Buscar

Resumo de Biologia celular

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 17 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 17 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 17 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Membrana Plasmática 
É uma camada delgada composta por lipídios, proteínas e carboidratos. 
Constituem verdadeiras barreiras permeáveis seletivas que controlam a passagem de íons e de moléculas pequenas. 
Fornecem o suporte físico para a atividade ordenada das enzimas que nelas se encontram . 
Tornam possível o deslocamento de substâncias pelo citoplasma. 
Participa do processo de endocitose e exocitose. 
Existem moléculas mediante as quais as células se reconhecem e se aderem entre si e com componentes da matriz 
extracelular. 
Possui receptores que interagem especificamente com moléculas provenientes do exterior, como hormônios, 
neurotransmissores, fatores de crescimento e outros indutores químicos. 
1. Estrutura 
Biomembrana = moléculas lipídicas + proteínas – mantidos juntos por interações não covalentes. 
Os lipídios fundamentais das membranas biológicas são fosfolipídios de tipos distintos e colesterol. 
Possui uma natureza anfipática, são moléculas que possuem uma cabeça polar ou hidrofílica – voltadas para o meio 
extracelular ou para o citoplasma - e longas cadeias hidrocarbonadas apolares ou hidrófobas – voltadas para o 
interior da membrana. 
As duas camadas da bicamada lipídica não são 
idênticas em sua composição, e por esta razão se diz 
que a membrana são assimétricas. 
Dizer que a dupla camada lipídica se comporta como 
uma estrutura liquida significa que seus componentes 
giram em torno de seus eixos e se deslocam 
livremente pela superfície membranosa. Além desses 
movimentos, os lipídios podem passar de uma 
camada para outra por meio de um movimento 
chamada flip-flop. 
A fluidez permite a rápida difusão das proteínas de membranas no plano de bicamada e sua interação com outras 
proteínas. 
A membrana por si só, é uma extremidade fina e frágil. Muitas membranas celulares são reforçadas e sustentadas 
por arcabouço de proteínas ligadas à membrana por meio das proteínas transmembranas. 
Em particular, a forma da célula e as propriedades mecânicas da membrana plasmática são determinadas por uma 
rede de proteínas fibrosas, chamadas de córtex celular, que se liga à superfície citosólica de membrana. 
As proteínas das membranas celulares exibem uma assimetria maior que os lipídios e são classificadas: 
 Proteínas periféricas : encontram-se sobre as faces da membrana, ligadas às cabeças dos fosfolipídios ou a 
proteínas integrais . 
 Proteínas integrais ou intrínsecas: encontram-se embutidas nas membranas, entre lipídios da dupla camada. 
 As proteínas não transportam apenas nutrientes metabolitos e íons através da bicamada, elas também possuem 
muitas outras funções: 
 Atividade enzimática 
 Receptores de sinais químicos 
 Adesão intercelular 
 Reconhecimento célula-célula 
 Une citoesqueleto à matriz extracelular 
As proteínas por apresentarem mobilidade, possuem certas restrições aos seus movimentos: 
 Ligadas ao citoesqueleto 
 Ligadas a moléculas da matriz extracelular 
 Ligadas a proteínas da superfície da célula adjacente e ao citoesqueleto 
 Barreiras difusionais 
O glicocálice é uma extensão da própria membrana e não uma camada seprada, sendo constituído: 
 Porções glicídicas das moléculas de glicolipídios 
 Por glicoproteínas integrais da membrana ou absorvidos após secreção 
 Por algumas proteoglicanas 
É funcionalmente importante e sua composição não é estática. Vária de um tipo celular para outro e, na mesma 
célula, vária com a região da membrana e conforme a atividade funcional da celular em determinado momento. 
2. Transporte da membrana 
As células devem importar nutriente (como açúcares e aminoácidos), eliminar produtos residuais metabólicos (como 
CO2) e regular as concentrações intracelulares de uma série de íons inorgânicos. Sua transferência depende de 
proteínas transportadas especializadas que se estendem através da membrana, proporcionando corredores 
privativos ao longo da membrana para substâncias selecionadas. 
As proteínas de transporte ocorrem em muitas formas e em todos ok tipos de membranas biológicas. Cada proteínas 
propicia um corredor privativo através da membrana para uma classe específica de moléculas – íons, açucares ou 
aminoácidos. 
As proteínas de transporte podem ser divididas em duas classes principais: 
A. Canais 
Distinguem principalmente cm base no tamanho e na carga elétrica. 
 Canal voltagem: permanecem abertos por curto período de tempo. Passagem de íon. 
 Canal ligante: permanece aberto até que o ligante – molécula sinalizadora- se dissocie. 
 Canal mecânico/ estiramento/pressão 
 Aquaporina: canal iônico constituído por 4 proteínas para a passagem de água. 
 
