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1 Enfermagem em Centro Cirúrgico Aula 1 Central de Material e Esterilização (CME) Resumo Unidade de Ensino: 1 Competência da Unidade de Ensino: Conheceremos a estrutura física, aspectos organizacionais e a importância da gestão de enfermagem da Central de Material e Esterilização, bem com o fluxo de processamento de Materiais. Resumo: Objetivos ▪ Conhecer os conceitos iniciais, a estrutura física, recursos humanos, recursos materiais e equipamentos, aspectos organizacionais e papel do enfermeiro da CME. ▪ Conhecer o fluxo do reprocessamento do material na CME. ▪ Compreender sobre a gestão de Enfermagem na CME. Situações-problema 1. Aspectos organizacionais da CME 2. Fluxo de reprocessamento de material 3. Gestão de enfermagem da Central de Material e Esterilização Palavras-chave: Centro Cirúrgico; Central de Material e Esterilização; Gestão em Enfermagem. Título da teleaula: Central de Material e Esterilização (CME) Teleaula nº: 1 Aspectos organizacionais da CME Convite ao estudo 1.1 Fluxo de reprocessamento de material1.2 Gestão de enfermagem da Central de Material e Esterilização 1.3 VA Caminho de Aprendizagem Conhecimentos prévios Fonte: https://goo.gl/images/ci5zGn. Acesso em: 23 jan. 2019. Processo de esterilização possui menos de 200 anos Até a década de 40, o processo era realizado pela equipe de enfermagem na própria unidade Na década de 50, surgiram os Centros de Materiais parcialmente centralizados e CME semicentralizada Nas últimas décadas do séc. XX, surgiu a necessidade de um aprimoramento das técnicas e dos processos de limpeza, preparo, esterilização e armazenamento de materiais e roupas CME torna-se centralizada, com a supervisão de um enfermeiro e passa a ser uma unidade de apoio técnico a todas unidades assistenciais 1 2 3 4 5 6 2 Pensando a aula: situação geradora de aprendizagem Hospital Público Fonte: https://goo.gl/f3dYNb. Acesso em: 10 abr. 2018. Sabrina Observou a necessidade de: recursos materiais, equipamentos, rotinas e atividades diárias, treinamento para a equipe de enfermagem que atua no setor e a possiblidade de mudança do quadro de profissionais para adequar todos os processos. Fonte: https://goo.gl/TrmmTB. Acesso em: 22 fev. 2019. Cápsula 1 “Iniciando o estudo” Situação-Problema 1 Falhas e defeitos dos equipamentos Causam impacto em várias fases do reprocessamento Prejudica: qualidade e a segurança dos materiais Morosidade na distribuição nos setores Sobrecarga para a equipe de enfermagem Como resolver esta situação? E como fazer para minimizar as ocorrências de defeitos nos equipamentos, e evitar que tal situação volte a ocorrer? Fonte: https://goo.gl/f3dYNb. Acesso em: 10 abr. 2018. Sabrina Centro de Material e Esterilização (CME) Problematizando a Situação-Problema 1 Unidade de apoio técnico, com a finalidade de fornecer artigos processados e proporcionar condições para o atendimento direto e assistência à saúde dos indivíduos enfermos e sadios (BRASIL, 2012). Fonte: https://goo.gl/images/jv1D56. Acesso em: 23 jan. 2019. Equipe de enfermagem deve ser treinada e qualificada RDC 15 – 2012: todas as etapas e fases devem ser realizadas por profissionais técnicos de enfermagem Deve possuir um profissional responsável de nível superior para coordenação Os profissionais de enfermagem que atuam em CME devem receber capacitação específica por meio de treinamentos e necessitam receber atualização constante. Recursos Humanos no CME Auxiliar de Limpeza Auxiliar Administrativo Auxiliar de Enfermagem Técnico de Enfermagem Enfermeiro Devem utilizar vestimenta privativa, touca e calçado fechado em todas as áreas do setor, além da utilização de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) específicos de acordo com a atividade a ser desenvolvida. Os profissionais que trabalham na CME são: 7 8 9 10 11 12 3 Papel do enfermeiro na Central de Material e Esterilização