Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 Teresina-2017 2 SUMÁRIO 1. Agradecimentos. 03 2. Introdução. 04 3. Ciências Sociais 05 4. Os Primeiros Sociólogos 05 5. Saint-Simon 05 6. Auguste Comte 06 7. Os Autores Clássicos da Sociologia 07 8. Karl Marx 07 9. Superestrutura 07 10. Infraestrutura 07 11. Alienação 09 12. Émile Durkheim 09 13. As Instituições Sociais 10 14. Família, Igreja, Escola ,Estado 11 15. Max Weber 17 16. Ação Social 17 3 AGRADECIMENTO Agradeço, Em primeiro lugar a Deus, por me inspirar e iluminar o meu caminho. Aos meus Alunos da FAPI / UNIP pelas batalhas que já lutamos e vencemos juntos e por aquelas que estão por vir. A todos os meus amigos docentes pela perseverança e vontade de chegar on-de chegamos. PROFESSOR FRANCISCO LIMA DOS SANTOS ✓ Bacharel em Administração pelo CESVALE-Centro de Ensino Superior do Vale do Parnaíba-Teresina- PI. ✓ Bacharel em Ciências Contábeis pela UESPI - Universidade Estadual do Piauí-PI ✓ Pós-graduado em Gestão Pública pela Universidade Federal do Piauí- UFPI ✓ Pós-graduado em Análise de Sistemas pela Universidade Estadual do Piaui-PI ✓ Pós-graduado em Docência do Ensino Superior pela UESPI – Universi-dade Estadual do Piauí-PI ✓ Pós-graduado em Logística Empresarial pela UFSC – Universidade Fe-deral de São Carlos – SP ✓ MBA – Gestão Empreendedora pela Escola Superior de propaganda e Marketing do RJ. ✓ Professor Consultor Nível II – FAPI/UNIP 4 Introdução Caros alunos, no que se refere ao estudo das ciências sociais no Curso de Administração de Empresas, sua importância justifica-se por seu estudo ajudar a entender as relações sociais a partir do âmbito da empresa, é preciso estudar, perceber as mudanças, para ajudar no desenvolvimento empresarial. A partir desta concepção compreendemos o comportamento coletivo dos indivíduos, e aprendemos como lidar, para assim aperfeiçoar e aumentar o processo produtivo. Proporcionando para o gestor maior conhecimento, e habilidades para saber lidar com os problemas que poderão existir, com os conflitos, visando sempre um desenvolvimento empresarial, um crescimento. É importante esta ligação para superar os desafios e crescer numa sociedade marcada por contradições, os gestores precisam enxergar a organização que administram como uma entidade social, interligada com o meio, inserida neste meio, portanto sofre influências e influência o mesmo. Assim a relação entre empregado e empregador passa a ser saudável com fins ao crescimento institucional, mas visando a qualidade das relações, a qualidade social, proporcionando vida digna a todos. Com estes conhecimentos é possível implantar políticas e medidas que visam à melhoria empresarial e social. Este equilíbrio que devemos buscar tornar-se importante para as empresas, organizações que almejam o sucesso, e aumentam a produção, que buscam a lucratividade. Assim percebemos que a sociologia fornece ao gestor conhecimentos e habilidades, para compreender interpretar as relações sociais, relações políticas, relações ambientais, relações econômicas tão necessárias para o desenvolvimento no mundo empresarial, desta forma este estudo é um forte aliado que viabiliza o crescimento empresarial, o aumento dos lucros, o equilíbrio empresarial, a relação saudável e necessária entre empregados e empregadores, a conquista do espaço e manutenção no mundo empresarial 5 CIÊNCIAS SOCIAIS Conceito: As Ciências Sociais são um conjunto de disciplinas científicas que estudam os aspectos sociais das diversas realidades humanas. Objeto de estudo: As Ciências Sociais têm como objeto de estudo tudo o que diz respeito às culturas humanas, sua história, suas realizações, seus modos de vida e seus comportamentos individuais e sociais. Elas ajudam a identificar e compreender os diferentes grupos sociais, contextualizando seus hábitos e costumes na estrutura de valores que rege cada um deles. Segundo Pérsio de Oliveira Santos, são consideradas Ciências Sociais: A SOCIOLOGIA : (Estuda as relações sociais) A ANTROPOLOGIA: (Estuda as características dos agrupamentos humanos e a origem e evolução das culturas) A CIÊNCIA POLÍTICA: (Estuda a distribuição do poder na Sociedade e as diversas formas de governo) A ECONOMIA: (Estuda as atividades humanas relacionadas aos bens e serviços) OS CIENTISTAS SOCIAIS Cientistas sociais pesquisam hábitos, costumes, estrutura familiar, religiosa, institucional e econômica de grupos diversos, o que ajuda na solução de problemas na educação, saúde e violência urbana. OS PRIMEIROS SOCIÓLOGOS SAINT – SIMON (1760-1825) - Claude-Henri De Rouvroy, Conde de Saint-Simon (nascido a 17 de outubro de 1760 e falecido a 19 de maio 1825, em Paris), foi um teórico social francês. Seu trabalho principal foi Nouveau Christianisme. 6 Em seu primeiro trabalho publicado, Lettres d'un habitant de Genève à ses contemporains (1803) ("Cartas de um habitante de Genebra a seus contemporâneos"), Saint-Simon propôs que os cientistas tomassem o lugar dos padres na ordem social. O que Saint-Simon desejava, em outras palavras, era um estado industrializado dirigido pela ciência moderna, no qual a sociedade seria organizada para o trabalho produtivo pelos homens mais capazes. O alvo da sociedade seria produzir as coisas úteis à vida. Uma crítica feita a Saint-Simon enquanto pensador, é que faltava a ele sistema, clareza e coerência. Mas, sua influência no pensamento contemporâneo, especialmente nasciências sociais, é reconhecida como fundamental. AUGUSTE COMTE – (1798-1857) É um pensador e filósofo francês. Desenvolveu o positivismo. Um dos fundamentos do positivismo é a ideia de que tudo o que se refere ao saber humano pode ser sistematizado segundo os princípios adotados como critério de verdade para as ciências exatas e biológicas. Para Comte, a análise científica aplicada à sociedade é o cerne da sociologia, cujo objetivo seria o planejamento da organização social e política. Os Autores Clássicos da Sociologia: Max Weber, Karl Marx e Émile Durkheim Claude-Henri De Rouvroy, Conde de Saint- Simon (nascido a 17 de outubro de 1760 e falecido a 19 de maio 1825, em Paris), foi um teórico social francês. Seu trabalho principal foi Nouveau Christianisme. Ele acreditava que era possível planejar o desenvolvimento da sociedade e do indivíduo com critérios semelhantes aos das ciências exatas e biológicas. Auguste Comte também é considerado o grande sistematizador da SOCIOLOGIA. “Pai da Sociologia”. 