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Ir p/ primeira página BIOFÍSICA - 1 Prof. André Luís Paschoal Ir p/ primeira página CARACTERÍSTICAS CARGA HORÁRIA SEMANAL: 2 horas-aula NÚMERO TOTAL DE AULAS: 40 horas-aula AUSÊNCIAS PERMITIDAS: 10 ausências (25%): acima disso: RF (retido por falta) PRÉ-REQUISITOS: FÍSICA BIOLOGIA CELULAR Ir p/ primeira página EMENTA MEMBRANAS BIOLÓGICAS IMPULSOS NERVOSOS: AÇÃO MUSCULAR CORAÇÃO E MOVIMENTO CARDÍACO RESPIRAÇÃO FUNÇÃO RENAL VISÃO AUDIÇÃO BIOMECÂNICA. Ir p/ primeira página OBJETIVOS GERAL: INTERLIGAR O ALUNO À ÁREA FÍSICA E MÉDICA ESPECÍFICOS: FORNECER NOÇÕES DE MORFOLOGIA E DE FUNCIONOAMENTO NA ÁREA DA FÍSICA DE ALGUNS SISTEMAS BIOLÓGICOS Ir p/ primeira página PROCESSO DE AVALIAÇÃO Nota da Prova Teórica 1 P1 (de 0,0 a 10,0) Nota da Prova Teórica 2 P2 (de 0,0 a 10,0) Nota da Apresentação Oral do Trabalho AO (de 0,0 a 10,0) Nota do Trabalho Escrito TE (de 0,0 a 10,0) Nota da Prova Substitutiva de P1 ou P2 PS (de 0,0 a 10,0) (P1 + P2 + AO +TE) = NOTA FINAL = NF 2 NF < 7,0 retido Ir p/ primeira página AVALIAÇÃO DO TRABALHO ESCRITO CRITÉRIOS / OBJETIVOS Pontos Obtidos 1 – Entrega na data estipulada. (10 pts) 2- Organização do Trabalho: Apresentação. (10 pts) 3- Adequação da Introdução. (10 pts) 4 - Coerência e consistência no desenvolvimento. (10 pts) 5 - Conclusão. (10pts) 6 - Atendimento às normas na apresentação da bibliografia. (10 pts) TE - Total alcançado. (60 pts) Ir p/ primeira página CRITÉRIOS / VALOR Tempo de duração máxima para Apresentação: 20 minutos. AO -Total alcançado. (40 pts) Integrantes do Grupo Postura (10 pts) Clareza de linguagem e domínio do conteúdo (10 pts) Criatividade na Apresentaçã o. (10 pts) Integração e responsabilidade com o grupo. (10 pts) 1- 2- 3- 4- 5- AVALIAÇÃO DA APRESENTAÇÃO ORAL Ir p/ primeira página BIBLIOGRAFIA Heneine, I. F. Biofísica Básica. São Paulo: Editora Atheneu. Okuno, E. et al. Física para Ciências Biológicas e Biomédicas. São Paulo: Harper, 1986 Guyton, Arthur C. Fisiologia Humana. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan, 1992 Garcia, Eduardo A.C. Biofísica. São Paulo: Editora Sarvier, 1998 Cobbold, Richard. Transducers for Biomedical Measurements: Principles and Applications. New York: John Wiley and Sons, 1975 Webster, John G. Medical Instrumentation: application and design. New York: John Wiley and Sons, 1998. Ir p/ primeira página Biofísica De que se compõe os seres vivos? Qual é a composição do universo? Ir p/ primeira página Biofísica Desde o Micro até o Macrocosmo, podemos reduzir essa composição a alguns Componente Fundamentais: MATERIA – M (Geralmente representada pela massa) Objetos, corpos, alimentos. ENERGIA – E Calor, luz, som, trabalho físico ESPAÇO – L Distâncias, áreas e volumes dos objetos. TEMPO – T Sucessão do dia e noite, espera de acontecimentos, duração da vida. Ir p/ primeira página Biofísica A combinação das Grandezas Fundamentais dá origem as Grandezas Derivadas: ÁREA é o espaço ao quadrado (L2); VOLUME é o espaço ao cubo (L3); DENSIDADE é a relação entre massa e volume (M.L-3); VELOCIDADE é a relação entre espaço percorrido e o tempo decorrido (L.T-3) Essa grandezas Naturais definem composição e fenômenos que ocorrem no Universo de maneira qualitativa; números, inventados pelo homem, são usados para a definição quantitativa. Algumas dessas Grandezas são de Interesse em Biologia. Ir p/ primeira página Biofísica Biofísica é o estudo da Matéria, Energia, Espaço e Tempo nos Sistemas Biológicos. Então: os seres vivos fazem parte do universo, pois são compostos de Matéria, portanto ocupam Espaço próprio, utilizam e produzem Energia, e vivem na dimensão do Tempo Ir p/ primeira página Biofísica: relembrando Massa (M): Medida de quantidade de matéria de um ser vivo; Sob ação da gravidade a massa exerce FORÇA: o PESO. (coloquialmente, massa e peso são usados como sinônimos mas massa deve ser preferido) Os seres vivos variam muito em escala de massa: Vírus: Ordem de 10-20 kg Baleias: Ordem de 103 kg Ir p/ primeira página Biofísica COMPRIMENTO (L), ÁREA (L-2) e VOLUME (L-3): As dimensões dos seres vivos varia muito, acompanhando a massa; Comprimento: Altura de uma pessoa. Área: Superfície corporal (No SI é o m2 mas em biologia usa-se cm2) Volume: Volume Pulmonar e outros vários exemplos em biologia. (No SI é o m3 mas usa-se tb o cm3, o litro (l) e o mililitro (ml). Biofísica: relembrando Ir p/ primeira página Biofísica DENSIDADE (d) É a relação massa/volume Quantidade de matéria existente na unidade de volume de corpos Densidade de Tecido Biológico água (exceto tecido ósseo); Água: d = 1,0 g.cm-3 ou 1,0 x 103 kg.m-3 Sangue humano: d = 1,057 g.cm-3 ou 1,057 x 103 kg.m-3 Osso: d = 1,8 g.cm-3 ou 1,8 x 103 kg.m-3 Biofísica: relembrando Ir p/ primeira página Biofísica VELOCIDADE (v) Grandeza medida pela relação entre Espaço (L) percorrido e Tempo (T) decorrido (LT-1) Os seres vivos e suas partes estão em constante movimento (mudança de posição no espaço); Corrente sanguínea; Impulsos nervoso; Movimentos musculares; Descolamento de íons; Velocidade da hemácia: v = 10cm / 2s = 5 cm.s-1 T = 2 s L = 10 cm Biofísica: relembrando Ir p/ primeira página Biofísica ACELERAÇÃO (a) É a mudança (variação) de velocidade (V) em função do Tempo (T). a = V/T Pode medir: A aceleração do sangue na ejeção cardíaca; Aceleração da corrente aérea na respiração; Aceleração de objetos pela contração muscular; Se o Espaço aumenta em função do Tempo : a é (+) Se o Espaço diminui em função do Tempo : a é (-) Quanto a Velocidade = cte: a = uniforme Aceleração da gravidade é importante para biologia: g = 9,8 m.s-2; 3 cm 6 cm 9 cm 1s 1s 1s T1 T2 T3 Biofísica: relembrando Ir p/ primeira página Biofísica FORÇA (F) É definida como massa x aceleração Presente em sistemas biológicos: De moléculas a sistemas complexos; Atração e repulsão de moléculas biológicas; Força de contração muscular; Unidade da Força é o Newton (N); Segurar um objeto de 100g corresponde a fazer uma Força de 1 Newton 0,1 kg 0,1 kg 0,1 kg 0,1 kg x 10 m F= s2 = 1kg.m.s-2 = 1N Biofísica: relembrando Ir p/ primeira página Biofísica ENERGIA (E) e TRABALHO () É definida como a Força x a Distância percorrida por essa Força. Energia pode produzir Trabalho; Trabalho pode produzir Energia; Contração muscular é trabalho retirado da Energia Elétrica dos músculos; Síntese de proteínas é trabalho é trabalho retirado da Energia Elétrica dos alimentos; Unidade: Joule (J): é a Força de 1N que se desloca em 1m. 1 m e tro 0,1 kg 100 cm0,1 kg 0,1 kg 0 cm 0,1 kg x 10 m E ou = s2 X 1m = 1kg.m.s-2.m = 1kg.m2.s-2 = 1Nm = 1J F = 1J Biofísica: relembrando Ir p/ primeira página POTÊNCIA (W) É a capacidade de realizarTrabalho ou produzir energia em função do tempo; Unidade: watt (W): é o Joule/segundo: Se o Trabalho ao lado for realizado em 1 segundo, a potência será de 1watt Biofísica 1 m e tro 0,1 kg 100 cm0,1 kg 0,1 kg 0 cm Trabalho = 1J Potencia = 1W 1segundo = 0,1 kg x 10 m Potencia = s2 1m 1s F X = 1kg.m.s-2.m. s-1 = kg.m2.s-3 = 1J 1s 1W= Biofísica: relembrando Ir p/ primeira página Biofísica PRESSÃO (P) É definida como a Força agindo sobre uma Área. (F/A) Unidade: Pascal (P): é a Força de 1N agindo sobre em 1m2 (N.m-2). Pressão Sanguínea: força sobre os vasos sanguíneos; Pressão Intraglomerular: força do plasma dentro dos glomérulos (formação da urina; Pressão osmótica: força que as moléculas de uma solução exerce sobre a parede celular; Quando a Pressão exercida modifica o Volume surge Trabalho ou Energia: Ocorre no coração, pulmão, artéria, bexiga, tubo digestivo. F/A 0,1 kg x 10 m E ou s2 X 1m-2 = 1kg.m-1.s-2 = 1N/m-2 = 1Pa F A = 1kg.m-1.s-2. m3 = = 1kg.s-2. m2 = Biofísica: relembrando Ir p/ primeira página Biofísica VISCOSIDADE () Viscosidade Dinâmica é a resistência interna de um fluido (líquido ou gás). É o atrito no escoamento de fluídos; É a Força feita durante certo Tempo para deslocar uma Área unitária de um fluido; Unidade: Pa.s (SI) ou poise (CGS); 1 Pa.s 10 poise. Basta compara água ( <) com mel ( >). A temperatura influencia na viscosidade: A 37ºC: Água = 0,7 x 10-2 poise; Sangue 2,8 x 10-2 poise A 20º C: Água = 0,01 x 10-2 poise; Sangue 0,04 x 10-2 poise 0,1 kg x 10 m s2 X 1m-2 X 1s = 1N.s/m-2 = 1Pa.s A = poise = dine x s/cm-2 Área Força x Tempo Biofísica: relembrando Ir p/ primeira página Biofísica TENSÃO SUPERFICIAL () É a Força que deve ser feita para a penetração de um objeto em uma superfície líquida. Unidade: Força /Distância (N/m-1) ou Trabalho/área de Penetração (J/m-2); da água = 0,07 gramas por cm-2: insetos que exercem peso menor que este pousam facilmente sobre a água. Atua na troca de gases na respiração pulmonar; As moléculas da água (H2O) interagem entre si dentro do liquido e todas as