Problematizando a Situação-Problema 1 É o profissional que atualmente assume a gestão da CME, devido ao conhecimento técnico das ações da assistência de Enfermagem, visualizando a utilização de todos os artigos processados. De acordo com a RDC 15, são atribuições do responsável técnico do serviço de saúde e da empresa processadora de materiais esterilizados: Prover meios para garantir a rastreabilidade das etapas do processamento de produtos para saúde Garantir que todas as atribuições e responsabilidades profissionais estejam formalmente designadas, descritas, divulgadas e compreendidas pelos envolvidos nas atividades de processamento de produtos para saúde Prever e prover os recursos humanos e materiais necessários ao funcionamento da unidade e ao cumprimento das disposições desta resolução Garantir a implementação das normas de processamento de produtos para saúde Avaliar a empresa terceirizada segundo os critérios estabelecidos pelo Comitê de Processamento de Produtos para Saúde Orientar as unidades usuárias dos produtos para saúde processados pelo CME quanto ao transporte e armazenamento destes produtos Propor os indicadores de controle de qualidade do processamento dos produtos sob sua responsabilidade Participar do processo de capacitação, educação continuada e avaliação do desempenho dos profissionais que atuam no CME Área de recepção e limpeza (setor sujo) Área de preparo e esterilização (setor limpo) Sala de desinfecção química (setor limpo) Área de monitoramento do processo de esterilização (setor limpo) Área de armazenamento e distribuição de materiais esterilizados (setor limpo) Estrutura física da Central de Material e Esterilização G es tã o d o s re cu rs o s m at e ri ai s Inicia com a escolha dos materiais que serão utilizados no reprocessamento, que vai desde a escolha dos detergentes e produtos químicos destinados à limpeza dos materiais até o invólucro que será utilizado para o preparo, esterilização e armazenamento. Deve-se garantir que estejam esterilizados e prontos para o uso em qualquer Unidade do ambiente hospitalar. O enfermeiro do CME é responsável pela manutenção e bom funcionamento dos equipamentos utilizados no processamento dos materiais. Lavadoras ultrassônica, termodesinfectadoras e secadoras, utilizadas no processo de limpeza Autoclave vapor saturado, autoclave de plasma de peróxido de hidrogênio, utilizadas no processo de esterilização mais comumente em ambiente hospitalar Fonte: https://goo.gl/images/rv2ZLz. Acesso em: 23 jan. 2019. Os principais equipamentos que compõem o processo de limpeza e esterilização de materiais Fonte: https://goo.gl/images/kdR67r. Acesso em: 23 jan. 2019. 13 14 15 16 17 18 4 Seladoras utilizadas na selagem dos invólucros para acondicionamento dos materiais Incubadoras para indicadores biológicos, utilizadas para validação dos processos de esterilização. Fonte: https://goo.gl/images/93P5eh. https://goo.gl/images/5en2bm. Acesso em: 23 jan. 2019. Levantamento dos equipamentos Verificar a manutenção e qualificação dos materiais Cronograma de periodicidade de acompanhamento Equipe de engenharia clinica e de enfermagem Resolvendo a Situação-Problema 1 Fonte: https://goo.gl/f3dYNb. Acesso em: 10 abr. 2018. Sabrina Cápsula 2 “Participando da aula” Situação-Problema 2 CME 1 termodesinfectadora, 2 lavadoras ultrassônicas e 3 autoclaves Cronograma de manutenção de equipamentos Falha na termodesinfectadora e em uma dasautoclaves Qual a estratégia que Sabrina deve utilizar para que o reprocessamento continue a ser realizado com o menor impacto possível na distribuição às demais unidades do hospital? Será necessário alteração de escala dos profissionais para atender a demanda? Fluxo de reprocessamento de material Problematizando a Situação-Problema 2 Área de recepção e limpeza: área suja ou contaminada ARTIGOS NÃO CRÍTICOS ARTIGOS SEMICRÍTICOS ARTIGOS CRÍTICOS Fonte: https://goo.gl/images/Q9t9pz. Acesso