7 São considerados os três autores Clássicos da Sociologia, uma vez que essa tríade de pensadores formularam as ideias mais gerais da Sociologia enquanto ciência. Marx analisou o Capitalismo, a Sociedade industrial e a luta de Classes, emitindo opinião crítica a respeito destes em suas obras. Dentre as suas principais obras estão: ✓ O MANIFESTO COMUNISTA (1848) – (Propõe a fundamentação do Socialismo científico) ✓ O CAPITAL (1867) – (Análise do Modo de Produção Capitalista) Para Marx, o capitalismo desvirtua o trabalho humano promovendo as desigualdades e exploração. Os donos dos meios de produção (capital, instrumentos de produção, matéria-prima) exploram aqueles que vendem sua mão-de-obra (sua força de trabalho). Assim as relações de produção são desiguais e as diferenças agravam a condição de pobreza do proletariado. Marx observou a realidade de sua época, voltando-se para a Revolução Industrial, no entanto, sua análise pode ter uma relação com o mundo contemporâneo. Marx propôs conceitos para analise da Sociedade Capitalista como a superestrutura, a infraestrutura , a mais valia e a alienação. RESUMINDO... SUPERESTRUTURA – Corresponde ao Poder do ESTADO. INFRAESTRUTURA – Organização da SOCIEDADE - BURGUESES (Donos dos meios de Produção) e PROLETÁRIOS (Donos da Força de trabalho). MAIS VALIA – Corresponde a exploração da Mão de obra traduzida nas horas não pagas ao trabalhador. ALIENAÇÃO – Termo utilizado por Marx para descrever a falta de contato e o estranhamento que o trabalhador tinha com o produto que fabricava. KARL MARX (1818-1889) Sociólogo alemão, aprimorou as ideias de Auguste Comte e criou sua própria visão da sociedade e da Sociologia. 8 OBSERVAÇÃO: Os salários são o pagamento da força de trabalho que o proletariado vende em sua relação de trabalho com o capitalista. Marx analisou a relação dos patrões com o proletariado. Ele definiu como classe social os indivíduos que se identificam e se unem para questionar a realidade de exploração em que se inserem. Ele verificou que os conflitos entre as classes sociais são a mola que move a evolução da sociedade por meio das transformações que podem provocar. Para ele só é possível entender as relações dos indivíduos com base nos antagonismos, nas contradições e nos conflitos entre as classes sociais. Para ele só é possível entender as relações dos indivíduos com base nos antagonismos, nas contradições e nos conflitos entre as classes sociais. Para Marx, na sociedade capitalista, os trabalhadores perderam o domínio de sua própria vida e passaram a depender do capitalista. Assim, juntamente com Friedrich Engels eles propõem uma crítica ao capitalismo e sugerem uma sociedade mais igualitária a partir do Manifesto Comunista, num modelo que foi intitulada Socialismo. PARA REFLETIR e DEBATER! ÉMILE DURKHEIM (1858 – 1917) 9 Muito de seu trabalho estava preocupado com a forma como as sociedades poderiam manter sua integridade e coerência na modernidade, uma era em que tradicionais laços sociais e religiosos não são mais assumidos e em que novas instituições sociais têm surgido. Seu primeiro trabalho sociológico importante foi Da Divisão do Trabalho Social (1893). Em 1895, publicou As Regras do Método Sociológico e criou o primeiro departamento europeu de sociologia, tornando-se o primeiro professor de sociologia da França. Para ele a Sociedade sempre está acima dos indivíduos dispondo de certas regras, normas, costumes e leis. Estas se solidificam em instituições sociais e são a base da sociedade. Durkheim enfatiza que a necessidade da coesão e da integração para a sociedade se manter. Para ele a força da Sociedade está na herança transmitida, por meio da educação, às gerações futuras. David Émile Durkheim ( Épinal,15 de abril de 1858 — Paris, 15 de novembro de 1917) foi um sociólogo, antropólogo, cientista político, psicólogo social e filósofo francês. Formalmente, criou a disciplina acadêmica da sociologia e, com Karl Marx e Max Weber, é comumente citado como o principal arquiteto da ciência social moderna e pai da sociologia. Foi o fundador da Escola Francesa de Sociologia. 10 DURKHEIM e as INSTITUIÇÕES SOCIAIS Instituição é toda forma ou estrutura social estabelecida, constituída, sedimentada na sociedade e com caráter normativo – ou seja, ela define regras (normas) e exerce formas de controle social. São, segundo Durkheim, as instituições sociais que reúnem os elementos básicos e essenciais de uma sociedade. Para ele a ausência das instituições ou a fragilidade das mesmas gera o conflito social e caracteriza o estado de anomia. As instituições são formadas para atender a necessidades sociais. Servem também de instrumento de regulação e controle das relações sociais e das atividades dos membros da sociedade que estão inseridos. Para isso, dispõem de um poder normativo e coercitivo aceito pela maioria da população dessa sociedade. Características: - Exterioridade: são dotadas de realidade externa ao indivíduo. - Objetividade: quase todas as pessoas reconhecem as instituições como algo legítimo. - Coercitividade: as instituições tem o poder de exercer pressões sobre as pessoas, de modo a levá-las a agir segundo os padrões de comportamento considerados corretos pela sociedade. - Autoridade moral: as instituições são reconhecidas pelas pessoas como tendo o direito legítimo de exercer seu poder e obrigar os integrantes da sociedade (pela força ou pelo convencimento) a agir segundo determinados padrões. Estado Escola Familia Igreja 11 - Historicidade: as instituições já existiam antes do nascimento do indivíduo e continuarão a existir depois de sua morte; elas têm sua própria história. Grupo Social ≠ Instituição Social Os grupos sociais são conjuntos de indivíduos com objetivos comuns, envolvidos num processo de interação mais ou menos contínuo. As instituições sociais se baseiam em regras e procedimentos que se aplicam a diversos grupos. FAMÍLIA Grupo primário de forte influência na formação do indivíduo, a família é o primeiro corpo social no qual os indivíduos convivem. É um tipo de agrupamento social cuja estrutura varia em alguns aspectos no tempo e no espaço. Essa variação pode se referir ao númeroe à forma do casamento, ao tipo de família e aos papeis familiares. Tipos de Famílias FAMÍLIA MONOGÂMICA : é aquela em que a pessoa tem apenas um cônjuge, quer esta relação seja estabelecida por uma aliança indissolúvel, quer se admita o divórcio. FAMÍLIA POLIGÂMICA: é aquela em que a pessoa pode ter dois ou mais cônjuges. Formas de casamento POLIANDRIA : Casamento de uma mulher com dois ou mais homens dá-se o nome de POLIANDRIA (comuns entre as tribos do Tibete e entre os esquimós). POLIGINIA : O casamento de um homem com várias mulheres (comum entre algumas tribos africanas e entre os mulçumanos). ENDOGAMIA: quer dizer casamento permitido apenas dentro do mesmo grupo, da mesma tribo. EXOGAMIA: trata-se da união com alguém de fora do grupo, que eventualmente pode ser também de religião, raça ou classe social diferentes. OBS: Endogamia e exogamia são formas de casamento que supõem o enlace heterossexual tradicional. Mais recentemente, porém, alguns países passaram a adotar legalmente o casamento homossexual. Classificação das famílias FAMÍLIA CONJUGAL ou NUCLEAR – reúne marido, a mulher e os filhos. 