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Membrana Plasmática A membrana plasmática é uma estrutura altamente diferenciada, que delimita a célula e lhe permite manter a sua individualidade relativamente ao meio externo. FUNÇÕES: • Delimitação dos espaços celulares, protegendo as células do ambiente externo e mantendo as diferenças de concentração entre solutos do meio interno e externo; • Transporte regulado de substâncias – a membrana plasmática tem permeabilidade seletiva; • Recepção de sinais extracelulares; CARACTERÍSTICAS DA MEMBRANA • É lipoprotéica → é constituída quimicamente por lipídios e proteínas; • É semipermeável → funciona como um filtro, permitindo a passagem de substâncias pequenas (como água e íons) e impedindo ou dificultando a passagem de substâncias de grande porte (como proteínas); • Apresenta grande elasticidade devido à presença das proteínas; • Possui finíssima espessura. Só é visualizada ao microscópio Eletrônico. ESTRUTURA E COMPOSIÇÃO As membranas plasmáticas são formadas por um fino filme composto por uma bicamada de lipídeos e proteínas mantidos por interações não covalentes, em um modelo denominado de “mosaico fluído”, que permite uma mobilidade entre as moléculas. Composição: Lipídios, Proteínas e Carboidratos. LIPÍDIOS Moléculas mais numerosas das membranas. Principais: Fosfolipídios, Esfingolipídios e Colesterol. Estes tem a função de impedir movimentos aleatórios de substâncias hidrossolúveis. PROPRIEDADES DOS LIPÍDIOS DE MEMBRANA Por serem anfipáticos, os lipídios em contato com o meio aquoso formam estruturas complexas de compartimentalização de meios (interno e externo). LIPÍDIOS DA BICAMADA Fosfolipídios: São de natureza anfipática (cabeça polar e cauda apolar). Cauda é formada por dois ácidos graxos de cadeia longa, onde um deles é saturado e outro insaturado. Exemplos: fosfatidilcolina PC; fosfatidiletanolamina PE fosfatidilserina PS e fosfatidilinositol PI. Colesterol: É a menor das moléculas de lipídeos e a menos anfipática Possuem pequenos grupos hidroxila hidrofílicos e anéis hidrofóbicos planos e rígidos. O colesterol é um componente importante das membranas plasmáticas de células animais por auxiliar na estabilidade das membranas Esfingolipídeos: Esfingosina+1 ácido graxo+grupo variável São anfipáticos. Ex: ceramida, esfingomielina, cerebrosídeo, gangliosídeo. CARACTERÍSTICAS DA MEMBRANA CELULAR Movimentação dos lipídeos •Lateral •Rotacional •Flip-flop: raro MP; comum no RE (flipase) Importância da fluidez da Membrana Fluidez – facilidade com a qual as moléculas lipídicas movem-se no plano da bicamada. Importância – capacita as proteínas da membrana a se difundirem rapidamente, no plano da bicamada e a interagirem umas com as outras, essencial para muitas funções, como por exemplo, a sinalização celular. FATORES QUE INTERFEREM NA FLUIDEZ A fluidez da membrana depende da temperatura de transição, quando elas passam do estado semicristalino para um estado mais fluido. Esta temperatura é diferente, dependendo da composição da membrana – quanto mais ácidos graxos insaturados e menos colesterol ou outros esteróis, menor a temperatura de transição. As moléculas de colesterol aumentam as propriedades de “barreira de permeabilidade” da bicamada lipídica. O colesterol insere-se no interior da bicamada lipídica com seus grupos hidroxila polares próximos aos grupos de cabeças fosfolipídica, seu anel esteróides rígido interage e imobiliza as regiões das cadeias de hidrocarbonetos próximas aos grupos das cabeças polares, DIMINUINDO a permeabilidade da bicamada (MENOS FLUIDA). Resumindo: Quanto menor as interações entre hidrocarbonetos, maior a fluidez da membrana, mas se aumenta a rigidez estrutural, diminui a permeabilidade da membrana. PROTEÍNAS DA MEMBRANA CELULAR Determinam a lateralidade da membrana Três classes distintas, dependendo da sua relação com a membrana: Integrais periféricas e transmembrana. -Proteínas Periféricas: ligam-se fracamente a proteínas transmembranares ou a regiões polares de fosfolipídios, e podem ser