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UNIVERSIDADE DO PLANALTO CATARINENSE 
PRÓ-REITORIA DE ENSINO 
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL 
 
 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO FINAL DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NO ESTÁGIO 
SUPERVISIONADO 
 
 
GERENCIAMENTO DE EXECUÇÃO E INSPEÇÃO DE OBRAS VIÁRIAS 
PÚBLICAS 
 
 
 
FÁBIO ARAÚJO PRADA 
 
 
 
 
 
 
 
LAGES (SC) 
2013 
 
 
FÁBIO ARAÚJO PRADA 
 
 
 
 
 
GERENCIAMENTO DE EXECUÇÃO E INSPEÇÃO DE OBRAS VIÁRIAS 
PÚBLICAS 
 
 
 
 
Trabalho de conclusão de curso, 
apresentado ao Curso de Engenharia Civil 
da Universidade do Planalto Catarinense 
como requisito para obtenção do título de 
bacharel em Engenharia Civil. 
 
 
 
Orientador: Prof. Arq. . Gastão Pericles Lopes 
Carsten 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LAGES (SC) 
2013 
 
 
FÁBIO ARAÚJO PRADA 
 
GERENCIAMENTO DE EXECUÇÃO E INSPEÇÃO DE OBRAS VIÁRIAS 
PÚBLICAS 
 
 
TRABALHO DE ESTÁGIO 
SUPERVISIONADO APRESENTADO AO 
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA 
CIVIL DA UNIVERSIDADE DO 
PLANALTO CATARINENSE – UNIPLAC 
– COMO REQUISITO PARA OBTENÇÃO 
DO GRAU DE BACHAREL EM 
ENGENHARIA CIVIL, TRABALHO 
ESTE QUE FOI APRESENTADO PELO 
ACADÊMICO “FÁBIO ARAÚJO 
PRADA” OBTENDO CONCEITO 
________ PELO ORIENTADOR DO 
ESTÁGIO. 
 
Lages (SC), 18 de junho de 2013 
 
Prof. Arq. . Gastão Pericles Lopes Carsten 
Orientador - Estágio 
 
 
DEPARTAMENTO TÉCNICO 
 
 
 Carlos Eduardo de Liz Prof. Paulo Mozart Malty de Andrade 
Supervisor de Estágios do Curso Coordenador de Curso 
 de Engenharia Civil 
 
3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedico este trabalho aos meus Pais 
pela minha vida, as oportunidades 
proporcionadas e pelos seus 
ensinamentos. 
4 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Agradeço ao Prof. Arq. Gastão P L 
Carsten pela orientação 
excepcional que tornou esse 
trabalho possível. Agradeço 
também a Deus por tudo em minha 
vida. 
 
5 
 
RESUMO 
Nosso país por ter uma tradição na construção civil de construir em estradas com pavimento 
flexível, e nessas construções por terem vários materiais envolvidos, deve-se ter um 
gerenciamento muito bem aplicado, para que não haja desperdício e não haja uma obra mal 
planejada ou mal executada. No Brasil está investindo mais em pavimentação, desde obras 
municipais, estaduais e federais, não estamos ainda no patamar de investimento ideal para 
pavimentação, mas vem aumentando. Por isso a importância do gerenciamento e inspeção de 
obras publicas. Este relatório apresentou uma revisão bibliográfica básica de pavimentação, 
com objetivo de ter um conhecimento mais aprofundado sobre o assunto. Este relatório trata 
de relatar como se ter o conhecimento de como executar uma estrada, desde a drenagem, 
passando pela sub-base, depois pela base, imprimação e revestimento. 
 
 
 
 
 
Palavra-Chave: Planejamento; Drenagem; pavimentação. 
 
6 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
Figura 1: Escoamento de Aguas Pluviais ................................................................................ 17 
Figura 2: Sarjeta ...................................................................................................................... 18 
Figura 3: Bueiro sob a calçada ................................................................................................ 19 
Figura 4: Bueiro sob a sarjeta .................................................................................................. 19 
Figura 5: Tubulação de concreto ............................................................................................. 20 
Figura 6: Galeria em estrutura de concreto armando .............................................................. 21 
Figura 7: Corte transversal de uma estrada ............................................................................. 23 
Figura 8: Transferência de carga no pavimento ...................................................................... 23 
Figura 9: Tipos granulométricas de brita................................................................................. 24 
Figura 10: Composição de BGS bem compactada .................................................................. 25 
Figura 11: Composição de BGS mal compactada ................................................................... 25 
Figura 12: Rachão, faixa granulométrica entre 12,7 mm a 100mm ........................................ 27 
Figura 13: Imprimação asfáltica .............................................................................................. 28 
Figura 14: Planta da estrada..................................................................................................... 30 
Figura 15: Perfil Longitudinal ................................................................................................. 31 
Figura 16: Seção transversal de pista simples ......................................................................... 32 
Figura 17: Seção transversal de pista dupla............................................................................. 32 
Figura 18: Curva circular simples ........................................................................................... 33 
Figura 19: Deflexão por metro ................................................................................................ 34 
Figura 20: Curva de concordância vertical.............................................................................. 35 
Figura 21: Foto Av Duque de Caxias ...................................................................................... 38 
Figura 22: Seção transversal Avenida Duque de Caxias, segmento 1..................................... 39 
Figura 23: Seção transversal Avenida Duque de Caxias, segmento 2..................................... 40 
Figura 24: Seção transversal Avenida Duque de Caxias, segmento 3..................................... 40 
Figura 25: Imprimação do lado direito, segmento 2................................................................ 42 
Figura 26: Execução de revestimento asfáltico no segmento 2............................................... 42 
Figura 27: Execução de revestimento asfáltico no lado direito segmento 2 ........................... 43 
Figura 28: Execução do segundo revestimento asfáltico no segmento 1 ................................ 43 
Figura 29: Execução do segundo revestimento asfáltico no segmento 1 ................................ 43 
Figura 30: Retirada do passeio do segmento 2 lado direito..................................................... 44 
Figura 31: Execução de sub-base lado esquerdo do segmento 2 com macadame................... 45 
Figura 32: Retirada do pavimento e execução da sub base com macadame ........................... 45 
Figura 33: Execução de base com BGS, lado esquerdo do segmento 2.................................. 46 
Figura 34: Imprimação do lado esquerdo, segmento 2............................................................ 46 
Figura 35: Execução do revestimento asfáltico lado esquerdo no segmento 2 ....................... 47 
Figura 36: Execução de tubos de concreto de 600mm, lado direito do segmento 1 ............... 48 
Figura 37: Deslizamento de solo úmido sobre a execução de drenagem ................................ 48 
Figura 38: Execução de tubos com diâmetro de 600mm lado esquerdo segmento 2.............. 49 
7 
 
