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Aula 05 ANEMIAS I por deficiencia de eritroblastos HACL

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por deficiência de 
eritroblastos
 POR DEFICIÊNCIA DE 
ERITROBLASTOS: 
• 1. Número de eritroblastos reduzido; 
• 2. Quantidade normal de eritroblastos 
na MO, mas sem diferenciação 
medular. 
 POR DEFICIÊNCIA DE 
ERITROBLASTOS: 
2.1 – Anemia aplástica 
2.2 – Anemias refratárias 
2.3 – Eritroblastopenias 
2.4 – Hereditárias (constitucionais) 
Outras Anemias • Anemia Aplástica 
– Transtorno quantitativo de células precursoras 
caracterizada por comprometimento de todas as 
linhagens celulares: anemia, leucopenia e 
trombocitopenia. 
– Aplasia ou hipoplasia da medula óssea. 
Medula normal Medula na anemia aplástica grave 
2.1 – Anemia Aplástica 
Deficiente formação de 
precursores eritroblásticos 
medulares a partir da stem-cell. 
• Alterações do elemento primordial – as células 
pluripotentes (CD34+); 
• Das células que dele se originam; 
• Dos fatores reguladores da hematopoese; 
• Alterações do microambiente medular. 
2.1 – Anemia Aplástica 
ETIOPATOGENIA: 
• Qualquer das alterações citadas podem 
permitir detecção de alteração nas três 
linhagens de células – eritrócitos, granulócitos e 
plaquetas. 
• Verifica-se: oligocitemia, granulocitopenia e 
plaquetopenia global = PANCITOPENIA 
 OU seletiva = CITOPENIA SELETIVA. 
 
2.1 – Anemia Aplástica 
ETIOPATOGENIA: as citopenias levam à 
sintomatologia: 
- Síndrome de anemia (mais frequente) 
- Síndrome hemorrágica; 
- Síndrome infecciosa. 
 
2.1 – Anemia Aplástica 
AGENTES ETIOLÓGICOS: 
- Medicamentos: antiinflamatórios, antibióticos, 
anticonvulsivantes; 
- Tóxicos: benzeno, inseticidas, solventes; 
- Radiações ionizantes; 
- Infecções bacterianas, virais (ex: hepatite); 
- Metabólicas e imunológicas; 
- Tumores; 
- Idiopáticas adquiridas. 
Classificação das Aplasias Medulares 
Adquiridas 
I - Aplasia medular adquirida 
1. Idiopática 
2. Secundária: a) Medicamentosa; 
 b) Tóxica; 
 c) Infecciosa; 
 d) Imunológica e metabólica; 
 e) Hemoglobinúria paroxística noturna; 
 f) Neoplásica (timona) 
Classificação das Aplasias Medulares 
Adquiridas 
II – Aplasia medular constitucional 
1. Anemia de Fanconi 
2. Anemia Aplástica Familial 
3. Púrpura Trombocitopênica Amegacariocitária 
4. Disqueratose congênita 
 
Classificação das Aplasias Medulares 
Adquiridas 
III – Aplasia de linhagem medular única 
1. Aplasia pura de células eritrocitárias 
2. Doença de Diamond-Blackfan 
3. Neutropenias puras 
4. Plaquetopenias puras 
* Tais aplasias de linhagem medular única podem constituir 
ou não o prelúdio de uma aplasia medular global. 
Mecanismo imunológico responsável pela 
depressão ou supressão da hemopoese: 
• Imunossupressores (como ciclofosfamida, 
globulina antilinfocitária) facilitam a hemopoese 
após transplantes de MO, promovendo melhora do 
quadro de aplasia medular. 
• Pacientes em uso de Interferon como tratamento 
antineoplásico têm redução de hemopoese; 
enquanto o uso de Ac anti-interferon aumenta o 
nº de UFC na MO (in vitro). 
* Daí a indicação de imunossupressores para o 
tratamento de alguns casos de An. Aplástica. 
Mecanismo imunológico responsável pela 
depressão ou supressão da hemopoese: 
• Pacientes com aplasia podem ter aumento de 
linfócitos T supresssores ativados na circulação, 
além de: 
1) Aumento de interferon no soro (ocorre também 
em certas viroses); 
2) Aumento da produção de IL-2; 
3) Diminuição da produção de IL-1; 
4) Diminuição da atividade de linfócitos NK. 
• Nas infecções por vírus pode haver aumento da 
produção de IFN pelos linfócitos T, bem como 
ativação do linfócito T supressores (CD8+). 
• Certas viroses levam a alterações hematológicas, 
como granulocitopenia e plaquetopenia , 
sugerindo diminuição da hemopoese (Ex: 
hepatites A, B e C; CMV; parvovírus; Epstein Baar; 
HIV) 
 
