Baixe o app para aproveitar ainda mais
Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS CIÊNCIA E SELEÇÃO DOS MATERIAS PROFESSOR LUCIANO ANDRADE PRÁTICAS EM LABORATÓRIO – CAPÍTULO 1 - ENSAIOS MECÂNICOS PROPRIEDADES MECÂNICAS DOS METAIS A determinação e/ou conhecimento das propriedades mecânicas é muito importante para a escolha do material para uma determinada aplicação, bem como para o projeto e fabricação do componente. As propriedades mecânicas definem o comportamento do material quando sujeitos à esforços mecânicos, pois estas estão relacionadas à capacidade do material de resistir ou transmitir estes esforços aplicados sem romper e sem se deformar de forma incontrolável. PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS CIÊNCIA E SELEÇÃO DOS MATERIAS PROFESSOR LUCIANO ANDRADE ESTADOS COMUNS DE TENSÃO EM ENGENHARIADUREZA e.g., 10 mm sphere apply known force measure size of indent after removing load dD Smaller indents mean larger hardness. increasing hardness most plastics brasses Al alloys easy to machine steels file hard cutting tools nitrided steels diamond Consiste em uma medida da resistência de um material a uma deformação plástica localizada (por uma pequena impressão ou risco). Material com alta dureza é o que oferece maior resistência a deformação plástica por compressão. PRÁTICAS EM LABORATÓRIO – CAPÍTULO 1 - ENSAIOS MECÂNICOS PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS CIÊNCIA E SELEÇÃO DOS MATERIAS PROFESSOR LUCIANO ANDRADE ESTADOS COMUNS DE TENSÃO EM ENGENHARIADUREZA PROPRIEDADE CARACTERÍSTICA DE UM MATERIAL SÓLIDO QUE EXPRESSA SUA RESISTÊNCIA A DEFORMAÇÕES PERMANENTES. Intrinsecamente a dureza é uma condição da superfície do material e não representa nenhuma propriedade fundamental da matéria. O ensaio de dureza é, juntamente com o ensaio de tração, um dos mais empregados na seleção e controle de qualidade dos metais. Os ensaios de dureza são realizados mais freqüentemente do que qualquer outro ensaio mecânico, por diversas razões: 1. São simples e baratos – corpos de prova sem preparo especiais e equipamentos de ensaio relativamente barato 2. O ensaio é não-destrutivo. 3. Outras propriedades mecânicas podem, com freqüência, ser estimados a partir dos dados de dureza, tal como limite de resistência a tração. PRÁTICAS EM LABORATÓRIO – CAPÍTULO 1 - ENSAIOS MECÂNICOS PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS CIÊNCIA E SELEÇÃO DOS MATERIAS PROFESSOR LUCIANO ANDRADE ESTADOS COMUNS DE TENSÃO EM ENGENHARIADUREZA PRÁTICAS EM LABORATÓRIO – CAPÍTULO 1 - ENSAIOS MECÂNICOS PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS CIÊNCIA E SELEÇÃO DOS MATERIAS PROFESSOR LUCIANO ANDRADE ESTADOS COMUNS DE TENSÃO EM ENGENHARIADUREZA ROCKWELL PRÁTICAS EM LABORATÓRIO – CAPÍTULO 1 - ENSAIOS MECÂNICOS Desenvolvido em 1922 por Rokwell utilizando um sistema de pré-carga. Avanço em relação ao ensaio Brinell, por possibilitar avaliar dureza de vários metais (antes não podiam ser ensaiados quanto à dureza). Tem grande emprego a nível internacional. Tecnicamente, o ensaio elimina o tempo necessário para a medida de qualquer dimensão da impressão, uma vez que a dureza é lida diretamente numa escala, previamente preparada em função da profundidade de penetração. O ensaio é por