B. Transportadores 
Permite somente a passagem daquelas moléculas ou íons que se encaixam em uma sílio de ligação na proteína, 
ele, então, transfere essas moléculas através da membrana – uma de cada vez pela mudança de sua própria 
conformação. 
São vários os tipos de transportes: 
1) Difusão passiva [+]  [-] 
O soluto penetra na célula quando a sua concentração é menor no interior celular do que no meio extracelular, e 
sai da célula no caso contrário. 
Não ocorre gasto de energia por parte da célula. 
É um processo físico de difusão a favor do gradiente. 
2) Difusão facilitada [+]  [-] 
Não tem consumo de energia. 
Apresenta uma velocidade maior do que a difusão passiva. 
A velocidade da difusão facilitada não é proporcional à concentração do soluto, exceto em concentrações muito 
baixas. 
Na penetração facilitada, a substância penetrante se combina com uma proteína transportadora. 
3) Transporte ativo [-] [+] 
Há consumo de energia fornecida por ATP. 
A substância pode ser transportada de um local de baixa concentração para um outro de alta concentração. 
É um processo contra o gradiente. 
4) Transporte impulsionado por gradiente iônico [-][+] 
A células pode utilizar a energia potencial de gradientes de íons para transporte das moléculas e íons através da 
membrana. 
Cotransporte: mecanismo de transporte ativo, onde a glicose é transportada contra o seu gradiente de 
concentração aproveitando a carona energética do íon Na+ que é transportado a favor do seu gradiente 
eletroquímico. Ambas são transportadas no mesmo sentido. 
5) Transporte via vesícula 
Depende de alterações morfológicas da superfície celular, onde se formam dobras que englobam o material a ser 
introduzido na célula. Também chamado de endocitose. 
Quando a transferência de macromoléculas tem lugar em sentido inverso, isto é, do citoplasma para o meio 
extracelular, o processo recebe o nome genérico de exocitose. 
i. Fagocitose 
Formação de pseudópodos que englobam no seu citoplasma partícula sólidas que, por suas dimensões, são 
visíveis ao microscópio óptico. 
Nos protozoários é um processo de alimentação, enquanto nos animais é um processo de defesa. 
É um processo seletivo. 
ii. Pinocitose 
Engloba gotículas líquidas. 
Proteína clatrina: responsável pelo aspecto filamentoso visto nos cortes. Transportam o material provido da 
membrana entre os compartimentos endossômicos e de Golgi. 
Ocorre a invaginação de uma área localizada da membrana plasmática, formando-se pequenas vesículas que são 
puxadas pelo citoesqueleto e penetram no citoplasma. 
 Não seletivas: as vesículas englobam todos os solutos que estiverem presentes no fluido extracelular. 
 Seletivas: possibilita a incorporação ao citoplasma de grandes quantidades de um tipo de molécula, sem 
a penetração concominante de muita água. Ocorre na maioria das células em duas etapas: 
 A substância a ser incorporada adere a receptores da superfície celular. 
 A membrana se afunda e o material aderido passa para uma vesícula. Esta se destaca da 
superfície celular e penetra no citoplasma. 
 
3. Estruturas especializadas da membranaDesmossomos: tem a forma de uma placa arredondada e é constituído pelas membranas de duas células vizinhas. A 
capacidade dos desmossomos para prender células vizinhas depende da presença de caderinas – proteína 
transmembrana que exibem adesividade na presença de íons 
Ca2+. 
Junção Aderente ou Cinturão de adesão: promove adesão entre 
as células e oferece um local de apoio para os filamentos que 
penetram nos microvilos das células. São sensíveis aos níveis de 
íons Ca2+, sendo desorganizadas quando a concentração desses 
íons é muito baixa, o que acarreta a separação das células. 
 Zônula Oclusiva: é uma faixa contínua em torno da porção 
apical de certas células epiteliais, que veda, total ou 
parcialmente, o transito de íons e moléculas por entre as 
células. É responsável pela formação de compartimentos 
funcionalmente separados, muitas vezes constituídos por 
camada epiteliais com junções oclusivas bem desenvolvidas. 
Junção Comunicante ou Junção de Hiato ou Junção de GAP: 
estabelece comunicação entre as células, permitindo que 
grupos celulares funcionem de modo coordenado e harmônico, 
formando um conjunto funcional. Podem passar de um estado de pouca permeabilidade a um estado de grande 
permeabilidade e, desse modo, abrem ou fecham a comunicação entre as células. 
Microvilos: tem a função de aumentar a área de contato da membrana a fim de facilitar o transporte dos nutrientes 
da cavidade, e alguns possuem membranas que contam moléculas especiais. São encontrados nas células em geral , 
são pequenos, de forma irregular, contém menor número de filamentos e se distribuem irregularmente por toda a 
superfície celular. 
Sistema de endomembranas 
Retículo endoplasmático 
Todas as células eucariontes possuem retículo endoplasmático, que é constituído por uma rede de membrana que 
delimitam cavidades das mais diversas formas. Essas cavidades podem ser chamadas também de cisternas, lúmen ou 
luz. 
O conteúdo das cisternas varia de acordo com o tipo de retículo, o tipo celular e o estado fisiológico da célula. 
Geralmente, elas contêm uma solução aquosa, onde estão mergulhadas proteínas, glicoproteínas e lipoproteínas. 
Duas variedade com morfologia e funções diferenciadas: 
 Rugoso ou granular: possui ribossomos em sua estrutura – encontra-se em plena atividade de síntese 
proteica. Na maioria das células, é constituído por lâminas achatadas dispostas paralelamente. Suas 
cavidades podem apresentar-se mais ou menos dilatadas, de acordo com o estado funcional da célula. Está 
envolvido com a síntese, segregação e processamento de proteínas constituintes de membranas e proteínas 
de secreção. 
 Liso ou agranular: não possui ribossomos em sua estrutura. Mostra-se geralmente na forma de vesículas 
globulares ou como túbulos contorcidos e de acordo com a atividade de síntese da célula. Participa da 
síntese de lipídios, de processos de destoxificação - reação de hidroxilação que transformam drogas 
insolúveis em substâncias hidrossolúveis (ocorre no fígado, pulmão, rim, intestino, pele, placenta), da 
degradação de glicogênio e da regulação de Ca2+ intracelular. 
Na formação de uma glicoproteína de passagem dupla na membrana, a sequencia sinal inicia a transferência da 
proteína na membrana do retículo endoplasmático rugoso e uma segunda sequencia (sequencia de finalização de 
transferência) interrompe a translocação. Ambas as sequencias são liberadas na bicamada lipídica e a glicoproteína 
fica ancorada na membrana. 
As proteínas sintetizadas nos polirribossomos aderidos no RER, são aquelas destinadas a permanecer no próprio 
retículo, ser transportadas para o complexo de Golgi, formar lisossomos, compor membrana plasmática ou serem 
secretadas da célula. 
Proteínas e glicoproteínas saem do retículo endoplasmático via vesículas transportadoras, que brotam da região de 
transição. 
O tipo de retículo endoplasmático e sua quantidade na célula variam entre os diferentes tipos celulares e de acordo 
com a atividade se síntese da célula. 
Locais Exemplos de moléculas 
Matriz extracelular hormônio 
Membrana plasmática antígenos 
Lisossomos Enzimas da digestão intracelular 
 