removidas sem que a integridade da membrana seja quebrada. -Proteínas Integrais: também denominada proteínas intrínsecas ou integradas, estão intimamente ligadas à bicamada fosfolipídica e não podem ser removidas dela, exceto através da degradação da bicamada fosfolipídica com detergentes ou através de métodos agressivos que rompam a integridade da membrana plasmática. Algumas dessas proteínas estendem- se somente até o centro lipídico da membrana, enquanto que muitas atravessam a membrana inteira. Quando uma proteína integral atravessa a membrana toda ela passa a ser chamada de proteína transmembrana. -Proteínas Transmembrana: podem atravessar a membrana uma única vez (proteína transmembrana de passagem única) ou então atravessar várias vezes a membrana (proteína transmembrana multipassagem). Podem ainda ser classificadas quanto à forma que tomam, em hélice ou arranjadas como barris (figura abaixo). Podem ter a função de transportar íons, funcionar como receptores ou como enzimas. As proteínas de membrana desempenham diversas funções, segundo as quais podem ser classificadas em: Proteínas Estruturais; Proteínas Enzimas; Proteínas Receptoras e Proteínas Transportadoras. Proteínas Transportadoras: Este grupo de proteína pode ser subdivido em: Proteínas de canais: Realizam um transporte transmembrana mais rápido e pouco seletivo, apenas de moléculas menores. Proteínas Carreadoras: Realizam um transporte mais lento, porém mais seletivo, e transportam moléculas maiores. Glicocálice Camada formada por carboidratos presente em alguns tipos celulares. Composto por oligossacarídeos ligados a proteínas ou lipídeos. Funções do Glicocálice Proteção da superfície celular contra lesões mecânicas e químicas Absorção de água: superfície celular lisa Reconhecimento célula-célula: rejeição de células estranhas (transplantes). ESPECIALIZAÇÕES DA MEMBRANA Diferenciação estrutural ou uma transformação morfológica – confere à célula uma função particular. Especializações Apicais As especializações apicais de membrana são digitiformes e estão relacionadas principalmente com o aumento da superfície de trocas entre a célula e o meio (Absorção e secreção) -Especializações Apicais –Microvilosidades Expansões citoplasmáticas cilíndricas limitadas pela membrana citoplasmática apical.Importante: fenômenos de absorção Função: aumentam a superfície da membrana plasmática -Especializações Apicais –Estereocílios Longas expansões citoplasmáticas “imóveis”. Funções:Transporte de espermatozóides; Absorção de material citoplasmático das espermátides; Guiam a evacuação do produto de secreção;Vitalidade dos espermatozóides; Mobilidade. - Especializações Apicais –Cílios/flagelos Diferenciações da superfície livre das células que se relacionam a movimento: Deslocamento da célula - Movimento do meio líquido ao redor da célula Especializações laterais (junções) -Especializações laterais -Junções bloqueadoras ou de oclusão Mantém a integridade das células impedem a difusão de moléculas entre as células. Mantém as células vizinhas tão encostadas que impede a passagem de moléculas entre elas. Impedem a migração lateral das proteínas da membrana. As proteínas que onstituem as junções de oclusão são as claudinas e as ocludinas. -Especializações Laterais- Junção de Ancoragem ou de Aderência Conecta mecanicamente uma célula a outra célula adjacente e à matriz extracelular. Sítios de ligação aos filamentos de actina a) Célula-célula (cintos de adesão) b) Célula-matriz (contatos focais) Sítios de ligação a filamentos intermediários a) Célula-célula (desmossomos) b) Célula-matriz (hemi-desmossomos)-Especializações Laterais- Junções Comunicantes ou junções de GAP As junções comunicantes trata-se de um tipo de especialização do domínio basolateral da membrana plasmática que proporciona a comunicação entre células vizinhas através de canais hidrofílicos. Junções Comunicantes – Plasmodesmos Comunicação específica entre células vegetais adjacentes. Pontes de material citoplasmático. Circulação livre de líquidos/intercâmbio de solutos