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1Efeitos dos Medicamentos na Qualidade Vocal e na Laringe Páginas 13 a 18 Artigo de RevisãoArtigo de Revisão I Encontro Ibero-Latino-Americano de Laringologia e Fonocirurgia I Encontro Ibero-Latino-Americano de Laringologia e Fonocirurgia Manaus 2005Manaus 2005 2 PÁGINA RESERVADA PARA ANÚNCIO SIGMA PHARMA 3 Editorial Caros Colegas, Em nome da Academia BrasileiraAcademia BrasileiraAcademia BrasileiraAcademia BrasileiraAcademia Brasileira de Laringologde Laringologde Laringologde Laringologde Laringologia e Via e Via e Via e Via e Voooooz,z,z,z,z, veiculamos a quinta versão da Revista Vox brasilis durante nossa gestão. Aproveitamos a oportunidade para agradecer ao apoio recebido durante os eventos de nossa diretoria ao longo deste ano. Especial agradecimento à participação de todos na Campanha daCampanha daCampanha daCampanha daCampanha da VVVVVooooozzzzz, ocorrida entre 11 e 16 de abril. Mais uma vez, os temas rouquidão e os dis- túrbios da voz ganharam as mídias na- cional e internacional, levando a ques- tão ao conhecimento do público em geral, além do atendimento a milhares de brasileiros. Lembramos a todos que, durante o Congresso Triológico, serão sorteados os prêmios para aqueles que enviaram seus relatórios de atendimen- tos da Campanha da Voz. Se você ain- da não enviou seu relatório, corra, pois novembro está logo aí. Outro grande acontecimento que merece destaque foi o Encontro Ibero-Encontro Ibero-Encontro Ibero-Encontro Ibero-Encontro Ibero- Latino-Americano de Laringologia eLatino-Americano de Laringologia eLatino-Americano de Laringologia eLatino-Americano de Laringologia eLatino-Americano de Laringologia e Fonocirurgia,Fonocirurgia,Fonocirurgia,Fonocirurgia,Fonocirurgia, ocorrido em Manaus, no período de 26 a 28 de maio, juntamen- te com o Congresso Norte-NordesteCongresso Norte-NordesteCongresso Norte-NordesteCongresso Norte-NordesteCongresso Norte-Nordeste de Otorrinolaringologiade Otorrinolaringologiade Otorrinolaringologiade Otorrinolaringologiade Otorrinolaringologia. O evento trans- correu de maneira organizada e contou com a estrutura ideal, o que propiciou a troca de experiências e conhecimentos entre participantes nacionais e colegas do Panamá, Paraguai, Colômbia, Argen- tina, Costa Rica, México, Uruguai e Esta- dos Unidos. O evento foi selado com a criação da Sociedade Latino-Americana de Laringologia e Voz, e com a certeza de ter sido um grande passo para a história da Laringologia e Voz. Momento de grande emoção durante o evento foi a homenagem ao Dr. José Antônio Pinto, por todos os seus anos de dedi- cação e feitos pela nossa especialidade. Neste número, o leitor também vai encontrar o artigo de revisãoartigo de revisãoartigo de revisãoartigo de revisãoartigo de revisão: “Efeitos dos Medicamentos na Qualidade Vocal e na Laringe”, escrito pela Dra. Natasha Braga. Uma revisão de literatura com enfoque prático, que vale a pena ter em mente para atuar de maneira segura no dia a dia. Em novem- bro, esperamos todos vocês em São Paulo para mais um encon- tro da nossa es- pecialidade, du- rante a progra- mação do IV CongIV CongIV CongIV CongIV Congresso Tresso Tresso Tresso Tresso Triológriológriológriológriológico deico deico deico deico de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cér-Otorrinolaringologia e Cirurgia Cér-Otorrinolaringologia e Cirurgia Cér-Otorrinolaringologia e Cirurgia Cér-Otorrinolaringologia e Cirurgia Cér- v ico-Facialv ico-Facialv ico-Facialv ico-Facialv ico-Facial. A programação de La- ringologia e Voz ocorrerá nos dias 12 e 13 de novembro e promete di- namismo e praticidade. Contaremos com a participação internacional de Dr. André Perouse (França), Dr. Gui- llermo Campos (Colômbia) e Dr. Ri- cardo Serrano (Argentina) para abri- lhantar nossas atividades. Com o objetivo de incentivar a pesquisa ci- entífica, programamos uma grande sessão de temas livres, com a partici- pação dos convidados internacionais para enriquecer as discussões e co- mentários. As mesas redondas abor- darão de forma objetiva as contro- vérsias da especialidade. Os painéis foram montados em formato de cur- sos de imersão, o que permitirá o aprofundamento em temas específi- cos para aqueles que estiverem inte- ressados. Esperamos todos os cole- gas para mais este momento de aprendizado, troca de experiências e confraternização. Um abraço Domingos TsujiDomingos TsujiDomingos TsujiDomingos TsujiDomingos Tsuji (Presidente da ABLV) Diretoria ABLV Domingos TsujiDomingos TsujiDomingos TsujiDomingos TsujiDomingos Tsuji (Presidente) Geraldo Druck Sant’Geraldo Druck Sant’Geraldo Druck Sant’Geraldo Druck Sant’Geraldo Druck Sant’AnnaAnnaAnnaAnnaAnna (Vice-presidente) Paulo PerazzoPaulo PerazzoPaulo PerazzoPaulo PerazzoPaulo Perazzo (Secretário Geral) Jefferson D’Jefferson D’Jefferson D’Jefferson D’Jefferson D’AAAAAvilavilavilavilavila (Tesoureiro) Rui ImamuraRui ImamuraRui ImamuraRui ImamuraRui Imamura (Secretário Adjunto) José Eduardo PedrosoJosé Eduardo PedrosoJosé Eduardo PedrosoJosé Eduardo PedrosoJosé Eduardo Pedroso (Tesoureiro Adjunto) Patrícia SantoroPatrícia SantoroPatrícia SantoroPatrícia SantoroPatrícia Santoro (Diretora de publicações) DIRETORIA EXECUTIVA Presidente: Domingos Hiroshi Tsuji São Paulo – SP Vice Presidente: Geraldo Druck Sant’anna Porto Alegre - RS Secretário Paulo Perazzo Salvador - BA Secretário Adjunto Rui Imamura São Paulo - SP Tesoureiro Jéferson Sampaio D’avila Aracaju – SE Tesoureiro Adjunto José Eduardo Pedroso São Paulo – SP REPRESENTANTES REGIONAIS Regional I – Acre, Amapá, Amazonas, Rondônia, Roraima e Tocantins Eduardo A. Kauffman (Manaus) Regional II – Maranhão, Piauí, Ceará, Paraíba, e Rio Grande do Norte José Wilson Meireles (Fortaleza) Regional III – Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia Fabio Coelho A. Siqueira (Recife) Regional IV – Espírito Santo e Rio de Janeiro Guido Herbert F. Heisler (Rio de Janeiro) Regional V – Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais Edson Luiz Costa Monteiro (Goiânia) Regional VI – Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul Marcos Antônio Nemetz (Sta. Catarina) Regional VII – São Paulo (interior) Mario Luiz A. da S. Freitas (Sorocaba) CONSELHO FISCAL Osíris de Oliveira Camponês do Brasil São Paulo - SP Gabriel Kuhl - Porto Alegre - RS Antônio Maciel da Silva - Andradina - SP Carlos Takahiro Chone - Campinas - SP Frederico José Jucá Pimentel - Recife - PE Vox Brasilis Ano 11 • Nº 12 • Junho de 2005 Realização Sintonia Comunicação Coordenação Editorial Patrícia Paula Santoro Jornalista Responsável Claudio Barreto - MTB: 24.018 Projeto Gráfico Alisson Alonso Nunes Diretoria de Publicações voxbrasilis@ablv.com.br Vox Brasilis é o boletim informativo da Academia Brasileira de Laringologia e Voz. Fale conosco Av. Indianópolis, 740 • Moema • 04062-001 • São Paulo • SP Telefax: (11) 5052-2370 / 5052-9515 E-mail: voxbrasilis@ablv.com.br 4 NOVEMBRONOVEMBRONOVEMBRONOVEMBRONOVEMBRO ••••• 10 a 14 - IV Congresso TRIOLÓGICO10 a 14 - IV Congresso TRIOLÓGICO10 a 14 - IV Congresso TRIOLÓGICO10 a 14 - IV Congresso TRIOLÓGICO10 a 14 - IV Congresso TRIOLÓGICO de Otorr inolar ingologia e Ci rurg iade Otorr inolar ingologia e Ci rurg iade Otorr inolar ingologia e Ci rurg iade Otorr inolar ingologia e Ci rurg iade Otorr inolar ingologia e Ci rurg ia Cérvico-FacialCérvico-FacialCérvico-FacialCérvico-FacialCérvico-Facial Local: ITM-Expo - Cidade: São Paulo - SP - telefone: (11) 5052-9515 Ramal 5 - e-mail: eventos@aborlccf.org.br - site: www.aborlccf.org.br DEZEMBRODEZEMBRODEZEMBRODEZEMBRODEZEMBRO ••••• 08 e 09 - I Curso T 08 e 09 - I Curso T 08 e 09 - I Curso T 08 e 09 - I Curso T 08 e 09 - I Curso Teórico-Prático deeórico-Prático deeórico-Prático deeórico-Prático deeórico-Prático de Disfagia da Santa Casade São PauloDisfagia da Santa Casa de São PauloDisfagia da Santa Casa de São PauloDisfagia da Santa Casa de São PauloDisfagia da Santa Casa de São Paulo Coordenadores: Dr. Alessandro Murano, Dr. André Duprat, Dr. Leonardo da Silva - Local: Departamento de Otorrinola- ringologia da Santa Casa de São Paulo - Cidade: São Paulo – SP - Telefone: (11) 3222-8405 Agenda SETEMBROSETEMBROSETEMBROSETEMBROSETEMBRO • • • • • 02 e 03 - I Curso T02 e 03 - I Curso T02 e 03 - I Curso T02 e 03 - I Curso T02 e 03 - I Curso Teórico-Prático deeórico-Prático deeórico-Prático deeórico-Prático deeórico-Prático de Disfunções da Deglutição e RefluxoDisfunções da Deglutição e RefluxoDisfunções da Deglutição e RefluxoDisfunções da Deglutição e RefluxoDisfunções da Deglutição e Refluxo LaringofaríngeoLaringofaríngeoLaringofaríngeoLaringofaríngeoLaringofaríngeo Coordenadores: Luis Ubirajara Sennes, Domingos H. Tsuji, Patrícia