I - Etiopatogenia da An. Aplástica Adquirida 
1) Defeito de proliferação das stem-cells (células CD 
34+): geralmente persistente após terapêutica 
imunossupressora, pode ocorrer evolução para 
uma proliferação clonal, seguida a esta fase 
mielodepressiva (instalação de uma Hb Paroxística 
Noturna, mielodisplasia ou leucemia aguda); 
Outros fatores envolvidos na 
Etiopatogenia da An. Aplástica 
2) Reação imune contra o parênquima 
hemopoético, representado pela atuação dos 
linfócitos CD8+; pelo efeito inibidor dos 
monócitos e macrófagos sobre as UFC na MO, 
pela ação inibidora das citocinas (IFN-γ) e o TNF-
α, ou por disfunção das células NK. 
Outros fatores envolvidos na 
Etiopatogenia da An. Aplástica 
3) Alteração do estroma medular, algumas 
pertencentes ao sistema imune (linfócitos T, B e 
monócitos); 
4) Fatores genéticos (maior susceptibilidade de 
alguns indivíduos – Ex: antígenos HLA classe II, 
tipos DR2 e DPW3; familiares de pacientes com 
aplasia medular, “medulas frágeis”; indução da 
apoptose pelo Ag. Fas) 
 
Quadro clínico 
• Fraqueza, desânimo, cansaço 
• Pode haver queixas hemorrágicas (epistaxe, 
menometrorragia, escarros hemoptoicos, 
hemorragia cerebral em casos de plaquetopenia 
acentuada) 
• Exame físico: palidez cutaneoneomucosa, púrpuras, 
petéquias, ausência de adeno e hepato ou 
esplenomegalia 
* Podem estar relacionados: Hepatite em passado 
próximo; urina escura (cor de coca-cola) sugere Hb 
paroxística noturna; em crianças pode-se suspeitar 
de anemia constitucional. 
Diagnóstico Laboratorial 
• Hemograma: anemia normocítica e normocrômica, 
leucopenia (neutropenia, linfocitose) e 
plaquetopenia; 
• Contagem de Reticulócitos: normal ou diminuída; 
• Mielograma: hipocelularidade global, aumento dos 
depósitos de gordura, aumento de histiócitos e 
macrófagos, aumento de grãos de hemossiderina 
nesses últimos; 
• Biópsia medular (em caso de dificuldade de obtenção 
de material por punção): coloração com HE mostra 
diminuição do parênquima medular, aumento do 
tecido adiposo ou das fibras colágenas e reticulares 
do estroma medular. 
 
 
Diagnóstico Laboratorial 
• Aumento do ferro sérico (não incorporado às 
células hematopoéticas) e da saturação da 
transferrina; 
• Aumento da EPO sérica; 
• Testes de coagulação podem estar alterados 
devido à plaquetopenia (TS, retração do coágulo). 
 
 
Diagnóstico Laboratorial 
* Quando a anemia aplástica é secundária a outras 
patologias, outros testes laboratoriais são 
necessários para confirmar tais patologias: 
- Aplasia medular secundária à HPN : Fe sérico é 
baixo, devido à perda urinária de Fe, em forma de 
hemossiderinúria; reticulócitos podem estar 
aumentados, pois a MO ainda tem certa 
capacidade funcional. 
* Deve-se fazer TESTE DE HAM – pesquisa de 
hemólise em eritrócitos em soro acidificado. 
 