12 FAMÍLIA CONSANGUÍNEA ou EXTENSA – engloba, além do casal e seus filhos, outros parentes como avó, netos genros, noras, primos e sobrinhos. Principais funções da família FUNÇÃO SEXUAL E REPRODUTIVA: garante a satisfação dos impulsos sexuais dos cônjuges e perpetua a espécie humana com a geração de filhos; FUNÇÃO ECONÔMICA: aquela que assegura os meios de subsistência e bem- estar de seus integrantes; FUNÇÃO EDUCACIONAL: responsável pela transmissão à criança dos valores e padrões culturais da sociedade; ao cumprir essa função a família se torna o primeiro agente de socialização do indivíduo. Em tempos de globalização ✓ A sociedade pós-industrial criou um novo padrão de família. ✓ O “chefe de família” já não é apenas o pai. ✓ A mãe deixou de ser sinônimo de “rainha do lar”. ✓ A troca de papeis entre pais e mães são constantes. ✓ O homem participa das tarefas domésticas ✓ Diminuiu o número de famílias nucleares. ✓ Aumentou o número de divórcios. ✓ Aumentou, também, o número de filhos de mães solteiras. ✓ Caiu o número de nascimentos, principalmente nos países europeus. ✓ O divórcio, a viuvez, o abandono e a competitividade aumentam o número de famílias MONOPARENTAIS. ✓ A desestrutura familiar pode ser relacionada ao aumento da criminalidade entre jovens e adolescentes. IGREJA Todas as sociedades conheceram ou conhecem alguma forma de religião. A crença em algum tipo de divindade e o sentimento religioso são fenômenos comuns a todas as épocas e lugares do planeta. Cada povo tem nas crenças religiosas um fator de estabilidade, de aceitação da hierarquia social e de obediência às normas que a sociedade considera necessárias para a manutenção do equilíbrio social. Por isso, a religião desempenhou quase sempre uma função social estabilizadora. A religião envolve a crença em poderes sobrenaturais ou misteriosos. Geralmente, todas as religiões têm seu lugar de culto: igrejas, templos, mesquitas, sinagogas, etc. Há muitas formas e manifestações religiosas em todo o mundo. Existem grupos que acreditam em vários deuses. Esses são chamados de POLITEÍSTAS, como o hinduismo, por exemplo. 13 Outras religiões acreditam na existência de um único deus, sendo chamadas, portanto, de religiões MONOTEÍSTAS, como, por exemplo, o islamismo, o cristianismo e o judaísmo. Atualmente existem inúmeras religiões sendo praticadas no mundo, as principais são: Cristianismo: possui aproximadamente 2,2 bilhões de adeptos no mundo - essas pessoas são consideradas cristãs. Esse nome advém de Jesus Cristo que, segundo a crença de seus seguidores, veio para trazer a salvação para o homem. Essa religião é monoteísta (adora apenas um deus). Dentro do cristianismo ocorrem divisões, formando ramificações denominadas de: • Catolicismo: representa as pessoas que seguem a Igreja Católica Apostólica Romana, que possui como autoridade máxima o papa. No mundo são contabilizados cerca de um bilhão de católicos. • Ortodoxo: é uma religião cristã oriunda de uma separação que aconteceu na Igreja Católica Romana no século XI e que se dispersou no oriente. As principais igrejas são a Católica Ortodoxa e Ortodoxa Russa. • Protestantes: emergiu a partir de divergências de opiniões dentro da Igreja Católica no século XVI. O surgimento dessa ramificação cristã está ligado à Reforma Protestante. Martinho Lutero foi quem liderou a revolta contra a venda de perdão por parte do clero, além de ser contrário aos dogmas praticados pela Igreja Católica, como a impossibilidade de engano por parte do papa e também a veneração a santos. CADA UM COM SUA CRUZ CRISTIANISMO Jesus pregava que a mensagem de Deus destina-se a toda a humanidade, e não apenas ao povo eleito como diziam os judeus. A comunhão de bens, a partilha do pão e o batismo eram alguns dos ensinamentos de Jesus aos seus apóstolos e seguidores, que formavam uma pequena comunidade perto de Jerusalém IGREJA CATÓLICA 14 Após a morte e ressurreição de Cristo, seus apóstolos começam a organizar uma religião, com hierarquia e regras. A crença básica da Igreja primitiva era uma só: Jesus é o Senhor, e a salvação dependia da fé n’Ele GRANDE CISMA A Igreja Católica cresceu e tornou-se religião oficial do Império Romano, que se dividiu em Ocidental e Oriental. O papa romano e o patriarca de Constantinopla passaram a disputar poder, gerando o cisma IGREJA ORTODOXA A denominação “Igreja Ortodoxa” só surge no século 11. Os ortodoxos só admitem ícones como representações de Cristo e de santos. Eles creem que o Espírito Santo só procede do Pai, e não do Pai e do Filho como os católicos Divergências entre cristãos deram origem a várias denominações religiosas Os dois nomes referem-se aos cristãos que romperam com a Igreja Católica durante a Reforma Protestante. O termo “protestante” vem do documento formal de protesto – Protestatio – que os luteranos apresentaram em uma assembleia em 1529, manifestando a sua oposição à política religiosa adotada pela Igreja. Já o nome “evangélico” vem do fiel que se submete ao ensinamento contido nas “boas-novas” (evangelium, em latim) trazidas por Jesus. Os protestantes se declaravam seguidores do Evangelho – um dos seus princípios durante a Reforma era o da Sola Scriptura (“Só a Escritura”, em latim). Isso significava que, para os protestantes, apenas a Bíblia era fonte de revelação suprema, e que não deveria ser permitido à Igreja fazer doutrinas fora dela. 15 Todos esses movimentos estimulavam o fim do monopólio da Igreja sobre a interpretação da Bíblia e reivindicavam que todo e qualquer cristão pudesse ler as Escrituras e tirar delas o que quisesse. Os protestantes recusavam a ideia de que um único líder – o papa – deveria guiar os rumos da religião. Sem um “chefe”, cada grupo começou a se fragmentar em diversas correntes, com