Figura 39: Execução de caixa de ligação na estaca 45 lado esquerdo, segmento 2 ................ 49 
Figura 40: Execução de meio fio no canteiro da ciclovia, segmento 2 ...................................50 
Figura 41: Execução de meio fio no canteiro da ciclovia, segmento 2 ................................... 51 
Figura 42: Avenida Santa Catarina.......................................................................................... 52 
Figura 43: Seção transversal Avenida Santa Catarina............................................................. 52 
Figura 44: Seção transversal Avenida Santa Catarina Acesso Sul.......................................... 53 
Figura 45: Execução de sub-base com macadame seco e compactado com rolo liso............. 54 
Figura 46: Execução da base, espalhamento de BGS com motoniveladora............................ 54 
Figura 47: Compactação da base com rolo liso....................................................................... 55 
Figura 48: Imprimação com espaguidor manual ..................................................................... 55 
Figura 49: Execução de revestimento com CAUQ, utilizando pavimentadora....................... 56 
8 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 10 
 
1.1 Caracterização da Organização ..................................................................................... 10 
 
1.2 Situação problemática..................................................................................................... 10 
 
1.2.1 Descrição do problema .................................................................................................. 10 
 
1.3 Objetivos........................................................................................................................... 11 
 
1.3.1 Objetivo Geral ................................................................................................................ 11 
 
1.3.2 Objetivos Específicos...................................................................................................... 11 
 
1.4 Justificativa ...................................................................................................................... 11 
 
2 METODOLOGIA............................................................................................................... 13 
 
3 PLANEJAMENTO............................................................................................................. 14 
 
4 DRENAGEM ...................................................................................................................... 17 
 
4.1 Tipos de drenagem .......................................................................................................... 18 
 
4.1.1 Sarjeta............................................................................................................................. 18 
 
4.1.2 Bueiro ............................................................................................................................. 19 
 
4.1.3 Tubulação ....................................................................................................................... 20 
 
4.1.4 Galerias .......................................................................................................................... 21 
 
5 PAVIMENTAÇÃO............................................................................................................. 22 
 
5.1 Base ................................................................................................................................... 24 
 
5.2 Sub-Base ........................................................................................................................... 26 
 
9 
 
5.3 Revestimento .................................................................................................................... 27 
 
5.4 Representação Gráfica .................................................................................................... 29 
 
5.5 Curvas de concordância horizontal e vertical............................................................... 32 
 
5.6 Ensaios .............................................................................................................................. 35 
 
5.6.1 Granulometria ................................................................................................................ 36 
 
5.6.2 Ensaio de Penetração..................................................................................................... 36 
 
5.6.3 Ensaio de Viscosidade Saybolt-Furol............................................................................. 37 
 
5.6.4 ensaio de Densidade Aparente ....................................................................................... 37 
 
6 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS.................................................................................. 38 
 
6.1 Avenida Duque de Caxias ............................................................................................... 38 
 
6.1.1 Detalhes da Obra ........................................................................................................... 38 
 
6.1.2 Execução de pavimento .................................................................................................. 40 
 
6.1.3 Drenagem ....................................................................................................................... 47 
 
6.1.4 Meio Fio ......................................................................................................................... 50 
 
6.2 Avenida Santa Catarina Acesso Sul............................................................................... 51 
 
6.2.1 Detalhes da obra ............................................................................................................ 51 
 
6.2.2 Execução de pavimentação ............................................................................................ 53 
 
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................................. 57 
 
8 BIBLIOGRAFIA ................................................................................................................ 58
10 
 
1 INTRODUÇÃO 
1.1 Caracterização da Organização 
 
A Prefeitura de Lages, através da Secretaria de Infraestrutura está oportunizando o 
estágio obrigatório supervisionado, sobre obras de pavimentação e drenagem desse município. 
A Secretaria de Infraestrutura é formada por três departamentos descritos: 
Assessoria Administrativa; 
Corpo Técnico; 
Departamento Pavimentação; 
A secretaria está comandada pelo secretario Joel Netto Monn. 
A Secretaria está localizada na Avenida Presidente Vargas, número 958, bairro 
São Cristóvão, Lages (SC). 
À Secretaria Municipal de Infraestrutura compete desenvolver as atividades 
relacionadas com o planejamento em conjunto a Secretaria do Planejamento, a formulação e a 
normatização de políticas, programas, projetos, ações e execuções de obras, inclusive para 
prevenção e resposta a desastres. 
1.2 Situação Problemática 
1.2.1 – Descrição do Problema 
 
O nosso país necessita de muita obra de infraestrutura, e a cada dia inicia-se mais 
e mais obras para atender as necessidades da população. Mas, para que haja uma boa obra, 
11 
 
deve-se sempre fiscalizar estas obras, desde sua licitação, os estudos de impacto ao meio 
ambiente, e de junto a vizinhança, a implantação, considerado também projeto básico, projeto 
executivo, projeto de urbanização, projeto de recuperação de área degradada. 
Neste trabalho será destacado a importância do gerenciamento de obras de 
infraestrutura, evidenciando os fatos criteriosamente e assim podendo chegar a um 
entendimento que possa melhorar a qualidade, pois nosso País necessita cada vez mais de 
tecnologia e gerenciamento dessas obras.1.3 Objetivos 
1.3.1 Objetivo Geral 
 
O presente trabalho tem por objetivo demonstrar o gerenciamento de obras de 
infraestrutura, obedecendo as normas técnicas brasileira. 
 
