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QuímicaQuímica OrgânicaOrgânica IIII Prof. Diego Lomonaco ““YouYou seesee, , technicallytechnically, , chemistrychemistry is is thethe studystudy ofofmattermatter, , butbut I I preferprefer to to seesee it as it as thethe studystudy ofof changechange: : electronselectrons changechange theirtheir energyenergy levelslevels, , moleculesmolecules changechange theirtheir bondsbonds, , elementselements combine combine andand changechange intointo compoundscompounds.” .” W. WhiteW. White Adição Adição eletrofílicaeletrofílica à ligação à ligação pipi Eliminação (E1 ou E2)Eliminação (E1 ou E2) Reações de AlcenosReações de Alcenos Reações de AlcenosReações de Alcenos • Visão geral: Reações de Adição EletrofílicaReações de Adição Eletrofílica • A ligação pi é rica em elétrons, podendo compartilhar um par de elétrons para um eletrófilo (ácido de Lewis); • Alcenos e alcinos comportam-se como nucleófilos (bases de Lewis) Reações de Adição EletrofílicaReações de Adição Eletrofílica • Alcenos e alcinos comportam-se como bases ou como nucleófilos: Reações de Adição EletrofílicaReações de Adição Eletrofílica Reação de HidroReação de Hidro--halogenação (adição de HX):halogenação (adição de HX): Reações de Adição EletrofílicaReações de Adição Eletrofílica Reação de HidroReação de Hidro--halogenação (adição de HX):halogenação (adição de HX): 1. O alceno é protonado, formando um carbocátion intermediário e um íon brometo 2. O Íon brometo funciona como um nucleófilo e ataca o carbocátion intermediário 1 2 Reações de Adição EletrofílicaReações de Adição Eletrofílica Diagrama de Energia • Reação exergônica (∆G° < 0) • 1ª Etapa da reação (protonação): mais lenta, etapa determinante da reação Reações de Adição EletrofílicaReações de Adição Eletrofílica Reação de HidroReação de Hidro--halogenação (adição de HX):halogenação (adição de HX): Reações de Adição EletrofílicaReações de Adição Eletrofílica Reação de HidroReação de Hidro--halogenação (adição de HX):halogenação (adição de HX): RegioseletividadeRegioseletividade Posições vinílicas Onde H e X se adicionarão? Reações de Adição EletrofílicaReações de Adição Eletrofílica Regra de Markovnikov:Regra de Markovnikov: Adição do tipo Markovnikov “O hidrogênio será adicionado ao carbono “O hidrogênio será adicionado ao carbono vinílicovinílicomais hidrogenado”mais hidrogenado” Vladimir Vasilyevich Nahuel Markovnikov Reações de Adição EletrofílicaReações de Adição Eletrofílica Regra de Markovnikov:Regra de Markovnikov: “O hidrogênio será adicionado ao carbono vinílico mais “O hidrogênio será adicionado ao carbono vinílico mais hidrogenado”hidrogenado” Adição do tipo Markovnikov Estrutura e estabilidade de carbocátions:Estrutura e estabilidade de carbocátions: • Carbocátions são planos (hibridização sp2) • Dados termodinâmicos mostram que a estabilidade dos carbocátions se eleva com o aumento da substituição: Estrutura e estabilidade de carbocátions:Estrutura e estabilidade de carbocátions: A estabilidade dos carbocátions é justificada por dois efeitos: • Efeitos indutivos: Elétrons de grupos alquilas relativamente grandes e mais polarizáveis, podem se deslocar em direção a uma carga positiva vizinha. Estrutura e estabilidade de carbocátions:Estrutura e estabilidade de carbocátions: A estabilidade dos carbocátions é justificada por dois efeitos: • Efeitos de hiperconjugação: A interação entre o OM ligante σ (da ligação C-H) e o orbital p vazio adjacente age estabilizando a carga positiva. Quanto mais grupos alquilas, mais possibilidades existem para a hiperconjugação. Estrutura e estabilidade de carbocátions:Estrutura e estabilidade de carbocátions:Estrutura e estabilidade de carbocátions:Estrutura e estabilidade de carbocátions: Rearranjos de carbocátionsRearranjos de carbocátions Em alguma reações de adição verifica-se a ocorrência de rearranjos estruturais: Rearranjos