Chaperona: verificam as proteínas incorretas e devolvem para o citosol que degrada no protossomo. Ligam-se 
transitoriamente à cadeia polipeptídica que está sendo sintetizada, não participa da estrutura final da proteína. Elas 
garantem o dobramento correto da cadeia polipeptídica, impedem a agregação e assegura que pontes dissulfeto 
sejam estabelecidas entre os aminoácidos. 
A manutenção de proteínas no retículo depende da concentração de Ca2+ no interior das cisternas e também de 
sequência de aminoácidos presentes na molécula, que atuam como 
sinais de destinação. 
Complexo de Golgi 
É constituído por estruturas semelhantes a sacos membranosos, 
achatados e empilhados. O número de pilhas varia de célula para célula. 
A pilha de sacos frequentemente apresenta-se curta, adquirindo o 
conjunto a forma de uma cuia, com face côncava, voltada para o 
retículo, e outra convexa, voltada para o núcleo. Essa membrana 
delimitam as cisternas do complexo de Golgi. 
Observam-se muitas vesículas esféricas, associadas aos sáculos do Golgi. 
Partes dessas vesículas transportam material do retículo endoplasmático 
para o Golgi, enquanto outras podem estar envolvidas com o transporte 
de uma cisterna do Golgi para outra e, também do Golgi para outras organelas. 
A face convexa é chamada de face CIS ou de proximal, por estar, geralmente, mais próxima ao núcleo celular e ao RE. 
Em contraposição, a face oposta, côncava, é denominada face TRANS ou distal, por ser mais distante do núcleo ou 
do RE e estar voltada para a membrana plasmática. 
O conteúdo das cisternas do complexo de Golgi varia muito de acordo com o tipo celular e com o estado funcional 
da célula em estudo. 
Funções: 
 Formação do acrossoma 
 Processamento de produtos celulares – modificação, concentração e empacotamento. 
 Glicosilações – síntese de colágeno 
 Fosforilação 
 Sulfatação – ocorre em resíduos de tirosina de proteína como a gastrina, o grupo sulfato uma vez adicionado 
não será mais removido. 
 Distribuição dos produtos celulares – formação de vesículas (secretora, fundem a membrana plasmática, 
lisossomos) 
Secreção constitutiva: Macromoléculas para a matriz extracelular. EX: anticorpos, colágeno, macromoléculas que 
formam glicocálice e membrana plasmática. 
Secreção regulada: específica de células secretoras. A liberação depende de estimulação específica. 
Organização e distribuição dos produtos nas vesícula: 
1) Direcionamento mediado aos lisossomos por sinal 
2) Direcionamento para vesículas secretoras mediado por sinal (secreção regulada) 
3) Via secretora constitutiva 
Compartimento endossomal: sistema irregular de túbulos e vesículas cujo interior é ácido. Endossomos precoces 
(primário)- apresenta pH menos ácido. Endossomos tardios (secundários) – apresenta pH mais ácidos. 
Transcitose: proteínas intactas atravessam a célula alveolar, no sentido interstício-luz alveolar (imunoglobulina). A 
proteína liga-se a um receptor na membrana basal, o complexo receptor + proteína sofrem endocitose, atravessando 
a célula. Na membrana apical, a parte extracelular do receptor ligado a Ig é separada do resto do complexo e 
secretada na luz da célula alveolar. 
Lisossomos 
Enzimas lisossomais são separadas de outras proteínas na Rede TRANS – Golgi, por proteínas receptoras ligadas à 
membrana que reconhece manose-6-fosfato. Receptores de manose-6-fosfato na membrana da Rede TRANS-Golgi 
formam vesículas especiais de transporte cobertas por clatrina. 
Função de digestão intracelular: 
 De macromoléculas que penetram por fagocitose ou pinocitose (heterofagia) 
 Fagocitose de microorganismos 
 De restos celulares – apoptose 
 Organelas velhasClatrina, caveolina e COP são proteínas que trabalham em cooperação com o citoesqueleto para a deformação das 
membranas na formação de vesículas. 
 
Peroxissomos 
Lúmen apresenta uma textura finamente granular e contém, frequentemente, um corpo denso no qual se reconhece 
uma estrutura cristalina, designado por cristalóide ou "core". O cristalóide resultaria da cristalização progressiva da 
catalase ou oxidases existentes na matriz. 
 
Os peroxissomos contêm enzimas (oxidades) que degradam gorduras e aminoácidos, e grande quantidade da enzima 
catalase, q degrada H2O2. 
 
Possui a função: 
 Metabolismo do H2O2 : produzido em algumas reações de degradação dos aminoácidos e gorduras [Reações 
de oxidação de substratos ]. 
 Detoxificação: importante nos rins e fígado; 50% do álcool é metabolizado nos peroxissomos. Enzima 
catabolase . H2O2 + RH2 (álcool)  R + H2O 
 Participa da -oxidação de ácidos graxos: que se realiza igualmente no fígado, no rim e em outros órgãos de 
mamíferos. 
 Participação em outras reações metabólicas: catabólicas e anabólicas. 
 