P. Santoro, Ra- quel A.Tavares, Rui Imamura - local: Anfite- atro de ORL do Hospital das Clínicas e-mail: www.forl.org.br • • • • • 25 a 28 - 2005 Annual Meeting &25 a 28 - 2005 Annual Meeting &25 a 28 - 2005 Annual Meeting &25 a 28 - 2005 Annual Meeting &25 a 28 - 2005 Annual Meeting & OOOOOTTTTTO EXPO Amer ican Academy ofO EXPO Amer ican Academy ofO EXPO Amer ican Academy ofO EXPO Amer ican Academy ofO EXPO Amer ican Academy of Oto la ryngo logy—Head and NeckOto la ryngo logy—Head and NeckOto la ryngo logy—Head and NeckOto la ryngo logy—Head and NeckOto la ryngo logy—Head and Neck SurgerySurgerySurgerySurgerySurgery California, September 25-28, 2005 - site: h t tp ://www.ent l ink .net/meet ings/ meetings/Annual-Prep.cfm OUTUBROOUTUBROOUTUBROOUTUBROOUTUBRO • • • • • 03 a 05 - Curso T03 a 05 - Curso T03 a 05 - Curso T03 a 05 - Curso T03 a 05 - Curso Teórico-Prático deeórico-Prático deeórico-Prático deeórico-Prático deeórico-Prático de Endoscopia Di r ig ida ao Otor r ino-Endoscopia Di r ig ida ao Otor r ino-Endoscopia Di r ig ida ao Otor r ino-Endoscopia Di r ig ida ao Otor r ino-Endoscopia Di r ig ida ao Otor r ino- laringologistalaringologistalaringologistalaringologistalaringologista Coordenação Científica: Drs. Domingos H. Tsuji, Luiz Ubirajara Sennes e Richard Louis Voegels - local: Anfiteatro de ORL do Hos- pital das Clínicas - Cidade: São Paulo - SP telefone: (11) 30689855 - Fatima - e-mail: fatima@forl.org.br - site: www.forl.org.br ••••• 06 a 08 - Curso T06 a 08 - Curso T06 a 08 - Curso T06 a 08 - Curso T06 a 08 - Curso Teórico-Prático deeórico-Prático deeórico-Prático deeórico-Prático deeórico-Prático de Microcirurgia de Laringe com Dissec-Microcirurgia de Laringe com Dissec-Microcirurgia de Laringe com Dissec-Microcirurgia de Laringe com Dissec-Microcirurgia de Laringe com Dissec- ção de Peçasção de Peçasção de Peçasção de Peçasção de Peças Coordenadores: Dr. Domingos H. Tsuji, Dr. Luiz Ubirajara Sennes e Dr. Richard L. Voegels - local: Anfiteatro de ORL do Hos- pital das Clínicas - e-mail: www.forl.org.br • • • • • 13 e 14 - Simpósio Internacional:13 e 14 - Simpósio Internacional:13 e 14 - Simpósio Internacional:13 e 14 - Simpósio Internacional:13 e 14 - Simpósio Internacional: Câncer de Cabeça e PescoçoCâncer de Cabeça e PescoçoCâncer de Cabeça e PescoçoCâncer de Cabeça e PescoçoCâncer de Cabeça e Pescoço Coordenação Cient í f ica: Drs . José Victor Maniglia, Márcio Coimbra Pe- reira, João Armando Padovani Jr, Atílio Maximino Fernandes, Denise Abrita, Luiz Sérgio Raposo, Fernando Drimel Molina, Alexandre Rofaldini Coraçari - local: Deptº de Otorrinolaringologia e Ci rurg ia de Cabeça e Pescoço da FAMERP - Cidade: São José do Rio Preto - SP - telefone: (17) 235-7017 - e-mail: cenacon@cenacon.com.br site: www.cenacon.com.br ••••• 222220 e 20 e 20 e 20 e 20 e 21 - Curso T1 - Curso T1 - Curso T1 - Curso T1 - Curso Teórico-Prático deeórico-Prático deeórico-Prático deeórico-Prático deeórico-Prático de Ronco e Apnéia do SonoRonco e Apnéia do SonoRonco e Apnéia do SonoRonco e Apnéia do SonoRonco e Apnéia do Sono Coordenadores: Dr. Gilberto Formigoni e Dr. Luiz Ubirajara Sennes - local: Anfitea- tro de ORL do Hospital das Clínicas - e-mail: www.forl.org.br A ACADEMIA BRASILEIRA DE LARINACADEMIA BRASILEIRA DE LARINACADEMIA BRASILEIRA DE LARINACADEMIA BRASILEIRA DE LARINACADEMIA BRASILEIRA DE LARIN----- GGGGGOLOLOLOLOLOGIA E VOGIA E VOGIA E VOGIA E VOGIA E VOOOOOZ - ABZ - ABZ - ABZ - ABZ - ABLLLLLVVVVV, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o n.º 06.103.662/0001-73, com sede à Av. Indianópolis, n.º 740, Bairro Moema, na cida- de de São Paulo/SP, neste ato representa- da por seu Presidente - Dr. Domingos Hiroshi Tsuji, brasileiro, casado, médico, ins- crito no CPF sob o nº 012.903.708/77 e no RG sob o nº 11.974.077, vem, através do presente, COMUNICARCOMUNICARCOMUNICARCOMUNICARCOMUNICAR aos seus associa- dos, de acordo com o Estatuto Social e do Regimento Interno em vigor, que PROMO-PROMO-PROMO-PROMO-PROMO- VERÁVERÁVERÁVERÁVERÁ, no dia 12 de novembro de 200512 de novembro de 200512 de novembro de 200512 de novembro de 200512 de novembro de 2005, durante a realização do IV CongressoIV CongressoIV CongressoIV CongressoIV Congresso TTTTTriológriológriológriológriológico de Otorrrinolaringologico de Otorrrinolaringologico de Otorrrinolaringologico de Otorrrinolaringologico de Otorrrinolaringologiaiaiaiaia, as- sembléia geral ordinária de eleição para a Diretoria Executiva e Conselho Fiscal,Diretoria Executiva e Conselho Fiscal,Diretoria Executiva e Conselho Fiscal,Diretoria Executiva e Conselho Fiscal,Diretoria Executiva e Conselho Fiscal, observando o que segue: 1 –1 –1 –1 –1 – O registro de chapas para a Direto- ria Executiva poderá ser realizado junto à Comissão EleitoralComissão EleitoralComissão EleitoralComissão EleitoralComissão Eleitoral, na sede da ABABABABABLLLLLVVVVV, sito à Av. Indianópolis, n.º 740, Bairro Moema, na cidade de São Paulo/SP, até às 17:00 horas do dia 12 de outubro12 de outubro12 de outubro12 de outubro12 de outubro de 2005de 2005de 2005de 2005de 2005, sendo o EDITAL DE CONVOCAÇÃO PARA ELEIÇÕES GERELEIÇÕES GERELEIÇÕES GERELEIÇÕES GERELEIÇÕES GERAIAIAIAIAIS – ABS – ABS – ABS – ABS – ABLLLLLV – Academia Brasileira de LaringologV – Academia Brasileira de LaringologV – Academia Brasileira de LaringologV – Academia Brasileira de LaringologV – Academia Brasileira de Laringologia e Via e Via e Via e Via e Vooooozzzzz nome de seus integrantes divulgado por circular distribuída a todos os associados ou por meio da Revista Brasileira de ORL, Jornal de ORL, Revista Vox Brasilis ou mídia digital. 2-2-2-2-2- As eleições serão administradas por uma Comissão EleitoralComissão EleitoralComissão EleitoralComissão EleitoralComissão Eleitoral de 03 (três) membros, nomeados pela Diretoria Execu- tiva para tal fim e que elegerá entre si, seu Coordenador. 3-3-3-3-3- A Comissão EleitoralComissão EleitoralComissão EleitoralComissão EleitoralComissão Eleitoral será forma- da, no mínimo com 60 (sessenta) dias de antecedência das eleições, extinguindo-se assim que os resultados da eleição forem proclamados e os eleitos empossados, na própria AGO que os eleger. 4- 4- 4- 4- 4- As chapas inscritas receberão, mediante solicitaçãomediante solicitaçãomediante solicitaçãomediante solicitaçãomediante solicitação, a lista do nome de todos os associados inscritos na ABABABABABLLLLLVVVVV, con- tendo seu endereço de correspondência, telefone e e-mail de contato, assim como sua situação de quitação com a mesma. 5 –5 –5 –5 –5 – As chapas deverão conter candi- datos a todos cargos devendo estes aten- derem às especificações contidas no Es-Es-Es-Es-Es- tatuto Socialtatuto Socialtatuto Socialtatuto Socialtatuto Social vigente disponível aos inte- ressados na sede da ABLV e publicado no site www.ablv.com.br/i_aablv.cfm 6 -6 -6 -6 -6 - Os candidatos à Diretoria Exe-Diretoria Exe-Diretoria Exe-Diretoria Exe-Diretoria Exe- cutivacutivacutivacutivacutivadevem ser sócios Titulares, Titu-Titulares, Titu-Titulares, Titu-Titulares, Titu-Titulares, Titu- lares Colaboradores ou Remidoslares Colaboradores ou Remidoslares Colaboradores ou Remidoslares Colaboradores ou Remidoslares Colaboradores ou Remidos, ins- critos há pelo menos 6 (seis) meses nos quadros da ACADEMIA BRASILEIRA DEACADEMIA BRASILEIRA DEACADEMIA BRASILEIRA DEACADEMIA BRASILEIRA DEACADEMIA BRASILEIRA DE LLLLLARARARARARIIIIINGNGNGNGNGOLOLOLOLOLOGIA E VOGIA E VOGIA E VOGIA E VOGIA E VOOOOOZ – ABZ – ABZ – ABZ – ABZ – ABLLLLLV / ABORV / ABORV / ABORV / ABORV / ABORLLLLL----- CCCCCCFCFCFCFCF, quites com suas obrigações para com a entidade e em pleno exercício de seus direitos sociais, conforme estabelecido no Estatuto e no Regimento Interno. 7- 7- 7- 7- 7- Havendo chapa única, ela poderá ser eleita por aclamação da maioria abso- luta dos presentes ao local de realização da Assembléia Geral. 