direções, mas as moléculas que estão na superfície só interagem com as que estão abaixo porque não há nada em cima. Dessa forma cria-se a tensão superficial Biofísica: relembrando Ir p/ primeira página Biofísica TEMPERATURA Temperatura é uma medida de intensidade de energia térmica; Calor é a medida da quantidade de energia térmica. Temperatura é medida em graus: - Centígrado (ºC): 0º na fusão e 100º na ebulição da água a 1 atm; - Absoluta ou Kelvin (K): -273,15 na fusão e 373,15 na ebulição da água a 1atm; Quantidade de calor é medida em caloria ou Joule; T = t + 275,15 0ºC = 273 K K ºC 100ºC = 373 K 1 cal = 4,18 J c 1 ml 1000 t c 1000 ml t Biofísica: relembrando Ir p/ primeira página Biofísica Frequência Número de eventos quaisquer num intervalo de Tempo; f = 1/T = T-1 Frequência cardíaca de 80 por minuto quer dizer 80 batimentos cardíacos por minuto . Unidade: Hertz (Hz) = 1 evento por segundo (s-1). Biofísica: relembrando Ir p/ primeira página Membranas Biológicas Biofísica BIOFÍSICA – aula 2 Ir p/ primeira página Membranas Biológicas Célula : unidade fundamental dos seres vivos. É a menor estrutura biológica capaz de ter vida autônoma. Unicelulares Pluricelulares Alimentação • Autótrofos – Cianofíceas • Heterótrofos – E. coli. Ir p/ primeira página Células Unicelulares Entamoeba coli Ir p/ primeira página Células Pluricelulares Animal Vegetal Ir p/ primeira página De acordo com o refinamento de sua estrutura: Procarionte Rudimentar e sem membrana nuclear; Eucarionte Sofisticadas e apresentando membrana nuclear; Fotossintética Intermediária: usa energia radiante para sintetizar biomoléculas Membranas Biológicas Ir p/ primeira página Espaço sem barreira Troca de energia e matéria livremente; Barreira (peneira, filtro) Seleciona o trânsito; Parte do espaço envolvido por barreira Surge 2 compartimentos (ex. balão de festa, membrana biológica) A troca faz-se obrigatoriamente através da membrana Conceito de Compartimento Ir p/ primeira página Membrana biológica: Estrutura altamente diferenciada; Compartimentação única; Selecionadora Transporte ativo dentro ou fora Transporte passivo da célula Gradiente Entrópico entre Interior (entropia baixa) e Exterior (entropia alta); Entropia: é a tendência em ir para o estado de utilização absoluta de toda a energia. Membranas Biológicas Ir p/ primeira página Estrutura da membrana biológica: Evolução dos modelos estruturais Membrana Paucimolecular (pouca) de Davson e Danielle Dupla camada de lipídios com extremidades hidrofóbicas voltadas para dentro; Proteínas globulares hidrofílicas Membranas Biológicas Ext. Int. Ir p/ primeira página Estrutura da membrana biológica: Evolução dos modelos estruturais Membrana Unitária de Robertson Proteína esticada; Cada cadeia polipeptídica associada a um lípede – forma uma unidade estrutural Membranas Biológicas Ext. Int. Ir p/ primeira página Estrutura da membrana biológica: Evolução dos modelos estruturais Modelo mosaico fluido – Singer e Nicholson Proteína engastadas na camada lipídica; Podem ser internas, externas um atravessando a membrana; Grande variedade de proteínas; As proteínas ficam flutuando na matriz lipídica, podendo emergir ou submergir; Externamente possui receptores de hormônios ou drogas; Enzimas internas Membranas Biológicas Ir p/ primeira página Estrutura da membrana biológica: Evolução dos modelos estruturais Modelo mosaico fluido – Singer e Nicholson. Mosaico: aspecto da membrana quando observado no MEV. Membranas Biológicas Ir p/ primeira página Ir p/ primeira página Dimensões: Espessura entre 7 e 9 nm (10-9m); Diâmetro entre 103 a 2 x 104 nm (exceto ovos de aves – áreas e volumes variáveis) Ex.: célula com 1000 nm tem: Área de 3 x 106 nm2 (3 x 10-8 cm2) Volume de 5 x 108nm3 (5 x 10-13 cm3) Ligações: Membrana não é uma estrutura covalente; As forças que mantêm as biomoléculas na membrana são coulômbicas, hidrofóbicas, pontes de H, etc. Leitura complementar: pg. 77 – 97 – Biofísica Aplicada: Heneine Membranas Biológicas Ir p/ primeira página Funcionamento complexo: Didaticamente dividida em 4 estruturas básicas Poros ou canais: ZDF – Zona de Difusão Facilitada Receptores: Operadores: Modelos morfofuncionais de membranas Ir p/ primeira página Poros ou canais: Falhas na continuidade da membrana; Passagem de comunicação entre o lado interno e o externo. Podem possuir carga + ou – : Essa carga se origina de grupos laterais COO- e NH3 + e outros A natureza dessa carga seleciona os íons: Canais + repelem cátions deixa passar ânions Canais - repelem ânions deixa passar cátions Modelos morfofuncionais de membranas Ir p/ primeira página Modelos morfofuncionais de membranas +H3N Repulsão do íon Passagem do ìon - + Repulsão do íons Passagem do ìon - + -OOC Portãose abre por comando Poros ou canais Abre no potencial de ação; fecha em repouso Porém a passagem ainda é passiva Ir p/ primeira página Poros ou canais: Poros sem carga: Flutuação mecânica; Moléculas que se afastam pela pressão das substâncias que possuem passagem livre através da membrana; Diâmetro dos canais seleciona o que passa conforme o volume. Ex.:Cl – entra com facilidade; K+ menos permeável que CL-, porém 200x mais permeável que Na+; HCO3 - e fosfatos – pouco permeáveis Modelos morfofuncionais de membranas Ir p/ primeira página Poros ou canais: Transito nos canais é passivo É realizado por osmose (gradiente de concentração) Sempre do lado mais concentrado para o menos concentrado. Modelos morfofuncionais de membranas Ir p/ primeira página Osmose é a passagem do solvente de uma região pouco concentrada em soluto para uma mais concentrada em soluto, sem gasto de energia: Ir p/ primeira página Colocando- se a célula em meio externo hipertônic o há perda de água pela célula, que se torna murcha Meio externo isotônico com o meio interno: Célula normal. A quantidade de água que entra na célula é Colocando- se a célula em meio externo muito hipotônico ocorre entrada excessiva de água na célula, que se rompe (lise celular). No caso da hemácia temos a Ir p/ primeira página ZDF – Zona de Difusão Facilitada: Regiões com alta concentração de determinadas espécies químicas; Moléculas afins se diferenciam mais facilmente nessas zonas. Ocorre facilidade a passagem de algumas substâncias com composição semelhante ao da zona. Zonas com alta concentração de molécula lipídicas permitem a passagem de lipídios; Zonas com alta concentração de glicoproteínas permitem a passagem de polissacarídeos, etc. Essas substâncias se “dissolvem” na passagem; A velocidade segue a cinética do tipo enzimático Importante no processo imunológico: Permeiam antígenos e anticorpos e hormônios esteróides. Modelos morfofuncionais de membranas Ir p/ primeira página Ir p/ primeira página Ir p/ primeira página Receptores: Sítios capazes de receber moléculas específicas: Essas moléculas transmitem mensagens que aciona mecanismos de abertura e fechamento de poros. Regula, portanto a entrada e saída de substâncias; Associada a Operadores. Modelos morfofuncionais de membranas mensagem poros operadores Ordem executada Ir p/ primeira página Receptores: Modelos morfofuncionais de membranas Ir p/ primeira página Receptores: De membrana São para Insulina, glucagon, hormônios protéicos, adrenalina, acetilcolina, etc. De citosol São para hormônios lipídicos (esteróides) - Atravessam facilmente a membrana – os andrógenos estrógenos, corticóides Modelos morfofuncionais de membranas Ir p/ primeira página Cabe ainda ao Receptor a atividade de regulação celular: Receptor que controla a passagem através do canal de sódio: Como o mensageiro tem carga elétrica (+), atrai as cargas negativas (-) do canal e obstrui o transito; Modelos morfofuncionais de membranas Ir p/ primeira página Operadores: Mecanismos capazes de transportar substâncias em um único sentido; Os operadores quando transportam substâncias para o interior da célula não o fazem para o exterior, e vice-versa; Realizam transporte ATIVO ( contra o gradiente de concentração, elétrico ou ambos); Utilizam ATP como energia; A molécula se encaixa no operador: O operador muda sua configuração; O ATP se encaixa, é hidrolizado, libera energia que realizará o trabalho (transporte dessa molécula); O operador retorna ao seu estado original. Modelos morfofuncionais de membranas Ir p/ primeira página Operadores: Modelos morfofuncionais de membranas e Ir p/ primeira página Difusão Facilitada: Transporte passivo; Não facilitado ou não mediado: Ocorre pelo gradiente de concentração; A medida que a concentração aumenta o fluxo cresce proporcionalmente Facilitado ou mediado: Segue a cinética de Michaelis-Menten: ao chegar a determinada concentração, o sítio de transporte é saturado, e o fluxo não aumenta mais. Modelos morfofuncionais