Mitocôndrias 
 
1. Morfologia 
Apresenta 2 membranas – externe e interna – que formam 2 
compartimentos: matriz e espaço intermembrana. 
Membrana mitocondrial interna: rica em cardiolipina (fosfolipídio) e 
componentes da cadeia respiratória. Forma as cristas mitocondriais, 
complexo ATP-sintetase. 
Membrana mitocondrial externa: rica em porinas. 
Matriz: líquido denso, possui centenas de enzima, DNA circular, RNAt, 
RNAm, grânulos, ribossomos. 
Espaço intermembranas: enzimas que usam o ATP para fosforilar outros nucleotídeos. 
2. Função 
Organela conversora de energia. Produção de energia a partir dos alimentos. 
Substratos: moléculas orgânicas e O2. 
Produto: CO2, H2o e ATP 
Glicólise 
Na glicólise uma molécula de glicose é rompida em uma série de reações catalisadas por enzimas para liberar duas 
moléculas de piruvato; 
Durante estas reações parte da energia livre liberada da glicose é conservada na forma de ATP e NADH e outra parte 
nas moléculas de piruvato(as quais ainda podem ser degradadas e liberar mais energia posteriormente); 
Ao final da glicólise temos: 
 A glicose(6 carbonos) sendo degradada em 2 piruvatos(3 carbonos cada); 
 4 ADP formam 4 ATP e 2 ATP são consumidos (4 ATP -2 ATP = saldo de 2 ATP); 
 2 NAD+formam 2 NADH; 
 
Ciclo de Krebs 
Ocorre a conversão do piruvato em Acetil-CoA através de um grupo de enzima – complexo da piruvato-
desidrogenase(PDH). 
O complexo promove uma descarboxilação oxidativa no piruvato, ou seja, um grupo carboxila é removida da 
molécula de piruvato na forma de CO2. E o carbonos restantes do piruvato são convertidos no acetil. 
Cada acetil-CoA gera um 3 NADH e 1 FADH2. 
Fosforilação oxidativa 
À medida que um elétron de alta energia passa através da cadeia transportadora de elétrons, parte da energia 
liberada é utilizada para direcionar os três complexos enzimáticos respiratórios que bombeiam H+ para fora do 
espaço da matriz. O gradiente eletroquímico de prótons resulta através da membrana interna direciona H+ de volta 
através da ATP-sintase, um complexo proteico transmembrana que utiliza a energia do fluxo de H+ para sintetizar 
ATP a parti de ADP e de Pi na matriz. 
Citoesqueleto 
O citoesqueleto é uma armação proteica filamentosa espalhada por todo o citosol. E apresenta as seguintes funções: 
 Determinar a forma celular 
 Estabilizar e manter arquitetura subcelular – topologia das organelas 
 Suporte e resistência para célula 
 Permite flexibilidade e mobilidade de organelas e estruturas celulares – fagocitose, citocineses, junções cel-
cel e cel-matriz extracelular. 
 Movimento celular – céls. Sanguíneas, fibroblastos; mov. Céls. Embrion. 
 Mudanças no formato celular 
 Segregar os cromossomos durante a divisão celular 
 
1. Constituintes e distribuição 
Componentes do 
citoesqueleto 
Proteína do componente Estrutura celular Atividades exercida pela 
estrutura celular 
Microtúbulos Tubulina Cílios e Flagelos motibilidade 
Microfilamentos Actina Microvilosidades 
Anel contrátil 
 
Feixes contráteis 
Maior área de contato 
 Dividi a célula na 
meiose/mitose 
contração 
Filamentos 
intermediários 
citoqueratina Lâmina nuclear Organização e estrutura 
nuclear 
 
