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UNESPAR – CAMPUS PARANAGUÁ		
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS 
DISCIPLINA: CONTABILIDADE GERAL 
PROFESSORA: DULCE MARA NUNHEZ DIAS
POSTULADOS PRINCÍPIOS E CONVENÇÕES CONTÁBEIS
Postulados:
	São premissas ou constatações básicas, não sujeitas à verificação, que formam o arcabouço sobre o qual repousa o desenvolvimento subseqüente da teoria da contabilidade. Refere-se ao ambiente e às condições do ambiente no qual se desenvolve a contabilidade. Divide-se em postulado da entidade contábil e postulado da continuidade.
Entidade Contábil: O ente juridicamente limitado ou não. Divisão ou grupo de entidades ou empresas para as quais devemos realizar relatórios distintos de receitas, despesas, investimentos e retornos, de metas e realizações. É importante reconhecer que os critérios de controle da contabilidade devem separar o que pertence a entidade – pessoa jurídica – daquilo que pertence aos proprietários da entidade – pessoa física.
Continuidade: As entidades, para efeito de contabilidade, são consideradas como empreendimentos em andamento, até circunstâncias esclarecedoras em contrário. Presume-se, em geral, que a empresa operará indefinidamente. O postulado da continuidade observa a entidade como “algo em movimento”, e para tanto seus ativos devem ser avaliados a valor de entrada (histórico), que representa a melhor avaliação feita por comprador e vendedor no momento da transação.
Princípios:
	Regra aceita no meio contábil que orienta a atividade do contador. São premissas básicas acerca do fenômeno e eventos contemplados pela contabilidade.
	Há duas condições básicas para que um princípio supere a fase de tentativa e se transforme em “geralmente aceito”.
Deve ser considerados praticável e objetivo pelo consenso profissional
Deve ser considerado útil.
Os princípios são:
Custo histórico como base de valor: Os registro contábeis são efetuados com base no valor de aquisição do bem, ou pelo custo de fabricação.
Denominador comum monetário: Os registros contábeis são efetuados baseado em uma única moeda comum.
Realização da receita em confrontação com a despesa: Como uma das funções da contabilidade é apurar o resultado de determinado período contábil, há necessidade de se confrontar as receitas e as despesas para que se obtenha esse resultado. As receitas representam as entradas de recursos ou direitos a receber, originado nas transações (venda ou prestação de serviços) pela empresa. As despesas representam o sacrifício de recursos no esforço dispendido para se obter as receitas. Em relação ao momento do reconhecimento dessas receitas e despesas existem alguns regimes que são:
a) Regime de Caixa: As receitas e as despesas serão reconhecidas no momento de seu recebimento ou pagamento. Esse regime de contabilização é utilizado pelas entidades sem fins lucrativos como as entidades filantrópicas, clubes de serviços, clubes recreativos, etc.
b) Regime de Competência: As receitas e as despesas serão reconhecidas com base no seu fato gerador, independentemente de seu recebimento ou pagamento. É utilizado pelas empresas que visam lucro.
c) Regime Misto: As receitas são reconhecidas pelo regime de caixa e as despesas pelo regime de competência. Isto é, as receitas somente serão reconhecidas no momento de seu recebimento, enquanto que as despesas serão reconhecidas no momento do seu fato gerador. Esse regime, normalmente, é utilizado pelo poder público. 
CONVENÇÕES:
	São premissas que vem restringir, limitar ou mesmo modificar parcialmente o conteúdo dos princípios, definindo mais precisamente seu significado. São os seguintes:
Consistência: estabelece que os critérios adotados na realização da contabilidade não devem ser alterados freqüentemente para não prejudicar a condição de comparabilidade dos demonstrativos de vários períodos contábeis. Porém, caso houver necessidade de mudanças de critério, os reflexos resultantes dessas mudanças deverão ser evidenciados através das notas explicativas.
Conservadorismo: em uma situação dúbia deve-se contabilizar uma dívida ou despesa pelo maior valor, um crédito ou receita pelo menor valor.