de membranas c o n c e n tr a ç ã o c o n c e n tr a ç ã o fluxo fluxo Ir p/ primeira página Toda célula possui parede celular (PC) e membrana celular (MC). Procariontes: PC – polissacarídeos ligados a polipeptídeos e lipopolissacarídeos MC – dupla camada lipídica (45%) e proteínas (55%) Eucariontes: PC - Mucopolissacarídeos ácidos, glicolípedes, glicoproteínas; MC - Similar, porém com mais diversificação de lipídios e proteínas hidrofóbicas, permeabilidade seletiva, sistema de transporte ativo, enzimas encravadas na dupla camada lipídica, muitas funções. Fotossintéticas: PC – fibra de celulose fixada a polissacarídeos e proteínas. Resistência osmótica e mecânica MC – similar a procariótica, com algumas enzimas encravadas, transporte de íons, permeabilidade seletiva e hidrofóbica. Membrana celular e Parede celular Ir p/ primeira página Membrana celular e Parede celular A membrana é responsável pelo potencial de estado fixo e potencial de ação; Distribuição assimétrica de ânions e cátions com o exterior positivos (existe exceções); A parede celular tem carga negativa devido a presença de glúcides, fosfolipídios, proteínas, Propriedade eletroforética da célula: migram para o ânodo; comunicação, reconhecimento e adesão. Em algumas células a parede celular é chamada de glicocálice Ir p/ primeira página Ir p/ primeira página Equação de fluxo iônico (Equação de Nernst) Concentração iônica Energia Osmótica Energia Elétrica Membrana Polarizada positivo negativo Concentração Na+(1) > Na+(2) Gradiente Eletrosmótico Ir p/ primeira página Equação de fluxo iônico (Equação de Nernst) Gradiente Elétrico O íon Na+ (positivo) é atraído para o lado negativo com uma Energia Elétrica EE: Onde: n = valência do íon; E = diferença de potencial (volts) entre (1) e (2); Constante de Faraday (9,65 x 104 C.mol-1) EE = nEF Ir p/ primeira página Equação de fluxo iônico (Equação de Nernst) Gradiente Osmótico O gradiente de concentração (osmótico) empurra o íons Na+ de (1) para (2) com Energia Osmótica (EO): Onde: R = constante dos gases (8,31 J. K-1. mol-1); T = temperatura absoluta, (Kelvin) C1 = concentração de origem C2 = concentração de destino Eo = RT ln 1 2 C C Ir p/ primeira página Equação de fluxo iônico (Equação de Nernst) Equilíbrio Energia Elétrica (EE) = Energia Osmótica (EO): E = ln (volt) ou E = 2,3 log Ee = EO nEF = RT ln Essa é a equação de Nernst – fornece o potencial em condições de equilíbrio. 1 2 C C 1 2 C C nF RT nF RT 1 2 C C Ir p/ primeira página Equação de fluxo iônico (Equação de Nernst) A 37 ºC (íons monovalentes) e usando Log decimal, tem-se: E = 61,5 log = - 61,5 log (milivolts, mV) 2 1 C C 1 2 C C C2 -85 mV 0 mV Na+12 Na+140 K+ 160 K+ 4 Cl- 4 Cl- 120 C1 Concentração em m moles Na+ = 61,5 log 140 = + 66 mV 12 K+ = 61,5 log 4 = - 98 mV 160 Cl- = 61,5 log 120= - 91 mV 4 Ir p/ primeira página Potássio: Alterações de K+ levam a variações no Potencial de Membrana (PM): A concentração intracelular normal fica em torno de 140mEq/L. A concentração extracelular normal fica em torno de 4mEq/L. Se AUMENTA a concentração Externa: (acima de 4mEq/L): Diminui PM – (diminui ≠ entre meio Interno e Externo); O gradiente de concentração se torna menor; A velocidade de saída do K+ por difusão cai e portanto Diminui a característica negativa do Interior da célula. Interior Exterior PM 140 mEq/L 4mEq/L -90mV normal 140 mEq/L 7mEq/L -75mV 140 mEq/L 9mEq/L -70mV Ir p/ primeira página Potássio: Se Diminui a concentração Externa: (acima de 4mEq/L) Aumenta PM – (aumenta a ≠ entre meio Interno e Externo). O gradiente de concentração se torna maior. Interior Exterior PM 140 mEq/L 4mEq/L -90mV normal 140 mEq/L 2mEq/L -107mV 140 mEq/L 1mEq/L -125mV O K+ sai por difusão do interior da célula e não volta mais (eliminados pelos rins junto com outros íons) Níveis externos voltam a ficar normais mas internamente ficam baixos; Diminui PM e o gradiente de concentração se torna menor; Ir p/ primeira página Potássio: Hipercalemia extracelular – pacientes com insuficiência renal: A diminuição do PM torna a célula mais excitável – o limiar de excitação da membrana é facilmente atingido – provoca contrações musculares e câimbras. A hipercalemia altera as propriedades elétricas da membrana de fibras musculares e nervosas: Lentifica e impede a transmissão do impulso nervoso; Causa fraqueza muscular, paralisia e anormalidades da função cardíaca (bloqueio de transmissão de corrente elétrica). Ir p/ primeira página Trabalho no Gradiente Osmótico Quando o transporte é máximo EE e EO representa a mudança de energia livre: GE = n EF (energia ou trabalho elétrico ) GO = RT ln (energia ou trabalho osmótico ) Energia Livre = Entalpia - Entropia É o conteúdo de calor de um sistema É a tendência a utilização de toda a energia para realizar um trabalho Leitura: Termodinâmica: pág 55 – 73 Biofísica Básica - Ibraim Felippe Heneine 1 2 C C Ir p/ primeira página Trabalho no Gradiente Osmótico O Trabalho realizado no transporte (GT) é a soma algébrica dessas energias: GT = GE + GO = n EF + RT ln C2/C1 Na célula do exemplo, o trabalho de expulsar o íon Na+ a 37 ºC. C1 = 12, C2 = 140, E = +85 mV, Na + interno externo (Na+) i e = GT = (1 x 85x10 -3 x 9,65x104) + (8,31 x 310 x ln 140/12) (Na+) i e = GT = (8.202,5) + (6.328,7) = 14.531,2 J = 14,5 kJ. Como o sinal é (+), o transporte é não passivo. A célula dispende energia para realizá-lo; Gradiente Elétrico e Gradiente Osmótico são contrários a saída de Na+. Valência do íon Volt Cte Faraday C.mol-1 Cte gases J. K-1. mol-1 To Kelvin 273 Ir p/ primeira página Trabalho no Gradiente Osmótico Cálculo de expulsão para o íon Potássio (K+): GT = GE + GO = n EF + RT ln C2/C1 a 37 ºC, C1 = 160, C2 = 4, E = + 85 mV, K+ interno externo (K+) i e = GT = (1 x 85x10 -3 x 9,65x104) + (8,31 x 310 x ln 4/160) (K+) i e = GT = (8.202,5) + (2.576 x -3,69) (K+) i e = GT = 8.202,5 - 9.505,8 (K+) i e = GT = -1.303,31 J = -1,3 kJ. Como o sinal é (-), o transporte é espontâneo (passivo). O Gradiente Elétrico é contra e o Gradiente Osmótico é a favor. Como EO é maior, K + sai espontaneamente e entra por trabalho ativo. contra a favor Ir p/ primeira página Trabalho no Gradiente Osmótico A célula trabalha 11x mais para expulsar o Na+ do que para introduzir o K+ : 3,1 5,14 = 11,15 Ir p/ primeira página Trabalho no Gradiente Osmótico Cálculo para o íon Cloro (Cl-): GT = GE + GO = n EF + RT ln C2/C1 a 37 ºC, C1 = 4, C2 = 120, E = + 85 mV, Cl- interno externo (Cl-) i e = GT = - (1 x 85x10 -3 x 9,65x104) + (8,31 x 310 x ln 120/4) (Cl-) i e = GT = - 8.202,5 + (2.576 x 3,4) (Cl-) i e = GT = - 8.202,5 + 8.761,5 (Cl-) i e = GT = + 558,98 J + 0,6 kJ. Como o sinal é (+), a saída de Cloro é ativa (exige energia); GT está próximo de ZERO – indica quase equilíbrio; A célula despende pouca energia para expulsar Cl- 6,0 3,1 = 2,17 Cl K = Aprox. metade da energia gasta para introduzir K+ Ir p/ primeira página Trabalho no Gradiente Osmótico Cálculo para o íon Magnésio (Mg++): GT = GE + GO = n EF + RT ln C2/C1 a 36 ºC, C1 = 58, C2 = 3, E = + 87 mV, MG++ interno externo (Mg++) i e = GT = (2 x 87x10 -3 x 9,65x104) + (8,31 x 309 x ln 3/58) (Mg++) i e = GT = 16.791 + (-7.605,36) (Mg++) i e = GT = 16.791 -7.605,36 (Mg++) i e = GT = + 9.185,64 J + 9,2 kJ. Como o sinal é (+), a saída de Magnésio é ativa (exige energia); A célula despende de energia para expulsar Mg++ 3,1 2,9 = 7,07 K Mg = Aproximadamente sete vez da energia gasta para introduzir K+ Ir p/ primeira página Trabalho no Gradiente Osmótico Cálculo para o íon Cálcio (Ca++): GT = GE + GO = n EF + RT ln C2/C1 a 36,5 ºC, C1 = 0,7, C2 = 5, E = + 90 mV, Ca++ interno externo (Ca++) i e = GT = (2 x 90x10 -3 x 9,65x104) + (8,31 x 309,5 x ln 5/0,7) (Ca++) i e = GT = 17.370 + 5.056,73 (Ca++) i e = GT = + 22.426,73 J + 22,4 kJ. Como o sinal é (+), a saída de Cálcio é ativa (exige energia); A célula despende de energia para expulsar Ca++ 5,14 4,22 = 1,54 Na Ca = Aproximadamente 1,5 vez da energia gasta para expulsar Na+ Ir p/ primeira página BIOELETRICIDAD E BIOFÍSICA – aula 3 Ir p/ primeira página Estudo Dirigido: Principais íons que atuam no potencial de Membrana e no Potencial de Ação: Distribuição Sódio (Na+), Potássio (K +), Cloro (Cl -), Cálcio (Ca ++), Magnésio (Mg ++), Lítio (Li +), O que é? Importância Bioquímica. Causa e efeito de seu excesso. Causa e efeito de sua depleção. BIOELETRICIDADE Ir p/ primeira página BIOELETRICIDADE Seres vivos: máquinas elétricas Produzem e usam eletricidade. Diferença de potencial (ddp) entre os dois lados da membrana. Negativo – interior exceção algumas Positivo – exterior células vegetais Origem dos potenciais Distribuição assimétrica de íons (Na+, K+, Cl- e HPO4 -2) Ir p/ primeira página BIOELETRICIDADE Potencial de Membrana Os íons K+. No