8-8-8-8-8- Informações mais detalhadas po- derão ser obtidas junto à Secretaria da ABORABORABORABORABORLLLLL-----CCCCCCFCFCFCFCF, que orientará os interessa- dos quanto aos procedimentos de inscri- ção e aos cargos a serem preenchidos. São Paulo, 18 de julho de 2005. Domingos H. TsujiDomingos H. TsujiDomingos H. TsujiDomingos H. TsujiDomingos H. Tsuji (Diretor Presidente da ABLV) 55 Capa Manaus, a cidade cosmopolita em plena selva, foi palco de um grande evento da Otorrinolarin- gologia. Nos dias 26 a 28 de maio, a capital amazonense foi sede do I Encontro Ibero-Latino-Americano de Laringologia e Fonocirurgia, junta- mente com o VIII Congresso Nor- te-Nordeste de Otorrinolaringologia. O evento ocorreu no Hotel Tropi- cal, às margens do belo e imponente Rio Negro. Graças aos esforços do Dr. Do- mingos Tsuji, presidente da Acade- mia Brasileira de Laringologia e Voz (ABLV), e dos doutores Renato Telles de Souza e Eduardo Kauff- man, respectivamente, presidente e coordenador-geral do congresso, e com apoio da Associação Brasi- leira de Otorrinolaringologia e Ci- rurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF), o evento transcorreu de maneira organizada, com a estrutura ideal para propiciar a troca de experiên- cias e conhecimentos. O dia pré-congresso foi de gran- de confraternização com os colegas latino-americanos que conseguiram chegar com antecedência à Manaus. E nada como um passeio de barco temático, com destino ao Encontro das Águas, para brindar este encon- tro com colegas do Panamá, Pa- raguai, Colômbia, Argentina, Costa Rica, México, Uruguai e Estados Uni- dos. O passeio foi perfeito, dia lin- do de muito sol e calor, encontro do Rio Negro com o Rio Solimões, costela de Tambaqui, tribo indígena e muita descontração. Estiveram presentes no evento os seguintes convidados estrangei- ros: Araceli de La Guardia (Pana- má), César Franco Peña (Paraguai), Guillermo Campos (Colômbia), Íris Rodriguez (Argentina), José Alfon- so Chacón (Costa Rica), Masao Kume (México), Pedro Hounie (Uruguai), Ricardo Carrau (Estados Unidos) e Ricardo Serrano (Argen- tina), além de ilustres personalida- des da Laringologia nacional. A palestra inaugural foi proferida pelo Dr. Domingos Tsuji, com o tema “Compreendendo os Parâmetros da Videoestroboscopia”. Após as boas- vindas a todos os palestrantes inter- nacionais, nacionais e congressistas de todo o país, o presidente oficialmente dispensou as formalidades do terno e gravata, deixando os participantes climatizados ao calor de Manaus. Com mesas redondas, palestras e painéis, os temas mais polêmicos e controversos da Laringologia e Fonocirurgia foram abordados de forma objetiva, prática e transparen- te. O rendimento foi muito grande, sendo que todos elogiaram o con- teúdo das apresentações e o nível das discussões. O painel “Princípios Básicos da Fonomicrocirurgia”, o primeiro do encontro, abriu com elegância o evento, com aulas objetivas, e ma- terial didático excepcional. A mesa redonda sobre “Lesões Benignas de pregas vocais (inflamatórias e AEM)” mostrou que o assunto ainda é controverso para todos, necessitan- do de muitos momentos de discus- são de conceitos e estabelecimento de condutas. Momento interessante foi a pa- lestra sobre a “Experiência Brasilei- ra na Campanha da Voz”, com as palavras do Dr. Nédio Steffen, o idealizador da campanha; Dr. Do- mingos Tsuji, atual presidente da ABLV; e Dr. José Antônio Pinto, como o criador do Dia Mundial da Voz, levando a idéia brasileira para muito além de nossas fronteiras. Dr. Domingos comentou sobre as melhorias na logística da campanha, e todos os esforços realizados du- rante a sua gestão para torná-la mais profissionalizada e formatada, com aulas padronizadas e respos- ta às questões mais freqüentes, uni- I Encontro Ibero-Latino-Americano de Laringologia e Fonocirurgia supera expectativas e consagra a formação da Sociedade Latino- Americana de Laringologia e Voz 5 Mesas redondas aprofundaram temas de LaringologiaMesas redondas aprofundaram temas de LaringologiaMesas redondas aprofundaram temas de LaringologiaMesas redondas aprofundaram temas de LaringologiaMesas redondas aprofundaram temas de Laringologia e Fonocirurgia em Manause Fonocirurgia em Manause Fonocirurgia em Manause Fonocirurgia em Manause Fonocirurgia em Manaus 66 Capa (continuação) ficando os conceitos veiculados com o selo da ABLV e da ABORL-CCF. Também foram expostos os resul- tados da campanha na Argentina, pela Dra. Íris Rodriguez e no Méxi- co, pelo Dr. Masao Kume. Ao final do primeiro dia do En- contro, ocorreu a Reunião da Soci- edade Latino-Americana de Laringo- logia e Voz, liderada por: Dr. Do- mingos Tsuji, Dra. Íris Rodriguez, Dr. Massao Kume e Dr. Guillermo Cam- pos. De forma democrática e tran- qüila, contando com a participação de todos os presentes, foram dis- cutidos os pontos principais do es- tatuto da sociedade, que promete organizar reuniões científicas e o de- senvolvimento de atividades acadê- micas entre os países envolvidos. A sessão solene de abertura do I Encontro Ibero-Latino Americano de Laringologia e Fonocirurgia e VIII Congresso Norte-Nordeste de Otorrinolaringologia, fechando a programação do primeiro dia, con- tou com a palestra de Dr. Edson de Oliveira Andrade, presidente do Conselho Federal de Medicina, so- bre os “Desafios Médicos Atuais”. Ocorreu ainda um momento de grande emoção para a Laringologia nacional, com uma merecida home- nagem ao Dr. José Antônio Pinto (ver página 7), por todos os seus anos de dedicação e feitos pela nossa especialidade. O segundo dia do Encontro teve início logo cedo, com sala lotada, todos interessados na palestra do Dr. Ricardo Carrau sobre “Avaliação Clínica e Tratamen- to dos Distúrbios da Deglutição”, mostrando seu maravilhoso traba- lho desde os métodos de avaliação, até procedimentos para o manejo do paciente disfágico. O painel “Como eu Faço/Trato” contou com ricas discussões, com destaque para a questão da leucoplasia X carcino- ma in situ. Ponto alto do dia foi a mesa “Disfonias em Profissionais da Voz”, moderada pelo Dr. Marcos Sarvat, com a apresentação de ca- Participantes do congresso confraternizam-se no passeioParticipantes do congresso confraternizam-se no passeioParticipantes do congresso confraternizam-se no passeioParticipantes do congresso confraternizam-se no passeioParticipantes do congresso confraternizam-se no passeio do encontro do Rio Negro com o Rio Solimõesdo encontro do Rio Negro com o Rio Solimõesdo encontro do Rio Negro com o Rio Solimõesdo encontro do Rio Negro com o Rio Solimõesdo encontro do Rio Negro com o Rio Solimões Reunião da Sociedade Latino-Americana de Laringologia e VozReunião da Sociedade Latino-Americana de Laringologia e VozReunião da Sociedade Latino-Americana de Laringologia e VozReunião da Sociedade Latino-Americana de Laringologia e VozReunião da Sociedade Latino-Americana de Laringologia e Voz sosclínicos que promoveram uma acirrada e empolgante discussão de todos os componentes da mesa com a participação da platéia. Inovação do Congresso foi a sessão “Happy Hour com os Pro- fessores”, realizada no Mirante do Hotel Tropical. Ocorreu em clima de grande descontração, apreciando o pôr do sol no Rio Negro, com direi- to a drinques e aperitivos, na com- panhia de expoentes professores da Laringologia nacional e internacio- nal. Foram discutidos temas de grande importância, como: Lesões pré-neoplásicas/Tumores iniciais/ Estenose laríngea, Fonocirurgia (in- dicações e técnicas), Tratamento não-cirúrgico das laringopatias, Papilomatose laríngea e disfonia na infância. Todos adoraram o forma- to vanguardista de aprendizado, permitindo o contato próximo e in- formal dos participantes. As atividades do Encontro se en- cerraram em grande estilo na ho- ra do almoço do sábado (28 de maio), com a sensação de missão cumprida. Foi unânime entre os par- ticipantes o elogio à organização, à programação, ao nível das apresen- tações e discussões. E, o mais im- portante, a oportunidade de uma efetiva troca de conhecimentos e ex- periências, num clima de respeito e consideração entre todos. 6 77 Dr. José Antonio Pinto é homenageado no Congresso Norte-Nordeste e faz discurso emocionante “Ilustres autoridades, Meus queridos colegas e amigos, ainda conservo a mesma surpresa e emoção ao receber a notícia desta homenagem. Como quem recebe um prêmio de alcan- ce remoto, oferta da sobrestima de amigos, a surpresa encheu-me de profunda alegria que quero compartilhar com todos neste momento festivo. Vivendo há mais de 40 anos toda a evolução e a revolução da Otorrinolaringologia, sinto-me à vontade para sobre ela divagar... Eu nasci dentro de uma outra Medicina, sem os arroubos da tecnologia atual, mas na qual a dignidade médica, a ética e a relação médico-paciente fundamentavam nossa formação. Durante todos esses anos de trabalho fecundo, testemunhei e vivi os grandes avanços e os infortúnios que cercaram nossa profissão. Acompanhei os conflitos e disparates da heterogeneidade profissio- nal, o aviltamento salarial, a perda da auto- nomia da atividade médica pelo cada vez maior domínio de empresas interessadas na saúde como mercadoria, a deterioração da relação médico-paciente, a intromissão em atividades médicas de profissionais de outras áreas de saúde, enfim todo um pro- cesso de desgaste visando diminuir o pres- tígio e o respeito a nossa milenar profissão. As mudanças são hoje a nossa única cons- tante dentro de um mundo, fortemente mar- cado pela velocidade das revoluções (tecnológicas e