Materialidade: não se deve dar um tratamento rígido para fatos que trarão resultados insignificantes. Quando o custo para controle de determinada operação for maior que os benefícios que trouxer, este controle deverá ser dispensado. O bom senso deve prevalecer ao se estabelecer àquilo que é relevante, que trará utilidade para os usuários da contabilidade. Deve-se ponderar a relação CUSTO x BENEFÍCIO.
Objetividade: O contador não deve ser subjetivo em suas avaliação, mas sim imparcial. Os registros deverão ter suporte em documentação gerada na transação. 
 
1.1 - CONCEITO
	A Contabilidade inicialmente surgiu da necessidade do homem em controlar seus pertences. A partir do momento em que o ser humano começou a acumular certa quantidade de bens sentiu dificuldades em realizar seu controle sem realizar algumas anotações. Assim, inovou (na época), relacionando (inventariando) os bens que era de sua propriedade.
	Com o desenvolvimento do comércio, as anotações tiveram que ser mais bem ordenadas para que o controle dos bens dos proprietários fossem assegurados.
	No sistema capitalista, a administração das empresas já não se satisfaz apenas com o controle dos bens, mas necessitam de informações sobre a composição e variações ocorridas no patrimônio das empresas que atuam.
	Assim, Contabilidade é o campo de conhecimento em que se analisa, interpreta e registra os fatos ocorridos no patrimônio das entidades, elaborando demonstrações diversas, cujo objetivo é fornecer as mais variadas informações sobre a composição e variações ocorridas no patrimônio e em seus resultados.
	Conceituando contabilidade, Franco menciona:
	 “É a ciência (ou técnica, segundo alguns) que estuda, controla e interpreta os fatos ocorridos no patrimônio das entidades, mediante o registro, a demonstração expositiva e a revelação desses fatos, com o fim de oferecer informações sobre a composição do patrimônio, suas variações e o resultado econômico decorrente da riqueza patrimonial.(1)
	Contabilidade, é portanto, o campo de conhecimento cuja função é exercer, através de registros, o controle sobre o patrimônio das entidades, com o objetivo de fornecer informações a seus diversos usuários, sobre a situação patrimonial e de resultados obtidos pela empresa. Baseadas em informações que retratam a situação real da empresa, as decisões tomadas terão melhores possibilidades de obterem o êxito esperado.
	A contabilidade tem como objeto, o patrimônio da empresa, o qual estuda e controla, registrando todas as ocorrências nele verificadas. O patrimônio é o conjunto de bens, direitos e obrigações que constituem a matéria sobre o qual se exercem as funções contábeis.
1.2 - FINALIDADE 
A Contabilidade que tem por finalidade analisar, interpretar e registrar os fenômenos que ocorrem no patrimônio das pessoas físicas e jurídicas, busca demonstrar aos seus usuários através dos relatórios próprios (Demonstração de Resultado do Exercício, Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados, Balanço Patrimonial, Demonstração de Origem e Aplicações de Recursos e outras), as informações sobre o comportamento dos negócios para que se possam tomar decisões.
Serve aos usuários internos que procuram o êxito do empreendimento, assim como aos usuários externos que buscam informações de seus interesses na relação comercial que mantém com a empresa.
1.3 – ESPECIFICAÇÃO
	Para alcançar sua finalidade a contabilidade utiliza-se de técnicas de contabilidade. Estas técnicas são os meios utilizados no processo contábil para registrar, em livros adequados, os fenômenos que ocorrem em um patrimônio. As técnicas de contabilidade são:
	Escrituração: Consiste no registro dos fatos que ocorrem no patrimônio. Esses registros são realizados através dos lançamentos de débito e crédito em livros e formas próprias, controlando a movimentação de valores patrimoniaispara suas decisões.
	Demonstrações Contábeis: Consiste na apresentação dos Balanços e inventários para fornecer dados ou informações diversas, que possibilitem aos usuários, informações adequadas para suas decisões.
	Auditoria: Consiste no trabalho de confirmação da exatidão dos registros e das demonstrações contábeis, com o objetivo de assegurar aos usuários dessas informações sobre a adequacidade dos dados apresentados pela empresa.