líquido extracelular, concentração = 4mEq/L; No líquido intracelular, concentração = 140mEq/L; Apresenta capacidade de difusão muito maior que a do Na+ e, ao difundir-se para fora da célula, carrega sua carga positiva e deixa o meio intracelular negativo em relação ao meio extracelular. ATPase Extracelular Intracelular Na+ Na + K+ K+ Ir p/ primeira página Potencial de repouso: ± em estado estacionário Potencia de ação: Variação e propagação (conduz mensagens) Biossistemas Miniaturização de estruturas; Pequena voltagem e amperagem; Exige condições especiais de trabalho. Bioeletricidade Ir p/ primeira página Eletrodos não polarizáveis Usados para recolher potenciais e correntes; A polarização dos eletrodos se dão pelo acúmulo de cargas opostas que estão sendo medidas e que abaixam o potencial verdadeiro. Ocorrência: Biossistemas Meios líquidos sempre apresentam íons + ou -. Os eletrodos sempre apresentam cargas próprias (ou + ou -). Apenas o excesso de cargas é detectado; Os eletrodossão utilizado em pares: Um ativo – recebe as diferenças de potencial Um referência – sempre em potencial zero Bioeletricidade Ir p/ primeira página Eletrofisiologia: Estimular os tecidos e observar a reação; Tipos de estímulos: Elétricos (mais comum); Químicos; Luminosos; Mecânicos. Estímulo é energia introduzido no sistema Estímulo elétrico varia quanto: Tipo de corrente; com o cuidado de Duração; nunca lesar Intensidade. o sistema Bioeletricidade Ir p/ primeira página Potencias iônicos e Potenciais Bioelétricos: Através do desequilíbrio iônico, é possível a obtenção de potenciais elétricos de várias naturezas: Potenciais não biológicos Pilhas elétrica; Geradores de corrente; Efeito fotoelétrico Difusão Sistema formado por dois;compartimentos separados por membrana permeável. Bioeletricidade Ir p/ primeira página Potenciais não biológicos - Difusão Lado 1 – a solução de NaCl está mais concentrada que a do Lado 2 Como o íon Cl- é menor que Na+, passa com mais facilidade para o Lado 2 e estabelece uma ddp entre os dois lados, ficando o Lado 2 negativo. Com o tempo a tendência é ocorrer o equilíbrio. Ir p/ primeira página Grande variedade de potenciais elétricos produzidos e usados por biossistemas por associações de mecanismos ativos e passivos: Eletrodos de um milivoltímetro aplicados a uma célula, pode-se observar a ddp. Potenciais biológicos Eletrodo ativo Eletrodo passivo Eletrodo ativo do lado de fora e eletrodo passivo do lado de dentro – mostra o lado externo positivo. Ir p/ primeira página Potenciais biológicos Eletrodo ativo Eletrodo passivo Quando o eletrodo ativo é colocado do lado interno e eletrodo passivo do lado externo – mostra uma ddp de - 85mV, o que indicam que a célula tem uma distribuição de carga negativa do lado interno e positiva do lado externo - O gradiente de voltagem é 85 mV; -Por convenção: o potencial referido é o interno -Lado interno: - 85mV -Lado externo: 0 mV Ir p/ primeira página Potencial Transmembrana, Potencial de Regime Estacionário, Potencial de Estado Fixo; Tem origem no mecanismo de alternância entre transporte ativo e transporte passivo de pequenos íons. Potencial de Repouso (PR) ativo passivo Ir p/ primeira página Potencial de Repouso (PR) Fase 1 – Íons de Na+ entram passivamente na célula através do gradiente de concentração; Fase 2 – A célula expulsa Na+ ativamente ao mesmo tempo que introduz K+ também ativamente; Fase 3 – K+, por ter grande mobilidade, volta para o lado interno da membrana passivamente conferindo-lhe carga positiva; Do lado interno, íons fosfato e proteínas aniônicas fornecem carga negativa. Ir p/ primeira página O Potencial de Repouso pode ser anulado pela aplicação de um potencial de mesma intensidade e polaridade inversa. Potencial de Ação (PA) Controlador de voltagem Choque elétrico = potencial da célula com polaridade trocada; Positivo no interior e negativo no exterior Ocorre despolarização do local, que fica sem cargas elétrica (anulada pela pilha) Ir p/ primeira página Nos tecidos excitáveis ocorre: Despolarização (D); Polarização Invertida (I); Repolarização (R). Potencial de Ação (PA) Local da membrana que recebe excitação Onda de despolarização Início da onda de polarização invertida Início da repolarização e retorno a polaridade normal Ir p/ primeira página Estímulos: Químicos; Elétricos; Eletromagnéticos; Mecânicos; Células autoexcitáveis Geram ritmicamente o potencial de ação Responsáveis pelo início de movimentos repetitivos Batimentos cardíacos; Freqüência respiratória; Potencial de Ação (PA) Ir p/ primeira página Relação entre variações elétricas do potencial de ação e movimentos iônicos transmembrana: 1 – Despolarização Abertura dos canais de Na+; Penetração de pouca quantidade de Na+; Anula a ddp de repouso. 2 – Polarização Invertida Continuação da entrada de Na+; Com mais Na+ o interior da célula fica mais positivo. 3 – Repolarização Fechamento dos canais de Na+; Saída de íons K+ repolarização; A bomba de sódio expulsa Na+ em excesso; Retorno ao estado inicial. Potencial de Ação (PA) Ir p/ primeira página Propagação do potencial de ação: Propagação na célula e intercélula tecidos excitáveis; Ex.: nervos Potencial de Ação (PA) Choque de excitação Sendo a distância d conhecida é possível calcular a velocidade duração Determinação das características necessárias ao choque de excitação: voltagem, corrente e tempo de aplicação Ir p/ primeira página Potencial de Ação (PA) Propagação do potencial de ação: O gráfico obtido depende das condições usadas O mesmo potencial de ação gera dois tipos de gráficos. Monofásicos ou unipolares; Bifásicos ou bipolares. Registro Monofásico do PA. É obtido quando o eletrodo de referência (ER) é colocado na superfície externa da membrana e o eletrodo ativo (EA) é colocado no interior da célula. Ir p/ primeira página Potencial de Ação (PA) Propagação do potencial de ação: Registro Monofásico do PA. 1 – antes da chegada do potencial de ação em ER este está marcando um potencial negativo no interior do nervo 2 – a onda de PA atinge ER: EA registra potencial negativo menor que em (1). Ir p/ primeira página Potencial de Ação (PA) Propagação do potencial de ação: Registro Monofásico do PA. 3 – a onda de polarização invertida chega a ER. EA registra potencial altamente positivo. 4 – a onda de repolarização chega a ER e ambos os eletrodos estão em potencial positivo (ddp=0) Ir p/ primeira página Potencial de Ação (PA) Propagação do potencial de ação: Registro Monofásico do PA. 5 – Condições como em (1): o registro é no mesmo potencial (negativo) O traçado representa o registro unifásico, monofásico ou unipolar; Ir p/ primeira página Potencial de Ação (PA) Propagação do potencial de ação: Registro Bifásico do PA. É obtido quando ambos eletrodo ER e EA são colocados na superfície externa da membrana. 1 – Despolarização é iniciada pelo estímulo; Estimulo ainda não atingiu ER ou EA; Potencial registrado = 0 Ir p/ primeira página Potencial de Ação (PA) Propagação do potencial de ação: Registro Bifásico do PA. 2 – A onda de despolarização chega a ER EA registra potencial positivo. 3 – ER ou EA estão na faixa da polarização invertida (I); Potencial registrado = 0 Ir p/ primeira página Potencial de Ação (PA) Propagação do potencial de ação: Registro Bifásico do PA. 4 – A onda de repolarização (R) já atingiu ER; EA registra potencial negativo, ainda pertencente a onda I 5 – Repolarização completa; Potencial registrado = posição (1) = 0. Ir p/ primeira página PR e PA são sensíveis as condições intra e extracelulares Variações iônicas se refletem na magnitude e duração desses potenciais. Aumento de K+ externo: diminui PR de – 70 mV até 0, (chega a inverter até +10 mV.) Isso não ocorre em vivo, pois a célula não sobrevive. O aumento do K+ externo diminui o gradiente [K+ ]e/ [K+ ]i com conseqüente diminuição do transporte passivo de K+ para o exterior da membrana. Variações no Potencial de Repouso e Potencial de Ação em Função das Condições do Sistema Ir p/ primeira página Ir p/ primeira página A diminuição de Na+ externoprovoca baixa do PA. Existe menor concentração de Na+ para entrar rapidamente na célula durante a fase de despolarização Invertida. A diminuição de Na+ externo não afeta o PR (porque esse íon é lentamente transportado na gênese do PR). Outras substâncias que bloqueiam os canais de Na+, a bomba de sódio, o metabolismo da membrana ou da célula, substâncias que ocupam receptores podem alterar PR e PA. Variações no Potencial de Repouso e Potencial de Ação em Função das Condições do Sistema Ir p/ primeira página Nervos Amielinados Membrana do axônio em contato direto com tecidos vizinhos Nervos Mielinados A membrana do axônio é envolvida pela célula de Schwan, cuja membrana é rica