e macromoléculas. TRANSPORTE ATRAVÉS DA MEMBRANA A membrana plasmática é uma estrutura dinâmica que separa o meio extracelular do meio intracelular. Uma das propriedades da membrana é ser seletivamente permeável, ou seja, permite ou facilita a passagem de certas substâncias, e dificulta ou impede a passagem de outras. À passagem de substâncias ou de partículas através das membranas plasmáticas é denominado movimentos transmembranares. Todas as células do organismo, para sobreviver e praticar suas atividades orgânicas tem que construir um ambiente favorável. Com isso podemos supor a existência de mecanismos intrínsecos capazes de controlar o ambiente interno das células em relação ao meio externo (plasma). Na tabela abaixo, observe algumas diferenças do meio extracelular para o meio intracelular: Mas como as células conseguem atingir essa diferença? Deve-se lembrar de que há uma barreira que limita o meio extracelular e intracelular a membrana celular. A estrutura da membrana celular consiste em uma camada bilipídica com grande número de moléculas e proteínas. A composição de fosfolipídios da bicamada lipídica dessa membrana garante que ela seja imiscível tanto a componentes internos e externos da célula, dessa forma há a construção de uma estrutura celular que restringe o transito de substâncias. Entretanto, a limitação imposta pela bicamada lipídica é reservada a um grupo de substâncias, outras substâncias, como as lipossolúveis, podem atravessá-la, criando um novo problema. Para a resolução definitiva, além da membrana, é necessária outra forma de criar a individualização celular com mais eficiência. Dessa forma, proteínas foram inseridas na membrana com função de, justamente, regular a passagem de substâncias a qual a membrana celular é ineficiente. Essas proteínas ficaram conhecidas como proteínas transportadoras. PROTEÍNAS TRANSPORTADORAS DE MEMBRANA Proteína carreadora (permeases): 1-ligam um soluto específico a um substrato; 2- sofrem mudanças conformação; 3-transferem o soluto; Funções: Transportam quase todas as moléculas orgânicas através da membrana Altamente seletivas: funcionam como “catracas”, pois transportam moléculas em ambas as direções. Proteínas canal: poros hidrofílicos por onde passam pequenos solutos por difusão “canais iônicos” - não necessitam ligar o soluto - várias subunidades protéicas (oligômeros) - poros hidrofílicos - poros abertos → solutos passam e cruzam a membrana - mecanismo + provável → maior velocidade e menos gasto de energia Movimentos Transmembranares -Transporte Passivo -Não Mediado A – Difusão Simples Passagem de um soluto (como o sódio e o potássio) de um local de maior concentração (meio hipertônico) para um local de menor concentração (meio hipotônico), até as concentrações se igualarem e os meios ficarem isotônicos. Ocorre sem a intervenção ativa dos constituintes da membrana. B – Osmose Consiste na passagem de água (solvente), através de uma membrana, de um meio hipotônico para um meio hipertônico. Se o líquido extracelular está mais concentrado que o protoplasma, a célula desidrata-se, perde água, ocorre a Plasmólise. A célula fica plasmolisada. Se o líquido extracelular está menos concentrado que o protoplasma, a célula absorve água – ocorre a Turgescência. A célula fica Túrgida. C – Difusão Facilitada Processo de passagem de um soluto (Ex: Glicose), a favor do gradiente de Concentração, de um lado para o outro da membrana plasmática, com intervenção ativa dos Constituintes da membrana. D – Transporte através de Canais iônicos Canais hidrofílicos que permitem o movimento passivo de pequenas moléculas hidrossolúveis. Transportam principalmente: Na+, K+, CL- e Ca2+. São seletivos Não estão sempre abertos -Transporte Ativo Fontes de Energia para que ocorra o Transporte Ativo 1-Transporte impulsionado por ATP 2-Transporte impulsionado por Luz 3-Transporte Acoplado A- Primário Bomba Na+/K (transporte impulsionado por ATP) Importante nas células animais é a principal responsável pela manutenção do gradiente eletroquímico. Esta bomba