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INTRODUÇÃO Todas as nossas sensações, sentimentos, pensamentos, respostas motoras e emocionais, a aprendizagem e a memoria, e qualquer outra função ou disfunção do cérebro humano não poderiam ser compreendidas sem o conhecimento do fascinante processo de comunicação entre as células nervosas (neurônios). INTRODUÇÃO No sistema nervoso dos mamíferos, a constituição de vias de condução não caracteriza-se pela continuidade anatômica direta de um neurônio com outro, ou de um neurônio com a célula de um órgão efetuador. A transmissão de um impulso nervoso entre as células excitáveis, dependem de estruturas altamente especializadas para tal. Esta transmissão entre dois neurônios, entre um neurônio e um músculo ou demais órgãos denomina-se sinapse. Nas sinapses, as membranas das células ficam separadas por um espaço denominado “fenda sináptica” ou “junção sináptica” Neurônio pré-sináptico Neurônio pós-sináptico sinapse local de contato entre neurônios. Presença de mediadores químicos Controle e modulação da transmissão Lenta Sem mediadores químicos Nenhuma modulação Rápida TIPOS DE SINAPSE Sinapse Elétrica Caracterizam pela transmissão direta de um potencial de ação de uma célula a outra pelo fluxo direto de corrente. As células envolvidas nessas sinapses estão unidas por junções gap Possibilita uma alta frequência na transmissão, não ocorrendo retardo sináptico e o impulso sendo conduzido em ambas as direções. Vertebrados - descritas nos sistemas nervoso central e periférico. Localizadas principalmente nas vias de reflexo, onde é necessária a transmissão rápida entre as células, sem retardo sináptico. Tipos de Sinapse Nervosas 1 e 1’ axo-dendritica 2 axo-axonica 3 dendro-dendrítica 4 axo-somática Um neurônio faz sinapse com muitos neurônios Chegada do Impulso nervoso no terminal do neurônio 1 Geração de impulso nervoso no neurônio 2Neurotransmissâo MECANISMO DA NEUROTRANSMISSÃO QUÍMICA 1. Chegada do impulso nervoso ao terminal 2. Abertura de Canais de Ca Voltagem dependentes 3. Influxo de Ca (2o mensageiro) 4. Exocitose dos NT 5. Interação NT- receptor pós-sinaptico causando abertura de canais iônicos NT dependentes 6. Os NT são degradados por enzimas (6) Os NT causam excitação (estimulação) ou inibição (desestimulação) nas membranas pós-sinápticas. NEURÔNIOS EXCITATÓRIOS: NT excitatórios NEURÔNIOS INIBITÓRIOS: NT inibitórios Os receptores dos neurotransmissores também são canais iônicos Excitatórios = catiônicos (permeáveis à cátions - Na+, K+, Ca++) Inibitórios = aniônicos (permeáveis à ânions - Cl- Os potenciais pós-sinápticos podem ser inibitórios ou excitatórios dependendo do neurotransmissor Potenciais inibitórios pós-sinápticos Neurotransmissores: GABA, Glicina Potenciais excitatórios pós-sinápticos Neurotransmissores: glutamato, acetilcolina PA Potencial pós-sinaptico NT O NT pode causar na membrana pós: POTENCIAL EXCITATÓRIO PÓS-SINAPTICO a)Despolarização entrada de cátions POTENCIAL INIBITORIO PÓS-SINAPTICO a)Hiperpolarizaçâo entrada de ânions saída de cátions PEPS O NT é EXCITATÓRIO Causa despolarização na membrana pós- sináptica (p.e.entrada de Na) PIPS O NT é INIBITÓRIO Causa hiperpolarização na membrana pós- sináptica (p.e. entrada de Cl ou saída de K) PEPS PA Os PEPS e PIPS são gerados apenas nos dendritos e no corpo celular que se propagam em direção a zona de gatilho do PA. Se o PEPS atingir o valor limiar haverá PA; se o PEPS for mais intenso que o limiar, haverá mais de um PA gerado pela zona de gatilho. A amplitude do PEPS é diretamente proporcional a intensidade do estimulo e à frequência dos PA A quantidade de NT liberado depende da frequência do PA Fadiga sináptica: esgotamento de NT para serem liberados. PEPS PA Liberação de NT A freqüência do PA determina a quantidade de NT liberado A membrana dos dendritos e do soma computam algebricamente os PEPS e PIPS. O resultado dessas combinações determinarão se haverá ou não PA e com que freqüência. Para que servem os PEPS E PIPS? Como um neurônio que recebe milhares de sinais excitatórios e inibitórios processam esses sinais antes de gerar PA? SOMAÇAO DE PEPS O mecanismo de combinação (ou integração) dos sinais elétricos na membrana pós- sináptica chama-se SOMAÇÃO. Neurônio excitatório: ATIVO Neurônio inibitório: inativo A excitação se propagou do dendrito até o cone de implantação. Neurônio excitatório: ATIVO Neurônio inibitório: ATIVO A excitação causada