de carbocátionsRearranjos de carbocátions Em alguma reações de adição verifica-se a ocorrência de rearranjos estruturais: Rearranjos de carbocátionsRearranjos de carbocátions Em alguma reações de adição verifica-se a ocorrência de rearranjos estruturais: Rearranjos de carbocátionsRearranjos de carbocátions Em alguma reações de adição verifica-se a ocorrência de rearranjos estruturais: EstereoquímicaEstereoquímica das das HidroHidro--halogenaçõeshalogenações Em muitos casos, as reações de adição dão origem a carbonos estereogênicos: Nessa reação há a formação de um centro de quiralidade, desta forma dois produtos são obtidos, a mistura racêmica formada pelos enantiômeros R e S: Mistura racêmica 50%50% EstereoquímicaEstereoquímica das das HidroHidro--halogenaçõeshalogenações Em muitos casos, as reações de adição dão origem a carbonos estereogênicos: EstereoquímicaEstereoquímica das das HidroHidro--halogenaçõeshalogenações Em muitos casos, as reações de adição dão origem a carbonos estereogênicos: Reações de Adição EletrofílicaReações de Adição Eletrofílica Reações de Hidratação de Reações de Hidratação de alcenosalcenos:: 1. Hidratação catalisada por ácido 2. Oximercuração (Hg(OAc)2) 3. Hidroboração (BH3) Reações de Adição EletrofílicaReações de Adição Eletrofílica Reação de Hidratação catalisada por ácidoReação de Hidratação catalisada por ácido 1. O alceno é protonado pelo ácido, formando um carbocátion intermediário 2. Ocorre um ataque nucleofílico por uma molécula de água 3. Um próton é removido do álcool protonado (íon oxônio), por outra molécula de água. Reações de Adição EletrofílicaReações de Adição Eletrofílica Reação de Hidratação catalisada por ácidoReação de Hidratação catalisada por ácido •• Os aspectos estereoquímicos e regioseletivos devem ser observados, visto que esta reação ocorre via formação de carbocátion. Reação do tipo Markovnikov Produto racêmico Reações de Adição EletrofílicaReações de Adição Eletrofílica Reação de Hidratação catalisada por ácidoReação de Hidratação catalisada por ácido Reações de Adição EletrofílicaReações de Adição Eletrofílica Reação de Reação de OximercuraçãoOximercuração •• Hidratação de alcenos tipo Markovnikov, sem a ocorrência de rearranjos. • Utiliza-se acetato de mercúrio (II), Hg(AcO)2, seguido de redução com boro-hidreto de sódio (NaBH4) Reações de Adição EletrofílicaReações de Adição Eletrofílica Reação de Reação de OximercuraçãoOximercuração 1.1. Dissociaçãodo acetato de mercúrio em cátion (eletrofílico): 2. Este cátion sofre ataque nucleofílico dos elétrons pi. O carbocátion tradicional não é formado, já que o mercúrio possui elétrons livres capazes de interagir com a carga positiva vizinha, formando uma ponte (íon mercurínio): Reações de Adição EletrofílicaReações de Adição Eletrofílica Reação de Reação de OximercuraçãoOximercuração •• O carbono mais substituído possui uma carga parcial positiva (δ+) em vez de uma completa carga positiva: • Desta forma, o intermediário não sofrerá rearranjo de imediato, mas estará sujeito a um ataque nucleofílico anti (tipo Markovnikov): Reações de Adição EletrofílicaReações de Adição Eletrofílica Reação de Reação de OximercuraçãoOximercuração •• Após o ataque nucleofílico, o mercúrio pode ser removido através do processo chamado desmercurização, que ocorre via mecanismo radicalar com o uso de boro- hidreto de sódio (NaBH4): Reações de Adição EletrofílicaReações de Adição Eletrofílica Reação de Reação de OximercuraçãoOximercuração Reações de Adição EletrofílicaReações de Adição Eletrofílica Reação de Reação de HidroboraçãoHidroboração/Oxidação/Oxidação •• Hidratação de alcenos: reação tipo anti-Markovnikov. • -OH adiciona-seao carbono menos substituído (mais hidrogenado). • Utiliza-se como reagente o borano (BH3), seguido de oxidação com peróxido de hidrogênio (H2O2). Reações de Adição EletrofílicaReações de Adição Eletrofílica Reação de Reação de