 
Palavras chaves: Teste do soro acidificado; Teste para Hemoglobinúria 
Paroxística Noturna 
Condições: Soro desfibrinado (colhido no mesmo dia) + sangue total 
(citrato/EDTA/oxalato/heparina). 
Tempo de jejum: 
- Jejum obrigatório de 8 horas 
- Intervalo entre mamadas para lactentes 
Conservação: Até 24 horas refrigerado entre 2 e 8 ºC 
Comentários 
A Hemoglobinúria Paroxística Noturna é uma doença adquirida na qual as 
hemácias do paciente são anormalmente sensíveis a constituintes 
normais do soro. O diagnóstico é feito pela realização do Teste de 
Ham. Resultados falso-negativos podem ocorrer após hemotransfusão ou 
uso de anticoagulantes, enquanto falso-positivos podem 
ocorrer na anemia megaloblástica ou anemia auto-imune. 
Formato de resultado 
METODO: HEMOLISE EM PH ACIDO 
RESULTADO: VALOR DEREFERENCIA: NEGATIVO 
Help de Exames : Lab. Hermes Pardini 
(http://www.labhpardini.com.br/scripts/mgwms32.dll?MGWLPN=HPHOSTBS&App=HELPE&EXA
ME=S%7C%7CHAM 
Diagnóstico Laboratorial 
- Dosagem de Hb Fetal – aumentada na An. de 
Fanconi (também podem estar presentes 
altarações cromossômicas) 
- Cariograma e cultivo de células medulares 
* Pode ocorrer macrocitose e vacuolização e 
eritroblastos e precursores granulocíticos 
secundária a alguns medicamentos (ex. 
cloranfenicol), após cessar o tratamento, ocorre 
retorno ao normal. 
 
 
Diagnóstico Diferencial 
 
 
- An. Aplástica x Leucemia Aguda: biópsia de MO – 
para afastar possíveis alterações do tecido de 
sustentação medular por fibrose ou esclerose 
óssea ou para detecção de focos de células 
anômalas; ausência de adeno, hepato ou 
esplenomegalias que sugira a doença neoplásica 
é dado importante no diagnóstico laboratorial; 
- An. Aplástica x Mielodisplasia: estudo 
citogenético das células sanguíneas ou da MO, na 
mielodisplasia são frequentes alterações 
cromossomais (nº 5, 7 e 8). 
 
 
Diagnóstico Diferencial 
 
 
- Referência de história clínica de contato com 
agentes tóxicos ou uso de certos medicamentos 
em passado próximo, concomitância de sintomas 
ligados a infecções – são relativamente 
frequentes. 
- Não há teste laboratorial que possa comprovar 
com segurança a relação causa/efeito, por isso a 
maioria dos casos tende a ficar rotulada como 
anemia aplástica idiopática. 
 
 
Tratamento 
 
 
- Conduta inicial: esclarecimento da origem da 
desordem hematológica, afastando-o de qualquer 
agente ou droga que reconhecidamente deprima 
a hemopoese; 
- Distinção clínica entre: 
Anemia Aplástica Severa x Não-severa 
 
 
Tratamento 
 
 
1) An Aplástica Severa: pacientes que apresentam 
anemia e plaquetopenia acentuadas, necessitam 
de transfusão de concentrado de hemácias (Hb < 
9,0 g/dL) e plaquetas (<20.000/mm3). 
2) An Aplástica Não-severa: pacientes que 
apresentam anemia e plaquetopenia discretas, 
não necessitam de transfusão. 
 
 
Tratamento 
 
 
Sintomático 
Específico 
Tratamento Sintomático 
 
 
1) Transfusão de hemácias e/plaquetas 
2) Em caso de neutropenia acentuada e risco de 
infecções, semi-isolamento; 
3) Antibioticoterapia apenas em infecções 
comprovadas, deve-se evitar uso profilático. 
 
Tratamento Específico: 
 
 
Medidas que promovam a recuperação da função 
medular com normalização da hemopoese. 
 1) Corticosteroides: sem efeito sobre a hemopoese, 
mas podem diminuir a fragilidade capilar, 
reduzindo riscos de sangramento; 
2) Andrógenos: estimulam a eritropoese através de 
ação direta sobre as células indiferenciadas da 
MO e ação indireta de estímulo à produção de 
EPO (indicado em aplasia de grau moderado) 
 
 
Tratamento Específico: 
 
 
3) Esplenectomia: reservada para casos em que se 
demonstra hiperfunção do órgão; como o baço atua 
como reservatório de plaquetas, pode ser cogitada 
quando houver plaquetopenia muito severa; 
4) Transplante de MO: seria o tratamento de primeira 
escolha, entretanto há dificuldades como: idosos não 
respondem bem ao tratamento, por isso é indicado 
para pacientes em idade inferior a 20 anos, com 
doador compatível; pacientes politransfundidos não 
respondem bem a TMO, devido à sensibilização 
prévia. 
 