transporta K+ para dentro e íons NA+ pra fora da célula. A célula mantém o diferencial de concentração através do consumo de ATP para impulsionar a proteína carreadora Na+-K+ ATPase. Bombas de Ca2+ (transporte impulsionado por ATP) Os íons cálcio são mantidos, normalmente, em concentrações muito baixas no citoplasma celular. Isso é realizado por duas bombas de cálcio, presentes na membrana celular, bombeando cálcio para fora da célula e, a outra, bombeia cálcio para o interior de uma ou mais das organelas vesiculares do interior celular. Bombas Impulsionadas por Luz, ou seja, Transporte impulsionado por Luz Existem organismos (fototróficos) que utilizam a energia luminosa ao invés da energia proveniente de reações químicas para o deu crescimento. Exemplo: Plantas B- Secundário Transportadores Acoplados: Muitas membranas pegam carona com outras substâncias ou íons, para entrar ou sair das células, utilizando o mesmo “veículo” de transporte. Exemplo: Como vimos anteriormente a bomba de sódio/ potássio expulsa íons de sódio da célula, ao mesmo tempo em que faz os íons potássio ingressarem, utilizando a mesma proteína transportadora (o mesmo canal iônico), com gasto de energia. Assim moléculas de açúcar aproveitam o ingresso de sódio e o acompanha para o meio intracelular. Esse transporte simultâneo ocorre com a participação de uma proteína de membrana “cotransportadora” ou simportador que, ao mesmo tempo em que favorece o retorno de íons de sódio para a célula, também deixa entrar moléculas de açúcar . Transporte acoplado só ocorre se os dois solutos estiverem presentes UNIPORTE somente um tipo de soluto ( não é acoplado) SIMPORTADOR (ou cotransportador) = se as 2 moléculas vão para a mesma direção ANTIPORTADOR (ou permutador) = se deslocam-se em direções opostas ORGANELAS GERADORAS DE ENERGIA: MITOCÔNDRIAS ECLOROPLASTOS Obtenção de Energia A energia necessária para realização de reações químicas do organismo vem da quebra de moléculas, principalmente carboidratos. Outras moléculas também podem ser fonte de energia para a célula: lipídios, proteínas e ácidos nucléicos. Essa energia é utilizada para formar ATP. As membranas utilizam de fontes variadas (energia luminosa, O2 e alimentos) para a produção de ATP. E quando a célula precisa de energia o ATP é quebrado em ADP + P, liberando energia. Em procariotos a membrana responsável por isso é a Membrana Plasmática e em eucariotos são as Mitocôndrias e Cloroplastos. HIPÓTESE DA ORIGEM DESTAS ORGANELAS Teoria da Endossimbiose: Mitocôndrias e Cloroplastos são organelas supostamente derivadas de bactérias primitivas que foram englobadas por células eucarióticas estabelecendo assim uma relação de Endossimbiose (interação biológica mutualmente benéfica) célula ofertando proteção e nutrientes e microrganismo favorecendo maior rendimento e aproveitamento energético através do processo de respiração celular. Evidencias da Teoria da Endossimbiose: 1. Existência de material genético próprio- característico de organismos ancestrais pelo DNA circular; 2. Presença de RNA ribossômicoestruturalmente diferenciado com menor teor proteico e menor tamanho dos ribossomos em relação aos da célula hospedeira; 3. Existência de duas membranas - sendo a interna do microrganismo englobado e a externa do organismo da célula hospedeira; MITOCÔNDRIAS: ESTRUTURA •Membrana Externa •Membrana Interna •Cristas •Espaço Intermembrânico •Matriz •Ribossomos •Grânulos •DNA •Partículas sintetizadoras de ATP RESPIRAÇÃO CELULAR É na mitocôndria que ocorre o metabolismo completo dos açúcares gerando energia que é convertida em ATP, esse processo é chamado de Respiração Celular. A Respiração Celular ocorre em três etapas: -Glicólise: ocorre no citoplasma celular -Ciclo de Krebs: ocorre na matriz mitocondrial -Fosforilação Oxidativa: membrana interna mitocondrial Glicólise: Ocorre no Citosol e não necessita de oxigênio pra ocorrer Para cada molécula de glicose são consumidos 2 ATPs para promover energia nos processos iniciais, porém 4 moléculas de ATPs são produzidas nas etapas finais da glicólise. 