em lipoproteína chamada mielina. As partes descobertas são os nódulos de Ranvier. Nervos amielinados e mielinados Ir p/ primeira página Nervos Mielinados A troca iônica se faz apenas no nódulo de Ranvier O Impulso salta sobre as bainhas de mielina; Nos nervos mielinizados a condução é maior que nos nervos não mielinizados (até 50x) Evolução: condução do tipo saltatória. Mais econômica que a condução contínua; Dispêndio de energia é menor. Nervos amielinados e mielinados Ir p/ primeira página Quando o nervo é estimulado,o impulso elétrico caminha por dois sentidos: Ortodrômica (orto = certo, dromos = pista) Sentido naturalmente programado; Antidrômica (anti = contra) Sentido contrário ao programado Sinapses Mecanismos naturais de impedir condução antidrômica. Estruturas que realizam a transmissão de impulso nervoso entre dois nervos ou um nervo e um efetor (músculo) Excitatórias Inibitórias Condução Ortodrômica e Antidrômica Sentido programado Ir p/ primeira página Sinapses Transmissão da informação é feita por mediadores químicos ou elétricos Ir p/ primeira página Sinapses – funcionamento Nas sinapses elétricas, o impulso que chega é rapidamente transmitido à fibra pós-sináptica com o mínimo de período de latência. Sinapses químicas: Impulso através de liberação de substância química; Latência maior para o aparecimento do pulso pós-sináptico. (0,5 a 1,5 ms) para saltar da fibra pré para pós-sináptica. Vesículas liberam o mediador químico capaz de transmitir o pulso (neurotransmissor) Determina se a sinapse será excitatória ou inibitória Ir p/ primeira página Sinapses – funcionamento Sinapses excitatórias PA chega a extremidade pré-sináptica e libera o neurotransmissor das vesículas. O neurotransmissor atravessa a fenda sináptica e vai até receptores específicos e aumenta a permeabilidade da membrana a pequenos íons (principalmente Na+). Com a penetração de Na+ a membrana se despolariza (pós- sináptica) Quando bastante intensa, um PA continuando no mesmo sentido do anterior. Ir p/ primeira página Sinapses – funcionamento Sinapses inibitórias PA chega a extremidade pré-sináptica e libera o neurotransmissor das vesículas. O neurotransmissor atravessa a fenda sináptica e vai até receptores específicos e aumenta a permeabilidade da membrana a pequenos íons (K+ e principalmente Cl -). Com a penetração na membrana pós-sináptica provoca uma hiperpolarização: O interior fica mais negativo O exterior fica mais positivo PA que chega não consegue despolarizar a célula, e não passa a diante. Ir p/ primeira página Natureza química dos neurotransmissores Mediadores das sinapses excitatórias são mais conhecidas: Sinapses parassimpática e alguma simpáticas (colinérgicas); Mediador: Acetilcolina Sinapses simpáticas (adrenérgicas) Mediador: norepinefrina Sinapses excitatórias Mediadores: dopamina, serotonina, histamina(?), substância P(?) Funcionam no SNC Sinapses inibitórias Mediador: glicina(?) Alguns polipeptídios encontrados no SNC parecem desempenhar funções de neurotransmissores. Ir p/ primeira página Potencial Eletrotônico Variação do potencial de membrana quando se aplica um estímulo subliminar. Estímulo anódico: Membrana se hiperpolariza; Estímulo catódico: Membrana se despolariza; Fenômeno é puramente passivo; Proporcional a corrente aplicada; Leva a despolarização de 7 a 10 mV. Ir p/ primeira página Resposta local Quando se aplica uma corrente de maior intensidade: A despolarização aumente para 15 a 20 mV; Deixa de ser proporcional a corrente aplicada Porque aparece um processo ativo de despolarização. A reposta local é reversível: Desaparece assim que é retirada a corrente excitatória; Ir p/ primeira página Potencial de Disparo Acima do nível da resposta local aparece o potencial de ação (PA) Esse limite de despolarização é chamado potencial de disparo do potencial de ação. Ir p/ primeira página Contração Muscular Biofísica – aula 4 Ir p/ primeira página Contração Muscular Com exceção da bioluminescência, (emissão de luz), a contração muscular é o meio de manifestação de atos internos e externos dos seres vivos. A contração muscular depende da atividade cerebral, mas sem ela as conquistas intelectuais ficariam restritas ao sistema nervoso Ir p/ primeira página Contração Muscular Tipo de músculos: Músculos são compostos por feixes de fibras; Fibras musculares lisas vistas as Fibras musculares estriadas microscópio Fibras musculares lisas Contração mais lenta; Tempo de contratura maior Ex. Vísceras (tubo digestivo, bexiga, artérias) Ir p/ primeira página Contração Muscular Fibras musculares estriadas Contração mais rápida; Contração de curta duração; Massa dos músculos esqueléticos; Miocárdio (estrutura especial) 40% da massa corporal humana Ir p/ primeira página Contração Muscular Relações energéticas no músculo Músculo: biossistema que transforma Energia Elétrica Potencial de biomoléculas em Calor e Trabalho Mecânico. Repouso: Energia Elétrica Potencial (campo eletromagnético) Ocorre contração Reação bioquímica Energia térmica Ação: Liberação de Calor Atrito entre estruturas e movimento Energia térmica Trabalho mecânico + Ir p/ primeira página Contração Muscular Calor medidos com Trabalho Muscular precisão Ef = Trabalho Realizado (g) Energia Gasta (J) = m.g.d = kg.m2.s-2 T = N.m = J Essa relação indica quanto de Energia virou Trabalho e quanto foi perdido na forma de Calor Ir p/ primeira página Contração Muscular Exemplo: Um músculo realiza determinado Trabalho e o calor despendido é medido. O total de energia gasto foi de 750J. O referido trabalho foi de levantar uma bola de chumbo de 25 kg a 1 metro de altura. a) Qual é a eficiência mecânica? b) Qual o calor produzido (em Joules e em calorias)? 1 cal = 4,186J T = m.g.d T = 25kg . 9,8m.s-2 . 1m T = 245 kg.m2. s-2 T = 245 J Ef = Trabalho Realizado Energia Gasta 245 J 750 J = 0,3266 ou 33% = C = 750 – 245 = 505 J 67% 505 J ÷ 4,186 J 120,6 cal. 1 kcal = 4,186 kJ = aquece em 1ºC 1 litro de água Ir p/ primeira página Contração Muscular Se 1 kcal aquece em 1ºC 1 litro de água, 120 cal é calor suficiente para aquecer em 0,12ºC 1 litro de água. Supondo que: Se o músculo pesa 0,1 kg, a temperatura poderia supor em aproximadamente 1,2 ºC só nesse trabalho T = F x d Deslocamento de Objetos Força = massa (kg) x aceleração (9,8 m.s-2) Distância = metros (m) Unidade = Joule (J) = kg.m2.s-2 Ir p/ primeira página Contração Muscular Exemplo: qual o trabalho de levantar uma massa de 5kg a 1,2 metro de altura. T = m.g.d T = 5kg . 9,8m.s-2 . 1,2m T = 58,8 kg.m2. s-2 T 59 JSe existir atrito sobre uma superfície, considera-se o coeficiente de atrito T = F . d . mc Coeficiente de atrito cinético Ir p/ primeira página Contração Muscular A pressão exercida modifica o volume; Ex. coração, caixa torácica, artérias, bexiga, tubo digestivo, etc. T = P x V Pressão = massa (kg) x distância-1 (m-1) x tempo-2 (s-2) Variação de volume = V Unidade = Joule (J) = kg.m2.s-2 Pascal, cm ou mm de mercúrio, cm ou mm de água Ir p/ primeira página Contração Muscular Exemplo: calcular o trabalho realizado pelo ventrículo esquerdo para ejetar 85 ml de sangue sob pressão de 12 cm de Hg. (densidade do Hg = 13,5 x 103 kg.m-3) 12 cm de Hg significa que o dispositivo (no caso o coração) levanta 12 cm de altura uma coluna de mercúrio de densidade 13,5 x 103 kg.m-3 V = sangue ejetado = 85 ml 85 ml = 0,085 l = 0,085 10-3 m3 Pressão: P = densidade x gravidade x altura P = 13,5 x 103 kg.m-3 x 9,8 m.s-2 x 0,12 m = 15876 P 1,6 x 104 N.m-2 ou Pa 1000 litros = 1 m3 1 litro = 10-3 m3 kg. m-3 . m.s-2. m = (kg . m . s-2) . m-3 . m = N . m-2 = Pa Ir p/ primeira página Contração Muscular T = P x V T = 1,6 x 104 N.m-2 x 0,085 x 10-3.m3 T = 1,36 N.m (kg.m.s-2.m) T = 1,36 J (Joules) Esse valor é a cada batida do coração. Durante o dia, a média é de 75 batimentos por minuto o Trabalho total é: Ttotal = batimentos/min x min/hora x horas/dia x Trabalho Ttotal = 75 x 60 x 24 x 1,36 J Ttotal = 146880 J 146,8 kJ ou Ttotal = 146,8 kJ ÷ 4.186 kJ 35,1 kcal O consumo basal do corpo é em torno de 8.400 kJ ou 2000 kcal o trabalho ventricular é de apenas do total corporal. 