em: 30 jan. 2019. Problematizando a Situação-Problema 2 LIMPEZA Toda a sujidade dos materiais deve ser removida, por meio da utilização de água, detergente neutro ou desincrustante. Todo resíduo de matéria orgânica deve ser retirado (urina, fezes, secreções, etc.) 19 20 21 22 23 24 5 • Itens semicríticos Desinfecção de alto nível • Itens não- críticos e superfícies Desinfecção de nível intermediário • Itens não- críticos e superfícies Desinfecção de baixo nível AGENTES FÍSICOS AGENTES QUÍMICOS Desinfecção dos materiais PROCESSO DE ESTERILIZAÇÃO Escolha das embalagens e invólucros INSPEÇÃO VISUAL Lentes intensificadoras de imagem LIMPEZA Manual Automatizada Preparo e acondicionamento dos materiais Combina do TECIDO DE ALGODÃO PAPEL GRAU CIRURGICO CONTÊINER INOXIDÁVEL Fonte: https://goo.gl/images/LvTTsD. Acesso em: 24 jan. 2019. Principais invólucros utilizados para preparo e acondicionamento do material a ser esterilizado Fonte: https://goo.gl/images/quX7Nk. Acesso em: 24 jan. 2019. Fonte: https://goo.gl/images/oapYDw. Acesso em: 24 jan. 2019. Combina do PAPEL CREPADO TYVECK® TNT (TECIDO NÃO TECIDO) Fonte: https://goo.gl/images/SWdKV7. Acesso em: 24 jan. 2019. Fonte: https://goo.gl/images/kCBR1k. Acesso em: 24 jan. 2019. Fonte: https://goo.gl/images/C59YdE. Acesso em: 24 jan. 2019. Combina do Fonte: https://goo.gl/images/A9FAWB. Acesso em: 24 jan. 2019. É obrigatória a identificação nas embalagens dos produtos para saúde submetidos à esterilização por meio de rótulos ou etiquetas, sendo que estes devem se manter legíveis e afixados nas embalagens durante todas as fases do reprocessamento até o momento do uso. O rótulo deve conter: Nome do responsável pelo preparo Método de esterilização Data limite de uso Data da esterilização Número do lote Nome do produto É um processo que promove eliminação ou destruição de todas as formas de microrganismos viáveis presentes: vírus, bactérias etc., para um aceitável nível de segurança. Métodos físicos Métodos químicos Métodos físico- químicos Processo de esterilização 25 26 27 28 29 30 6 O processo de esterilização deve ser obrigatoriamente monitorado, pois somente através deste monitoramento é que se pode garantir a segurança e qualidade do processo. Classificação dos indicadores químicos Classe I Classe II Classe III Classe IV Classe V Classe VI Os indicadores biológicos consistem em uma preparação composta de microrganismos específicos com uma resistência determinada e estável a um processo de esterilização. Validação e monitoramento do processo de esterilização Poderá utilizar as lavadoras ultrassônicas com prioridade aos instrumentais cirúrgicos Proceder com a lavagem manual dos demais itens Haverá necessidade de aumento da equipe na fase de limpeza e desinfecção para evitar morosidade no processo E evitar impacto nas fases de preparo e acondicionamento e esterilização Resolvendo a Situação-Problema 2 Fonte: https://goo.gl/f3dYNb. Acesso em: 10 abr. 2018. Sabrina Cápsula 3 “Participando da aula” Situação-Problema 3 Fonte: https://goo.gl/f3dYNb. Acesso em: 10 abr. 2018. Sabrina Levantamento dos equipamentos: cronograma de manutenção corretiva e preventiva; capacitação da equipe Produção de materiais prejudicada devido aos problemas com equipamentos Readequou a escala e enviou materiais para empresa processadora externa Como a enfermeira Sabrina poderá elaborar a padronização das rotinas de cada fase do reprocessamento dos materiais? Poderá ser necessário que a enfermeira desenvolva um fluxo com ferramentas de registros para rastreabilidade do processo? Padronização dos processos em Central de Material e Esterilização A produção da CME deve ser mensurada desde as questões estruturais, produtos, materiais, bem como as operações técnicas, avaliação de resultados e indicadores de qualidade do reprocessamento dos artigos hospitalares. Para os processos, deve ser considerado o perfil e a complexidade do hospital em