HidroboraçãoHidroboração/Oxidação/Oxidação •• Estrutura eletrônica do borano é similar a um carbocátion, sem a carga positiva. • O boro possui octeto incompleto (6 e-), sendo bastante reativo e capaz de formar dímeros ao reagir com outra molécula de borano, formando o diborano (B2H6). • Os átomo de hidrogênio no diborano formam ligações bastante particulares, chamadas “ligações dois elétrons-três centros” Reações de Adição EletrofílicaReações de Adição Eletrofílica Reação de Reação de HidroboraçãoHidroboração/Oxidação/Oxidação Considerações do mecanismo reacional Regioseletividade da hidroboração • O primeiro passo dessa reação é a adição do BH2 ao carbono mais hidrogenado, sendo posteriormente substituído pelo grupo -OH. •Esse preferência pode ser explicada através de : (a) considerações eletrônicas (b) considerações estéricas Reações de Adição EletrofílicaReações de Adição Eletrofílica Reação de Reação de HidroboraçãoHidroboração/Oxidação/Oxidação Considerações do mecanismo reacional Regioseletividade da hidroboração (a) considerações eletrônicas: no primeiro passo do mecanismo proposto, o ataque dos elétrons pi desencadeia uma movimentação “simultânea” de um hidreto. À medida que os elétrons atacam o orbital p vazio, um dos carbonos vinílicos adquire carga parcial positiva (δ+). Haverá uma preferência para que a carga positiva seja formada no carbono mais substituído, assim o BH2 se adicionará ao carbono menos substituído. Reações de Adição EletrofílicaReações de Adição Eletrofílica Reação de Reação de HidroboraçãoHidroboração/Oxidação/Oxidação Considerações do mecanismo reacional Regioseletividade da hidroboração (b) considerações estéricas: no primeiro passo do mecanismo proposto, ambos BH2 e H estão sendo adicionados à dupla ligação simultaneamente. Como o BH2 é maior que o H, o estado de transição será menos “comprimido” e possuirá menor energia se o BH2 for posicionado em uma posição menos impedida estericamente. Reações de Adição EletrofílicaReações de Adição Eletrofílica Reação de Reação de HidroboraçãoHidroboração/Oxidação/Oxidação Considerações do mecanismo reacional Estereoespecificidade da hidroboração • O mecanismo de adição concertada do BH2 e do H requer que ambos os grupos adicionem-se à mesma face da dupla ligação, numa adição do tipo syn. • É importante observar se haverá a formação de centros estereogênicos, já que a adição pode ocorrer dos dois lados na mesma proporção, gerando um par de enantiômeros. Reações de Adição EletrofílicaReações de Adição Eletrofílica Reação de Reação de HidroboraçãoHidroboração/Oxidação/Oxidação Reações de Adição EletrofílicaReações de Adição Eletrofílica Reação de Reação de HidroboraçãoHidroboração/Oxidação/Oxidação Mecanismo reacional: Hidroboração O primeiro passo é repetido para cada ligação B-H trialquilborano Reações de Adição EletrofílicaReações de Adição Eletrofílica Reação de Hidroboração/OxidaçãoReação de Hidroboração/Oxidação Oxidação O íon hidróxido funciona como uma base e desprotona o peróxido de hidrogênio, formando um hidroperóxido O hidroperóxido funciona como um nucleófilo e ataca o trialquilborano Um grupo alquila migra, causando a explusão de um íon hidroxido Os primeiros três passos se repetem, convertendo o trialquilborano em um trialcoxiborano O íon hidróxido funciona como um nucleófilo e ataca o trialcoxiborano Reações de Adição EletrofílicaReações de Adição Eletrofílica Reação de Hidroboração/OxidaçãoReação de Hidroboração/Oxidação Oxidação O íon hidróxido funciona como um nucleófilo e ataca o trialcoxiborano Um grupo alcóxido é expulso, removendo a carga negativa do boro O íon alcóxido é protonado Reações de Adição EletrofílicaReações de Adição Eletrofílica Reação de Hidroboração/OxidaçãoReação de Hidroboração/Oxidação Reações de Adição EletrofílicaReações de Adição Eletrofílica Reação de Reação de HalogenaçãoHalogenação •• A halogenação envolve a adição de halogênios (Br2 ou Cl2) à dupla ligação. • A adição ocorre de modo que os átomos de halogênio são inseridos de lados opostos da ligação pi, chamada de adição do tipo anti. Reações de Adição EletrofílicaReações de Adição Eletrofílica Reação de Reação de HalogenaçãoHalogenação •• O bromo molecular é apolar, no entanto é polarizável e com a presença de um nucleófilo pode causar a formação de dipolo momentâneo . • Esse efeito cria uma carga parcial positiva sobre um dos átomos de bromo, tornando-o eletrofílico e susceptível ao ataque nucleofílico. Reação de Reação de HalogenaçãoHalogenação Mecanismo Reações de Adição EletrofílicaReações de Adição Eletrofílica O alceno funciona como um nucleófilo e ataca o bromo molecular, expelindo o brometo como grupo de saída e formando um intermediário em ponte, chamado íon bromônio íon bromônio Reações de Adição EletrofílicaReações de Adição Eletrofílica Reação de Reação de HalogenaçãoHalogenação •• É importante observar a estereoquímica do produto final, já que a configuração do alceno de partida determinará a do produto; Adição anti ao alceno cis-2-buteno gera um par de enantiômeros Adição anti ao alceno trans-2-buteno gera um composto meso Reações de Adição EletrofílicaReações de Adição Eletrofílica Reação de Reação de HalogenaçãoHalogenação Reações de Adição EletrofílicaReações de Adição Eletrofílica Formação de Formação de HaloidrinasHaloidrinas •• Quando a reação de halogenação ocorre em um solvente não-nucleofílico (CHCl3, por exemplo), acontece a adição de átomos de bromo à ligação pi. • No entanto, se essa reação ocorrer na presença de água, o íon bromônio formado inicialmente poderá sofrer ataque ataque tanto pela água quanto pelo brometo. Reações de Adição EletrofílicaReações de Adição Eletrofílica Formação de Formação de HaloidrinasHaloidrinas Mecanismo O alceno ataca o Br2, expelindo o brometo e formando o íon bromônio A água age como nucleófilo e ataca o o íon bromônio A água serve como base e desprotona o íon bromônio Reações de Adição EletrofílicaReações de Adição Eletrofílica Formação de Formação de HaloidrinasHaloidrinas Reações de Adição EletrofílicaReações de Adição Eletrofílica Redução de Redução de alcenosalcenos –– Hidrogenação catalíticaHidrogenação catalítica •• Alcenos reagem com H2 na presença de um catalisador metálico (Pt, Pd ou Ni), produzindo seus equivalentes saturados. • Catalisadores heterogêneos mais utilizados: paládio (Pd/C) ou platina (PtO2). • A adição ocorre pela mesma face da dupla ligação(adição syn) Reações de Adição EletrofílicaReações de Adição Eletrofílica Redução de Redução de alcenosalcenos –– Hidrogenação catalíticaHidrogenação catalítica Reações de Adição EletrofílicaReações de Adição Eletrofílica Redução de Redução de alcenosalcenos –– Hidrogenação catalíticaHidrogenação catalítica •• O hidrogênio molecular interage com a superfície do metal, quebrando a ligação H-H, deixando átomos de H adsorvidos à superfície. • O alceno coordena com a superfície do metal, permitindo a interação entre a ligação pi e os átomos de hidrogênio (adição syn). Reações de Adição EletrofílicaReações de Adição Eletrofílica Redução de Redução de alcenosalcenos –– Hidrogenação catalíticaHidrogenação catalítica •• A estereoquímica da reação deve ser observada, já que esta dependerá dos centros de quiralidade formados. A adição syn gera somente o produto mesoReações de Adição EletrofílicaReações de Adição Eletrofílica Redução de Redução de alcenosalcenos –– Hidrogenação catalíticaHidrogenação catalítica •• A estereoquímica da reação deve ser observada, já que esta dependerá dos centros de quiralidade formados. A adição syn gera uma mistura racêmica (par de enantiômeros) Reações de Adição EletrofílicaReações de Adição Eletrofílica Redução de alcenos Redução de alcenos –– Hidrogenação catalíticaHidrogenação catalítica •• Calores de Hidrogenação: Reações de Adição EletrofílicaReações de Adição