pequenas divergências doutrinárias. Abaixo você confere a diferença entre os principais ramos do cristianismo. O protestantismo é um dos principais ramos (juntamente com a Igreja Católica Apostólica Romana e a Igreja Ortodoxa) do cristianismo. Este movimento iniciou-se na Europa Central no início do século XVI como uma reação contra as doutrinas e práticas do catolicismo romano medieval. Os protestantes também são conhecidos pelo nome de evangélicos juntamente com os pentecostais e neopentecostais oriundos de Igrejas Protestantes. No Brasil, entretanto, o termo "protestante"é geralmente usado para se referir às Igrejas oriundas direta e contemporaneamente da Reforma Protestante, como a Luterana, a Presbiteriana, a Anglicana, a Metodista, e a Congregacional; o termo "evangélico" é usado para se referir tanto a essas, com exceção da Anglicana, quanto àquelas indiretamente e/ou posteriormente oriundas da reforma, como as pentecostais e as neopentecostais. Existem também igrejas que já existiam antes da reforma protestante, por isso seria incorreto chamá-las de protestantes. Um exemplo são as Igrejas Batistas que chegaram a ser perseguidas severamente pelos protestantes na época da reforma. Adeptos dessas também são chamados de protestantes, embora, no Brasil, por preferência de nomenclatura, não costumem se denominar assim, preferindo a nomenclatura evangélicos. Todo Protestante é Evangélico, mas nem todos os Evangélicos são protestantes. 16 As doutrinas das inúmeras denominações protestantes variam, mas muitas incluem a justificação por graça mediante a fé somente - doutrina conhecida como Sola fide, o sacerdócio de todos os crentes - e a Bíblia como única regra em matéria de fé e ordem, doutrina conhecida como Sola scriptura. No século XVI, seguidores de Martinho Lutero fundaram Igrejas Luteranas - Evangelische Kirche, em alemão - na Alemanha e na Escandinávia. As igrejas reformadas (ou presbiterianas) na Suíça e na França foram fundadas por João Calvino e também por reformadores como Ulrico Zuínglio. Thomas Cranmer reformou a Igreja da Inglaterra e, depois, John Knox fundou uma comunhão calvinista na Igreja da Escócia. REFORMA PROTESTANTE – 1517 Martinho Lutero publicou “95 Teses” criticando a condução do cristianismo, como a venda de um lugar no paraíso (as indulgências). John Wyclif, Jan Huss e João Calvino também queriam uma Igreja mais “racional” LUTERANOS Uma das novidades introduzidas por Martinho Lutero é a possibilidade de livre interpretação da Bíblia – no catolicismo de então, o livro era em latim e só os padres poderiam “traduzir” o que significavam os versículos das Escrituras ANGLICANOS – 1534 A religião surgiu por causa do rei Henrique VIII, que queria se divorciar, o que não era permitido pelo papa. Ele nomeou-se “Chefe Supremo da Igreja da Inglaterra” e rompeu com os católicos de Roma BATISTAS Só os cristãos adultos, já conscientes de seus atos, podem ser batizados,mas o ato não é obrigatório para a salvação. Para os batistas, o crente deve escolher por sua própria consciência servir a Deus 17 METODISTAS John Wesley deixou a Igreja Anglicana para pregar nas ruas da Inglaterra e fez vários discípulos, que criaram uma nova denominação. Na doutrina metodista, a Bíblia está no centro das fontes de conhecimento teológico CALVINISTA João Calvino queria uma religião com maior observância à Bíblia e princípios morais mais rígidos. Uma das doutrinas do calvinismo é a da predestinação: alguns humanos já nascem salvos, enquanto outros não PENTECOSTALISMO Surgiram nos EUA movimentos com influência de batistas e metodistas. Eles aceitavam manifestações do Espírito Santo, como a capacidade de curar doentes, de fazer milagres e de falar línguas NEOPENTECOSTALISMO Diferem dos pentecostais pelos costumes mais liberais e por adotarem a teologia da prosperidade, que valoriza a riqueza material. Também creem que o Diabo é o responsável por tudo de mal ANABATISTA Só adultos são batizados. Os anabatistas eram conhecidos como a “ala radical” da Reforma Protestante. Pacifistas, eles se recusam a portar armas, usar espadas ou até mesmo prestar serviço militar AMISH Grupo cristão baseado nos Estados Unidos e Canadá famoso pelo isolamento. Os amish evitam contato com o mundo exterior: é proibido o uso de equipamentos eletrônicos como telefones e automóveis e pratica-se o casamento intrarreligioso TESTEMUNHAS DE JEOVÁ 18 Não creem na divindade de Jesus Cristo e nem na Santíssima Trindade. Afirmam adorar exclusivamente a Jeová (Deus). Entre alguns dos pontos polêmicos defendidos por eles, está a proibição da transfusão de sangue entre os fiéis RESTAURACIONISMO Os teólogos divergem quanto à classificação de testemunhas, adventistas e mórmons. Alguns afirmam que vieram da insatisfação de protestantes de várias correntes,que queriam “restaurar” o cristianismo original nos EUA Os dois nomes referem-se aos cristãos que romperam com a Igreja Católica durante a Reforma Protestante. O termo “protestante” vem do documento formal de protesto – Protestatio – que os luteranos apresentaram em uma assembleia em 1529, manifestando a sua oposição à política religiosa adotada pela Igreja. Já o nome “evangélico” vem do fiel que se submete ao ensinamento contido nas “boas-novas” (evangelium, em latim) trazidas por Jesus. Os protestantes se declaravam seguidores do Evangelho – um dos seus princípios durante a Reforma era o da Sola Scriptura (“Só a Escritura”, em latim). Isso significava que, para os protestantes, apenas a Bíblia era fonte de revelação suprema, e que não deveria ser permitido à Igreja fazer doutrinas fora dela. Todos esses movimentos estimulavam o fim do monopólio da Igreja sobre a interpretação da Bíblia e reivindicavam que todo e qualquer cristão pudesse ler as Escrituras e tirar delas o que quisesse. Os protestantes recusavam a ideia de que um único líder – o papa – deveria guiar os rumos da religião. Sem um “chefe”, cada grupo começou a se fragmentar em diversas correntes, com pequenas divergências doutrinárias. Abaixo você confere a diferença entre os principais ramos do cristianismo. MÓRMONS Conhecida como Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias – o nome “mórmon” vem de um profeta. O batismo é feito em uma fonte especial, sobre 12 bois, que representam as 12 tribos de Israel ADVENTISTAS 19 Os adventistas pregam o retorno de Jesus Cristo. Alguns creem no sono da alma entre a morte e a ressurreição, e outros fazem a guarda do sábado, dia em que não podem