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CONCRETO PROTENDIDO EM PONTES

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UNIVERSIDADE DE SOROCABA PRÓ-REITORIA ACADÊMICA CURSO DE ENGENHARIA CIVIL
Matheus Sarti RA: 81814
Nathalia Carvalho RA: 81565
Nayara Tomaz RA: 80333
Nicolas Domingues RA: 82243
Patrícia Batista RA: 81363
Paula Boldori RA: 67284
Paulo Gusson RA: 80314
Plínio Abreu RA: 81062
CONCRETO PROTENDIDO EM PONTES.
Prof. Mauro José Solda
Sorocaba – SP
2018
INTRODUÇÃO
O conceito de protensão em concreto não é recente dentro da Engenharia. Em 1928, Eugène Freyssinet, da França, começou a utilizar cabos de aço de alta resistência para protender, tornando-se assim o criador do concreto protendido moderno.
A utilização do concreto protendido no Brasil começou a se popularizar somente nos últimos anos. Algumas características que destacam essa solução de projeto é a rapidez na execução, possibilidade de vencer vãos maiores sem aumento da seção resistente e durabilidade elevada da estrutura devido a um melhor controle de fissuração do concreto. 
Os projetos arquitetônicos têm exigido estruturas cada vez mais esbeltas para vencer vãos relativamente grandes. Além disso, a agilidade de execução de uma obra é, diversas vezes, uma exigência imposta para contratação de um serviço. Nesse contexto, estruturas em concreto pré-fabricado é uma das opções que atende de forma satisfatória as necessidades de projeto e execução.
O concreto convencional usado na construção civil é composto basicamente por três componentes: aglomerantes (normalmente cimento Portland), agregados (graúdos e miúdos) e água. Em alguns casos, onde é necessária alguma característica especial, são usados aditivos industrializados para compor a mistura, os quais reagem com os ingredientes básicos e modificam algumas propriedades, melhorando o concreto para sua utilização, afirmam Allen e Iano (2013).
Segundo Araújo (2010) As principais características desse material são a sua alta resistência à compressão, e baixa resistência à tração, sendo um material frágil, suscetível a fissuras. Já o concreto armado é a união do concreto convencional com uma armadura, normalmente composta por barras de aço, que possuem alta resistência à tração, fazendo com que a mistura final suporte tanto os esforços de compressão, por parte do concreto, quanto tração, pelo aço. 
O aço do concreto armado é chamado de passivo, pois começa a trabalhar somente quando ocorre a retirada das escoras e, consequentemente, a deformação do concreto da estrutura. Já no concreto protendido, as barras de aço são previamente tracionadas, através de macacos hidráulicos de protensão externos à estrutura. Sendo assim, o aço está sempre ativo, mesmo se as escoras não forem retiradas e o concreto não estiver trabalhando.
As estruturas de concreto armado e concreto protendido, conforme a NBR 6118:2004, são consideradas do mesmo tipo. Ambas são compostas por elementos base, cimento, água e agregados. A diferença é o procedimento de construção e o tipo de aço utilizado em cada caso, um com armadura passiva (concreto armado) e outro com armadura ativa (protendido).
O CONCRETO PROTENDIDO
“Segundo Pfeil (1980), a protensão aplicada ao concreto consiste em introduzir esforços que anulem ou limitem as tensões de tração do concreto, eliminando a abertura de fissuras.” 
Segundo a NBR6118:2007 elementos de concreto protendido como sendo aqueles nos quais parte das armaduras é previamente alongada por equipamentos especiais de protensão com a finalidade de impedir ou limitar a fissuração e os deslocamentos da estrutura e propiciar o melhor aproveitamento de aços de alta resistência no estado limite último (ELU).
A protensão comprime o concreto, o que é vantajoso, pois a resistência a compressão do concreto chega a ser 10 vezes superior à resistência a tração. Para que haja a protensão, o aço utilizado deve ter uma resistência maior que a do aço utilizado nas estruturas de concreto armado. Assim, os aços de protensão têm até cinco vezes a resistência de um aço convencional. 
