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Pragas da Cana de açúcar

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Principais 
pragas da cana 
de açúcar. 
Cana-de-açúcar (Saccharum officinarum L.)
♦ Gramínea; 
♦Família poaceae;
♦Estoque de Sacarose no 
colmo;
Cana-de-açúcar (Saccharum officinarum L.)
Fonte: 
IBGE2017
Fonte: 
IBGE2017
Cana-de-açúcar (Saccharum officinarum L.)
Principais produtos: 
Lagarta do cartucho (Spodoptera frugiperda) 
Ordem: Lepidoptera
Família: Noctuidae
Adulto 
Pupa (7-13 dias) 
Larva (6º Insta.: 
14-22 dias) 
Ataque da praga 
Ovos 
 Ciclo de vida:
Duração de 
20-40 dias
Queda no solo 
(canibalismo)
 (vivem 10-12 dias e 
colocam cerca 1000 ovos) 
Danos
Desfolhadoras 
Ataque das folhas iniciais 
Ataque a plântulas 
Pode realizar galerias causando 
“coração morto.”
Adulto
A mariposa mede cerca 35mm, 
asas posteriores pardas e 
anteriores cinzas; 
Vivem 10-12 dias e colocam cerca 
1000 ovos
Ovos
Localizado na parte inferior da folha; 
1000 ovos por adulto;
 Semelhantes a pérolas.
Larva
Principal característica “Y” invertido na 
cabeça; 
6 estágios larvais; 
Coloração de Cinza a marrom; 
Canibais. 
Pupa
Desenvolvimento acontece no solo ou 
na planta; 
Dá origem ao adulto;
Controle químico
O controle deverá ser realizado se 50% 
da área estiver desfolhada; 
Levantamento da população da praga;
Os produtos recomendados para o 
controle são: fosforados, 
clorofosforados, carbamatos e 
piretróides.
Controle biológico
Doru luteipes, a tesourinha;
Trichogramma spp. e Telenomus sp. são 
parasitóides de ovos: vespas;
Chelonus insularis e Campoletis flavicincta são 
parasitóides de lagartas pequenas: vespas.
Curuquerê-dos-capinzais 
(Mocis latipes) 
Ordem: Lepidoptera
Família: Noctuidae
Adulto 
Pupa (7-13 dias) 
Período larval 
(14-25 dias)
Ataque da praga 
Ovos 
 Ciclo de vida:
Duração de 
20-40 dias
7 a 12 dias para 
eclodirem
 vivem (8-10 dias) 
Danos
A lagarta ataca as folhas, 
deixando somente a nervura 
central;
Podem causar enormes 
perdas de forragem;
Adulto
A mariposa mede cerca 40mm, 
apresentam coloração parda;
 
Fêmea põe os ovos na parte 
superior da folha. 
Ovos
Localizado na parte superior da folha; 
Coloração verde ou branco;
Semelhantes a bola de basquete.
Larva
Principal característica “Y” invertido na 
cabeça; 
Diferente da S.f 3 par de pés falsos; 
Coloração de cinza amarelada; 
Pupa
Desenvolvimento acontece no solo ou 
na planta; 
Dá origem ao adulto;
Controle químico
O controle deverá ser realizado se 50% 
da área estiver desfolhada; 
Levantamento da população da praga;
Os produtos recomendados para o 
controle são: fosforados, 
clorofosforados, carbamatos e 
piretróides.
Controle biológico
Doru luteipes, a tesourinha;
Trichogramma spp. e Telenomus sp. são 
parasitóides de ovos: vespas;
Chelonus insularis e Campoletis flavicincta são 
parasitóides de lagartas pequenas: vespas.
BROCA 
GIGANTE
Nome Científico: Telchin licus
Ordem: Lepidoptera
Família:Castniidae
Hospedeiros: Abacaxi, Banana, 
CANA-DE-AÇÚCAR, etc. 