Eletrofílica Redução de Redução de alcenosalcenos –– Hidrogenação catalíticaHidrogenação catalítica Reações de Adição EletrofílicaReações de Adição Eletrofílica Oxidação de Oxidação de alcenosalcenos –– EpoxidaçãoEpoxidação e e HidroxilaçãoHidroxilação •• Quando tratados com perácidos, alcenos são oxidados a époxidos. • Um epóxido, é um éter cíclico de três membros (anel oxirano). • Geralmente utiliza-se ácido m-cloroperbenzóico (MCPBA) como oxidante. Reações de Adição EletrofílicaReações de Adição Eletrofílica Oxidação de Oxidação de alcenosalcenos –– EpoxidaçãoEpoxidação e e HidroxilaçãoHidroxilação •• O átomo de oxigênio é transferido pelo perácido à dupla ligação através de um mecanismo syn. Ligações C-O formadas pelo mesmo lado da ligação pi. • O mecanismo é concertado (simultâneo) não ocorrendo a formação de intermediários. • O oxigênio transferido é aquele mais distante da carbonila. Reações de Adição EletrofílicaReações de Adição Eletrofílica Oxidação de alcenos Oxidação de alcenos –– DiidroxilaçãoDiidroxilação antianti •• Os epóxidos sofrem abertura de anel através de catálise ácida com água (hidrólise), dando origem a um diálcool (diol), chamado glicol. • Desta forma, a epoxidação/hidrólise é chamada hidroxilação. Oxidação de Oxidação de alcenosalcenos –– EpoxidaçãoEpoxidação e e HidroxilaçãoHidroxilação •• O mecanismo inicia com a protonação do epóxido, deixando-o mais reativo, seguido pela adição nucleofílica de uma molécula de H2O. • A estereoquímica da reação se assemelha à halogenação, resultando em uma hidroxilação do tipo anti. Reações de Adição EletrofílicaReações de Adição Eletrofílica Reações de Adição EletrofílicaReações de Adição Eletrofílica Oxidação de alcenos Oxidação de alcenos –– DiidroxilaçãoDiidroxilação synsyn •• Quando alcenos são tratados com tretóxido de ósmio (OsO4), há a formação do éster osmato cíclico: • O OsO4 adiciona-se à dupla ligação por um mesmo lado (adição syn) através de um mecanismo concertado. Reações de Adição EletrofílicaReações de Adição Eletrofílica Oxidação de alcenos Oxidação de alcenos –– DiidroxilaçãoDiidroxilação synsyn •• O éster osmato é estável e pode ser isolado, e tratado em seguida com água e Na2SO4 (sulfito de sódio) ou NaHSO4 (bissulfito de sódio), produzindo um diol: •Devido à alta toxicidade do Os, outros métodos são empregados na diidroxilaçãode alcenos utilizando OsO4. cis Reações de Adição EletrofílicaReações de Adição Eletrofílica Oxidação de alcenos Oxidação de alcenos –– DiidroxilaçãoDiidroxilação synsyn • Quantidades catalíticas de OsO4 com um co-oxidante como N-óxido de n- metilmorfolina (NMO) ou hidroperóxido de tertbutila: cis Reações de Adição EletrofílicaReações de Adição Eletrofílica Oxidação de alcenos Oxidação de alcenos –– DiidroxilaçãoDiidroxilação synsyn • Um mecanismo similar é observado na reação de alcenos com permanganato de potássio (KMnO4) a frio em condições alcalinas: cis Oxidação de alcenos Oxidação de alcenos –– Clivagem oxidativa (Clivagem oxidativa (ozonóliseozonólise)) • Alguns reagentes podem realizar a clivagem completa da dupla ligação, entre eles, o mais comum é o ozônio. • O ozônio (O3) é produzido através do bombardeamento de um fluxo de oxigênio por radiação ultravioleta. Reações de Adição EletrofílicaReações de Adição Eletrofílica Oxidação de alcenos Oxidação de alcenos –– Clivagem oxidativa (Clivagem oxidativa (ozonóliseozonólise)) • O ozônio irá reagir primeiramente com o alceno, formando um ozonídeo primário (molozonídeo) que em seguida rearranja, produzindo um ozonídeo mais estável: Reações de Adição EletrofílicaReações de Adição Eletrofílica Oxidação de alcenos Oxidação de alcenos –– Clivagem oxidativa (Clivagem oxidativa (ozonóliseozonólise)) • Na presença de um agente redutor brando (DMS ou Zn/H2O), o ozonídeo é então convertido nos produtos: Reações de Adição EletrofílicaReações de Adição Eletrofílica Oxidação de alcenos Oxidação de