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PARTE 2: DEGENERAÇÕES Ana Paula monteiro de Araújo Degenerações em geral Todas as doenças Degeneram Redução da funcionalidade Acúmulo de água, proteína, glicídio e gordura Agressões reversíveis de natureza variada, embora atuem por mecanismos diferentes, interferem nas vias metabólicas, provocando acúmulo de substâncias. Podem evoluir para Necroses em caso de Degenerações prolongadas. Degenerações por acúmulo de Água Também pode ser chamada de: Degeneração Vacuolar, Degeneração Hidrópica, Degeneração Granular, Degeneração Balonisante, Degeneração Baloniforme, Degeneração Albuminosa, Degeneração Grânulo-albuminosa, Edema Intracelular e Tumefação Turva. Como visto nas Alterações subestruturais, agressões que afetem a bomba de Na/K da célula provocam entrada de água. Outras causas podem estar relacionadas também á hipóxia, viroses, bactérias, febre, intoxicações endógenas e exógenas (metais), calor e alterações circulatórias. Esquema A tumefação de uma célula, pode evoluir para as organelas como RE, Mitocôndrias, desacoplamento dos Ribossomos Ocorre preferencialmente no Fígado, Rins e Coração e nas células do Parênquima. Características gerais Tumefação (estágio leve), vacuolização, citoplasma granuloso, menor número de ribossomos citoplasma acidófilo (rosa escuro), edema, núcleo íntegro, órgãos aumentados, capilares comprimidos órgão de cor pálida BASÓFILO ACIDÓFILO Degeneração albuminosa Quando recebe este nome possui características específicas: Agressão leve Tumefação Citoplasma granuloso Acidófilo Degeneração hidrópica ou vacuolar Quando recebe este nome possui características específicas: Agressão de estágio mais avançado Citoplasmas vacuolizados Organelas dilatadas Citoplasma vacuolizado: espaçamento branco Ainda sobre Importante característica da degeneração hidrópica no fígado é a perca do formato poliédrico do hepatócito, que passa a se tornar arredondado TIGRÓLISE (IMPORTANTE) Acúmulo de água no citoplasma do Corpo Celular dos Neurônios, provocando a fragmentação da substância tigróide/ Corpúsculos de Nissl. Transformando o citoplasma basófilo em acidófilo. Subst. Tigróide (aspecto de onça) Degeneração por acúmulo de Proteína Neste caso falaremos apenas das Degenerações intracelulares. Conhecida por Degeneração Hialina: acúmulo de proteínas no interior de células ou em tecidos, que tomam aspecto hialino (homogêneo e eosinófilo/rosa). Aspecto hialino significa: Objeto transparente, com aspecto de vidro. Pode resultar em coagulação, sendo uma alteração grave. Degeneração hialina intracelular: Goticular Encontra-se grânulos acidófilos, homogêneos ou aglomerados irregulares. Podem resultar em coagulação, por isso pode apresentar fibrina na luz. O que é uma alteração grave. Ocorre após Proteinúria, nos túbulos dos rins, onde os lisossomos + hialina = fagolisossomo = formato de gota. Ainda sobre a D.H.I. Goticular Hemorragia intratubular: Presença de hemácias e fagolisossomo maiores que o normal. É reversível, da feita que a Proteinúria é interrompida. Degeneração hialina intracelular: Corpúsculo de Russel Encontram-se corpúsculos hialinos eosinófilos, com formato esférico, acumulados nos Plasmócitos (azeitona). Na maioria das vezes estão em pares ou trios. Geralmente, corresponde a IgG hiperproduzido e não secretado, comum em infecções crônicas – prolongadas. D.H.I. de Corpúsculo de Coulcimam Rocha-Lima Durante doença hepática viral os hepatócitos entram em apoptose, diminuem de tamanho, soltam-se, condensa-se transformando-se em uma massa aglomerada acidófila e o núcleo pode ser ausente, fragmentado ou reduzido de tamanho. D.H.I. de Mallory Encontram-se hepatócitos com formato irregular, uma massa hialina no citoplasma eosinófilo. Apresenta filamentos irregulares, que são organelas despolimerizadas (ex: túbulos como visto nas alterações subestruturais), geralmente no meio de vacúolos lipídicos. Causa: Álcool. D.H.I. com deficiência de alfa-1-antitripsina Deficiência que causa acúmulo de proteínas nos hepatócitos, estas podem ser observadas como inclusões globulares alaranjadas e na