Apostila Flauta Barroca

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Prefeitura municipal de Oeiras
Secretaria de educação
NC- núcleo de cultura
Apostila de Musicalização Infantil
(Flauta Barroca)
Oeiras ,Pi
2019
HISTÓRIA DA FLAUTA DOCE
 A flauta doce é um instrumento muito antigo que se desenvolveu ao longo do tempo, se transformando no instrumento que hoje conhecemos. Ela surgiu na pré-história não como instrumento musical, mas como um sinalizador de sopro tal como um apito, ela possuía poucas variações de sons. Estima-se que esse esquema de flauta tenha trinta mil anos. No início eram feitas de variados materiais, como bambu, ossos de animais e até argila.
 A flauta doce foi um dos instrumentos musicais mais populares na Idade Média e no Renascimento, sendo construída de madeira como todo instrumento musical primitivo, a flauta teve um papel mágico. 
 No período barroco, grandes músicos compuseram obras para serem executados pela flauta doce, entre eles Handel, Vivaldi e Bach. De acordo com a história da música foi no século XV que a flauta doce se desenvolveu, passou a ser chamada como a “flauta da renascença” e alcançou seu apogeu em meados do século XVI. Durante o século XVII foi mais usada como instrumento solo. Antes, seu corpo era composto de uma ou duas partes, depois passou a ter o seu corpo dividido em três partes, possibilitando produzir som com mais intensidade e com mais possibilidade de expressão. Muitas dessas flautas ainda existem nos dias de hoje em condições de uso ou em museus.
 No século XVIII, a flauta foi utilizada como instrumento profissional e, posteriormente quase que substituída pela flauta transversal porque, com o surgimento da orquestra clássica, os compositores procuram instrumentos com maiores recursos dinâmicos. Assim começa o declínio da flauta doce que, por volta de 1750 praticamente ela desaparece do repertório de qualquer compositor.
 Somente no final do século XIX é que alguns músicos começaram a ter contato com este instrumento novamente por meio de pesquisa de músicas antigas, de literaturas musicais existentes nos museus como, por exemplo, Cristopher Welch (1832-1915) e Canon Francis Galpin. Galpin. Atualmente as flautas doces fabricadas possuem um som mais suave do que as flautas do século XVIII, nas quais são baseadas. Ela produz um som melodioso e extremamente confortante. Atualmente a flauta doce é muito utilizada como instrumento musicalizador. No ensino, podem-se encontrar flautas doces sopranino, soprano, contralto, tenor, baixo. A extensão sonora de cada uma depende do seu tamanho e espessura. A Figura mostra flautas de diferentes tamanhos. Então, quanto maior a flauta mais grave será sua produção sonora e, quanto menor, mais agudo será seu som.
UM POUCO DA NOSSA HISTÓRIA 
 Possidônio Nunes Queiroz nasceu em 17 de maio de 1904, Filho do agricultor Raimundo Nunes de Queiroz e de Francisca Soares Queiroz, é orgulho não só dos oeirenses, mas de todos os piauienses e certamente é ou será dos brasileiros, que tiverem a oportunidade de conhecer suas valsas.
 Possidônio Queiroz era negro e não teve educação formal, tornou-se autodidata em relação a todas as atividades que aprendeu e desenvolveu com maestria, inclusive como músico flautista. Foi advogado, professor, conferencista, jornalista, historiador, filósofo, crítico literário, músico, cronista e poeta, esteve à frente de diversos eventos políticos, religiosos, históricos e/ou culturais da Velha Urbe. Foi sócio fundador do Instituto Histórico de Oeiras e do Jornal “O Cometa”. Foi professor não só de português, mas de histórias de vida e movido pelo seu espírito humanístico ensinou a seus contemporâneos e ensina-nos até hoje, através de seus escritos imortais, a sermos gente.
 Foi (é) músico de extrema grandeza inspirado e comparado a grandes nomes da música clássica européia; suas valsas foram tese de monografia do maestro Emanuel Coelho Maciel na década de 90 e só nessa época é que Possidônio teve suas composições gravadas no CD ?Valsas Piauienses? com a participação da Orquestra de Câmara de Teresina, hoje Orquestra Sinfônica, graças ao trabalho desse maestro pesquisador que diz: Possidônio foi o oeirense mais conhecedor “das coisas de Oeiras”, a primeira capital do Piauí.  Homem de jeito manso, educado e humilde, viveu 93 anos se dedicando a arte, a música e a história. Autor de notas e partituras de 11 valsas e dois hinos, o flautista é a memória musical da cidade de Oeiras e berço cultural do estado do Piauí.
 INICIAÇÃO MUSICAL
Música é a arte de manifestar os diversos afetos (sentimentos) da nossa alma mediante o som. Ela está dividida em três partes MELODIA, HARMONIA e RITMO.
Melodia é a voz principal do som, é aquilo que pode ser cantado.
Harmonia é uma sobreposição de notas que servem de base para a melodia. Por exemplo, uma pessoa tocando violão e cantando está fazendo harmonia com os acordes no violão e melodia com a voz. Cada acorde é uma sobreposição de várias notas. Por isso que os acordes fazem parte da harmonia.
Ritmo é a marcação do tempo de uma música. Assim como o relógio marca as horas, o ritmo nos diz como acompanhar a música.
A música é escrita em uma pauta ou pentagrama composta de 5 linhas e 4 espaços paralelas e eqüidistantes.
 
 
 
As notas musicais são 7 de forma crescente são DO, RE, MI, FA, SOL, LA, SI e de forma decrescente são SI, LA ,SOL, FA, MI, RE,DO. Elas serão representadas por figuras de notas colocadas sobre as linhas e espaços da pauta. 
 
FIGURAS DE NOTA
As notas musicais serão representadas em uma pauta por figuras de notas. Representadas na pauta por figuras de notas.
TABELA DE VALOR COMPARATIVO
O COMPASSO é um espaço compreendido entre duas barras verticais
 Há três espécies de compassos simples o QUATERNÁRIO, que contem 4 tempos, o TERNÁRIO que contem 3 tempos e o BINÁRIO com 2 tempos.
As claves mais utilizadas são a clave de SOL, a de FA e a de DO, sendo que no estudo da flauta doce, utilizaremos a clave de sol que é símbolo musical que indica a posição da nota sol em uma pauta, atualmente é usada sobre a segunda linha da pauta.
 
NOTAS SUPLEMENTARES ACIMA E ABAIXO DA PAUTA
 
ESCALA NATURAL DA FLAUTA DOCE BARROCA
 
 
 
 
 Referência
Alexís Garaudé. SOLFEJOS ,op27, Ferrari Editora e artes Gráficas em Outubro de 2007.