O uso de concreto protendido não implica em toda a armadura utilizada ser ativa (armadura que recebe tensões antes de receber as solicitações previstas para sua utilização).
O sistema de pré-tração é caracterizado por aplicar uma tensão na cordoalha de aço antes da concretagem. Após a cura do concreto, retira-se a ligação da armadura com o macaco, estabelecendo a aderência entre o aço e o concreto. Assim, admite-se que ocorre compatibilização de deformação entre os elementos. Este sistema é característico do concreto pré-fabricado.
As principais características do concreto protendido são: 
Reduz as tensões de Tração;
Reduz incidências de deformações (flexão) e fissuras;
Possibilidade de construir vãos maiores;
Reduz a altura necessária para a viga; entre outros.
Figura 1 - Armadura pré-tracionada / Armadura pós-tracionada
ELEMENTOS DE PROTENSÃO
Armadura Passiva
Armadura que não é utilizado para produzir forças de protensão, isso é, que não seja previamente alongada. A armadura comum de concreto aramado comum é um exemplo de armadura passiva onde ela trabalha de acordo com a deformação do concreto.
Armadura Passiva
Armadura constituída por barras, fios isolados ou cordoalhas, destinada à produção de forças de pro-tensão, isto é, na qual se aplica um pré-alongamento inicial. Essa armadura ativa é um aço de alta resistência (fios ou cordoalhas para concreto protendido), cuja resistência é de 3 a 4 vezes maior do que a da armadura passiva, conhecida como vergalhão.
Ancoragem
As ancoragens são dispositivos capazes de manter o cabo em estado de tensão, transmitindo a força de protensão ao concreto ou ao elemento estrutural.
Bloco
Blocos com furos cônicos que comportam as cunhas e resistem ao retorno das cordoalhas tracionadas. O bloco de ancoragem é colocado após a concretagem e apoia-se diretamente na superfície da placa de ancoragem.
Placa
As placas de ancoragem distribuem as tensões das cordoalhas sobre a estrutura ancorada.
Bainha
As bainhas têm como principal função proteger e separa as cordoalhas do concreto exterior, possibilitar a movimentação das cordoalhas durante a operação de protensão a receber a nata de cimento na operação de injeção.
Cunha de Cravação
Peça em metal cônico com ranhuras que mordem a cordoalha durante a transferência da força de protensão do macaco hidráulico para a ancoragem.
PROTENSÃO ADERENTE
Razões de uso da protensão aderente: quando a protensão é aplicada nas cordoalhas, são criadas tensões internas na estrutura, para combater esforços resultantes dos carregamentos e melhorar o desempenho do conjunto. As cordoalhas ficam constantemente esticadas, durante toda a vida útil da estrutura. As tensões elevadas necessárias para esticar as cordoalhas devem ser absorvidas pelo sistema de protensão, de forma a proteger as estruturas e seus usuários. 
A protensão aderente é um dos recursos capazes de oferecer esta proteção, pois permite que a armadura de protensão e o concreto trabalhem em conjunto, de forma integrada. Isso significa que se, eventualmente, um cabo for cortado ou se romper, a estrutura absorverá as tensões resultantes do rompimento. Nestes casos, a perda de força será localizada, pois a aderência permite que o comprimento remanescente do cabo conserve a protensão. A protensão aderente possibilita, assim, estruturas mais seguras. A etapa de injeção das bainhas pode ser realizada simultaneamente ao cronograma da obra, sem interferir em outras etapas da mesma.
Principais características da protensão aderente: o aço de protensão pode ser considerado no cálculo do estado limite último, pois está solidarizado com o concreto. Isso permite redução expressiva na quantidade de armadura passiva necessária à estrutura. A aderência possibilita a execução de eventuais furos e colocação de chumbadores nas peças concretadas, após a devida aprovação do projetista a este respeito. A injeção de nata de cimento oferece maior proteção ao cabo contra a corrosão.