Proteínas acessórias: 
 Proteínas reguladoras: controlam o nascimento, o alongamento, o encurtamento e o desaparecimento dos 
três filamentos principais do citoesqueleto. 
 Proteínas ligadoras: conectam os filamentos entre si ou com outros componentes da célula. 
 Proteínas motoras: servem para transladar macromoléculas e organelas de um ponto a outro do citoplasma. 
Também fazem com que dois filamentos contíguos e paralelos entre si deslizem em sentidos opostos, o que 
constitui a base da motilidade, da contração e das mudanças de forma da célula. 
Microtubulos 
Microtúbulos são filamentos do citoesqueleto encontrados em quase todas as células eucariontes. São 
caracterizados por seu aspecto tubular e porque são notavelmente retilíneos e uniformes. As proteínas acessórias 
dos microtúbulos (reguladoras, ligadoras e motoras) recebem o nome de MAP. 
Os microtubulos proporciona rigidez e mantém a forma da célula, coordena o movimento intracelular de organela e 
outros componentes, formam estruturas microtubulares. 
São polímeros compostos por unidades proteicas chamadas tubulinas. Graças à polaridade das tubulinas, o próprio 
microtúbulo acaba polarizado, já que em uma das extremidades ficam expostas as subunidade α e na outra – as 
subunidades . Os heterodímeros podem se agregar (polimerizar-se) ou se afastar (despolimerizar-se) por ambas as 
extremidades. 
Uma das extremidades do microtúbulo é chamada mais (+) e a outra (-). Estas designações são devidas ao fato de o 
microtúbulo se alongar pela extremidade (+) e encurtar-se mais rapidamente pela extremidade(-). Certas drogas 
afetam a polimerização e a despolimerização dos microtúbulos na mitose – tratamento de câncer (colchicina, 
colcemide, vincristina e vinblastina – ligam tubulina/bloqueio divisão celular) 
Os microtúbulos constituem verdadeiras cias de transporte pelas quais se mobilizam macromoléculas e organelas de 
um ponto a outro do citoplasma. Esta função é realizada com a assistência de duas proteínas motoras, a cinesina e a 
dineína. Quando estão carregadas com o material a transporta, a cinesina desliza para a extremidade (+) e a dineína 
para a extremidade(-). 
Os cílios são estruturas que se movem. Segundo a célula que se encontram, seus movimentos servem para arrastar 
líquidos e partículas, para deslocar outras células. O movimento pode ser pendular, unciforme, infundibuliforme ou 
ondulante. 
O movimento ciliar é produzido pelo axonema. O axonema contém proteínas ligadoras e proteínas motoras. 
Os microtubulos ciliares nascem no corpúsculo basal, que se localiza por baixo da membrana plasmática, na altura 
da raiz do cílio. A quantidade de corpúsculo basais e de cílios é a mesma. 
Filamentos intermediários 
A composição química dos filamentos intermediários é diversa. Por isso, embora também sua morfologia e sua 
distribuição nos diferentes tipos de células, são agrupados em seis tipos: 
1) Laminofilamentos: é responsável pela forma e resistência do envoltório nuclear. 
2) Filamentos de queratina: possui uma proteína ligadora – filagrina – que une os filamentos de queratina no 
seu ponto de cruzamento. 
3) Filamentos de vimetina: no organismo desenvolvido localiza-se nas células de origem mesodérmica. A 
proteína ligadora que une os filamentos de vimentina no seu ponto de cruzamento é a plactina. 
4) Filamentos de desmina: se encontram no citoplasma de todas as células musculares. Unem-se entre si 
mediante uma proteína ligadora específica denominadasinamina. 
5) Neurofilamentos: são os principais elementos estruturais dos neurônios. 
6) Filamentos gliais: encontram-se no citosol dos astrócitos e de algumas células de schwann. 
Os filamentos intermediários formam uma rede contínua estendida entre a membrana plasmática e o envoltório 
nuclear. É o filamento mais resistente e durável – resistência à tração. 
Contribuem para a manutenção da forma e estabelecem as posições das organelas no interior da célula. Todavia, sua 
função principal é de natureza mecânica, por isso são encontrados filamentos muito mais desenvolvidos nas células 
submetidas a grandes tensões. 
Microfilamentos 
Os filamentos de actina são polímeros constituídos pela soma linear de monômeros – actina G, cujo encaixe dá aos 
filamentos uma forma helicoidal característica. Os monômeros encontram-se livres nos citosol, onde formam um 
depósito ao qual a célula recorre quando necessita. 
Igualmente aos microtubulos, os filamentos de actina possuem uma extremidade (+) e uma extremidade (-). Na 
extremidade (+), alonga-se e se encurta mais rapidamente que pela segunda. Sua polimerização depende de uma 
proteína reguladora chamada profilina. 
Formam estruturas relacionadas com a mobilidade celular: 
 Microvilosidade: rígidas e permanentes 
 Feixes contráteis citoplasmáticos: contração 
 Protusões em form de lâmina (lamelipódios) : temporárias e instáveis 
 Anel contrátil na divisão 
Lamelopódios e filopódios são estruturas móveis e exploratórias de fibroblastos que se formam e retraem devido a 
polimerização de monômeros de actina e despolimerização de microfilamentos, respectivamente. 
O taxol e a colchicina são drogas empregadas no tratamento de tumores malignos atuando como poderosos 
antimitóticos, impedindo assim a formação de filamentos de actina. 
Sinalização celular 
Nos organismos multicelulares complexos tanto a sobrevivência das células como as atividades que realizam 
depende de estimulas externos provenientes de outras células. 
De acordo com o tipo de estímulo emitido e o tipo que o recebe, esta responde, entre outras, com alguma das 
seguintes alterações: 
 Mantém-se viva ou morre 
 Diferencia-se 
 Multiplica-se 
 Degrada ou sintetiza substâncias 
 Segrega substâncias 
 Incorpora soluto ou macromoléculas 
 Contrai-se 
 Mobiliza-se 
 Conduz estímulos elétricos 
A ação de estimular a célula do exterior é chamada indução; é mediada por uma substância indutora, conhecida 
como ligante. 
A célula que produz o ligante é denominada célula indutora; a célula que o recebe é denominada célula induzida ou 
célula-alvo. 
A substância indutora interage com a célula induzida mediante um receptor, que é uma proteína ou um complexo 
proteico localizado no citosol ou na membrana plasmática da célula-alvo. 
Existem diferentes tipos de indução, dependentes das distâncias entre as células indutoras e as células induzidas: 
 Endócrinas: quando a célula indutora e a célula-alvo estão distantes entre si, a substância indutora, depois 
de ser segregada pela primeira, entra no sangue e, por ele, alcança a célula induzida. Sinal: hormônio - 
células: gl. Endócrina 
 Neuroendócrinas: a substância indutora sai da terminação axônica do neurônio e deve ser lançada no 
sangue para poder chegar à célula induzida. 
 Parácrina: quando a célula indutora se acha próxima da célula induzida. A substância percorre um curto 
trecho da matriz extracelular para alcançar a célula-alvo. 
 Autócrina: sinal que atua sobre a célula que o sintetizou. 
Moléculas sinalizadoras pertencem a duas classes: 
 Moléculas grandes hidrofílicas: receptor de superfície celular 
 Moléculas pequenas hidrofóbicas: receptor intracelular 
Receptores: 
 Intracelulares: pequenas e hidrofóbicas – difusão pela membrana plasmática 
 Superfície 
 Canal iônico 
 Proteína G 
 Enzima 
Vias de sinalização: 
 Vias Camp 
 Via da fosfolipase C-Ca2+ 
 Via fato de transcrição NF-kB 
 Via MAP 
 Via JAK-STAT 
Núcleo 
O núcleo das células eucariontes está separado do 
citoplasma pelo envoltório nuclear, uma membrana 
concêntrica duplas, derivada do retículo endoplasmático. 
O espaço entre a membrana externa e a membrana interna 
– ou espaço perinuclear- comunica-se com a cavidade do RE. 
A membrana externa continua com a membrana do RE e é 
comum aparecer associada a um grande número de 
ribossomos. 
A membrana interna é sustentada pela lâmina nuclear, que 
confere resistência ao envoltório nuclear e estabelece sua forma, geralmente esférica. 
O envoltório nuclear é interrompido em intervalos aleatórios por poros, estrutura que regula a passagem de 
moléculas entre os compartimentos nuclear e citoplasmático. 
O nucléolo é o local de síntese do RNA ribossomal. Forma-se numa região da cromatina denomida NOR, esta contém 
múltiplas cópias de genes que codificam os RNAs ribossômicos. 
Três componentes estruturais são vistos ao microscópio eletrônico: 
I. As regiões granular e fibrilar representam os precursores do RNAt. 
II. Os centros fibrilares correspondem ao DNA interposto entre os genes do RNAr. 
 
