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alimentação

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ–UFPA
CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO BAIXO TOCANTINS/ CUTINS
POLO UNIVERSITÁRIO DE BAIÃO.
Disciplina: estágio supervisionado III
 Docente: Andreza Lourdes de Souza Gomes
 Discente: Brena dos santos monteiro
 
PROJETO EDUCACIONAL/ OFICINAS PARA ALUNOS
TEMA: Alimentação Orgânica.
TITULO: “No encontro dos bons alimentos”
PUBLICO ALVO: Alunos de ensino Fundamental.
EMBASAMENTO TEÓRICO
“Ao longo dos séculos, a humanidade desvendou, conheceu, dominou e modificou a natureza para melhor aproveitá-la. Estabeleceu outras formas de vida, e, por conseguinte, novas necessidades foram surgindo e os homens foram criando novas técnicas para suprirem essas necessidades, muitas delas decorrentes do consumo e da produção” (SANTOS, FARIA, 2004). Nesse contexto, a alimentação que é algo inerente para a sobrevivência humana, sofreu modificações para suprir a demanda populacional que está em crescente expansão, desta forma a agricultura está em constante transformação desde o melhoramento genético das sementes até a produção em larga escala para atender a demanda mundial.
 A agricultura vem sofrendo grandes modificações, onde a demanda da produção em larga escala necessita de aparatos agrícolas para aumentar a produção. Há um intenso uso de insumos externos para uma maior eficiência nos processos agrícola, afim de buscar a maior produtividade e produtos selecionados para atender o mercado consumidor (ALVES, SANTOS, AZEVEDO, 2012). A agricultura deixou de ter como papel principal a produção de alimentos e passou a ter como principal objetivo a maximização dos lucros.
Observa-se nessa “agricultura convencional” uma lógica de que exploração ao máximo da natureza e que ela está presente para nos servir, sem observar o limite de sua utilização. Também se verifica que o plantio e focado na monocultura desenvolvida em larga escala, o que a longo prazo pode gerar um estreitamento da diversidade genética do meio ambiente explorado (CAVALLI, 2001).
O melhoramento genético de sementes auxilia na maior produtividade em menor tempo, tornando-se assim um grande aliado na produção agrícola em larga escala. Porém o uso excessivo de transgênicos (organismos vivos geneticamente modificados) nas plantações tem levantado várias discussões a respeito do assunto, principalmente pela falta de informação a respeito dos efeitos que tais alimentos podem acarretar em nossa saúde. 
Segundo Cavalli (2011), “Uma série de risco dos alimentos transgênicos para a saúde estão sendo levantados e questionados, como o aumento das alergias, resistência aos antibióticos, aumentos das substancias tóxicas e dos resíduos nos alimentos”. Isto aumenta ainda mais a insegurança do consumidor em relação aos possíveis perigos provenientes do uso de transgênicos. 
Em contrapartida a “agricultura convencional”, estão os alimentos orgânicos, que em sua maioria dispensam o uso de insumos externos e oferecem melhor valor nutricional já que são produzidos em solos mais equilibrados em nutrientes. Estes também apresentam menor toxidade, pois possuem menos resíduos de agrotóxicos e fertilizantes sintéticos (MARIANE, HENKES, 2015).
A agricultura orgânica é geralmente representada pela agricultura familiar, que se baseia na policultura, o que aumenta a variabilidade genética do ambiente. Estes agricultores utilizam adubos orgânicos (compostagem, esterco animal, borra de café) e fertilizantes naturais (hortelã, calda de fumo), minimizando os impactos causados pelos agrotóxicos no meio ambiente e na saúde humana (AZEVEDO, SCHIMIDT, KARAM, 2011).
A alimentação orgânica vai muito além de produtos sem agrotóxicos, passando por um conjunto de fatores que contribuem para um sistema de produção que não agrida o meio ambiente e ao mesmo tempo preservando os recursos naturais. Com isso, alimentação a base de produtos orgânicos vem sendo uma alternativa de ganho nutricional elevada sem agredir o meio ambiente (TERSO, LEITE, 2013).
JUSTIFICATICA 
Nos dias atuais a Educação Ambiental (E.A) deve ser trabalhada no âmbito escolar como uma disciplina separada das outras, pois é tida como um tema transversal e muitas vezes se torna esquecida por professores, devido ao fato desses educadores estarem presos aos conteúdos extensos que os mesmos não conseguem concluir até o final do ano letivo. Segundo Guedes (2006, p. 87):
“os sistemas educacionais com fortes tendências pedagógicas liberais tradicionais não compreendem ou não têm aceitado a Educação Ambiental como parte integrante do currículo e da vida escolar, impossibilitando, desta forma, a consolidação desta”.
	O século XXI trouxe consigo modificações de pensamento sobre a relação do homem e o ambiente em que vive, essas modificações de pensamento possibilitaram um olhar mais crítico em relação aos impactos ambientais gerados em atividades presentes ao decorrer da vida dos seres humanos. Nesse contexto, a reflexão sobre os processos que os alimentos passam até chegar em sua mesa, é de fundamental importância para integrar o aluno-cidadão na construção do eixo educacional/ambiental voltado para a melhoria da qualidade de vida. 
Despertar o olhar do aluno para uma alimentação saudável e orgânica, tem se tornado cada vez mais necessário, principalmente no ensino fundamental, uma vez que os hábitos alimentares nessa faixa etária se fundamentam em lanches, biscoitos, salgados entre outros produtos ligados à hábitos pouco saudáveis. A construção dos conhecimentos a partir da alimentação saudável sem o uso de produtos químicos, no seu plantio diminuem os riscos de doenças como a obesidade infantil (FISBERG, 2004).
Com a aplicação do projeto na escola busca-se contribuir com a formação dos alunos a partir de conhecimentos adquiridos através de hábitos alimentares saudáveis, partindo do princípio do que vem ser alimentos orgânicos e transgênicos e a importância de diferencia-los em sua alimentação, além de gerar reflexões sobre uma alimentação com alimentos à base de agrotóxicos. É importante ressaltar que o âmbito escolar, familiar e social devem ser espaços fundamentais para promover hábitos alimentares mais saudáveis para que a educação possa trazer transformações e benefícios para os alunos.
OBJETIVO GERAL
Conscientizar sobre a importância da alimentação orgânica.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Conceituar e diferenciar alimentos orgânicos e transgênicos;
Alertar para os perigos da alimentação com transgênicos; 
Promover hábitos alimentares saudáveis; 
Estimular o contato com alimentos orgânicos através da horta vertical; 
Conceituar e diferenciar adubos orgânicos e agrotóxicos.
METODOLOGIA
Para a realização do projeto será feita uma aula expositiva e dialogada, explicando conceitos sobre os alimentos orgânicos e transgênicos, mostrando alimentos verdadeiros que apresentem essas características descrita, onde os alunos poderão interagir a respeito no assunto abordado. No decorrer da aula serão fixados nas paredes imagens e falas importantes citadas durante a exposição.
Posteriormente será aplicada uma gincana intitulada “trilha dos alimentos” que será confeccionada com cartolina e fixada no chão da sala. A turma será dividida em três grupos que terão seus respectivos representantes, que por sua vez terão que jogar um dado para saber o número de casa à percorrer o caminho numérico durante a trilha representada pelas cores azul, verde e amarelo, onde cada cor terá uma carta educativa, seja de desafios que representada pela cor azul que falará sobre hábitos alimentares saudáveis, verde que simboliza a carta de curiosidades sobre os perigos dos alimentos transgênicos para a saúde e a cor amarela que caracteriza as perguntas sobre o tema da alimentação orgânica. Este jogo foi baseado na publicação de um artigo dos autores (MENDES et, al 2014, p.5)
Para melhor fixar o conteúdo abordado os alunos participarão da construção
de uma horta orgânica vertical com a reutilização de garrafas pets que ficará na escola, onde poderão conhecer e diferenciar adubo orgânico de agrotóxico. Diante dessa dinâmica os estudantes entrarão em contato maior com os alimentos orgânicos produzidos de forma artesanal e sem o uso de agrotóxicos que podem prejudicar a qualidade de vida das pessoas e dos alimentos. 
ETAPAS DA CONSTRUÇÃO DA HORTA VERTICAL
Fonte: http://www.trabalhomanual.com.br/wp-content/uploads/2013/11/hortavertical2.jpg
	
