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Bases Morfofuncionais – IV Sinapses - Potencial excitatório: prova um potencial pós sináptico excitatório capaz de despolarizar a membrana para passar o potencial de ação. - Inibição: provoca um potencial pós sináptico inibitório que faz com que a célula fique mais negativa e impeça a despolarização. - Sinapse: junção especializada entre neurônios ou com outro tipo celular, célula muscular ou glandular. - A sinapse existe para: dar mais rapidez as informações, contribuem para quando as informações precisam percorrer grandes distâncias sem estar em um único neurônio (do dedo do pé até o encéfalo) e para precisão da respostas (devido as informações serem sincronizadas). · Tipos de sinapse: - Axodendrítica: o axônio de um neurônio faz sinapse com o dendrito do outro. - Axossomática/axonosomática: o axônio de um neurônio faz sinapse com o corpo celular do outro. - Axoaxônica: o axônio de um neurônio faz sinapse com o axônio de outro neurônio. - Dendrodendrítica: o dendrito de um neurônio faz sinapse com o dendrito de outro. · Sinapse elétrica: - A sinapse elétrica geralmente é do tipo axoaxônica pois ela pode amplificar ou sincronizar os potenciais de outra sinapse passam. - Hoje sabemos que a sinapse elétrica efetivamente existe entre neurônios imaturos e células gliais no início do desenvolvimento embrionário. Após este desenvolvimento são substituídas aos poucos por sinapses químicas. - A sinapse elétrica acontece através de JUNÇÕES COMUNICANTES (gaps junction). Essas junções são formadas por canais iônicos chamados CONEXONS. E esses canais são formados por 6 unidades proteicas (conexinas) e um poro. - Existe um pequeno espaço na sinapse elétrica, diferente do espaço na sinapse química (fenda sináptica). - Não existe neurotransmissor, o responsável por passar o potencial na sinapse elétrica são os GAPS (que são os conexons). - 21 genes codificam a proteína conexina. - Doença de Charcot-Marie: ocorre a não produção da conexina 32 (responsável pela aderência da mielina no axônio), devido a uma mutação no gene X; Ocorre desmielinização. Propriedades na sinapse elétrica: - Fluxo bidirecional. - Não processa a informação, apenas transmite. Importante para o desenvolvimento neuronal. - Transmissão ultra rápida, ajuda na sincronização das atividades neuronais. - O acoplamento entre as células pode ser alterado e interrompido quando ocorre a percepção de dano. O citoplasma identifica as alterações e rompe as junções GAP imediatamente. - Detecta células danificadas pela variação de pH (baixo) e elevação nas concentrações de cálcio. Acontece apenas no período de desenvolvimento. - As junções comunicantes também podem estar presentes entre as células gliais e o neurônio para permitir a passagem de substâncias de forma rápida. - Uma das funções é a aderência de várias camadas de mielina entre si principalmente nas células de Schwann. Alterações nessas junções podem causar patologias. · Sinapse química: - Acontece em função do neurotransmissor. - A velocidade de transmissão é um pouco mais lenta que a sinapse elétrica. - Promoveu uma maior precisão na hora de tomar decisões. - A sinapse elétrica é ideal para sincronização (transmissão do impulso) e química para modulação (excitação/inibição). - Provavelmente, no processo evolutivo, ocorreu após o aparecimento das sinapses elétricas. - Permitiu maior complexidade de circuitos funcionais no sistema nervoso. - Possui estruturas que permitem a contiguidade, mas sem continuidade. Componentes da sinapse química: - Fenda sináptica (matriz proteica adesiva). - Transmissão unidirecional do estímulo (elemento pré-sináptico e pós-sináptico). - Vesículas sinápticas/neurotransmissores. - Receptores pós sinápticos. - Recaptação do neurotransmissor na fenda sináptica. Fenda sináptica (matriz adesiva): - É composta de fibronectina e lamnina (matriz adesiva). - 50nm de distância. - É adesiva para não permitir que o neurônio saia do lugar e rompa a fenda. - A matriz guia os neurotransmissores até os seus receptores. - Esse aumento de densidade ocorre nas duas membranas. · Tipos de sinapses e classificações: - Simétrica ou tipo II de Gray: membrana pós sináptica é igual a membrana pré sináptica. Geralmente nesse tipo de sinapse as vesículas são mais achatadas. Geralmente é do tipo inibitória, libera um neurotransmissor inibitório. - Assimétrica ou tipo I de Gray: membranas pré sináptica e pós sinápticas são diferentes, a pós sináptica tem maior densidade. Geralmente é do tipo excitatória, libera um neurotransmissor excitatório. Elementos pré-sinápticos: - Zona ativa: regiões especializadas para liberação do neurotransmissor (regiões mais escuras devido a proteínas específicas). As vesículas ancoram nesses locais. - Neurotransmissor peptídico é sintetizado no corpo celular. - Neurotransmissor proteico pode ser sintetizado no citosol ou no terminal axonal quando é reciclado. Neurotransmissores: - Neurônio colinérgico: localizado na junção neuromuscular. - Vários potenciais (inibitórios ou excitatórios) chegam no mesmo neurônio, o estímulo vai depender do que em tiver maior quantidade e conseguir chegar ao limiar. - Somação temporal: o mesmo axonio soma coforme os potenciais de ação vão chegando (chega pot de ação, abre canal, chega mais abre mais canal). - Somação espacial: varios axonios chegam no mesmo neuronio (cada axônio que chega no neuronio abre 5 canais de sódio). - Varios neuronios pré fazem sinapse no neuronio pós. Vesículas e acoplamento com a membrana pré-sináptica: - Cálcio entra pelos canais de Ca voltagem dependente e empurra as vesiculas até proximo a membrana e ativa o SNARE (complexo de proteínas). - SNARE puxa a vesícula (forma um grampo) e a funde com a membrana para que o conteúdo seja liberado na fenda. - Quanto mais cálcio mais neurotransmissor e quanto menos calcio menos neurotransmissor. Receptores pós-sinápticos: Remoção do neurotransmissor da fenda sináptica: - Difusão atraves da fenda sinaptica. - Degradação do neurotransmissor através de enzimas. - Recaptação do neurotransmissor para ao termnal axonico para ser reutilizado ou para ser enviado as células da glia. - Os astrócitos também são importantes no processo de remoção. Ele ajuda na recaptação do glutamato. - Neurotransmissores derivados de aminoácidos não precisam ser degradados, eles podem ser recaptados. 1. Síntese, transporte e armazenamento do neurotransmissor. 2. Controle da liberação do neurotransmissor na fenda sináptica (PA chega no terminal, abrem-se os canais de Ca++ e este entra no terminal, o aumento de Ca++ provoca a abertura dos poros para liberação do NT na fenda sináptica). 3. Difusão e reconhecimento do NT pelo receptor pós sináptico. 4. Deflagração do potencial de ação. 5. Desativação do neurotransmissor.
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