Classificação das Aplasias Medulares 
Adquiridas 
II – Aplasia medular constitucional 
1. Anemia de Fanconi 
2. Anemia Aplástica Familial 
3. Púrpura Trombocitopênica Amegacariocitária 
4. Disqueratose congênita 
 
II - Anemia Medular Constitucional 
• Incluem-se as doenças que há certa 
predisposição para ocorrer a insuficiência 
medular, pode aparecer quando indivíduos 
entram em contato com certas drogas ou toxinas, 
mesmo em doses pequenas 
• Aplasia medular familiar: acomete mais de um 
membro da mesma família 
• Incide em crianças e adolescentes 
II.1. Anemia de Fanconi 
• Defeito básico da Anemia de Fanconi: lesão da 
célula pluripotente medular (CFU-C) – pequena 
capacidade de formação de colônias. 
• Manifesta-se nos primeiros anos de vida, com 
sintomatologia associada ao quadro de anemia 
(malformações esqueléticas – sindactilia, ausência do rádio ou ossos do carpo, 
microcefalia, osteoporos, espinha bífida, escoliose, anomalias da face – 
também retardamento mental, anomalia renal, surdez, hiperpigmentação 
cutânea, microftalmia, estrabismo, hipogonadismo, dvertículo, ânus 
imperfurado). 
 
II.1. Anemia de Fanconi 
• Com frequência acomete mais de um membro da 
família, comum em casamentos consanguíneos 
(herança autossômica recessiva, podendo haver 
pacientes homozigóticos ou heterozigóticos); 
• É comum que os familiares apresentem diabetes 
mellitus, leucemia e tumores em geral. 
• São encontradas anomalias cromossômicas em 
linfócitos (quebras, faltas, endoduplicação), pode 
haver defeitos no sistema de reparo do DNA 
(levando à evolução para quadros de leucemia). 
• Pode manifestar-se tardiamente após exposição a 
algum fator ambiental ou viroses. 
II.1. Anemia de Fanconi – diagnóstico 
laboratorial 
• Hemograma, Mielograma e dados da ferrocinética 
semelhantes ao da Aplasia Medular Adquirida: 
anomalias hematológicas mais frequentes são 
pancitopenia e hipoplasia medular; 
• Anemia costuma ser macrocítica, com poiquilocitose 
acentuada, neutropenia e plaquetopenias 
acentuadas; 
• Podem ser encontrados aumento de Hb Fetal e de 
expressão de Ag i em eritrócitos; 
II.1. Anemia de Fanconi – diagnóstico 
laboratorial 
• Incidência de anomalias citogenéticas alta e é 
frequente achados hematológicos sugestivos de 
síndrome mielodisplásica (evolução para SMD ou 
para leucemia mieloide aguda é alta); 
• Alterações genéticas de base: admite-se que há cinco 
tipos de genes cujas alterações pode levar à aplasia 
medular da Anemia de Fanconi – patologia 
considerada como estado pré-leucêmico. 
II.1. Anemia de Fanconi – tratamento 
• Tratamento sintomático, aumento da sobrevida dos 
pacientes; 
• Única manobra terapêutica corretiva: transplante de 
MO compatível ou de stem-cell isolada do sangue 
periférico. 
II.2. Outras Anemias Medulares 
Constitucionais 
• Doenças de difícil diagnóstico, nº de casos pequeno 
• Também ocorre pancitopenia periférica associada à 
aplasia medular: 
Aplasia familial – mais de um caso na mesma família; 
Púrpura Amegacariocitária – predominância de quadro 
hemorrágico devido à plaquetopenia (pode levar a 
óbito, antes da instalação de aplasia medular total); 
Disqueratose congênita – caracteriza-se pela 
predominância de hiperpigmentação da pele e 
anexos, sinais de insuficiência da função medular. 
 