Figura 1: Materiais necessários. Figura 2: Corte da garrafa e fixação do barbante.
Figura 3: Horta Vertical.
A cada etapa haverá um acompanhamento avaliativo, sendo o jogo “trilha dos alimentos” com avaliação mais especifica, já que o mesmo contará com perguntas e respostas, podendo assim avaliar de forma mais objetiva os conhecimentos que cada aluno irá adquirir. O restante das etapas, serão avaliadas de foram subjetiva através da participação e interação de cada aluno no decorrer da execução do projeto.
REFERÊNCIAS
ALVES, A.C.O; SANTOS, A.L.S; AZEVEDO, R.M.M.C. Agricultura orgânica no Brasil: sua trajetória para a certificação compulsória. Rev. Bras. de Agroecologia. 7(2): 19-27 (2012), ISSN: 1980-9735.
AZEVEDO, E. de; SCHIMIDT, W; KARAM, K.F. Agricultura familiar orgânica e qualidade de vida. Um estudo de caso de Santa Rosa de Lima, SC, Brasil. Rev. Bras. de Agroecologia, 6(3): 81-106 (2011), ISSN: 1980-9735.
CAVALLI, B, S. Segurança alimentar: a abordagem dos alimentos transgênicos. Rev. Nutr., Campinas, 14 (suplemento): 41-46, 2001.
FISBERG, M. Atualização em Obesidade na Infância e Adolescente. São Paulo: Atheneu; 2004.
MARIANI, C. M; HENKES, J.A. Agricultura orgânica x agricultura convencional soluções para minimizar o uso de insumos industrializados. R. gest. sust. ambient., Florianópolis, v. 3, n. 2, p. 315 - 338, out. 2014/mar.2015.
MEDEIROS, A. B. et al. A importância da educação ambiental na escola nas series iniciais. Revista Faculdade Montes Belos, v. 4, n. 1, set. 2011.
MENDES, M.C.C. et al. Proposta de jogo didático” na trilha dos alimentos”. Revista SBEnbio, N° 7, 2014.
SANTOS, E. M.; FARIA, L. C. M. O educador e o olhar antropológico. Fórum Crítico da Educação: Revista do ISEP/Programa de Mestrado em Ciências Pedagógicas. v. 3, n. 1, out. 2004. Disponível em: <https://www.isep.com.br/FORUM.pdf>. Acesso em: 30 de jan. 2018.
TERSO, M.M; LEITE, M.de L. Horta Orgânica: Alimentação saudável/Qualidade de vida. Versão On-line, ISBN 978-85-8015-076-6, vol.1, 2013.

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