Cada cromossomo é constituído por uma molécula muito longa de DNA associada a diversas proteínas. As proteínas 
associadas são classificadas em dois grandes grupos: as histonas e um conjunto heterogêneo de proteínas não 
histônicas. 
O complexo formado pelo DNA, as histonas e as proteínas não histônicas é chamado de cromatina. Assim, a 
cromatina é o material que compõe os cromossomos. 
As histonas desempenham um papel fundamental no enrolamento da cromatina. Existem cinco tipos de histonas: 
H1, H2A, H2B, H3 e H4. O octâmero de histonas consiste em duas moléculas da H2A, H2B, H3 e H4 e está se enrola 
ao DNA. A H1, histona de ligação, fica ligada à fita de DNA ao redor do octâmero de histona. 
Nucleossomo: DNA enrolado no octâmero de histonas + H1 
Cromatina: DNA + proteínas básicas (histonas, que permitem a compactação) 
A cromatina apresenta duas regiões: 
 Eucromatina: região ativa do DNA e menos compactada 
 Heterocromatina: região inativa do DNA e mais compactada – não ocorre transcrição de RNA 
 Constitutiva: se encontra de maneira constante em todos os tipos celulares, não conversível em 
eucromatina. 
 Facultativa: aquela detectada em localizações que variam nos diferentes tipos celulares ou nas 
sucessivas diferenciações de uma determinada célula – apresenta heterocromatina em uma célula e 
em outra eucromatina. 
Transcrição : é o processo pelo qual uma molécula de RNA é sintetizada a partir da informação contida na sequencia 
de nucleotídeos de uma molécula de DNA de fita dupla. 
RNA polimerase: reconhece o promotor, desnatura o DNA 
expondo a sequencia a ser copiada, mantém as fitas de DNA 
separada na região de síntese, mantém o hibrido DNA:RNA 
estável, renatura o DNA na região imediatamente posterior 
à síntese e termina a síntese do RNA. 
Transcrito primário: cópia linear do gene situado entre as 
sequencias específicas de iniciação e de terminação. Nos 
eucariontos esse transcrito é instável é com íntrons no seu 
interior. O transcrito primário eucariótico é extensamente 
modificado imediatamente após a transcrição. 
RNA mensageiro: transporta a informação genética do 
núcleo ao citosol, onde é usado como molde para a síntese 
de proteínas. 
RNA ribossômico: estrutura complexa que serve como sítio 
para a tradução, estão presentes no citosol. 
RNA transportador:cada RNAt transporta seu aminoácido 
específico ao sítio de tradução (no RNAr). Existem um tipo 
específico de RNA para cada um dos 20 aminoácidos. 
Código genético: são as instruções para sintetizar moléculas proteicas e estão inscritas em código nas moléculas de 
DNA dos organismos vivos. Apresenta as seguintes características: 
 Tríplice: 1 trinca = códonque codifica um aminoácido 
 Degenerado ou redundante: uma mesmo aminoácido pode ser codificado por vários códons diferentes 
 Não é ambíguo: cada códon é correspondente a somente um aminoácido 
 Com sentido: possui um star códon e um stop códon 
 Universal: o mesmo para todos seres vivos 
Trincas do código genético: possui 64 trincas diferentes – 61 correspondem a aminoácidos e 3 correspondem a 
códons de terminação. 
Ciclo celular 
O ciclo celular pode ser considerado como uma série complexa de fenômenos que culminam quando o material 
celular duplicado se distribui nas células-filhas. 
Intérfase: período do ciclo de vida da célula em que ela não está se dividindo e se encontra em intensa atividade 
metabólica – crescimento celular acentuado. Apresentas 3 períodos: 
 G1: transcrição e tradução intensa – síntese de RNA e proteínas 
 S: síntese de DNA nuclear, duplicação do par de centríolos no citoplasma (centrossomo). 
 G2: transcrição e tradução 
Também possui pontos de chegam que é um mecanismo celular que verifica as condições da célula antes de 
prosseguir de uma fase para outra: 
 G1: ponto R (restrição) – quando o DNA está danificado ou quando o ambiente não é favorável, e fator de 
crescimento – verifica se a célula atingiu o tamanho adequado. 
 G2: nova verificação quanto ao crescimento celular e a correta replicação do DNA (DNA completo) 
Com relação à capacidade de divisão celular, existem 3 grandes categorias de células do corpo humano: 
 Células que depois de diferenciadas não se dividem mais ao longo da vida: células nervosas e musculares – 
ficam paradas em um estado modificado de G1G0. 
 Células que normalmente não se dividem, mas saem de G0 quando submetidas a certos estímulos, 
reiniciando o ciclo celular: células do fígado. 
 Células que normalmente possuem grande capacidade de divisão: células da epiderme e do epitélio 
intestinal. 
Substâncias indutoras: 
 Complexo receptor-ligante 
 Sinalização intracelular – cascata de fosforilação: um sinal do meio extracelular, gera um novo sinal 
intracelular que estimula uma série subsequente de moléculas sinalizadoras intracelulares. 
 Ativa expressão de genes ou atuar diretamente em vias metabólicas 
 Produto da expressão destes genes – componentes essenciais do sistema de controle do ciclo celular 
Controladores positivos do ciclo celular: estimulam a progressão da célula no ciclo celular, a fim de que ocorra a 
divisão normal em duas celular-filhas. 
 CDKs (Cinases Dependentes de Ciclina): estão presentes durante todo o ciclo celular, mas só são ativadas em 
determinadas fases, quando ligadas às ciclinas. Estes complexo CDK-ciclina fosforila proteínas especifícas. 
 Ciclinas: são assim chamadas porque suas quantidades variam periodicamente durante o ciclo celular. São 
sintetizadas somente em fases específicas, de acordo com a necessidade, e destruídas após a sua utilização. 
Ligam-se às CDKs para que juntas possam exercer suas funções. 
Controladores negativos do ciclo celular: atuam inativando as funções dos controladores positivos, o que leva a 
célula à parada no ciclo celular e à apoptose. 
 CKIs ( nibidores de Cinase dependente de Ciclina): são proteínas que interagem com CDKs ou complexos 
ciclina-CDK, bloqueando sua atividade de cinase. As cinases não podem mais fosforilar proteínas, o que 
determina parada do ciclo. 
 Complexo ubiquitina: degrada ciclinas e outras proteínas, impedindo a progressão do ciclo celular. 
 Fosfotases: atuam na desfosforilação de CDKs e complexos ciclina-CDKs, tornando-os inativos. 
Mitose 
Mitose é o processo de divisão celular que a partir de uma célula formada, originam-se duas células com a mesma 
composição genética (mesmo número e tipo de cromossomos), mantendo assim inalterada a composição e teor de 
DNA característico da espécie. 
 