 As cordoalhas podem ser colocadas nas bainhas antes ou depoisda concretagem. Isso permite, por exemplo, que elementos pré-fabricados sejam unidos por meio da protensão. As estruturas com protensão aderente apresentam maior capacidade de resistência ao fogo em caso de incêndio. O sistema apresenta variada gama de ancoragens passivas, ativas, intermediárias e de emenda, possibilitando soluções construtivas diversas à protensão do concreto.
Figura 2 – Pretensão Aderente
PROTENSÃO NÃO ADERENTE
Razões de uso da protensão não-aderente: o uso de cordoalhas engraxadas apresenta características próprias, a serem observadas na escolha do tipo de protensão. A protensão não aderente pode ser executada a partir de equipamentos leves, facilmente aplicáveis em obras de pequeno porte. Isso possibilita ao concreto protendido ser competitivo com o concreto armado em edifícios residenciais com vãos pequenos (de 3 a 5 metros), o que não acontece com a protensão aderente. Além disso, os cabos engraxados são leves, de fácil manuseio e flexíveis, o que permite a existência de curvas em sua disposição em planta e possibilita o desvio de eventuais obstáculos existentes em seu trajeto. 
Na protensão sem aderência não existe a etapa de injeção de nata de cimento nas bainhas e, conseqüentemente, não há no interior das bainhas o espaço destinado a esta nata. Isso possibilita que o centro de gravidade do cabo fique próximo às bordas inferior ou superior do elemento de concreto, permitindo melhor aproveitamento da altura útil do concreto. A fabricação dos cabos é simples, pois as cordoalhas são fornecidas engraxadas e plastificadas pelo fabricante, sem a necessidade da sua enfiação posterior em bainhas. Porém, cabos engraxados requerem maior cuidado de manuseio, para evitar rasgos na bainha plástica, a qual é mais sensível que a bainha metálica. 
Principais características da protensão não-aderente: o coeficiente de atrito entre cabo e bainha é menor que no sistema aderente, possibilitando perdas menores e maior tensão remanescente na cordoalha. As cordoalhas podem ser instaladas uma a uma ou em feixes. São protendidas e ancoradas individualmente. As cordoalhas recebem proteção anticorrosiva de fábrica. Porém, as ancoragens convencionais não recebem proteção anticorrosiva, o que reduz a segurança do sistema. Por isso, a protensão sem aderência, a princípio, não é recomendada para ambientes agressivos. 
Eventuais falhas nas ancoragens significam desativação instantânea do cabo e de sua colaboração na estrutura. 
A execução de furos ou chumbamentos nas peças concretadas deve ser evitada, sob pena de machucar ou romper a cordoalha e provocar conseqüente perda total da protensão no cabo. A ausência de nata de cimento ao redor das cordoalhas diminui sua proteção contra o fogo, em caso de incêndio. Cabos engraxados possibilitam maiores excentricidades em sua disposição. Os benefícios oferecidos pela tecnologia da protensão permitem que sua aplicação seja feita a diversos tipos de estruturas, em quase todas as áreas da construção civil.
ETAPAS DO PROCESSO DE PROTENSÃO EM VIGAS
Figura 3 – Etapas 1,2 e 3 de Protensão em Viga
 
Figura 4 – Etapas 4, 4A, 4B, 4C e 5 de Protensão em Viga
1. Armação da viga - A gaiola de armação de uma viga é montada em conjunto com a disposição de dutos de aço galvanizado (bainhas), por onde passam os cabos de protensão. Os elementos de protensão podem ser compostos em uma dessas três configurações: fios ou barras; feixes (no formato de barras ou de fios paralelos); ou, ainda, por cordões (fios enrolados). O cabo fica isolado do concreto por meio da bainha metálica.
