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Resumo- Legislação penal especial

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CRIMES DE TRANSITO.
LEI 9.503/97
Homicídio culposo 
Deve ser remetido ao art. 121 do III isto porque o art. 302 não indica o comportamento humano ou seja o verbo do tipo que caracteriza o delito , a redação típica faz menção a outra normal penal. 
PENA DE 2 A 4 ANOS na Detenção que pode iniciar no regime de semi-aberto e a além da suspensão da habilitação – Não utiliza o termo cassação.
As sanções são cumulativas podendo ser de 2 meses a 5 anos 
Deve ser observado caso de aumento de 1/3 até a metade da pena como:
Não possuir autorização para dirigir ou não possuir CNH
Praticar o ato na faixa de pedestre ou calçada 
Deixar de prestar socorro quando possivel faze-lo sem risco pessoal
No exercício da profissão ou atividade, conduzindo o veiculo de transporte de passageiro
A OMISSÃO deverá ocorrer decorrente da prática do acidente, responde como causa de aumento. Deverá ser observada a natureza a intensidade do dolo.
Homicídio culposo + omissão dolosa( sempre será dolosa) = CRIME PRETERDOLOSO, enseja causa de aumento, devendo ficar demonstrado essa culpa no homicídio e o dolo na omissão. 
Poderá ser aplicado subsidiariamente o CP, CPP e a lei 9.099/95 que possui caráter despenalizadora 
 Condutas que não terão o beneficio da lei despenalizadora:
Se o acusado for flagrado sob a influência de álcool ou qualquer outra substancia psico ativa que determine dependência.
RAXA sem autorização, não necessariamente em via publica. 
Transito superior a máxima permitida para via por 50km
No caso da aplicação da lei despenalizadora será elaborado um termo circunstancial, sendo o contrario será elaborado um boletim de ocorrência.
Lesão Corporal Culposa :
Será assim considerada se praticada com imprudência negligência ou imperícia 
Caso seja afastada a competência do JECRIM o processo tramitará em vara comum 
Na lei 9.099/95 poderá ser aplicado os seguintes artigos:
ARt. 76. Havendo representação ou tratando-se de crime de ação penal pública incondicionada, não sendo caso de arquivamento, o Ministério Público poderá propor a aplicação imediata de pena restritiva de direitos ou multas, a ser especificada na proposta.
        § 1º Nas hipóteses de ser a pena de multa a única aplicável, o Juiz poderá reduzi-la até a metade.
        § 2º Não se admitirá a proposta se ficar comprovado:
        I - ter sido o autor da infração condenado, pela prática de crime, à pena privativa de liberdade, por sentença definitiva;
        II - ter sido o agente beneficiado anteriormente, no prazo de cinco anos, pela aplicação de pena restritiva ou multa, nos termos deste artigo;
        III - não indicarem os antecedentes, a conduta social e a personalidade do agente, bem como os motivos e as circunstâncias, ser necessária e suficiente a adoção da medida.
Art. 77. Na ação penal de iniciativa pública, quando não houver aplicação de pena, pela ausência do autor do fato, ou pela não ocorrência da hipótese prevista no art. 76 desta Lei, o Ministério Público oferecerá ao Juiz, de imediato, denúncia oral, se não houver necessidade de diligências imprescindíveis.
ARt. 88. Além das hipóteses do Código Penal e da legislação especial, dependerá de representação a ação penal relativa aos crimes de lesões corporais leves e lesões culposas.
Local do crime
Entende-se que a figura do 302, entende-se que pode ser praticado em qualquer lugar havendo transito de veículos 
É ação pública incondicionada, independe de representação.
Co- autoria exclusiva: incentivar a conduta agressiva , conduta imprudente no transito. 
Embriaguez
Inicialmente somente o teste de sangue era capaz de demonstrar o delito de embriaguez no volante, foi perdida a relevância do advento da lei 12.760/12 ao introduzir o art. 306 do ctb. Antigamento era algo rigoroso.
Atualmente o negativo a realização de um dos testes pode ser suprido através de prova indireta ou seja laudo clinico ou até mesmo prova testemunhal por outro lado, entende-se que basta a prova da embriaguez. 
LEI DE DROGAS
Art. 11.343/06
( É de conteúdo múltiplo e variado) 
Art. 28. Posse de droga para consumo próprio constitui fato típico penal.
O agente que ADQUIRA, GUARDA, TEM EM DEPÓSITO , TRANSPORTA, TRAZ CONSIGO PARA CONSUMO PESSOAL comete crimes e estará sujeito a sanções:
Advertência sobre os efeitos da droga
Prestação de serviço a comunidade
Medida educativa de comparecimento ao programa de curso educativo.
A nova lei despenalizou porém não descriminou capaz de gerar reincidência ou maus antecedentes.
O prazo dos crimes do art. 28 tem como prescrição estipulada em 2 anos.
Ocorre a partir da data do recebimento da denúncia [ antes da lei 5.5.2010 se contava do dia do fato] 
E a prescrição termina com a sentença 
A SENTENÇA ABSOLUTÓRIA NÃO É MARCO DE INTERRUPÇÃO DE PRESCRIÇÃO.
Para o oferecimento da denúncia se trabalha com o prazo de 5 dias
A prescrição é da prevenção punitiva e só se dá pelo ESTADO. A decadência é referente a queixa ou representação de 6 MESES, passando disso começa a contar o prazo prescricional que não tem relação cm os 6 meses;
A publicação da sentença recorrível ela interrompe o prazo prescricional 
Maioridade relativa 
Art 115 do CP.
Os prazos prescricionais tanto na pena privativa tanto na multa serão realizados de metade, quando o acusado [teoria da atividade] for menor de 21 anos conhecido como maioridade relativa ou se na data da sentença for maior de 70 anos.
Conforme súmula 74 do STF a maioridade relativa requer prova, através de documento hábil.
Obs: A pena de multa quando aplicada de forma isolada tem o prazo prescricional de 2 anos, que conforme o caso também poderá ser reduzido pela metade
A multa substitutiva é preceito secundário devendo ser observada o prazo prescricional nos termos do art. 114 de (2 ANOS)
Caso seja aplicado os substitutivos penais elencados no art. 44 do CP
Prestação de serviço a comunidade
Limitação de final de semana
Interdição temporária de direitos
Prestação pecuniária.
Esses prescreverão no mesmo prazo da pena privativa de liberdade.
OBS: NÃO SE APLICAM PRESTAÇÃO DE SERVIÇO A COMUNIDADE as condenações iguais ou inferiores a 6 MESES.
Cultivo para consumo próprio = incorrem nas mesmas sanções do art. 28º 
O cultivo pode ser semeia, cultiva ou colhe.
Se for no mesmo contexto fático, configura crime único
O crime de tráfico não é necessário os atos de mercancia.
Obs: A alienação de porte da droga para uso próprio por si só não afasta o tráfico, isso porque o usuário também faz do tráfico um meio para manter o sustento do seu vicio.
Privilégio do trafico.
Dispõe o art. 33 IV que o acusado primário de bons antecedentes e que não se dedique a atividade criminosa e nem faça parte de organização criminosa poderá ser beneficiado da redução da pena de 1/3 a 2/3 
A fração de droga também poderá ser utilizada como privilégio para redução de pena.
Hipóteses de não concessão do beneficio. 
Observada a quantidade de droga conforme o art. 42 que é um dos critérios para fixação da pena.
 Se for utilizada na 1ª fase de calculo de pena, a quantidade de droga não poderá ser utilizada para fins de afastar ou motivar a fração redutora , sob pena de bis in idem.

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