periferia. D.H.I. de Crooke Ocorre em células basofílicas (roxas) hipofisária, nelas encontramos agregados de filamentos intermediários, intracelularmente. D.H.I. cerea de Zenker Aparecem massas homogêneas acidófilas (rosa escuro/vermelho), principalmente nos músculos, resultantes de uma coagulação focal do citoplasma em necroses ou degenerações, fazendo com que estas percam suas estrias. Degeneração por acúmulo de Proteína: Mucóide Material acumulado com aspecto gelatinoso, comum na patologia do Câncer. É resultante de uma secreção excessiva de muco intra e extracelularmente. Degeneração por acúmulo de Lipídios: Esteatose Pode ocorrer no fígado, coração, músculo estriado e rins. Entretanto é mais comum sendo a Esteatose hepática. Como ela ocorre? No fígado os Quilomicrons entram na circulação sanguínea, seguindo pelos sinusóides hepáticos, estes apresentam poros que permitem que os Quilomicrons caiam nos Espaço de Disse (espaço intersticial entre o epitélio Sinusóide e os hepatócitos), sendo absorvidos enfim pelas vilosidades dos hepatócitos. Quando em situação patológica este processo está aumentado, ocorre o acúmulo de lipídio no hepatócito. (IMPORTANE). Características: Vacúolo lipídico redondo desloca para periferia o citoplasma e o núcleo (anel de noiva), limite nítido, fígado com aumento de peso e volume, com cor amarelada. Causas da Esteatose Hepática Causas que provocam maior entrada de lipídio do Hepatócito: Fome e o jejum: Mobilização de lipídios (TG) Prot. Carb. Lipídio Dieta hipercalórica: Fígado é estimulado a produzir TG Aumento na ingestão de alimentos: = Dieta hipercalórica Adrenalina, hormônio do crescimento e corticoides: Mobilização de lipídio Diabetes ou falta de insulina: Lipólise Ácidos graxos no fígado Mais causas da Esteatose Hepática Causas relacionadas com o decréscimo de proteínas: Diminuição das Lipoproteínas transportadoras: Lipídio + proteína transportadora Intoxicação: Álcool CCL Proteína transportadora Outras causas podem estar relacionadas ao Déficit de oxigênio, pois a diminuição na oxidação dos ácidos graxos resulta no aumento dos TG e no acúmulo destes. O Álcool e a Esteatose Hepática O etanol compete com os TG pela mobilização, os TG perdem e se acumulam. Além disso, o álcool também aumenta o glicerol plasmático, acumulando mais ainda TG (esterificação do ácido graxo). E, o álcool e o ácido orótico impedem a união dos lipídios às proteínas transportadoras, fazendo os TG permanecerem no local de mobilização = o fígado. Doenças e o acúmulo de Lipídios Niemann-Pick: Deficiência na enzima Esfigomielina Gaucher: Deficiência na enzima Glicocerebrosídeo no baço ( tamanho) Tay-Sachs: Deficiência na enzima Gangliosídeos nos neurônios Arteriosclerose: Gordura na túnica íntima, com presença de trombos e calcificação Hiperlidemia: Disfunção metabólica que ocorre em alto nível de lipídio circulante, passa a se acumular em determinados locais, dependendo do seu tipo. Por ex.: Tipo I acumula na pele e no pâncreas. Imagens Niemann-Pick: Gaucher: Tay-Sachs: Arteriosclerose: Hiperlidemia: Síndrome Nefrítica Síndrome Nefrótica Inflamação glomerular Perde capacidade de filtração Início repentino Hematúria Proteinúria leve Aumento patológico da permeabilidade dos glomérulos Aumenta capacidade de filtração Proteinúria maciça Lipíduria Ainda sobre a Síndrome Nefrótica Os 4 sintomas: Hipoalbuminemia (diminuição da qtd. de proteína no sangue), Proteinúria (as proteínas vão estar sendo liberadas no xixi), Edema (com pouca proteína no sangue, Ph do sangue diminui e perde água para o interstício) e Hiperlidemia (lipídio se acumula sem proteína pra transporte). água K = Proteína = Sangue = Interstício Degeneração por acúmulo de Glicídio Glicogenoses: Decorrentes de erro metabólico. Apresentam mais de 10 tipos, variando de acordo com a enzima errônea. O glicogênio predominantemente se estoca no fígado e no músculo, quando a quebra não ocorre ele se acumula. Mucopolissacarídeos: Por falha metabólica o acúmulo de açúcares é provocado e o aumento de proteínas no meio intracelular do neurônio também.
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