1.3.2 – Objetivos Específicos 
 
1- Conhecer métodos de ensaios tecnológicos 
2- Conhecer métodos de execução de pavimentação 
3- Conhecer métodos de execução de drenagem pluvial 
 
1.4 Justificativa 
Nosso país ainda é desorganizado em questões de obras. Temos diversas carências 
nesse assunto, e cada dia vê-se nos telejornais cada vez mais obras superfaturadas ou que 
orçamentos começou com um valor e acabam terminando com orçamento dobrado. 
Então é importante gerenciar a obras, pois não dispomos de tanto dinheiro assim 
12 
 
para gastar com uma única obra, sendo que se bem planejado e fiscalizado podemos até 
economizar recursos dessa obra para outras e assim podendo atender melhor nossas 
necessidades. 
A importância de um grande gerenciamento de qualidade nas obras de 
infraestrutura encontra-se justamente no quesito financeiro, no controle de gastos, nos 
projetos bem feitos, em orçamento precisos e especificações corretas, e especialmente 
relevante, o bem executar o projeto, evitar desperdícios e refazimentos, mazelas que sofrem 
muitas obras no Brasil. 
 
 
 
 
13 
 
2 METODOLOGIA 
O presente trabalho será organizado em etapas: 
1) Na primeira etapa será feito um estudo nas normas vigentes; 
2) Realização de uma Revisão Bibliográfica; 
3) Fazer estudos de casos. 
 
14 
 
3 PLANEJAMENTO 
 
Para executar uma via, antes de mais nada é preciso um bom projeto, e o mesmo 
deve atender as reais necessidades da via, respeitando as características topográficas do 
terreno onde será implantada a via. Levando em conta também, a capacidade de tráfego, 
número de pistas e de faixas de tráfego, velocidade de projeto. Deve-se projetar a via com 
uma visão de futuro, caso o tráfego aumente, ou seja, está via já deverá ser suficiente para 
atender novas demandas. 
Segundo Pimenta (2004, p 2). 
 
Grande número de veículos muda as características da via ao longo do tempo, 
alterando seu comportamento. Interesses diversos podem causar mudanças no uso 
dos diversos meios de transportes, alterando os volumes e a composição do tráfego 
das estradas ao longo dos anos. 
 
A lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993 (Normas para licitações e contratos) 
estabelece os seguintes procedimentos. 
• Projeto básico; 
• Projeto executivo; 
• Execução das obras e serviços. 
 
Mas antes do projeto básico é realizado um anteprojeto, onde depois de decidido 
os pontos de ligação, é definido o traçado, o tipo de pavimentação que será utilizado entre 
outros fatores. Sempre é realizado mais que um estudo nesse traçado, assim podendo definir o 
melhor custo beneficio da obra. 
Segundo Antas (2010. P. 5) 
 
A principal finalidade do anteprojeto é realizar uma avaliação técnico-econômico da 
15 
 
ligação, agora com mais detalhes do que os estudos desenvolvidos na etapa de 
planejamento. Como resultado seleciona-se a alternativa de traçado mais adequado 
sob os enfoques econômicos e técnicos. 
 
O anteprojeto costuma seguir a seguinte sequência: 
 
• Exame do terreno ao longo da diretriz; 
• Identificação dos pontos obrigatórios; 
• Escolhas dos pontos de intersecção das tangentes (PI); 
• Definição das coordenadas dos PIs; 
• Cálculo dos comprimentos das tangentes e das deflexões (AC) 
• Escolha de raios mais convenientes para as curvar circulares, de forma a 
acomodar a estrada à topografia, evitando obstáculos conhecidos; 
• Cálculo das coordenadas dos pontos notáveis das curvas: ponto de início da 
curva (PC) e ponto final (PT); 
• Levantamento do perfil do terreno sobre o traçado escolhido; 
• Escolha dos pontos de intersecção das rampas (PIV) em perfil; 
• Determinação de cotas e estacas dos PIVs escolhidos; 
• Cálculo das rampas resultantes, inclinação e extensão; 
• Escolha das curvas verticais: calculo de cotas e estacas dos pontos de início 
(PVC) e fim de curvas (PTV). 
 
Segundo Antas (2010. P. 5) 
 
O anteprojeto permite definir a alternativa mais conveniente para a ligação 
pretendida e fornece uma ideia dos problemas técnicos levantados durante a análise 
das alternativas. A partir de soluções usuais desses problemas, sem definir ainda a 
melhor solução, obtém-se um custo a ser considerado na avaliação da alternativa. Já 
no projeto básico, com mais informações, encaminha-se a solução considerada mais 
adequada para cada caso, recorrendo-se inclusive à criatividade para se encontrar a 
melhor solução para cada problema, verificando-se as soluções encaminhadas 
anteriormente, com o emprego de tecnologia mais conveniente, sem abandonado o 
aspecto econômico. 
 
O projeto executivo ou projeto final, nada mais é que a soma de todos os projetos 
16 
 
parciais, memoriais descritivos, memoriais de cálculo, justificativas de soluções adotadas, etc. 
17 
 
4 DRENAGEM 
É muito importante levar em consideração águas pluviais, sua bacia e pontos de 
deságue. Cada vez mais as cidades estão aumentando sua população e devido a isso cada vez 
mais aumentando as demandas de e consequentemente a impermeabilização do solo. E a 
ausência de planejamento acaba levando a inúmeros problemas para população, como por 
exemplo enchentes. Pois quanto mais a cidade cresce mais se cria solo impermeável, onde que 
acarretara em uma vazão maior para pontos de alagamentos. Exemplificado no figura 1. 
 
 
Figura 1: Escoamento de águas pluviais 
Fonte: www.brasilengenharia.com.br 
 
 
Como exemplificado na figura 1, pode-se ver que, quanto mais urbanizado maior 
será a velocidade da água. A anos a natureza já fez seu curso dágua, onde no trecho de 
alagamento já estava com uma topografia tal que suportava a água que receberia e depois a 
18 
 
escoaria, sem que se acumulasse, mas com a chegada do homem e o crescimento desordenado 
das cidades sem planejamento, e que diminui-se a permeabilidade do solo e 
consequentemente isso aumentou a velocidade e nas áreas antes que suportava uma vazão 
menor agora começam a acumular água e causando enchentes e transtornos a população. 
 
Segundo Tucci (2001. P. 406) 
 
O planejamento urbano, embora envolva fundamentos interdisciplinares, na prática é 
realizado dentro de um âmbito mais restrito do conhecimento. O planejamento da 
ocupação do espaço no Brasil, através do Plano Diretor Urbano não tem considerado 
aspectos de drenagem urbana e qualidade da água, que trazem grandes transtornos e 
custos para a sociedade e para o ambiente. O desenvolvimento urbano brasileiro tem 
produzido aumento significativo na frequência das inundações, na produção de 
sedimentos e na deterioração da qualidade da água. 
 