Parte(s) afetada(s): 
Caule/Ramos
Fase(s) em que ocorre o 
ataque: Germinação
7-14 dias eclosão
Pupa - 30 e 45 dias
Adultos 10-15 Dias
50-100 Ovos
Lagarta - Até 4 meses
Ciclo de 
Vida: 
Interior da planta
Geralmente 180 dias
OVOS
Rosa>Verde>Alaranjado
0,4 cm de comprimento
Lagarta recém 
eclodida
LAGARTA
Branca 
8 cm comprimento
1,2 cm largura
Torax>anus 
PUPA
Castanho–escura
4 cm de comp.
Fibras de cana
Abertura deixada 
para saída da 
mariposa
ADULTOS
Antenas clavadas
3,5 cm de comp. e 9 cm de 
envergadura alar
Coloração escura
Manchas brancas na 
região apical
Faixa transversal branca
nas asas anteriores
ADULTOS
Hábitos diurnos 
Período mais quente 
(10h-14h)
Ovos no solo,entre os 
colmos, próximos à 
base das touceiras.
PREJUÍZOS
Morte de plantas ou considerável
perda de peso
Facilitam a penetração de 
fungos da podridão-vermelha, 
diminuindo a produção de 
açúcar
Com a mínima perturbação, 
procuram se proteger 
enterrando-se profundamente nos 
túneis abertos anteriormente no 
rizoma ou entre as raízes, o que 
contribui para preservá-las, 
alimentando-se delas e debilitando
e reduzindo o poder germinativo da 
touceira
Reboleiras 
causadas pelo 
ataque de 
lagarta T.licus
“Coração morto”
Cana recém-brotada
Saída da touceira, ataque aos 
rebentos
Destruição poro veget
Seca/apodrecimento gema apical
Passagem de um rebento para 
outro atacando-os e causando a 
morte da gema apical
CONTROLE
Catação manual
Logo após o corte da cana a lagarta, 
visando proteger-se, tem o hábito de 
vedar, com restos de alimento
(fibras), o orifício deixado aberto pela 
galeria interna onde vivia
QUÍMICO ?
Inviabilidade do controle 
químico pela sua proteção 
ELASMO
Nome Científico: Elasmopalpus 
lignosellus
Ordem: Lepidoptera
Família:Pyralidae
Hospedeiros: Várias plantas de 
solo seco
Parte(s) afetada(s): Folhas, 
Caule/Ramos
Fase(s) em que ocorre o ataque: 
Crescimento vegetativo, Floração, 
Frutificação
Ovos 2-3 dias
Pupa - 9 a 10 dias
Adultos - 10 Dias
100-200
Lagarta - 15 dias
Ciclo de 
Vida: 
Solo ou junto à planta 
25-60 Dias
OVOS
0,6 mm de comprimento e 
0,4 mm de largura.
Verdes>Rosados>Vermelho
Abaixo da superfície do 
solo ( Alguns nas folhas)
200 ovos
LAGARTA
1,5 cm de comprimento
Inicialmente folhas
Posteriormente adentra ao solo 
e perfura o colmo de canas 
jovens e alimentam-se do seu 
interior
Constrói galeria de terra, teia e 
excrementos
PUPA
Seda e areia na extremidade 
dos túneis
Casulo 1,6 cm de comp e 
0,6 cm de largura
Crisálidas 0,8 cm de comp 
e 0,2 mm de largura.
ADULTOS
1,7 a 2,2 cm de envergadura
Diferença de cor entre 
macho e fêmea
Mais ativos à noite, 27°C, 
umidade relativa elevada, 
pouco movimento de ar
Macho
Asas nos machos são amareladas 
centralmente,
Faixa escura larga que possui 
escamas purpúreas.