relação ao número de leitos, número de salas cirúrgicas e atendimentos prestados, pois a demanda e complexidade dos artigos a serem reprocessados está relacionada ao volume e complexidade dos serviços. A padronização dos processos em CME permite acompanhamento de todas as fases do reprocessamento dos artigos hospitalares e a rastreabilidade dos recursos materiais e humanos envolvidos. Situação-Problema 3 Enfermeiro responsável pela CME Escalas de atividades diárias Implantação de indicadores de qualidade Problematizando a Situação-Problema 3 31 32 33 34 35 36 7 Problematizando a Situação-Problema 3 Avaliação de resultados em Central de Material e Esterilização Para que os indicadores sejam utilizados com a finalidade de avaliação dos resultados e adequação de processos, eles devem ser analisados de forma crítica, e com relação de causa e efeito entre os indicadores aplicados. RASTREABILIDADE Problematizando a Situação-Problema 3 Indicadores para avaliação da produção e resultados da CME • Rastreabilidade e controle dos produtos químicos; • Controle de manutenção preventiva e corretiva dos equipamentos; • Conferência dos materiais contaminados recebidos. Limpeza e desinfecção • Rastreabilidade e controle do consumo dos invólucros • Controle de inspeção de instrumentais a serem esterilizados; • Acompanhamento do desgaste do material. Preparo e acondicionamento: Problematizando a Situação-Problema 3 Indicadores para avaliação da produção e resultados da CME • Controle de manutenção e desempenho das autoclaves. Esterilização • Rastreabilidade e controle de estoque, materiais mais distribuídos e utilizados. Armazenamento e distribuição Problematizando a Situação-Problema 3 Gestão de instrumentais cirúrgicos Tem como principal objetivo oferecer recursos adequados à produção com qualidade, em quantidade suficiente, em tempo satisfatório e ao menor custo possível. A gestão e controle de materiais no CME apontam dois aspectos: a qualidade do processamento e armazenamento, objetivando estabilidade, conservação, segurança; e a quantidade, que está relacionada à previsão – necessidades e provisão margem de segurança para atendimento de situações não previstas. Legislação em CME Problematizando a Situação-Problema 3 A resolução Cofen 424/2012 A resolução nº 2.605, de 11 de agosto de 2006, A resolução n° 2.606, de 11 de agosto de 2006 A resolução nº 156, de 11 de agosto 2006 Problematizando a Situação-Problema 3 Práticas seguras em Central de Material e Esterilização Para que seja garantida a segurança na execução dos processos realizados, além de uma estrutura apropriada, com equipamentos, recursos humanos e materiais adequados, é de fundamental importância o planejamento e a gestão realizada. Torna-se cada vez mais importante que as instituições de ensino se comprometam em formar profissionais capacitados com conhecimento técnico-científico em Segurança do Paciente e Central de Material Esterilizado.37 38 39 40 41 42 8 Resolvendo a Situação-Problema 3 A gestão dos recursos materiais, equipamentos e instrumentais é fundamental para padronização e organização da produção e reprocessamento. Os problemas relacionados aos equipamentos impactam diretamente no reprocessamento dos materiais e fluxo de trabalho da unidade. Verifica a necessidade de adequação dos processos e a padronização de rotinas para aprimorar a gestão e incorporar práticas seguras adequadas às atividades desenvolvidas, utilizando embasamento na legislação e resoluções vigentes. Descrever as fases do fluxo de reprocessamento e assim definir os registros necessários e depois elaborar as ferramentas (impressos) para realizar a rastreabilidade e principalmente a padronização dos processos. Fonte: https://goo.gl/f3dYNb. Acesso em: 10 abr. 2018. Sabrina Cápsula 4 “Participando da aula” Provocando novas situações Fonte: https://goo.gl/8g2Y8i. Participando da aula VA Caminho de Aprendizagem 43 44 45 46 47