 
4.1 Tipos de Drenagem 
 
 
Existem vários tipos de sistemas de drenagem, e cada um está melhor 
dimensionado para sua finalidade, aqui será mencionado alguns tipos de drenagem que 
usamos em nossa cidade. 
 
4.1.1 Sarjeta 
 
Sarjeta, de formato geralmente triangular, serve para canalizar a água pluvial até o 
bueiro, localizado no extremo da via. Conforme figura 2. 
 
 
Figura 2: Sarjeta. 
19 
 
Fonte: http://www.dec.ufcg.edu.br/saneamento/Dren01.html 
4.1.2 Bueiro 
 
 Bueiros, também denominadas de bocas de lobo, são estruturas para coleta das 
águas superficiais transportadas pelas sarjetas, em geral estão situadas sob o passeio ou sob a 
sarjeta, estas são ligadas por tubulações, onde se interligam até chegar a uma galeria ou um 
rio. Conforme figura 3 e figura 4. 
 
 
Figura 3: Bueiro sob a calçada 
Fonte:http://www.dec.ufcg.edu.br/saneamento/Dren01.html 
 
 
 
Figura 4: Bueiro sob a sarjeta 
Fonte: http://www.dec.ufcg.edu.br/saneamento/Dren01.html 
 
 
20 
 
 
4.1.3 Tubulação 
 
Tubulação, geralmente constituída de concreto armado, tem a função de conduzir 
a água pluvial, até um riacho ou rio, ou também a uma galeria. Eles têm várias dimensões pré-
determinadas, para que assim não haja desperdício na execução de uma obra, pois não seria 
necessário usar um tubo maior para uma vazão pequena. Para o dimensionamento desses 
tubos pode ser usado a formula de Kutter. 
 
Q = (1,486 . A . R^2/3 . J^1/2) : K (1) 
 
Onde: 
 Q (vazão em m³/s) 
 A (Área da Seção da vazão m²) 
 R ( Raio hidráulico, área transversal dividida pela área molhada) 
 J (Declividade do tubo m/m) 
 K (Coeficiente de rugosidade do tubo) 
 
 
Figura 5: Tubulação de concreto 
Fonte: http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAEiwAA/galerias-drenagem-guas-pluviais-
com-tubos 
21 
 
 
4.1.4 Galerias 
 
O nome já diz tudo, nada mais é que uma galeria, com dimensão igual ou superior 
a 4,5 m², geralmente construídos de concreto armado. Como nos tubos também é calculado 
suas dimensões, para que não haja excesso ou falta de seção. Essas galerias tem finalidade de 
coletar a água pluvial dos tubos de concreto e destiná-las para um riacho ou rio de vazão 
maior. 
 
 
Figura 6: Galeria em estrutura de concreto armado 
Fonte: http://www.otemplodesalomao.com/blog/nova_galeria_de_aguas_pluviais-24.html 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
22 
 
5 PAVIMENTAÇÃO 
Segundo Balbo (2007. P. 13) 
 
O homem, a fim de obter melhor acesso às áreas cultiváveis e às fontes de madeira, 
rochas, minerais e água, além do desejo de expandir sua área ou território de 
influência, criou o que chamamos de estradas, cuja lembrança mais remota provém 
da china – país que as inventou. Bem mais tarde, os romanos aperfeiçoaram as 
estradas, instalando pavimentos e drenagem, com o intuito de torná-las duradouras. 
 
Segundo Senço (2007. P. 6) 
 
Pavimento é a estrutura construída sobre terraplanagem. É um sistema de várias 
camadas de espessuras finitas que se assenta sobre um semi-espaço infinito. 
 
A pavimentação é muito importante para o homem, mas para isso precisa se saber 
bem como pavimentar, precisa-se planejar bem, e pavimentar uma estrada de circulação de 
veículos é uma obra civil. E nada mais é do que melhorar o tráfego da estrada, criando uma 
superfície mais regular, mais aderente, segura e confortável para os usuários. 
O pavimento é uma estrutura não permanente, e é composta por várias camadas 
composta de diferentes materiais, compactados a partir do seu subleito. Sendo eles subleito, 
reforço do subleito, sub-base, base, camada de ligação, revestimento. Mas o mais utilizado é o 
pavimento flexível, e sua construção fica em sub-base, base e revestimento, revestimento que 
é de concreto asfáltico usinado a quente (CAUQ) ou concreto betuminoso usinado a quente 
(CBUQ). Sendo que as cargas são passadas para base e sub-base, diferentemente do 
pavimento rígido, que que suporta todas as cargas no próprio revestimento, sendo esse 
revestimento de concreto armado. Nesse último caso, a sub-base e base não precisam ser tão 
reforçados como no pavimento flexível. 
 
23 
 
 
Figura 7: Corte transversal de uma estrada 
Fonte: http://www.ufrgs.br/petengcivil/Arquivos/Materiais/aula02-Terminologia.pdf 
 
Figura 8: Transferência de carga no pavimento 
Fonte: http://meusite.mackenzie.com.br/pavimento/PDF/Estradas_2_Aula_01.pdf 
 
 
24 
 
5.1 Base 
Segundo Senço (2007. P . 20) 
 
Base é a camada destinada a resistir aos esforços verticais oriundas do tráfego e 
distribuí-los. Na verdade, o pavimento pode ser considerado composto de base e 
revestimento, sendo que a base poderá ou não ser completada pela sub-base e pelo 
reforço do subleito. 
 
A base, é constituída de Brita Graduada Simples (BGS), resultante da mistura de 
agregados que passaram por peneiras após britagem, e classificados, que são estocados por 
faixa de granulometria. No mínimo precisa-se de três a quatro matérias, sendo eles, brita 2, 
brita 1, predrisco e pó de pedra. 
Método simples de execução, esses depois de misturados, são espalhados pela 
pista por uma motoniveladora e compactados por rolo de pneus de 2,5 ton, e um rolo liso 
metálico de 3 ton. Tem que se ter muito cuidado com a compactação, pois pode haver 
segregação entre os agregados e até mesmo esmagamento dos agrados mais graúdos. 
 