1- A glicólise oxida a molécula de glicose, ela extrai elétrons ricos em energia da glicose e passa esses elétrons pra uma molécula chamada de NAD+, quando o NAD+ recebe esses elétrons se converte em NADH,sempre 2 moléculas de NADH serão formadas por moléculas de glicose oxidada. 2- A glicólise também quebra a molécula de glicose ao meio, ou seja, se a glicose tem 6 carbonos, quando quebrada fica com dois compostos de 3 carbonos que são chamados de piruvato.No início do processo são utilizadas 2 moléculas de ATP para ativar o catabolismo da molécula de glicose, porém são formadas 2 moléculas de NADH, 4 ATP e 2 moléculas de piruvato. BALANÇO ENERGÉTICO 4 ATP + 2 NADH – 2 ATP → 2 ATP + 2 NADH DESCARBOXILAÇÃO DO PIRUVATO Os dois piruvatos resultantes da glicólise entram na matriz mitocondrial,nesse processo cada molécula de piruvato perde um carbono liberando CO2. O acetil se liga a uma substância chamada de coenzima-A formando Acetil coenzima A ou Acetil –COA, no processo de síntese de do Acetil- COA o acetil foi oxidado liberando elétrons que foram usados para produzir o NADH. E assim ocorre a descarboxilação do Piruvato ou conversão em Acetil CoA. CICLO DO ÁCIDO CÍTRICO O Acetil-COA entra em uma série de reações que chamamos de ciclo do ácido cítrico. Nesse processo são liberado 2 moléculas de CO2, também serão produzidos 4 NADH, 1FADH2 e 1ATP. Deve se lembrar de que eram 2 moléculas de piruvato então na verdade se produz: 2 x (4 NADH + 1 FADH2 + 1 ATP) → 8 NADH + 2 FADH2 + 2 ATP CADEIA RESPIRATÓRIA FOSFORILAÇÃO OXIDATIVA: Ocorre na membrana interna da mitocôndria mais especificamente nas cristas. - Todos os NADH e FADH produzidos na glicólise e no ciclo do ácido cítrico são conduzidos a cadeia respiratória. Na cadeia os NADH ou o FADH vão liberar seus elétrons que serão atraídos pelo O2, esses elétrons vão passar por uma série de proteínas, essa série de proteínas é denominada cadeia transportadora de elétrons, três dessas proteínas vão utilizar a energia desses elétrons para bombear prótons H+ para o espaço intermembrana. Quando esses elétrons se encontram com o O2, os elétrons se unem ao O2 e aos prótons H+ formando água. Esses prótons H+ voltam para o interior da membrana interna passando por dentro de uma enzima chamada ATP sintase e esta une um ADP a um fosfato produzindo ATP. Os elétrons do FADH são menos carregados que os elétrons NADH, pois o FADH bombeia apenas 2 prótons H+ para o espaço intermembrana, enquanto o NADH bombeia 3 prótons H+. Portanto cada NADH produz 3 ATPs e cada FADH produz 2 ATPs. BALANÇO ENERGÉTICO A fosforilação oxidativa produz: 34 ATPs 2 NADH da glicólise → 6 ATP 8 NADH do ciclo de Krebs → 24 ATP 2 FADH2 do ciclo de Krebs → 4 ATP Então Glicólise = 2 ATP Ciclo de Krebs = 2ATP Fosforilação oxidativa = 34 ATP Totalizando em 38 ATPs No processo de Respiração Celular o FADH2 e o NADH atuam como doadores iniciais de elétrons e o O2 como aceptor final. CLOROPLASTO: ESTRUTURA •Membrana Externa •Membrana Interna •Tilacóides •Lúmen •Grana ou Granum •Lamela •Estroma •DNA circular FOTOSSÍNTESE: Ocorre nos cloroplastos A fotossíntese compreende um processo físico-químico onde organismos fotossintéticos sintetizam compostos orgânicos a partir de CO2, na presença de luz solar. Estes processos podem ser divididos em duas fases, sendo elas a fotoquímica e a bioquímica. Nas plantas, todo o processo fotossintético ocorre dentro de cloroplastos. Este plastídio possui duas membranas (interna e externa) que regulam a entrada e a saída de moléculas, e no seu interior, encontram-se os tilacoides (vesículas achatadas) dispersos no estroma (matriz incolor do cloroplasto). Na membrana dos tilacoides ocorre a fase fotoquímica da fotossíntese, e no estroma, a etapa bioquímica. Durante a fase fotoquímica os pigmentos fotossintéticos (clorofila) absorvem a energia contida nos fótons, e posteriormente, liberam esta energia na forma de ATP e NADPH, que durante a fase bioquímica, será utilizada para a fixação do CO2. Na membrana dos tilacoides há quatro