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jusbrasil.com.br 23 de Março de 2019 Relaxamento da prisão, liberdade provisória ou revogação da prisão? Percebo que muitas pessoas, ao peticionarem, confundem o relaxamento da prisão com a liberdade provisória; a liberdade com a revogação da prisão; a revogação com a liberdade provisória; e assim por diante. Apesar de aparentarem se tratar das mesmas coisas, pois todos os pedidos objetivam cessar a prisão, cada um dos institutos anteriores tem a sua peculiaridade. RELAXAMENTO DA PRISÃO O primeiro que analisaremos é o relaxamento da prisão, o qual se dá quando a prisão é ilegal. Segundo o artigo 5º, inciso LXV, da Constituição: LXV - a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela autoridade judiciária; Ao contrário do que muitos pensam, não se trata apenas de ilegalidade na prisão em flagrante, conforme pode dar a entender o artigo 310, inciso I, do CPP (Ao receber o auto de prisão em flagrante, o juiz deverá fundamentadamente relaxar a prisão ilegal). Trata-se de ilegalidade em qualquer prisão e não apenas na decorrente de flagrante delito, como no caso da prisão preventiva que possui algum tipo de ilegalidade ou que não preencheu os requisitos para a sua decretação. LIBERDADE PROVISÓRIA No que se refere a liberdade provisória, importante destacar que ela pode ser concedida com ou sem o pagamento de fiança, em regra na prisão em flagrante (artigo 310, inciso III, do Código de Processo Penal). Caso não exista ilegalidade na prisão em flagrante, apta a gerar o relaxamento da prisão, a Autoridade Judiciária, entendendo não estarem presentes os requisitos da prisão preventiva, concederá liberdade provisória ao indiciado, mediante a substituição (ou não) por medidas cautelares diversas da prisão (artigo 319, CPP), como a fiança, por exemplo. REVOGAÇÃO DA PRISÃO A revogação da prisão é a medida adequada para os casos de prisão decretada pela Autoridade Judiciária, seja ela uma prisão preventiva ou uma prisão temporária. Inclusive, em caso de prisão em flagrante, enquanto ela não for convertida em prisão preventiva, o pedido correto é o de liberdade provisória. Após a homologação do flagrante e a sua conversão em prisão preventiva, o ideal é o pedido de revogação da prisão (preventiva que já foi decretada). Portanto, o relaxamento é para prisões ilegais; a liberdade provisória para as prisões em flagrante; e a revogação para prisões (preventivas ou temporárias) decretadas pelo juiz. EXEMPLOS Se estiver diante de uma prisão em flagrante e verificar que se tratou de um flagrante forjado, faça um pedido de relaxamento da prisão, pois ela é ilegal. Caso esteja diante de uma prisão em flagrante que não possui nenhuma ilegalidade, requeira a liberdade provisória, com ou sem medidas cautelares diversas da prisão (fiança, afastamento da vítima e/ou testemunhas, monitoração eletrônica, ...). Finalmente, se estiver em uma ação penal e verificar que há uma prisão preventiva decretada (esteja ela cumprida ou não), faça o pedido de revogação da prisão. Aproveito para te convidar a acessar o meu blog (Para mudar paradigmas). Lá tem textos como esse e muito mais! Gostou do texto? Recomende a leitura para outras pessoas. Comente também! Mesmo se não gostou ou não concordou. Para atingir um resultado maior e melhor, o assunto deve ser debatido e as opiniões trocadas. Um grande abraço! Disponível em: http://pedromaganem.jusbrasil.com.br/artigos/641581244/relaxamento-da- prisao-liberdade-provisoria-ou-revogacao-da-prisao
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