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Aula 10 21.03.2018

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DIREITO PENAL IV – AULA 10 – 21.03.2018
CONTINUAÇÃO
Denunciação caluniosa
Se a punibilidade estiver extinta -> PRESCRIÇÃO, abolição da conduta típica
Se houver excludente da ilicitude -> não há crime se o agente informar infração em que autor agiu amparado por causa excludente da ilicitude -> legítima defesa, por exemplo
Requisito objetivo: Dolo -> saber que a pessoa é inocente.
Se houver dúvida (não sabe se é ou não é o autor) não há crime.
Se o denunciante acredita que o denunciado é autor do crime, não há crime, pois tem que ter a intenção de prejudicar a pessoa perante a justiça.
Sujeito ativo: qualquer pessoa, particular ou funcionário público.
Advogado: se ficar provado que tinha ciência da falsidade, o advogado pode responder.
Delegado/MP/Juiz: se tem ciência da inocência, comete o crime -> delegado instaura inquérito policial; promotor -> denúncia, por exemplo.
Policial que forja flagrante -> responde porque dá causa, indiretamente, à inquérito policial ou processo.
Mesma regra se alguém colocar um objeto na bolsa para prejudicar perante à justiça.
Sujeito passivo: Estado e, secundariamente, a pessoa denunciada.
Consumação: momento em que ocorrer a instauração do inquérito (policial ou civil), investigação administrativa (sindicância ou processo administrativo) ou ação penal ou civil de improbidade administrativa.
Aumento de pena: quando o agente se serve do anonimato ou nome suposto, nome fictício.
Competência: justiça estadual ou federal, a depender de quem é o processo.
ATENÇÃO: precisa aguardar o término do processo, para que se comprove a inocência da pessoa vítima de denunciação caluniosa? A doutrina majoritária entende que há necessidade de evidência oficial sobre a inocência do denunciado. Ou seja, precisa de uma sentença absolvitória de quem foi denunciado. É uma medida prática para evitar decisões conflitantes.
Requisitos denunciação:
Provocar inquérito policial ou administrativo, ação penal ou improbidade administrativa ou inquérito civil contra alguém INOCENTE;
A provocação deve ser direta ou indireta;
Dolo direto – ciência da inocência;
Falsidade sobre a existência do crime sobre a autoria;
Crime ou contravenção;
Direcionada à pessoa determinada ou determinável;
Iniciativa do denunciante (espontaneidade).
COMUNICAÇÃO FALSA DE CRIME – art. 340, CP
Provocar ação de autoridade comunicando-lhe a ocorrência de crime ou contravenção que sabe não ter verificado.
Objeto jurídico: administração pública
Provocar = dar causa à investigação pode ser feita por escrito, verbal ou anonimamente.
Elemento subjetivo: fazer a autoridade atuar sem causa.
O tipo exige comunicação à autoridade + comunicação ao delegado, mas pode ser promotor, polícia militar ou juiz.
Diferente de denunciação -> que o agente quer prejudicar inocente perante à justiça.
Na comunicação: o autor não aponta pessoa.
Crime ou contravenção:
O agente precisa ter conhecimento de que o fato não ocorreu (dolo). Se houver dúvida, não há crime.
Sujeito ativo: qualquer pessoa.
Sujeito passivo: Estado
Consumação: TJ entende que após comunicação a autoridade deve tomar alguma diligência.

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