Classificação das Aplasias Medulares 
Adquiridas 
III – Aplasia de linhagem medular única 
1. Aplasia pura de células eritrocitárias 
2. Doença de Diamond-Blackfan 
3. Neutropenias puras 
4. Plaquetopenias puras 
* Tais aplasias de linhagem medular única podem constituir 
ou não o prelúdio de uma aplasia medular global. 
III.1 – Aplasia Pura da Série Vermelha 
• Doença em que só os precursores 
eritrblásticos da MO não são capazes de 
diferenciar-se. Ocorrem anemia e 
oligocitemia, mas o número dos leucócitos e e 
das plaquetas é normal no SP. 
• Tipos: CONSTITUCIONAL ou ADQUIRIDO. 
III.2– Aplasia Pura da Série Vermelha: 
CONSTITUCIONAL 
• Designada como: Anemia Hipoplástica 
Congênita ou Anemia de Diamond-Blackfan 
• Não há malformações, exceto discretas 
alterações das extremidades ósseas das mãos; 
• Defeito básico da anemia: BFU-E – célula 
jovem medular comprometida com a 
linhagem eritroblástica 
III.1.1 – Aplasia Purada Série 
Vermelha: ADQUIRIDA 
• Secundária a algumas causas: 
a) presença de timona; 
b) uso de drogas, como cloranfenicol, 
fenilidantoína, penicilina, aminopirina, 
fenilbutazona, isoniazida, azatioprina; 
c) presença de viroses (mononucleose 
infecciosa); 
d) LES, Leucemia Linfática Crônica, Linfoma Não-
Hodgkin 
 
III.1.1 – Aplasia Pura da Série 
Vermelha: ADQUIRIDA 
• É encontrada em adultos e crianças (autolimitada, 
sendo denominada eritroblastopenia transitória 
da infância); 
• Podem ser detectados Ac séricos capazes de inibir 
a maturação dos precursores eritroblásticos ou Ac 
inibidores da EPO; 
• Doença de auto-agressão 
• Remoção do timona ou o uso de 
imunossupressores provoca melhora da anemia 
 
III.3 – Neutropenias puras 
• Podem ser classificadas em: 
CONGÊNITAS ou ADQUIRIDAS 
a) Neutropenias Congênitas: defeito de naturaza 
constitucional, geralmente localizado na célula 
granulocítica jovem – maturação da linhagem é 
interrompida, gerando redução dos segmentados 
neutrófilos (<2000 céls/mm3). 
 Podem ocorrer tipos ligados a anomalias estruturas – 
ex.: NEU formados apresentando sistema de 
proteínas contráteis anormal, incapacidade de 
locomoção (“síndrome de leucócito preguiçoso”) 
 
 
III.3 – Neutropenias puras 
a) Neutropenias Congênitas: 
Também podem ocorrer formação de grânulos 
lisossomais anômalos – Síndrome de Cediak-Higashi – 
caracterizada pela presença de granulações 
citoplasmáticas gigantes nos granulócitos e 
agranulócitos, com ocorrência de neutropenia. 
Outras: 
- Síndrome de Schwachman: neutropenia e insuficiência 
pancreática exócrina, ocorre em crianças; 
- Síndrome de Kostmann: agranulocitose congênita, alta 
gravidade, óbito no primeiro anos de vida. 
 
III.3 – Neutropenias puras 
a) Neutropenias Adquiridas – número de NEU 
circulantes é reduzido por mecanismos diversos: 
imonológico, intoxicação por drogas ou Síndrome de 
Felty*. 
Além das glicoproteínas do HLA I, os NEU possuem Ag 
específicos: NA1 e NA2, NB1 e NB2, NC1, ND1, NE1, 
LANa, SARa (outros: 5a, 5b, 9ª, 9b, Marta, Onda, SLa). 
Alguns paciente neutropênicos produzem auto-
anticorpos contra tais Ag. Os NEU alterados por tais Ac 
são fagocitados pelo sistema fagocitário mononuclear, 
especialmente no baço (neutropenia esplênica). 
 