Citocinese é o processo que ocorre no final da mitose e que divide o citoplasma celular em duas partes formando 
duas células. Nos animais a citocinese é centrípeta e nos vegetais a citocinese é centrifuga. 
 
A mitose é comum a todos os animais e plantas multicelulares e inclusive nos organismos unicelulares nos quais, 
muitas vezes, este é o principal ou, até mesmo, o único processo de reprodução (reprodução assexuada). No caso 
dos animais ocorre mitose nas células somáticas e do aparelho reprodutor. 
 
Nos organismos pluricelulares a mitose permite o crescimento e o desenvolvimento do organismo e os fenômenos 
de reparação e renovação tecidual; nos organismos unicelulares muitas vezes é o principal ou único processo de 
reprodução (reprodução assexuada). 
 
Fases da mitose: 
 
 Prófase: os cromossomos 
replicados, cada um consistindo 
em duas cromátides-irmãs 
intimamente associadas, se 
condensam. Fora do núcleo, o 
fuso mitótico se forma entre os 
dois centrossomos, que se 
replicam e se distanciaram. 
 Prometáfase: começa 
abruptamente com a 
desintegração do envelope 
nuclear. Os cromossomos 
podem agora se ligar aos 
microtúbulos do fuso via seus 
cinetócoros e são submetidos a 
movimentos ativos. 
 Metáfase: os cromossomos são 
alinhados no equador do fuso, a 
meio caminho entre os polos do fuso. Os microtúbulos do cinetócoro ligam as cromátides-irmão a polos 
opostos do fuso. 
 Anáfase: as cromátides- irmãs se separam sincronicamente e forma dois cromossomos-filhos, sendo cada 
um deles lentamente puxado em direção ao polo do fuso ao qual está ligado. Os microtúbulos do cinetocor 
ficam mais curtos, e os polos do fuso também se distanciam; ambos os processos contribuem à segregação 
dos cromossomos. Anáfase A ocorre o encurtamento de microtúbulos do cinetócoro, enquanto na Anáfase B 
uma força de deslizamento é gerada entre microtúbulos interpolares de polos opostos para afastar os polos. 
 Telófase: os dois conjuntos de cromossomos-filhos chegam aos polos do fuso e se descondensam. Um novo 
envelope nuclear é remontado em volta de cada conjunto, completando a formação de dois novos núcleos e 
marcando o fim da mitose. A divisão do citoplasma começa com a contração do anel contrátil. 
 
Meiose 
 
É um tipo especial de divisão celular, exclusiva dos organismos que se reproduzem de forma sexuada. Ocorre 
somente nas células germinativas, para formação de células reprodutivas. É um processo de divisão reducional – 
manutenção do número de cromossomos, e proporciona variabilidade gênica. 
 
As células originadas são geneticamente diferentes da célula original – células-filhas com metade do material 
genético da célula-mãe. 
 
Mitose Meiose 
Ocorre nas células somáticas Ocorre nas células sexuais 
Cada replicação do DNA é seguida por uma divisão 
celular; em consequência, as células-filhas apresentam a 
mesma quantidade de DNA que a célula-mãe e um 
número diploide de cromossomos. 
Cada replicação de DNA é seguida por duas divisões 
celulares – a meiose I e a meiose II – das quais resultam 
quatros células haploides que contam a metade do DNA. 
A síntese do DNA ocorre durante a fase S, que é seguida A fase S é mais longa e a fase G2 é curta ou ausente. 
pela fase G2. 
Cada cromossomo evolui de forma independente Durante a primeira de suas divisões, os cromossomos 
homólogos se relacionam entre si (se emparelham) e 
intercambiam partes de suas moléculas (se 
recombinam) 
Material genético permanece constante nas sucessivas 
gerações de células-filhas 
Gera uma grande variação genética 
 
 
Ciclo diplobionte: É o ciclo que aparecem alternadamente indivíduos haplóides e diplóides. É o que ocorre na espécie 
humana, ou seja, em idade reprodutiva, o organismo produz os gametas (células sexuais, haplóides) com metade do 
número de cromossomos da espécie. Da união destes gametas origina-se um zigoto diplóide, e quando estiver 
sexualmente maduro irá produzir gametas, finalizando este ciclo de vidae começando outro. 
 
Crossing-over: É a recombinação gênica ou troca de segmentos cromossômicos entre pares de cromátides 
homólogas que ocorre durante a fase de paquíteno. Esse processo gera variabilidade genética, importante para a 
variabilidade das características das espécies. Tem relação com a adaptabilidade das espécies às mudanças 
ambientais, por exemplo. 
 
Fases da meiose: 
 Prófase I: é dividida em 5 sub-fases consecutivas 
 Leptóteno: inicio da condensação dos cromossomos duplicados. Cromossomos homólogos começam 
a se parear. Cromossomos com aspecto de buquê. 
 Zigótenos: pareamento dos cromossomos homólogos – sinapse cromossômica (complexo 
sinaptônemico - pareamento exato e específico). 
 Paquíteno: cada par de cromossomos homólogos é 
chamado bivalente. Duas cromátides homólogas podem sofrer 
ruptura em pontos equivalentes e os dois segmentos podem trocar 
de lugar – permutação gênica ou crossing-over. 
 Diplóteno: cromossomos homólogos começam a se 
separar – são visíveis os pontos de contato entre as cromátides 
(quiasmas). O número de quiasmas fornece o número de 
permutações ocorridas. 
 Diacinesa: cromossomos homólogos continuam se 
separando e sofrendo condensação – deslocamento dos quiasmas 
para as extremidades (terminalização dos quiasmas). Termina com a 
desorganização do nucléolo e o rompimento do envoltório nuclear – 
pares de homólogos unidos pelo quiasma ficam dispersos no 
citoplasma. 
 Metáfase I: os cromossomos homólogos atingem o grau 
máximo de condensação e, unidos às fibras do fuso, dispõem-se na 
região equatorial da célula. 
 Anáfase I: caracteriza-se pelo deslocamento dos 
cromossomos para os polos. O par de homólogos separa-se, indo um 
cromossomo duplicado de cada par de homólogos para polos 
opostos da célula – segregação independente. 
 Telófase I: cromossomos desespiralizam-se. Envoltório 
nuclear e nucléolo reorganizam-se. Ocorre citocinese, sem 
duplicação do DNA. 
 Profáse II: cromossomos condensam-se. Centriolo duplica-
se. Envoltório nuclear e nucléolo desorganizam. 
 Metáfase II: cromossomos na região equatorial. 
 Anáfase II: migração das cromátides irmãs para os polos. 
 Telófase II: formação de quatro células haploides (n) e geneticamente diferentes. 
 