pelo neurônio excitatório foi totalmente bloqueada pelo neurônio inibitório Inibição pós-sináptica - - + - - + Inibição pré-sináptica Inibição pré-sináptica Estimulação pré-sináptica CIRCUITOS NEURAIS Um neurônio sozinho de nada vale. As células nervosas são capazes de interpretar estímulos sensoriais ou produzir comandos motores porque vários neurônios funcionalmente relacionados estabelecem circuitos neurais. CIRCUITOS NEURAIS: redes de neurônios funcionalmente relacionados. Neurônio excitatório Distribuição do sinal Concentração do sinal Tipos de circuitos neurais JUNÇOES NEURO-MUSCULARES: sinapses entre o neurônio e a célula muscular Próximo à junção neuromuscular O nervo motor perde sua bainha de mielina e forma numerosas terminações nervosas “botões terminais pré-sinápticos”, revestidos apenas por neurilema Estas pregas sinápticas estão envolvidas pela membrana pós-sináptica. JUNÇOES NEURO-MUSCULARES: sinapses entre o neurônio e a célula muscular A porção terminal dos axônios contém uma considerável quantidade de mitocôndrias Pequeno número de neurofilamentos e neurotúbulos, microfilamentos de actina Muitas vesículas sinápticas de superfície lisa Nestas vesículas são armazenados os transmissores neuroquímicos ou algum precursor destes. JUNÇOES NEURO-MUSCULARES: sinapses entre o neurônio e a célula muscular A fenda sináptica, no caso da célula nervosa e as células musculares, é revestida por uma lâmina basal, formada por uma fina camada de fibras reticulares esponjosas Através das quais se difunde o líquido extracelular, além de conter material amorfo rico em carboidratos. JUNÇOES NEURO-MUSCULARES: sinapses entre o neurônio e a célula muscular A membrana de fibra muscular, a pós sináptica, apresenta um grande número de invaginações chamadas de “goteiras sinápticas” Contém dobras menores da membrana muscular denominadas de “pregas subneurais” cuja função é aumentar a área de superfície sobre a qual vai atuar o transmissor sináptico. As moléculas receptoras do neurotransmissor concentram-se perto das aberturas das pregas subneurais. Vertebrados “acetilcolina” (Ach) A quantidade da substância transmissora que é liberada para a fenda sináptica está diretamente relacionada ao número de íons de cálcio que entraram no terminal. Ocorrida a despolarização da membrana pós-sináptica da junção neuromuscular (que não é excitável eletricamente e não gera potenciais de ação) As regiões a esta adjacentes são despolarizadas por “condução elétrica” JUNÇOES NEURO-MUSCULARES: sinapses entre o neurônio e a célula muscular As sinapses neuromusculares são diferentes das sinapses nervosas SINAPSE NERVOSA JUNÇÃO NEUROMUSCULAR NT Vários excitatórios e inibitórios Ùnico excitatório (acetilcolina), No de vesículas 1 PA: 1vesicula 1 PA: 200 vesículas PPS 0,1mV 50mV Excitabilidade É necessário vários PA para liberarmuitas vesículas e somações Um único PA causa a resposta motora Dois mecanismos fazem com que a acetilcolina permaneça na goteira sináptica por um pequeno intervalo de tempo (milissegundos): 1. Grande parte da acetilcolina é destruída ou inativada pela acetilcolinesterase (AchE). Esta enzima apresenta-se concentrada na superfície da membrana pós-sináptica. O potencial de placa motora é finalizado pela hidrólise de acetilcolina. 2. A acetilcolina não inativada dissipa-se para fora da fenda sináptica e não passa mais a atuar sobre a membrana pós-juncional na fibra muscular. REMOÇÃO DE Ach FADIGA DA TRANSMISSÃO SINÁPTICA Quando as sinapses excitatórias são estimuladas repetitivamente a uma frequência muito rápida, o número de descargas pelo neurônio pós-sináptico é inicialmente MUITO GRANDE, mas torna-se progressivamente MENOR nos milissegundos ou segundos sucessivos. Causa: exaustão das reservas de substância transmissora nas terminações sinápticas. RETARDO SINÁPTICO É o tempo em que a transmissão do impulso nervoso é retardada na junção sináptica. São causas do retardo sináptico: A redução da velocidade do impulso quando ele se aproxima da porção amielínica dos terminais pré-sinápticos; O tempo que os canais de cálcio levam para se abrir em resposta à despolarização do terminal pré-sináptico. O tempo para ocorrer a liberação do transmissor; O tempo para o transmissor atuar sobre os receptores da membrana pós- sináptica e iniciar o potencial funcional pós-sináptico; O tempo de utilização da região do nervo onde o impulso se inicia.
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