2. Fôrma da viga - Para concretagem da viga são usadas fôrmas, geralmente metálicas, montadas a partir de painéis que envolvem a gaiola de armação. O tipo de seção transversal adotado nas vigas pré-moldadas depende de diversos fatores: tipo de protensão escolhida, equipamentos utilizados para transporte e movimentação, local de execução (fábrica ou canteiro) etc. As seções em 'I' são as mais utilizadas para vãos a partir de 15 m - e, principalmente, para vigas executadas no canteiro.
3. Concretagem - A concretagem é feita com o lançamento de concreto na fôrma metálica, que é preenchida uniformemente. O tipo de concreto também depende das outras características do projeto.
4. Protensão – A operação de protensão é feita por meio de macacos hidráulicos e bombas de alta pressão. O tensionamento dos cabos de aço pode ser realizado por dois métodos, pré-tensão ou pós-tensão – antes ou depois da concretagem. No método de pós-tensionamento é possível elevar a resistência aos esforços de tração que a estrutura será capaz de suportar.
4.A. Preparação – É feita a montagem do bloco e das cunhas de cravação. Após o concreto atingir a resistência mínima indicada no projeto, é posicionado o macaco hidráulico para a proteção.
4.B. – Protensão e Cravação – A operação de protensão é feita pelo acionamento do macaco. Ele faz com que as cordoalhas sejam tracionadas (a pressão indicada no manômetro e o correspondente alongamento dos cabos devem ser registrados). Ao atingir a carga e/ou alongamento indicados no projeto a pressão no macaco é avaliada. As cordoalhas se ancoram automaticamente no bloco e em seguida, são removidos os equipamentos de protensão.
4.C. Acabamento - Após a liberação da protensão, as pontas das cordoalhas são cortadas. Em seguida, deve-se providenciar o fechamento dos nichos para proceder à injeção dos cabos com nata de cimento.
5. Injeção da nata de Cimento - Na última etapa, injeta-se nata de cimento para preencher os vazios entre os cabos e a armação. A injeção completa do preenchimento da bainha e reestabelece a aderência ao concreto/aço. A nata de injeção garante uma proteção eficaz das armaduras protendidas contra a corrosão e também garante uma ligação mecânica das armaduras protendidas ao concreto. Entre as características gerais da nata de cimento é preciso que ela esteja livre de agentes agressivos, tenha fluidez suficiente, boa estabilidade, pouca retração, resistência mecânica conveniente e pouca absorção capilar.
PROCEDMENTO DE PROTENSÃO
Os cabos são cortados e identificados conforme projeto, nesta fase é feita a cravação da ancoragem passiva na cordoalha, geralmente fora do local da obra.
Figura 5 – Cabos
Ao chegar na obra é feita a perfuração das formas para posicionamento das ancoragens conforme projeto.
Figura 6 – Perfuração das Fôrmas
Logo após a armadura passiva estar pronta, faz se a demarcação das elevações dos cabos de proteção solicitado pelo projeto, o traçado que o cabo irá ter no decorrer do seu comprimento pela estrutura. Em seguida, é feito o lançamento e passagem das bainhas e cabos na estrutura.
Figura 7 – Exemplo de demarcação dos cabos e passagens pela bainha
 
Depois da concretagem da estrutura e alcançado a resistência mínima especificada em projeto, se realiza a protensão das cordoalhas através do conjunto macaco-bomba.
Figura 7 – Protensão das Cordoalhas
Após a protensão, é necessário injetar a nata de cimento no interior das bainhas preenchendo assim os vãos entre as cordoalhas. Para finalizar, é feito o corte das cordoalhas e cobrimento dos blocos de ancoragem com graute.
Figura 8 – Nata de Cimento
 
Figura 9 – Corte das cordoalhas
PRINCIPAIS APLICAÇÕES 
O uso de estruturas pré-moldadas protendidas faz com que a obra tenha características diferentes de uma obra com concreto armado convencional. 