complexos proteicos, formando a cadeia fototransportadora de elétrons (CFTE). Entre os complexos proteicos, se destacam o fotossistema I e fotossistema II, que possuem complexos antena (cadeias de clorofilas) responsáveis por captar a energia luminosa. Nesta CFTE ocorre a hidrolise da molécula da água, e os elétrons liberados são utilizados para reduzir o NADP+ a NADPH. Durante a passagem dos elétrons pela CFTE há o bombeamento de prótons (H+) para o interior dos tilacoides (região denominada lúmen), criando uma força protomotriz. Os ATP sintases localizados na membrana dos tilacoides geram os ATP’s da através da força protomotriz. Durante a faze bioquímica da fotossíntese ocorre a redução do CO2 a moléculas orgânicas, através do ciclo de calvin. Este ciclo é divido em três fases, sendo elas a carboxilação, redução e regeneração. Durante a carboxilação a ocorre a assimilação de CO2, que é catalisada pela enzima Rubisco. Durante a segunda fase (redução) ocorre a formação de compostos orgânicos com o gasto de energia metabólica que foi formada durante a fase fotoquímica. Na terceira faze ocorre a regeneração de alguns subprodutos do ciclo. A cada ciclo são assimilados 3 CO2, e no final é liberado um composto carbônico contendo 3 carbonos (3- fosfoglicerato, também conhecido como PGA). O composto formado durante o ciclo de calvin (PGA) vai para o citosol, por meio de transportadores específicos localizados nas membranas do cloroplasto, onde há a formação de sacarose (molécula que contém 6 carbonos) com a “junção” de duas moléculas de PGA. RESUMINDO Reações da fase Fotoquímica Produção de ATP e NADPH Reações da fase Bioquímica Conversão de CO2 em carboidrato No processo de fotossíntese doador inicial de elétrons é o H2O e o aceptor final é o NADPH. Comparação entre Mitocôndrias e Cloroplastos Semelhanças e Diferenças nos processos de Fotossíntese e respiração Celular CÉLULA VEGETAL Características Intrínsecas da Célula Vegetal • Parede Celular •Plastídios •Vacúolos Diferenças entre célula animal e vegetal PAREDE CELULAR A parede celular está presente em praticamente todos os tipos celulares de plantas, é a principal característica que serve para distinguir célula vegetal de animal. Funções da Parede Celular •Parede celular contribui para a integridade estrutural e morfologia da planta. • A planta necessita da parede celular para o seu crescimento. • Parede celular deve se modificar e se expandir acompanhando o crescimento da célula. •Confere proteção às células Constituição Celulose: Confere resistência aplanta Hemicelulose: Une as microfibrilas de celulose Pectina: Permite a difusão de algumas moléculas pela parede por apresentar afinidade com a água. Lipídeos: Impede a perda de água Lignina: Confere rigidez a parede Tipos de Parede Celular Parede Primária: Camada da parede que se deposita primeiro, portanto está presente em ambos os lados da lamela medi, não é tão rígida. Parede Secundária: Parede que se deposita posteriormente na parede, quando a célula cessou seu crescimento, é muito rígida. É composta de camadas, designadas respectivamente: S 1, S 2 e S 3. Nem toda célula apresenta parede secundária. Composição química da parede Componentes Parede Primária Parede Secundária Polissacarídeos 90% 65-85% Celulose 20-40% 50-80% Hemicelulose 15-25% 5-30% Pectina 30% - Proteínas 10% - Lignina - 15-35% Estrutura da parede Primária Cada microfibrila é formada por várias moléculas de celulose. A hemicelulose vai se associar as microfibrilas. Passando entre as microfibrilas que estão associadas à hemicelulose, estão as pectinas. Ligando as pectinas as microfibrilas estão outras pectinas. As pectinas promovem conexão entre as microfibrilas de celulose. As glicoproteínas vão se alternando entre as microfibrilas fazendo um zigue- zague. Estrutura da Parede Secundária Em regiões onde ocorre uma menor deposição de parede primária, formam- se os campos primários de pontoação, nesses campos há presença de plasmodesmos que são canais que permitem a comunicação de uma célula com a outra. O plasmodesmo