humanas). Todas estas mu- danças se refletiram sobre a Medicina em vários aspectos e nós, médicos, precisamos estar alertas e preparados para enfrentá-las. Para isto precisamos nos inserir na realida- de e não simplesmente nos adaptarmos a um sistema considerado injusto. Inserir sig- nifica mais que sobreviver, significa construir novos caminhos, novos protocolos, novas maneiras de fazer mais e melhor... Paulo Freire dizia que temos duas formas de agir: Adaptar ou Inserir ... Qual é a nossa??? Há necessidade de desenvolvermos uma visão sistêmica do processo que acontece ao nosso redor e atuarmos com maior cons- ciência nas funções, finalidades, dificulda- des e necessidades de nossa profissão e não apenas reagirmos às ações de outros setores ou ficarmos presos, individualizados, nos nossos consultórios e atividades par- ticulares, assistindo a “banda passar”... Te- mos que estar despertos para entender o momento e nos perguntarmos: Você sabe o que esta acontecendo com a tua profis- são? Você é capaz de prever com detalhes qual é a visão da Medicina para daqui 5 ou 10 anos? É fundamental enxergar o “todo” e não apenas o nosso próprio umbigo... É perceber que nossas ações refletem- se na continuidade do trabalho dos ou- tros... como um efeito dominó. E temos de nos perguntar de tempos em tempos: Este é o caminho que desejamos construir? Se a resposta for não, inevitavelmente estaremos entrando em conflito com o sis- tema, mas este conflito poderá se tornar cons- trutivo e não seremos levados pela corren- teza, ao sabor da maré, sem comida e sem água. Como diz nosso colega Spencer Johnson em seu best-seller - Quem mexeu no meu queijo? : “Se você não mudar, morrerá”. Quero dizer a vocês, prezados amigos e, em especial aos mais jovens, que apesar de todas essas vicissitudes, a Medicina e nossa amada Otorrinolaringologia mantém sua magia... Uma magia respaldada no sentimento humano do trato da dor e do sofrimento, da gratidão e da perda, da vida e da morte... As contradições que nos afetam devem ser superadas pelo retorno dos princípios básicos da medicina holística, humanista e na autonomia do trabalho médico. Dentro de um mercado médico caótico, precisamos voltar atrás e recolocar o mé- dico em seu verdadeiro lugar, indepen- dente, não submisso e absolutamente li- vre em seu exercício profissional. Somen- te com um trabalho coeso, não só de nos- sas sociedades de classe, mas de cada um nós, contra as pressões corporativas, as ações predatórias de empresas ditas da área da saúde, o absurdo aumento de escolas médicas, aliado a finalmente defi- nirmos o ato médico, poderemos resgatar algo que seja de nossa vilipendiada pro- fissão. É neste momento, nesta festa da amizade, em que eu me coloco como exemplo, que eu gostaria de renovar a minha fé em nossa profissão, como ciên- cia e arte, e lhes dizer com a grandeza espiritual de Chico Xavier que... • não percamos o romantismo, mesmo sabendo que as rosas não falam... • que não percamos o otimismo, mes- mo sabendo que o futuro que nos espe- ra não é assim tão alegre... • que não percamos a vontade de viver, mesmo sabendo que a vida é, em muitos momentos, dolorosa... • que não percamos a vontade de ter grandes amigos, mesmo sabendo que, com as voltas do mundo, eles acabem indo embora de nossas vidas... • que não percamos a luz e o brilho no olhar, mesmo sabendo que muitas coisas que vere- mos no mundo, escurecerão nossos olhos... • que não percamos a garra, mesmo sabendo que a derrota e a perda são dois adversários extremamente perigosos... • que não percamos a razão, mesmo sabendo que as tentações da vida são inúmeras e deliciosas... • que não percamos nosso forte abraço, mesmo sabendo que um dia nossos abra- ços estarão fracos... • que não percamos a beleza e a alegria de ver, mesmo sabendo que muitas lágri- mas brotarão dos nossos olhos e escorre- rão por nossas almas... • que não percamos o amor por nossas famílias, mesmo sabendo que elas mui- tas vezes nos exigirão esforços incríveis para manter sua harmonia... • quero aqui deixar o meu beijo de amor e gratidão a minha amada esposa Leila e meus filhos, aqui representado pela mi- nha filha Luciana e meu neto Felipe, ra- zões de meu viver... • que não percamos a vontade de doar este enorme amor que existe em nossos corações, mesmo sabendo que muitas vezes ele será submetido e até rejeitado... • E acima de tudo... • Não nos esqueçamos que Deus nos ama infinitamente, • Que um pequeno grão de alegria e esperança dentro de cada um é capaz de mudar e transformar qualquer coisa, pois... • A vida é construída nos sonhos • E concretizada no amor E, para encerrar, compartilho com todos vocês, queridos amigos, agradecendo à Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial, a Academia Brasileira de Larin- gologia e Voz , a Sociedade Norte-Nordeste de Otorrinolaringologia e ao Comitê Executivo des- te Congresso, em especial meus queridos ami- gos Renato Telles e Eduardo Kauffman, pela alegria e emoção que me proporcionaram. Meu desejo a todos é: Trabaja como si no necesitaras dinero, Ama como si nunca te hubieran herido, Y baila como si nadie teestuviera viendo... Meu muito obrigado a todos e até muito mais”. José Antonio PintoJosé Antonio PintoJosé Antonio PintoJosé Antonio PintoJosé Antonio Pinto Ex-presidente da ABLV Kauffman e José Antonio Pinto:Kauffman e José Antonio Pinto:Kauffman e José Antonio Pinto:Kauffman e José Antonio Pinto:Kauffman e José Antonio Pinto: homenagemhomenagemhomenagemhomenagemhomenagem Capa (continuação) São Paulo vai sediar o IV Con- gresso Triológico de Otorrinolarin- gologia, de 10 a 14 de novembro de 2005. A programação de Laringologia e Voz ocorrerá ao longo de todo o dia 12 (sábado) e no período da manhã do dia 13 de novembro (domingo). A programação promete dinamismo e pratici- dade. Com mesas re- dondas, palestras e pa- inéis, os temas mais po- lêmicos e controver- sos da Laringologia e Fonocirurgia serão abor- dados de forma objeti- va, prática e transparente. Contaremos com a participação internacio- nal dos colegas Dr. André Perouse (França), Dr. Guillermo Campos (Colômbia) e Dr. Ricardo Serrano (Argentina) para abrilhantar nossas atividades. Além das tradicionais con- ferências internacionais, uma das ino- vações da programação da científica do Congresso Triológico é a partici- pação dos convidados estrangeiros na sessão de temas livres. Com o ob- jetivo de incentivar a pesquisa cientí- fica, a ABORL-CCF orientou que to- das as supra-especialidades organi- zassem suas respectivas programa- ções com grandes sessões de temas livres, com a participação dos convi- dados internacionais para enrique- cer as discussões e comentários. Os melhores trabalhos serão apresen- tados e as discussões, sugestões e comentários ficarão a cargo dos ilustres convidados internacionais, além dos grandes nomes nacionais da Laringologia e Voz. A manhã do dia 12 começa logo cedo, às 7h, com a atividade denominada Cyber Café. Está pro- gramada uma palestra inovadora e extremamente útil na era digital e das teleconfe- rências, que abordará os recursos de captura de imagem digital. As mesas redondas e sessões de discussão de casos abordarão de forma objetiva as controvérsias da especialidade. Estão previs- tos os seguintes temas: “Estenose / Paralisia bila- teral de pregas vocais em adultos”, “Adequando o tratamento para o cantor disfônico”, “Incompetência glótica: medialização X in- jeção”, “Sulco e Cicatriz” e “Up to date em Papiloma: como eu trato”. Os painéis foram montados em formato de cursos de imersão, o que permitirá o aprofundamento em te- mas específicos para aqueles que estiverem interessados. 