 
Figura 9: Tipos granulométricos de brita. 
Fonte: Pavimentação Asfáltica, projeto e restauração 
 
25 
 
 
Figura 10: Composição de BGS bem compactada. 
Fonte: Pavimentação Asfáltica, projeto e restauração 
 
Figura 11: Composição de BGS mal compactada 
Fonte: Pavimentação Asfáltica, projeto e restauração 
 
 
26 
 
Segundo Balbo (2007. P. 157) 
 
As britas graduadas simples são materiais resultantes da mistura (em uma usina 
apropriada) de agregados britados que passaram por processo de peneiramento e 
classificados (divididos e estocados por faixas de diâmetros), sendo todas as suas 
frações provenientes de britagem, em geral de uma mesma rocha, resultando em 
uma mistura bem graduada, com umidade controlada em usina, seguida de 
compactação do material em pista. 
5.2 Sub-base 
 
Segundo Senço (2007. P. 19) 
 
Sub-base é a camada complementar à base, quando, por circunstâncias técnicas e 
econômicas, não for aconselhável construir a base diretamente sobre a regularização 
ou reforço do subleito. Segundo a regra geral – com exceção dos pavimentos de 
estrutura invertida – o material constituinte deverá ter características tecnológicas 
superiores 
 
A sub-base é constituída pelo mesmo material que é utilizado na base, apenas 
acrescentando pedras pulmão (rachão obtido no britador primário), esse material é conhecido 
por macadame seco. Pode-se ainda incluir nesse material basalto em decomposição. 
O método de execução, depois de extraído das jazidas, onde está instalado o 
britador, o rachão é transportado o material até o local da obra, ao chegar o material é 
espalhado por motoniveladoras, compactação por rolos metálicos vibratórios, espalhamento 
de agregados miúdos de brita sobre o rachão de maneira que ocupe os espaços vazios, e 
compactado com rolos vibratórios pesados até que o material preencha bem os vazios. 
 
27 
 
 
Figura 12: Rachão, faixa granulométrica entre 12,7 mm a 100mm 
Fonte: http://www.embusa.com.br/index.php/macadame-seco/ 
 
5.3 Revestimento Betuminoso 
Segundo Bauer (1994. P. 730) 
 
Entre os materiais de grande emprego na construção estão chamados materiais 
betuminosos, como o asfalto, os alcatrões, os óleos graxos. Eles são materiais de uso 
preponderante em pavimentações rodoviários e em impermeabilizações. 
 
Segundo Senço (2007. P. 27) 
 
Concreto betuminoso ou concreto asfáltico usinados a quente, é o mais nobre dos 
revestimentos, consiste na mistura íntima de agregado, satisfazendo rigorosas 
especificações, e betume devidamente dosado. A mistura é feita em usina, com 
rigoroso controle de granulometria, teor de betume, temperaturas do agregado e do 
28 
 
betume, transporte, aplicação e compressão, sendo mesmo o serviço de mais acurado 
controle dos que compõem as etapas da pavimentação. 
 
Depois de pronta a base, é aplicado o revestimento de concreto asfáltico usinado a 
quente (CAUQ) ou concreto betuminoso usinado a quente (CBUQ), mas antes da aplicação 
desse revestimento é aplicado a imprimação. Que nada maisé do que um asfalto diluído por 
exemplo um CM30 ao CM70. 
 
Segundo Balbo (2007. P. 194) 
 
Às imprimações asfálticas está sempre associada a função de impermeabilizar uma 
superfície de uma camada de pavimento. O ligante asfáltico é aplicado sobre a 
superfície da base de pavimento e penetrará em seus extratos superiores, 
promovendo o enchimento de seus vazios nessa região, diminuindo fatalmente as 
possibilidades de infiltração de águas pela superfície da camada em questão. 
 
 
Figura 13: imprimação asfáltica 
Fonte: http://colinas.to.gov.br/noticia/prefeitura-inicia-capa-asfaltica-do-santa-rosa/145 
 
Logo após a imprimação é feito uma pintura de ligação, que nada mais é que 
emulsão asfáltica, sendo de ruptura rápida, ou ruptura média, ou ruptura lenta. 
29 
 
Logo após esses passos é aplicado o revestimento de CBUQ ou CAUQ, a 
espessura máxima deve ser de 5 cm, caso necessário precise de mais uma camada, é feito 
mais uma pintura de ligação entre camadas e executada mais uma camada de 5 cm. 
 
5.4 Representação gráfica 
 
Segundo Antas (2010. P. 18) 
 
O resultado de qualquer projeto de Engenharia é contido em um desenho técnico. 
Identicamente no projeto de estradas tem-se uma representação gráfica conclusiva 
de cada etapa. 
Como veículo desloca-se, a representação ideal desse projeto seria tridimensional. 
Na impossibilidade dessa representação de forma corrente, recorre-se à projeção da 
via nos três planos convencionais, como ocorre nos demais projetos de engenharia. 
Tendo em vista predominância da dimensão longitudinal, representa-se a via pelo 
eixo, projetado em um plano horizontal, a planta, e vertical, o perfil longitudinal, em 
escalas definidas de acordo com o grau de detalhe necessário para cada etapa. No 
plano transversal representa-se a seção-tipo da via, com todos os dados pormenores. 
 
O projeto é representado graficamente por planta, perfil longitudinal das seções 
transversais. 
 A planta representa a projeção da estrada sobre o plano horizontal. Conforme 
figura 15. 
O perfil longitudinal representa a projeção da intersecção da estrada com a 
superfície, demonstrando onde terá cortes e aterros. Conforme figura 16. 
Seções transversais é a representação gráfica do corte da estrada, indicando a 
largura da pista, largura das faixas, largura do passeio, largura de ciclovias, onde estão tubos 
de drenagem, tubos do esgoto, tubos de fiação caso subterrâneo, etc. conforme figuras 17 e 
30 
 
18. 
 