isto mais rápido e isento de erros pessoais. A rapidez do ensaio torna-o propício tanto para uso em linhas de produção quanto para uso em laboratório. PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS CIÊNCIA E SELEÇÃO DOS MATERIAS PROFESSOR LUCIANO ANDRADE ESTADOS COMUNS DE TENSÃO EM ENGENHARIADUREZA ROCKWELL PRÁTICAS EM LABORATÓRIO – CAPÍTULO 1 - ENSAIOS MECÂNICOS Os penetradores utilizados na máquina de ensaio de dureza Rockwell são do tipo esférico (aço temperado) ou cônico (cone de diamante com 120° de conicidade). Existem dois tipos de dureza Rockwell que diferem entre si pela pré-carga empregada. A dureza Rockwell normal e é indicada para avaliação de dureza em geral. Nos ensaios de dureza Rockwell normal utiliza- se uma pré-carga de 10 kgf e a carga maior pode ser de 60, 100 ou 150 kgf. A dureza Rockwell superficial, e é indicada para avaliação de dureza em folhas finas ou lâminas, ou camadas superficiais de materiais. Nos ensaios de dureza superficial a pré-carga é de 3 kgf e a carga maior pode ser de 15, 30 ou 45 kgf. PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS CIÊNCIA E SELEÇÃO DOS MATERIAS PROFESSOR LUCIANO ANDRADE ESTADOS COMUNS DE TENSÃO EM ENGENHARIADUREZA ROCKWELL PRÁTICAS EM LABORATÓRIO – CAPÍTULO 1 - ENSAIOS MECÂNICOS PROCEDIMENTO O ensaio é baseado na profundidade de penetração de uma ponta sobre um material, quando esta é submetida a uma carga nominal, proveniente da soma de uma pré-carga e uma carga maior (após recuperação elástica devido a retirada da carga maior). A pré-carga (carga menor) é utilizada para fixar a amostra e serve como referencia inicial para o ensaio. A seguir uma carga maior é então adicionada completando a carga nominal do ensaio. A leitura do número de dureza é lida diretamente no relógio após a retirada da carga maior. A dureza Rockwell emprega várias escalas independentes entre si. PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS CIÊNCIA E SELEÇÃO DOS MATERIAS PROFESSOR LUCIANO ANDRADE ESTADOS COMUNS DE TENSÃO EM ENGENHARIADUREZA ROCKWELL PRÁTICAS EM LABORATÓRIO – CAPÍTULO 1 - ENSAIOS MECÂNICOS Seqüência de operação do método de ensaio de dureza Rockwell 2575 0 50 80 20 15 10 5 WILSON 85 70 65 60 55 45 40 35 30 90 95 2575 0 50 80 20 15 10 5 WILSON 85 70 65 60 55 45 40 35 30 90 95 2575 0 50 80 20 15 10 5 WILSON 85 70 65 60 55 45 40 35 30 90 95 P0 P1 P0 P0 P1P1 h0 hh1 PEÇA PEÇAPEÇA Pré carga, relógio em “0” Carga total P0 + P1 Retirar a carga e fazer a leitura 0h h0<h<hf PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS CIÊNCIA E SELEÇÃO DOS MATERIAS PROFESSOR LUCIANO ANDRADE ESTADOS COMUNS DE TENSÃO EM ENGENHARIADUREZA ROCKWELL PRÁTICAS EM LABORATÓRIO – CAPÍTULO 1 - ENSAIOS MECÂNICOS A tabela I apresenta as condições que determinam as escalas do método normal. Escala Penetrador Carga (kgf) Posição da escala no relógio Aplicações B Esfera 1/16” 100 Interna Ligas de cobre, aços moles, ligas de alumínio, etc. C Cone Brale 150 Externa Aço duro, perlítico, etc. A Cone Brale 60 Externa Aços finos e aços endurecidos superficialmente. D Cone Brale 100 Externa Aços com características entre os dois citados acima. E Esfera 1/8” 100 Interna Ligas de Al e Mg, metais para mancais. F Esfera 1/16” 60 Interna Ligas de cobre recozidas e chapas