8 Triológico São Paulo vai sediar o I de ORL e Cirurgi 9 IV Congresso Triológico ia Cérvico-Facial O IV Congresso Triológico de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial será realizado nas instalações do ITM Expo, em São Paulo. Um dos maiores centros de convenções e exposições da capital paulista, o local possui 4 pavilhões com cerca de 9 mil metros quadrados cada, além do centro de convenções, composto por 9 salas. Sede de importantes congressos e eventos em várias áreas, o ITM tem uma vocação especial para os congressos mé- dicos, de acordo com o gerente de eventos, Paulo Passos. Recentemente o ITM foi sede do Congresso Brasileiro de Ra- diologia. Também já foi organi- zado no seu espaço o Con- gresso Brasileiro de Patologia Clí- nica e Medicina Laboratorial e o Congresso Internacional de Clí- nica Médica. A infra-estrutura do ITM pro- picia eventos de grande magni- tude. Entre os diferenciais estão a facilidade de acesso para defici- entes físicos, estacionamento co- berto para 2 mil veículos, ar con- dicionado em todos os ambien- tes, escadas rolantes e elevador de carga, enfermaria, linhas tele- fônicas com discagem direta e internet banda larga. O ITM Expo vai oferecer para o associado que comparecer ao Triológico, se- gurança, conforto e tecnologia. Ele apresenta um design moderno e instalações sofisticadas. ITM tem vocação para congressos médicos Para o dia 12 de novembro, es- tão previstos os painéis: “Abordagem terapêutica das lesões pré-malignas e tumores precoces da laringe”, “Afecções laríngeas da infância: como eu investigo e trato” e “Inter- pretação diagnóstica em Laringologia”. No dia 13 estão programados: “Ci- rurgia de Cabeça e Pescoço para o ORL”, “Refluxo Laringo-faríngeo e Distúrbios da Deglutição” e “Microci- rurgia de Laringe: do básico ao avan- çado”. Os painéis terão duração pro- longada. Os tópicos das aulas foram escolhidos visando abordar cada grande tema de uma forma mais completa, passando pela fisiopato- logia, diagnóstico e conduta. A ino- vação visa um maior aprofunda- mento em cada tema abordado. A programação do dia 12 será encerrada com a Assembléia da Aca- demia Brasileira de Laringologia e Voz, que discutirá a nova composição da Diretoria da supra-especialidade para o biênio 2006-2007. A reunião está prevista para ter início às 18hs. Esperamos todos os colegas para mais este momento de aprendizado, troca de experiências e confraternização. 1010 ABLV A 7.ª edição da Campanha da Voz, que ocorreu entre os dias 11 e 16 de abril, movimentou a Otorrinolaringologia por todo o país. O evento deste ano contou com atendimento em diversas localidades, além de apresentações mu- sicais, palestras e outros tipos de atra- ção. O objetivo foi chamar a atenção da população para a importância de se ter cuidados com a voz. Em Belo Horizonte, o Hospital Uni- versitário (HU) atendeu 439 pessoas, sendo que 108 foram encaminhadas para exames mais aprofundados. A exi- Campanha da Voz consolid bição de três corais encerrou a semana em Minas. Em Manaus, palestras, de- bates, oficinas de canto, além do aten- dimento à população, foram os desta- ques. A triagem e orientação à popula- ção foram realizadas no Amazonas Shopping. Curitiba contou com o aten- dimento no Sesc Portão. Com um siste- ma de senhas, o local atendeu cerca de 500 pessoas durante a semana, direcionando o foco para os maiores de 12 anos. Também houve atendimen- to gratuito no Hospital Santa Casa e no Hospital das Clínicas. Otorrinolaringologista examina pacieOtorrinolaringologista examina pacieOtorrinolaringologista examina pacieOtorrinolaringologista examina pacieOtorrinolaringologista examina pacie Cartaz da Campanha da Voz com Claudia Raia e Edosn CelulariCartaz da Campanha da Voz com Claudia Raia e Edosn CelulariCartaz da Campanha da Voz com Claudia Raia e Edosn CelulariCartaz da Campanha da Voz com Claudia Raia e Edosn CelulariCartaz da Campanha da Voz com Claudia Raia e Edosn Celulari Em Vitória, a palestra “Cantar com Consciência” atraiu pessoas interessadas na importância do uso correto da voz, utilizada no canto. Em Natal, a avaliação vocal foi realizada no Natal Shopping. As expectativas foram superadas em Campo Grande. Cerca de 400 pessoas foram examinadas. A intenção inicial era atender 150 pessoas, mas como a 1111 ida-se e conquista o Brasil ente na Unifesp. Atendimento foi o ponto alto da Campanha de 2005.ente na Unifesp. Atendimento foi o ponto alto da Campanha de 2005.ente na Unifesp. Atendimento foi o ponto alto da Campanha de 2005.ente na Unifesp. Atendimento foi o ponto alto da Campanha de 2005.ente na Unifesp. Atendimento foi o ponto alto da Campanha de 2005. procura foi grande, a organização teve de abrir novas inscrições. O coral do Instituto de Educação Artística Gilmar Santiago, em Salvador, fez exercícios de aquecimento e de- saquecimento da voz, aberto ao públi- co. Também houve atendimento nos hospitais Santa Isabel, das Clínicas, e Santo Antônio. Em Teresina, houve pa- lestras de saúde vocal com professores do Instituto Rio Branco. No Clube dos Diários, orientação à população e aten- dimento ao público. Uma sessão espe- cial na Câmara de Vereadores da capital do Piauí também homenageou o Dia Mundialda Voz. Em Cuiabá, as princi- pais atividades foram realizadas nos shoppings Goiabeiras e Pantanal, e no Parque Mãe Bonifácio. Além do atendi- mento, em Fortaleza, no Hospital das Clínicas, Santa Casa, Hospital Geral de Fortaleza e Núcleo de Atenção Médica Integra- da, médicos otorrinolarin- gologistas ministraram pa- lestras também em esco- las e na Secretaria Muni- cipal de Saúde. No Estado de São Pau- lo, hospitais de 60 cidades par- ticiparam da campanha. Na capital, os atendi- mentos concentraram-se na Santa Casa, Unifesp e Hospital das Clínicas. Tam- bém houve eventos no Hospital Beneficência Por- tuguesa, que atendeu mais de 200 pessoas, Hospital São Paulo e Hos- pital São Camilo. Na Santa Casa, a se- mana contou com aten- dimento ao público, pales- tras de conscientização Dona de casaDona de casaDona de casaDona de casaDona de casa aprendeaprendeaprendeaprendeaprende exercíciosexercíciosexercíciosexercíciosexercícios vocaisvocaisvocaisvocaisvocais dos problemas vocais e um show que encerrou o evento com um grupo de samba. No Hospital das Clínicas, o aten- dimento foi reservado a funcionários e pacientes cadastrados. Os casos com- plexos serão tratados no próprio HC. Na Unifesp, o atendimento foi aberto ao pú- blico e contou ainda com o apoio do Hospital São Paulo. De acordo com a clipagem, a campanha foi publicada em 95 jornais e revistas do país; as informa- ções foram ao ar em 52 sites e 37 rádi- os. Pelo menos 28 emissoras de TV abor- daram a campanha por todo o país. 12 PÁGINA RESERVADA PARA ANÚNCIO 13 Artigo 13 A) INTRODUÇÃOA) INTRODUÇÃOA) INTRODUÇÃOA) INTRODUÇÃOA) INTRODUÇÃO Os efeitos dos medicamentos na qualidade vocal e na laringe vêm sen- do estudados na literatura mundial há algumas décadas, contudo poucos estudos têm sido realizados neste âmbito. Os trabalhos científicos que abordam este tema, lamentavelmen- te, se caracterizam por sua simplicida- de na investigação e análise dos re- sultados, tornando este assunto con- trovertido e desprovido de dados objetivos como: análise acústica, eletroglotografia, videoestroboscopia e videoquimografia. BAUER e col (1963) relataram a influência dos hormônios no desenvolvimento da disfonia, aco- metendo 15 % das mulheres com problemas vocais. Durante um longo período somente os hormônios eram abordados como causadores de dis- fonia até que, recentemente, outros grupos de drogas foram identificadas como causadoras de distúrbios la- ríngeos e vocais. O objetivo do presente estudo é realizar extensa revisão de literatura confrontada com os conhecimentos anatômicos, fisiológicos, farmacólogi- cos e histopatológicos a respeito deste tema, visando a identificação dos seus efeitos maléficos na qualidade vocal e na laringe. B) EFB) EFB) EFB) EFB) EFEITEITEITEITEITOS COS COS COS COS COLOLOLOLOLAAAAATERTERTERTERTERAIAIAIAIAIS DOSS DOSS DOSS DOSS DOS MMMMMEDICEDICEDICEDICEDICAMAMAMAMAMENTENTENTENTENTOSOSOSOSOS 1. Princípios básicos de ação1. Princípios básicos de ação1. Princípios básicos de ação1. Princípios básicos de ação1. Princípios básicos de ação dos medicamentosdos medicamentosdos medicamentosdos medicamentosdos medicamentos Os medicamentos atuam no or- ganismo obedecendo a alguns prin- cípios básicos: • A variação biológica é caracterizada pela diferença genética entre os indivídu- os, presença de estresse, desnutrição e doenças, determinando grande variabili- dade na farmacologia das drogas. Efeitos dos Medicamentos na Qualidade Vocal e na Laringe Natasha Andrade Braga, Domingos Hiroshi Tsuji, Silvia Rebelo Pinho e Luis Ubirajara Sennes • A resposta do medicamento geral- mente é proporcional a dose admi- nistrada, porém, algumas vezes pode ocor- rer a idiossincrasia, em que pequenas doses geram efeitos colaterais intensos. • Outro conceito importante é que todo medicamento apresenta o efeito pelo qual é caracterizado, além dos ou- tros efeitos denominados colaterais ou adversos, os quais são indesejáveis. • Na maioria dos agentes farma- cológicos os efeitos adversos são di- retamente proporcionais ao tempo de exposição à droga (MARTIN, 1988). Com a finalidade de proporcionar maior aproveitamento de um medica- mento, deve-se conhecer minuciosa- mente sua farmacologia, visando identi- ficar o surgimento dos efeitos colaterais. 