	Análise de balanços: Consiste na decomposição, comparação e interpretação das demonstrações contábeis, oferecendo aos interessados, dados sobre seus componentes, situação patrimonial e de resultado das atividades desenvolvidas.
1.4 – GRUPOS DE USUÁRIOS E AS INFORMAÇÕES QUE NECESSITAM.
	Os usuários da informação contábil podem ser classificados da seguinte forma:
usuários internos (gerentes, diretores, encarregados de produção, chefes de departamentos, etc.).
usuários externos (governo, bancos, fornecedores, sindicatos, acionistas ou quotistas, etc.).
A complexidade do processo de geração de informação contábil surge em função da imensa gama de usuários internos e externos, cada qual com requisitos específicos e processo decisório diferenciado.
Para melhor elucidar a questão, apresenta-se abaixo alguns dos principais usuários da informação contábil e a natureza básica da informação requisitada:
Usuários					Informação contábil mais importante
Bancos e financiadores em geral		Capacidade de pagamento da empresa. Ao emprestar o dinheiro sua preocupação principal é que a empresa tenha uma geração de caixa futura suficiente para pagar, com segurança, o capital emprestado mais os juros.
Entidades Governamentais	O lucro tributável, produtividade e valor adicionado.
Acionistas ou cotista minoritário	Retorno sobre o capital investido. Normalmente esperam que a empresa tenha condições de manter um fluxo regular de distribuição de lucros.
Empregados	Fluxo de caixa capaz de assegurar à empresa condições de boa remuneração.
Sindicatos	Fluxo de caixa futuro e rentabilidade.
Administração	Rentabilidade e capacidade de pagamento.
Bancos e financiadores em geral		Capacidade de pagamento da empresa. Ao emprestar o dinheiro sua preocupação principal é que a empresa tenha uma geração de caixa futura suficiente para pagar, com segurança, o capital emprestado mais os juros.
Entidades Governamentais	O lucro tributável, produtividade e valor adicionado.
Acionistas ou cotista minoritário	Retorno sobre o capital investido. Normalmente esperam que a empresa tenha condições de manter um fluxo regular de distribuição de lucros.
Empregados	Fluxo de caixa capaz de assegurar à empresa condições de boa remuneração.
Sindicatos	Fluxo de caixa futuro e rentabilidade.
Administração	Rentabilidade e capacidade de pagamento.
	Observando o tipo de informação requisitada e pelos diversos usuários, verifica-se que em geral eles estão preocupados com a capacidade de geração de caixa e rentabilidade da empresa. Isso implica afirmar que a informação contábil somente será importante na medida em que servir como instrumento de predição sobre eventos ou tendências futuras.
	Segundo HENDRIKSEN:
		“Embora possa ser possível estabelecer modelos decisórios que descrevem como os usuários realmente tomam suas decisões e qual informação desejam, este procedimento pode não levar aos melhores resultados, porque os usuários estão limitados pela informação contábil disponível ou porque eles podem não estar usando os melhores modelos”2
	Na verdade, as informações contábeis não são elaboradas em função do processo decisório dos usuários. O Processo decisório é que infelizmente acaba sendo influenciado pela informação contábil disponível. O contador deve possuir habilidade suficiente para entender que seria injusto oferecer aos usuários internos os mesmos relatórios padronizados que apresentam aos usuários externos. 
	O Sistema contábil deveria ser capaz de produzir um conjunto básico de informações que deveria ser útil para um bom número de usuários, sem esgotar as necessidades desses, mas resolvendo-lhes as mais prementes.
	Na medida em que a contabilidade procura através de um conjunto básico de informações atender diversos usuários, adaptando-o de acordo com os requisitos específicos de cada um, percebe-se que está atingindo o seu objetivo. Na verdade, gerar informações oportunas de acordo com o modelo decisório de cada usuário não é tarefa fácil. Todavia, é uma meta que se busca atingir via aperfeiçoamento da Contabilidade, e nesse caminho, o importante é ter consciência que a etapa mais significativa é conhecer melhor os requisitos dos usuários da informação contábil.

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