trabalhar. Evitam carne e narcóticos PORQUE OS PADRES NÃO PODEM SE CASAR A princípio, padres não se casavam por opção, para dedicar 100% do tempo e das energias à oração e à pregação – da mesma forma que Jesus Cristo. Em 1139, ao final do Concílio de Latrão, contudo, o matrimônio foi proibido oficialmente a membros da Igreja. Embora a decisão tenha se apoiado em passagens bíblicas – como “É bom para o homem abster-se da mulher” (presente na primeira carta aos Coríntios) -, uma das razões mais fortes para a transformação do celibato (como é conhecida a proibição do casamento) em regra foi o que, já naquela época, ditava as regras da humanidade. Fé? Nada disso. Grana! Na Idade Média (do século 5 ao 15), a Igreja Católica alcançou o auge do seu poder, acumulando muitas riquezas, principalmente em terras. Para não correr o risco de perder bens para os herdeiros dos membros do clero, o melhor mesmo era impedir que esses herdeiros existissem. Isso não fez muita diferença para os monges, que, por opção, já viviam isolados em mosteiros, mas em algumas paróquias a proibição gerou discórdia. A maior delas ocorreu no começo do século 16 e foi uma das razões pelas quais o cristianismo passou pelo seu maior racha: Martinho Lutero rompeu com o papa e criou a Igreja Luterana, que permitia o casamento dos seus pastores – e permite até hoje (veja o quadro abaixo). Depois da Reforma Protestante, a Igreja Católica reafirmou o celibato, definindo no Concílio de Trento, em 1563, que quem o rompesse seria expulso do clero. A regra se manteve até1965, quando o papa Paulo VI permitiu que padres se casassem e continuassem freqüentando a Igreja (sem a função de padres, claro). Para conseguir essa liberação, o padre noivo precisa enviar um pedido ao Vaticano e esperar a autorização, que pode demorar até dez anos. “João Paulo II tornou o processo mais demorado, mas Bento XVI está limpando a mesa”, diz o teólogo Afonso Soares, professor da PUC-SP. Além de promover a tal limpeza, o novo papa surpreendeu, em agosto do ano passado, ao aceitar que o ex-pastor anglicano David Gliwitzki, casado e pai de duas filhas, e tornasse padre. Veja como outras religiões tratam a vida amorosa de seus sacerdotes Judaísmo 20 Rabinos podem ter relacionamentos e se casar. A única recomendação é que a esposa seja judia Budismo Não reconhece nenhum ser superior capaz de dar ordens de conduta, mas monges e monjas vêem a abstinência sexual como algo que eles devem se esforçar a aprender Cristianismo protestante Pastores (batistas, metodistas, da Assembléia de Deus ou de qualquer outra corrente) podem se casar. Entre os luteranos, há grupos de monges que, por opção, adotam o celibato Cristianismo Ortodoxo Homens casados podem virar padres, mas dificilmente serão promovidos a bispos. A regra é a mesma em correntes católicas orientais, como a maronita e a ucraniana Islamismo Qualquer homem (no islamismo, não há sacerdotes como no catolicismo) não só pode como deve ter quatro esposas, se puder sustentá-las, é claro. As mulheres, por outro lado, só podem ter um marido\ Religião Como surgiram as igrejas protestantes? Elas surgiram a partir do inconformismo do padre alemão Martinho Lutero (1483-1546) em aceitar algumas práticas da Igreja Católica. Lutero atacava duramente a venda de indulgências, ou seja, a obtenção de perdão para um determinado pecado em troca de dinheiro. No dia 31 de outubro de 1517, Lutero pregou na porta de uma igreja de Wittenberg, na Alemanha, um manifesto com 95 teses em que atacava não só a venda de indulgências, como também outros procedimentos da Igreja Católica, como a negociação de cargos eclesiásticos. O papa Leão X exigiu uma retratação do padre, ameaçando condená-lo por heresia. Mas Lutero não voltou atrás e rompeu com a Igreja Católica, dando início à chamada Reforma Protestante, movimento que se espalhou pela Europa, impulsionado pela maior flexibilidade religiosa que oferecia. Os inimigos dos reformistas passaram a se referir a seus seguidores como “luteranos”. Estes, por sua vez, preferiam ser chamados de “evangélicos”, termo hoje muito usado para se referir aos fiéis das igrejas protestantes. A liberdade pregada por Lutero acabaria abrindo espaço para o surgimento de várias correntes religiosas. “O protestantismo tem uma pedra fundamental: a autonomia. A idéia de que só Deus salva, a subjetividade do indivíduo e a possibilidade de assumir e viver as diferenças vai gerar uma variedade enorme de igrejas”, diz o cientista da religião João Décio 21 Passos, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Isso ajuda a entender por que hoje existem tantas ramificações entre os protestantes. Religião Qual é o conflito entre católicos e protestantes na Irlanda? qual-e-a-causa-do-conflito-entre-catolicos-e-protestantes-na-irlanda-do-norte É uma combinação de fatores étnicos, políticos, econômicos, religiosos e sociais que surgiram ainda na Idade Média. A história começa no século XII, quando o monarca inglês Henrique II tentou anexar a ilha da Irlanda ao seu reinado. Os irlandeses resistiram até o século XVII, mas, a partir daí, milhares de britânicos passaram a se transferir para lá. “O processo foi organizado para atrair colonos da Inglaterra, da Escócia e do País de Gales através de generosas ofertas de terras, com o objetivo de transplantar toda uma sociedade para a Irlanda”, diz o antropólogo John Darby, da Universidade de Notre Dame, nos Estados Unidos. Os recém-chegados eram, em sua maioria, protestantes – enquanto os irlandeses seguiam a religião católica. Assim, o mesmo território passou a ser ocupado por dois grupos hostis, um acreditando que suas terras haviam sido usurpadas e o outro temendo rebeliões. Entre as várias províncias da ilha, a de nome Ulster, ao norte, concentrou a maior parte dos imigrantes britânicos. A partir do século XIX, essa região se industrializou e se urbanizou mais rápido, aumentando as diferenças econômicas em relação ao sul do país, ainda dependente da agricultura. Como as tensões continuavam, em 1920 o parlamento inglês criou duas regiões com autogoverno limitado na ilha: a de Ulster, ou Irlanda do Norte, com predomínio de protestantes, e a dos condados restantes, a Irlanda, com maioria católica. Dois anos depois, a soberania da Irlanda aumentou, abrindo caminho para que a parte sul da ilha se tornasse um país totalmente independente da Inglaterra. Mas os católicos que viviam na Irlanda do Norte – hoje 40% da população – continuaram insatisfeitos. E