alcenos –– Clivagem oxidativa (Clivagem oxidativa (ozonóliseozonólise)) Reações de Adição EletrofílicaReações de Adição Eletrofílica Oxidação de alcenos Oxidação de alcenos –– Clivagem oxidativa (Clivagem oxidativa (ozonóliseozonólise)) Reações de Adição EletrofílicaReações de Adição Eletrofílica Adição radicalar de Adição radicalar de HBrHBr: Adição : Adição antianti--MarkovnikovMarkovnikov • Observa-se que na presença de peróxidos, o produto de adição de HX a alcenos é anti-Markovnikov: Reações de Adição EletrofílicaReações de Adição Eletrofílica Adição radicalar de Adição radicalar de HBrHBr: Adição : Adição AntiAnti--MarkovnikovMarkovnikov Reações de Adição EletrofílicaReações de Adição Eletrofílica Clivagem homolítica Abstração do hidrogênio formação de brometo radicalar INICIAÇÃO Adição radicalar de Adição radicalar de HBrHBr: Adição : Adição AntiAnti--MarkovnikovMarkovnikov Reações de Adição EletrofílicaReações de Adição Eletrofílica Adição Abstração do hidrogênio formação do carbono radicalar mais estável PROPAGAÇÃO Adição radicalar de Adição radicalar de HBrHBr: Adição : Adição AntiAnti--MarkovnikovMarkovnikov Reações de Adição EletrofílicaReações de Adição Eletrofílica Acoplamento TERMINAÇÃO Adição radicalar de Adição radicalar de HBrHBr: Adição : Adição AntiAnti--MarkovnikovMarkovnikov • Iônica vs Radicalar: Reações de Adição EletrofílicaReações de Adição Eletrofílica Reações de Adição EletrofílicaReações de Adição Eletrofílica Redução de Redução de alcinosalcinos –– Hidrogenação catalíticaHidrogenação catalítica •• Alcinos sofrem reação de hidrogenação catalítica similar aos alcenos. • A redução de alcinos utilizando Pt, Pd e Ni como catalisadores dificulta o isolamento do produto parcialmente hidrogenado (alceno): Reações de Adição EletrofílicaReações de Adição Eletrofílica Redução de Redução de alcinosalcinos –– SemiSemi--hidrogenaçãohidrogenação •• Para se obter alcenos a partir de alcinos, são utilizados catalisadores “envenedados”. O mais comum é o catalisador de Lindlar: • O processo é de superfície, similar à hidrogenação catalítica, assim obtêm-se assim o alceno com configuração cis: Reações de Adição EletrofílicaReações de Adição Eletrofílica Redução de Redução de alcinosalcinos –– Hidrogenação catalíticaHidrogenação catalítica Reações de Adição EletrofílicaReações de Adição Eletrofílica Redução de Redução de alcinosalcinos –– Hidrogenação catalíticaHidrogenação catalítica Reações de Adição EletrofílicaReações de Adição Eletrofílica Redução de Redução de alcinosalcinos –– Metais dissolvidosMetais dissolvidos •• Alcinos podem ser reduzidos a alcenos com configuração trans, através de reduções com metais dissolvidos. • O metal empregado é sódio (Na) dissolvido em amônia. Essa reação em conduzida em baixas temperaturas (< 35 °C): Reações de Adição EletrofílicaReações de Adição Eletrofílica Redução de Redução de alcinosalcinos –– Metais dissolvidosMetais dissolvidos •• Alcinos podem ser reduzidos a alcenos com configuração trans, através de reduções com metais dissolvidos. • O metal empregado é o sódio (Na) dissolvido em amônia. Essa reação em conduzida em baixastemperaturas (< -35 °C). Quando dissolvidos em amônia líquida os átomos de sódio servem como fonte de elétrons: Reações de Adição EletrofílicaReações de Adição Eletrofílica Redução de Redução de alcinosalcinos –– Metais dissolvidosMetais dissolvidos •• Mecanismo:Mecanismo: Um elétron é transferido do átomo de sódio para o alcino produzindo um ânion radicalar intermediário A amônia doa um próton ao ânion radicalar, gerando um intermediário radicalar Um elétron é transferido do átomo de sódio para o intermediário radicalar, gerando um ânion Reações de Adição EletrofílicaReações de Adição Eletrofílica Redução de Redução de alcinosalcinos –– Metais dissolvidosMetais dissolvidos •• Mecanismo:Mecanismo: A amônia doa um próton ao ânion radicalar, gerando um alceno trans Um