2% Ir p/ primeira página Todo trabalho é físico; Trabalho biológico é realizado pelos biossistemas necessários para produzir determinado trabalho físico Físico (F) é F x d ou P x V. Biológico (B) é toda energia na contração muscular. B é sempre > F Muscular campo elétrico: cargas elétricas que se atraem ou se repelem é que causam o movimento. A eficiência do Muscular é entre 20% e 40% ( de 100J rende 20 a 40 J) Trabalho Físico e Biológico Energia para mover o músculo Vencer o atrito entre os fibras musculares Ir p/ primeira página Exemplo: Um paciente fazendo exercício levanta um objeto de 3 kg a 1,2m de altura. Seu rendimento muscular é apenas 25%. Calcular F e B. F = 3 kg x 9,8 m.s-2 x 1,2 m F = 35,28 J ou 8,43 cal B = 25 % - 35,28 J 100 % - X J B = 141,12 J ou 33,71 cal Trabalho Físico e Biológico Ir p/ primeira página Exemplo: Um indivíduo de 70 kg pula corda. Seu pulo atinge 30 cm de altura. O exercício é repetido 200 vezes. Calcule F e B com rendimento de 30%. Sabe-se também que o metabolismo basal desse indivíduo é de 6000 kJ. Calcule o quanto significa em porcentagem a variação de B. F = 70 kg x 9,8 m.s -2 x 0,3 m x 200 F = 41,16 kJ ou 9,84 kcal B = 30 % - 41,16 kJ 100 % - X kJ B = 137,2 kJ ou 33,77 kcal Trabalho Físico e Biológico Metabolismo basal = 6000 kJ + Trabalho biológico 137 kJ O exercício de pular corda aumenta o metabolismo basal em 137 kJ X = (6.137 x 100) ÷ 6000 = 102, 28 ou seja o B aumenta em 2,3 % o Ir p/ primeira página Contração muscular isométrica (comprimento) Ao se contrair o músculo não altera seu comprimento; Tentativa de levantar peso sem sucesso; Sustentação de maneira imóvel; Não existe trabalho físico ( F x d = 0) Pressão ou tensão que o músculo exerce – possíveis de mensuração; Dispêndio de energia térmica (calor) Tipos de contração muscular Ir p/ primeira página Contração muscular isotônica ou dinâmica (força) Ao se contrair o músculo diminui; Trabalho físico tipo Fxd; Distribuição de energia térmica (calor) por reações bioquímicas e por atrito – geração de trabalho mecânico; Possível mensuração de trabalho utilizado e calor despendido; Encurtamento pode chegar a 1/3 do comprimento do músculo relaxado; Tipos de contração muscular Ir p/ primeira página - É a contração muscular que provoca um movimento articular. - Há alteração do comprimento do músculo sem alterar sua tensão máxima. - Possui alto consumo calórico e geralmente é de rápida duração. - A contração isotônica divide-se em dois tipos: Concêntrica e Excêntrica. - - Concêntrica: ocorre quando ao realizar um movimento o músculo aproxima suas inserções, com encurtamento dos seus sarcômeros. Como exemplo temos o músculo bíceps braquial quando levamos um alimento - à boca, no movimento de flexão do antebraço, - provocando aceleração. Ir p/ primeira página Calor e Trabalho nas contrações musculares En = A + a . L + f . L (equação de HILL) En = contração muscular; A = calor de ativação; a = calor de contração; f = força; L = variação de espaço (distância percorrida); Contração Isométrica O músculo não muda de comprimento; L = 0 En = A + a . L + f . L En = A + 0 + 0 En = A Contração Isotônica A distribuição é dada pela equação de Hill, pois L 0 Tipos de contração muscular Ir p/ primeira página O músculo trabalha como motor elétrico linear: Elétrico: Força proveniente de atração ou repulsão de cargas na estrutura muscular Linear As partes se deslocam em linha. Como em todo processo biológico, inicia-se em nível molecular e termina em nível de sistema. Níveis estruturais do músculo Ir p/ primeira página Ir p/ primeira página Tipos de contração muscular - Feixe de fibras musculares; -Estrutura repetitiva (Z- Z) -Sarcomero, característico da fibra; -Surgimento da zona H – zona clara tendo no centro uma linha fina chamada M. - A zona H está no centro de uma faixa Ir p/ primeira página A iso e anisotropia são referentes as propriedades de simetria ou assimetria óptica (uma é birrefringente e a outra não é) Faixa A 1,6 mm e Faixa I 1,0 mm filamentos grossos soltos, tendo na parte mediana a linha M; Componente principal a miosina (proteína longa, de 160 x 24nm e pesa cerca de 4,8 x 105 daltons.) (1 dalton = 1,67 x 10-24g) filamentos finos se prendem a Z - causam a anisotropia; Componente principal a actina. Níveis estruturais do músculo Ir p/ primeira página A actina pode aparecer na forma de glóbulos – G- actina – ou na forma de filamentos – F-actina; A F-actinina é um polímero da G-actina; Cada molécula de G-actinia se liga fortemente a um íon Ca2+; No filamento existe ainda a troponina, (trímero): TN-C: troponina → Ca2+; Se liga a dois íons de CA2+ TN-I: troponina Inibitória; Inibe a contração se combinar com a actina (quebra do complexo actinomiosina) TN-T: troponina → tropomiosina Normalmente ligada a tropomiosina,impedindo Níveis estruturais do músculo Ir p/ primeira página Ir p/ primeira página Impulso nervoso é conduzido pelo axônio do motoneurônio até aplaca terminal (placa neuromuscular); Liberação de acetilcolina (Ach); Despolarização de fibras e geração de potencial de ação; As fibras despolarizadas se contraem; Despolarização da membrana (sarcolema) com rápida saída de Ca2; A saída de Ca2+ do sarcoplasma é o impulso inicial da contração. Mecanismos da contração muscular Ir p/ primeira página Ao se ligar a TN-C, o Ca2+ cataliza a atividade ATPásica da actinomiosina, cujo centro ativo está na cabeça da molécula; A liberação de energia permite mudanças conformacionais → resultam no aparecimento de força elétrica; Essa força elétrica provoca o deslizamento das moléculas de actina; Como resultado, as estruturas de Z a Z se encolhem; Não existe proteínas contráteis, são as estruturas que se contraem Mecanismos da contração muscular Ir p/ primeira página Mecanismos da contração muscular Enquanto TN-C estiver ligado ao CA2+, esta impede a ação inibitória da TN-I e o processo continua enquanto houver estímulo nervoso. Ir p/ primeira página Quando o estímulo é cessado o retículo sarcoplasmático retira o Ca2+ do fluído circundante por processo ativo; Existe portanto gasto de ATP; A queda da concentração de Ca2+ no complexo TN-C (centro ativo da actinomiosina, a hidrólise do ATP é cessada, A concentração é desativada; Os músculos voltam a posição original; TN-I assume seu papel inibidor. Relaxamento muscular Ir p/ primeira página Exemplo: Um homem de 70 kg sobe correndo uma escada de 6 metros de altura em 10 segundos. Calcule o trabalho físico e o trabalho biológico, sabendo que o rendimento muscular foi de 25%. F = 70 kg x 9,8 m.s -2 x 6 m F = 4,116 kJ ou 984 cal B = 25 % - 4,116 kJ 100 % - X kJ B = 16,46 kJ ou 3,93 kcal Toda essa energia vem da combustão aeróbica e sabe-se que o consumo de oxigênio fornece aproximadamente 4,8 kcal/litro, quantos cm3 de O2 seriam necessários para essa combustão? Volume de O2 = 3,93 kcal ÷ 4,8 kcal. l -1 0,818 litros de O2 (Como 1 litro = 1000cm3 ) Ir p/ primeira página 0 volume de aproximadamente 818 cm3 de O2 em apenas 10 segundo (tempo de subida), exigiria que ocorresse uma absorção de 80cm3 de O2 por segundo. Sabe-se que a ventilação pulmonar é de 4 cm3/s de O2 (repouso), podendo atingir 2500 cm3/s, porém esse aumento é muito lento. em 10 segundo, ou 80cm3 necessários para a oxidação da glicose não são atingidos. Isso leva a crer que existe um mecanismo anaeróbico de produção de energia. Em condições normais (sem excesso de trabalho muscular) 40% é de origem aeróbica; 60% é de origem anaeróbica. Em condições de exercício violento Contribuição anaeróbica chega a 95%; Isso pode levar ao acúmulo de ácidos orgânicos (ácido lático) Aparecimento de exaustão muscular (câimbra). Ir p/ primeira página Câimbra A câimbra são espasmos ou contrações involuntárias de um ou mais músculos, geralmente dolorosas, que podem levar de segundos até prolongados minutos. Ocorrem apenas nos tecidos musculares no qual controlamos os movimentos (fibras estriadas). Ocorrem com maior frequência em: - Panturrilhas, Musculatura anterior e posterior de coxa, Pés, Mãos, Pescoço, Abdômen. As cãimbras podem ser causadas por uma quantidade enorme de causas, algumas conhecidas e outras nem tanto. Ir p/ primeira página Cãimbras Porém a causa mais provável seria uma hiperexcitação dos nervos que estimulam a musculatura, normalmente causado por: - Atividade física vigorosa (podendo ocorrer durante ou pós esforço); - Desidratação (atenção para quem usa diurético); - Alterações hidroeletrolíticas, principalmente déficit de cálcio e magnésio; - Gravidez (normalmente secundário e magnésio baixo); - Como autoproteção (ex: após uma fratura); - Alterações metabólicas como diabetes, hipotireoidismo, alcoolismo e hipoglicemia; - Doenças neurológicas com Parkinson, doenças do neurônio motor e doenças primárias dos músculos (miopatias); - Longos períodos de inatividade, sentado em uma posição inadequada; - Alterações estruturais (ex: pé chato, genu recurvatum - hiperextensão do joelho); - Insuficiência renal em hemodiálise e cirrose hepática; - Deficiência de vitamina B1, B5 e B6; -Anemia; Muito se comenta sobre depleção de potássio como causa das câimbras. Na verdade, a hipocalemia (baixos níveis sanguíneos de potássio) pode até causar contrações involuntárias, mas seu principal sintoma é fraqueza ou paralisia muscular. O cálcio e o magnésio são causas mais importantes de câimbras. Ir p/ primeira página 146 