2. Estruturas anatômicas envolvidas2. Estruturas anatômicas envolvidas2. Estruturas anatômicas envolvidas2. Estruturas anatômicas envolvidas2. Estruturas anatômicas envolvidas • Glândulas do trato respiratório: Produzem secreção que consti- tuem o muco. São controladas pelo Sistema Nervoso Autônomo consti- tuído do Sistema Nervoso Simpático, cuja estimulação resulta na liberação de noradrenalina determinando va- soconstrição e diminuição da secre- ção glandular, e Sistema Nervoso Parassimpático com o neurotrans- missor denominado acetilcolina, cuja liberação resulta em vasodilatação e aumento da secreção glandular. O muco é a camada de proteção de toda mucosa do trato respiratório. Ele é composto por substâncias prote- toras contra as infecções (IgA, lisozima), assim como amortece e fa- cilita o contato e coaptação entre as pregas vocais, evitando a ocorrência de um impacto brusco. • Estrutura de camadas da pre- ga vocal incluindo o músculo vocal: A viscoelasticidade do tecido está relacionada à contração muscular, aumentando proporcionalmente quando este mecanismo é desen- cadeado. A contração do músculo vocal pode afetar, acentuadamen- te, as propriedades mecânicas das pregas vocais, determinando a di- minuição da rigidez da mucosa e aumento da viscosidade ou vis- coelasticidade do tecido. Isto é jus- tif icado pelo encurtamento das pregas vocais, resultando na dimi- nuição da tensão da cobertura. Assim, o edema na camada superficial da lâmina própria provoca aumento da rigidez do tecido por au- mentar a tensão da cobertura, redu- zindo a mobilidade da mucosa e au- mentando a viscosidade do tecido. O aumento da viscosidade do muco produz maior gasto de energia pela fricção das superfícies de contato (HAJI, MORI, ISSHIKI, 1992). Prova- velmente, esta correlação justifica o motivo do aumento do limiar da pressão fonatória quando o muco está espesso, pela maior contração muscular. O ressecamento ocasiona o aumento da viscosidade do muco, enquanto a desidratação, por atuar em todas as camadas das pregas, provavelmente diminui a viscoelas- ticidade do tecido. • Trato vocal : É responsável pelo fenômeno da ressonância. A mucosa que o com- põe pode sofrer desidratação ou res- secamento, repercutindo na qualida- de vocal. Sua configuração será de- terminada por contrações e relaxa- mentos musculares, resultando em diferentes tipos de vozes. Exempli- ficando: quando ocorre um relaxa- mento no pórtico velofaríngeo, tere- mos a hipernasalidade. A tensão da faringe e pilares re- sultam em qualidade vocal metalizada; edema dos cornetos, como nos ca- sos de rinites de origem hormonal, determina hiponasalidade. 1414 3. Alterações funcionais3. Alterações funcionais3. Alterações funcionais3. Alterações funcionais3. Alterações funcionais • Eficiência glótica: É a resultante da força da pres- são subglótica pela resistência ofere- cida pelas pregas vocais (BERKE, GERRAT, NASRI, 1994). Assim, qual- quer medicamento que interfira na força muscular laríngea ou torácica, promovendo seu relaxamento ou re- percutindo na respiração, acarreta alterações na voz pela diminuição da eficiência glótica. • Coordenação e propriocepção: Para que ocorra o controle neu- rofisiológico integrado é essencial que as pregas vocais estejam aproximadas na linha média, com perfeito equilí- brio do tônus muscular adutor e abdutor, e a exata tensão dos mús- culos TA e CT. • Fluxo aéreo: O qual deve apresentar pressão adequada e constante. Quando se pro-voca aumento do fluxo ocorre o au- mento da freqüência fundamental, da pressão subglótica, e diminuição do co- eficiente de fechamento (BERKE, VERNEIL, KREIMAN, 1996). Conseqüen- temente, o aumento da pressão subglótica, determina o aumento da excursão lateral e da tensão das pregas vocais, demarcando elevação linear do pitch (HSIAO e col, 1994). Convém sa- lientar que a mudança do pitch com o aumento da pressão tende a ser dis- creta nos profissionais da voz treinados. • Hidratação: O estado de hidratação interfere com o limiar da pressão de fonação (pressão necessária para iniciar a fonação) ou esforço fonatório. O es- tado de hidratação é inversamente proporcional ao esforço fonatório, sendo que este último se eleva de forma acentuada com o aumento do pitch, provavelmente pelo fato da pre- ga vocal estar mais fina e mais rígida pelo seu alongamento (VERDOLINI, TITZE, FENNELL, 1994). A elasticidade vocal está relacionada ao estado de hidratação, estando diminuída na la- ringe desidratada (PERLMAN, TITZE, COOPER, 1984). A desidratação au- menta a rigidez, diminui a viscoelasticidade do tecido, dificultan- do a vibração das pregas vocais, além de promover aumento do pitch (HAJI e col, 1992). Da mesma forma, re- quer maior força laríngea, maior adução, resultando em fadiga vocal (VERDOLINI e col,1994) e maior sus- ceptibilidade ao trauma. A qualidade vocal resultante, provavelmente será rouca, áspera, pitch agudo, que po- derá ser comprovada pelo aumento do jitter, shimmer e proporção har- mônico/ruído (HNR) na análise acús- tica. Os autores comprovaram neste estudo que a hidratação restaurou totalmente a qualidade vocal inicial. A desidratação, além de acarretar diminuição da produção da saliva, deve interferir em todas as camadas das pre- gas vocais, talvez com maior intensida- de na camada superficial da lâmina própria, pela sua composição. Por ou- tro lado, o ressecamento (diminuição da produção do muco), por interferir apenas na mucosa, deve causar maior impacto na pressão fonatória que na qualidade vocal propriamente dita. • Histologia: Os diferentes grupos de drogas atuam de forma heterogênea nas dife- rentes camadas das pregas vocais. WEINBERG (1995) comprovou que a viscoelasticidade depende em parte da porcentagem da distribui- ção de água intrafibrilar da elastina. O estresse mecânico, a pressão os- mótica atuam diretamente no estado de hidratação da elastina. Como a elastina compõe a prega vocal, sua desidratação, certamente, deve inter- ferir na qualidade vocal. A própria de- sidratação ou o aumento da viscosi- dade da prega vocal pode determi- nar um maior estresse mecânico, por demandar maior pressão fonatória, e, também, ressecar a elastina, geran- do um ciclo vicioso. C) FARMACOLOGIA- MECANIS-C) FARMACOLOGIA- MECANIS-C) FARMACOLOGIA- MECANIS-C) FARMACOLOGIA- MECANIS-C) FARMACOLOGIA- MECANIS- MO DE AÇÃO DOS MMO DE AÇÃO DOS MMO DE AÇÃO DOS MMO DE AÇÃO DOS MMO DE AÇÃO DOS MEDICEDICEDICEDICEDICAMAMAMAMAMENTENTENTENTENTOSOSOSOSOS 1. Anti-Histamínicos1. Anti-Histamínicos1. Anti-Histamínicos1. Anti-Histamínicos1. Anti-Histamínicos Ex: diclorfeniramina, prometazina • Clássicos: Inibem a histamina (substância cuja liberação provoca vasodilatação, aumento da permeabilidade vascular, aumento da secreção gástrica, broncoconstrição). Funcionam como anticolinérgicos provocando a dimi- nuição dos efeitos sialogogos das glândulas salivares e outras glându- las exócrinas, reduzindo o muco do trato respiratório, provocando tam- bém vasoconstrição. Associados aos simpaticomiméticos, provavelmente aumentam o ressecamento da pre- ga vocal. Devido à penetração pela barrei- ra hemato-encefálica no Sistema Ner- voso Central (SNC), causam sedação e diminuição da propriocepção, pre- juízo da performance do profissional da voz. (ROCHA, 1994). VERDOLINI et al (1998) afirmam que o ressecamento causa aumento do esforço fonatório. Desta forma su- pomos que estes medicamentos cau- sem disfonia pelo maior esforço fo- natório, provavelmente, pelo impacto sobre o muco, resultando em maior adução glótica, aspereza e surgimento de alterações orgânicas secundárias ao fonotrauma. • Não-clássicos: Ex: terfenadina, astemizol e loratadina. Os novos anti-histamínicos são se- letivos para inibição apenas dos recep- tores H1 (cuja estimulação induz a li- beração da histamina), não penetra no SNC, não causando sedação, tendo discreto efeito sobre acetilcolina (RO- CHA, 1994), e provavelmente, interfe- rindo com menor impacto na voz . 2. Simpaticométicos2. Simpaticométicos2. Simpaticométicos2. Simpaticométicos2. Simpaticométicos • Alfa-adrenérgicos: Ex: pseudoefedrina, fenilpropano- lamina, fenilefrina, nafazolina Promovem vasoconstricção, dimi- nuição do fluxo sangüíneo, glandu- lar e diminuição da secreção mucosa. Tem efeito descongestionante, poden- do causar desidratação da prega vo- cal. O componente aquoso se reduz mais acentuadamente que o mucoso, levando a uma maior viscosidade do muco e diminuição do batimento ciliar (DEITMER & SCHEFFLER,1993). Isto determina maior pressão e esforço fonatório, demarcando, provavelmen- te, elevação do pitch, do jitter, do shimmer, e do HNR. A amplitude de ação depende do tempo de utiliza- ção e fatores associados, como a pre- sença de abuso vocal. 