Tecnologias inovadoras e o controle de qualidade da produção fazem com que esse método construtivo se diferencie dos demais, principalmente pelo ganho de resistência, durabilidade e diminuição das fissuras (Carvalho, 2012). Além disso, comparando à execução com concreto armado simples, é possível obter uma obra mais limpa e organizada, e com menor produção de resíduos e desperdício de materiais. 
Segundo a NBR 6118/2004, o concreto protendido existe três categorias:
• O sistema com armadura pré-tracionada;
• O sistema com armadura pós-tracionada com aderência;
• O sistema com armadurapós-tracionada sem aderência;
 O primeiro tipo é o concreto com aderência inicial (pré-tração), o qual é normalmente utilizado para peças pré-moldadas. É feito o pré-alongamento da armadura ativa utilizando apoios independentes da estrutura principal, e removidos depois da concretagem. A aderência entre a armadura e o concreto inicia no momento em que o concreto é lançado. 
O segundo tipo é o concreto com aderência posterior (pós-tração). Nesse caso, o pré-tensionamento da armadura ativa é feito após o endurecimento do concreto. São utilizados como apoios partes da própria estrutura, criando assim posterior aderência com o concreto. 
Por último, há o concreto protendido sem aderência. Neste tipo de concreto, a armadura trabalhará apenas em pontos localizados da estrutura. É feito o pré-tensionamento após o endurecimento da peça, e usado como apoios os próprios elementos dela. Conforme NAKAMURA (2007, texto digital), essa técnica de protensão não aderente é muito utilizada em edificações residenciais, comerciais e em fundações tipo radier. Tem como objetivo executar peças mais leves e esbeltas, e consequentemente, vãos maiores. São usadas cordoalhas engraxadas e plastificadas, para evitar corrosão. 
De acordo com a NBR 6118:2004, ainda pode haver uma segunda classificação, conforme a intensidade da protensão, que está relacionada com a durabilidade das peças, e a maneira de evitar corrosão na mesma. Os tipos são escolhidos conforme o tipo da construção, e a agressividade do meio ambiente como: em ambientes com agressividade fraca ou moderada, com aderência posterior, recomenda-se o uso de protensão parcial, em locais onde a agressividade é forte, recomenda-se a protensão limitada, para ambiente com fraca agressividade e aderência inicial, é indicado o uso protensão parcial. 
A protensão, é um processo tecnológico utilizado em estruturas de concreto que consiste em obter maior resistência a tração ocasionados por flexão e esforços cortante.
Figura 10 – Exemplo de Viga Protendida e Comum
A figura a seguir mostra um exemplo de uma viga protendida em sua execução, com os seus componentes, e o macaco hidráulico, que é o responsável pelo pré-tensionamento do aço. 
O aço (cordoalhas) utilizado em peças protendidas possui uma maior resistência do que o aço do concreto armado simples, o que proporciona maior controle de fissuração do concreto.
A tecnologia da protensão pode ser utilizada em lajes, vigas, coberturas, painéis de fechamento, pontes em balanço, pontes estaiadas e em alguns outros tipos de estruturas, como silos, reservatórios, contensão de taludes, monumentos e passarelas. 
Uma vez que o concreto não apresenta propriedades de compressão e tração semelhantes, é necessário melhorar o comportamento justamente por meio da protensão aplicada nas regiões em que ocorrem as tensões de tração. Situações que expõem toda a importância da protensão para o concreto:
O artifício da protensão desloca a faixa de trabalho do concreto para o âmbito das compressões, nas quais o material é mais eficiente. Uma parte substancial da seção não contribui para a inércia do elemento, mas com a protensão aplicam-se tensões prévias de compressão nas partes tracionadas. Desse modo, pela manipulação das tensões internas, pode-se obter a contribuição da área total da seção para a inércia do elemento. Melhora o comportamento para solicitações de flexão. No caso de vigas, também contribui em relação ao cisalhamento.