Biofísica - 5 Ir p/ primeira página 147 Biofísica Biofísica do Coração e da Circulação Sanguínea Ir p/ primeira página 148 Biofísica do Coração e da Circulação Sanguínea Sistema circulatório: função Comunicar Matéria e Energia entre os diversos compartimentos biológicos. Levar e trazer energia potencial e cinética as partes do organismo. Ir p/ primeira página 149 O conjunto é composto por: Coração: Bomba pouco aspirante e muito premente; Vasos sangüíneos: Dutos que formam uma rede contínua unidas pelo coração; Sangue: Fluido constituído por células e líquidos Sistema de controle Autônomo, ligado pelo SNC Biofísica do Coração e da Circulação Sanguínea Ir p/ primeira página 150 Funcionamento: Estágio 1: Disparo do potencial de ação através do metabolismo molecular das células dos marca-passos atriais; Estágio 2: Propagação desse potencial de ação através dos feixes nervosos do coração; Estágio 3: A despolarização do potencial de ação é seguida por uma contração muscular. Estágio 4: Na contração muscular, o sangue é ejetado para o sistema de vasos sanguíneos O ciclo se repete de 1 a 4 1 2 3 4 Campo Eletromagnético Campo Gravitacional Biofísica do Coração e da Circulação Sanguínea Ir p/ primeira página 151 Anatomia básica Basicamente é uma bomba dupla que provê a força necessária para circular o sangue pelos dois sistemas circulatórios principais: A pequena circulação ou circulação pulmonar (pulmões) e A grande circulação ou circulação sistêmica (resto do corpo). Existe uma terceira circulação, chamada coronariana (sobre o coração. Biofísica do Coração e da Circulação Sanguínea Ir p/ primeira página 152 Pequena circulação ou circulação pulmonar A) Sangue sai do ventrículo direito pela artéria pulmonar; B) Sangue vai aos capilares pulmonares, onde é oxigenado; C) Sangue retorna ao átrio esquerdo do coração pelas veias pulmonares; D) Sangue segue para o ventrículo esquerdo e cai na grande circulação C D B A Biofísica do Coração e da Circulação Sanguínea Ir p/ primeira página 153 Grande Circulação ou Circulação Sistêmica E) Sangue sai pela aorta, de onde é distribuído para todo o corpo (F); G) sangue retorna ao átrio esquerdo do coração pelas veias cavas superior (Gs) e inferior (Gi) E Gs F Gi C D B A Biofísica do Coração e da Circulação Sanguínea Ir p/ primeira página 154 Circulação Coronariana Corresponde ao movimento do sangue a partir da raiz da aorta Uma vez que o miocárdio está irrigado, o sistema venoso coronariano conduz o sangue de volta ao átrio direito Biofísica do Coração e da Circulação Sanguínea Ir p/ primeira página 155 Anatomia Descrição do coração Anatomia complexa Endocárdio Miocárdio Pericárdio Suas fibras musculares apresentam: Excitabilidade Contratilidade Ritmicidade Condutibilidade Biofísica do Coração e da Circulação Sanguínea Ir p/ primeira página 156 Anatomia Tecido muscular organizado em quatro câmaras com quatro válvulas one-way para separar as câmaras e evitar refluxo do sangue. Válvulas - mantém as diferentes partes a diferentes pressões. Válvulas atrioventriculares Tricúspide - à direita Mitral - à esquerda Válvula pulmonar (semilunar) Ventrículo direito e artéria pulmonar Válvula aórtica (semilunar) Ventrículo esquerdo e aorta Biofísica do Coração e da Circulação Sanguínea Ir p/ primeira página 157 Anatomia Biofísica do Coração e da Circulação Sanguínea Ir p/ primeira página 158 Anatomia Biofísica do Coração e da Circulação Sanguínea Ir p/ primeira página 159 Movimento cíclico do sangue dentro do sistema vascular; Artérias - vasos que levam o sangue do coração para cada célula Contraem-se assim que recebem o estímulo de substâncias contidas no próprio sangue (hormônios) produzindo o efeito que se chama de pressão arterial. Pulso arterial - é produzido pela ejeção de sangue do ventrículo esquerdo dentro da aorta e grandes vasos (pressão positiva). Veias - vasos que trazem o sangue de volta ao coração. Possuem camada média menos espessa que as artérias. Contém válvulas em seu interior - ajudam a vencer a gravidade, no processo de retorno do sangue Pulso venoso - é gerado pela contração dos músculos e pela contração da própria veia. Biofísica do Coração e da Circulação Sanguínea Ir p/ primeira página 160 Campo Eletromagnético: P.A do miocárdio segue a bioeletricidade: Possui um componente rápido e um componente lento Somatória desses pulsos elétricos gera um registro complexo Origem da onda de despolarização (OOO) Despolarização invertida (_ _ _) Repolarização (+++) Dispersão da onda em várias direções Gera uma resultante imaginária denominada vetor elétrico ou eixo elétrico do coração. Biofísica do Coração e da Circulação Sanguínea Ir p/ primeira página 161 Condução elétrica no coração Nodo sinoatrial - marca-passo natural Gera impulsos elétricos a taxas variáveis: 60 A 100 pulsos por minuto Trajetória normal dos impulsos elétricos Impulsos são transmitidos para o nodo atrioventricular Impulsos propagam-se pelo feixe de his. Impulsos seguem para as fibras de purkinje. Biofísica do Coração e da Circulação Sanguínea Ir p/ primeira página 162 Condução elétrica no coração Biofísica do Coração e da Circulação Sanguínea Ir p/ primeira página 163 Condução elétrica no coração Biofísica do Coração e da Circulação Sanguínea Ir p/ primeira página 164 Condução elétrica no coração 1. Início da diástole, abertura das válvulas tricúspide e mitral e enchimento ventricular 2. Fechamento das válvulas de entrada, final da diástole 3. Contração ventricular, abertura das válvulas pulmonar e aórtica - sístole ventricular 4. Final da sístole ventricular, fechamento das válvulas pulmonar e aórtica 5. Reinicio da diástole atrial e ventricular. Biofísica do Coração e da Circulação Sanguínea Ir p/ primeira página 165 Condução elétrica no coração Nodo sinoatrial ou sinusal (SA) Estrutura em forma de virgula: comprimento de 1 a 2 cm e espessura de 2 a 3 mm Situa-se na parede lateral superior do átrio direito, abaixo e quase ao lado do orifício da veia cava superior. É formado principalmente por 2 tipos celulares: Células nodais (ou células P) - fonte do impulso elétrico, estando dispostas de forma central. Células de transição (ou células T) - são intermediárias envolvendo as células P, formando a transição com as células do músculo atrial. Possui células musculares atriais. Recebe inervação simpática e parassimpática. Biofísica do Coração e da Circulação Sanguínea Ir p/ primeira página 166 Nodo atrioventricular (AV) Localiza-se na parte posterior da parede septal do átrio direito. Possui conexões com as vias internodais, que recebem o impulso do átrio transmitindo-o para o nodo AV. Conecta o sinal elétrico ao feixe de His. Essas conexões causam um retardo no envio do sinal elétrico para que os átrios tenham tempo de enviar o volume de sangue para os ventrículos, antes que comece a sua contração. Condução elétrica no coração Biofísica do Coração e da Circulação Sanguínea Ir p/ primeira página 167 Condução elétrica no coração Sistema de Purkinje Executam a propagação do impulsos para os ventrículos. Apresentam características funcionais quase opostas às das fibras do nodo AV. são bem mais espessas conduzem o sinal elétrico com mais rapidez. Observação: A velocidade de transmissão dos impulsos elétricos no sistema de Purkinje é da ordem de 1,5 a 4 m/s (velocidade que é cerca de seis vezes a velocidade do músculo cardíaco normal) Biofísica do Coração e da Circulação Sanguínea Ir p/ primeira página 168 Biofísica do Coração e da Circulação Sanguínea Ir p/ primeira página 169 P.A. cardíaco pode ser registrado em alguns pontos específicos do corpo através de galvanômetros. O registro das atividades cardíacas é conhecido como Eletrocardiograma (ECG); O aparelho que mede essa atividade é o eletrocardiógrafo. O traçado do ECG fornece informações clínicas e científicas: Biofísica do Coração e da Circulação Sanguínea . . . Ir p/ primeira página 170 Princípios biofísicos do ECG Os eletrodo ativo (EA) e de referência (ER) podem ser usados para medir os potenciais e correntes biológicas. Em um dipólo (um pólo (+) e um pólo (-)) a energia é distribuída em linhas isopotenciais • Em qualquer ponto dessas linhas o potencial é o mesmo; Ex.: voltímetro com ER na linha -1 e EA na linha +2 Dp = EA – ER = 2-(-1) = 3 mV Se os eletrodos se movem, os resultados ora são (+), ora são ( - ). • Esse tipo de registro pode ser utilizado para captação de potenciais cardíacos na superfície do corpo Biofísica do Coração e da Circulação Sanguínea Ir p/ primeira página 171 ECG humano Existem três modos principais: Método clássico de Einthoven. Consiste em ligar os eletrodos utilizando: R – (rigth) – braço direito – VR L – (left) – braço esquerdo – VL F – (foot) – perna esquerda – VF D – derivações (DI, DII ou DIII) Biofísica do Coração e da Circulação Sanguínea Ir p/ primeira página 172 ECG humano Derivação I (DI): CONSIDERA A DIFERENÇA DE POTENCIAL ENTRE OS BRAÇOS ESQUERDO E DIREITO DI = VL - VR (EA – ER) Biofísica do Coração e da Circulação Sanguínea Ir p/ primeira página 173 ECG humano Derivação II (DII): CONSIDERA A DIFERENÇA DE POTENCIAL ENTRE A PERNA ESQUERDA E BRAÇO DIREITO DII = VF - VR (EA – ER) Biofísica do Coração e da Circulação Sanguínea Ir p/ primeira página 174 ECG humano Derivação III (DIII): CONSIDERA A DIFERENÇA DE POTENCIAL ENTRE A PERNA ESQUERDA E BRAÇO ESQUERDO DIII = VF - VL (EA – ER) Biofísica do Coração e da Circulação Sanguínea Ir p/ primeira página 175 ECG humano Com uma chave, o aparelho pode ser ligado como mostrado na figura e cada derivação pode ser registrada separadamente. A perna direita é utilizada como terra (para evitar indução eletromagnética externa) Registro bipolar: cada eletrodo registra separadamente potenciais locais. Biofísica do Coração e da Circulação Sanguínea Ir p/ primeira página 176 ECG humano b) Método Unipolar de Wilson. O eletrodo de referência é ligado a um terminal central. Potencial do terminal 0 (zero) Três pontos ligados entre si através de altas resistências (5.000 ), o que diminuem o potencial no ponto T. EA é colocado no membro que se quer medir; Ex.: medida de VR. VR = (VR – VT) = VR – 0 = VR VL = (VL – VT) = VL – 0 = VL VF = (VF– VT) = VF – 0 = VF Como VT = 0 (ER) a tensão captada pelo EA é a que existe no local. Biofísica do Coração e da Circulação Sanguínea Ir p/ primeira página177 Wilson introduziu as medidas precordiais De V1 a V6. Essas medidas são tomadas colocando EA em diferentes pontos do tórax, são medidas complementares as derivações e têm grande importância. Biofísica do Coração e da Circulação Sanguínea Ir p/ primeira página 178 As derivações VL, VR e VF no método de Wilson fornecem leituras muito baixas, então Goldberg sugeriu que o terminal T fosse obtida com apenas duas resistências, cancelando-se a resistência correspondente ao membro a ser medido. No caso da figura ao lado, a resistência do braço direito (R) foi desligada e o registro VR fica aumentado. Essas derivações recebem o nome de aVR = aumentada de VR aVL = aumentada de VL aVF = aumentada de VF As precordiais V1 a V6 não são aumentadas pois já são altas. Biofísica do Coração e da Circulação Sanguínea Ir p/ primeira página 179 ECG humano – traçado básico Em linhas gerais, o registro da atividade elétrica do coração fornece o seguinte gráfico Cada quadro representa Na vertical – 0,1 mV Na horizontal – 40 ms Ciclo completo entre o e 72 ms Composto basicamente: - Onda P, - Complexo QRS, - Segmento ST, - Onda T, - Eventualmente a onda U. Biofísica do Coração e da Circulação Sanguínea Ir p/ primeira página 180 Onda P = Despolarização atrial Complexo QRS = despolarização ventricular Segmento ST e onda T = repolarização ventricular Onda U = repolarização lenta dos músculos papilares ECG humano – traçado básico Os parâmetros eletrocardiográficos são relacionados com os seguintes eventos elétricos Biofísica do Coração e da Circulação Sanguínea Ir p/ primeira página 181 IMPORTÂNCIA CLÍNICA DO ECG Provavelmente o mais prático e informativo exame para avaliação cárdio-circulatória. Isoladamente, é responsável por cerca de 20% de todos os diagnósticos de qualquer problema cardíaco. As características do ECG (forma de onda, ritmo, freqüência, amplitude) permitem verificar: Arritmias cardíacas Isquemias (deficiência de irrigação do músculo cardíaco) Infartos Problemas de condução ECG humano Biofísica do Coração e da Circulação Sanguínea Ir p/ primeira página 182 ONDA P: Propagação do impulso elétrico pelos átrios (despolarização atrial) SEGMENTO PQ: Atraso na propagação do impulso no nodo atrioventricular COMPLEXO QRS: Contração ventricular SEGMENTO ST: Período em que os ventrículos se mantém despolarizados ONDA T: Relaxamento dos ventrículos ECG humano - normal Biofísica do Coração e da Circulação Sanguínea Ir p/ primeira página 183 FASE AMPLITUDE (mV) DURAÇÃO (ms) Onda P 0,2 0,08 Intervalo P-R - 0,06 Segmento P-R - 0,08 Complexo QRS 0,8 – 1,1 0,04 – 0,09 Segmento S-T - 0,12 Intervalo Q-T - 0,36 Onda T 0,3 0,16 ECG humano - normal Biofísica do Coração e da Circulação Sanguínea Ir p/ primeira página 184 Também chamadas falhas cardíacas são anormalidades na formação e/ou condução do impulso elétrico necessário ao coração para enviar sangue para a circulação. Dividem-se em três grupos: Extrasístoles Taquiarritmia Bradiarritmia Arritmias cardíacas Biofísica do Coração e da Circulação Sanguínea Ir p/ primeira página 185 Ocorrem quando o impulso elétrico é gerado em outra região do coração (átrios ou ventrículos) ao invés do nó sinusal. Isolada, não traz, em geral, riscos à saúde Principais causas: Ingestão de álcool Ingestão excessiva de café Estresse Extrasístoles Biofísica do Coração e da Circulação Sanguínea Ir p/ primeira página 186 Consiste na geração do impulso elétrico em uma freqüência alta (sempre acima de 120 bpm); Pode ser de origem congênita ou adquirida Síndrome de Wolff-Parkinson-White Pós-infarto agudo do miocárdio ou pós Doença-de-Chagas. Gera desconforto no peito ou desmaios Em casos extremos, leva à morte súbita. Obs.: A síndrome de Wolff-Parkinson-White é uma doença que gera uma alteração eletrocardiográfica através da ativação de uma porção do ventrículo, por uma via anômala. Taquiarritmia Biofísica do Coração e da Circulação Sanguínea Ir p/ primeira página 187 Bradiarritmia Ocorre quando o coração funciona a taxas mais lentas. Pode causar desmaios ou síncopes. Pode ser confênita ou adquirida Pode ser secundária à Doença-de-Chagas ou ao infarto agudo do miocárdio Pode ser inerente ao envelhecimento e/ou degeneração das fibras cardíacas Biofísica do Coração e da Circulação Sanguínea Ir p/ primeira página 188 EXEMPLOS DE ARRITMIAS Arritmias Característica Taquicardia Aumento da freqüência cardíaca acima de 100 batimentos por minuto (BPM). Flutter atrial O impulso segue como uma grande onda sempre na mesma direção (movimentos circulares) em torno dos átrios. Fibrilação ventricular Falta de coordenação dos impulsos no interior da massa ventricular, que se contrai e relaxa ao mesmo tempo, impedindo o bombeamento de sangue para corrente sangüínea. Esta é a mais grave do todas as arritmias cardíacas. Assistolia Estagnação dos impulsos, chamada popularmente de parada cardíaca. Biofísica do Coração e da Circulação Sanguínea Ir p/ primeira página 189 BRADICARDIA TAQUICARDIA ASSISTOLIA Ir p/ primeira página 190 Eixo elétrico do coração ou vetor cardíaco Representa a resultante das várias ondas de despolarização Soma de vetores do complexo QRS, nas derivações uni e bipolares podem dar informações sobre hipertrofia do miocárdio Dois métodos podem ser usados para a determinação do eixo elétrico do coração. Método do Triângulo de Einthoven; Método das Derivações Clássicas e Unipolares Biofísica do Coração e da Circulação Sanguínea Ir p/ primeira página 191 Método do Triângulo de Einthoven O coração é colocado no meio de um triangulo eqüilátero (A); O vetor é projetado no plano compreendido pelo triângulo (B); Projetando-se os vetores DI, DII e DIII, no cruzamento das linhas se forma o eixo elétrico (Ee) (C). Biofísica do Coração e da Circulação Sanguínea Ir p/ primeira página 192 Método do Triângulo de Einthoven Pelo deslocamento dos lados dos triângulos é gerado um sistema cartesiano; os lados dos triângulos são empurrados, formando o sistema de coordenadas. Biofísica do Coração e da Circulação Sanguínea Ir p/ primeira página 193 Método do Triângulo de Einthoven Processo: 1. Tira-se o eletrocardiograma; 2. Somar os pulsos principais do complexo QRS em DI, DII e DIII; Biofísica do Coração e da Circulação Sanguínea Ir p/ primeira página 194 Método do Triângulo de Einthoven Processo: 3. Lançar os valores no sistema de coordenadas, respeitando-se as polaridades DI = +10 DII = +4 DIII = -6 • Fazer a soma dos vetores; • Valores normais entre 30o e 110o ou entre 0o e 90o (depende do autor); • Varia conforme o biotipo morfológico dos indivíduos: •Brevilíneos – próximo a 0o; •Longilíneos – próximo a 90o. •Normolíneos – valores intermediários Biofísica do Coração e da Circulação Sanguínea Ir p/ primeira página 195 Método da Derivadas Clássicas e Unipolares Princípio estatístico Baseado em seis vetores DI, DII, DIII, aVR, aVL e aVF. Sistema de coordenada como a anterior, acrescido das coordenadas aumentadas • Observe: •Distribuição angular; •Polaridade das derivações; •Sinal dos ângulos. •VR e VL possuem polaridade invertida em relação ao sinal algébrico dos ângulos Biofísica do Coração
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