 
Figura 14: Planta da estrada 
Fonte: Projeto geométrico de rodovias 
31 
 
 
 
Figura 15: perfil longitudinal 
Fonte: Projeto geométrico de rodovias 
32 
 
 
Figura 16: Seção transversal de pista simples 
Fonte: Projeto geométrico de rodovias 
 
 
Figura 17: Seção transversal de pista dupla 
Fonte: Projeto geométrico de rodovias 
 
5.5 Curvas de concordâncias horizontal e vertical 
 
Segundo Antas (2010. P. 92) 
Geometricamente a diretriz se caracteriza por segmentos retos concordados por 
curvas. Os segmentos retos recebem a denominação de tangentes e ficam adjacentes 
a uma curva de concordância, necessária para proporcionar gradual modificação de 
direção dos veículos. 
O ideal para as seria, como já dito antes, que as estradas ligassem dois pontos em 
uma linha reta, mas como nosso relevo tem muitos desníveis, acabamos por adotar curvas 
33 
 
horizontais e verticais, para que facilite a execução e o custo da obra diminua, pois é mais 
fácil contornar uma grande montanha do que cortar ela ou fazer um túnel para atravessá-la. 
Mas essas curvas tem que proporcionar segurança e conforto também. 
Para poder dimensionar essas curvas, existem fórmulas matemáticas para o cálculo 
das mesmas, proporcionando a segurança e conforto necessário que se necessita. 
 
 
Figura 18: Curva circular simples 
Fonte: Estradas, projeto geométrico e de terraplanagem 
 
Onde: 
 TE ou TS – tangente – espiral 
 EC ou SC – espiral – arco de círculo 
 CE ou CS – aro de círculo – espiral 
 ET ou ST – espiral – tangente 
 
34 
 
 
Figura 19: Deflexão por metro 
Fonte: Estradas, projeto geométrico e de terraplanagem 
 
Para cálculos de curvas horizontais, pode-se usar algumas dessas fórmulas, 
demonstradas nas figuras 19 e 20: 
 
Grau 
 
Tangente 
 
Afastamento 
 
Desenvolvimento 
35 
 
 
 
 
Figura 20: Curva de concordância vertical 
Fonte: Estradas, projeto geométrico e de terraplanagem 
 
Para cálculos para curvas verticais, conforme demonstrado na figura 21, utiliza-se 
a formula: 
 
 
 
 
5.6 Ensaios 
Foi falado muito em execução, ou pelo menos nas mais importantes partes de uma 
execução de uma estrada ou via. Mas não podem esquecer de mencionar os ensaios que são 
feitos para garantir uma boa execução da obra, pois é a única forma que podemos conferir se 
realmente está bem executado e que no futuro não cause problemas. 
36 
 
São vários ensaios que se utiliza na construção de uma estrada, desde a 
granulometria da base e sub-base, até ensaios de densidade do concreto asfáltico usinado a 
quente ou concreto betuminoso usinado a quente. 
 
5.6.1 Granulometria 
 
O ensaio de granulometria nada mais é do que o recolhimento de um material de 
um determinado ponto ou pontos da estrada, e peneirados em peneiras com aberturas nas 
malhas normatizadas, sendo trinta e seis peneiras com aberturas em mm, que vai desde a 
peneira 4¨ com 101,6 mm até a peneira Nº 200, com 0,074 mm de abertura. As malhas são 
quadradas de fios de latão. Depois de peneirados, e feito a pesagem de cada material que 
ficou retido em cada peneira e fazendo-se assim uma curva granulométrica em papel 
milimetrado e assim vendo as porcentagens de cada material usado. Com este ensaio pode se 
ver se o material foi o correto utilizado na execução e se não houve esmagamento na hora da 
compactação com o rolo liso. 
Segundo Senço (2007. P. 76) 
 
A composição granulométrica de um solo permite o conhecimento das porcentagens 
das partículas constituintes em função de suas dimensões, o que representa um 
elemento de grande valia para os estudos do comportamento desse solo, quer como 
elemento constituinte da fundação em que apoia um pavimento, quer como 
constituinte das próprias camadas do pavimento. 
 
5.6.2 Ensaio de penetração 
 
Ensaio de penetração é o processo onde é coletado uma amostra do cimento 
asfáltico de petróleo (CAP) que será utilizado na pavimentação. Nesta amostra será penetrado 
uma agulha padronizada, com uma carga de 100 g aplicada por um tempo de 5 segundos. A 
37 
 
temperatura da amostra deve estar em 25° C. Esse ensaio serve para mostrar a consistência ou 
controlar o material que está sendo utilizado na pavimentação. Um exemplo, no caso foi feito 
três penetrações no CAP, sendo elas medidas e dando o resultado de 87 mm, 89 mm e 91 mm, 
sendo a média de 89 mm, classificando-se em um CAP 85-100. 
 
 
5.6.3 Ensaio de Viscosidade Saybolt-Furol 
 
No ensaio de viscosidade saybolt-furol, é o processo em que é coletado 60 ml de 
CAP, este material é colocado no viscosímetro saybolt-furol, onde o CAP fluirá pelo furol, 
com diâmetro de 4,3 mm a uma temperatura de 136,5° C, e é medido seu tempo em segundos. 
Este ensaio tem por finalidade determinar a fluidez dos CAP’s nas temperaturas em seus 
diversos serviços. 
 
5.6.4 Ensaio de Densidade Aparente 
 
Ensaio de densidade aparente, é coletado um corpo de prova do concreto asfáltico 
usinado a quente CAUQ, ou concreto betuminoso usinado a quente CBUQ, no formato 
cilíndrico. Este corpo de prova é pesado emuma balança de precisão e logo depois pesado 
dentro da água com uma balança hidrostática. 
38 
 
6 ATIVIDADES REALIZADAS 
6.1 Avenida Duque de Caxias 
 
6.1.1 Detalhes da Obra 
 
A avenida Duque de Caxias está passando por uma revitalização, sendo a parte 
revitalizada, desde a Rua Correia Pinto, até a BR 282, obra centralizada na Cidade de Lages 
SC. Conforme figura 22. 
 
