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coqueluche e poliomielite

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Coqueluche e Poliomielite 
Conceito
É uma doença infectocontagiosa viral aguda, que pode se manifestar como infecção inaparente, quadro febril específico, formas paralíticos e morte.
O quadro clássico é caracterizado por Paralisia Flácida de início súbito.
Acomete em geral os membros inferiores tendo como principais características:
 Flacidez muscular, com diminuição ou abolição de reflexos profundos na área paralisada.
Quando ocorre Paralisia dos Músculos Respiratórios e da deglutição, a vida do Paciente é ameaçada
Agente Etiológico
Poliovirus, sorotipos 1, 2 e 3. Os poliovirus selvagens dos três sorotipos
pode causar paralisia flácida. O sorotipo 1 com maior frequência e o
sorotipo 3 mais raramente . A circulação do sorotipo 2 não tem sigo
registrada desde 1999.
Período de Incubação
O período de incubação é de 7 a 12 dias.
Geralmente podendo variar de 2 a 30 dias.
Transmissibilidade
O período da transmissibilidade pode inicia-se antes do surgimento das
manifestações clínicas.
Em indivíduos susceptíveis, a eliminação do vírus se faz pela orofaringe
por um período de cerca de uma semana e pelas fezes, por cerca de seis
semanas, enquanto nos indivíduos reinfectados a eliminação do vírus se
faz por períodos mais reduzidos.
Transmissão
 Enfermidade de curso bifásico, inicialmente os sintomas são pouco
especifico, caracterizando-se pela presença de febre, dores de cabeça irritação nas
meníngies e distúrbios gastrointestinais como vomito e constipação. Depois desta fase
inicia se comprometimento dos neurônios, ocorrendo a Paralisia a doença pode levar o
paciente a morte caso ocorra o comprometimento de parte do sistema nervoso que
controla o sistema respiratório.
Período de Susceptibilidade e Imunidade
Todas as pessoas não imunizadas são susceptíveis de contrair a doença. 
 A infecção natural ou a vacinação confere imunidade duradoura. 
Embora não desenvolvendo a doença, as pessoas imunes, podem
reinfectar-se e eliminar o poliovírus, ainda que em menor quantidade por 
um período de menor tempo.
Essa infecção é mais comum pelos tipos 1 e 3.
Uma infecção com o poliovírus torna o indivíduo imune durante toda a
vida, mas a proteção depende do tipo de vírus envolvido ( tipo I, II ou III).
Reservatório
O Homem
Modo de Transmissão
Transmite-se de Pessoa para Pessoa;
Ao Tossir;
Ao Falar (Gotículas de Secreção da Orofaringe);
Por Secreções Bucais.
Modo de Transmissão
- Por Via Fecal-oral (principal)
- Por Objetos
- Por Alimentos contaminados
- Água Contaminada com Fezes de Doentes ou Portadores
- Más Condições Habitacionais
- Higiene Pessoal Precária
- Grande Número de Crianças em uma mesma Habitação
Manifestações Clínicas
A infecção pelo poliovírus selvagem apresenta-se sob diferentes formas clínicas
Forma inaparente ou assintomática – Só pode ser identificada por exames laboratoriais específicos. 
Ocorre em 90 a 95% das infecções.
Forma abortiva - Se caracteriza por: febre, cefaleia, tosse, coriza, vômito, dor abdominal e diarreia. 
Só é possível estabelecer diagnostico por meio de exames específicos. Ocorre em cerca de 5% dos casos.
Forma meningite asséptica - No inicio tem as mesmas características que a forma abortiva, depois surge 
sinais de irritação meníngea e rigidez na nuca. Ocorre em cerca de 1% das infecções.
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Manifestações Clínicas
Forma paralitica - Acontece em torno de 1 a 1,6% dos casos, e apenas essa forma possui características
 que permitem sugerir o diagnóstico de poliomielite, entre elas:
- Deficiência motora, acompanhada de febre;
- Flacidez muscular, com diminuição de reflexos na área paralisada;
- Sensibilidade;
Persistência de alguma paralisia residual (sequela), após 60 dias do inicio da doença.
Em alguns casos, pode ser apresentado um quadro de paralisia grave e levar a morte.
Diagnóstico
Diagnostico laboratorial
Exames específicos
Isolamento do vírus – É realizado a partir de amostras de fezes. A identificação do agente viral isolado pode ser realizada por meio de testes de soroneutralização com o uso de soros imunes específicos; recomenda-se a técnica de reação em cadeia da polimerase de transcrição reversa (RT-PCR). Essa técnica permite reconhecer se o vírus isolado pertence ao gênero Enterovirus, e identifica o sorotipo do Poliovirus isolado e sua origem, se vacinal ou selvagem. 
 
