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Universidade da Região da Campanha - URCAMP Pedro Silva Yamurri 6º Semestre Direito Direito processual civil III Qual é a diferença, no que se refere as finalidades, entre a Ação demarcatória e a Ação de divisória? Ação de demarcação está previsto no art. 569, inc. I, do CPC/15, a demarcação tem por finalidade de acabar com a confusão da linha divisória entre dois ou mais prédios que não foi delimitada convenientemente. A ação demarcatória é o procedimento especial de jurisdição contenciosa que serve apenas para terras particulares, pois as terras públicas possuem ação própria chamada “discriminatória”. Ação de divisão só é possível a ação de divisão de terras particulares em bem imóvel comum divisível, passando a coisa a ser indivisa e objeto de comunhão entre os condôminos. Assim, a coisa não pode ser indivisível e a divisão torná-lo impróprio ao seu destino. Ação de divisão é um procedimento especial regido pelo Código de Processo Civil e agora previsto no art. 596, inc. II, do CPC/15. Quais os sujeitos legitimados a compor os polos Ativo e Passivo na Ação de Demarcação? A legitimidade ativa para propor a ação de demarcação de terras particulares é o proprietário do imóvel. Se o demandante é casado, deve ter autorização do seu cônjuge para propor a ação. O condômino também está legitimado para promover a demarcação do imóvel comum. No entanto, sempre que tome a iniciativa, deverão compor o polo ativo, como litisconsortes, todos os demais condôminos, art. 952, CPC/73. Já a legitimidade passiva da ação é o proprietário do imóvel confinante e os condôminos. Se o réu da ação for casado é obrigatória a citação do cônjuge. Quais os sujeitos legitimados a compor os polos Ativo e Passivo na Ação de Divisão? A legitimidade ativa para a ação de divisão poderá ser qualquer dos condôminos. Já a legitimidade passiva estende-se ao usufrutuário, ao usuário e ao enfiteuta. Mas nada impedem que sejam intimados terceiros com interesse na causa. Pode haver cumulação entre a Ação de demarcação e a Divisória? Explique. Conforme o Art. 570 do CPC, sim é possível a cumulação entre ação de demarcação e ação divisória desde que primeiramente se processe a demarcação total ou parcial da coisa comum, tendo que citar os confinantes e os condôminos. De modo que se não houver forem estabelecidos os limites do bem, não poderá ser dividido de modo adequado. Fale sobre as duas fases procedimentais das ações demarcatórias e divisórias. Dessa maneira, na primeira etapa, o magistrado decidirá se o autor tem ou não direito à divisão ou à demarcação, e se esta é necessária. Caso positivo, inicia-se a segunda etapa, na qual serão realizadas as operações essenciais para tornar efetiva a demarcação ou a divisão. É nesta fase que serão tomadas as providências técnicas destinadas a concretizar o que anteriormente foi determinado. Pode haver cumulação entre a Ação de demarcação e Ação Possessória? Explique. Observa-se que não há vantagem alguma na cumulação do procedimento possessório com o demarcatório, pois sendo este um juízo petitório que abrange todas as questões de alta indagação a respeito do direito de propriedade das partes, não tem sentido algum pretender-se a cumulação com uma ação possessória. Há, contudo no possessório uma diferença sobre o petitório é que naquele admite-se as liminares; mas se houver cumulação, terá que desaparecer o rito especial da possessória, pois prevalecerá o rito ordinário (CPC, art. 292, §2º). Retirando-se esta possibilidade da providência liminar parece-nos ineficaz a cumulação de ações. Nesse sentido, vai à jurisprudência. Uma vez contestada a Ação demarcatória ou a Ação divisória, a partir de então até a sentença, qual o procedimento processual a ser seguido? Após a contestação será utilizado o procedimento comum. Em caso de revelia, pode haver a dispensa da realização da prova pericial na Ação de demarcação e na Ação divisória? Na Ação de demarcação não, visto que mesmo em caso de revelia, não se julga, desde já, o mérito, já que o Art. 579 do CPC, determina que, em qualquer caso, antes de ser proferida a sentença que encerrará a primeira fase do procedimento, nomeiam-se um ou mais perito para levantarem o traçado da linha demarcada. Por outro lado, na Ação de divisória sim pode ser dispensada, é possível presumir verdadeiras as alegações do demandante em caso de revelia. Qual é a natureza jurídica da sentença na Ação demarcatória e na Ação divisória. (Declaratória, constitutiva, condenatória, mandamental ou executiva lato sensul). Explique. Na ação demarcatória a natureza jurídica será declaratória quando o juiz, ao estabelecer o traçado a linha demarcada, limitar-se a reconhecer os limites preexistentes como nos marcos destruídos ou arruinados. Também pode ser constitutiva quando o jamais houver qualquer marcação entre os imóveis, desfazendo a sentença confusão entre os prédios. Ação divisória a natureza é constitutiva, visto que, cada parte passará a ser proprietária exclusiva de um imóvel, sendo certo que, antes da sentença, cada um tinha, em seu patrimônio, uma fração ideal do condomínio.