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UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAPÁ PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS COLEGIADO DE DIREITO COORDENAÇÃO DO CURSO DE BACHARELADO EM DIREITO Aluizio da Silva Araújo Resumo do texto “A FRONTEIRA E SEUS CENÁRIOS: NARRATIVA E IMAGENS SOBRE A AMAZONIA” de João Pacheco de Oliveira Macapá - AP, fevereiro de 2017. Sobre o Autor: João Pacheco de Oliveira é um antropólogo brasileiro, Professor Titular Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), atua no estudo e pesquisa com grupos indígenas há décadas, especialmente com os índios Tikuna, do Alto Solimões (Amazônia), os quais resultaram-lhe títulos de Mestre e Doutor, Nos últimos anos tem se dedicado ao estudo de questões ligadas à antropologia do colonialismo e à antropologia histórica, desenvolvendo trabalhos relacionados à formação do Brasil, bem como a museus e coleções etnográficas. A fronteira e seus cenários: Narrativas e imagens sobre a Amazônia é uma obra na qual o autor aborda questionamentos que induzem a uma reflexão sobre o que conhecemos e o que internalizamos de imagem pré-concebidas da realidade amazônica, principalmente sobre a realidade de seus habitantes, do seu contexto de lutas, conflitos, subvalorização e ausência de identidade nos primeiros momentos da ocupação territorial sobre a Amazônia. Alguns autores que relataram sobre a Amazônia transmitiram uma ideia mesquinha e decadente sobre a região, descreviam um vazio demográfico, algo a ser apropriado (dominado) por quem tivesse cultura e civilização, pois ali só habitavam seres inferiores, estes pensamentos se proliferaram de modo a imiscuir-se no cotidiano das populações urbanas que atualmente ainda reproduzem estes conceitos, porém em escala muito menor do que ocorria há alguns anos. Alguns fatores são importantes para se entender o contexto no qual a obra procura demonstrar como a arrogância do Estado e seus colaboradores quase extirparam os valores culturais dos silvícolas, assim como quase os dizimaram em algumas regiões, primeiramente cabe mencionar que a Coroa Portuguesa considerava pessoa apenas os cristãos, não havia separação entre o Estado e a Igreja Católica, criou-se aldeamentos cujo objetivo principal era explorar os indígenas e escravizá-los, um dos principais métodos era a catequização dos índios. Marquês de Pombal mudou alguns aspectos como retirar a religião da Politica Indigenista, mas mantém outras normas danosas como proibição de comunicarem-se na língua nativa e incentivava a política assimilacionista. No inicio do Séc. XX criou-se o SPI (1910) ao que se depreende o objetivo sempre foi de exterminar a cultura indígena e integrá-los ao Estado. A partir da década de 1970 constituiu-se políticas de infraestrutura (milagre brasileiro) várias terras indígenas foram cedidas para imigrantes internos, neste período surgem alguns movimentos indígenas, atualmente existe diversas organizações nacionais e internacionais que se dedicam na luta para proporcionar que os indígenas ocupem o espaço e os direitos dos quais foram arbitrariamente destituídos em diversos momentos históricos e as populações indígenas vem crescendo substancialmente nos últimos anos, porém ainda está longe do quantitativo que era quando da invasão portuguesa ao que hoje se chama Brasil.
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