 
Figura 21: foto Av. Duque de Caxias, Lages SC 
Fonte: Google Mapas 
39 
 
A referida obra está passando por uma revitalização, e está dividida em três 
trechos, primeiro trecho compreendido da Rua Correia Pinto até Avenida Belizário Ramos, 
segundo trecho compreendido da Avenida Belizário Ramos até Rua Getúlio Vargas e o 
terceiro e último trecho compreendido da Rua Getúlio Vargas até BR 282. Esta obra será 
refeito todo a pavimentação, o passeio público, drenagem, iluminação pública e será 
implantado uma ciclovia no canteiro central. O projeto fornecido foi apenas as seções 
transversais conforme figuras 23, 24 e 25 a seguir: 
 
 
Figura 22: Seção Transversal Avenida Dique de Caxias, segmento 1, Rua Correia Pinto até 
Avenida Belizário Ramos, 1) Revestimento em CAUQ, espessura 9cm 2) Base em BGS, 
espessura 17 cm 3) Sub Base de Macadame, espessura 20cm 4) Drenagem, tubo de 600 mm 
Fonte: Fábio Araújo Prada 
 
 
 
 
 
40 
 
 
Figura 23: Seção Transversal Avenida Dique de Caxias, segmento 2, Avenida Belizário 
Ramos até Rua Getúlio Vargas, 1) Revestimento em CAUQ, espessura 9cm 2) Base em BGS, 
espessura 17 cm 3) Sub Base de Macadame, espessura 20cm 4) Drenagem, tubo de 600 mm 
Fonte: Fábio Araújo Prada 
 
 
Figura 24: Seção Transversal Avenida Dique de Caxias, segmento 3, Rua Getúlio Vargas até 
BR - 282, 1) Revestimento em CAUQ, espessura 9cm 2) Base em BGS, espessura 17 cm 3) 
Sub-Base de Macadame, espessura 20cm 4) Drenagem, tubo de 600 mm 
Fonte: Fábio Araújo Prada 
 
 
6.1.2 Execução de pavimentação 
 
Foi executado pavimentação do lado direito do segmento 2, que compreende o 
trecho da Avenida Belizário Ramos até a Rua Getúlio Vargas. Foi utilizado o antigo 
pavimento como Sub-Base, apenas preenchendo as laterais com macadame seco, foi 
41 
 
executado com 20 cm de espessura. A Base foi executada com 17 cm de BGS e espalhada 
com motoniveladora e compactada com rolo liso, logo foi realizado ensaio de densidade “in 
situ”, granulometria. Os resultados foram favoráveis, com exceção do material entre estacas 
65 à 66, onde constatou que estava fora da faixa de trabalho, estava faltando a presença de 
finos no material, foi retirado essa base e refeito o trecho. Refeito o ensaio foi liberado. 
Logo após foi feito a imprimação com CM 30 manualmente com espaguidor, 
executado uma pintura de ligação feito manualmente com espaguidor e executado 4 cm de 
espessura de CAUQ em toda a extensão do segmento 2 com uma pavimentadora, foi 
compactado com rolo liso e pneumático. Foi realizado uma pintura de ligação no segmento 1, 
manualmente com espaguidor, sobre a primeira camada de CAUQ com uma pavimentadora, 
e realizado a segunda camada de CAUQ com espessura de 3 cm em todo segmento e 
compactado com rolo liso e rolo pneumático. 
Logo que pavimentado o lado direito do segmento 2, foi retirado do lado esquerdo 
do segmento 2 o antigo passeio e executado a colocação de macadame seco espalhado por 
motoniveladora e compactado com rolo liso. Foi executado a retirada do pavimento antigo e 
executado novamente a sub base e base do lado esquerdo, espalhado o material com uma 
motoniveraladora e compactado com rolo liso. Foi feito o ensaio granulométrico em vários 
pontos do trecho e os resultados foram favoráveis. 
Em seguida foi executado a imprimação com CM30, manualmente com 
espaguidor, executado a pintura de ligação, manualmente com espaguidor, foi revestido com 
CAUQ com a pavimentadora e logo em seguida compactado com rolo liso e rolo de pneus. 
 
42 
 
 
Figura 25: Imprimação do lado direito, segmento 2. 
Fonte: Fabio Araújo Prada 
 
Figura 26: Execução do revestimento asfáltico no segmento 2. 
Fonte: Fábio Araújo Prada 
43 
 
 
Figura 27: Execução do revestimento asfáltico lado direito no segmento 2. 
Fonte: Fábio Araújo Prada 
 
Figura 28: Execução do segundo revestimento asfáltico no segmento 1. 
Fonte: Fábio Araújo Prada 
44 
 
 
Figura 29: Execução do segundo revestimento asfáltico no segmento 1. 
Fonte: Fábio Araújo Prada 
 
Figura 30: Retirada do passeio do segmento 2 lado esquerdo. 
Fonte: Fábio Araújo Prada 
45 
 
 
Figura 31: Execução de Sub Base lado esquerdo do segmento 2 com macadame. 
Fonte: Fábio Araújo Prada 
 
Figura 32: Retirada e execução da Sub Base com macadame lado esquerdo segmento 2 
Fonte: Fábio Araújo Prada 
46 
 
 
Figura 33: Execução da base com BGS, lado esquerdo do segmento 2 
Fonte: Fábio Araújo Prada 
 
Figura 35: Imprimação do lado esquerdo, segmento 2. 
Fonte: Fabio Araújo Prada 
47 
 
 
Figura 34: Execução do revestimento asfáltico lado esquerdo no segmento 2. 
Fonte: Fábio Araújo Prada 
 
6.1.3 Drenagem 
 
Foi acompanhado a execução de escavação mecânica, com uma retro 
escavadeira, nas proximidades do Rio Carahá, atravessando a Rua James Rober Amos, para 
colocação de tubos com diâmetro de 600 mm . O solo apresentava-se muito úmido, e a partir 
de 1,50 m de profundidade o solo apresentou-se instável, causando desmoronamento, sendo 
retirado a material que desmoronou e continuado a colocação dos tubos, não foi colocado 
escoramento para segurança dos operário. 
Foi executado a drenagem entre as estacas 38 até 40 e 43 até 45 do lado esquerdo, 
sendo colocado tubos de 600 mm no local, sendo feito uma caixa de ligação na estaca 45. 
 
 
48 
 
 
Figura 36: Execução de tubos com diâmetro de 600 mm, lado direito segmento 1 
Fonte: Fábio Araújo Prada 
 
Figura 37: Deslizamento de solo úmido sobre a execução de drenagem 
Fonte: Fábio Araújo Prada 
49 
 
 
Figura 38: Execução de tubos com diâmetro de 600 mm lado esquerdo segmento 2 
Fonte: Fábio Araújo Prada 
 
Figura 39: Execução de caixa de ligação na estaca 45 lado esquerdo, segmento 2 
Fonte: Fábio Araújo Prada 
50 
 
5.1.4 Meio fio 
 
Foi acompanhado a execução do meio fio do canteiro central, onde será executada 
a ciclovia, no segmento 2. A execução foi feita manualmente. 
 