Coleta de amostra de fezes dos casos - Na amostra de fezes os melhores resultados de isolamento são alcançados com amostras fecais coletadas na fase aguda da doença, ou seja, até o 14º dia do início da deficiência motora, ela deverá ser coletada no máximo até 60 dias após o início da deficiência motora. 
Coleta de amostra de fezes dos casos - Deverão ser coletadas nas seguintes situações:
 -Quando houver suspeita de reintrodução da circulação do Poliovirus selvagem;
 -Em que haja confirmação do vírus derivado vacinal. 
Sequenciamento nucleotidico- A sequência nucleotídica obtida é comparada com a sequência do vírus vacinal Sabin padrão do sorotipo correspondente e são avaliadas as mutações ocorridas nesta região. Todos os Poliovirus circulantes podem acumular mutações e adquirem diferentes classificações. 
Caso a sequência não tenha relação com a cepa vacinal, o vírus é classificado como poliovírus selvagem. Os poliovírus selvagens, tem a capacidade de circulação por tempo prolongado.
Exames Inespecíficos
 
Eletromiografia– Esse exame pode contribuir para descartar a hipótese diagnóstica de poliomielite, quando seus achados são analisados conjuntamente com os resultados do isolamento viral e evolução clínica.
Liquor– permite o diagnóstico diferencial com a síndrome de Guillain-Barré e com as meningites que evoluem com deficiência motora. Na poliomielite, observasse um discreto aumento do número de células, podendo haver um pequeno aumento de proteínas.
 
Anatomopalogia– o exame anatomopatológico do sistema nervoso não permite a confirmação diagnóstica, pois não há alterações patognomônicas. As alterações consistem em atividade inflamatória, perivasculite linfocitária, nódulos ou atividade microglial difusa e figuras de neuronofagia 
Diagnóstico diferencial
 
 
Deve ser feito com polineurite pós-infecciosa e outras infecções que causam PFA. Esse diagnóstico serve para diferenciar poliomielite, síndrome de Guillain-Barré e mielite transversa.
 
 
Tratamento
Não há tratamento específico para a poliomielite. 
Todos os casos devem ser hospitalizados, procedendo-se ao tratamento de suporte, de acordo com o quadro clínico do paciente.
Prevenção 
A principal forma de se prevenir contra a poliomielite é através da
vacinação, em que são necessárias 5 doses. A primeira que começa aos 2 meses de vida e vai ate os 5 anos de idade. No Brasil a vacina é dada nos postos de saúde e durante as campanhas de vacinação.
A doença deve ser evitada tanto através da vacinação como de medida preventivas contra doenças transmitidas por contaminação fecal de agua e alimentos. As lavagens de mãos antes de comer e depois de usar o banheiro também previne a doença.
Vigilância epidemiológica
É a ferramenta essencial para monitorar e manter a erradicação da poliomielite no brasil.
A poliomielite requer um sistema de vigilância epidemiológico ativo e sensível, capaz de detectar e investigar imediatamente todos os casos de paralisia flácida no inicio súbito em menores de 15 anos.
Objetivos
- Monitorar a ocorrência de casos de PFA em menores de 15 anos de idade.
- Acompanhar e avaliar o desempenho operacional do Sistema de Vigilância epidemiológica das PFA no pais .
 
