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Número 1 e 5 do relatório 7

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Embora o método de Mohr tenha a utilização característica de indicador de precipitação e o de Fajans empregue indicador de adsorção, a partir do teste t de Student realizado para a comparação dos dois conjuntos de resultados, pôde-se verificar que eles não apresentam diferença significativa quanto a determinação de NaCl em soro fisiológico, pois o “t calculado” (1,002) apresentou-se menor do que o “t tabelado” (2,776), até porque fez-se a correção adequada com o branco no volume do primeiro método e ambos são próprios para a determinação argentométrica de íons cloreto. Outra boa evidência é que ambos apresentaram boa precisão e exatidão, respectivamente interpretadas pelos baixos valores de desvio-padrão (0,003 para Mohr e 0,015 para Fajans) e de erros percentuais. Ainda que tenham exibido leves erros sistemáticos positivos, evidenciados pelos valores de exatidão pouco acima de 100% ( a nível decimal), ambos são métodos exatos comparando-se com a descrição percentual do sal no rótulo do soro fisiológico.
5- As titulações argentométricas, realizadas nesta prática em questão, utilizam solução padrão de nitrato de prata e são usados na determinação de haletos e de alguns íons metálicos. Fez-se três métodos para a determinação de cloreto e brometo em amostras.
O método de Mohr é um método com formação de um sólido colorido, e é aplicado à determinação de cloretos (Cl-) e brometos (Br-), exatamente por isto foi empregado na quantificação de NaCl no soro fisiológico e na determinação da pureza de NaBr. A solução foi titulada com nitrato de prata (AgNO3) em presença de cromato de potássio (K2CrO4) que atuou como indicador. Na determinação de cloretos o ponto final foi atingido quando os íons cromato combinaram-se com os íons prata se observando, então, a formação de um precipitado vermelho, pouco solúvel. Este método resultou em precisão e exatidão consideravelmente elevadas, pois o desvio padrão para a determinação de NaCl na amostra de soro fisiológico foi de apenas 0,003% e para determinação da pureza de NaBr foi de 1,5%; já a qualificada exatidão foi vista pelos altos valores de 100,889% e 97,4%, para o cloreto de sódio e o brometo de sódio respectivamente; tendo o primeiro erro sistemático positivo e o segundo negativo.
No método de Fajans, quando o NaCl foi titulado com uma solução de nitrato de prata (AgNO3), o precipitado de cloreto de prata (AgCl) adsorveu íons cloreto (Cl-), formando a chamada camada primária de adsorção, que em sequência fixou, por adsorção secundária, íons carregados opostamente. Logo que foi atingido o ponto estequiométrico, os íons prata (Ag+) ficaram em excesso. Estes ficaram, então, primariamente adsorvidos no precipitado e os íons nitrato (NO3-) foram presos por adsorção secundária. Como a fluoresceína estava presente na solução, seu íon, que é negativo, foi adsorvido muito mais fortemente que o íon nitrato, formando um complexo de prata de coloração rosa. A exatidão obtida para o método foi de 101,889%, sendo menos exato e menos preciso (pelo desvio-padrão de 0,015%) do que o de Mohr na determinação de NaCl no soro fisiológico, contrariando as expectativas, pois há menor competição entre os íons; o que pode ser atribuído a erros no controle de pH e às limitações visuais quanto ao atingimento do ponto final. Apesar disto, os dois métodos se mostraram eficazes para a quantificação do cloreto de sódio pois, a partir do teste t realizado, não apresentam diferença significativa nesta mesma aplicação e ambos, a partir dos intervalos de confiança calculados no anexo e já discutidos anteriormente, mostraram o atendimento do soro fisiológico ao critério de qualidade de 0,9%. 
No método de Volhard ocorreu a formação de um complexo solúvel. Sendo um procedimento indireto de determinação de íons que precipitam com a prata. A solução nítrica contendo o íon prata foi titulada com tiocianato de potássio, em presença de íon ferro (III), que foi adicionado em forma de solução saturada de sulfato de amônio e ferro (III) em ácido nítrico 20%. A solução nítrica contendo o NaBr foi tratada com nitrato de prata em excesso e o excesso da prata foi titulado com solução de tiocianato. Na determinação da pureza do brometo de sódio este método apresentou uma exatidão de 96,3%, pouco menor que a feita por Mohr (97,4%), e precisão expressa pelo desvio-padrão de 0,8%, maior que a feita por Mohr (já que o desvio padrão foi maior:1,5%). O meio fortemente ácido necessário ao procedimento de Volhard representa vantagem porque os íons carbonato, oxalato e arsenato não causam interferência. Apesar do método de Volhard ter demonstrado intervalo de confiança que desqualificou o atendimento ao critério de confiança do NaBr por erro já determinado, os dois métodos comparados se mostraram adequados para determinação da pureza do NaBr, não apresentando diferença significativa no teste t de Student calculado.
Portanto, ao utilizar a volumetria de precipitação opara determinar a concentração de NaBr e NaCl é de comum acordo que, através dos tratamentos estatísticos realizados, todos os três métodos foram adequados às determinações quantitativas, sendo que o de Mohr se apresentou mais abrangente.

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