 
Figura 40: Execução de meio fio no canteiro da ciclovia, segmento 2. 
Fonte: Fábia Araújo Prada 
51 
 
 
Figura 41: Execução de meio fio no canteiro da ciclovia, segmento 2. 
Fonte: Fábia Araújo Prada 
 
6.2 Avenida Santa Catarina Acesso Sul 
6.2.1 Detalhes da Obra 
 
A Avenida Santa Catarina está passando por uma revitalização, sendo a parte 
revitalizada, desde a rótula da junção da Avenida Belizário Ramos e Dom Pedro II, até a BR-
116, obra localizada na região sul da cidade, conforme figura 38. 
 
52 
 
 
Figura 42: Avenida Santa Catarina 
Fonte: Google Mapas 
 
 
A referida obra está passando por uma revitalização, e está dividida em 2 
segmentos, primeiro segmento compreendido da junção da Avenida Belizário Ramos com 
Avenida Dom Pedro II até Avenida Caldas Junior e o segundo segmento compreendido da 
Avenida Caldas Junior até BR-116. No primeiro segmento será realizado o passeio público, 
drenagem, iluminação pública, ciclovia e pavimentação asfáltica. No segundo segmento será 
refeito a pavimentação asfáltica e a inclusão de acostamentos. O projeto fornecido foi apenas 
as seções transversais conforme figuras 41 e 42. 
 
 
Figura 43: Avenida Santa Catarina,segmento 1. 1) Drenagem, tubulação com diâmetro de 
600mm. 2) Sub-Base de macadame seco espessura 20 cm. 3) Base de BGS espessura de 20 
cm. 4) Revestimento de CAUQ com espessura de 9 cm. 
Fonte: Fábio Araújo Prada 
53 
 
 
Figura 44: Avenida Santa Catarina Acesso Sul, segmento 2. 1) Sub-Base de macadame seco 
com espessura de 20 cm. 2) Base de BGS com espessura de 15 cm. 3) Revestimento em 
CAUQ espessura de 9 cm. 4) Pavimento antigo. 
 
6.2.2 Execução de pavimentação 
 
Foi executado pavimentação do acostamento do segmento 2 do Acesso Sul, 
que compreende o segmento da Avenida Caldas Junior até a BR-116. Foi retirado o solo do 
local que não era apropriado com uma escavadeira. Foi executado uma camada de sub-base 
com macadame, espelhado por uma motoniveladora e compactado com rolo liso, tendo uma 
espessura de 20 cm. Feito ensaio granulométrico demostrou resultado favorável. Em seguida, 
realizou-se uma camada de base de BGS, espalhado por uma motoniveladora e compactada 
com rolo liso, tendo espessura de 20 cm. Feito ensaio de granulometria o resultado foi 
favorável. Foi executado a imprimação do segmento com CM30, aplicado com espaguidor 
manual. Foi realizado aplicação de pintura de ligação com espaguidor manual. 
Foi realizado o revestimento com CAUQ com espessura de 4 cm, em toda 
extensão dos acostamentos do segmento 2, utilizando uma pavimentadora e logo em seguida 
sendo compactado por rolo liso e um rolo pneumático. 
54 
 
 
Figura 45: Execução de sub-base com macadame seco e compactado com rolo liso 
Fonte: Fábio Araújo Prada 
 
Figura 46: Execução da base, espalhamento de BGS com motoniveladora. 
Fonte: Fábio Araújo Prada 
55 
 
 
Figura 47: Compactação da Base com rolo liso. 
Fonte: Fábio Araújo Prada 
 
Figura 48: Imprimação com espaguidor manual. 
Fonte: Fábio Araújo Prada 
 
56 
 
 
Figura 49: Execução de revestimento com CAUQ, utilizando pavimentadora . 
Fonte: Fábio Araújo Prada 
 
 
 
 
 
 
 
 
57 
 
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Conclui-se que o relatório, constatou os sistemas de gerenciamento de obras de 
infraestrutura que visa a reduzir esforços desnecessários, garantindo padrões construtivos 
aceitáveis, promovendo a eficiência entre todos os participantes da obra, sendo funcionários e 
empresas que participam. 
O relatório vem de encontro com seus objetivos, para uma boa formação 
acadêmica, aliando conhecimento teórico adquirido na Universidade com a prática. As obra 
de infraestrutura urbana, envolvem uma gama de conhecimentos e tecnologias que devem ser 
conhecidas pelo Engenheiro Civil. E com isso definindo a melhor forma de saciar o anseio da 
população da maneira mais econômica e eficiente. 
O estágio supervisionado tem um papel muito importante na vida do acadêmico, 
servindo como uma ferramenta para atingir o conhecimento pratico, possibilitando ao 
acadêmico a visão de como será a sua vida no mercado de trabalho, e assim dando a direção 
para que possa-se vencer profissionalmente, mas nunca esquecendo de ser ético. 
O relatório foi abordou a revisão bibliográfica como o primeiro passo e depois 
relatados estudos práticos de obras de infraestrutura urbana assim podendo contribuir com 
futuros acadêmicos de Engenharia Civil da Universidade do Planalto Catarinense. 
58 
 
8 REFERÊNCIAS 
ANTAS, P. M., VIEIRA, A., GONÇALO, E. A. e LOPES, L. A. S. Estradas, Projeto 
Geométrico e de Terraplanagem. Editora Interciência. Rio de Janeiro – RJ, 2010. 
BALDO, J. T., Pavimentação Asfáltica, Materiais, Projeto, Resteuração. Editora Oficina 
de Textos. São Paulo – SP, 2007 
JUNIOR, O.L.S. e JUNIOR, C. A. B., Roteiro Para Elaboração do Planejamento da 
Produção de Empreendimentos da Insdustria da Construção Civil, Segundo os 
Principios da Construção Enxuta. Resende – RJ, 2010 
PIMENTA, C. R. T. e OLIVEIRA, M. P., Projeto Geométrico de Rodovias. Editora Rima. 
São Carlos – SP, 2004. 
SENÇO, W., Manual e Técnicas de Pavimentação. Editora PINI. São Paulo – SP, 2007. 
TUCCI, C. E. M. e MARQUES, D. M. L. M., Avaliação e Controle da Drenagem Urbana. 
Editora ABRH. Porto Alegre – RS, 2001.

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