Fêmea
Centro das asas é inteiro escuro, 
quase preto
Escamas avermelhadas ou 
purpúreas
Parte posterior reta prendida à 
planta e as asas rentes ao longo 
do corpo
PREJUÍZO
“Coração morto”
Recém brotadas, 30 cm
30 dias após brotação
Solos arenosos e em 
períodos secos
CONTROLE
Utilização de inseticida no colo da 
planta
Em época de seca, inseticidas de 
contato, associados ao tratamento 
das sementes 
Nas áreas de risco, tratamento de 
sementes com inseticidas 
sistêmicos à base de tiodicarb, 
carbofuran ou imidacloprid.
Broca da 
Cana de açúcar
(Diatraea flavipennella e 
D. saccharalis)
Ordem: Lepidoptera
Família: Crambidae
Descrição geral
Considerada uma das principais pragas da cana-de-açúcar nos canaviais 
do Brasil. O ciclo biológico completo, de ovo a adulto, da broca da 
cana-de-açúcar, dura em torno de dois meses (65 dias), existindo 
potencial de 4 a 5 gerações anuais, dependendo das condições 
climáticas.
Oviposição
São ovos achatados de formato oval;
Aglomeram-se entre 02 a 50 ovos;
Ovipositam tanto na face superior 
quanto inferior da folha;
400 a 450 ovos por fêmea;
Oitos dias + Fecundação = Lagartas.
Lagartas
Residem e se alimenta na bainha da 
folha;
Após o primeiro instar ou ecdise, 
penetra no colmo;
Longitudinal ou transversal;
Paralisa a alimentação, aumenta a 
galeria e transforma-se em crisálida.
Pupas
A pupa possui formato alongado, de 
coloração castanha e tem a duração 
de 10 a14 dias, variando o tempo de 
acordo com as condições climáticas. 
Paralisa a alimentação, aumenta a 
galeria e transforma-se em crisálida.
Adultos
A oviposição ocorre principalmente
no início do entardecer e continua 
durante toda a noite. As fêmeas 
podem ovipositar em média durante 
04 dias, sendo a duração da fase 
adulta de 03 a 08 dias.
OVO
LARVA
PUPA
ADULTO Ciclo Completo: 58 a 90 ds.4 a 5 gerações/ano
Ciclo 
Biológico
Danos Gerais
Controle
Controle
O controle pode se dado através de:
- Químico
Usa-se agrotóxicos nos quais a Broca 
seja susceptível.
Ex.: Triflumuron, lufenuron ou fipropil.
Controle
O controle pode se dado através de:
- Biológico
Usa-se outros insetos, fungos ou 
bactérias para o controle 
populacional.
Ex.: Cotesia flavipes.
Controle
O controle pode se dado através de:
- Biológico
Usa-se outros insetos, fungos ou 
bactérias para o controle 
populacional.
Ex.: Trichogramma galloi.
Ciclo do 
Trichogramma galloi.
Controle
O controle pode se dado através de:
- Cultural
Usa-se outras culturas ou variedades 
não susceptíveis.
Ex.: Cultivar de cana
IAC-SP 963060
Cupins
(Heterotermes tenuis;
Procornitermes triacifer;
Neocapritermes parvus;
Neocapritermes opacus;
Nasutitermes sp.)
 Ordem: Isoptera
Família: Rhinotermitidae 
ou Termitidae
Os cupins são eussociais e possuem castas estéreis (soldados e 
operários). Uma colônia típica é constituída de um casal reprodutor, rei e 
rainha, que se ocupa apenas de produzir ovos; de inúmeros operários, que 
executam todo o trabalho e alimentam as outras castas; e de soldados, 
que são responsáveis pela defesa da colônia.
Descrição geral
Operários
Esses indivíduos são responsáveis por 
todas as funções rotineiras da colônia, tais 
como obtenção de alimento, construção e 
conservação do ninho (reparação por 
danos e limpeza), eliminação de indivíduos 
doentes ou mortos e cuidados com os 
ovos.
Soldados
Possuem função de guarda do ninho e 
proteção dos operários durante a busca 
de alimentos.
