Resumo parte dos Itens NP2 (TCT- TRI - Validade)

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Psicometria
NP2
O modelo da Psicometria Moderna: TRI
Leitura obrigatória:
PASQUALI, L., O modelo da Psicometria: TCT e TRI. In: Psicometria – Teoria dos testes na psicologia e na educação. Petrópolis. Vozes. 2004. Cap.4.
Leitura complementar:
GUENIA, B; CAVAS, CST, Sob Medida: Um guia sobre elaboração de medidas do comportamento e suas aplicações. São Paulo. Vetor Editora; 2002. p.41-50.
Teorias Psicométricas
Teoria Clássica: Desenvolvimento do teste a partir da teoria. Ex. Testes projetivos de personalidade, como o TAT. A partir de uma definição teórica cria-se o teste. 
Psicometria moderna – TRI: A partir de 1980 o TRI vem se tornando predominante para formulação de testes. 
Constructo: definição teórica (axioma). 
São definidos itens.
Os mesmos são mensurados estatisticamente comprovando sua relação com o constructo.
Alguns itens são descartados, pois não medem o total, são repetidos, muito fáceis de responder (todos tem o máximo), são respondidos ao acaso. 
Traço latente: é o constructo. 
Todos os itens do teste devem estar investigando a variável comum: traço latente.
Ex. Hiperatividade – todas as perguntas devem investigar aspectos da hiperatividade (traço latente). Não vou perguntar, por ex., “se gosta de animais”. 
TRI supera limitações da TC (Pasquali, Cap. 4, p.80).
Características da TRI:
Teoria da TRI adota dois axiomas:
1) O desempenho do sujeito no teste demonstra o traço latente que possui. Deste modo, o desempenho é o EFEITO e o traço latente é CAUSA. 
2) Quanto mais intensa é uma determinada característica da pessoa (traço latente), maior é a probabilidade de responder de acordo com o esperado no item. 
Probabilidade de resposta esperada no item
Aptidão 
(possui mais o traço latente)
Pressupostos da TRI
Unidimensionalidade: os itens do teste só podem investigar UM ÚNICO traço latente.
Independência local: O local refere-se as condições de investigação do traço latente. Ex. ordem das perguntas (itens), quem é o aplicador, ambiente de aplicação. Independente das condições, o desempenho do indivíduo é função do traço latente que possui. O que controla (causa) é o traço (sua característica).
Determinação dos parâmetros de itens e aptidões (Pasquali, p.90)
Construção de testes com base na TRI
1. Procedimentos teóricos
A) estabelecimento do traço latente (variável) a ser medido. 
B) Desenvolvimento da teoria psicológica para esse traço. Definição. 
C) Elaboração dos itens que o representam. Com os itens criam-se as questões do teste.
D) Explicação de cada item (comportamento)
2. Procedimentos empíricos
A) Definição da amostra de participantes.
B) Aplicar os itens. O teste, as questões a essa amostra. 
3. Procedimentos analíticos 
Investigar se cada item de fato mede o traço latente, seguindo o modelo TRI.
A análise dos itens irá:
Validar os testes
Mostrar sua fidedignidade 
E posteriormente padronizá-los (normatização).
Validade
Leitura obrigatória:
PASQUALI, L., Validade dos testes. In: Psicometria – Teoria dos testes na psicologia e na educação. Petrópolis. Vozes. 2004. Cap.6 
Leitura complementar:
GUENIA, B; CAVAS, C.S.T., Validade. In: Sob Medida: Um guia sobre elaboração de medidas do comportamento e suas aplicações. São Paulo. Vetor Editora; 2002. p.69-85.
“O instrumento de fato mede o que se propõem?”
Verificar se o instrumento de fato mede o constructo.
Este teste que criei, com estes itens, de fato mede o traço latente?
Ex., essas perguntas medem Ansiedade? Depressão? Estresse?
Validade depende do contexto
(Guenia, p.70)
Um teste é válido em um contexto e não em outro, para uma população e não para outra.
Portanto não é o teste em si, mas as circunstâncias que ele será utilizado (amostra, objetivo, etc.).
A análise de validade de um teste é feita com base nos resultados, deste modo, o mesmo se torna válido para um: Contexto específico; Amostra específica
Não existe o teste É ou NÃO É válido.
Tipos de validade
Validade de constructo
Validade de critério
Validade de conteúdo
(Pasquali, p. 159)
1º período: 1900 – 1950 Validade de conteúdo.
Quando estava surgindo a Psicometria. Visão da Teoria Clássica. Valido com base no conteúdo, teoria (ex., testes projetivos).
2º período:1950 – 1970 Validade de critério.
3º período: 1970 – presente Validade de constructo.
Visão da Psicometria moderna – TRI
Validade de constructo:
1970 – até presente
TRI (segue o surgimento e o modelo TRI).
Também chamada de validade de conceito ou teórica.
Forma mais fundamental de validade dos instrumentos.
Pasquali (p.164)
Guenia (p.79)
Há um constructo que se pretende investigar com aquele teste.
Ex. Ansiedade
A elaboração do constructo é teórica.
Cria-se os itens com base nessa teoria.
Verifica-se, estatisticamente, se cada ITEM de fato mede esse constructo (traço latente).
Por os dois serem teóricos, é uma avaliação de relação teórica. 
Verifica-se se cada item de fato mede o constructo através de distintas maneiras estatísticas (Guenia e Pasquali mostram diferentes tipos).
Principal foco estatístico será na maneira: Análise da representação 
Análise da representação
(Pasquali, p.170; Guenia, p.81)
A) Consistência interna/externa
Correlação entre itens do mesmo teste (interna)
Verificar a correlação entre cada item do teste: Entre si e com o total.
Correlação de 0,0 a 1,0 (0,0 fraca e 1,0 muito forte – total)
Correlação entre itens de testes distintos que meçam o mesmo constructo (externa).
B) Análise Fatorial 
Verificação da correlação entre itens unindo itens comuns em fatores (análise fatorial). 
Cada fator corresponde ao item “maior” comum, um “subconstructo”.
Os fatores que se correlacionam mais formam os subtestes.
Todo teste possui subtestes com itens comuns. Esta análise separa os fatores.
Através da correlação dos itens, é possível reduzir a dispersão inicial, agrupando os assuntos comuns no fator comum. 
Guenia, p. 82 (exemplos).
Validade de critério
(Guenia, p.71; Pasquali, 185) 
Estabelecer a validade de um instrumento a partir de um critério externo.
Comparação do teste com outra medida (externo = fora do teste) que o constructo possui relação.
Ex. medir notas de alunos e teste de inteligência. Comparar as duas medidas. Se uma tem relação com a outra (ser mais inteligente tem maiores notas).
Guenia, p. 72 (exemplos).
Validade de conteúdo
Teoria Clássica
Teste subjetivos. 
Validade do teste será totalmente baseada no conteúdo teórico. 
Ex. Personalidade: definição.
Verifica-se se o teste é válido de acordo com esta definição de personalidade. 
Fidedignidade (folhas separadas).