Ensaios realizados com vigas protendidas, sujeitas a cargas repetidas, mostram que essas vigas mantêm as características de comportamento após a atuação de um grande número de ciclos de carregamento. É muito comum a utilização de peças pré-moldadas de concreto protendido. Essa utilização da protensão em pré-moldados, associada com concretos de alta resistência, traz uma série de benefícios.
A protensão permite que, no caso de peças fletidas, toda a seção trabalhe sob compressão, de forma que o aproveitamento da capacidade resistente da seção seja muito maior do que nas peças de concreto armado. Esse fato, associado a alta resistência característica do concreto à compressão, permite produzir peças mais esbeltas, consequentemente mais leves.
Outro benefício sugere que a força de protensão mantém as eventuais fissuras fechadas, garantindo uma melhor proteção das armaduras contra a corrosão. No caso de uma solicitação incidental maior que a prevista no projeto, cessada a carga, as fissuras formadas se fecham sob a ação da protensão.
É de conhecimento geral que muitas indústrias brasileiras de pré-moldados de concreto dominam a tecnologia do concreto protendido. Com isso, produzem postes, pilares, painéis, vigas, reservatórios, silos, entre outros produtos.
Um grande exemplo nacional do uso do concreto protendido é a Ponte Rio-Niterói. Essa imponente construção possui vigas de até 90 metros de extensão apoiadas sobre os pilares. São 1.152 vigas de concreto protendido e protensão mediante 43.000 cabos de aço.
VANTAGENS E DESVANTAGENS
Vantagens:
Vigas menores, mais esbeltas e mais leves, podendo assim vencer vãos maiores e adaptar se melhor a determinados projetos arquitetônicos.
Como o concreto protendido tem menos fissuração, menor é a chance de o aço ter corrosão, logo, a estrutura pode comportar maior carga.
Na protensão, usa-se aproximadamente um terço do aço que seria utilizado no concreto armado, porém ele deve ser de alta resistência.
Montagem mais rápida e obra mais organizada e limpa.
Resiste bem ao fogo.
Manutenção barata, já que a fissuração é impedida na região de tração desse tipo de material.
Desvantagens: 
Necessita mão de obra especializada e maquinário compatível para construção das peças, o que muitas vezes encarece a obra, pelo seu alto preço.
Requer um controle muito rígido na construção, pois a peça tem que ser perfeita, como planejado, pois caso contrário, pode não possuir a mesma resistência projetada.
Se for comparado às estruturas de metal e madeira, possui peso final mais elevado. 
Dificuldade em alguns casos para realização de reformas.
EXEMPLOS DE PONTES EM CONCRETO PROTENDIDO
No Brasil, a primeira obra realizada com em concreto protendido foi a estrutura da ponte do Galeão, no Rio de Janeiro, construída em 1948. A segunda, por sua vez, foi a ponte de Juazeiro, construída na década de 1950, desde então diversas construções passaram a utilizar essa tecnologia, reconhecida como inteligente, eficaz e duradoura.
Figura 11 - Ponte do Galeão, Rio de Janeiro - SP
Figura 12 - Ponte Presidente Dutra, Juazeiro - BA
A figura a seguir apresenta uma aplicação prática de estruturas de concreto protendido em Manaus, capital do estado de Amazonas, foi construída em 2011 uma ponte sobre o Rio Negro, um dos afluentes do Rio Amazonas, com 3595 metros de extensão. No seu vão central, ela foi construída com estaiamento e com utilização de peças de concreto protendido, visando um vão maior entre os pilares, com a finalidade de aumentar o espaço no leito do rio para passagem de navegações.
Figura 13 - Ponte sobre o Rio Negro, em Manaus - AM
Figura 13 - Ponte sobre o Rio Negro, em Manaus - AM
Ponte com concreto protendido – Octavio Frias de Oliveira inaugurada em 2008, a estrutura construída sobre o Rio Pinheiros, em São Paulo, é composta por duas pontes estaiadas curvas, suspensas por cabos de aço e um único mastro em formato de ‘X’. 