foi lá que se acirraram os conflitos entre grupos armados dos dois lados, como o Exército Republicano Irlandês (o IRA, católico e pró- independência) e os movimentos unionistas (protestantes e pró-Inglaterra). O mais famoso episódio desse histórico conflito ocorreu em 30 de janeiro de 1972, quando soldados britânicos mataram 14 católicos que faziam parte de uma manifestação na cidade de Derry, na Irlanda do Norte, incidente conhecido como 22 Domingo Sangrento (o “Sunday Bloody Sunday” cantado pelo U2). Essa violência caiu a partir dos anos 90. ESTADO ≠ NAÇÃO ESTADO: pode compreender várias nações, como é o caso do Reino Unido (ou Grã Bretanha, formada pela Escócia, Irlanda do Norte, País de Gales e Inglaterra). NAÇÃO: conjunto de pessoas ligadas entre si por laços permanentes de idioma, tradições, costumes e valores; é anterior ao Estado, podendo existir sem ele. ESTADO ≠ GOVERNO ESTADO: instituição social permanente ou de longa duração. GOVERNO: componente transitório do Estado. O governo age em nome do Estado. Nas sociedades democráticas é a Constituição que atribui legitimidade aos governos. Formas de Governo Os três poderes do Estado são: EXECUTIVO: incumbido de executar as leis; LEGISLATIVO: encarregado de elaborar as leis; JUDICIÁRIO: responsável pela distribuição de justiça e pela interpretação da Constituição. Em países como Espanha, Inglaterra e Suécia, a forma de governo é a monarquia, porém os reis possuem apenas poder simbólico, cabendo ao Parlamento, cujos representantes são democraticamente eleitos, o exercício efetivo do poder. São chamadas de monarquias constitucionais. Nas repúblicas modernas há dois tipos de regime: o PARLAMENTARISTA e PRESIDENCIALISTA. 23 A ESCOLA Instituição social que tem como função principal prover a educação formal. A educação pode ser definida como sendo o processo de socialização dos indivíduos. Ao receber educação, a pessoa assimla e adquire conhecimentos. A educação também envolve uma sensibilização cultural e de comportamento, onde as novas gerações adquirem as formas de se estar na vida das gerações anteriores. O OBJETIVO DA EDUCAÇÃO: - A transmissão da cultura; - A adaptação dos indivíduos à sociedade (socialização); - O desenvolvimento de sua personalidade; - O desenvolvimento de suas potencialidades; - Seleciona os elementos essenciais dentro da cultura, para serem transmitidos por pessoas especializadas. - A escola pode ser vista como grupo social (que transmite cultura), é considerada uma reunião de indivíduos (alunos, professores e funcionários) com objetivos comunse em contínua interação. Mecanismos de sustentação dos agrupamentos na escola: Liderança: o professor exerce sobre os alunos uma liderança institucional, isto é, decorre de sua própria posição na estrutura da escola. Mas o bom andamento das atividades escolares depende também da liderança positiva exercida por alunos que, por suas características pessoais, se colocam em posição de orientar o grupo. Normas: existem regras que orientam o comportamento de alunos e professores. Assim, espera-se que o professor esteja no horário da aula, que cumpra o programa estabelecido, que responda às dúvidas dos alunos, etc. dos alunos se espera que estejam na escola no horário certo, que realizem as atividades propostas pelos professores, que estudem a matéria ensinada, que usem os trajes estabelecidos, etc. 24 25 EDUCAÇÂO BÁSICA A Educação Básica é composta pela Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio. O objetivo da Educação Básica é assegurar a todos os brasileiros a formação comum indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhes os meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores No Brasil, a educação básica compreende a educação infantil, o ensino fundamental e o ensino médio, e tem duração ideal de dezoito anos. É durante este período de vida escolar que toma-se posse dos conhecimentos mínimos necessários para uma cidadania completa. Serve também para tomada de consciência sobre o futuro profissional e área do conhecimento que melhor se adapte. No Brasil a educação básica encontra-se dividida nas seguintes etapas: Educação Infantil Idades Creche 0 a 3 anos Pré-escola 4 a 5 anos Ensino Fundamental Idades Anos Iniciais - 1º ano ao 5º ano 1º ano 6 anos 2º ano 7 anos 3º ano 8 anos 4º ano 9 anos 5º ano 10 anos Anos Finais - 6º ano ao 9º ano 6º ano 11 anos 7º ano 12 anos 8º ano 13 anos 9º ano 14 anos Ensino Médio Idades 1ª série 15 anos 2ª série 16 anos 3ª série 17 anos 26 Graduação no Brasil Os cursos de graduação no Brasil estão tradicionalmente ligados às grandes áreas do conhecimento como Biologia, Geografia, Física, Química, Letras, Economia; a campos das artes como Artes plásticas, Artes cênicas, Design,; ou a formações profissionais de perfil generalista como Medicina, Direito, as Engenharias, Administração de empresas, Jornalismo. Estão distribuídos nos seguintes graus acadêmicos: ➢ Bacharelado. Tem duração normal de três a seis anos e é oferecido na maioria das áreas de estudo em Artes, Ciências Humanas, Ciências Sociais, Matemática, Ciências Naturais e nas profissões regulamentadas pelo Estado, por exemplo Administração, Arquitetura, Direito, Engenharia, Farmácia, Fisioterapia, Medicina, Odontologia, Veterinária, entre outros que constam no cadastro de cursos superiores do MEC. Incluem-se entre os bacharelados aqueles cursos que concedem titulação profissional. ➢ Licenciatura. Habilita o seu titular a ser um professor em diferentes áreas do conhecimento, especialmente na Educação Básica, podendo atuar também em outros níveis. ➢ Tecnologia. Habilita o seu titular a ser um Tecnólogo, ou seja, mão-de-obra especializada em diversas áreas do conhecimento, cobrindo demandas específicas de mercado. Os cursos são oferecidos por universidades ou faculdades e sua duração varia entre dois a quatro anos. Ex: Tecnólogo em Telemática, Tecnólogo em mecatrônica, Tecnólogo em Gestão Tributária, Tecnólogo em Construção Civil, Tecnólogo em Citotecnologia, Tecnólogo em Sistemas de Informação, Tecnólogo em Redes de Computadores, Tecnólogo em Gestão (Tributária, Empresarial), Tecnólogo em Logística etc. pós-graduação Categorias No Brasil, desde o parecer Newton Sucupira, aprovado pelo então Conselho Federal de Educação em 1965, os cursos de pós-graduação dividem-se em duas vertentes, o lato sensu e o stricto sensu: ➢ lato sensu: considerados como cursos de especialização, são mais direcionados à atuação profissional e atualização dos graduados