  tomada  em  praticamente  qualquer  processo  de  impressão.

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