Nesta obra, o concreto protendido foi usado nas vigas pré-moldadas dos vãos de acesso ao trecho estaiado e nas peças mais esbeltas, como a laje do tabuleiro, que trabalha transversalmente à direção do tráfego de veículos. 
Os vãos dessa laje têm, aproximadamente, a largura da obra (cerca de 15 metros) e 48 cm de espessura. Para viabilizar a execução dessa espessura, foi preciso usar a protensão. O material também foi aplicado nas peças que receberam solicitações muito grandes e concentradas, como a parte mais alta dos mastros, onde os cabos dos estais (144, no total) estão fixados.
 “Aancoragem, peça que fica na extremidade dos estais, transmite a força do estai para as paredes do mastro, que é oco.
“Essa é uma carga muito grande e concentrada em paredes não muito espessas. Por isso, elas têm vários cabos de protensão – que funcionam no sentido oposto às forças dos cabos de estais e garantem que a força de cada estai seja devidamente passada para o mastro”, esclarece Faria.
Figura 14 - Ponte Octavio Frias de Oliveira
Figura 15 - Porto e Vila Nova de Gaia em Portugal
CONCLUSÃO
O concreto protendido por ser mais resistente à tração do que o concreto armado, é a solução ideal para obras de pequeno, médio ou grande porte com esforços de flexão elevados, estruturas localizadas em áreas industriais ou costeiras onde a atmosfera agressiva pode causar a corrosão das armaduras e projetos arquitetônicos ousados com grandes vãos, como pontes.
A protensão reduz ou elimina completamente as pequenas fissurações que podem surgir mesmo quando o concreto é armado. “Parte das armaduras protendidas são alongadas com a finalidade de comprimir o concreto nas regiões onde ele está sujeito à tração após a finalização da obra”, explica o engenheiro Mauro Lemos de Faria, da Enescil Engenharia de Projetos, empresa responsável pelo projeto estrutural da ponte estaiada Octavio Frias de Oliveira, em São Paulo, na qual o concreto protendido foi empregado.
REFERÊNCIAS
https://www.google.com.br/imgres?imgurl=http%3A%2F%2Ftekhton.com.br%2Fwp-content%2Fuploads%2F2016%2F10%2F20.jpg&imgrefurl=https%3A%2F%2Ftekhton.com.br%2Fconcreto-protendido%2F&docid=R-fg6m4dY82r3M&tbnid=NjKjJ45DZVF_BM%3A&vet=10ahUKEwjBwOmM7MTeAhUPl5AKHQqfDyQQMwh-KDMwMw..i&w=1160&h=768&bih=952&biw=1202&q=VANTAGENS%20E%20DESVANTAGENS%20CONCRETO%20PROTENDIDO%20PONTES&ved=0ahUKEwjBwOmM7MTeAhUPl5AKHQqfDyQQMwh-KDMwMw&iact=mrc&uact=8#h=768&imgdii=NjKjJ45DZVF_BM:&vet=10ahUKEwjBwOmM7MTeAhUPl5AKHQqfDyQQMwh-KDMwMw..i&w=1160
https://tekhton.com.br/concreto-protendido/
http://aquarius.ime.eb.br/~webde2/prof/ethomaz/pontes/premold01.pdf
http://infraestruturaurbana17.pini.com.br/solucoes-tecnicas/19/protensao-em-tabuleiros-de-pontes-saiba-quais-os-principais-267610-1.aspx
http://infraestruturaurbana17.pini.com.br/solucoes-tecnicas/51/veja-como-funciona-a-protensao-de-vigas-pre-moldadas-na-construcao-364735-1.aspx
https://www.escolaengenharia.com.br/concreto-protendido/
http://wwwp.feb.unesp.br/lutt/Concreto%20Protendido/CP-vol1.pdf

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