 
III.3 – Neutropenias puras 
a) Neutropenias Adquiridas: 
Causadas por drogas – mecanismo etiopatogênicos: 
- A droga se liga a uma proteína sanguínea, 
formação de complexo antigênico contra qual o 
organismo elabora um Ac – formação de um 
imunocomplexo que ataca os NEU (Ex.: 
aminopirina*); 
- Outras drogas atuam diretamente sobre os 
procursores granulocíticos (Ex.: fenotiazidas, 
hidantoínas, sulffonamidas e tiouracil). 
 
 
III.3 – Neutropenias puras 
a) Neutropenias Adquiridas: 
Síndrome de Felty: tríade conjunta de artrite 
reumatóide, esplenomegalia (hipersequestração 
esplênica) e neutrofilia (neutropoese diminuída). 
Neutropenias Idiopáticas: indivíduos portadores de 
neutropenias, que vivem com um nº de NEU 
<2000 céls/mm3, sem apresentarem infecção 
(pode ser indicada antibioticoterapia profilática 
se forem atingidos níveis inferiores). 
 
 
III.4 – Plaquetopenias puras 
 
 
Podem ser classificadas em: 
CONGÊNITAS ou ADQUIRIDAS 
a) Plaquetopenias Congênitas: aparecem nos 1ºs 
meses de vida, podem anteceder o quadro de 
aplasia medular global (semelhança com An. De 
Fanconi – devido às malformações ósseas). 
Tipos: 
- Púrpura Amegacariocitária: 
- Síndrome de Tar; 
- Síndrome de Bloom; 
- Síndrome de Poland. 
III.4 – Plaquetopenias puras 
 
 
Tipos: 
 
- Púrpura Amegacariocitária: hemorragias após o 
nascimento, seguida da instalação da anemia, depois 
pancitopenia; 
 
- Síndrome de Tar (Trombocitopenia com ausência de 
Rádio): depressão apenas da linhagem megacariocitária, 
plaquetas funcionalmente normais, quadro 
hemorrágico não severo, pode ocorrer anemia; 
 
 
III.4 – Plaquetopenias puras 
 
 
Tipos: 
 
- Síndrome de Bloom: trombocitopenia, anemia por 
alteração de eritropoese, anomalias esqueléticas 
diversas, comprometimento do desenvolvimento, 
ocorrência de doenças malignas em alta porcentagem. 
 
- Síndrome de Poland: assemelha-se à An. de Fanconi, 
podendo evoluir para quadro leucêmico. 
 
 
 
 
 