Definição de caso 
Suspeito
- Todo caso de deficiência motora flácida, de inicio súbito, em indivíduos com menos de 15 anos de idade, independente da hipótese é diagnosticado suspeito.
Poliovirus selvagem- caso de PFA, em que houver isolamento de poliovirus selvagem na amostra de fezes, independente de haver ou não sequela após 60 dias é
diagnosticado deficiência motora.
Poliomielite compatível- caso de PFA que não teve coleta adequada na amostra de fezes e que apresentou sequela aos 60 dias evoluiu a óbito.
Confirmado
Notificação
Todo caso de PFA deve ser notificado imediatamente pelo nível local a secretaria Municipal de Saúde. A notificação deve ser registrada no Sistema de informação de agravos de notificação (sinan), por meio do preenchimento e envio da ficha de investigação de paralisia flácida aguda / poliomielite.
Conceito
A coqueluche ou pertussis é uma doença infecciosa aguda e transmissível, de distribuição universal. Compromete especificamente o aparelho respiratório (traqueia e brônquios) e se caracteriza por crises de tosse seca. Em lactentes, pode resultar em número elevado de complicações e até em morte.
Agente Etiológico
- É causada pela bactéria Bordetella pertussis. 
Reservatório
 
- O homem é o único reservatório natural.
Modo de Transmissão
 Acontece principalmente pelo contato direto da pessoa doente com uma pessoa suscetível, não vacinada, através de gotículas de saliva expelidas por tosse, espirro ou ao falar. Também pode ser transmitida pelo contato com objetos contaminados com secreções do doente. A coqueluche é especialmente transmissível na fase catarral e em locais com aglomeração de pessoas.
Período de incubação, transmissibilidade , susceptibilidade e imunidade
- Período de incubação: 7 a 14 dias. 
- Período de transmissibilidade: Desde o final do período de incubação até 3 semanas após o início da tosse (fase paroxística), contados 7 dias após o contato.
 - Susceptibilidade e Imunidade
 - A suscetibilidade é geral. O indivíduo torna-se imune nas seguintes situações:
 -  Após adquirir a doença: imunidade duradoura, mas não permanente; 
- Após receber vacinação básica (mínimo de três doses) com DTP ou DTPa: imunidade por alguns anos.
- Em média, de 5 a 10 anos após a última dose da vacina, a proteção pode ser pouca ou nenhuma.
Manifestações Clínicas
A Coqueluche evolui em TRÊS fases sucessivas:
Fase catarral – Inicia com manifestações respiratórias e sintomas leves (febre pouco intensa ou ausente, mal-estar geral, coriza e tosse seca) e dura de 1 a 2 semanas.
Manifestações Clínicas
Fase paroxística – Geralmente afebril ou com febre baixa. Apresenta como manifestação típica os paroxismos de tosse seca, que se caracterizam por crise de tosse súbita incontrolável. Durante a crise, o paciente não consegue inspirar, congestão facial e, eventualmente, cianose que pode ser seguida de apneia e vômitos. Manifestando-se mais frequentemente à noite. A frequência e a intensidade dos episódios de tosse paroxística aumentam nas duas primeiras semanas; depois, diminuem. Nos intervalos das crises o paciente passa bem. Esta fase dura de 2 a 6 semanas.
Fase de convalescença – As crises de tosse desaparecem e dão lugar a episódios de tosse comum. Esta fase persiste por 2 a 6 semanas e em alguns casos pode se prolongar por até 3 meses. Infecções respiratórias de outra natureza, que se instalam durante a convalescença da Coqueluche, podem provocar o reaparecimento transitório das crises de tosse.
Manifestações 
Clínicas
Complicações
-   Respiratórias – Pneumonia e otite média por Bordetella pertussis, pneumonias por outras etiologias, ativação de tuberculose latente, atelectasia, bronquiectasia, enfisema, pneumotórax, ruptura de diafragma.
-   Neurológicas – encefalopatia aguda, convulsões, coma, hemorragias intracerebrais, hemorragia subdural, estrabismo e surdez. 
-   Outras – hemorragias subconjuntivais, epistaxe, edema de face, hérnias (umbilicais, inguinais e diafragmáticas), conjuntivite, desidratação e/ou desnutrição. 
Diagnóstico: Em geral, é clínico-epidemiológico. A confirmação laboratorial de excelência é o isolamento da cultura da Bordetella pertussis, com material colhido de secreções de nasofaringe.
 