é contituido por Canalículo+membrana plasmática+desmotúbulo Constituintes da Parede Celulose: Polímero linear de subunidades de glicose unidas por ligações beta-1,4. Estrutura ordenada “micelas” formando microfibrilas, confere resistência à planta. Polímero mais abundante da Terra. Hemicelulose: Composta por vários monômeros além da glicose Glicoses unidas por ligações beta-1,4 mais ramificações de D-xilose. Pectinas: Polissacarídeos complexos. Possuem resíduos de ácido glutâmico unidos por ligações α-1,4 Proteínas Extensinas: glicoproteína que atua no alongamento celular. Expansinas: tem a capacidade de promover extensão da parede celular Lignina: está presente na parede celular secundária. Substância que confere resistência mecânica (rigidez) química e biológica (Contra fungos e bactérias). Outros Componentes Compostos lipídicos: ceras, cutina e suberina, presentes nas paredes externas de células do revestimento. Compostos minerais: sílica, oxalato de cálcio. Formação da parede celular Origem: durante a citocinese Dictiossomos: vesículas de Golgi que marcam o início da formação da parede, as vesículas derivadas do Golgi se fundem formando a placa celular. Conjunto de vesículas no plano equatorial: fragmoplasto Formação dos plamodesmos. VACÚOLOS Estrutura Membrana unitária (tonoplasto); 95% do volume celular pode ser ocupado pelo vacúolo. Funções Acumulam nutrientes e catabólitos Estocagem de íons Digestão Conteúdo do suco celular: íons, sais, açúcares, hormônios do crescimento antocianinas cristais de solutos (oxalato de cálcio). PLASTÍDEOS São classificados basicamente pela ausência ou presença de pigmentos Tipos de plastídeos -Pigmentados Cloroplasto: predomina o pigmento verde a clorofila Cromoplasto: geralmente em tonalidades amareladas até avermelhadas, predomina os caratenóides. Xantoplastos: xantofila, com pigmentos amarelos Eritroplastos: eritrofila, com pigmentos vermelhos -Não pigmentados ou Leucoplastos Elaioplastos ou Oleoplastos: que sintetizam gorduras Proteinoplastos: que armazenam proteína - Estioplastos: plastídeos desenvolvidos em órgãos não expostos a luz. Interconversão Os plastídeos também possuem a capacidade de interconversão, assim, um plastídeo pigmentado pode ser convertido em um não pigmentado e vice- versa. CITOESQUELETO Conjunto de elementos protéicos que são responsáveis pela integridade das células e por seus processos dinâmicos. O citoesqueleto é uma estrutura exclusiva de células eucarióticas. Funções do citoesqueleto: – Estabelecer a forma da célula; – Proporciona movimentos celulares; – Permite a organização intracelular. Três tipos de filamentos protéicos formam o citoesqueleto -Microfilamentos de Actina -Filamentos Intermediários -Microtúbulos MICROFILAMENTOS DE ACTINA ou FILAMENTOS DE ACTINA São formados pela proteína globular actina G, ocorrem em todo citoplasma, mas é especialmente abundante na periferia da célula (córtex celular). Córtex celular FUNÇÕES CELULARES DEPENDENTES DOS MICROFILAMENTOS DE ACTINA 1-Forma e locomoção celular 2- Transporte intracelular de grânulos secretores e organelas; 3- Posicionamentos de macromoléculas: RNAm e complexos multienzimáticos; 4- Interações com receptores de membranas: capaz de responder a estímulos do meio; 5- Formação do anel contrátil na divisão celular; 6- Formação do citoesqueleto das hemácias. -POLIMERIZAÇÃO DA ACTINA A actina é uma proteína que, em conjunto com a miosina e moléculas de ATP, gera movimentos celulares e musculares. A actina polimerizada forma os microfilamentos de actina. O processo de polimerização é dividido em três etapas Nucleação: início do processo; Elongação: adição de monômeros; Equilíbrio constante: gera a instabilidade dinâmica. Devido à orientação dos monômeros de Actina-G, o Filamento de Actina assume uma estrutura Polar, com duas extremidades diferentes: Apresentam uma extremidade mais (+) e uma extremidade (-); Proteínas acessórias e os modos de associação aos microfilamentos EX: A miosina da família de proteínas motoras que, associadas à actina, promovem