 
Tratamento das Anemias Aplásticas 
 
 
Tratamento sintomático, uso de transfusão de 
concentrado de hemácias ou de plaquetas, e 
antibioticoterapia. 
- Corticoides: apenas em casos com sangramentos 
abundantes; 
- Administração de Andrógenos, Eritropoetina e 
outras leucinas de efeito estimulante sobre a 
hematopoese têm sido recomendados (CSF-G, 
CSF-GM, EPO) 
- Transplante de MO 
 POR DEFICIÊNCIA DE 
ERITROBLASTOS: 
2.1 – Anemia aplástica 
2.2 – Anemias refratárias 
2.3 – Eritroblastopenias 
2.4 – Hereditárias (constitucionais) 
• Anemias congênitas ou adquiridas decorrentes da 
dificuldade de amadurecimento normal das células 
medulares por defeitos na célula totipotente, 
resultando em dificuldade proliferativa dos 
precursores eritroblásticos, granulocíticos e 
plaquetários. 
• Celularidade se mantém normal ou ocorre discreta 
hipoplasia, entretanto não existe maturação 
normal, ocorrendo pancitopenia. 
2.2 – Anemias refratárias (Síndrome de 
Mielodisplasia) 
• Nomenclatura atual: Displasia Mieloide ou 
Síndrome de Mielodisplasia (termo “refratária” 
refere-se à não resposta aos tratamentos habituais 
utilizados nas formas mais frequentes). 
• Defeitos de maturação – nomenclatura: 
 - Diseritropoese 
 - Disgranulocitopoese 
 - Dismegacariocitopoese 
2.2 – Anemias refratárias (Síndrome de 
Mielodisplasia) 
• FORMAS CONGÊNITAS : apresentam curso clínico 
semelhante e se caracterizam por apresentar: 
eritropoese ineficiente e teste do soro acidificado 
(teste de Ham) positivo. 
 São raras, afetam exclusivamente as células 
eritroblásticas medulares. Ocorre hiperplasia 
eritroblástica e modificação do aspecto morfológico 
dessa linhagem em grau variável. 
 Tipos I, II e III 
2.2 – Anemias refratárias (Síndrome de 
Mielodisplasia) 
Anemias Refratárias Congênitas 
Tipos Quadro Clínico Sangue MO 
I Palidez discreta, 
herança autossômica 
recessiva 
Anemia macrocítica 
discreta, 
poiquilocitose, 
pontilhado basófilo, 
anisocitose, Fe sérico 
alevado 
Hiperplasia eritroblástica, 
eritroblastos orto e 
policromatófilo binucleados, 
pontes internucleares, 
etritropoese ineficiente 
aumentada, eritrofagocitose, 
megaloblastose 
II Palidez, icterícia, 
esplenomegalia, 
colecistite calculosa, 
herança autossômica 
recessiva. 
Anemia normocítica, 
poiquilocitose 
acentuada, Teste de 
Ham positivo, Fe sérico 
elevado 
Hiperplasia eritroblástica, 
eritroblastos orto e 
policromatófilo bi e 
multinucleados, eritrofagocitose, 
mecrófagos aumentados. 
III Palidez, icterícia, 
esplenomegalia, 
herança autossômica 
dominante (forma rara) 
Anemia macrocítica, 
poiquilocitose, Fe 
sérico elevado. 
Hiperplasia eritroblástica, 
presença de células gigantes 
(gigantoblastos), ertitroblastos 
multinucleados (até 12 núcleos). 
 
• Tipo II: alteração da membrana dos eritroblastos – 
anomalia de glicosilação da proteína banda 3. 
• Localização dos genes envolvidos na patogenia dos 
tipos I e II: cromossomos 15q 15.1-15.3 e 15q 21-25 
• Anomalias ósseas também têm sido relatadas em 
alguns pacientes 
2.2 – Anemias refratárias - 
Etiopatogenia 
• Em relação às anemias sideroblásticas, 
hemoglobinúria paroxística noturna (ocorre 
distúrbio no metabolismo do Ferro e macrocitose), 
deficiência de B12 e ácido fólico e casos de 
talassemia.• TRATAMENTO: transfusão de sangue quando 
necessário, esplenectomia tentada em alguns 
casos. 
2.2 – Anemias refratárias – Diagnóstico 
Diferencial 
Anemia das Doenças Crônicas 
• Anemias de etiopatogenia complexa, dependente de 
fatores concomitantes associados a doenças de base. 
• Exemplos de Doenças Crônicas que evoluem para quadro 
de anemia: 
- Artrite reumatoide; 
- Polimiosite; 
- Insuficiência renal ou hepatica crônica; 
- Tuberculose; 
- Neoplasias (mieloproliferativas, carcinomas, sarcomas) 
- Intoxicações (ex.: chumbo) 
Tabela: Condições patológicas associadas à 
Anemia de Doença Crônica 
Cançado R.D. et al. 
Anemia de Doença 
Crônica. Rev. bras. 
hematol.hemoter. 
n.24, v.2, p.127-136. 
2002 
Anemia das Doenças Crônicas 
• Interferem no aparecimento dessa anemia: 
1) Falha de reutilização do Fe: este fica retido nos 
macrófagos e não entra na formação da Hb (Fe 
sérico baixo); 
2) Diminuição da sobrevida dos eritrócitos; 
3) Insuficiência medular (resposta medular 
inadequada): geralmente por diminuição da 
EPO. 
Anemia das Doenças Crônicas – 
Diagnóstico laboratorial 
• Presença de oligocitemia, baixa de hemoglobina 
e diminuição do Fe plasmático; 
• Saturação da transferrina baixa (diferindo da 
anemia ferropriva); 
• Reação de Pearls mostra presença de ferro nos 
macrófagos medulares. 
 
• TRATAMENTO: tratar a doença de base e tentar 
eliminar os fatores envolvidos na gênese da 
anemia.

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