Observação: A coleta do material para semeadura em meio de cultura deve, preferencialmente, ser feita com um bastão especial cuja ponta é coberta por "dacrou" ou de alginato de cálcio, pois o algodão do swab pode interferir na probabilidade de sucesso da cultura. 
Diagnóstico diferencial: 
 Raios X de tórax – recomenda-se em menores de 4 anos, para auxiliar no diagnóstico diferencial e/ou presença de complicações. É característica a imagem de “coração borrado” ou “franjado”, porque as bordas da imagem cardíaca não são nítidas, devido aos infiltrados pulmonares.
Diagnósticos 
A eritromicina é o antimicrobiano de escolha para o tratamento da Coqueluche, visto ser mais eficiente e menos tóxico. Este antibiótico é capaz de erradicar o agente do organismo em um ou dois dias quando seu uso for iniciado durante o período catarral ou início do período paroxístico, promovendo, assim, a diminuição do período de transmissibilidade da doença.
 No entanto, tem-se isolado Bordetella pertussis de pacientes até 7 dias após o início do uso da eritromicina.
Tratamento
 A vacinação é a medida mais eficaz e adequada de prevenção e controle da população infantil, com eficácia de 80%. Inicia-se a vacinação a partir de 2 meses até 6 anos de idade. 
Esquema Básico: Três doses (com intervalo de 4 a oito semanas). Reforço com a vacina tríplice (DPT): 1° reforço aos 15 meses após a terceira dose e o segundo entre 4 e 6 anos de idade. 
Pacientes Hospitalizados
Prevenção
Vigilância Epidemiológica
 
A Coqueluche é uma doença de notificação compulsória em todo o território nacional e sua investigação laboratorial é obrigatória nos surtos e nos casos atendidos nas unidades sentinelas previamente determinadas, a fim de identificar a circulação da Bordetella pertussis.
Objetivos
- Acompanhar o tempo de duração da doença .
- Aumentar o percentual de isolamento em cultura, com envio de 100% das coletas para o laboratório de referência nacional, para estudos moleculares e de resistência bacteriana a antimicrobianos.
Definição de Caso
Suspeito
- Todo indivíduo, independente da idade e estado vacinal, que apresente tosse seca há 14 dias ou mais, associada a um ou mais dos seguintes sintomas:
» Tosse paroxística – tosse súbita incontrolável, com tossidas rápidas e curtas (5 a 10) em uma única expiração;
» Vômitos pós-tosse.
- Todo indivíduo, independente da idade e estado vacinal, que apresente tosse seca há 14 dias ou mais e tenha história de contato com caso confirmado como Coqueluche pelo critério clínico.
Confirmado
- Critério laboratorial – todo caso suspeito de Coqueluche com isolamento de Bordetella pertussis.
- Critério epidemiológico – todo caso suspeito que teve contato com caso confirmado como Coqueluche pelo critério laboratorial, entre o início do período catarral até três semanas após o início do período paroxístico da doença (período de transmissibilidade).
- Critério clínico – todo caso suspeito de Coqueluche cujo hemograma apresente leucocitose (acima de 20 mil leucócitos/mm³) e linfocitose absoluta (acima de 10 mil linfócitos/mm³
Todo caso suspeito deve ser notificado através do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan). Os casos atendidos nas unidades sentinelas previamente determinadas devem ser notificados imediatamente pelo meio mais rápido possível ao serviço de vigilância local, a fim de se proceder a coleta de material para a realização de cultura para a Bordetella pertussis.
Notificação
Bibliografia 
- http://www.cvs.saude.sp.gov.br/busca.asp?p=coqueluche
- http://www.saude.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=515
- http://portalsaude.saúde.gov.br/index.php/o-ministério/principal/secretarias/svs/poliomielite-paralisia-flácida-aguda
- http://portalsaude.saúde.gov.br/index.php/component?/search/?searchword=
poliomielite&searchphrase=all&Itemid=242

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