movimentos como: deslocamento das organelas; expansão de prolongamentos celulares;contração; formação do anel contrátil;função contrátil das fibras de estresse. As Miosinas utilizam os microfilamentos como trilhos, direcionando o deslocamento de outros filamentos ou de organelas FILAMENTOS INTERMEDIÁRIOS Apresentam diâmetro entre 8 a 10 nm, Enquanto os filamentos de actina e os microtúbulos estão presentes em todas as células eucarióticas, a ocorrência dos filamentos intermediários citoplasmáticos é exclusiva de células de organismos multicelulares. Os filamentos intermediários são proteínas fibrosas que se associam, formando estruturas altamente resistentes a força de tração. PROPRIEDADES FUNCIONAIS DOS FILAMENTOS INTERMEDIÁRIOS Função mecânica; Manutenção da forma e integridade da célula; Podem sofrer rearranjos para atender as necessidades da célula; Contribuem para o posicionamento do núcleo e das organelas; Podem ter contribuído para a multicelularidade. COMPOSIÇÃO QUÍMICA DOS FILAMENTOS INTERMEDIÁRIOS Podem ser agrupadas em cinco classes principais: 1- vimentinas (os mais abundantes) 2- citoqueratinas (células da epiderme) 3- proteínas acídicas fibrilares gliais (células de Schwann e astrócitos 4- proteínas dos neurofilamentos (neurônios) 5- lâminas nucleares (todas as células eucarióticas) MICROTÚBULOS Estrutura cilíndricas, aparentemente ocas, com aproximadamente 25 nm de diâmetro que se estendem por todo o citoplasma. Protofilamento é formado por alfa e beta tubulinas alternadamente Como os microfilamentos de actina, os microtúbulos também apresentam Instabilidade Dinâmica e extremidades mais (+) e menos (-). FUNÇÕES CELULARES DEPENDENTES DOS MICROTÚBULOS 1- Participam da movimentação de cílios e flagelos; 2- Transporte intracelular de partículas; 3- Deslocamento dos cromossomos na mitose; 4- Estabelecimento e manutenção da forma das células. Associam-se com proteínas motoras de dois grandes grupos: Cinesinas e Dineínas.DINEÍNA: leva vesículas para o polo (-) CINESINA:para o polo (+). O PROCESSO DE POLIMERIZAÇÃO Os microtúbulos estão em constante reorganização crescendo em uma extremidade graças à polimerização local dos dímeros de tubulina, e diminuindo na outra extremidade graças à despolimerização local. A extremidade que cresce é denominada extremidade mais (+) e a outra é a extremidade menos (-). Os processos de encurtamento e alongamento dos microtúbulos são devidos a um desequilíbrio entre polimerização e despolimerização. O processo é dividido em três etapas: Nucleação: início do processo; Elongação: adição de dímeros; Concentração crítica: equilíbrio entre a polimerização e despolimerização. O papel do GTP na polimerização é a determinação das extremidades (+) e (-). O crescimento dos microtúbulos está associado à interação dos dímeros de tubulina com GTP. Proteínas Associadas ao Microtúbulos (MAP) Algumas proteínas podem se associar aos microtúbulos e desempenhar as seguintes funções: – Aumentar a velocidade de polimerização:interação com tubulinas livres – Estabilizar microtúbulos: organização intracelular – Proteínas motoras: ATPases MICROTÚBULOS DOS CENTRÍOLOS A maioria das células animais apresenta um par de centríolos; Estes estão localizados no centrossomo; O centrossomo é um centro organizador de microtúbulos; Cada centríolo é formado por 27 microtúbulos divididos em 9 feixes de 3 microtúbulos paralelos Centríolo Corpúsculo Basal Forma cilíndrica 9 trincas de microtúbulos: 1 completo (A) e 2 incompletos (B, C) Não há par central Cílios e Flagelos Os cílios são extensões semelhante a um fio de cabelo, presente na superfície da célula, contendo um feixe de microtúbulos. O flagelo é uma protusão longa que promove o deslocamento de uma célula em meio líquido através de movimento ondulatório. Estrutura dos Cílios e Flagelos 9 pares de microtúbulos + 1 par central Cada par tem 1 microtúbulo completo (13) e 1 incompleto (11) Movimento dos Cílios e Flagelos Comparação entre os componentes do Citoesqueleto
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