15 • Beta-2-adrenérgicos(agonistas): Ex: metaproterenol, fenoterol, salbutamol Promovem relaxamento da mus- culatura lisa do trato respiratório e re- laxamento da via aérea com melhora da voz (MARTINS & SILVA, 1994). Como já foi comentado, o aumento do fluxo aéreo resulta em elevação da pressão subglótica, com melhora da eficiência glótica, quando utilizado em pacientes com hiperreatividade brôn- quica. Como o uso de brocodilatado- res inalatórios podem causar irritação da mucosa laríngea, deve-se priorizar, sempre que possível, a administração oral destas medicações, diante do pro- fissional da voz (SPIEGEL, HAWKSHAW, SATALOFF, 2000). 3. Antitussígenos3. Antitussígenos3. Antitussígenos3. Antitussígenos3. Antitussígenos Ex: ação central: codeína, morfina. ação periférica: dextrometorfano, benzomanato, dropropizina Atuam no SNC, ou perifericamen- te nos receptores da mucosa brônquica. Os derivados da codeína (ação central) apresentam efeito diurético. Geralmente são combina- das a um veículo alcóolico que de- termina vasodilatação com edema e hiperemia das pregas vocais (THOMPSON, 1995), provavelmente resultando em qualidade vocal rou- ca e discretamente áspera, aumento do jitter, shimmer, HNR. 4. Diuréticos4. Diuréticos4. Diuréticos4. Diuréticos4. Diuréticos Ex: acetazolamida, hidrocloro- tiazida, furosemida, espironolactona. Aumentam a excreção da água e eletrólitos, principalmente o sódio, le- vando a desidratação do organismo (SETÚBAL, 1994). Pela sua maior quantidade de líquido, o espaço de Reinke provavelmente, deve ser o mais afetado, por possuir maior quantidade de líquido na sua com- posição. O uso de diurético aumenta o limiar de pressão fonatória, e, con- seqüentemente, o esforço durante a fonação (VERDOLINI et al,2002). A desidratação da prega vocal de- termina aumento do pitch, shimmer, jitter, HNR, resultando em qualidade vocal rouca, discretamente áspera, às vezes acompanhada de soprosidade nos casos mais graves. 5. Vitamina C5. Vitamina C5. Vitamina C5. Vitamina C5. Vitamina C Funciona como regulador das rea- ções de oxirredução celular (SACRA- MENTO & SILVA, 1994). Devido ao seu efeito diurético, em altas doses, promovem a desidrata- ção da prega vocal cujos prejuízos já foram citados. 6. Agonistas Alfa-Adrenérgicos6. Agonistas Alfa-Adrenérgicos6. Agonistas Alfa-Adrenérgicos6. Agonistas Alfa-Adrenérgicos6. Agonistas Alfa-Adrenérgicos Ex: metildopa, clonidina, reserpina. Agem centralmente diminuindo a tensão arterial. Devido aos seus efei-tos simpaticomiméticos, resultam na redução da produção do compo- nente aquoso do muco com conse- qüente desidratação da prega vocal (THOMPSON,1995). 77777. Cor. Cor. Cor. Cor. Corticosteróidesticosteróidesticosteróidesticosteróidesticosteróides Ex: glicocorticóides- prednisona, dexametazona, triancinolona. mine- ralocorticóides-hidrocortizona Reduzem o edema tecidual (prin- cipalmente os glicocorticóides como a prednisona, dexametasona, trianci- nolona) sendo eficaz quando utiliza- do por períodos curtos na inflama- ções laríngeas. Contudo, podem cau- sar ressecamento da prega vocal por desidratação, quando utilizado com outros objetivos, estando a laringe, inicialmente normal. Sua administra- ção por longos períodos resulta em retenção hídrica (principalmente os mineralocorticóides como a hidro- cortisona) e edema (OLIVEIRA & RI- BEIRO,1994), com provável redução da freqüência fundamental, além de fraqueza muscular, ambas reversíveis com a suspensão da droga. Também irritam o trato digestivo, gerando re- fluxo gastro-esofágico, podendo pro- vocar laringite por refluxo. Os cor- ticosteróides inalatórios também têm sido associados à disfonia com variá- vel incidência (WILLIAMSOM et al, 1995), principalmente quando utili- zado para o tratamento da asma, sendo visibilizado hiperemia com re- dução da onda mucosa e amplitude à estroboscopia (MIRZA et al, 2004) além de edema, leucoplasia (DEL- GAUDIO, 2002 ). Outras causas da perturbação laríngea são a candidíase oral, desi- dratação da mucosa, sendo ambas dose-dependentes. Outros estudos atribuem um efeito nos músculos da laringe, determinando miopatia que resulta no arqueamento das pregas vocais à fonação. (WILLIAMS et al, 1983). Após término do tratamento, as alterações da laringe e da voz so- frem remissão, podendo, contudo, durar meses. Devido à pequena dose empregada, estes efeitos não têm sido descritos em crianças (WILLIAMS et al, 1983). 8. Inibidores da Enzima Conver-8. Inibidores da Enzima Conver-8. Inibidores da Enzima Conver-8. Inibidores da Enzima Conver-8. Inibidores da Enzima Conver- sora de Angiotensinasora de Angiotensinasora de Angiotensinasora de Angiotensinasora de Angiotensina Ex: captopril (Capoten), enalapril, cilazapril. Causam supressão do sistema renina-angiotensina-aldosterona. São utilizadas freqüentemente no tratamento da hipertensão arterial sistêmica, podendo provocar tosse crônica atribuída a liberação de prostaglandinas, resultando em abuso vocal e, conseqüentemente, alterações secundárias na laringe. (ALMEIDA, 1994). 9. Hormônios Masculinos e9. Hormônios Masculinos e9. Hormônios Masculinos e9. Hormônios Masculinos e9. Hormônios Masculinos e FemininosFemininosFemininosFemininosFemininos Ex: testoterona, mesterolona, fluoximesterona. • Andrógenos: A testosterona transforma-se, nos tecidos, em desidrotestoterona, agindo sobre os órgãos genitais e extragenitais. Diminui a excreção urinária de nitrogênio, potássio e fós- foro, promovendo o desenvolvimen- to acelerado da musculatura. Acar- reta retenção hídrica e edema, esti- mulando o crescimento e a secre- ção das glândulas sebáceas, predis- pondo o desenvolvimento da acne (NEIVA, 1989). Administrados ao sexo feminino determinam virilização com modificação do timbre da voz, aumento do clitóris, hirsutismo, hipertrofia e hiperplasia muscular (DERMAN,1995). São utilizados nos distúrbios hipo- gonadais masculinos (AKCAM et al, 2004) e também estão indicados no tratamento da osteoporose (NEED, DURBRIDGE, NORDIN, 1993), clima- tério masculino e subfertilidade. Podem promover uma hiperplasia das células basais e glândulas, aumen- 1616 to da mitose, paraceratose das pre- gas vocais, estratificação e meta- plasia escamosa da mucosa, hi- pertrofia e hiperplasia dos múscu- los tireoaritenóideos, edema no es- troma e cartilagem (TALAAT, ANGE- LO, KELADA, 1987), resultando em redução da freqüência fundamen- tal, diminuição da tessitura vocal, perdas das a l tas f reqüênc ias (GERRITSMA, BROCAR, HAKKES- TEEGT, 1994), instabilidade vocal e aspereza, fonastenia (KOPERA, 1993), geralmente irreversíveis após longos períodos de exposi- ção. DAMTSE (1967) evidenciou uma dificuldade nas cantoras em manter o registro de cabeça du- rante este tratamento e alterações de registros e qualidade vocal de cantores tratados com essa droga (King et al, 2001). Desta forma al- guns autores sugerem o acompa- nhamento destes pacientes a cada 15–28 dias, principalmente em se tratando de profissionais de voz (BRODINTZ,1971), devendo ser suspenso ou reduzido diante des- ta s intomatologia pelo caráter irreversível dos seus efeitos maléfi- cos. Apesar de alguns sintomas na qualidade vocal apresentarem me- lhora parcial após alguns meses de fonoterapia, outros podem perma- necer mesmo após a suspensão do hormônio (BAKER, J, 1999). Por outro lado, o uso destas medi- cações em pacientes com o pitch muito elevado, como na Síndrome de Turner, tem se mostrado muito eficaz (VUORENKOSKI et al, 1978; ANDERSSON et al, 1994). O exa- me laringoscópico pode demons- trar coloração cinza da prega vo- ca l , fac i l i tando o d iagnóst ico (BRODNITZ,1971). • Estrogênios Ex: eti lbestrol, benzoato de estradiol, sulfato de estrona. Interagem com os receptores das células alvo, propiciando modificações genitais e extragenitais. Desta forma promovem concentração e distribui- ção de gordura no tecido celular sub- cutâneo periférico (TCSC); contribu- em para o aumento da espessura da pele, assim como seu conteúdo aquoso; diminuem a atividade das glândulas sebáceas e aumentam o calibre dos seus ductos excretores. No tecido ósseo promovem a proliferação da matriz protéica, toda- via, retardam o crescimento somático ao acelerarem a maturação epifisária. Em relação ao sistema hidroeletrolítico acumulam sódio, resultando em re- tenção hídrica e edema por interferi- rem na polimerização dos mucopo- lissacarídeos-substância do TCSC. En- fim, apresentam um efeito anabo- lizante geral (CRUZ, 1989). São utilizados no tratamento da dismenorréia, esterilidade, hemor- ragia uterina disfuncional, climaté- rio, hirsutismo, acne e ameaça de abortamento. BOOTHROYD & LEPRE (1990) comprovaram que o danazol utiliza- do no tratamento da endometriose e doença fibrocística da mama, de- termina alterações irreversíveis da voz, como redução do pitch e virilização em 7-10% das mulheres (dose 600- 800mg/dia). Os autores também mostram que a telescopia nestes ca- sos é normal ou revela discreto edema, dificultando o diagnóstico precoce. O risco destes efeitos são dose-dependentes e aumentam com a duração do tratamento. Reduzem a Fo da voz no sexo masculino, con- tudo poucas alterações têm sido de- monstradas no tratamento dos transexuais. KAUFMANN et al (1995) relatam que os contraceptivos orais de micro-dosagem não interferem na voz e deve ser indicado com cautela nos profissionais da voz. Por outro lado, AMIR et al (2003) descrevem que apesar de contraceptivos orais com altas concentrações de hor- mônios prejudicarem a qualidade vocal, os de baixa concentração agem promovendo maior estabilidade hormonal, influenciando favoravel- mente a voz. • Progestogênios Ex: acetato de citoproterona ou de medoxiprogesterona. Apresenta ação anabolizante que em ação sinérgica com os estro- gênios acarretam deposição periféri- ca de gordura; devido à sua ação sedativa frequentemente ocasionam sonolência; apresentam ação antagô- nica à aldosterona, favorecendo a diurese, resultando em hipotensão e, provavelmente, em desidratação (CRUZ, 1989). São utilizados no tratamento do câncer de mama, esterilidade, dis- função menstrual, endometriose, pu- berdade precoce e anticoncepção. Seu efeitos na voz estão, prova- velmente, relacionados à desidratação da prega vocal. 