finas de metais moles. G Esfera 1/16” 150 Interna Liga Cu-Ni-Zn H Esfera 1/8” 60 Interna Alumínio, zinco, chumbo. K Esfera 1/8” 150 Interna L Esfera 1/4” 60 Interna M Esfera 1/4” 100 Interna P Esfera 1/4” 150 Interna Metais para mancais e outros R Esfera 1/2” 60 Interna metais muito moles ou finos. S Esfera 1/2” 100 Interna V Esfera 1/2” 150 Interna PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS CIÊNCIA E SELEÇÃO DOS MATERIAS PROFESSOR LUCIANO ANDRADE ESTADOS COMUNS DE TENSÃO EM ENGENHARIADUREZA ROCKWELL PRÁTICAS EM LABORATÓRIO – CAPÍTULO 1 - ENSAIOS MECÂNICOS O método superficial é mais comumente empregado para em corpos de prova de pequena espessura, como lâminas, e materiais que sofreram algum tratamento superficial, como cementação, nitretação e etc. A tabela II mostra as escalas deste método. Carga (Kgf) Penetrador Escala Aplicação 15 15 N 30 Cone Brale 30 N Metais similares aos usados pelas escala A, C e D 45 45 N 15 15 T 30 Esfera 1/16” 30 T Metais similares aos usados pelas escala B, F e G 45 45 T PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS CIÊNCIA E SELEÇÃO DOS MATERIAS PROFESSOR LUCIANO ANDRADE ESTADOS COMUNS DE TENSÃO EM ENGENHARIADUREZA ROCKWELL PRÁTICAS EM LABORATÓRIO – CAPÍTULO 1 - ENSAIOS MECÂNICOS Para determinar a profundidade h em mm do penetrador, empregam-se as seguintes fórmulas: a) Para penetrador de diamante. b) Para penetrador esférico. HR comum h HR HR superfi h HR 0 002 100 0 001 100 , ( ) , ( )cial )100(002,0 HRxhcomumHR )100(001,0sup HRxherficialHR )130(002,0 HRxhcomumHR )100(001,0sup HRxherficialHR PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS CIÊNCIA E SELEÇÃO DOS MATERIAS PROFESSOR LUCIANO ANDRADE ESTADOS COMUNS DE TENSÃO EM ENGENHARIADUREZA ROCKWELL PRÁTICAS EM LABORATÓRIO – CAPÍTULO 1 - ENSAIOS MECÂNICOS Durômetro Rockwell instalado no laboratório de Materiais de Construção Mecânica do curso de Engenharia Mecânica do IPUC - PUC Minas. PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS CIÊNCIA E SELEÇÃO DOS MATERIAS PROFESSOR LUCIANO ANDRADE ESTADOS COMUNS DE TENSÃO EM ENGENHARIADUREZA ROCKWELL PRÁTICAS EM LABORATÓRIO – CAPÍTULO 1 - ENSAIOS MECÂNICOS VANTAGENS Permite avaliar dureza de metais diversos desde os mais moles até os mais duros Rapidez e facilidade de execução Isenção de erros humanos Facilidade de detectar pequenas diferenças de durezas e pequeno tamanho de impressão. DESVANTAGENS Materiais que apresentam dureza no limite de uma escala e no início de outra não podem ser comparados entre si quanto a dureza, pois suas escalas não têm continuidade. O resultado de dureza no ensaio rockwell não tem relação com o valor de resistência à tração. PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS CURSO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO CIÊNCIA E SELEÇÃO DOS MATERIAS REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 01 – CALLISTER, William D. Ciência e Engenharia de Materiais: Uma Introdução. 7. ed. Rio de Janeiro: LTC - Livros Técnicos e Científicos, 2008. ISBN: 9788521615958. 02 – SOUZA, Sergio A. Ensaios Mecânicos de Materiais Metálicos. São Paulo: Edgard Blücher Ltda., 1974. 03 – NOTAS DE AULAS Professor Ubirajara Domingues PUC-MG. PRÁTICAS EM LABORATÓRIO – CAPÍTULO 1 - ENSAIOS MECÂNICOS
Compartilhar