elétron é transferido do átomo de sódio para o intermediário radicalar, gerando um ânion Reações de Adição EletrofílicaReações de Adição Eletrofílica Redução de Redução de alcinosalcinos Hidrogenação catalítica Hidrogenação catalítica vsvs Redução porRedução por metais dissolvidosmetais dissolvidos •• Para produzir um alcano, um alcino deve ser tratado com H2 na presença de um catalisador de Pt, Pd ou Ni. • Para produzir um alceno cis, um alcino deve ser tratado com H2 na presença de um catalisador “envenenado”, como o catalisador de Lindlar. • Para produzir um alceno trans, um alcino deve ser tratado com sódio em amônia líquida. Reações de Adição EletrofílicaReações de Adição Eletrofílica HidroHidro--halogenaçãohalogenação de de alcinosalcinos •• Assim como os alcenos, os alcinos irão reagir com HX através de uma adição do tipo Markovnikov. • O halogênio é adicionado ao carbono mais substituído. • Esta reação pode ser controlada estequiometricamente, obtendo-se, preferenciamente, o produto trans (no caso do uso de 1 eq. de HX) Reações de Adição EletrofílicaReações de Adição Eletrofílica HidroHidro--halogenaçãohalogenação de de alcinosalcinos • Devido à hibridização sp do carbono, a formação de carbocátions vinílicos não é tão prontamente observada como a de um carbocátion alquila. • Carbocátions vinílicos secundários possuem estabilidade similar a de carbocátions alquila primários. A formação de carbocátions vinílicos primários não é observada Reações de Adição EletrofílicaReações de Adição Eletrofílica HidroHidro--halogenaçãohalogenação de de alcinosalcinos • A formação de carbocátions vinílicos primários não é observada, dessa forma, outros mecanismos são propostos: Reações de Adição EletrofílicaReações de Adição Eletrofílica Hidratação de Hidratação de alcinosalcinos •• Alcinos também reagem com H2O em meio ácido, mas somente na presença de um catalisador (HgSO4). • No entanto, o produto obtido não é um álcool vinílico (enol), e sim uma cetona, oriunda da tautomerização ceto-enólica. • Na maior parte dos casos, o equilíbrio ceto-enólico está deslocado no sentido da cetona. Reações de Adição EletrofílicaReações de Adição Eletrofílica Hidratação de Hidratação de alcinosalcinos •• Alcinos também reagem com H2O em meio ácido, mas somente na presença de um catalisador (HgSO4), similar à oximercuração: Reações de Adição EletrofílicaReações de Adição Eletrofílica Hidratação de Hidratação de alcinosalcinos •• Mecanismo de tautomerização ceto-enólica: A ligação pié protonada, gerando um intermediário estabilizado por ressonância Intermediário estabilizado por ressonância O intermediário estabilizado é desprotonadooriginando uma cetona Enóis sofrem processo de tautomerizaçãomesmo em pequenas quantidades de ácido. Reações de Adição EletrofílicaReações de Adição Eletrofílica HidroboraçãoHidroboração--oxidaçãooxidação de de alcinosalcinos •• Alcinos também sofrem reação de hidroboração-oxidação, com a adição de uma hidroxila ao carbono menos substituído (anti-Markovnikov). O produto hidratado, no entanto, não é isolado, e sim, seu tautômero carbonilado. Reações de Adição EletrofílicaReações de Adição Eletrofílica HidroboraçãoHidroboração--oxidaçãooxidação de de alcinosalcinos •• Em meio alcalino, o enol é inicialmente desprotonado, formando o ânion enolato, para depois ser protonado e formar o composto carbonilado: O grupo hidroxila é do enol é desprotonado, gerando o íon enolato íon enolato O enolato é protonado formando o produto carbonilado Reações de Adição EletrofílicaReações de Adição Eletrofílica HalogenaçãoHalogenação de de alcinosalcinos •• Alcinos reagem com halogênios, produzindo compostos tetra-halogenados. • É possível a obtenção de compostos di-halogenados através do controle estequiométrico dos reagentes. O mecanismo de halogenação de alcinos ainda não é completamente compreendido.
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