no nível superior: tecnólogos, licenciados ou bacharéis. Têm carga horária mínima de 360 horas e se encontram nesta categoria os cursos de especialização, os cursos de aperfeiçoamento, bem como os cursos designados como MBA (do inglês Master in Business Administration, ou mestre em administração de empresas); diferentemente do que é o caso nos EUA, eles não são equiparáveis aos mestrados. ➢ stricto sensu: são cursos voltados à formação científica e acadêmica e também ligados à pesquisa. Existem nos níveis do mestrado e doutorado. O curso de mestrado tem a duração recomendada de dois a dois anos e meio, durante os quais o aluno desenvolve uma dissertação e cursa as disciplinas relativas à sua pesquisa. Os doutorados têm a duração média de quatro anos, para o cumprimento das disciplinas, realização da pesquisa e para a elaboração da tese. 27 MBA O Mestrado em Administração de Negócios (em inglês Master in Business Administration), apesar do nome, é considerado pelo Conselho Nacional de Educação (CNE), que substituiu o Conselho Federal de Educação, apenas uma especialização (pós-graduação lato sensu). As especializações não se submetem à avaliação sistemática da CAPES, mas a uma apreciação menos aprofundada, por parte do MEC. Indicadores seguros da regularidade do curso são a prova do credenciamento institucional e a declaração que o curso atende os requisitos enumerados pela Resolução CNE/CES nº 001/07. A residência médica - é uma modalidade de ensino de pós-graduação destinada a médicos, sob a forma de curso de especialização. Funcionando em instituições de saúde como hospitais-escola, os pós-graduandos realizam atividades profissionais sob a orientação de médicos especialistas. Ingresso O ingresso nas residências médicas se dá por concursos públicos. A maioria dos concursos realizados no Brasil utilizam provas escritas com questões de múltipla escolha para selecionar os candidatos. Alguns concursos possuem uma segunda fase com prova prática e entrevista com os candidatos mais bem classificados. O SUS-SP é o maior concurso de residência médica do Brasil. Em 2011, foram oferecidas 980 vagas em todo o Estado de São Paulo em mais de 50 especialidades médicas. Foram mais de 11.000 inscritos. A prova é realizada pela Fundação Carlos Chagas em fase única.[2] Prova escrita A prova escrita dos concursos para residência médica geralmente envolve cerca de 100 questões divididas em cinco tópicos: medicina interna, cirurgia, pediatria, ginecologia e medicina preventiva e bioestatística. A grande maioria dos concursos realiza provas escritas com questões de múltipla escolha, enquanto alguns utilizam provas com questões dissertativas. Prova prática Alguns concursos utilizam provas práticas para a seleção. Estas provas costumam ocorrer após uma seleção inicial de primeira fase com a prova escrita. Na prova prática os candidatos são expostos geralmente a casos clínicos e devem realizar suas atividades médicas enquanto são examinados por uma banca organizadora. Mestrado profissional A denominação Mestrado Profissional e o curso são formalizados pelo MEC. Sendo o curso igual ao mestrado acadêmico em seus conceitos e no trato de pesquisas, mas diferente no aspecto financeiro, pois o aluno paga para realizá-lo, até mesmo em universidade públicas. O objetivo e a forma de condução deste curso é orientada para o estudo e a solução de problemas 28 reais do ambiente organizacional. O trabalho acadêmico para obtenção do título de mestre profissional é uma dissertação com defesa diante de uma banca, como no mestrado acadêmico, mas com viés profissional e corporativono seu conteúdo. Portanto, deve ser demonstrado neste trabalho a competência do mestrando em defender sua pesquisa de resolução de problemas reais utilizando os métodos e técnicas atuais. Destina-se a profissionais experientes que atuam em empresas ou instituições públicas e que manterão suas atividades durante o curso. Por isto, este curso tem horários especiais, geralmente, todas as sextas e sábados. Em princípio é um curso terminal e, apesar de ser possível a continuação dos estudos, não é aconselhado para quem deseja prosseguir os estudos optando pelo doutorado. No entanto, não há restrições na seleção do doutorado para mestres profissionais. Mestrado acadêmico O mestrado acadêmico tem por objetivo iniciar o aluno na pesquisa. A área de conhecimento é bem focada e constitui-se em um subconjunto da área profissional (aquela estudada em todo um curso de graduação). Além de disciplinas mais avançadas, que incluem uma parcela significativa de pesquisa bibliográfica individual e de trabalho de interpretação, é desenvolvido um trabalho de iniciação à pesquisa científica. Espera-se que ao final do curso o aluno tenha adquirido capacidade de desenvolver trabalho autônomo. Este trabalho caracteriza-se pela busca de referências, métodos e tecnologias atuais e sua aplicação de forma criativa. Espera- se também, a demonstração de capacidade de redação de textos científicos. Esta capacidade é evidenciada, principalmente, pelo texto da dissertação de mestrado. É desejável a publicação ou submissão de artigo(s) em reconhecidas revistas especializadas e anais de congressos, durante e após o curso, o que evidenciará a importância da pesquisa realizada e seu reconhecimento pelos especialistas no Brasil e no mundo. Obs: Hoje já existem mestrados profissionais que não são pagos. Há, inclusive, uma modalidade com recebimento de bolsa CAPES no mesmo valor do mestrado acadêmico. É o caso do Mestrado Profissional em Matemática em rede nacional (PROFMAT), coordenado pela Sociedade Brasileira de Matemática - SBM. Doutorado O doutorado obtém-se com a defesa de uma tese, que deve ser um trabalho original (o que não se exige no caso do mestrado, que pode ser por exemplo um ajuste de contas com a bibliografia do assunto, preparando assim uma futura tese). Atualmente, cerca de metade dos programas que oferecem cursos de mestrado também oferecem de doutorado, de modo que este é mais restrito e mais exigente que aquele. Considera-se uma continuação do mestrado acadêmico, embora seja permitido, aos melhores candidatos, o ingresso direto no doutorado. As agências de fomento, que nos anos 1980 e 1990 incentivaram a ida de brasileiros ao exterior para se doutorarem, concluíram na última década que o Brasil já conta com cursos de doutorado de qualidade suficiente para que seja possível cursá-los no País e não mais no exterior. Enquanto o CNPq e a Fapesp concedem