Como estruturas de defesa, além
da potente mandíbula que pode esmagar, 
cortar ou golpear, ele pode apresentar 
secreções tóxicas.
Soldado de 
Heterotermes tenuis.
Soldado de 
Procornitermes triacifer.
Soldado de 
Neocapritermes parvus.
Soldado de 
Neocapritermes opacus.
Reprodutores
Os reprodutores alados são os 
indivíduos com o aparelho reprodutor 
desenvolvido. 
apresentam dois pares de asas 
membranosas, úteis apenas durante o 
fenômeno de dispersão, caracterizadas 
por terem dimensões semelhantes.
Danos Gerais
Controle
Controle
O controle pode se dado por meio:
- Preventivo
Baseados em amostragens.
Não deixar a praga se instalar no 
local.
Ex.: Uso de inseticida no plantio.
Cigarrinha das raízes
Mahanarva fimbriolata
A eliminação da queima da palha. 
Cigarrinha das raízes
O acúmulo de palha.
Elevada umidade.
Vivem por volta de 60 a 80 
dias. 
Cigarrinha das raízes
Colocam próximo de 100 ovos 
nas folhas na parte baixa da 
touceira.
Formação de espuma 
característica.
Cigarrinha das raízes
Ninfas: Succionam as 
raízes roubando o 
alimento da planta, 
causando 
amarelecimento e 
seca das folhas.
Cigarrinha das raízes
Adultas: Preferência à base da 
touceira (sugando seiva das 
raízes).
Cigarrinha das raízes
Consequências:
Cigarrinha das raízes
Morte de perfilho;
Encurtamento entre nós;
Rachaduras de colmo;
Brotações laterais;
Secamento de folhas;
Atinge o ATR da cana - 
Açúcar Total Recuperável. 
Monitoramento
Cigarrinha das raízes
É imprescindível para o uso 
da estratégia de controle.
Contagem de ninfas.
Realizado de 15 em 15 dias.
Controle Químico
Cigarrinha das raízes
Inseticidas neonicotinoides* 
(Imidacloprid e Thiamethoxam);
Aplicação nas primeiras ninfas.
*Origem na molécula de nicotina.
Controle Biológico
Cigarrinha das raízes
Fungo Metarhizium anisopliae
Aplicação no final da tarde ou 
no início da noite;
Demora 8 horas.
Bicudo da cana-de-açúcar
Metamasius hemipterus
Bicudo da cana-de-açúcar
Está distribuído em todas as regiões 
canavieiras do Brasil.
Adultos apresentam cor alaranjada 
com manchas pretas bem visíveis.
Bicudo da cana-de-açúcar
Os ovos são colocadas nos orifícios 
abertos pelas brocas ou em 
rachaduras.
As larvas abrem galerias irregulares, 
alimentando-se dos tecidos do colmo.
Bicudo da cana-de-açúcar
Apresentam ciclo de vida de 3 a 8 
meses.
Os adultos predominam nos meses 
mais quentes, enquanto as larvas nas 
épocas mais frias.
Bicudo da cana-de-açúcar
Amarelecimento das plantas;
Aparecimento de canas mortas na 
touceira;
Falhas em rebrota nas canas-socas e 
acúmulo de serragem nas galerias.
Bicudo da cana-de-açúcar
Controle
Monitoramento de população de 
larvas;
Aplicação de inseticidas.
Referências
MACEDO, N., et al. Manejo de Pragas e Nematóides. In: SANTOS, F., BORÉM, A., CALDAS, C. 
Cana-de-Açúcar: Bioenergia, Açúcar e Etanol. 2 Edição. Viçosa, MG. Ed.: Os Editores, 2011. Da 
página 119 à 180.
MIRANDA. L. PRAGAS. In: VASCONCELOS, A,. LANDELL, M. Cana-de-açúcar. Campinas, SP: Instituto 
Agronômico, 2011. Da página 149 à 397.

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