10. Neurolépticos10.Neurolépticos10. Neurolépticos10. Neurolépticos10. Neurolépticos Ex: clorpromazina, haloperidol, tioridazina. Bloqueiam os receptores dopami- nérgicos centrais, tendo ação incisiva sobre os delírios e alucinações e uma ação sobre os gânglios da base (sis- tema nigro estriado), gerando efeitos extrapiramidais como a distonia, aca- tisia e parkinsonismo (OLIVEIRA, 1994). As alterações na qualidade vocal ocorrem devido aos efeitos neuromusculares destas drogas, cujo uso prolongado (superior a sete anos) gera o parkinsonismo secun- dário em 14 % dos pacientes (disartrofonia hipocinética: pausas respiratórias, soprosidade, redução da modulação, redução do tempo má- ximo de fonação, alterações articu- latórias, tremor vocal, resultando em qualidade vocal rouca, soprosa, mo- nótona e diplofônica). Concomi- tantemente, é possível que ocorra a redução da pressão subglótica, e, com isso, diminuição da capacidade de elevar o pitch por estes mecanismos. 11. Neuroestimulantes11. Neuroestimulantes11. Neuroestimulantes11. Neuroestimulantes11. Neuroestimulantes Ex: anfetamina, cafeína, fenfluramina. Estimulam o SNC, determinando tremor associado a tiques vocais, ve- locidade acelerada de fala, dificultan- do a compreensão (MARTIN, 1988). Podem também provocar resseca- mento da mucosa do trato vocal, pela diminuição da produção do muco (efeito anticolinérgico). 12. Antidepressivos12. Antidepressivos12. Antidepressivos12. Antidepressivos12. Antidepressivos Ex: fluoxetina (Prozac), amitriptilina (Tryptanol), imipramina (Trofanil). Atuam impedindo a recaptação das aminas biogênicas na fenda siná- ptica no cérebro (OLIVEIRA, 1994). Devido aos seus efeitos adrenér- gicos e anticolinérgico, podem produ- 1717 zir ressecamento da mucosa do tra- to vocal, cujos prejuízos já foram abor- dados. Atuam também no SNC poden- do provocar sedação, irritabilida- de, agitação, náuseas, lentificação da fala e tremores. Por outro lado, atuam favora- velmente nos distúrbios da fala provocados pela depressão (STAS- SEN etal, 1998). 13. Lítio13. Lítio13. Lítio13. Lítio13. Lítio Aumenta a permeabilidade de membrana ao potássio, resultando em saída deste íon para o meio extracelular, e bloqueio das trans- missões sinápticas no SNC (princi- palmente dos gânglios simpáticos). Doses elevadas resultam em di- sartria, zumbidos e tremor oro-facial. (VOGEL & CARTER, 1995). São utilizados em forma de sais de lítio (LIMA & OLIVEIRA, 1994). 14. Ansiolíticos14. Ansiolíticos14. Ansiolíticos14. Ansiolíticos14. Ansiolíticos Ex: diazepam, clonazepan, lorazepan. Os benzodiazepínicos possuem propriedades ansiolíticas, miorrela- xantes, anticonvulsivan- tes e efeitos amnésicos. Tais ações são devidas ao reforço gama-aminobutírico (GABA), o mais importante inibidor da neu- rotransmissão cerebral (SILVEIRA, 1994). Os ansiolíticos são os medi- camentos que mais causam distúrbi- os na voz (MARTIN,1988). Suas alte- rações descritas por VOGEL et al (1995) são de origem neuromuscular (articulação imprecisa da palavra, voz pastosa, hipernasalidade, redução no tempo máximo de fonação, dificulda- des de contrastes surdos-sonoros). A velocidade da mudança de com- primento das pregas vocais determi- na a eficácia na passagem de regis- tro nos cantores, ou seja na mudan- ça de predominância do TA para o CT (passagem do registro de peito para o de cabeça) e vice-versa. Como os ansiolíticos promovem um relaxamento muscular, talvez esta eficácia fique comprometida, re- sultando em prejuízo considerável no canto. Pela qualidade vocal resultante, provavelmente ocorre uma peque- na fenda glótica, ou uma fase aber- ta maior que fase fechada, que se traduz por discreta soprosidade além de discreta nasalidade, relaci- onada ao relaxamento de toda mus- culatura, inclusive palatal. 15. Beta-bloqueadores15. Beta-bloqueadores15. Beta-bloqueadores15. Beta-bloqueadores15. Beta-bloqueadores Ex: propanolol, pindolol, atenolol, timolol. Inibem os receptores beta-adre- nérgicos, sendo antagonistas da adrenalina. Atuam promovendo di- minuição da freqüência cardíaca, tensão arterial, e da excitabilidade da membrana celular. Em peque- nas doses auxil iam nas perfor- mances, combatendo o nervosismo (GATES et al, 1985). O efeito benéfico na qualidade vocal deve estar relacionado à mai- or estabilidade e harmonia durante a fonação, com redução do tremor e instabilidade vocal, proporcionan- do mais precisão na oratória ou melhor performance no canto. 16. Anestésicos Locais16. Anestésicos Locais16. Anestésicos Locais16. Anestésicos Locais16. Anestésicos Locais Ex: tetracaína, lidocaína, dibucaína. Bloqueam o influxo de sódio pela membrana celular dos ner- vos, impedindo o potencial de ação; interferem na musculatura da parede vascular, determinando vasodilatação (GUANAIS & ALVES, 1994). A diminuição do clearance mucociliar, causada por este gru- po, reflete na função protetora da laringe (ARMENGOT et al, 1994). Devido à perda da propriocepção, pode determinar alterações arti- culatórias quando administrados por via oral. Existem mecanorreceptores na região subglótica os quais exercem controle moderado na atividade muscular da laringe, em resposta a variações da pressão nesta região, durante a fonação. Nos cantores, a pressão sub- glótica é adaptada ao loudness e à freqüência fundamental (Fo). O uso de xilocaína promoveu diminuição das respostas destes receptores às variações da pres- são subglótica, todavia não alte- rou a responsividade às alterações da Fo (SUNDBERG, IWARSSON, BELLSTORM, 1995). É possível concluir que os pro- fissionais da voz que utilizam pasti- lhas anestésicas podem prejudicar este reflexo. 1111177777. Metazolamida. Metazolamida. Metazolamida. Metazolamida. Metazolamida Inibe a anidrase carbônica que é responsável pela dissociação quí- mica do ácido carbônico em gás car- bônico e íon hidrogênio. É utilizada em tremor vocal como alternativa ao propanolol (ZESIEWICZ et al, 2002). Contudo, sua eficácia ainda perma- nece controvertida (BUSENBARK et al, 1996). 18. Isotretinoína18. Isotretinoína18. Isotretinoína18. Isotretinoína18. Isotretinoína Reduz a ceratinização folicu- lar, diminui a produção das glân- dulas sebáceas, promovendo o res- secamento da pele (PAIXÃO & DALL’IGNA,1994). É constituída por precursores de vitamina A, vem sen- do utilizada no tratamento da acne moderada e severa, contudo de- termina uma intensa desidratação, com provável prejuízo da qualida- de vocal. D) CONCLUSÃOD) CONCLUSÃOD) CONCLUSÃOD) CONCLUSÃOD) CONCLUSÃO Este estudo nos fez concluir o quanto é importante sabermos os efeitos maléficos dos medicamen- tos na voz e a necessidade de ques- tionarmos o uso dos mesmos na ana- mnese otorrinolaringológica e fono- audiológica. Essas alterações em pessoas normais, na maioria das vezes, é quase imperceptível, e de difícil di- agnóstico, enquanto quando se re- fere ao profissional da voz, como os cantores, pequenas alterações podem provocar desajustes na res- sonância, pitch, loudness, tessitura vocal ou articulação interferindo na projeção vocal e extensão fonatória prejudicando acentuadamente seu desempenho. Assim, diante destes profissio- nais, devemos procurar otimizar a relação entre efeito desejado e efei- to colateral, requerendo, muitas vezes, individualização da dosagem de cada uma destas medicações. 1818 Referências Bibliográficas 1. AKCAM, T; BOLU, E; MERATI, A.L; DURMUS, C; GEREK, M; OZKAPTAN Y. 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