pouquíssimas bolsas de doutorado no exterior, a Capes mantém concessões, mas em número que tende a 29 decrescer. A prioridade das agências, atualmente, é a concessão de estágios- sanduíche, isto é, de períodos de seis meses a um ano letivo para que o aluno de doutorado, matriculado no Brasil, entre em contato com centros avançados no exterior e entabule contatos que depois desenvolverá. Usualmente, o estágio sanduíche se dá durante o terceiro ano do curso. Honoris Causa: Honoris causa é uma expressão em latim e usada atualmente como um título honorífico, que significa literalmente “por causa de honra”. Normalmente, honoris causa é utilizada quando uma universidade de prestígio deseja conceder um título de honra para uma personalidade de grande destaque ou importância por seu trabalho. Esse título é dado para uma pessoa mesmo que ela não tenha um curso universitário, mas no entanto tenha se destacado ou exercido grande influência em determinadas áreas, como nas artes, na literatura, na política ou promovendo a paz. Outros aspectos que são considerados essenciais para que determinado indivíduo receba o título de honoris causa estão relacionados com a preocupação com problemas humanos, tais como a pobreza, a fome e etc. O indivíduo recebe esse título por suas virtudes, por seus méritos ou atitudes, a pessoa homenageada irá receber o mesmo tratamento e desfrutar dos mesmos privilégios como se tivesse feito um doutorado acadêmico convencional. Caso a pessoa homenageada queira no futuro usar este título à frente de seu nome, poderá utilizar abreviando. Por exemplo: Dr. h.c. Fulano de tal. O prestígio da universidade que atribui o Doutoramento Honoris Causapara uma personalidade, geralmente de âmbito internacional, fica bastante enriquecido, porque a partir daquele momento esta pessoa fará parte do corpo de doutores daquela universidade. O ex-presidente do Brasil, Luís Inácio Lula da Silva, por exemplo, foi consagrado doutor Honoris Causa pela Universidade de Salamanca, na Espanha, pelo seu trabalho desempenhado em promover a divulgação da língua espanhola no ensino brasileiro. 30 DURKHEIM e os FATOS SOCIAIS Durkheim também tem como objeto de estudo os fatos sociais. Ele considera a socialização um fato social amplo. E revela que os fatos sociais têm três características fundamentais: Exterioridade: existem e atuam sobre os indivíduos independentemente de sua vontade ou adesão consciente. Generalidade: é social todo fato que é geral. Isto é, que se repete em todos os indivíduos ou, pelo menos, na maioria deles. Coerção: exercem força sobre os indivíduos, levando-os a conformar-se às regras da sociedade em que vivem, independentemente de sua vontade e escolha. O grau de coerção de um fato social pode ser identificado pelas sanções sociais que ele provoca. Ao analisar a Sociedade industrial do século XIX, DURKHEIM percebeu que: “os laços que prenderiam os indivíduos uns aos outros nas mais diferentes sociedades seriam dados pela SOLIDARIEDADE SOCIAL, sem a qual não haveria uma vida social” A Solidariedade Social é observada por Durkheim da seguinte maneira: ✓ Solidariedade MECÂNICA: (Consciência coletiva prevalece sobre a consciência individual) depende da extensão da vida social que a consciência coletiva (ou comum) alcança. Quanto mais forte a consciência coletiva, maior a intensidade da solidariedade mecânica. Identidade Coletiva. ✓ Solidariedade ORGÂNICA: (Consciência individual prevalece sobre a consciência coletiva) processo de individualização dos membros da sociedade, os quais assumem funções específicas dentro da divisão do trabalho social. A função individual determina lugar do indivíduo na sociedade. Identidade pessoal. Durkheim propôs um método para a Sociologia, que consiste no conjunto de regras que o pesquisador deve seguir para realizar, de maneira correta, suas pesquisas. Este método enfatiza a posição de neutralidade e objetividade que o pesquisador deve ter em relação à sociedade: ele deve descrever a realidade social, sem deixar que suas idéias e opiniões interfiram na observação dos fatos sociais. 31 MAX WEBER e a AÇÃO SOCIAL Assim, um conceito básico desenvolvido por Werber é o de AÇÃO SOCIAL. Entende-se por Ação Social como o ato de se comunicar, de se relacionar, orientado pelas ações dos outros. Para Weber, as ações sociais podem ser de quatro tipos: - Ação tradicional; - Ação afetiva; - Ação racional com relação a valores; - Ação social com relação a fins. Os tipos de ação social são conceitos que explicam a realidade social, mas não são a realidade social: Ação tradicional: aquela determinada por um costume ou um hábito arraigado; São exemplos de AÇÃO SOCIAL TRADICIONAL: - Estudarem uma escola apenas por que foi a mesma em que seu pai estudou. - Seguir a profissão dos pais embora suas vontades sejam outras. Ação afetiva: aquela determinada por afetos ou estados sentimentais; - São exemplos de AÇÃO RACIONAL COM RELAÇÃO A FINS: - Estudar para passar em um vestibular, estudar para passar em concursos; - Se dedicar ao trabalho para ser promovido. A AÇÃO SOCIAL AFETIVA é motivada por sentimentos, pela emoção. Os trabalhos voluntários são exemplos de como os indivíduos motivados pela emoção promovem essas ações. Ação racional com relação a valores: determinada pela crença consciente num valor considerado importante, independentemente do êxito desse valor na realidade; São exemplos de AÇÃO RACIONAL COM RELAÇÃO A VALORES: MAX WEBER (1864-1920) Sociólogo Alemão, Max Weber teve como preocupação central compreender o indivíduo e suas ações. Para Weber, “a sociedade existe concretamente, mas não é algo externo e acima das pessoas e sim, um conjunto das ações dos indivíduos se relacionando de forma recí- proca”. 32 - Ações terroristas; - Castidade até o casamento; Ação racional com relação a fins: determinada pelo cálculo racional que coloca fins e organiza os meios necessários. 33 Referências MARTINS, C. B. O Que é Sociologia? São Paulo: Brasiliense, 1986 DURKHEIM, E. O que é fato social? In: As regras do Método Sociológico. São Paulo: Ed. Nacional. 1982. MARX, K. e ENGELS, F. As condições das transformações históricas. In: IANNI, O. (org.) Teorias de Estratificação Social. São Paulo: Nacional. 1973. WEBER, M. O conceito de ação e relação social. In: FORACCHI, M. & MARTINS, J. S. (orgs.) Sociologia e Sociedade. Rio de Janeiro: LTC. 1977. GERTH, H. & WRIGHT MILLS, C. Marx e Weber. In: Weber: Ensaios de Sociologia. Rio de Janeiro: Zahar, 1964
Compartilhar