Diferenciação Celular 
 
Diferenciação é o processo pelo qual as células indiferenciadas se especializam para realizar determinada função. 
 
Nos organismos multicelulares, a diferenciação celular deve ocorrer de maneira ordenada, pois a sobrevivência de 
todo o organismo depende da sintonia e sincronia entre os diferentes tipos celulares formados. 
 
Cada célula possui um conjunto bioquímico específico e características morfológicas próprias que são determinadas 
por uma rede proteica regulatória intensa e isso ocorre no nível da transcrição do DNA. Cada gene possui uma 
porção de transcrição e outra regulatória, esta ultima pode ser ativada ou reprimida. 
 
Essa diferenciação ocorre nos estágios iniciais de desenvolvimento, na fase chamada Gástrula (quando se forma os 3 
folhetos germinativos – endoderma, mesoderma e ectoderma) e permanecem ao longo da vida do organismo. A 
diferenciação é estimulada por morfógenos, ou seja, substâncias químicas que que atuam nesse processo em 
diferentes concentrações e suas ações combinadas com a de outros morfógenos vão originar diferentes tipos 
celulares. 
 
Célula diferenciada é especializada em realizar uma determinada função. Célula indiferenciada é a célula que 
apresenta potencialidade para originar outros tipos celulares. 
 
Potencialidade é a capacidade que a célula tem de originar outros tipos celulares e especialização é grau de 
especialização da célula. Quanto maior for a especialização da célula, menor será sua potencialidade e vice versa. 
 
Cada célula possui um conjunto bioquímico específico e características morfológicas próprias que são determinadas 
por uma rede proteica regulatória intensa. Cada gene possui uma porção de transcrição e outra regulatória, esta 
ultima pode ser ativada ou reprimida. Assim, o gene da hemoglobina é reprimido no neurônio e ativado na hemácia. 
 Totipotentes – célula capaz de originar um organismo completo, uma vez que têm a capacidade de gerar 
todos os tipos de células e tecidos do corpo incluindo tecidos embrionários e extra embrionários (como a 
placenta, por exemplo). 
 Pluripotentes – célula com capacidade de gerar células dos três folhetos embrionários (ectoderma, 
mesoderma e endoderma). As células pluripotentes não podem originar um indivíduo como um todo, 
porque não conseguem originar tecidos extra-embrionários 
 Multipotente – célula com capacidade de gerar um número limitado de células especializadas, são 
encontradas em quase todo o corpo, sendo capazes de gerar células dos tecidos de que são provenientes. 
São responsáveis pela constante renovação celular que ocorre em nossos órgãos. Ex: células da medula 
óssea, as células-tronco neurais do cérebro, células do sangue do cordão umbilical e as células 
mesenquimais. 
 
Nos vegetais a diferenciação celular é um processo que pode ser reversível e que a partir de uma célula diferenciada 
de um órgão de uma planta madura é possível obter um organismo completo. Estas células, embora especializadas, 
contêm todo o genoma do organismo e quando induzidas em meio de cultura contendo nutrientes e hormônios 
específicos podem expressar os genes essenciais ao desenvolvimento embrionário. 
 
Células tronco: São células indiferenciadas, que podem ser definidas por duas propriedades: auto-renovação 
(capacidade que têm de proliferar), gerando células idênticas à ela (outras células-tronco) e potencial de 
diferenciação (capacidade que têm de, quando em condições favoráveis, gerar células especializadas e de diferentes 
tecidos). 
 
Apoptose 
 
Apoptose ou morte celular programada é um tipo de "auto-destruição celular" que ocorre de forma ordenada e 
demanda energia para a sua execução. Está relacionada com a manutenção da homeostase e com a regulação 
fisiológica do tamanho dos tecidos, mas pode também ser causada por um estímulo patológico (como a lesão ao 
DNA celular) . 
 
Necrose ocorre quando a célula sofre algum tipo de injúria (química ou física), que promove rápido colapso da 
homeostase interna. É acompanhada de lise da membrana plasmática e das endomembranas com liberação de 
restos da célula para a matriz extracelular. Este processo promove inflamação do tecido. 
 
Fosfatilserinas são lipídeos localizados na face interna da membrana plasmática (MP). Durante o processo 
apoptótico esses lipídeos transladam da monocamada interna p/ a monocamada externa da MP dos corpos 
apoptóticos, pelo movimento flip-flop. E assim, os macrófagos, atraídos pelas fosfatilserinas, fagocitam os corpos 
apoptóticos. 
 
Caspases são um grupo de proteases, enzimas 
com um resíduo de cisteína capazes de clivar 
outras proteínas depois de um resíduo de ácido 
aspártico, uma especifidade incomum entre 
proteases. O nome "caspase" é derivado dessa 
função molecular característica: cysteine-
asparticacid-proteases. Caspases são essenciais 
no processo de apoptose celular. 
 
Quando ocorre: 
 No desenvolvimento embrionário 
 No controle das populações celulares 
 Na renovação de celular lábeis 
 Na eliminação de células anormais

Continue navegando